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Inclusão Escolar e Atendimento Especializado

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Faculdade ImesMercosur
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
Curso de Educação Inclusiva e Especial
SAMAI BATISTA GONÇALVES CASSIM
A INCLUSÃO ESCOLAR ATRAVÉS DO ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO
Governador Valadares - MG
2021
SAMAI BATISTA GONÇALVES CASSIM
A INCLUSÃO ESCOLAR ATRAVÉS DO ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO
Pesquisa apresentada ao Programa de Pós-Graduação da Faculdade ImesMercosur como requisito parcial para obtenção do Título de Especialista em Educação Inclusiva e Especial. 
GOVERNADOR VALADARES-MG
2021
SUMÁRIO
1.RESUMO----------------------------------------------------------------------------------------------04
1.2. PALAVRAS - CHAVE-------------------------------------------------------------------------04
2.INTRODUÇÃO---------------------------------------------------------------------------------------05
3. A GARANTIA DO DIREITO DE APRENDER SEM EXCLUSÃO----------------------05
3.1. O PAPEL DO PROFISSIONAL DA EDUCAÇÃO FRENTEÀS DIFERENÇAS---08
3.2. LIMITES E POTENCIALIDAES DAS CRIANÇAS PORTADORAS DE NECESSIDAES ESPECIAIS------------------------------------------------------------------------10
3.3. O PROJETO POLITICO PEDAGOGICO ( P. P. P. ) E A INCLUSÃO ESCOLAR----------------------------------------------------------------------------------------------------------------12
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS--------------------------------------------------------------------13
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS-------------------------------------------------------------14
RESUMO
Este trabalho baseia – se em reflexões a respeito da inclusão escolar, suas realidades e utopias. Propostas do governo a cerca do termo, atuação docente no ambiente escolar, a formação do Projeto Político Pedagógico em consonância com as exigências legais. Pois, um ambiente escolar em que há pouca garantia de direitos, acentuam – se a desigualdade e a injustiça social, levando os educandos a uma exclusão, contraditória a utópica inclusão pretendida pelo governo e almejada por educadores do mundo todo. A Inclusão é muitas vezes confundida com uma exclusão embutida por trás da falta de preparo dos Educadores para atuarem com estes alunos tão especiais, sejam com dificuldade no aprendizado ou com altas habilidades. Nem todos pensam nos alunos com altas habilidades como excluídos, mas na realidade talvez sejam ainda mais, pois os professores cansam de sua rapidez no cumprimento das atividades e os vêem apenas como hiperativos não prestando atenção se podem estar frente a um aluno com altas habilidades. Para que haja a realidade da qualidade social é necessária uma formação continuada onde os educadores aprendam a lidar com a diversidade existente na educação básica. 
 PALAVRAS - CHAVE: Formação. Diversidade. Inclusão. Realidade da Qualidade Social. Utopia. Educação Básica.
2. INTRODUÇÃO
Embora pouco vivenciado na sociedade e em nossas escolas a inclusão é uma pratica cultural que a muito vem permeando dificuldades em sua implantação devido ao contraditório sentido a que algumas pessoas atribuem à palavra. No que se refere a Inclusão Escolar, tivemos como foco a Escola Estadual Padre André Colli, do município de Santa Rita do Ituêto, pois a mesma faz parte de um programa incentivado pelo Governo Federal que visa incluir crianças com dificuldades diversas de aprendizagem.
O intuito do programa é fornecer às Escolas tanto Municipais como Estaduais, subsídios para a capacitação dos docentes, reestruturação e adequação do ambiente escolar, palestras esclarecedoras aos pais, alunos, professores e demais inseridos na comunidade escolar acerca da Inclusão.
Sabemos que existem inúmeros tipos de exclusão, seja de cunho religioso, cultural, econômico, social e outros, mas que também existem pessoas lutando para que esta exclusão chegue ao fim. Pois, a Educação em seu sentido pleno so existira quando todos aceitarem a Inclusão, reconhecendo suas diversidades, tendo sensibilidade e criticidade, reconhecendo que é necessário desencadear ações concretas para que não exista mais Exclusão e Desigualdade, mas sim a verdadeira Inclusão e Igualdade dentro e fora do ambiente escolar.
Um documento muito importante para se chegar a esta conquista é a “Declaração de Salamanca” que assim como outros documentos aborda o tema e se preocupa com a verdadeira Inclusão Social das crianças, visando prepara – las para serem cidadãs atuantes e conscientes de seus direitos e deveres. Em sua estrutura, onde trata sobre “fatores relativos à Escola” no numero 26 afirma que “O currículo deveria ser adaptado às necessidades das crianças, e não vice – versa. Escolas deveriam, por tanto, prover oportunidades curriculares que sejam apropriadas a criança com habilidades e interesses diferentes.” E assim que tal preocupação fizer parte do pensamento escolar, este será um lugar de oportunidades e consolidações.
3. A GARANTIA DO DIREITO DE APRENDER SEM EXCLUSÃO
O interesse pela questão da Inclusão Escolar vem surgindo através dos anos devido a necessidade de sabermos como a proposta governamental conduz este assunto. Sabendo que as leis que regem a educação nacional visam à reestruturação e adequação da rede de ensino, constata - se esta preocupação com a realização da Conferencia Nacional da Educação Básica acontecida em 2008 onde vários temas foram discutidos, entre eleso eixo IV que aborda “A Inclusão e diversidade na Educação Básica”. Outro livro formulado pelo governo em 2006 que também visa o assunto, é o “Projeto Incluir – Caderno de textos para Formação de Professores da Rede Publica de Ensino de Minas Gerais”, entretanto, este é sobre como o professor deve trabalhar e conhecer todos os tipos de Inclusão que pode existir no ambiente escolar.
As adequações necessárias visarão tornar a rede de Ensino um ambiente favorável para o acolhimento de todas as crianças, independente de suas diferenças, baseando - se dentro das necessidades de cada uma, ou seja, a Constituição Federal de 1998 que em seu artigo 206 no inciso I institui que “um dos princípios do ensino é a igualdade de condições de acesso e permanência na escola”. Na perspectiva de uma Educação Inclusiva, destaca – se a democracia, conceito este que viabiliza a igualdade de oportunidades, abrindo espaço às diferenças e conflitos e consequentemente a convivência com a diversidade. Mas, atualmente nas escolas, se percebe certa resistência quanto a democratização do ensino e as teorias educacionais e psicopedagogicas. Estes anseios não se estruturam satisfatoriamente, nem se ligam ou implementam como deveriam de acordo com a realidade local, deixando a escola e a relação com as políticas publicas cada vez mais difícil de se articularem.
Algumas escolas e seus profissionais se vêemirraigada no tradicionalismo, na concepção de que todos devem aprender do mesmo jeito e ao mesmo tempo, sem se preocuparem com a singularidade, identidade, equidade de cada aluno, pois não é facil trabalhar pedagogicamente com a diversidade, pois no coração destes profissionaisnão existe a perspectiva da tão sonhada “escola para todos”,onde a Inclusão será respeitada como deve ser.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB,9394/96) em seu artigo 59 garante que os sistemas de ensino “assegurarão aos educandos com necessidades especiais currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização especifica, para atender as suas necessidades. Percebe – se que por meios legais a Inclusão vem tomando forma, pois vem exigindo mudanças de “perspectiva educacional”, abrindo espaço ao atendimento especializado de acordo com a necessidade de cada aluno, não deixando de levar em conta a concepção de que a Inclusão não se restringe apenas aos alunos com deficiência e aos que apresentam dificuldades de aprendizagem, mas sim a todo aluno que se julgar diferente, seja por ter altas habilidades/ superdotação, transtornos globais do desenvolvimento e aos outros que ali se inserirem.
È obrigação da escola preparar – se para receber crianças advindasde todos os lugares, de culturas, raças, hábitos, religiosidade, classes sociais diferentes, oportunizando a todas um ensino qualificado e resgatador daqueles que fracassam em sala de aula. Vem aumentando consideravelmente nas escolas brasileiras, o numero de alunos e consequentemente, o fracasso escolar, causando a evasão de grande parte dos mesmos, pois as escolas não estão preparadas para receber estas crianças, devido a falta de profissionais habilitados, ou seja, com formação específica para os conteúdos Curriculares das escolas. O Sistema Educacional se encontra num processo lento, embora tenha democratizado o acesso, a escola ainda não conseguiu garantir a todos a aprendizagem necessaria para o exercício da cidadania.
A falta de recursos como infraestrutura, verbas e a pouca oferta de cursos de Capacitação aos Docentes, torna a realidade da qualidade social e educacional cada vez mais defasada e desconexa ao que prega a Escola Democrática e Inclusiva. 
Há uma necessidade gritante de busca por parceiros, que ajudem a escola a caminhar de modo que garanta a sua clientela um ensino qualificado, seja ele uma criança, adolescente, jovem ou adulto, pois todos tem direito a todas as possibilidades ofertadas pela escola. As parcerias viabilizaram recursos que iram impedir o isolamento, afastamento ou separação dos educandos com dificuldade diversa de aprendizagem como foi praticado ao longo dos tempos pelas escolas Tradicionais.
As instituições devem estar comprometidas com o processo de socialização e inserção dos educandos no universo da Cultura, revendo às estruturas, a organização, as crenças e valores éticos e humanisticos. Devendo demonstrar uma pratica alicerçada no respeito às diferenças e justiça, de modo a tornar – se um lugar privilegiado, de trocas, de experiências, de vivencia e convivencia constantes para a formação dos indivíduos em todas as dimensões. E só assim, com esta preocupação a garantia do direito de aprender sem exclusão será colocado em pratica, pois, o objetivo da escola é ajudar o educando a se encaixar no Sistema Educacional.
3.1. O PAPEL DO PROFISSIONAL DA EDUCAÇÃO FRENTE ÀS DIFERENÇAS
Quando se fala em “Inclusão” vem logo à memoria, crianças com deficiência: auditiva, visual, física ou “mental”, quer dizer, aquelas julgadas incapazes deaprender assim como as demais crianças no prazo estabelecido por lei, ou seja, no decorrer do ano letivo. Ser mais flexível, condicionando – se a aceitar o aluno de acordo com sua necessidade, torna o educador alguém realmente comprometido com o ato de Educar, de Ensinar, de transformar meros educandos em seres realmente atuantes dentro de nossa sociedade.
Políticas educacionais estão surgindo, tentando transformar a educação básica em um lugar acolhedor, onde o aluno foco do trabalho docente seja potencializado e tenha seu convívio educacional democratizado, visando a melhoria da realidade da qualidade social, e só a partir da interiorização da inclusão, da aceitação sem discriminação é que a tão utópica “Escola Inclusiva” dara um grande passo ao garantir que a aprendizagem e o desenvolvimento sejam respeitados, como nos pontua Ribeiro (2003, p. 49).
“Homogeneização dê lugar à individualização do ensino, na qual os objetivos, a sequencia e ordenação de conteudos, o processo de avaliação e a organização do trabalho escolar em tempos e espaços diversificados contemplem os diferentes ritmos e habilidades dos alunos, favorecendo seu desenvolvimento e sua aprendizagem.” 
Muito importante é garantir aos educadores acesso ao conjunto de temas que discutem a Inclusão e suas diferenças, visando ampliar o olhar para dentro de si mesmo e reconhecer suas limitações e dificuldades em relação ao processo de formação do conhecimento de seus educandos. Uma mudança de mentalidade, quebrando e reformulando paradigmas, fazendo com que os educadores saiam de uma mente preconceituosa para uma socialista e humanista, de uma visão tradicional e fechada, para uma visão aberta, inovadora e que aceite as diferenças de seus educandos. Praticas pedagógicas voltadas para o atendimento de todos os grupos de criança (diversidade), que se inserem no ambiente escolar e que buscam uma boa qualidade de educação. Sobretudo, devemos entender que os alunos aprendem em tempos e ritmos diferentes, exigindo do profissional um olhar observador.
É preciso que o educador tireda cabeça, a questão de que o fracasso do aluno deve se a ele, a sua falta de interesse ou falta de apoio familiar e de pensar que crianças com dificuldades de aprendizagem devem ser ‘toleradas” no ambiente regularde ensino ao invés de aceitas e incorporadas.A inserção no ambiente escolar torna estes alunos parte integrante de um todo, rodeado por superações, cabendo ao educador fazer a diferença, respeitando suas necessidades econômicas, culturais, religiosas, afetivas os respeitados ainda mais em suas singularidades, pois a inclusão se efetivara num outro paradigma onde fenômenos como a desigualdade, a discriminação, o etnocentrismo, o racismo e o sexismo sejam abandonados. MANTOAN (2005, P.28) “considerando cada aluno o resultado da multiplicação infinita das manifestações da natureza humana,e portanto, sem condições de ser encaixado em nenhuma classificação artificialmente atribuída”. 
O corpo docente precisa antes de tudo receber subsídios que os ampare no desempenho de suas funções, evitando assim falhas com relação ao planejamento e estruturação das praticas pedagógicas, buscando sempre que necessário uma formação continuada, pois precisam compreender,
 “O individuo em sua totalidade, sua maneira de ser, agir, pensar e sentir, pois, estes são resultado de coordenação de vários sistemas que formam um sistema mais complexo, o individuo como um todo.” ( IV etapa, vol.2, p.13) 
Um bom profissional deve estar em constante processo de formação e inovação buscando sua verdadeira identidade como educador, sabendo lidar com as diferenças envolvidas no seu ambiente de trabalho, tendo sensibilidade para mapear, identificar, refletir, analisar, avaliar e também resolver os transtornos causados pela diferença de raciocínio na aprendizagem. Exige também um trabalho coletivo, contando com os demais profissionais da área de educação, visando com a união a aceitação de uma proposta pedagógica mais adequada ao seu problema e assim sanar a visão uniformizadora que persiste tanto no ambiente educacional. 
3.2. LIMITES E POTENCIALIDAES DAS CRIANÇAS PORTADORAS DE NECESSIDAES ESPECIAIS
Segundo pesquisas realizadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em conjunto com o IBGE, constataram que no Brasil cerca de 15% dos habitantes apresentam algum tipo de deficiência física, sensorial ou mental, seja congenta ou adquirida. As pessoas que fazem parte do movimento em prol daqueles com dificuldade de aprendizado, vem lutando para que a palavra deficiente possa ser tiradado convívio social, pois a palavra “deficiente” se opões a “eficiente” ou “eficaz” e sabe – se que este fato não é verdade, pois eles aprendem de acordo com o tempo deles e não nosso ( ditos eficazes) e são capazes de desempenhar as mais diversas atividades no campo de trabalho.
Para que a criança se desenvolva integralmente é necessária a intervenção continua dos pais, familiares e sociedade em geral, pois sabemos que as mesmas já nascem rodeadas por limites e cheias de potencialidades sendo elas portadoras de necessidades especiais ou não. Quando tem desde a primeira infância a auto – estima elevada, segundo o pesquisador Pinel, não agridem psiquicamente o organismo, o corpo, o desejo ou a inteligência. Também é preciso considerar que tanto o desenvolvimento físico quanto psicomotor, associados aos aspectos intelectuais, afetivos, motores e sociais da criança permitem de forma segura e equilibrada organizar suas relações com o meio em que vive. 
Embora as crianças portadoras de necessidades especiais ainda hoje sofram por causa do preconceito na escola, na sociedade e até mesmo da própriafamília, que muitas vezes não acreditam em seu potencial e sua capacidade de se desenvolver, encontram amparo legal que lhes garante direitos segundo suas necessidades. As instituições escolares, tem a obrigação legal de receber sem nenhuma restrição ou constrangimento proporcionando uma inclusão, que seja capaz de atender as necessidades básicas de cada educando, isto e, um ambiente amoroso e estimulante, com intervenções, esforços integrados de educação e convivência com as outras crianças, tendo sempre em mente o pleno desenvolvimento dos educandos de um modo geral.
Mesmo que as crianças apresentem um lento de desenvolvimento cognitivo ou físico elas são capazes de realizar diversas atividades, só precisam ser incentivadas e que as outras pessoas acreditem em seu potencial, cabendo as escolasde ensino regular estarem se preparando pedagogicamente para receberem estas crianças com diversas necessidades e adequando o Currículo escolar de modo a desenvolver o espírito critico destes educandos. As APAES desenvolvem um ensino diversificado estabelecendo integração e aceitação destes e suas necessidades especiais, nessa perspectiva, Moyles (2002) afirma que
 “atividades como o brincar é um dos principais processos que ajudam as crianças a confiarem em si mesmas e em suas capacidades para interagir socialmente com outras crianças e ou com adultos, tendo suas potencialidades desenvolvidas.” 
A razão de ser da Inclusão deve buscar alternativas, propostas pedagógicas que vão alem do âmbito escolar e que proporcionam aos deficientes a conquista de sua máxima autonomia,a LDB (9394/96)assegura a estas crianças,currículos,métodos,técnicas,recursos educativos e organização especifica para atender as suas necessidades, e segundo Arnaiz “ toda educação deve ser especial no sentido de atender as características e necessidades especiais de cada aluno”. E tanto as APAES quanto as escolas de Ensino Regular devem trabalhar em conjunto, visando o pleno desenvolvimento de seus educandos, maximizando suas potencialidades e minimizando seus limites, tornando as características biológicas, ritmos de aprendizagem, peculiaridades, construção do conhecimento e capacidade perceptiva cada vez mais respeitada e desenvolvida.
Os ambientes de ensino não podem deixar que a desigualdade e exclusão venham fazer parte do convívio educacional, pois tais fatores levam aos alunos a se isolarem, pois se julgam diferentes, sem capacidade, sem domínio de conteúdo ministrado, ou seja, um estorvo para seus professores. A deficiência existe sim, mas cabe a cada educador trabalhar de forma clara e tranquila, viabilizando e enfatizando sempre que puderem a seus educandos a construção de conceitos e sua incorporação em conjunto com seus conhecimentos e demais de seu convívio. 
“A legislação brasileira de proteção à pessoa com deficiencia é um das mais avançadas do mundo. No entanto, um dos grandes desafios é tirar do papel e garantir melhor qualidade de vida e inclusão social a essas 24,6 milhões de pessoas. Trazendo soluções reais para as questões pertinentes a essa parcela tão importante e significativa de cidadãos brasileiros.”(Senador Eduardo Azeredo, 2006)
3.3. O PROJETO POLITICO PEDAGOGICO ( P. P. P. ) E A INCLUSÃO ESCOLAR
Quando se fala em Projeto político pedagógico, logo se pensa em coletividades, algo que deve ser construindo pautado no desejo e anseio de todos os envolvidos no ambiente educacional e que tenham um olhar voltado para as necessidades de sua clientela. Quando se diz, necessidades da clientela, se lembra de inclusão escolar, algo que necessitade educadores polivalentes, que consigam permear o saber e o conhecimento com todos os que estão presentes no contexto educacional, todavia visando em especial as criança. A relação entre o P. P. P. e a educação inclusiva não pode ser pensada de forma separada, pois ambas são parte integrante e inseparável da escola plural e democratica, seja ela Particular, Estadual ou Municipal. Hoje, tanto o Projeto Político Pedagogico, quanto a educação inclusiva devem criam possibilidades de diálogos com o novo e atentarem para as situações vividas pela escola no mundo complexo e dinâmicode hoje.
O Governo Federal e o MEC em conjunto com as Superintendencias de Ensino Regional, oferecem aos educadores capacitação de acordo com o tipo de aluno especial que tem em sala, caso seja necessário, a diretora pode elaborar um projeto com pedido para criação de sala de recursos, buscando assim melhor atender seus alunos com défice de aprendizagem. 
Todavia, aos educadores cabe demonstraruma pratica alicerçada nos valores éticos de respeito a diferença e ao compromisso de edificarem um ensino de qualidade. Devemos de um modo geral, nos assegurar que os alunos estão aprendendo, que os currículos e o P.P.P. estejam sempre em consonância com as necessidades da realidade da qualidade social de nossa clientela escolar. Preceitos constitucionais como o artigo 208, inciso III, da Constituição Federal, determinamque a Inclusão seja garantida aos portadores de deficiência pelo governo Estadual por meio de “atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino”, por este motivo cursos de capacitação, verbas para reforma do ambiente educacional e ou construção da sala de recursos, são oferecidos regularmente.
Todavia, as modificações necessárias devem ultrapassar o Currículo, o P. P. P. e o Plano de Desenvolvimento da Escola (PDE), pois precisam abranger atitudes, perspectivas, organização e ações operacionalizadoras dentro do trabalho educacional. Uma vez, que a Educação Inclusiva vem introduzindo novos conceitos e demonstrando garantia em seu cumprimento, vemos que continua requerendo uma mudança de postura, de percepção e de concepção dos sistemas educacionais. Corretamente, Sanches e Romeu (1996, p.69, in: Salto para o Futuro) ao voltarem o olhar para a atuação docente afirmam que
“ao professor, requer uma serie de estrategias organizativas e metodológicas em sala de aula. Estrategias capazes de guiar sua intervenção desde processos reflexivos, que facilitem a construção de uma escola onde se favoreça a aprendizagem dos alunos como uma reinterpretação do conhecimento e não como uma transmissão da cultura.”
E é isto que a Educação Inclusiva busca em um Projeto Político Pedagógico e docentes que irão coloca-lo em vias de cumprimento no âmbito Educacional e Social.
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Um novo olhar sobre a Inclusão Escolar nos foi concedido através da elaboração deste Artigo Cientifico. Pesquisas, reflexões e observações nos foram de grande valia para entendermos este tão vasto campo. A inclusão escolar, é um caminho que abre caminhos, ou seja, que se faz através do dialogo, da busca por mudanças, da diversidade, da realização da utopia de ensino igualitário onde o anseio da sociedade em ver alunos normais e especiais em pé de igualdade seja no ambiente educacional ou de trabalho venha acompanhado pela busca da realidade da qualidade social. 
È a pratica viabilizando a pratica, é a preocupação com as necessidades básicas de aprendizagem de todas as crianças, que constitui em um verdadeiro desafio para os atuais educadores, pois, atender às necessidades implica em dar um novo significado para a diferença, é reestruturar o trabalho pedagógico para o que se deseja alcançar.
Se o Sistema Educacional viabilizar uma Formação Continuada aos educadores e buscar unir a criatividade de alguns à sua convicção de que a aprendizagem será possível para todos os alunos, levarão a Comunidade Escolar a acreditarem que ninguém estabelece os limites do outro, e isto contribuirá para remover os obstáculos que tantos e tantos alunos tem enfrentado para consolidarem seu processo de ensino aprendizagem através da Educação Básica.
Concluindo, nossa preocupação é Incluir alunos Especiais, numa sociedade de Excluídos, buscando alcançar a verdadeira democracia, a cidadania que se estabelece pela igualdade dos direitos e deveres e a oportunidadede exerce-los plenamente, como nos diz Mantoan (1997, p.120): “O principio democrático de “educação para todos” só se evidencia nos sistemas educacionais em todos os alunos e não apenas em um deles”.
REFERÊNCIAS
BASICA, Conferencia Nacional da Educação. Documento Final. _ Brasília: Ministério da Educação, 2008. 90 p.
BRASIL, Ministério da Saúde. Estatuto da Criança e do Adolescente / Ministério da Saúde. – Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2006.3. ed.
CIENTÍFICO, Metodologia do Trabalho. Uberaba: Uniube, in:_____. Un. 4, 2006.
DESPORTO, Ministério da Educação e do. Turma do Bairro na Classe: A integração do Aluno com Deficiencia na Rede de Ensino. Brasília, 2000, volumes 01 ao 03. 
DINIZ, Margareth. Ribeiro, Jane Gonçalves. Vitor, Valter Luiz de A. Projeto Incluir: Caderno de textos para formação de professores da Rede Publica de Ensino de Minas Gerais. II ed. Belo Horizonte: Secretaria de Estado de Educação, 2006. in: _____. p. 9 – 12.
EDUCAÇÃO, Lei de Diretrizes e Bases da (LDB) nº. 9394, de 20 de Dezembro de 1996. in:_____. Capitulo V – Da Educação Especial. Art. 58 – 59.
ENSINAR, O que e como. Revista Nova escola edição especial. São Paulo, Abril. 2009. p. 08 – 10.
FUTURO. Salto para o. Educação Especial: tendências atuais/ Secretaria de Educação a Distancia. Brasília: Ministério da Educação, SEED, 1999. 95 p.
 KRAMER, Sônia. A infância e sua singularidade. Ministério da Educação. Ensino fundamental de nove anos: orientações para a inclusão da criança de seis anos de idade. Brasília: FNDE, Estação gráfica. p.13 – 22. 2006.
PONTES, Marco Antonio Dias. Equidade: tratamento desigual aos desiguais. Belo Horizonte: Secretaria de Estado de Minas Gerais. 2002. 72 p.
SALAMANCA, Declaração. Princípios, Política e Pratica em Educação Especial. Conferencia Mundial de Educação Especial. 7 a 10 de Junho de 1994. in:______. Fatores relativos à Escola, nº. 26.
SANTOS, Fabio Rocha. Série Licenciatura em Pedagogia, in: vol. I e II etp. IV e vol. I II e III etp. V. Uberaba. 2007, 2008. 
Estudos. Psicologia em. Possibilidades e Concepções. In:_______Contexto das Instituições Educativas e o Brincar de seus Educandos. São Paulo: 2006. Disponível em:HTTP://www.scielo.br/scielo.php?pid=s1413 73722005000200008&script+sci_arttext. 
SAMAI BATISTA GONÇALVES CASSILM
A INCLUSÃO ESCOLAR ATRAVÉS DO ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO
Pesquisa apresentada ao Programa de Pós-Graduação da Faculdade ImesMercosur como requisito parcial para obtenção do Título de Especialista em Educação Inclusiva e Especial. 
Aprovada em ____ de ______________________________ de ____________ . 
COMISSÃO AVALIADORA
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