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Conceitos relacionados à Segurança Alimentar e Nutricional Pobreza Conceitos Absoluta Relativa renda insuficiente ou inexistente Privação para aquisição de meios básicos: Calculada pela média geral do nível de vida da população Alta desigualdade social Conceitos Fome Não se alimenta diariamente em quantidade e qualidade suficientes para suprir as necessidades de energia de sua taxa metabólica basal Estimulo às sensações que incitam o indivíduo a se alimentar, as quais só cessarão com a ingestão de algum alimento Desnutrição Conceitos Associada às situações de pobreza e fome. É a alimentação inadequada ou inexistente, tanto de forma quantitativa (calorias geradas) quanto qualitativa (macro e micronutrientes). Conceitos Segurança Alimentar Ingestão insuficiente de alimentos: Transitória: épocas de crises Estacional: campanhas agrícolas Crônica: quando ocorre de forma contínua. 2020: 9% Da população da América Latina e Caribe: Insegurança Alimentar 2022: 53% da população brasileira possuem algum grau de insegurança alimentar Conceitos Segurança Alimentar Leve Moderado Grave Presença da incerteza sobre conseguir alimentação no futuro Qualidade e quantidade de alimentos estão comprometidas e sofrem uma redução, para que não falte comida antes da próxima aquisição. Um indivíduo ou a sua família passam fome, por não consumirem alimentos durante um dia inteiro ou mais. Privação alimentar ANTECEDENTES (1914–1918): Após a Primeira Guerra Mundial: Soberania de uma nação estava estritamente ligada à autos suficiência alimentar Garantir meios para suprir a maior parte dos alimentos consumidos pela sua população Antecedentes: Antecedentes: (1939–1945): surgimento de iniciativas como a criação da Organização das Nações Unidades (ONU) e a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) 1948: proclamação da Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH), pautada na promoção da justiça e da paz artigo 25: Toda pessoa tem direito a um padrão de vida que assegure a si e à sua família saúde e bem-estar, inclusive alimentação Antecedentes: 1974: a FAO promoveu a I Conferência Mundial de Segurança Alimentar Crise mundial de escassez de alimentos devido a quebras elevadas na produção em diversos países Grandes altas nos preços de diversos alimentos Ampliação da pesquisa agronômica Intensificação da produção de alimento Desenvolvimento de políticas e programas para melhorar a nutrição Antecedentes: 1980: Produtividade agrícola gerou excedentes na produção e aumento de estoques = Redução preços alimentos 1983: FAO: Disponibilidade + acesso aos alimentos ( forma física e econômica) = Maior igualdade Década de 1990: Diversas conferências apoiadas pela FAO e pela Organização Mundial da Saúde (OMS) Acréscimo foi de perspectivas da nutrição (composição e variedade da dieta), da qualidade (química, biológica e física) e da inocuidade dos alimentos, da produção sustentável, equilibrada e culturalmente aceitável e dos princípios do direito humano à alimentação adequada (DHAA) 1992: SAN POLÍTICAS PÚBLICAS DE SAÚDE RELACIONADAS À ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO Múltiplas formas de má nutrição Contextualização Impactos: Saúde Qualidade de vida Elevada carga de doenças Desnutrição Sobrepeso e obesidade Deficiências de micronutrientes Consequências sociais e econômicas para as famílias Contextualização 2015: 193 países membros da ONU Adotaram a agenda 2030 17 objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) Alimentação e Nutrição estão presentes em todos os objetivos (ODS-02) Acabar com a fome, alcançar a segurança alimentar e melhorar a nutrição, bem como promover a agricultura sustentável Contextualização 2016: ONU reafirma o compromisso da agenda 2030 Coloca a Nutrição como prioridade Assembleia geral da ONU: Proclama a Década de Ação sobre Nutrição (2016- 2025). Contextualização Objetivo da década de ação sobre a Nutrição: Coordenar esforços no nível global, com uma efetiva participação dos países, para o enfrentamento de todas as formas de má nutrição em uma perspectiva ampliada, considerando que o papel do sistema alimentar é central na definição do tipo e da qualidade do alimento que as pessoas vão consumir. Sistema Alimentar Saudável Definição: “Compreende todos os elementos (ambiente, pessoas, insumos, processos, infraestruturas, instituições, etc.) e atividades relacionadas à produção, transformação, distribuição, preparação e consumo de alimentos que irão gerar resultados no estado nutricional e de saúde das populações e também impactos socioeconômicos e ambientais na sociedade como um todo” (HLPE, 2014) Definição: Abrangem várias atividades, sujeitos e processos que repercutem diretamente na segurança alimentar e nutricional, mas também, de maneira mais ampla, nas características ambientais, de desenvolvimento econômico e bem-estar social dos países (ERICKSEN, 2008) Sistema Alimentar Saudável Segurança Alimentar e Nutricional SAN Direito Humano à Alimentação Adequada DHAA Início em 2003: Fome no centro da agenda governamental: Fome Zero 2011: Erradicação da Miséria e pobreza Implementação de um conjunto de Políticas e Programas ü Programa Bolsa Família -PBF ü Programa Nacional de Alimentação Escolar -PNAE ü Programas de apoio e fortalecimento da agricultura familiar; ü Política Nacional de Alimentação e Nutrição do Ministério da Saúde -PNAN ü Inclusão produtiva de Povos e Comunidades Tradicionais, ü Inclusão produtiva de Povos e Comunidades Tradicionais Políticas e Programas Implementados Sistema de Governança da Segurança Alimentar e Nutricional Leis, decretos e Regulamentações Direito Humano à Alimentação Adequada e Saudável Segurança Alimentar e Nutricional Soberania Alimentar Os Conceitos-Pilares para a construção da agenda no país Os Conceitos-Pilares Direito Humano à Alimentação Adequada- DHAA Garantido pela constituição Federal: "Art. 6º - São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma da constituição. Congresso Nacional: 4 de fevereiro de 2003: Promulgou a PEC 047: A PEC da alimentação Está na carta magna da constituição Direito Humano à Alimentação Adequada- DHAA É um direito humano básico, reconhecido pelo Pacto Internacional de Direitos Humanos, Econômicos, Sociais e Culturais Pressupõe uma alimentação adequada: Quantidade e qualidade Garantindo a Segurança Alimentar e Nutricional (SAN) Garantia do direito à vida: acesso à riqueza material, cultural, científica e espiritual produzida pela espécie humana. Segurança Alimentar e Nutricional- SAN “É a realização do direito de todos ao acesso regular e permanente a alimentos de qualidade, em quantidade suficiente, sem comprometer o acesso a outras necessidades essenciais, tendo como base práticas alimentares promotoras da saúde que respeitem a diversidade cultural e sejam ambiental, cultural, econômica e socialmente sustentáveis” LEI Nº 11.346, DE 15 DE SETEMBRO DE 2006. Art. 2º A alimentação adequada é direito fundamental do ser humano, inerente à dignidade da pessoa humana e indispensável à realização dos direitos consagrados na Constituição Federal, devendo o poder público adotar as políticas e ações que se façam necessárias para promover e garantir a segurança alimentar e nutricional da população. Segurança Alimentar e Nutricional- SAN A Lei de Segurança Alimentar e Nutricional: LOSAN LEI Nº 11.346, DE 15 DE SETEMBRO DE 2006. Cria o Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (SISAN) com vistas em assegurar o direito humano à alimentação adequada e dá outras providências. II Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional- SISAN SISAN Conjunto de órgãos das diferentes esferas de governo Instituições Privadas sem fins lucrativosRespeitar princípios e diretrizes do Sistema: Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (CONSEA) Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional (CAISAN) https://www.youtube.com/watch?v=7J8vkuDI0s0&t=11s Art. 10. Objetivos do SISAN Formular e implementar políticas e planos de segurança alimentar e nutricional, estimular a integração dos esforços entre governo e sociedade civil, bem como promover o acompanhamento, o monitoramento e a avaliação da segurança alimentar e nutricional do País. Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional- SISAN Rede PENSAN Art. 8º Princípios: I. Universalidade e equidade no acesso à alimentação adequada, sem qualquer espécie de discriminação; II. Preservação da autonomia e respeito à dignidade das pessoas; III. Participação social na formulação, execução, acompanhamento, monitoramento e controle das políticas e dos planos de segurança alimentar e nutricional em todas as esferas de governo; IV. Transparência dos programas, das ações e dos recursos públicos e privados e dos critérios para sua concessão. Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional- SISAN Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional- SISAN Art. 9º Diretrizes do SISAN I. promoção da intersetorialidade das políticas, programas e ações governamentais e não governamentais; II. descentralização das ações e articulação, em regime de colaboração, entre as esferas de governo; III. monitoramento da situação alimentar e nutricional, visando a subsidiar o ciclo de gestão das políticas para a área nas diferentes esferas de governo; IV. conjugação de medidas diretas e imediatas de garantia de acesso à alimentação adequada, com ações que ampliem a capacidade de subsistência autônoma da população; V. articulação entre orçamento e gestão; VI. estímulo ao desenvolvimento de pesquisas e à capacitação de recursos humanos. Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional- SISAN Integram o SISAN: CONSEA CONFERENCIA NACIONAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL Diretrizes e prioridades da PNSAN e do PLANSAN Órgão de assessoramento imediato ao Presidente da República 2/3 da sociedade civil 1/3 de representantes governamentais Segurança Alimentar e Nutricional- SAN Agendas de SAN em destaque no Brasil SAN PBF PNAE PAA BANCO DE ALIMENTOS RESTAURANTES POPULARES COZINHAS COMUNITÁRIAS Equipamentos públicos As agendas da SAN no Brasil Política Nacional de Alimentação Escolar: PNAE Objetivo: Contribuir para o crescimento e o desenvolvimento biopsicossocial, Aprendizagem, Rendimento escolar Formação de hábitos alimentares saudáveis Ações de educação alimentar e nutricional Oferta de refeições que cubram as suas necessidades nutricionais durante o período letivo Programa de Saúde na Escola- PSE Regras da PNAE Garantido a toda a educação básica pública!!!! https://www.youtube.com/watch?v=OGNvyi2CWoI&t=19 2s 30% dos recursos financeiros federais devem ser destinados a compra de alimentos oriundos da agricultura familiar. CAE: Fiscalização e controle dos recursos e ações do programa DIRETRIZES Oferta de alimentação adequada e saudável Inclusão de EAN no processo de ensino e aprendizagem Descentralização das ações Articulação entre as esferas de governo Apoio ao desenvolvimento sustentável Política Nacional de Alimentação Escolar: PNAE Política Nacional de Alimentação Escolar: PNAE Público Alvo: ü Estudantes da Educação Básica, ü Gestores e profissionais de educação e saúde, ü Comunidade escolar ü Estudantes da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica e da Educação de Jovens e Adultos (EJA): de forma mais amplificada Política Nacional de Alimentação Escolar: PNAE As regulamentações da PNAE Programa Saúde na Escola- PSE Planejamento das ações Contexto escolar e social Diagnóstico local em saúde do escolar Capacidade operativa em saúde do escolar Política Nacional de Alimentação Escolar: PNAE A Escola é a área institucional privilegiada deste encontro da educação e da saúde Programa Saúde na Escola- PSE Componentes a) Avaliação das Condições de Saúde das crianças, adolescentes e jovens que estão na escola pública; b) Promoção da Saúde e de atividades de Prevenção; c) Educação Permanente e Capacitação dos Profissionais da Educação e da Saúde e de Jovens; d) Monitoramento e Avaliação da Saúde dos Estudantes; e) Monitoramento e Avaliação do Programa. Política Nacional de Alimentação Escolar: PNAE Programa Bolsa Família -PBF Atua em três dimensões básicas q Busca o alívio imediato da pobreza, com a transferência direta de renda; q Promoção do desenvolvimento das família q Enfrentamento geracional da pobreza, por meio do acesso aos serviços de saúde e de educação. Contrapartida: 75% de frequência escolar Acompanhamento clinico e de desenvolvimento 2-3 vezes por ano Uma das agendas mais importantes de combate à fome e à pobreza no Brasil e da promoção da segurança alimentar e nutricional Duas finalidades básicas: – Promover o acesso à alimentação saudável a quem se encontra em situação de insegurança alimentar e nutricional; – Incentivar a agricultura familiar Programa de Aquisição de Alimentos-PAA Dispensa de licitação Destina os alimentos às entidades socioassistenciais, aos equipamentos públicos de segurança alimentar e nutricional e pela rede pública e filantrópica de ensino. I - incentivar a agricultura familiar, promovendo a sua inclusão econômica e social, com fomento à produção com sustentabilidade, incentivo ao processamento da produção e à geração de renda; II - incentivar o consumo e a valorização dos alimentos produzidos pela agricultura familiar; III - promover o acesso à alimentação, em quantidade, qualidade e regularidade necessárias, às pessoas em situação de insegurança alimentar e nutricional, sob a perspectiva do direito humano à alimentação adequada e saudável; IV - promover o abastecimento alimentar por meio de compras governamentais, inclusive para prover a alimentação escolar, quando necessário, nos âmbitos municipal, estadual, distrital e federal, e nas áreas abrangidas por consórcios públicos; Programa de Aquisição de Alimentos-PAA Finalidades: Política Nacional de Alimentação e Nutrição PNAN Política Nacional de Alimentação e Nutrição-PNAN Saúde e segurança alimentar e nutricional Política Nacional de Alimentação e Nutrição-PNAN Princípios: Universalidade Integralidade Equidade Descentralização Regionalização Hierarquização Participação popular § A alimentação como elemento de humanização das práticas de saúde § O respeito à diversidade e à cultura alimentar § O fortalecimento da autonomia dos indivíduos § A determinação social e a natureza interdisciplinar e intersetorial da alimentação e nutrição § A segurança alimentar e nutricional com soberania: Política Nacional de Alimentação e Nutrição-PNAN ü Instituída pela primeira vez em 1999 O conceito de Direito Humano a Alimentação Adequada era desconhecido e a agenda da SAN estava enfraquecida. ü 2012: Reformulação da PNAN Promoção da Alimentação Adequada e Saudável (PAAS) u conjunto de estratégias que proporcionam aos indivíduos e coletividades a realização de práticas alimentares apropriadas aos seus aspectos biológicos e socioculturais, bem como ao uso sustentável do meio ambiente u (i) políticas públicas saudáveis; u (ii) criação de ambientes favoráveis à saúde nos quais indivíduo e comunidades possam exercer o comportamento saudável; u (iii) o reforço da ação comunitária; u (iv) o desenvolvimento de habilidades pessoais por meio de processos participativos e permanentes e u (v) a reorientação dos serviços na perspectiva da promoção da saúde Política Nacional de Alimentação e Nutrição-PNAN Promoção da Alimentação Adequada e Saudável (PAAS) Diagnóstico de situação alimentar e nutricional: Importante instrumento para o monitoramento da realização do DHAA e da promoçãoda soberania e da segurança alimentar e nutricional, na medida em que a análise de indicadores de saúde e nutrição expressa as múltiplas dimensões da (in)segurança alimentar e nutricional. Realizada pelo SISVAN Vigilância Alimentar e Nutricional Promover e proteger a saúde da população na perspectiva do DHAA normatização da produção comercialização Distribuição de alimentos, Considerando aspectos sanitários relacionados à segurança dos alimentos, à rotulagem dos alimentos, à melhoria do perfil nutricional e à proteção dos consumidores. Controle e Regulação dos Alimentos Rotulagem de alimentos- ANVISA Programa Cisternas Tecnologia popular para a captação e armazenamento de água da chuva e Componente fundamental para garantir a SAN para as famílias de baixa renda. Representa uma solução de acesso a recursos hídricos para a população rural do semiárido brasileiro que sofre com os efeitos das secas prolongadas. Feiras e mercados populares Visam facilitar a comercialização dos produtos agropecuários, artesanatos e das agroindústrias dos agricultores familiares, assentados e acampados da reforma agrária. Fomenta as redes locais de produção e comercialização, com estímulo à produção ecológica e às diversas formas de organização associativa e comunitária das famílias, Fomenta o consumo de alimentos saudáveis pela população de baixa renda e as famílias contempladas pelo Programa Bolsa Família Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar PRONAF Evidências históricas: investimentos públicos na agricultura familiar, Contextos político e institucional favoráveis, Contribuem efetivamente para a SAN, para a geração de emprego e renda, redução da pobreza, gestão sustentável dos recursos naturais e da biodiversidade, e preservação do patrimônio natural e cultural de onde vivem as famílias. Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar PRONAF Crédito agrícola Declaração de Aptidão ao Pronaf Marco histórico para o planejamento e a gestão de políticas públicas Importantes para viabilizar a produção e a consequente geração de ocupações no campo Pilar da oferta de alimentos para o mercado interno e da promoção da SAN Programa Fome Zero Lei nº 11.326/2006 Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar PRONAF Lei nº 11.326/2006 Produção: crédito, seguro, garantia de preço, assistência técnica e extensão rural Transformação: Políticas de apoio a agroindustrialização familiar Comercialização: Programa de Aquisição de Alimentos, Programa Nacional de Alimentação Escolar, Política de Garantia de Preços Mínimos para produtos extrativistas
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