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Técnico em Enfermagem Módulo III SAÚDE COLETIVA Introdução ➢ Esta disciplina visa promover a capacitação técnica e senso crítico ao aluno em relação à realidade de saúde e seus serviços, estimulando sua participação efetiva na prestação de assistência de enfermagem e no planejamento de saúde, compatíveis com as necessidades de saúde da população. Política Nacional de Atenção à Saúde CAPÍTULO I - DA ATENÇÃO BÁSICA 1 - DOS PRINCÍPIOS GERAIS ➢ A Atenção Básica caracteriza-se por um conjunto de ações de saúde, no âmbito individual e coletivo, que abrangem a promoção e a proteção da saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação e a manutenção da saúde. Política Nacional de Atenção à Saúde ➢ É desenvolvida por meio do exercício de práticas gerenciais e sanitárias democráticas e participativas, sob forma de trabalho em equipe, dirigidas a populações de territórios bem delimitados, pelas quais assume a responsabilidade sanitária, considerando a dinamicidade existente no território em que vivem essas populações. ➢ Utiliza tecnologias de elevada complexidade e baixa densidade, que devem resolver os problemas de saúde de maior frequência e relevância em seu território. É o contato referencial dos usuários com os sistemas de saúde. Política Nacional de Atenção à Saúde ➢ Orienta-se pelos princípios da universalidade, da acessibilidade e da coordenação do cuidado, do vínculo e continuidade, da integralidade, da responsabilização, da humanização, da equidade e da participação social. A Atenção Básica considera o sujeito em sua singularidade, na complexidade, na integralidade e na inserção sociocultural e busca a promoção de sua saúde, a prevenção e tratamento de doenças e a redução de danos ou de sofrimentos que possam comprometer suas possibilidades de viver de modo saudável. ➢ Possui a Saúde da Família como estratégia prioritária para sua organização de acordo com os preceitos do Sistema Único de Saúde. Política Nacional de Atenção à Saúde ➢ A Atenção Básica tem como fundamentos I - possibilitar o acesso universal e contínuo a serviços de saúde de qualidade e resolutivos, caracterizados como a porta de entrada preferencial do sistema de saúde, com território adscrito de forma a permitir o planejamento e a programação descentralizada, e em consonância com o princípio da equidade; II - efetivar a integralidade em seus vários aspectos, a saber: integração de ações programáticas e demanda espontânea; articulação das ações de promoção à saúde, prevenção de agravos, vigilância à saúde, tratamento e reabilitação, trabalho de forma interdisciplinar e em equipe, e coordenação do cuidado na rede de serviços; Política Nacional de Atenção à Saúde III - desenvolver relações de vínculo e responsabilização entre as equipes e a população adscrita garantindo a continuidade das ações de saúde e a longitudinalidade do cuidado; IV- valorizar os profissionais de saúde por meio do estímulo e do acompanhamento constante de sua formação e capacitação; V- realizar avaliação e acompanhamento sistemático dos resultados alcançados, como parte do processo de planejamento e programação; Política Nacional de Atenção à Saúde VI - estimular a participação popular e o controle social. Visando à operacionalização da Atenção Básica definem-se como áreas estratégicas para atuação em todo o território nacional na eliminação da hanseníase, no controle da tuberculose, no controle da hipertensão arterial, diabetes mellitus, eliminação da desnutrição infantil, na saúde da criança, na saúde da mulher, na saúde do idoso, na saúde bucal e promoção da saúde. Política Nacional de Atenção à Saúde 2 - DAS RESPONSABILIDADES DE CADA ESFERA DE GOVERNO ➢ Os municípios e o Distrito Federal, como gestores dos sistemas locais de saúde, são responsáveis pelo cumprimento dos princípios da Atenção Básica, pela organização e execução das ações em seu território. Política Nacional de Atenção à Saúde ➢ Compete às Secretarias Municipais de Saúde e ao Distrito Federal: I - organizar, executar e gerenciar os serviços e ações de Atenção Básica, de forma universal, dentro do seu território, incluindo as unidades próprias e as cedidas pelo estado e pela União; II - incluir a proposta de organização da Atenção Básica e da forma de utilização dos recursos do PAB fixo e variável, nos Planos de Saúde municipais e do Distrito Federal; Política Nacional de Atenção à Saúde III - inserir preferencialmente, de acordo com sua capacidade institucional, a estratégia de Saúde da Família em sua rede de serviços, visando à organização sistêmica da atenção à saúde; IV - organizar o fluxo de usuários, visando a garantia das referências aos serviços e ações de saúde fora do âmbito da Atenção Básica; V - garantir infraestrutura necessária ao funcionamento das Unidades Básicas de Saúde, dotando-as de recursos materiais, equipamentos e insumos suficientes para o conjunto de ações propostas; Política Nacional de Atenção à Saúde VI - selecionar, contratar e remunerar os profissionais que compõem as equipes multiprofissionais de Atenção Básica, inclusive os da Saúde da Família, em conformidade com a legislação vigente; VII - programar as ações da Atenção Básica a partir de sua base territorial, utilizando instrumento de programação nacional ou correspondente local; VIII - alimentar as bases de dados nacionais com os dados produzidos pelo sistema de saúde municipal, mantendo atualizado o cadastro de profissionais, de serviços e de estabelecimentos ambulatoriais, públicos e privados, sob sua gestão; Política Nacional de Atenção à Saúde IX - elaborar metodologias e instrumentos de monitoramento e avaliação da Atenção Básica na esfera municipal; X - desenvolver mecanismos técnicos e estratégias organizacionais de qualificação de recursos humanos para gestão, planejamento, monitoramento e avaliação da Atenção Básica; XI - definir estratégias de articulação com os serviços de saúde com vistas à institucionalização da avaliação da Atenção Básica; XII - firmar, monitorar e avaliar os indicadores do Pacto da Atenção Básica no seu território, divulgando anualmente os resultados alcançados; Política Nacional de Atenção à Saúde XIII - verificar a qualidade e a consistência dos dados alimentados nos sistemas nacionais de informação a serem enviados às outras esferas de gestão; XIV - consolidar e analisar os dados de interesse das equipes locais, das equipes regionais e da gestão municipal, disponíveis nos sistemas de informação, divulgando os resultados obtidos; XV - acompanhar e avaliar o trabalho da Atenção Básica com ou sem Saúde da Família, divulgando as informações e os resultados alcançados; Política Nacional de Atenção à Saúde XVI - estimular e viabilizar a capacitação e a educação permanente dos profissionais das equipes; e XVII - buscar a viabilização de parcerias com organizações governamentais, não governamentais e com o setor privado para fortalecimento da Atenção Básica no âmbito do seu território. Política Nacional de Atenção à Saúde ➢ Compete às Secretarias Estaduais de Saúde e ao Distrito Federal I - Contribuir para a reorientação do modelo de atenção à saúde por meio do apoio à Atenção Básica e estímulo à adoção da estratégia Saúde da Família pelos serviços municipais de saúde em caráter substitutivo às práticas atualmente vigentes para a Atenção Básica; II - pactuar, com a Comissão Intergestores Bipartite, estratégias, diretrizes e normas de implementação da Atenção Básica no Estado, mantidos os princípios gerais regulamentados nesta Portaria; Política Nacional de Atenção à Saúde III - estabelecer, no Plano de Saúde Estadual e do Distrito Federal, metas e prioridades para a organização da Atenção Básica no seu território; IV - destinar recursos estaduais para compor o financiamento tripartite da Atenção Básica; V - pactuar com a Comissão IntergestoresBipartite e informar à Comissão Intergestores Tripartite a definição da utilização dos recursos para Compensação de Especificidades Regionais; Política Nacional de Atenção à Saúde VI - prestar assessoria técnica aos municípios no processo de qualificação da Atenção Básica e de ampliação e consolidação da estratégia Saúde da Família, com orientação para organização dos serviços que considere a incorporação de novos cenários epidemiológicos; VII - elaborar metodologias e instrumentos de monitoramento e avaliação da Atenção Básica na esfera estadual; VIII - desenvolver mecanismos técnicos e estratégias organizacionais de qualificação de recursos humanos para gestão, planejamento, monitoramento e avaliação da Atenção Básica; Política Nacional de Atenção à Saúde IX - definir estratégias de articulação com as gestões municipais do SUS com vistas à institucionalização da avaliação da Atenção Básica; X - firmar, monitorar e avaliar os indicadores do Pacto da Atenção Básica no território estadual, divulgando anualmente os resultados alcançados; XI - estabelecer outros mecanismos de controle e regulação, monitoramento e avaliação das ações da Atenção Básica e da estratégia Saúde da Família no âmbito estadual ou do Distrito Federal; Política Nacional de Atenção à Saúde XII - ser corresponsável, junto ao Ministério da Saúde, pelo monitoramento da utilização dos recursos da Atenção Básica transferidos aos municípios e ao Distrito Federal; XIII - submeter à CIB, para resolução acerca das irregularidades constatadas na execução do PAB fixo e variável, visando: a) aprazamento para que o gestor municipal corrija as irregularidades; b) comunicação ao Ministério da Saúde; e c) bloqueio do repasse de recursos ou demais providências consideradas necessárias e regulamentadas pela CIB; Política Nacional de Atenção à Saúde XIV - assessorar os municípios para implantação dos sistemas de informação da Atenção Básica, como instrumentos para monitorar as ações desenvolvidas; XV - consolidar, analisar e transferir os arquivos dos sistemas de informação enviados pelos municípios para o Ministério da Saúde, de acordo com os fluxos e prazos estabelecidos para cada sistema; XVI - verificar a qualidade e a consistência dos dados enviados pelos municípios por meio dos sistemas informatizados, retornando informações aos gestores municipais; Política Nacional de Atenção à Saúde XVII - analisar os dados de interesse estadual, gerados pelos sistemas de informação, divulgar os resultados obtidos e utilizá- los no planejamento; XVIII - assessorar municípios na análise e gestão dos sistemas de informação, com vistas ao fortalecimento da capacidade de planejamento municipal; XIX - disponibilizar aos municípios instrumentos técnicos e pedagógicos que facilitem o processo de formação e educação permanente dos membros das equipes; Política Nacional de Atenção à Saúde XX - articular instituições, em parceria com as Secretarias Municipais de Saúde, para capacitação e garantia de educação permanente aos profissionais de saúde das equipes de Atenção Básica e das equipes de saúde da família; XXI - promover o intercâmbio de experiências entre os diversos municípios, para disseminar tecnologias e conhecimentos voltados à melhoria dos serviços da Atenção Básica; e, XXII - viabilizar parcerias com organismos internacionais, com organizações governamentais, não-governamentais e do setor privado para fortalecimento da Atenção Básica no âmbito do estado e do Distrito Federal. Política Nacional de Atenção à Saúde ➢ Compete ao Ministério da Saúde: I - Contribuir para a reorientação do modelo de atenção à saúde no País, por meio do apoio à Atenção Básica e do estímulo à adoção da estratégia de Saúde da Família como estruturante para a organização dos sistemas municipais de saúde; II - garantir fontes de recursos federais para compor o financiamento do Piso da Atenção Básica – PAB fixo e variável; III - prestar assessoria técnica aos estados, ao Distrito Federal e aos municípios no processo de qualificação e de consolidação da Atenção Básica e da estratégia de Saúde da Família; Política Nacional de Atenção à Saúde IV - estabelecer diretrizes nacionais e disponibilizar instrumentos técnicos e pedagógicos que facilitem o processo de capacitação e educação permanente dos profissionais da Atenção Básica; V - apoiar a articulação de instituições, em parceria com as Secretarias de Saúde Estaduais, Municipais e do Distrito Federal, para capacitação e garantia de educação permanente para os profissionais de saúde da Atenção Básica; VI - articular com o Ministério da Educação estratégias de indução às mudanças curriculares nos cursos de graduação na área da saúde, em especial de medicina, enfermagem e odontologia, visando à formação de profissionais com perfil adequado à Atenção Básica; Política Nacional de Atenção à Saúde VII - assessorar estados, municípios e o Distrito Federal na implantação dos sistemas de informação da Atenção Básica; VIII - analisar dados de interesse nacional, relacionados com a Atenção Básica, gerados pelos sistemas de informação em saúde, divulgando os resultados obtidos; IX - elaborar metodologias e instrumentos de monitoramento e avaliação da Atenção Básica de âmbito nacional; X - desenvolver mecanismos técnicos e estratégias organizacionais de qualificação de recursos humanos para gestão, planejamento, monitoramento e avaliação da Atenção Básica; Política Nacional de Atenção à Saúde XI - definir estratégias de articulação com as gestões estaduais e municipais do SUS com vistas à institucionalização da avaliação da Atenção Básica; XII - monitorar e avaliar os indicadores do Pacto da Atenção Básica, no âmbito nacional, divulgando anualmente os resultados alcançados; XIII - estabelecer outros mecanismos de controle e regulação, de monitoramento e de avaliação das ações da Atenção Básica e da estratégia de Saúde da Família no âmbito nacional; Política Nacional de Atenção à Saúde XIV - promover o intercâmbio de experiências e estimular o desenvolvimento de estudos e pesquisas que busquem o aperfeiçoamento e a disseminação de tecnologias e conhecimentos voltados à Atenção Básica; XV - viabilizar parcerias com organismos internacionais, com organizações governamentais, não governamentais e do setor privado, para fortalecimento da Atenção Básica e da estratégia de saúde da família no País. Política Nacional de Atenção à Saúde 3 - DA INFRAESTRUTURA E DOS RECURSOS NECESSÁRIOS ➢ São itens necessários à realização das ações de Atenção Básica nos municípios e no Distrito Federal: I - Unidade(s) Básica(s) de Saúde (UBS) com ou sem Saúde da Família inscrita(s) no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde do Ministério da Saúde, de acordo com as normas sanitárias vigentes; II - UBS com ou sem Saúde da Família que, de acordo com o desenvolvimento de suas ações, disponibilizem: Política Nacional de Atenção à Saúde III - equipe multiprofissional composta por médico, enfermeiro, cirurgião dentista, auxiliar de consultório dentário ou técnico em higiene dental, auxiliar de enfermagem ou técnico de enfermagem e agente comunitário de saúde, entre outros; IV - consultório médico, consultório odontológico e consultório de enfermagem para os profissionais da Atenção Básica; V - área de recepção, local para arquivos e registros, uma sala de cuidados básicos de enfermagem, uma sala de vacina e sanitários, por unidade; Política Nacional de Atenção à Saúde VI - equipamentos e materiais adequados ao elenco de ações propostas, de forma a garantir a resolutividade da Atenção Básica; VII - garantia dos fluxos de referência e contra referência aos serviços especializados, de apoio diagnóstico e terapêutico, ambulatorial e hospitalar; e VIII - existência e manutenção regular de estoque dos insumos necessários para o funcionamento das unidades básicas de saúde, incluindo dispensaçãode medicamentos pactuados nacionalmente. Política Nacional de Atenção à Saúde 4 - DO PROCESSO DE TRABALHO DAS EQUIPES DE ATENÇÃO BÁSICA São características do processo de trabalho das equipes de Atenção Básica: I - definição do território de atuação das UBS; II - programação e implementação das atividades, com a priorização de solução dos problemas de saúde mais frequentes, considerando a responsabilidade da assistência resolutiva à demanda espontânea; Política Nacional de Atenção à Saúde III - desenvolvimento de ações educativas que possam interferir no processo de saúde-doença da população e ampliar o controle social na defesa da qualidade de vida; IV - desenvolvimento de ações focalizadas sobre os grupos de risco e fatores de risco comportamentais, alimentares e/ou ambientais, com a finalidade de prevenir o aparecimento ou a manutenção de doenças e danos evitáveis; V - assistência básica integral e contínua, organizada à população adscrita, com garantia de acesso ao apoio diagnóstico e laboratorial; Política Nacional de Atenção à Saúde VI - implementação das diretrizes da Política Nacional de Humanização, incluindo o acolhimento; VII - realização de primeiro atendimento às urgências médicas e odontológicas; VIII - participação das equipes no planejamento e na avaliação das ações; IX - desenvolvimento de ações intersetoriais, integrando projetos sociais e setores afins, voltados para a promoção da saúde; e X - apoio a estratégias de fortalecimento da gestão local e do controle social. Política Nacional de Atenção à Saúde DO PROCESSO DE EDUCAÇÃO PERMANENTE ➢ A educação permanente dos profissionais da Atenção Básica é de responsabilidade conjunta das SMS e das SES, nos estados, e da Secretaria de Saúde do Distrito Federal. Devem compor o financiamento da Educação Permanente recursos das três esferas de governo acordados na CIT e nas CIBs. Política Nacional de Atenção à Saúde DO FINANCIAMENTO DA ATENÇÃO BÁSICA ➢ O financiamento da Atenção Básica se dará em composição tripartite. O Piso da Atenção Básica (PAB) constitui-se no componente federal para o financiamento da Atenção Básica, sendo composto de uma fração fixa e outra variável. ➢ O somatório das partes fixa e variável do Piso da Atenção Básica (PAB) comporá o Teto Financeiro do Bloco Atenção Básico conforme estabelecido nas diretrizes dos Pactos pela Vida, em Defesa do SUS e de Gestão. Política Nacional de Atenção à Saúde ➢ A parte fixa (PAB fixo) é destinada a todos os municípios e a parte variável (PAB variável) que consiste em recursos financeiros destinados a estimular a implantação das seguintes estratégias nacionais de reorganização do modelo de atenção à saúde: • Saúde da Família – SF; • Agentes Comunitários de Saúde – ACS; • Saúde Bucal – SB; • Compensação de Especificidades Regionais; • Saúde Indígena – SI; • Saúde no Sistema Penitenciário. Política Nacional de Atenção à Saúde ➢ Os repasses realizados em conta aberta especificamente para essa finalidade, com o objetivo de facilitar o acompanhamento pelos Conselhos de Saúde no âmbito dos municípios, dos estados e do Distrito Federal. ➢ Os valores dos incentivos financeiros para as Equipes de Saúde da Família implantadas serão transferidos a cada mês, tendo como base o número de Equipe de Saúde da Família (ESF) registrado no cadastro de equipes e profissionais do Sistema de Informação de Atenção Básica – SIAB, no mês anterior ao da respectiva competência financeira. Política Nacional de Atenção à Saúde ➢ O número máximo de ESF pelas quais o município e o Distrito Federal podem fazer jus ao recebimento de recursos financeiros específicos será calculado pela fórmula: população / 2400. A fonte de dados populacionais a ser utilizada para o cálculo será a mesma vigente para cálculo da parte fixa do PAB. ➢ São estabelecidas duas modalidades de financiamento para as ESF: • ESF Modalidade 1 • ESF Modalidade 2 Política Nacional de Atenção à Saúde ➢ ESF Modalidade 1 - São as ESF que atendem aos seguintes critérios: ➢ I - estiverem implantadas em municípios com Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) igual ou inferior a 0,7 e população de até 50 mil habitantes nos Estados da Amazônia Legal, e até 30 mil habitantes nos demais Estados do País; Política Nacional de Atenção à Saúde ➢ II - estiverem implantadas em municípios que integraram o Programa de Interiorização do Trabalho em Saúde (PITS) e que não estão enquadrados no estabelecido na alínea I deste item; e ➢ III - estiverem implantadas em municípios não incluídos no estabelecido nas alíneas I e II e atendam a população remanescente de quilombos ou residente em assentamentos de no mínimo 70 (setenta) pessoas, respeitado o número máximo de equipes por município, publicado em portaria específica. Política Nacional de Atenção à Saúde ➢ ESF Modalidade 2 - São as ESF implantadas em todo o território nacional que não se enquadram nos critérios da Modalidade 1: ➢ Com relação aos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) os valores dos incentivos financeiros para as equipes de ACS implantadas são transferidos a cada mês, tendo como base o número de Agentes Comunitários de Saúde (ACS), registrados no cadastro de equipes e profissionais do Sistema de Informação de Atenção Básica – SIAB, na respectiva competência financeira. Política Nacional de Atenção à Saúde ➢ O número máximo de ACS pelos quais o município e o Distrito Federal podem fazer jus ao recebimento de recursos financeiros específicos será calculado pela fórmula: população IBGE/ 400. Para municípios dos estados da Região Norte, Maranhão e Mato Grosso, a fórmula será: população IBGE da área urbana / 400 + população da área rural IBGE/ 280. ➢ Quanto as Equipes de Saúde Bucal (ESB) os valores dos incentivos financeiros para as Equipes de Saúde Bucal implantadas serão transferidos a cada mês, tendo como base o número de Equipes de Saúde Bucal (ESB) registrados no cadastro de Equipes e profissionais do Sistema de Informação de Atenção Básica – SIAB, na respectiva competência financeira. Política Nacional de Atenção à Saúde ➢ São estabelecidas duas modalidades de financiamento para as ESB: ➢ I - Equipe de Saúde Bucal Modalidade 1 - Composta por no mínimo1 cirurgião-dentista e 1 auxiliar de consultório dentário; ➢ II - Equipe de Saúde Bucal Modalidade 2 - Composta por no mínimo 1 cirurgião-dentista, 1 auxiliar de consultório dentário e 1 técnico de higiene dental. Política Nacional de Atenção à Saúde REQUISITOS MÍNIMOS PARA MANUTENÇÃO DA TRANSFERÊNCIA DO PAB ➢ Os requisitos mínimos para a manutenção da transferência do PAB são aqueles definidos pela legislação federal do SUS. • O Plano de Saúde municipal ou do Distrito Federal, aprovado pelo respectivo Conselho de Saúde e atualizado a cada ano, deve especificar a proposta de organização da Atenção Básica e explicitar como serão utilizados os recursos do Bloco da Atenção Básica. Os municípios e o Distrito Federal devem manter a guarda desses Planos por no mínimo 10 anos, para fins de avaliação, monitoramento e auditoria. Política Nacional de Atenção à Saúde • O Relatório de Gestão deverá demonstrar como a aplicação dos recursos financeiros resultou em ações de saúde para a população, incluindo quantitativos mensais e anuais de produção de serviços de Atenção Básica, e deverá ser apresentado anualmente para apreciação e aprovação pelo Conselho Municipal de Saúde. • Os valores fixos do PAB serão corrigidos anualmente mediante cumprimento de metas pactuadas para indicadores da Atenção Básica. ➢ Excepcionalmente o não alcance de metas poderá ser avaliado e justificado pelas Secretarias Estaduais de Saúde e pelo Ministério da Saúde de maneira a garantir esta correção Política Nacional de Atenção à Saúde SUSPENSÃO DO REPASSE DE RECURSOS DO PAB ➢ O Ministério da Saúde suspenderá o repasse de recursos do PAB aos municípios e ao Distrito Federal, quando:I - Não houver alimentação regular, por parte dos municípios e do Distrito Federal, dos bancos de dados nacionais de informação, a saber: a) Sistema de Informações da Atenção Básica (SIAB) – para os municípios e o Distrito Federal, caso tenham implantado ACS e/ou ESF e/ou ESB; Política Nacional de Atenção à Saúde b) Sistema de Informações Ambulatorial - SIA; c) Sistema de Informações sobre Mortalidade - SIM; d) Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos - SINASC; e) Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional - SISVAN; f) Sistema de Informações de Agravos de Notificação - SINAN; g) Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações SIS-PNI. Política Nacional de Atenção à Saúde ➢ Considera-se alimentação irregular: I- A ausência de envio de informações por 2 meses consecutivos ou 3 meses alternados no período de um ano; II- Forem detectados, por meio de auditoria federal ou estadual, malversação ou desvio de finalidade na utilização dos recursos. ➢ A suspensão será mantida até a adequação das irregularidades identificadas. Política Nacional de Atenção à Saúde SUSPENSÃO DO REPASSE DE RECURSOS DO PAB VARIÁVEL ➢ O Ministério da Saúde suspenderá o repasse de recursos dos incentivos a equipes de Saúde da Família ou de Saúde Bucal ao município e/ou ao Distrito Federal, nos casos em que forem constatadas, por meio do monitoramento e/ou da supervisão direta do Ministério da Saúde ou da Secretaria Estadual de Saúde ou por auditoria do DENASUS, alguma das seguintes situações: I - inexistência de unidade de saúde cadastrada para o trabalho das equipes e/ou; Política Nacional de Atenção à Saúde II - ausência de qualquer um dos profissionais da equipe por período superior a 90 (noventa) dias, com exceção dos períodos em que a contratação de profissionais esteja impedida por legislação específica e/ou; III - o descumprimento da carga horária para os profissionais das Equipes de Saúde da Família ou de Saúde Bucal estabelecida nesta Política. Política Nacional de Atenção à Saúde ➢ O Ministério da Saúde suspenderá o repasse de recursos dos incentivos, relativos aos Agentes Comunitários de Saúde, ao município e/ou ao Distrito Federal, nos casos em que forem constatadas, por meio do monitoramento e/ou da supervisão direta do Ministério da Saúde ou da Secretaria Estadual de Saúde, ou por auditoria do DENASUS, diante das seguintes situações: I - inexistência de unidade de saúde cadastrada como referência para a população cadastrada pelos ACS e/ou; Política Nacional de Atenção à Saúde II - ausência de enfermeiro supervisor por período superior a 90 (noventa) dias, com exceção dos períodos em que a legislação eleitoral impede a contratação de profissionais, nos quais será considerada irregular a ausência de profissional por e/ou; III - ausência de ACS, por período superior a 90 (noventa) dias consecutivos, e/ou; IV - descumprimento da carga horária estabelecida nesta Política, para os profissionais. Estratégia de Saúde da Família 1 - PRINCÍPIOS GERAIS ➢ A estratégia de Saúde da Família visa à reorganização da Atenção Básica no País, de acordo com os preceitos do Sistema Único de Saúde. Além dos princípios gerais da Atenção Básica, a estratégia Saúde da Família deve: I - Ter caráter substitutivo em relação à rede de Atenção Básica tradicional nos territórios em que as Equipes Saúde da Família atuam; Estratégia de Saúde da Família II - atuar no território, realizando cadastramento domiciliar, diagnóstico situacional, ações dirigidas aos problemas de saúde de maneira pactuada com a comunidade onde atua, buscando o cuidado dos indivíduos e das famílias ao longo do tempo, mantendo sempre postura proativa frente aos problemas de saúde-doença da população; III - desenvolver atividades de acordo com o planejamento e a programação realizada com base no diagnóstico situacional e tendo como foco a família e a comunidade; Estratégia de Saúde da Família IV - buscar a integração com instituições e organizações sociais, em especial em sua área de abrangência, para o desenvolvimento de parcerias; e V - ser um espaço de construção de cidadania. Estratégia de Saúde da Família 2 - DAS RESPONSABILIDADES DE CADA NÍVEL DE GOVERNO ➢ Além das responsabilidades propostas para a Atenção Básica, em relação à estratégia Saúde da Família, os diversos entes federados têm as seguintes responsabilidades: ➢ Competem às Secretarias Municipais de Saúde e ao Distrito Federal: I - inserir a estratégia de Saúde da Família em sua rede de serviços visando à organização do sistema local de saúde; Estratégia de Saúde da Família II - definir, no Plano de Saúde, as características, os objetivos, as metas e os mecanismos de acompanhamento da estratégia Saúde da Família; III - garantir infraestrutura necessária ao funcionamento das equipes de Saúde da Família, de Saúde Bucal e das unidades básicas de referência dos Agentes Comunitários de Saúde, dotando-as de recursos materiais, equipamentos e insumos suficientes para o conjunto de ações propostas; Estratégia de Saúde da Família IV - assegurar o cumprimento de horário integral – jornada de 40 horas semanais – de todos os profissionais nas equipes de saúde da família, de saúde bucal e de agentes comunitários de saúde, com exceção daqueles que devem dedicar ao menos 32 horas de sua carga horária para atividades na equipe de Saúde da Família e até 8 horas do total de sua carga horária para atividades de residência multiprofissional e/ou de medicina de família e de comunidade, ou trabalho em hospitais de pequeno porte, conforme regulamentação específica da Política Nacional dos Hospitais de Pequeno Porte; Estratégia de Saúde da Família V - realizar e manter atualizado o cadastro dos ACS, dos enfermeiros da equipe PACS e dos profissionais das equipes de Saúde da Família e de Saúde Bucal, bem como da população residente na área de abrangência das equipes de Saúde da Família, de Saúde Bucal e ACS, nos Sistemas Nacionais de Informação em Saúde definidos para esse fim; e VI - estimular e viabilizar a capacitação específica dos profissionais das equipes de Saúde da Família. Estratégia de Saúde da Família ➢ Competem às Secretarias Estaduais de Saúde: I - pactuar com a Comissão Intergestores Bipartite estratégias, diretrizes e normas de implementação e gestão da Saúde da Família no Estado, mantidos os princípios gerais regulamentados nesta Portaria; II - estabelecer no Plano de Saúde estadual metas e prioridades para a Saúde da Família; Estratégia de Saúde da Família III - submeter à Comissão Intergestores Bipartite (CIB), no prazo máximo de 30 dias após a data do protocolo de entrada do processo, a proposta de implantação ou expansão de ESF, ESB e ACS elaborada pelos municípios e aprovada pelos Conselhos de Saúde dos municípios; IV - submeter à CIB, para resolução, o fluxo de acompanhamento do cadastramento dos profissionais das Equipes de Saúde da Família, de Saúde Bucal e ACS nos sistemas de informação nacionais, definidos para esse fim; Estratégia de Saúde da Família V - submeter à CIB, para resolução, o fluxo de descredenciamento e/ou o bloqueio de recursos diante de irregularidades constatadas na implantação e no funcionamento das Equipes de Saúde da Família, de Saúde Bucal e ACS, a ser publicado como portaria de resolução da CIB, visando à regularização das equipes que atuam de forma inadequada; VI - analisar e consolidar as informações enviadas pelos municípios, referentes à implantação e ao funcionamento das Equipes de Saúde da Família, de Saúde Bucal e ACS; Estratégia de Saúde da Família VII - enviar, mensalmente, ao Ministério da Saúde o consolidado das informações encaminhadas pelos municípios, autorizando a transferência dos incentivos financeiros federais aos municípios; VIII - responsabilizar-se perante o Ministério da Saúde pelo monitoramento, o controle e a avaliação da utilização dos recursos de incentivoda Saúde da Família transferidos aos municípios no território estadual; IX - prestar assessoria técnica aos municípios no processo de implantação e ampliação da SF; Estratégia de Saúde da Família X - articular com as instituições formadoras de recursos humanos do estado estratégias de expansão e qualificação de cursos de pós-graduação, residências médicas e multiprofissionais em Saúde da Família e educação permanente, de acordo com demandas e necessidades identificadas nos municípios e pactuadas nas CIBs; e XI - acompanhar, monitorar e avaliar o desenvolvimento da estratégia Saúde da Família nos municípios, identificando situações em desacordo com a regulamentação, garantindo suporte às adequações necessárias e divulgando os resultados alcançados. Estratégia de Saúde da Família ➢ Compete ao Distrito Federal: I - estabelecer, no Plano de Saúde do Distrito Federal, metas e prioridades para a Saúde da Família; II - analisar e consolidar as informações referentes à implantação e ao funcionamento das equipes de Saúde da Família, de Saúde Bucal e ACS;. Estratégia de Saúde da Família III - responsabilizar-se junto ao Ministério da Saúde pelo monitoramento, o controle e a avaliação da utilização dos recursos de incentivo da Saúde da Família transferidos ao Distrito Federal; e IV - acompanhar, monitorar e avaliar o desenvolvimento da estratégia de Saúde da Família no Distrito Federal, identificando e adequando situações em desacordo com a regulamentação e divulgando os resultados alcançados. Estratégia de Saúde da Família ➢ Compete ao Ministério da Saúde I - definir e rever, de forma pactuada, na Comissão Intergestores Tripartite, as diretrizes e as normas da Saúde da Família; II - garantir fontes de recursos federais para compor o financiamento da Atenção Básica organizada por meio da estratégia Saúde da Família; III - apoiar a articulação de instituições, em parceria com Secretarias de Saúde Estaduais, Municipais e do Distrito Federal, para capacitação e garantia de educação permanente específica aos profissionais da Saúde da Família; Estratégia de Saúde da Família IV - articular com o Ministério da Educação estratégias de expansão e de qualificação de cursos de pós-graduação, residências médicas e multiprofissionais em Saúde da Família e em educação permanente; V - analisar dados de interesse nacional relacionados com a estratégia Saúde da Família, gerados pelos sistemas de informação em saúde, divulgando os resultados obtidos; e VI - para a análise de indicadores, de índices de valorização de resultados e de outros parâmetros, o cálculo da cobertura populacional pelas ESF, ESB e ACS será realizado a partir da população cadastrada no sistema de informação vigente. Estratégia de Saúde da Família 3 - DA INFRAESTRUTURA E DOS RECURSOS NECESSÁRIOS ➢ São itens necessários à implantação das Equipes de Saúde da Família: I - Existência de equipe multiprofissional responsável por, no máximo, 4.000 habitantes, sendo a média recomendada de 3.000 habitantes, com jornada de trabalho de 40 horas semanais para todos os seus integrantes e composta por, no mínimo, médico, enfermeiro, auxiliar de enfermagem ou técnico de enfermagem e Agentes Comunitários de Saúde; Estratégia de Saúde da Família II - número de ACS suficiente para cobrir 100% da população cadastrada, com um máximo de 750 pessoas por ACS e de 12 ACS por equipe de Saúde da Família; III - existência de Unidade Básica de Saúde inscrita no Cadastro Geral de Estabelecimentos de Saúde do Ministério da Saúde, dentro da área para o atendimento das Equipes de Saúde da Família que possua minimamente: a) consultório médico e de enfermagem para a Equipe de Saúde da Família, de acordo com as necessidades de desenvolvimento do conjunto de ações de sua competência; Estratégia de Saúde da Família b) área/sala de recepção, local para arquivos e registros, uma sala de cuidados básicos de enfermagem, uma sala de vacina e sanitários, por unidade; c) equipamentos e materiais adequados ao elenco de ações programadas, de forma a garantir a resolutividade da Atenção Básica à saúde; IV - garantia dos fluxos de referência e contra referência aos serviços especializados, de apoio diagnóstico e terapêutico, ambulatorial e hospitalar; e V - existência e manutenção regular de estoque dos insumos necessários para o funcionamento da UBS. Estratégia de Saúde da Família NECESSIDADE DE PROFISSIONAIS DE SAÚDE BUCAL NAS EQUIPES DE SAÚDE DA FAMÍLIA I - No caso das Equipes de Saúde Bucal (ESB), Modalidade 1: Existência de equipe multiprofissional, com composição básica de cirurgião dentista e auxiliar de consultório dentário, com trabalho integrado a uma ou duas ESF, com responsabilidade sanitária pela mesma população e território que as ESF às quais está vinculada, e com jornada de trabalho de 40 horas semanais para todos os seus componentes; Estratégia de Saúde da Família II - No caso das ESB, Modalidade 2: Existência de equipe multiprofissional, com composição básica de cirurgião dentista, auxiliar de consultório dentário e técnico de higiene dental, com trabalho integrado a uma ou duas ESFs, com responsabilidade sanitária pela mesma população e território que as ESFs, às quais está vinculada, e com jornada de trabalho de 40 horas semanais para todos os seus componentes; Estratégia de Saúde da Família III - Existência de Unidade de Saúde inscrita no Cadastro Geral de Estabelecimentos de Saúde do Ministério da Saúde, dentro da área para atendimento das equipes de Saúde Bucal, que possua minimamente: a) consultório odontológico para a Equipe de Saúde Bucal, de acordo com as necessidades de desenvolvimento do conjunto de ações de sua competência; e, b) equipamentos e materiais adequados ao elenco de ações programadas, de forma a garantir a resolutividade da Atenção Básica à saúde. Estratégia de Saúde da Família ➢ É prevista a implantação da estratégia de Agentes Comunitários de Saúde nas Unidades Básicas de Saúde como uma possibilidade para a reorganização inicial da Atenção Básica. São itens necessários à organização da implantação dessa estratégia: I - A existência de uma Unidade Básica de Saúde, inscrita no Cadastro Geral de estabelecimentos de saúde do Ministério da Saúde, de referência para os ACS e o enfermeiro supervisor; II - a existência de um enfermeiro para até 30 ACS, o que constitui uma equipe de ACS; Estratégia de Saúde da Família III - o cumprimento da carga horária de 40 horas semanais dedicadas à equipe de ACS pelo enfermeiro supervisor e pelos ACS; IV - definição das microáreas sob responsabilidade de cada ACS, cuja população não deve ser superior a 750 pessoas; e V - o exercício da profissão de Agente Comunitário de Saúde regulamentado pela Lei nº 10.507/2002. Estratégia de Saúde da Família PROCESSO DE TRABALHO DA SAÚDE DA FAMÍLIA ➢ Além das características do processo de trabalho das equipes de Atenção Básica, são características do processo de trabalho da Saúde da Família: I - Manter atualizado o cadastramento das famílias e dos indivíduos e utilizar, de forma sistemática, os dados para a análise da situação de saúde considerando as características sociais, econômicas, culturais, demográficas e epidemiológicas do território; Estratégia de Saúde da Família II - definição precisa do território de atuação, mapeamento e reconhecimento da área adstrita, que compreenda o segmento populacional determinado, com atualização contínua; III - diagnóstico, programação e implementação das atividades segundo critérios de risco à saúde, priorizando solução dos problemas de saúde mais frequentes; IV - prática do cuidado familiar ampliado, efetivada por meio do conhecimento da estrutura e da funcionalidade das famílias que visa propor intervenções que influenciem os processos de saúde-doença dos indivíduos, das famílias e da própria comunidade; Estratégia de Saúde da Família V - trabalho interdisciplinare em equipe, integrando áreas técnicas e profissionais de diferentes formações; VI - promoção e desenvolvimento de ações intersetoriais, buscando parcerias e integrando projetos sociais e setores afins, voltados para a promoção da saúde, de acordo com prioridades e sob a coordenação da gestão municipal; VII - valorização dos diversos saberes e práticas na perspectiva de uma abordagem integral e resolutiva, possibilitando a criação de vínculos de confiança com ética, compromisso e respeito; Estratégia de Saúde da Família VIII - promoção e estímulo à participação da comunidade no controle social, no planejamento, na execução e na avaliação das ações; e IX - acompanhamento e avaliação sistemática das ações implementadas, visando à readequação do processo de trabalho. Doenças Transmissíveis ➢ Na década de 30, as doenças transmissíveis eram a principal causa de morte nas capitais brasileiras, respondendo por mais de um terço dos óbitos registrados nestes locais, percentual provavelmente muito inferior ao que ocorria na área rural, da qual não se tem registros adequados. ➢ As melhorias sanitárias, o desenvolvimento de novas tecnologias como as vacinas e os antibióticos, a ampliação do acesso aos serviços de saúde e as medidas de controle, fizeram com que este quadro se alterasse significativamente. Doenças Transmissíveis ➢ A partir da década de 60 as doenças do aparelho circulatório passaram a ser a principal causa de morte no Brasil, superando a mortalidade por doenças transmissíveis, que passou a ocupar o quinto grupo de doenças responsáveis pelo óbito. ➢ Todavia, apesar desta considerável redução, as doenças transmissíveis ainda tem um impacto importante sobre a morbidade, principalmente por aquelas doenças para as quais não se dispõe de mecanismos eficazes de prevenção e/ou que apresentam uma estreita associação com causas ambientais, sociais e econômicas. Doenças Transmissíveis ➢ A alteração do quadro de morbimortalidade, com a perda de importância relativa das doenças transmissíveis, dá a impressão de que essas doenças estariam todas extintas ou próximas a isso. Contudo, essa não é a realidade no Brasil nem mesmo em países mais desenvolvidos. ➢ Nos Estados Unidos, por exemplo, no ano de 2003, observou-se o registro de um total de 1.588 casos de doença meningocócica. As meningites assépticas (geralmente causadas por vírus) registraram uma média anual de 10 mil casos no início da década passada, quando ainda eram de notificação compulsória. Doenças Transmissíveis ➢ A doença de Lyme, transmitida por um tipo de carrapato, acometeu 18.387 pessoas no ano de 2003. A coqueluche apresentou uma tendência de crescimento desde o início da década de 80, chegando ao patamar de 8.483 casos em 2003, e a varicela (catapora) apresentou um registro de 13.474 neste mesmo ano. ➢ Agregando-se à ocorrência destas doenças infecciosas que já vinham sendo registradas no país, nas últimas décadas, novas doenças infecciosas têm sido introduzidas e disseminadas em todo seu território. Doenças Transmissíveis ➢ A AIDS tem sido uma das doenças mais emblemáticas deste processo denominado de "emergência das doenças infecciosas", a partir do seu surgimento no início da década de 80 naquele país. Mais recentemente uma doença originada na África e transmitida por mosquitos, a febre do oeste do Nilo, a partir de sua introdução em Nova Iorque, desde 1999 vem gerando surtos com elevado número de casos e óbitos. Somente no último ano foram registrados 1.933 casos. ➢ Mesmo doenças que já estão sendo eliminadas em todo o continente americano, como o sarampo, apresenta transmissão ainda em vários países do continente europeu, representando um risco constante para sua disseminação para os países que conseguiram a sua eliminação. Doenças Transmissíveis ➢ Tais dados ajudam na compreensão do verdadeiro momento em que se encontram as doenças transmissíveis. O enorme êxito alcançado na prevenção e controle de várias destas doenças, que hoje ocorrem em proporção ínfima quando em comparação com algumas décadas atrás, não significa que foram todas erradicadas. Essa é uma falsa percepção e uma expectativa irrealizável, pelo menos em curto prazo e com os meios tecnológicos atualmente disponíveis. Doenças Transmissíveis ➢ Por causa das diferenças associadas às condições sociais, sanitárias e ambientais, as doenças transmissíveis ainda se constituem em um dos principais problemas de saúde pública no mundo. ➢ Doenças antigas ressurgem com outras características e doenças novas se disseminam com uma velocidade impensável há algumas décadas. A varíola, ainda é o único do produto de anos e décadas de esforços contínuos dos governos e sociedade. ➢ A seguir descreveremos algumas doenças transmissíveis: Doenças Transmissíveis ➢ Difteria: ➢ A difteria é uma doença transmissível aguda, toxi-infecciosa, causada por bacilo toxigênico que frequentemente se aloja nas amígdalas, na faringe, na laringe, no nariz e, ocasionalmente, em outras mucosas e na pele. ➢ O número de casos de difteria notificados no Brasil vem decrescendo progressivamente, provavelmente em decorrência do aumento da utilização da vacina tríplice bacteriana (DTP). Doenças Transmissíveis ➢ Em 1990, foram notificados 640 casos, com coeficiente de incidência de 0,45/100.000 habitantes, número que foi progressivamente decaindo até 58 casos em 2000 (coeficiente de incidência de 0,03/100.000 habitantes). ➢ Em 2003, registraram-se 40 casos (coeficiente de incidência de 0,02). A cobertura vacinal com a DTP vem se elevando neste período, passando de 66% em 1990 para mais de 90% desde 2002. Doenças Transmissíveis ➢ Coqueluche ➢ A morbidade da coqueluche no país também já foi elevada. No início da década de 80 eram notificados mais de 40 mil casos anuais, e o coeficiente de incidência era superior a 30/100.000 habitantes. Este número caiu abruptamente a partir de 1983, mantendo desde então, uma tendência decrescente. ➢ Na década de 90, foram notificados 15.329 casos, resultando em um coeficiente de incidência de 10,64/100.000 habitantes, sendo que a partir de 1996, o número de casos anuais não excedeu 2.000, mantendo-se com coeficiente de incidência em torno de 1/100.000 habitantes. Doenças Transmissíveis ➢ Com o Programa Nacional de Imunizações, em 1973, a vacina tríplice bacteriana (DTP) passou a ser recomendada para crianças menores de 7 anos, observando-se a partir disso o decréscimo na incidência da coqueluche. A partir dos anos 90, a cobertura foi se elevando, principalmente a partir de 1998, resultando em uma modificação importante no perfil epidemiológico desta doença. ➢ Entretanto, nos últimos anos, surtos de coqueluche vêm sendo registrados em populações com baixa cobertura vacinal, principalmente em populações indígenas. Doenças Transmissíveis ➢ Tétano ➢ O tétano é uma doença transmissível, não contagiosa, que apresenta duas formas de ocorrência: acidental e neonatal. A primeira forma geralmente acomete pessoas que entram em contato com o bacilo tetânico ao manusearem o solo ou através de ferimentos ou lesões ocorridas por materiais contaminados, em ferimentos na pele ou mucosa. ➢ O tétano neonatal é causado pela contaminação durante a secção do cordão umbilical pelo uso de instrumentos esterilizados inadequadamente; pelo uso de substâncias contaminadas no coto umbilical como teia de aranha, pó de café, fumo, esterco. Doenças Transmissíveis ➢ As mortes pelo tétano acidental acompanham uma tendência declinante, das 713 ocorrências anuais registradas em 1982, para menos de 300 desde 1998. Tal enfermidade apresenta uma letalidade média de 70%, o que implica em um impacto importante na mortalidade infantil neonatal. ➢ O tétano acidental pode ser evitado pelo uso da vacina DPT na infância e com a vacina dupla adulto (dT) em adultos, além dos reforços a cada dez anos para quem já tem o esquema completo.Doenças Transmissíveis ➢ Outra medida importante é a adoção de procedimentos adequados de limpeza e desinfecção de ferimentos ou lesão suspeita para tétano, nas unidades de saúde. Com relação ao tétano neonatal pode ser evitado principalmente por meio da vacinação das gestantes durante o pré-natal. Doenças Transmissíveis ➢ Poliomielite ➢ A poliomielite responsável pela paralisia infantil, doença que pode deixar sequelas graves e levar ao óbito, chegou a acometer 3.596 crianças no ano de 1975. A intensificação da vigilância e ações de controle, particularmente a ampliação da vacinação de rotina e a introdução das Campanhas Nacionais de Vacinação diminuíram o número de casos confirmados nos anos de 1987 e 1988, sendo em 1989 notificado o último caso com isolamento do polivírus selvagem no país, sendo erradicado em 1994 no Brasil. Doenças Transmissíveis ➢ O alcance da erradicação foi possível devido às estratégias de coberturas vacinal adequada de forma homogênea em todo o território nacional e cumprimento de metas adequadas dos indicadores de vigilância epidemiológica. Doenças Transmissíveis ➢ Sarampo: ➢ Em 1980, essa doença provocou aproximadamente 3.236 mortes. O sarampo é uma doença transmissível e contagiosa, que acometeu de 2 a 3 milhões de crianças nos anos epidêmicos na década de 70. Apresentando redução em 1991 a 2000, sendo que em 2001 alcançou-se a eliminação da circulação do vírus autóctone, apesar do surto ocorrido em 1997. ➢ O Ministério da Saúde implantou o Plano de Erradicação do Sarampo em 1999 com o intuito de intensificar as ações de vigilância epidemiológica objetivando detectar e investigar de forma oportuna todos os casos suspeitos de sarampo e rubéola Doenças Transmissíveis ➢ Com isso, realizar de forma oportuna o bloqueio vacinal diante de todos os casos suspeitos e garantir que todos os municípios atinjam a cobertura vacinal adequada na rotina, de 95% nas crianças de um ano de idade. ➢ Em 2001 e 2002, apenas 1 caso foi confirmado de sarampo importado do Japão. Em 2003 mais dois casos importados foram confirmados, sendo o caso índice procedente da Alemanha. Esse quadro reforça a expectativa de garantir a execução do objetivo de erradicar a doença no Brasil. Doenças Transmissíveis ➢ Rubéola: ➢ Introduzida na lista de doenças de notificação compulsória no Brasil na segunda metade da década de 90. Em 1997, ano em que o país enfrentou a última epidemia de sarampo, foram notificados cerca de 30.000 casos de rubéola. ➢ No período de 1999/2001 ocorreram surtos desta doença em vários estados do Brasil. Em 2001, a rubéola chegou a 5/105 mulheres na faixa etária de 15 a 19 anos e de 6,3/105 mulheres na faixa etária de 20-29 anos. Doenças Transmissíveis ➢ A partir do Plano de Erradicação do Sarampo no país, em 1999, houve um aumento na vigilância e controle dos casos. Em 2002, ocorreram 443 casos de rubéola no Brasil, representando uma diminuição de 90% se comparado à incidência de 1997. ➢ Consequência da realização de uma campanha de vacinação em massa dirigida às mulheres em idade fértil em todo o país com uma cobertura média de 95,68% e introdução da vacina dupla ou tríplice viral no calendário básico de imunização. Doenças Transmissíveis ➢ Atualmente a vacinação de mulheres em idade fértil tem possibilitado uma importante redução dos casos de SRC, alcançando a ocorrência de 13 casos registrados em todo o país, o que indica a possibilidade de interrupção na sua transmissão. Doenças Transmissíveis ➢ Raiva Humana: ➢ Doença infecciosa aguda, de etiologia viral, transmitida por mamíferos, que apresenta dois ciclos principais de transmissão: urbano e silvestre. Apresenta letalidade de 100% e é passível eliminação no ciclo urbano por meio de medidas eficientes de prevenção tanto em relação ao homem quanto à fonte de infecção, cão e gato por exemplo. No Brasil, o morcego hematófago é o principal responsável pela manutenção da cadeia silvestre. Doenças Transmissíveis ➢ Nas duas últimas décadas houve uma redução significativa no número de casos humanos registrados por ano, caindo de 173, em 1980, para 17 casos em 2003, tendo o cão como o principal transmissor da doença. Atualmente esses casos estão concentrados principalmente na Região Norte e Nordeste. ➢ Desde 2003 todas as Unidades da Federação disponibilizam, na rede de serviços de saúde, vacina de alta qualidade para a profilaxia da Raiva Humana, a vacina de cultivo celular. Doenças Transmissíveis ➢ Doença de Chagas: ➢ Transmitida, principalmente por um inseto que se alimentam de sangue (hematófago), o barbeiros, apresentava uma elevada incidência no Brasil no fim da década de 70, em cerca de 100 mil casos novos por ano. ➢ Atualmente, devido à estratégia de monitoramento para identificação do vetor e as ações de combate com inseticidas específicos, melhorias habitacionais realizadas nas áreas endêmicas, há um controle sobre a doença com uma prevalência de média geral de 0,13% de acordo com pesquisas realizadas. Doenças Transmissíveis ➢ Doença de Chagas: Doenças Transmissíveis ➢ Visando avaliar o impacto das ações de prevenção e controle da doença de Chagas, vem sendo desenvolvido em todo o país novo inquérito sorológico, que tem indicado uma importante redução na prevalência de infecção na população menor de cinco anos. Doenças Transmissíveis ➢ Hanseníase: ➢ É uma doença infecciosa crônica causada pelo Mycobacterium leprae. A preferência por nervos periféricos confere características peculiares à bactéria, tornando o seu diagnóstico simples. ➢ A hanseníase tem apresentado uma redução significativa de sua prevalência, de 16,4 por 10.000 habitantes em 1985 para 4,52 por 10.000 habitantes em 2003. Doenças Transmissíveis ➢ Mesmo assim, o Brasil continua sendo o segundo maior número de pacientes de hanseníase do mundo, excedido apenas pela Índia em relação ao total de casos, encontrando-se também entre os seis países que não atingiram a eliminação da hanseníase em 2005. Consequentemente, ainda é um problema de saúde pública no Brasil, exigindo esforços para um plano de intensificação das ações de eliminação e de vigilância. Doenças Transmissíveis ➢ O Estado de Pernambuco por sua vez é considerado endêmico para hanseníase, com mais de 3.000 novos pacientes por ano e taxas de detecção por volta de 4 para cada 10.000. O maior número dos pacientes é encontrado na área metropolitana do Recife. ➢ Sendo que em 2010, de acordo com o Sinan, foram registrados 3.067 casos em PE e no Recife 994, ou seja, 32,4% dos números de casos do estado, demonstrando com isso que a doença se encontra propagada em diferentes áreas do Pernambuco. Doenças Transmissíveis ➢ Com isso, os resultados encontrados demonstram a necessidade de continuar à execução das atividades que produzam efeito negativo quanto à transmissão da doença. O objetivo de acordo com o Plano de Eliminação da Hanseníase no Brasil estabelecido pelo Ministério da Saúde, é atingir a prevalência inferior a 1 caso/10.000 habitantes em cada município de acordo. Doenças Transmissíveis ➢ Febre Tifoide: ➢ A febre tifoide é uma doença transmissível associada às precárias condições sanitárias, de higiene pessoal e ambiental, na maioria das vezes ocorre como surtos relacionados com água e/ou alimentos contaminados. ➢ A imunidade adquirida após a infecção ou vacinação não é definitiva e a vacina não apresenta efetividade para o controle de surtos. Doenças Transmissíveis ➢ A doença persiste de forma endêmica no Brasil, com superposição de epidemias especialmente nas regiões Norte e Nordeste. Desde a década de 80, e especificamente na década de 90, observa-se um declínio no coeficiente de incidência de 1,4/100.000 hab. em 1990, para 0,5/100.000 hab. em 2000, como também na letalidade de 2,4% em 1990 para 1,3% em 2000. Nos anos de 2002 e 2003 foi registrado um total de casos inferior a 500 em todo o país.Doenças Transmissíveis ➢ A estratégia de controle da febre tifoide está dirigida, no setor saúde, para o fortalecimento das vigilâncias epidemiológica, sanitária e ambiental visando a detecção de casos precoce e a adoção de medidas que impeçam a sua propagação. Doenças Transmissíveis ➢ Oncocercose ➢ É uma doença causada por um verme nematódeo transmitido de uma pessoa infectada a outra por meio da picada de mosquitos vetores do gênero Simulium, e causa cegueira. No Brasil, a oncocercose é restrita à área uma área no Estado de Roraima de acordo com o Ministério da Saúde no período (1993-1997). ➢ Em 1995, houve a disponibilização de drogas eficazes a doença, junto as atividades de controle, distribuição de medicamentos, atingindo 100% da área endêmica em 2001, tais ações possibilitarão a eliminação da doença. Doenças Transmissíveis ➢ Filariose: ➢ É causada por um nematódeo, a Wucheceria bancrofti, e transmitida por mosquitos, Culex. No Brasil já foi muito prevalente, sendo que atualmente está localizada em focos endêmicos na região metropolitana do Recife e, em menor escala, em Maceió, cidades onde as condições ambientais e de drenagem favorecem a permanência de alto índice de população vetorial. Em Belém, onde a eliminação encontra-se próxima, a infecção ocorre de forma residual. Doenças Transmissíveis ➢ Filariose: ➢ Nos últimos anos o combate à filariose está apoiado no tratamento com Dietilcarbamazina da população que vive em área de foco. No Brasil a primeira experiência com esta forma de abordagem foi realizada em Recife em novembro de 2003. ➢ Faz-se também o controle do vetor, visando reduzir a densidade populacional do mosquito transmissor, atividades de educação em saúde, visando a eliminação dos criadouros. Doenças Transmissíveis ➢ Peste: ➢ Transmitida por roedores silvestres, atualmente está restrita a algumas áreas serranas ou de planalto, principalmente na região Nordeste, sendo geralmente associada com o cultivo e armazenagem de grãos. Os últimos casos foram registrados no Estado da Bahia em 2000. ➢ As atividades permanentes de vigilância sobre os roedores. A mortalidade por essa doença praticamente inexiste atualmente no país, com apenas um óbito registrado em toda a década de 90. Doenças Transmissíveis ➢ Malária: ➢ Acometia cerca de seis milhões de brasileiros por ano na década de 40, em todas as regiões. As mudanças sociais ocorridas e o intenso trabalho de controle desenvolvido por meio da Campanha de Erradicação da Malária possibilitaram o relativo controle da doença, que passou a apresentar uma ocorrência de menos de 100 mil casos anuais e restringindo-se a Amazônia Legal que responde por mais de 99% dos casos registrados no País. Doenças Transmissíveis ➢ Com os projetos de desenvolvimento da Amazônia houve dispersão da malária pelas regiões Norte e Centro-Oeste, com um aumento significativo do número de casos, passando-se a alcançar níveis de 450 a 500 mil casos anuais. ➢ Diante disso, o Ministério da Saúde elaborou o Plano de Intensificação das Ações de Controle da Malária (PIACM), desencadeando uma série de ações na Região Amazônica. ➢ Estas ações, executadas em parceria com estados e municípios, colaboraram na inversão da tendência de crescimento desta endemia. Doenças Transmissíveis ➢ Tuberculose: ➢ A tuberculose (TB) é uma das enfermidades mais antigas e conhecidas do mundo, porém não é uma doença do passado, visto que foi decretada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como enfermidade reemergente desde 1993. Doenças Transmissíveis ➢ Ainda de acordo com a OMS, a doença possui atualmente como principais causas para a gravidade da situação no mundo os seguintes fatores: desigualdade social, advento da AIDS, envelhecimento da população, grandes movimentos migratórios. ➢ O Brasil ocupa a 18ª posição entre os 22 países responsáveis por 80% dos casos de TB no mundo e contempla 35% dos casos notificados na Região das Américas de acordo com a Organização Mundial de Saúde em 2009. Doenças Transmissíveis ➢ Dentre as doenças infecciosas e parasitárias, a tuberculose de vias respiratórias é a maior causa de morte entre os idosos recifenses. Em 2010, PE apresentou 5.048 casos, Recife 2.506 (49,6% dos casos de PE). Caracterizando-se assim, como uma doença negligenciada. ➢ A tuberculose tem sido objeto de ações e investimentos recentes do Ministério da Saúde e demais instâncias do Sistema Único de Saúde - SUS, com o intuito de garantir a continuidade do tratamento e ampliar a capacidade de detecção de novos casos e aumentar o percentual de cura. Doenças Transmissíveis ➢ Meningites: ➢ Caracterizado por processos inflamatórios das meninges que podem estar relacionados com uma grande variedade de agentes infecciosos como: vírus, bactérias, fungos e protozoários. ➢ Para a saúde pública são relevantes as meningites infecciosas, causadas por agentes etiológicos transmissíveis. O quadro clínico da doença pode variar de acordo com a etiologia, mas em geral a doença é grave e pode evoluir para óbito. Doenças Transmissíveis ➢ A meningite constitui um problema complexo e multifacetado, por ser uma doença com diferentes etiologias, possui distintos impactos sobre a saúde pública e estratégias de prevenção e controle diversas. ➢ Durante a primeira metade da década de 90 observou-se um aumento no número de casos notificados de doença meningocócica, atingindo o pico em 1996, com o registro de 7.321 casos. Doenças Transmissíveis ➢ Esse aumento decorreu, em grande parte, de surtos localizados em municípios com grande contingente populacional, como São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. A partir de 1996 há uma tendência de redução constante no número de casos, de 7.321 casos, neste ano, para 2.923 casos em 2003. ➢ Alguns fatores podem ter colaborado com esta redução, dentre eles destacam-se a adoção oportuna das medidas de controle (quimioprofilaxia e vacinação de bloqueio), decorrente da ampliação da assistência à saúde da população. Doenças Transmissíveis ➢ Leishmaniose Visceral (LV): ➢ A leishmaniose visceral, calazar, era uma doença praticamente silvestre com características de ambientes rurais, que tem tido uma mudança de comportamento, fundamentalmente por modificações socioambientais, como o desmatamento que reduziu a disponibilidade de animais para servir de fonte de alimentação para o mosquito transmissor, colocando-lhe o cão e o homem como alternativas mais acessíveis. A doença ainda não dispõe de formas de prevenção completamente efetivas, como uma vacina. Doenças Transmissíveis ➢ O comportamento epidemiológico da leishmaniose visceral é cíclico, com elevação dos casos em períodos médios a cada cinco anos, além de uma tendência crescente, se considerarmos o período de 1980 a 2003. Na década de 90, aproximadamente 90% dos casos de LV ocorreram na região Nordeste e atualmente esta região representa 74% do total de casos do país. Doenças Transmissíveis ➢ Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA): ➢ No período de 1980 a 2003, a LTA no Brasil vem apresentando coeficientes de detecção que oscilam entre 3,83 a 22,94 por 100.000 habitantes. Ao longo desse período observou-se uma tendência ao crescimento, registrando os coeficientes mais elevados nos anos de 1994/1995, quando atingiram níveis de 22,83 e 22,94 por 100.000 habitantes, respectivamente. Vale ressaltar que o ano de 1998 apresentou uma queda significativa neste coeficiente (13,47/100.000 habitantes). Doenças Transmissíveis ➢ Observa-se no Brasil uma expansão geográfica, sendo que no início da década de 80 foram registrados casos em 20 unidades federadas e nos últimos anos todas as unidades federadas registraram casos autóctones da doença. ➢ As regiões Nordeste e Norte contribuem com o maior número de casos registrados no período (cerca de 36,9% e 36,2% respectivamente), e a região Norte com os coeficientes mais elevados (99,85/100.000habitantes), seguida das regiões Centro-Oeste (41,85/100.000 habitantes e Nordeste (26,50/100.000 habitantes). Doenças Transmissíveis ➢ A LTA por ser uma doença que apresenta grande diversidade e constantes mudanças nos padrões epidemiológicos de transmissão, em virtude das diferentes espécies de vetores, reservatórios e agentes etiológicos, associados à ação do homem sobre o meio ambiente, dificulta as ações de controle da mesma. Doenças Transmissíveis ➢ Febre Amarela Silvestre: ➢ A febre amarela urbana encontra-se erradicada de nosso país desde 1942 e é responsável por duas formas de aparecimento, a urbana e a silvestre. Todavia, com relação a febre amarela silvestre não é possível a sua erradicação devido ao seu ciclo natural de circulação entre os primatas não humanos das florestas tropicais. ➢ Por causa da última epidemia ocorrida em Minas Gerais no ano de 2003, foi definida uma área indene de risco potencial para circulação viral, que compreende os municípios do sul de Minas Gerais e da Bahia e a região centro-norte do Espírito Santo. Doenças Transmissíveis ➢ Em 2003, foram registrados 64 casos da doença com 23 óbitos. O surto de Minas Gerais foi responsável por 58 desse total de casos e por 75% de todos os óbitos do período (21 óbitos). Os demais casos de febre amarela foram registrados em Mato Grosso (n= 5) e Pará (n=1). ➢ A vacina antiamarílica é o único meio eficaz para prevenir e controlar a doença, já que interrompe o ciclo de transmissão, e tem por objetivos: conferir proteção individual e coletiva na população, bloquear a propagação geográfica da doença criando uma barreira de imunidade e prevenir epidemias. Doenças Transmissíveis ➢ Hepatites: ➢ As hepatites virais apresentam distribuição universal e magnitude variável de acordo com a região do país. As hepatites A e E apresentam alta prevalência nos países em desenvolvimento, onde as condições sanitárias e socioeconômicas são precárias. ➢ A prevalência de hepatite B tem sido reduzida em países onde a vacinação foi implementada, contudo ainda possui uma alta prevalência em populações de risco acrescido e em países onde a transmissão vertical e horizontal intradomiciliar não é controlada. Doenças Transmissíveis ➢ A Organização Mundial de Saúde estima que cerca de dois bilhões de pessoas já tiveram contato com o vírus da hepatite B, tornando 325 milhões de portadores crônicos. ➢ O Brasil por sua vez, segundo a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) possui estimativa de infecção pelo HAV de aproximadamente 130 casos novos por 100.000 habitantes ao ano e de que mais de 90% da população maior de 20 anos tenha tido exposição ao vírus. Doenças Transmissíveis ➢ A Organização Mundial de Saúde estima que cerca de dois bilhões de pessoas já tiveram contato com o vírus da hepatite B, tornando 325 milhões de portadores crônicos. ➢ O Brasil por sua vez, segundo a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) possui estimativa de infecção pelo HAV de aproximadamente 130 casos novos por 100.000 habitantes ao ano e de que mais de 90% da população maior de 20 anos tenha tido exposição ao vírus. ➢ De acordo com o Ministério da Saúde, ainda não existem estudos capazes de estabelecer sua real prevalência no país, com relação a hepatite C. Doenças Transmissíveis ➢ Com base em dados da rede de hemocentros de pré-doadores de sangue, em 2002, a distribuição variou entre as regiões brasileiras: 0,62% no Norte, 0,55% no Nordeste, 0,28% no Centro-Oeste, 0,43% no Sudeste e 0,46% no Sul. ➢ Contudo, a vigilância epidemiológica das hepatites virais no país utiliza o sistema universal e passivo, baseado na notificação de casos suspeitos. O número de notificações não reflete a real incidência da infecção, pois a maioria dos acometidos possuem formas assintomáticas ou oligossintomáticas. Doenças Transmissíveis ➢ Leptospirose: ➢ A Leptospirose é uma zoonose de distribuição mundial e notificação obrigatória no Brasil, apresentando grande incidência em algumas regiões, alto custo em internações hospitalares e alta taxa de letalidade. ➢ É causada por um agente etiológico uma bactéria do gênero Leptospira, encontrada na urina de roedores e outros mamíferos infectados, que pode cursar de forma leve, moderada ou grave. Doenças Transmissíveis ➢ Pernambuco apresentou em 2010 o equivalente a 252 casos e a sua capital foi responsável por 178 (70,6%) desses casos o que pode estar associado ao alto índice de moradia subnormal, as condições socioambientais, interligados de forma convergentes com a ausência da corresponsabilidade da limpeza pública. Doenças Transmissíveis ➢ Esquistossomose: ➢ A esquistossomose mansônica tem ampla distribuição geográfica no Brasil, com maior intensidade de transmissão na região Nordeste do país e norte de Minas Gerais. Desde o início da década de 1950 até o presente ano tem sido observada redução nas prevalências de infecção. Doenças Transmissíveis ➢ Nos últimos 20 anos o percentual tem situado entre 5,5 a 11,6% da população examinada. Os Estados de Alagoas, Pernambuco, Bahia, Sergipe, Paraíba e Minas Gerais, possuem os maiores percentuais da doença. ➢ A tendência histórica para estes indicadores aponta para uma redução na morbidade e mortalidade por formas graves pela doença, para o país como um todo. Entretanto, nas áreas endêmicas da região Nordeste do Brasil, a ocorrência da forma hepatoesplênica, que pode levar ao óbito por hemorragia digestiva, ainda representa um importante problema de saúde. Doenças Transmissíveis ➢ Aids: ➢ Identificada no Brasil em 1980, apresentou um crescimento na incidência até 1998, quando foram registrados 25.732 casos novos, com um coeficiente de incidência de 15,9 casos/100.000 hab. ➢ Posteriormente, observou-se uma desaceleração nas taxas de incidência de AIDS Brasil, a despeito da manutenção das principais tendências da epidemia: heterossexualização, feminização, envelhecimento e pauperização do paciente, aproximando-o cada vez mais do perfil socioeconômico do brasileiro médio. Doenças Transmissíveis ➢ Desde o início da década de 80 até setembro de 2003, o Ministério da Saúde notificou 277.154 casos de AIDS no Brasil. Deste total, 197.340 foram verificados em homens e 79.814 em mulheres. ➢ Em 2003, foram notificados 5.762 novos casos da epidemia e, destes, 3.693 foram verificados em homens e 2.069 em mulheres, evidenciando o aumento entra as mulheres. Atualmente verifica-se também o crescimento da AIDS em adolescentes do sexo feminino cuja faixa etária é de 13 a 19 anos. Doenças Transmissíveis ➢ Tal crescimento pode estar relacionado com o início precoce da atividade sexual em relação aos adolescentes do sexo masculino, normalmente os homens com maior experiência sexual são mais expostos aos riscos de contaminação por doenças sexualmente transmissíveis (DST) e AIDS. ➢ As principais categorias de transmissão do HIV entre os homens e mulheres se dão através das relações sexuais correspondendo a 58% e 86,7% respectivamente dos casos de AIDS. Doenças Transmissíveis ➢ Cólera: ➢ Apesar de todo o conhecimento acumulado durante 30 anos, esta doença continua sendo um desafio não somente em função das características do agente, mas principalmente pela vulnerabilidade de grande parcela da população mundial, sobrevivendo em condições de pobreza extrema. ➢ No Brasil, os primeiros casos foram detectados em abril de 1991, no Estado do Amazonas, de onde se alastrou progressivamente pela região Norte. No final do ano atingiu o município de São Luiz do Maranhão e em 1992 todos os Estados do Nordeste. Doenças Transmissíveis ➢ Entre 1991 e 2001 foram registrados no Brasil um total de 168.598 casos e 2.035 óbitos, com registro de grandes epidemias na região nordeste. O coeficiente de incidência de cólera em 1993, ano em que ocorreu o maior número de casos, foi de 39,81/100.000 habitantes, com 670 óbitos e letalidade de 1,11%. ➢ Estudosevidenciam a complexidade do processo de determinação da cólera e a importância dos determinantes sociais, do ambiente natural ou modificado. As condições ambientais precárias, abastecimento de água insuficiente e sistemas de esgoto inadequados são obstáculos para o controle do desenvolvimento de surtos e epidemias por cólera. Doenças Transmissíveis ➢ Com os esforços do sistema de saúde de reduzir de maneira drástica estes valores a partir de 1995, em 2001 registrou-se sete casos confirmados (quatro casos no Ceará e um caso em Pernambuco, Alagoas e Sergipe). Em 2002 e 2003, não foram detectados casos confirmados de cólera no Brasil. ➢ Contudo, o risco de sua reintrodução em áreas já atingidas ou ainda indenes continua presente tendo em vista que persistem as baixas coberturas de saneamento. Doenças Transmissíveis ➢ As equipes técnicas de vigilância epidemiológica e ambiental dos três níveis de governo têm desenvolvido atividades de prevenção, com a realização de investigação de casos suspeitos, envolvendo a coleta de amostras clínicas e de amostras de água e de meio ambiente, principalmente nos mananciais que abastecem os sistemas de captação da água para consumo humano. Doenças Transmissíveis ➢ Dengue: ➢ É uma arbovirose, transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, que se tornou um grave problema de saúde pública no Brasil, e em outras regiões tropicais do mundo. Sua transmissão essencialmente urbana, ambiente no qual se localizam fatores ideais para o seu desenvolvimento como o homem, o vírus, o vetor e principalmente as condições políticas, econômicas e culturais que formam a estrutura que permite o estabelecimento da cadeia de transmissão. Doenças Transmissíveis ➢ Tal doença é responsável por uma das maiores campanhas de saúde pública realizadas no país. O mosquito transmissor da doença que havia sido erradicado de diversos países do continente americano nas décadas de 50 e 60, retornou na década de 70, devido aos erros da vigilância epidemiológica, mudanças sociais e ambientais consequência de uma urbanização acelerada da época. ➢ Atualmente, o mosquito transmissor é encontrado numa larga faixa do continente americano, que se estende desde o Uruguai até o sul dos Estados Unidos, com registro de surtos importantes de dengue em vários países como Venezuela, Cuba, Brasil e Paraguai. Doenças Transmissíveis ➢ De acordo com o Ministério da Saúde as dificuldades de erradicar um mosquito domiciliado têm exigido um esforço enorme da esfera da saúde, com um gasto estimado de quase R$ 1 bilhão por ano, quando computados todos os custos dos dez componentes do Programa Nacional de Controle da Dengue. ➢ Entre 1999 e 2002 foi registrado um aumento na incidência de dengue, alcançando 794.219 casos notificados em 2002. Em 2003, verificou-se uma redução de 56,6% no total de casos notificados em relação a 2002, o que este relacionado com o fortalecimento das ações para controlar a doença. Doenças Transmissíveis ➢ Outro fator, contudo, poderá piorar esse cenário com a entrada em circulação de um novo tipo do vírus da dengue, o DENV-4. Com isso, o Ministério da Saúde, através da Secretaria de Vigilância em Saúde junto com as Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde vem executando um conjunto de ações com o aumento da intensificação das ações de combate ao vetor, fortalecimento das ações de vigilância epidemiológica , integração das ações de vigilância e de educação sanitária com o Programa de Saúde da Família e de Agentes Comunitários de Saúde e uma forte campanha de mobilização social e de informação para garantir a efetiva participação da população. Doenças Transmissíveis ➢ Hantaviroses: ➢ Doença emergente com duas formas clínicas: renal e cardiopulmonar. Sendo a primeira de maior frequência na Europa e na Ásia, e a segunda possui presença maior no continente americano. A doença se faz presente em quase todos os países da América do Norte e da América do Sul. ➢ A infecção humana ocorre frequentemente, pela inalação de aerossois formados a partir de secreções e excreções dos reservatórios, que são roedores silvestres. Doenças Transmissíveis ➢ No Brasil, os primeiros casos foram detectados em 1993 na cidade de São Paulo, nos dias atuais a doença tem sido detectada principalmente na região Sul, além dos estados de São Paulo, Minas Gerais e Mato Grosso. De 1993 a 2003 foram registrados 338 casos em 11 estados brasileiros com uma letalidade média de 44,5%. ➢ O Ministério da Saúde implantou da vigilância epidemiológica dessa doença, o desenvolvimento da capacidade laboratorial para realizar diagnóstico, a divulgação das medidas adequadas de tratamento com o intuito de reduzir a letalidade, e aumentar o conhecimento da situação de circulação de alguns hantavírus nos roedores silvestres brasileiros, objetivando o controle e a prevenção da doença. Programa Nacional de Imunização ➢ O Programa Nacional de Imunizações (PNI) foi criado em 1973, com o objetivo de promover a vacinação da população brasileira e consequentemente diminuir ou erradicar, várias doenças no território brasileiro. O PNI é mantido pelo Ministério da Saúde, através da Secretaria de Vigilância em Saúde, e contribuiu de modo expressivo para erradicar a febre amarela urbana e varíola no país. ➢ Destacando-se também, a ausência de registros da paralisia infantil há 14 anos e do sarampo há três. Além da imunização de crianças, o PNI também prevê a vacinação de adultos, principalmente de mulheres em idade fértil e de idosos a partir de 60 anos de idade. Programa Nacional de Imunização ➢ A Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) coordena o Programa Nacional de Imunizações (PNI). Define normas e procedimentos técnicos, mediante ações estratégicas sistemáticas de vacinação da população, com base na vigilância epidemiológica de doenças imunopreveníveis e no conhecimento técnico e científico da área. ➢ Estando também sobre sua responsabilidade a aquisição, conservação e distribuição dos imunobiológicos que integram o PNI. Programa Nacional de Imunização ➢ O Ministério da Saúde, por intermédio do PNI, em atenção a Constituição da República Federativa do Brasil e a Lei Orgânica da Saúde, com vistas ao atendimento equitativo da população brasileira, oferece os chamados imunobiológicos especiais, disponibilizados nos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais – CRIE estes destinados à vacinação de grupos portadores de quadros clínicos especiais, ou seja, portadores de imunodeficiências, seus comunicantes, usuários que apresentaram evento adverso pós-vacinação aos imunobiológicos disponibilizados pelo Ministério e profilaxia pré e pós-exposição aos agentes imunopreveníveis. Além disso, grupos, como a população indígena. Programa Nacional de Imunização Ano Histórico da vacinação 1804 Instituída a primeira vacinação no País - contra a varíola 1885 Introdução da primeira geração da vacina antirrábica 1897 Primeira geração da contra a peste 1904 Decreto da obrigatoriedade da vacinação contra varíola 1937 Produção e introdução da vacina contra a Febre Amarela Início da década de 1950 - implantação do toxoide tetânico (TT) e a vacina DTP, em alguns estados 1961 Primeira campanha contra a poliomielite, projeto experimental em Petrópolis – RJ e Santo André – SP 1962 Primeira campanha nacional conta a varíola Programa Nacional de Imunização Ano Histórico da vacinação 1967 Introdução da vacina contra o sarampo para as crianças de oito meses a quatro anos de idade 1968 Inicia-se a vacinação com a vacina BCG 1970 Registros oficiais do Ministério da Saúde sobre casos de doenças preveníveis por vacinação: ▪ 11.545 casos – poliomielite ▪ 1.771 casos – varíola ▪ 10.496 casos – difteria ▪ 81.014 casos – coqueluche ▪ 109.125 casos – sarampo ▪ 111.945 casos – tuberculose Programa Nacional de Imunização Ano Histórico da vacinação 1971 Ocorrência no Brasil do último caso de varíola 1973
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