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3 A PEDAGOGIA E A EDUCAÇÃO INCLUSIVA: OS DESAFIOS EM SALA DE AULA LILIAN CRISTINA DO CARMO ALVES1 Resumo A educação inclusiva trouxe muitos desafios aos professores, os quais exigiram novas posturas dos docentes, novos saberes, diferentes habilidades, competência e muita atitude. O artigo 2º da LDEN trata dos princípios e fins da educação brasileira, garantindo que: “A educação, é dever da família e do Estado inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”, contudo é necessário uma revisão de concepções, valores, preceitos, bem como a percepção de que as estratégias e metodologias de ensino devem ser muito bem planejadas, reelaboradas com estratégias voltadas para uma educação de qualidade visto que elas devem ser abertas e flexíveis de modo que possa atender as necessidades de ambas as partes. Contudo cabe cada pessoas buscar informações que possam estar auxiliando e enriquecendo o conhecimento dos docentes, das famílias as quais necessitam dessa modalidade de educação, sabe-se que a modalidade educação especial já é uma realidade presente nas escolas estaduais e municipais, contudo é fundamental buscar inovação e atualização constante sobre as leis e diretrizes as quais garante e assegura essa modalidade. Palavras-chave: inclusão, sociedade, família. Abstract Inclusive education brought many challenges to teachers, which required new positions from teachers, new knowledge, different skills, competence and a lot of attitude. Article 2 of the LDEN deals with the principles and purposes of Brazilian education, guaranteeing that: “Education, it is the duty of the family and the State, inspired by the principles of 4 freedom and the ideals of human solidarity, has the full development of the student, their preparation for the exercise of citizenship and their qualification for work ”, however, it is necessary to review concepts, values, precepts, as well as the perception that teaching strategies and methodologies must be very well planned, reworked with strategies aimed at education of quality since they must be open and flexible so that it can meet the needs of both parties. However, it is up to each person to seek information that may be helping and enriching the knowledge of teachers, families who need this type of education, it is known that the special education modality is already a reality present in state and municipal schools, however it is essential to seek innovation and constant updating on the laws and guidelines which guarantee and ensure this modality. Keywords: inclusion, society, family. ___________________________ Mini-currículo do Autor- Professora da Rede Estadual de ensino do Estado de MG. Graduada em Letras (habilitação em Língua Portuguesa e Respectivas Literaturas) pela Ulbra (Universidade Luterana do Brasil) Graduada em Língua Estrangeira (Espanhola) e Educação Especial pela Unimes (Universidade Metropolitana de Santos) Pós Graduada em Educação Especial, ciências da religião pela universidade Faveni (Faculdade de Venda Nova do Imigrante). E-mail: liliancristina.2006@hotmail.com 1. Introdução O presente trabalho tem como objetivo geral apresentar alguns desafios encontrado pelo professor dentro da sala de aula em relação a educação inclusiva. O interesse pelo tema surgiu a partir das experiências vivenciadas em sala de aula em discussão inerente da necessidade de colaborar para que haja uma educação inclusiva que realmente inclua o aluno, muitos se falam sobre a educação inclusiva portanto existe uma proposta de educação inclusiva na constituição federal de 1996, No Art. 208 diz que todos as pessoas com necessidades especiais preferencialmente sejam matriculados em turmas regulares, fundamentando se no princípio de uma educação para todos. Essa é uma verdade que está acima dos paradigmas, a educação especial é uma realidade vivenciada pelos docentes em sala de aula. Dessa forma a pretendeu-se enfatizar alguns desafios que o educador encontra em sala de aula levando-o a refletir sobre a realidade da educação inclusiva. Tendo em questão a seguinte pergunta: Qual a importância da inclusão do aluno portador de necessidades especiais no contexto escolar? Sabe-se que é impossível negar que a educação precisa urgentemente passar por processo transformador que os docentes mailto:liliancristina.2006@hotmail.com 5 necessita se atualizar em todas as áreas principalmente no requisito da educação especial, o artigo 3º da Resolução CNE/CEB Nº 2, de 11 de setembro de 2001 especifica que: Por educação especial, modalidade da educação escolar entende-se um processo educacional definido por uma proposta pedagógica que assegure recursos e serviços educacionais e especiais, organizados institucionalmente para apoiar, complementar, suplementar e, em alguns casos, substituir os serviços educacionais comuns, de modo a garantir a educação escolar e promover o desenvolvimento das potencialidades dos educandos que apresentem necessidades educacionais especiais, em todas as etapas e modalidades da educação básica (BRASIL- MEC/SEESP, 2001, p. 1) Entende-se que as atividades inerentes a educação especial jamais serão iguais as atividades da classe regular comum, e no processo de inserção do aluno especial nas escolas comuns necessita-se de várias adaptações para que o aluno sinta se incluso. Esse trabalho foi realizado com base teóricas por levantamento de pesquisas bibliográficas. Essa foi a metodologia utilizada para a realização do presente artigo. 2. A educação especial e os desafios Os desafios na educação especial são refletido no cotidiano dos educadores portanto, os mesmos vem se inovando em buscas de estratégias para melhor atender os alunos especiais em sala de aula regulares, as vezes os desafios tende se intimidar os docentes com as diversas situações que surge no dia-a-dia. Mas os docentes não se cansam em buscar novas ferramentas para auxiliar seu trabalho e ajudar os alunos nas diferenças os quais se enquadram, a rotina de um professor em sala de aula é bastante diversificada devido ao público diferente o qual é recebido a cada início do ano letivo, pensar na frase “não sabemos lidar com essas crianças especiais” está fora de cogitação, pois o professor se adapta, reinventa e mesmo com os mais variados desafios, não se param diante deles. Quando se fala em desafios o professor é o mais desafiado em todas as circunstância, ele além de ser professor, trabalha como psicólogo em sala de aula, como pais ausentes, 6 trabalha com terapeuta, e outras inúmeras funções que surge no cotidiano escolar. Trabalhar com o novo é sempre um desafio mas não o bastante para impedir que o docente se reinventa e entra na luta pela igualdade, pela pluralidade, pelo não a discriminação. Trabalhar a inclusão diante de uma sociedade ainda preconceituosa, onde se veem as pessoas especiais como ‘LOUCOS” “RETARDADOS” “DOENTES MENTAIS” dentre outras adjetivos dados as pessoas especiais é um desafio os quais os docentes se vê todos os dias, os diferentes considerados loucos na antiguidade sofrem ainda hoje pelos mesmos motivos e são rejeitados, diante de um tempo tão corrido, pessoas se esquecem de olhar para o próximo, contudo os docentes precisam ver além do ambiente, pensar que esses alunos permaneceram em suas salas e você professor deverá tomar partido para que haja um ensino igualitário, é preciso ir além buscar estratégias, mecanismos para sair do comodismo. Incluir significa amar, buscar novos conhecimentos, tem que gostar do que faz para fazer bem, é preciso quebrar as barreiras, convidar, abraçar, pedir, incentivar; inclusão é encorajar fazer acontecer o diferente, ter atitudes, acima de tudo é ser mais humanos. Ea educação inclusiva tem sido discutida em vários âmbitos da sociedade e ela precisa acontecer sem nenhum tipo de descriminação, superando as dificuldades e enfrentando os desafios. O desafio da superação das dificuldades de inclusão do aluno com necessidades especiais no ensino regular requer que se ultrapassem as práticas tradicionais e os sentimentos acerca das pessoas com necessidades educacionais especiais, realizando a integração, nos âmbitos escolares, laborativa e comunitário, isto é, física, funcional, social e societal, deparandose sobre a proposta que apresente, na atualidade, possibilidades concretas de promover o processo integracionista, defenda e implante a inclusão dos diversos grupos de alunos com necessidades educativas especiais, na escola de ensino regular. (SCHNEIDER, 2012, p.3) 7 De acordo com autor é necessário sair do tradicional, inovar se buscar novos conceitos para ampliar seus conhecimentos e colocando em pratica sobre uma nova proposta uma nova perspectiva de ensino. Segundo Forest & Pearpoint (1997): "Inclusão significa convidar aqueles que (de alguma forma) têm esperado para entrar e pedir-lhes para ajudar a desenhar o nosso sistema e que encorajem todas as pessoas a participar da completude de suas capacidades – como companheiros e como membros" (p. 137). Refletindo na fala de Forest & Pearpoint (1997) podemos ver que incluir significa mais, requer mais do educador, saber que além de todas as diversidades tem alguém ali, sempre esperando um pouco mais de te, precisando ser encorajado a cada dia, sentir-se que ele faz a diferença; são etapas a serem vencidas. Conforme Mantoan (1997), incluir exige de todos nós, educadores, novos posicionamentos, modernizando a escola e fazendo com que os professores transformem suas práticas para que, de fato, todos os alunos aprendam. Trata-se de reconhecer que as dificuldades que os alunos deficientes ou não apresentam, não são apenas deles, mas resultam em grande parte do modo como o ensino é ministrado, a aprendizagem é concebida e avaliada. Alguém diz que seria fácil? Reconhecer as dificuldades as quais os alunos têm em aprender, mediante aos tempos corridos, as necessidades especiais os quais são deparados no dia a dia, percebemos a falta de conhecimentos por parte do educando para ensinar, tem que saber; entender e acima de tudo dedicar-se inteiramente, pois a inclusão requer mais do que conhecimento. São desafios encontrados e enfrentados dia a dia na transformação em busca de ser diferente mais sim em fazer à diferença. Os estudos realizados por Mantoan (1987, 1991) sobre a atividade cognitiva de alunos com deficiência, apontam a inclusão escolar dessas pessoas no ensino regular, como uma condição que poderá contribuir significativamente para estimulá-las a se comportarem 8 ativamente diante dos desafios do meio, abandonando, na medida do possível, os estereótipos, os condicionamentos, a dependência que lhe são típicas. Ao serem inseridos no meio escolar os alunos com deficiência passam pela fase de adaptação, muitos deles não têm convívio com a sociedade, essa é uma fase às vezes lenta que exige do educador, da escola, do ambiente escolar de forma geral, na verdade eles precisam de estímulos, pois está vindo para um lugar completamente diferente, o mundo deles se transformam, elas saem do meu mundinho onde tudo é limitado e passa ter seus próprios sonhos, e ao passar do tempo quando se adaptam com o novo ambiente eles descobri que pode realizar varias coisas que antes não conheciam , aprende que são capazes e que podem ir muito além. Para que essa inclusão aconteça existe uma necessidade especial a de flexibilização do currículo, são atividades adaptativas para que possa melhor atender as necessidades de cada aluno. De acordo com o MEC/SEESP/SEB (1998), essas adaptações curriculares realizam-se em três níveis: Adaptações no nível do projeto pedagógico (currículo escolar) que devem focalizar, principalmente, a organização escolar e os serviços de apoio, propiciando condições estruturais que possam ocorrer no nível de sala de aula e no nível individual. Adaptações relativas ao currículo da classe, que se referem, principalmente, à programação das atividades elaboradas para sala de aula. Adaptações individualizadas do currículo, que focalizam a atuação do professor na avaliação e no atendimento a cada aluno. Segundo Mantoan (2006), a inclusão ocorre quando há mudanças na forma de ensino e que ele seja de qualidade para todos os alunos. Já a integração depende da adaptação do aluno ao sistema escolar e o método de ensino da escola continua o mesmo. Para ela inclusão e integração são dois termos incompatíveis. 9 Segundo Carvalho (2006) e Gil e Alquéres (2005), a educação inclusiva tem como objetivo que todas as crianças, deficientes ou não, tenham o mesmo acesso e aproveitamento nas escolas independente das suas diferenças. Independentemente da deficiência, todos devem ser visto com o mesmo olhar: olhar da igualdade, olhar humanitário, ter acesso, direitos amparados por lei, direitos a oportunidades, de serem livres, de poder expressar seus sentimentos, de participar da comunidade, de visto como um “ser” importante diante da sociedade, são muitas as mudanças e tanto para o aluno como para a equipe que ira atender-lo. “Um mundo inclusivo é um mundo no qual todos têm acesso às oportunidades de ser e de estar na sociedade de forma participativa” (CARVALHO, 2007 p. 111). Segundo Gil e Alquéres (2005) e Carvalho (2007), “a inclusão de pessoas com deficiência na escola regular é benéfica a todos os alunos, tanto os com deficiência ou os não deficientes”. Educação infantil para todos: crianças necessitam de adultos que olhem com atenção e interesse para seus desenvolvimentos, elas precisam de pessoas que as vejam como crianças que necessitam de carinho, atenção, brincadeiras lúdicas, que as eduquem e ensina sobre alimentação, higiene, a fazer descobertas, ter experiências em seus primeiros anos de vida. O contato com a diferença, de ver a realidade de aceitar se em meio à sociedade, construir o seu mundo de aceitação, poder brincar, fantasiar, construir, entender, imaginar são experiências as quais todo o ser humano necessita. Em vista que as crianças especiais necessitam desse olhares diferenciados os quais eles sentem prazer em experimentar, compreender isso é dar sentido a vida. No âmbito da educação, a inclusão sempre ocupara um lugar privilegiado, na maioria das situações mais no âmbito da teoria do que da pratica, hoje todo tipo de inclusão social é politicamente correto. Visto que essa é uma idéia de humanização as quais as instituições abrem novas perspectivas social e comportamentais entendemos que a inclusão na escola é factível, relevante e possível, porem requer mudanças na pratica educativa. 10 A educação especial deve ter um novo olhar, o qual deve ser focado na inclusão e na aprendizagem, entendemos que para ter inclusão e que ela seja efetiva são necessárias estratégias e mudanças tais como: interação, incentivo, aceitação, ajuda mutua e um trabalho interdisciplinar. Dessa forma a interação é colocada a partir da compreensão de que a criança inserida no âmbito social necessita de atenção, dedicação é claro que não podemos dizer que a excelência da inclusão é um movimento que busca estabelecer relações humanitárias, permitindo construir brincadeiras lúdicas as quais acrescentara no conhecimento construído através do brincar visto que essa brincadeira permitira o desenvolvimento das crianças, permitiram que ela se fantasiar-se, inventar, criar, conviver, destruir, compreender, manipular diversos brinquedos, palavras, sentidos da realidade, abrindo um leque para a experiência e espaço para imaginação. 3. Quando a inclusão torna-se um obstáculoe quais são os desafios encontrados pelo educador frente a inclusão? De acordo com a LDBEN (BRASIL, 1996) estabelece critérios para o atendimento especializado aos alunos portadores de necessidade especiais, no artigo 59 fala sobre algumas particularidades que deverão ser assegurada pelo sistema de ensino I - currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização específica, para atender às suas necessidades; II - terminalidade específica para aqueles que não puderem atingir o nível exigido para a conclusão do ensino fundamental, em virtude de suas deficiências, e aceleração para concluir em menor tempo o programa escolar para os superdotados; III - professores com especialização adequada em nível médio ou superior, para atendimento especializado, bem como professores do ensino regular capacitados para a integração desses educandos nas classes comuns; IV - educação especial para o trabalho, visando a sua efetiva integração na vida em sociedade, inclusive condições adequadas para os que não revelarem capacidade de inserção no trabalho competitivo, mediante 11 articulação com os órgãos oficiais afins, 22 bem como para aqueles que apresentam uma habilidade superior nas áreas artística, intelectual ou psicomotora; V - acesso igualitário aos benefícios dos programas sociais suplementares disponíveis para o respectivo nível do ensino regular (BRASIL, 1996). De acordo com o texto acima é claro que é garantido aos alunos especiais uma adaptação curricular, mudanças de pratica no ensino a qual viabiliza e facilita que o aluno tenha melhor acesso ao processo educacional. Castro (1997), ao descrever o processo de implantação de uma proposta de educação inclusiva na rede pública de uma capital da Região Nordeste do Brasil, realizou entrevistas com 30 pessoas (entre professores, diretores, supervisores e técnicos), em cinco escolas municipais desse município, com o objetivo de conhecer as dificuldades e as condições necessárias à realização da proposta. A autora verificou que entre as principais dificuldades encontradas estão às mesmas existentes em qualquer escola pública brasileira, a saber: formação insuficiente dos professores, baixos salários, falta de apoio pedagógico, infra-estrutura e condições de trabalho precárias. Contudo o mais comum nos dias atuais é ver a falta de capacitação dos professores e da equipe pedagógica em lidar com alunos especiais, a proposta da educação inclusiva é assegurar que todos tenha acesso à aprendizagem, oferecendo-lhes condições necessárias para que esse processo aconteça. A palavra incluir requer além da preparação pessoal, psicológica e física, mas como assim se preparar pessoalmente esse é um fator importante e necessário pois aluno e família deve sentir se acolhido amado e sem preconceito. O preparo psicológico é fundamental para o acolhimento dessas crianças e que se visto nas escolas são docentes estressados sem condições físicas e sem preparo psicológico para acolher esses alunos e familiares, são profissionais que vê a educação inclusiva como um favor e na verdade a inclusão não é favor e sim um direito garantido, portanto cabe cada profissional ter empatia esses são alguns dos desafios as quais tem sido enfrentados juntamente com a falta de preparo do espaço físico, do ambiente escolar a estrutura onde o aluno possa se locomover sem empecilhos, a escola precisa fazer adaptações como rampas e outros meios que facilita o acesso dos alunos nas repartições escolares, é necessário organizar se planejar bem o currículo complementando os meios avaliativos de forma 12 construtiva na educação. Outro ponto crucial na educação inclusiva é a participação da família, quando a mesma é presente na vida escolar com certeza o resultado será positivo a família é peça fundamental para o bom desenvolvimento do trabalho, quando tem o apoio da família e da comunidade escolar jutos só tem a ganhar, tudo pode ser transformado em tudo pode ter um olhar diferente onde juntos a inclusão fará a diferença. Incluir também requer novas posturas, a inclusão exige dos educadores uma formação continuada, com novas práticas de ensino, com partilha de conhecimento, mas infelizmente vemos uma sociedade corriqueira a qual não tem tempo suficiente para dar continuidade a sua formação, não dando importância a tais exigências, muitos vivem no tradicional e quando se deparam com um aluno especial em sua classe lá está ele um docente despreparado para enfrentar o novo e o mesmo é desafiado por si mesmo a compreender e buscar mecanismos estratégias que facilitam seu trabalho. O professor precisa ter conhecimento, deve manter- se sempre atualizado buscando novas informações aprender a selecionar novas habilidades, afinal ser um eterno aprendiz. A educação especial e a educação inclusiva tem como objetivo mostrar que o espaço escolar é um espaço para todos este é um direito adquirido e não um favor merecido, é um direito legal, direito de ir e vir é o direito de todos os cidadãos. De acordo com Monteiro (2001, p.1): [...] a inclusão é a garantia, a todos, do acesso contínuo ao espaço comum da vida em sociedade, uma sociedade mais justa, mais igualitária, e respeitosa, orientada para o acolhimento, a diversidade humana e pautada em ações coletivas que visem à equiparação das oportunidades de desenvolvimento das dimensões humanas. Contudo entende ser que todas as crianças deve ser educada no mesmo espaço escolar, trabalhando sempre para o fortalecimento e o vínculo com os coleguinhas, trabalhando o respeito a igualdade, rompendo os muros da intolerância do preconceito, valorizando sempre o ser humano como pessoa. Segundo Demo, (1997 p.61/62) “nos afirma que, Remover as barreiras à aprendizagem pressupõe conhecer as características do processo de aprender, bem como as características do aprendiz (o que não deve ser confundido com um diagnóstico). Com esse "olhar", os professores precisam conseguir identificar a si mesmos como "profissionais da aprendizagem" e não mais como "profissionais do ensino" 13 Porque o aluno com necessidades especiais deve fazer parte da classe regular, afinal ele tem o direito de aprender as mesmas coisas que os outros, mesmo ele sendo diferente cabem ao professor adequar-se, fazer a diferença adaptar e readaptar se necessário. O aluno especial não veio somar ele veio para ser o aluno para mudar transformar o meio o qual se vive. Segundo Carvalho (2006), as dificuldades se tornam problemas quando não sabemos ou não queremos lidar com elas. Para remover as barreiras da aprendizagem na escola inclusiva é preciso identificá-las e procurar os fatores que se relacionam com elas. 4. Pessoas com deficiência e seus direitos educação Diante da democratização de ensino, há muitas dificuldades a ser questionada uma relação complexa, garantir escolas de qualidade para todos, oferendo lhes recursos acessíveis diminuindo as barreiras favorecendo assim a interação de todos os estudantes especiais na escola regular. Art. 1º. Para a implementação do Decreto no 6.571/2008, os sistemas de ensino devem matricular os alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação nas classes comuns do ensino regular e no Atendimento Educacional Especializado (AEE), ofertado em salas de recursos multifuncionais ou em centros de Atendimento Educacional Especializado da rede pública ou de instituições comunitárias, confessionais ou filantrópicas sem fins lucrativos; Art. 2º. O AEE tem como função complementar ou suplementar a formação do aluno por meio da disponibilização de serviços, recursos de acessibilidade e estratégias que eliminem as barreiras para sua plena participação na sociedade e desenvolvimento de sua aprendizagem; Parágrafo Único. Para fins destas Diretrizes,consideram-se recursos de acessibilidade na Educação aqueles que asseguram condições de acesso ao currículo dos alunos com deficiência ou mobilidade reduzida, promovendo a utilização dos materiais didáticos 14 e pedagógicos, dos espaços, dos mobiliários e equipamentos, dos sistemas de comunicação e informação, dos transportes e dos demais serviços. (CNB/CNE, 2009). A verdade é que o ensino escolar brasileiro continua aberto a poucos, situação essa que drasticamente acentua no caso de alunos com deficiência. Em qualquer ponto do nosso território, em grande parte das escolas publicas ou ate mesmo particulares, em todos os níveis de ensino, sobretudo nas etapas do ensino básico: educação infantil, fundamental e médio. Visto que a inclusão escolar tem sido mal compreendida, principalmente no âmbito da mudança escolar, pessoas que lutam em favor da inclusão escolar, tem usado fortes argumentos no sentido revolucionário e inovador dessa proposta educacional. Temos a constituição de 1988 e leis educacionais que apóiam a necessidade de reconstruir a escola brasileira sob novos enfoques educacionais e que nos conclamam a uma “virada para melhor” de nosso ensino. A Constituição Federal de 1988 no artigo 205 diz que “A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho” portanto o referido artigo deixa claro que a educação é direito de todos, e dever da família portanto é fundamental o envolvimento das famílias com a escola, é notável que quando a família é presente na escola o desenvolvimento do aluno é bem melhor, a escola oferece condições de aprendizagem mas educação só será completa com a participação de todos principalmente no referido a Educação Especial a qual ainda sofre com a descriminação, crianças especiais na escola regular ainda são visto por uma grande parte da sociedade como doentes mentais, muitos ainda sofrem bulling por suas aparências ou comportamento as quais suas características são pouco diferente dos outros alunos. A convenção de direitos da Direitos da Criança-CDC (ONU, 1989) no Art. 2 - diz que “Os estados assegurarão a toda criança sob sua jurisdição os direitos previstos nesta convenção sem discriminação de qualquer tipo baseadas na condição, nas atividades, opiniões ou crenças, de seus pais, representantes legais ou familiares” no Art. 23 deixa claro que toda criança especial deverão desfrutar de uma vida plena com direito de ir e vir, direito de opinar isso é direito de participar das ações sociais. 15 Art. 23 - Os estados reconhecem que toda criança com deficiências físicas ou mentais deverá desfrutar de uma vida plena e decente; reconhecem o direito da criança deficiente de receber cuidados especiais; estimularão e assegurarão a prestação de assistência adequada ao estado da criança, que será gratuita e visará assegurar à criança deficiente o acesso à educação, à capacitação, aos serviços de saúde, aos serviços de reabilitação, à preparação para emprego e às oportunidades de lazer de forma que ela atinja uma completa integração social. Os estados promoverão ainda o intercâmbio e a divulgação de informações a respeito de métodos e técnicas de tratamento, educação e reabilitação para que se possa aprimorar os conhecimentos nestas áreas. A educação especial, educação inclusiva precisa unanimemente de apoio e de parceria para enfrentar os desafios e ter contudo um ensino de qualidade. Além de ser um direito, a Educação inclusiva é uma resposta inteligente às demandas do mundo contemporâneo. Incentiva uma pedagogia não homogeneizadora e desenvolve competências interpessoais. A sala de aula deveria espelhar a diversidade humana, não escondê-la. Claro que isso gera novas tensões e conflitos, mas também estimula as habilidades morais para a convivência democrática. O resultado final, desfocado pela miopia de alguns, é uma Educação melhor para todos. (MENDES, 2012). Uma dada realidade é saber que ainda existe alunos com e sem deficiência que ainda são excluídos das escolas do convívio social isso devido ao preconceito e por falta de conhecimento dos familiares. Essas crianças, adolescentes e jovens são jugados como diferentes e muitos dizem não podem ficar no meio da crianças normais, e contudo elas perdem o direito de exercer sua cidadania são crianças com direitos e deveres crianças essas quais já deveriam estar inseridas no âmbito escolar, sabe-se que o ensino fundamental é obrigatório para os alunos de forma geral. Ao refletir sobre a abrangência do sentido e do significado do processo de Educação inclusiva, estamos considerando a diversidade de aprendizes e 16 seu direito à equidade. Trata-se de equiparar oportunidades, garantindo-se a todos - inclusive às pessoas em situação de deficiência e aos de altas habilidades/superdotados, o direito de aprender a aprender, aprender a fazer, aprender a ser e aprender a conviver. (CARVALHO, 2005). Cabe a direção escolar, líderes das comunidades e famílias buscar informações e fazer valer o direito de todos à educação e precisamos ser corajosos para defender a inclusão, porque estamos certo de que não corremos nenhum risco ao propor que alunos com e sem deficiência deixem de frequentar ambientes educacionais e outros, por serem descriminados. De acordo FERREIRA, 2006 “É importante destacar que a ação de movimentos sociais diversos já eliminou ou minimizou inúmeras barreiras para promover e ampliar os direitos humanos de grupos sociais vulneráveis. Contudo, ainda persiste a desigualdade traduzida na falta de oportunidades de acesso à educação de qualidade, necessária para realizar o pleno desenvolvimento de cada indivíduo e sua cidadania”. Visto que tanto escolas especiais quanto a comum precisam reorganizar para melhor atendimento aos seus alunos, existe uma necessidade urgente de sair do conforto do comodismo e ir ao encontro da inclusão, sabe-se que esse é um processo lento, o qual requer atenção, pois são pessoas especiais as quais são privadas de um convívio social da convivência familiar dos seus direitos, falar em inclusão é ter uma ideia de transformação de mudanças e aceitação. De acordo com Relatório sobre as Vidas de Crianças com Deficiência Também é nosso mundo! (DAA, 2001, p. 41): Mudança é possível. Apesar da escala de violações e apesar da extensão da discriminação e hostilidade dirigidas à deficiência, há no mundo todo exemplos concretos de política e prática que indicam o que pode ser alcançado com visão, compromisso e vontade para ouvir as crianças com deficiência e suas famílias. É vital que estes exemplos positivos sejam disseminados, compartilhados e acrescidos a fim de ampliar e fortalecer as boas práticas para promover e respeitar os direitos das crianças com deficiência no mundo. Como já foi citado a educação especial e inclusiva ainda possui muitos desafios a serem enfrentados, um desses desafios é não permitir que esse direito seja trazido simplesmente como cumprimento de uma obrigação, fazendo com que as diferenças e indiferenças passa de modo é preciso estar atento, devido ao fato de combinar igualdade e diferença no 17 processo escolar é andar no fio da navalha. Certamente os alunos devem ser valorizados e não desvalorizados ou inferiorizados. 4. CONCLUSÃO O processo da educação especial é amplamente discutido nos dias atuais e acredita- se que ainda há muito que melhorar no cotidiano da inclusão escolar. De acordo com a atual política educacional Brasileira as instituições brasileiras de ensino deve seguir uma proposta de Educação Especial a qual significa um novo modelo educacional na educação inclusiva. Um novo modelo de escola em que é possível o acessoe permanência de todos os alunos, e onde os mecanismos de seleção e discriminação, até então utilizados, são substituídos por procedimentos de identificação e remoção das barreiras para a aprendizagem (GLAT & BLANCO, 2007, p.16). O professor e a equipe gestora devem estar voltados para o presente, observando a clientela, buscando sempre inovar, adaptando a instituição às mudanças exigidas, sempre dentro da legislação. O educador deve estar atento as novas mudanças, utilizando todo seu conhecimento, focalizando para ampliar as possibilidades de inclusão no ambiente escolar e na sociedade, buscando caminhos que possibilitem a participação da comunidade na inclusão dos alunos especiais. Para tornar-se inclusiva a escola precisa formar seus professores e equipe de gestão, e rever as formas de interação vigentes entre todos os segmentos que a compõem e que nela interferem. Precisa realimentar, sua estrutura, organização, seu projeto político-pedagógico, seus recursos didáticos, metodologias e estratégias de ensino, bem como suas práticas avaliativas. Para acolher todos os alunos, a escola precisa, sobretudo, transformar suas intenções e escolhas curriculares, oferecendo um ensino diferenciado que favoreça o desenvolvimento e a inclusão social (GLAT & BLANCO, 2007, p.16) São muitos os desafios, mas, as oportunidades e alternativas sempre superam as barreiras, assim, o professor deve ter uma visão ampla e irrestrita do seu trabalho, sempre 18 aperfeiçoando e inovando seu percurso, agindo assim, o trabalho do educador contribuirá e fortalecerá ativamente o vinculo afetivo com o educando. O desafio, agora, é avançar para uma maior valorização da diversidade sem ignorar o comum entre os seres humanos. Destacar muito o que nos diferencia pode conduzir à intolerância, à exclusão ou a posturas fundamentalistas que limitem o desenvolvimento das pessoas e das sociedades, ou, que justifiquem, por exemplo, a elaboração de currículos paralelos para as diferentes culturas, ou para pessoas com necessidades educacionais especiais. (BLANCO, 2009). Contudo é necessário atividades e pensamentos positivo para que a inclusão aconteça precisa que os docentes se disponha de seu precioso tempo em busca de inovação, novos projetos e novas posturas educações com visões voltadas para uma educação inclusiva. 5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Amorim, Amélia Valadares de. OS DESAFIOS DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA NA EDUCAÇÃO INFANTIL. Disponível em: https://multivix.edu.br/wp- content/uploads/2018/12/os-desafios-da-educacao-inclusiva-na-educacao-.pdf. Acesso em: 18 dez 2014 AZEREDO, Márcia Costa de. 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