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Fundo de pensões em moçambique.....

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Universidade São Tomás de Moçambique 
Faculdade de Ciências Económicas e Empresariais 
Licenciatura em Contabilidade e Auditoria 
3º Ano, Laboral 
 
Cadeira: sistema Financeiro 
Tema: Fundo de pensões em moçambique
 
 
 
 
 
 
 
Maputo,Dezembro,2021
Resumo
Os fundos de pensões constituem um complemento importantíssimo à segurança social estatal, sendo, pois, uma alternativa ao sistema PAYGO (pay-as-you-go) ou seja, o sistema de repartição em que as gerações mais novas pagam as pensões das gerações mais velhas.
 
Os Fundos de Pensões baseiam-se no sistema de capitalização em que o reformado ou beneficiário recebe as suas pensões de acordo com as contribuições feitas ao longo dos anos de serviço e os respectivos rendimentos gerados por estas contribuições.
 
Pelo seu importante papel na protecção da velhice, invalidez, orfandade e viuvez, os Fundos de Pensões são privilegiados captadores de poupança pela sua tecnologia específica e pelos avultados montantes que os movimentam, os Fundos de Pensões são verdadeiros investidores institucionais.
O estudo do benefício de pensão por morte e seus beneficiários em conjunto com as mudanças na sociedade como um todo nos mostram em um determinado momento histórico uma tendência à ampliação do benefício para abranger pessoas mais vulneráveis fato que pode ter sido ignorado diante das atuais alterações legislativas.
Índice 
1 Evolução histórica de pensões 
As noções de prevenção, mesmo nas suas formas mais básicas, têm acompanhado o homem desde que este passou a se organizar em sociedade.
Quando o núcleo de organização social da família estava, fundamentalmente, ligada as actividades agro-pecuárias, o mecanismo de ajuda, a quando de acontecimentos como a morte, invalidez ou acidentes, era suprido pela própria família ou por grupos vizinhos da mesma comunidade. À medida que o processo de urbanização evoluiu, o papel da família, enquanto fornecedora do amparo aos idosos se reduziu. Em contrapartida foram surgindo novos sistemas voluntários de organização social.
Estes sistemas, formados por grupos com interesses afins, como indivíduos com actividades económicas semelhantes, proximidade geográfica, ou mesmo a percepção da dificuldade comum de enfrentar situações inesperadas, não implicavam obrigações pecuniárias, mas ajuda a todos que fossem atingidos pela morte ou doença. Assim, eram concedidos desde auxílio para enfermidades, até pensões para o sustento de familiares desamparados.
 
Entretanto, historicamente, verificou-se aumentos na mobilidade geográfica, acarretando rupturas nas respectivas estruturas familiares. Estes dois fenómenos interligados trouxeram um problema até então inexistente: o sustento dos idosos, sem poder depender de seus familiares para se amparar, tornando-se necessário desenvolver esquemas alternativos que lhes garantissem rendimentos mínimos da velhice.
 
Progressivamente as preocupações com o futuro e com acontecimentos inesperados que pudessem prejudicar sua capacidade laborativa fizeram com que surgissem instituições destinadas a fornecer um mínimo de segurança social para o ser humano. Tais instituições se desenvolveram ao longo dos anos e geraram mecanismos bastante complexos de seguridade e previdência social. Assim, hoje coexistem o sistema habitual de segurança social pública, pela via da repartição e demais sistemas complementares, por via da capitalização por empresas especializadas, tal como no caso de Fundos de Pensões.
1.2 Problemática 
presente tema consistiu na busca de conhecimentos e informações dos factos 
sociológicos à luz da sociedade moçambicana. Nesse contexto pretendemos levar o assunto a uma 
reflexão proactiva de uma justiça mais direccionada para as pessoas que necessitam dessa 
assistência Jurídica para que as mesmas possam ter a consciência de que o Acesso à Justiça é um 
meio de poder reconhecer o valor de Justiça, na perspectiva mais ampla que a Justiça como 
instituição.
Tendo em vista o exposto, a sociedade moçambicana compõe, ao lado dos tribunais 
judiciais, outras instâncias de resolução de litígios, seja elas comunitárias ou não, que apresentam 
configurações distintas, usam direitos diferenciados, podem ou não ter algum vínculo com as 
instituições estatais e ser mais ou menos permeáveis à influência do direito e dos mecanismos do 
Estado. 
Ao longo da história, sob diferentes formas e face a variadas pressões internas e 
externas, o Estado foi assumindo relações diversas com algumas dessas instâncias, por vezes, 
excluindo-as ou ignorando-as; outra vezes, integrando-as, apropriando-se da sua legitimidade. 
Portanto, as diferentes lógicas políticas e jurídicas que fazem parte da história do Estado não foram 
sempre totalmente substituídas, coexistindo e sobrepondo-se, em grande medida, na sociedade de 
hoje 
1.2.1
Mero reconhecimento formal por parte do Estado do princípio do pluralismo jurídico na 
Constituição vigente, e consequentemente a necessária regulamentação nacional que defina 
as respectivas áreas de jurisdição e os mecanismos de referência entre os provedores 
estatais e não estatais;
OBJECTIVO GERAL
Reflectir sobre o sistema de pensões entre os reformados da Cidade de Maputo;
OBJECTIVOS ESPECÍFICOS
Explicar as bases contextuais do sistema de pensões em Moçambique;
Mostrar a origem e a evolução do sistema de segurança social em Moçambique;
Analisar o funcionamento, as representações e as percepções do sistema de segurança
social.
 
1.4 justificativa 
Análise da presente abordagem parte do princípio de que o direito sempre foi visto 
como a norma jurídica elaborada pelos órgãos dos Estados. Porém, a sociologia jurídica tem 
despertado interesse pela realidade jurídica, estendendo seu objecto de estudo a outras formas de 
regulamentação de comportamento social que vinculam as pessoas, mesmo não sendo oficiais. Dai 
a pertinência da análise do pluralismo jurídico no contexto moçambicano, de forma a verificar a 
atitude do legislador constituinte no que tange a realidade social moçambicana. E nessa perspectiva 
que, no presente trabalho, demonstramos que o Estado não é a única fonte do direito em vigor, o 
que faz reconhecer que o mesmo não tem mais o monopólio da criação das normas jurídicas que 
ditam a vida em sociedade. Sob esta óptica, tem-se o chamado pluralismo jurídico ou policentrismo 
jurídico, sendo motivo de discussão saber se figura um ordenamento jurídico na sociedade ou se 
funcionam em paralelo muitos sistemas de direito, facto que pode conduzir na busca de conciliação 
do dilema segundo o qual podem existir ordenamentos jurídicos contraditórios (que levam a 
soluções diferentes para a mesma situação), mas também ordenamentos complementares, 
aplicáveis a situações diferentes.
1.5 Metodologia
Neste capítulo espelhamos os procedimentos metodológicos e técnicos aplicados 
no presente trabalho. É nesse âmbito que enunciamos o tipo de pesquisa desenvolvida para a 
materialização desta abordagem. Directamente relaccionados com o tipo de pesquisa, são os 
métodos aplicados e as técnicas adoptadas neste estudo. Entende-se por métodos os procedimentos 
mais amplos de raciocínio, enquanto técnicas os procedimentos mais restritos que operacionalizam 
os métodos, mediante emprego de instrumentos adequados
Quanto aos procedimentos técnicos, foi aplicada a pesquisa bibliográfica pelo 
facto de ser uma das mais comuns. É considerada obrigatória em quase todos os moldes de 
trabalhos científicos. Com base neste tipo de pesquisa, recolhemos informações a partir de textos, 
livros, artigos e demais materiais de carácter científico, como se pode observar nas referências 
bibliográfica ao longo do nosso texto e segundo a lista bibliográfica. Nisso, a pesquisa 
bibliográfica ajudou a compreender, no âmbito da doutrina, as manifestações do pluralismo 
jurídico e a adequação no contexto jurídico moçambicano. Outrossim, foi importante ter em revista 
o carácter funcional dos meios alternativos de resolução de litígios ea sua conexão com o sistema 
da justiça formal/estatal
1.6 Estrutura do trabalho 
O presente trabalho está estruturado em cinco (5) capítulos distribuídos pelos seguintes conteúdos: O primeiro capítulo é composto pela introdução ao tema em estudo, neste capítulo são apresentados o problema, as hipóteses, os objectivos gerais e específicos, a justificação do tema, a metodologia usada e por último a estrutura do trabalho. No segundo capítulo é apresentada a revisão de literatura, onde são apresentados alguns conceitos relevantes ao tema em estudo com vista a melhor compreensão do mesmo. O terceiro capítulo reserva-se a execução monetária em Moçambique. No quarto capítulo procede-se a análise e discussão de resultados. Finalmente no quinto e último capítulo apresenta-se as considerações finais, as conclusões e recomendações da pesquisa.
Capitulo II
2.REVISÃO DA LITERATURA
2.1 revisão 
Na revisão da literatura iremos trazer abordagens sobre o sistema de segurança ou protecção 
social no contexto de mundo em geral, e Moçambique em particular.
De acordo com o Decreto nº 17/88 de 27 de Dezembro a segurança social é um direito garantido 
a todo o cidadão moçambicano.
Segundo o B.R. nº 48 de 3.12.2007, I Série, o sistema de contribuições é feita numa base de 
incidência constituída por salário base, bónus, comissões e outras prestações de natureza análoga 
atribuídos com carácter de regularidade.
As contribuições são calculadas pela aplicação da taxa sobre as remunerações consideradas como 
base de incidência, de modo a garantir a estabilidade e o equilíbrio financeiro das partes.
Para Olivier (1999:6), protecção social são políticas que asseguram que todas as pessoas em 
situação de riscos adversos da vida social e profissional tenham economia e protecção adequadas 
durante o período de desemprego, doença, maternidade, viuvez, invalidez e velhice, através de 
esquemas contributivos. A protecção social começa antes do início da vida, prolonga-se durante 
a vida e termina com a morte.
Havendo necessidade de estabelecer um quadro legal da protecção social adequado à realidade 
socioeconómica do país, foi promulgada ao abrigo do disposto no nº 1 do artigo 179 da 
Constituição e aprovado pela Assembleia da República, a lei nº 4/2007 de 7 de Fevereiro que 
define as bases em que assenta a protecção social e organiza o respectivo sistema (INSS, 2009:7)
Barbalet e Giddens citados por Quive (2007:24), defendem que as sociedades diferentes 
atribuem direitos e deveres diferentes aos seus cidadãos, porque não existe um princípio 
universal que determine direitos e deveres inalienáveis da cidadania em geral.
A OIT (Organização Internacional de Trabalho) define, segurança social como a protecção que a 
sociedade proporciona aos seus membros através de uma série de medidas públicas contra as 
carências sociais e económicas que, de outra forma, poderiam ocorrer pela supressão ou redução 
substancial dos rendimentos por motivo de doença, maternidade.
 Capitulo III
Estudo de caso
Foram definidos como instrumentos de recolha de dados, o levantamento 
bibliográfico e a entrevista, instrumentos que nos permitiram uma análise profunda das questões a 
volta do problema. Foi definida entrevista não estruturada, tendo sido levantadas questões 
inerentes as diversas categorias, destacados na introdução e espelhadas ao longo do trabalho. Por 
exemplo temos como destaque as principais categorias do estudo: abordar sobre a manifestação 
do pluralismo jurídico em Moçambique; explicar os mecanismos de resolução de conflitos no 
âmbito do direito estatal e do direito consuetudinário moçambicano e compreender as 
manifestações do pluralismo jurídico moçambicano no âmbito da Lei n.º 4/92, de 6 de Maio (Lei 
dos Tribunais Comunitários), como mecanismo de resolução de conflitos. A ideia central é trazer 
um raciocínio partindo dos objectivos do estudo alinhados ao objecto do presente estudo .
Capítulo IV
Análise e Discussão de resultados
Sendo uma pesquisa múltipla (segundo a finalidade, abordagem, objectivos e 
procedimentos técnicos), teve como base de discussão dos resultados a análise do conteúdo, que 
consistiu na leitura e interpretação dos conteúdos abordados na fase da apresentação e análise dos 
dados, isto é, a base da discussão assentou nos resultados interpretados das diversas categorias do 
estudo. 
A análise de conteúdo, coadjuvado com o método hermenêutico, foi tomada como 
base neste estudo, na medida em que representa um conjunto de técnicas de análise das 
comunicações visando obter dados, através de procedimentos sistemáticos e objectivos de 
descrição do conteúdo das mensagens, que permitiram inferir conhecimentos relativos às 
condições de produção ou de recepção dessas mensagens
Fundo de pensões em moçambique 
 Fundo de pensões
O Fundo de Pensões é o veículo de financiamento de um plano de pensões. são patrimónios autónomos destinados exclusivamente ao financiamento de planos de pensões, ou seja, um conjunto de activos cujo único objectivo é proporcionar o pagamento futuro dos benefícios previstos no respectivo plano.
O Governo moçambicano criou recentemente o Fundo de Pensões dos Funcionários do Estado (FPFE) com o objectivo de autonomizar e melhorar os procedimentos de administração da previdência social pública. Com a sua operacionalização, as contribuições arrecadadas passarão a ser aplicadas no mercado e acumuladas sob a forma de activos, o que vai contribuir para a sustentabilidade do sistema. A taxa contributiva deverá ser igual ou superior a 14%, sendo que os funcionários continuarão a contribuir em 7% dos seus salários e o Estado, como empregador, passará a contribuir uma taxa igual ou superior a 7%.
Até ao momento, o sistema funciona com base no orçamento onde as contribuições feitas pelos funcionários entram como uma receita estatal e as pensões são pagas, igualmente, através do orçamento, como se de uma despesa se tratasse. Não havendo investimentos, os cíclicos e crescentes défices financeiros do sistema têm sido da responsabilidade do Estado o que representa um elevado fardo para o orçamento. Para se ter uma ideia, em 2012 o défice foi de mais de 650 milhões de meticais (excluindo as pensões dos militares), quase 1 bilião de meticais em 2015, enquanto em 2017 o défice já espreitava os 1.2 biliões de meticais. Perante esta tendência, é compreensível a decisão tomada pelo governo, pois dificilmente o orçamento estaria disponível para satisfazer o pagamento de pensões e manter o equilíbrio do sistema.
a)  Gestão da Carteira de Investimentos
A necessidade de conservar os valores acumulados para desembolsá-los no futuro, e tratando-se de montantes elevados, exige que os fundos de pensões observem uma política de investimentos que lhes garanta maior rendibilidade, sustentabilidade a longo prazo e conforto dos seus participantes. Isso requer que os gestores dos fundos tomem decisões ponderadas de capitalização.
Em Moçambique, os fundos de pensões existentes são pouco dinâmicos e tendem a investir na mesma classe de activos, nomeadamente depósitos a prazo e títulos do Estado, o que coloca em causa a diversificação do risco. Por exemplo, em 2016 os depósitos a prazo representavam pouco mais de 65% dos investimentos do INSS e Kuhanha. Este cenário contrasta com as tendências observadas internacionalmente onde os depósitos estão abaixo de 25% da carteira de activos dos fundos de pensões que têm investido mais em infra-estruturas, private equities, entre outros. Portanto, se o FPFE pretende ser no futuro uma referência à semelhança do Government Employees Pension Fund da África do Sul (USD 124 biliões em activos), Government Institutions Pension Fund da Namíbia (USD 7.66 biliões em activos) ou o Botswana Public Officers Pension Fund do Botswana (USD 4.9 biliões em activos), deverá acompanhar as tendências globais na gestão e alocação de recursos de pensões.
Diferentemente do INSS, o INPS pode confiar a gestão da carteira de activos a uma entidade autónoma, séria e competente, cujo gestor principal deveser um indivíduo de reconhecido mérito e altamente respeitado na sociedade. Esta acção não constituiria novidade no sector de pensões e contribuiria para uma maior eficiência e transparência na capitalização de recursos e prestação de contas.
A independência do FPFE será crucial para o seu crescimento a médio e longo prazo. Se as autoridades governamentais tiverem um acesso exclusivo ao fundo e influenciarem fortemente no tipo de activos a adquirir (geralmente títulos do Estado e enfraquecidas empresas públicas) poderá limitar gravemente o seu funcionamento e colocar em causa a sua sustentabilidade. É importante lembrar que, se eventualmente, o FPFE tiver desequilíbrios financeiros, o orçamento do Estado será novamente chamado a intervir para restabelecer o equilíbrio no sistema.
b) Revisão dos benefícios de aposentadoria
Os benefícios de aposentadoria são calculados com base na fórmula . A leitura inicial que se pode fazer é que para um funcionário com um registo de 35 anos de trabalho na função pública, a sua pensão é exactamente igual ao vencimento que aufere. A questão que se coloca é qual dos vencimentos, uma vez que este é variável ao logo da sua vida activa devido às habilidades e experiência de trabalho acumuladas, nível académico, progressões, carreira, entre outros
c)  Criação de direcções provinciais e modernização do sistema de gestão de pensões
A inexistência de direcções provinciais de previdência social e sistemas modernos de gestão e controlo de pensões têm resultado em inflexibilidade e altos custos de transacção associados. Por exemplo, a gestão de pensões fora de Maputo é feita manualmente pelo pessoal adstrito à Direcção de Economia e Finanças de cada província que, na maioria dos casos, não possui as competências suficientes para a realização deste trabalho. Sendo que a aprovação dos processos é dependente da sede em Maputo, quando a documentação enviada contém informação incorrecta, o que se tem registado com relativa frequência, e como não há articulação através de sistemas informáticos eficientes, a sede devolve-a ao departamento de origem para correcção. Quando o processo é finalmente aprovado, os benefícios são pagos retroactivamente.
A criação de direcções provinciais e investimento em sistemas modernos de gestão de informação contribuirão para maior eficiência, coesão, segurança e harmonia na gestão quotidiana dos recursos. As bases de dados devem ser capazes de criar uma articulação global no sistema de pensões, permitindo mecanismos de consulta e partilha de informação diversa entre os diferentes intervenientes e na produção atempada de informação estatística.   
Certamente que o governo tem interesse que o FPFE/INPS seja viável, transparente e que garanta uma pensão tranquila aos seus funcionários aposentados. Assim, é relevante ponderar sobre o modelo e reformas a adoptar tendo em conta parte dos desafios acima mencionados.
A constituição de Fundos de Pensões é feita nos termos do Decreto n.º 25/2009, de 17 de Agosto, no âmbito da segurança social complementar, artigo 1. Fundo de Pensões é um património aberto exclusivamente afecto à realização de um ou mais planos de pensões (artigo 2). Os Fundos de Pensões são de constituição com duração ilimitada (artigo 9), cuja autorização prévia depende do Ministro que superintende a área das Finanças, após parecer da entidade de supervisão, a requerimento dos interessados (artigo 3). Nos termos do artigo 10, n.º 1, os Fundo de Pensões são patrimónios autónomos de acordo com a legislação em vigor, podendo no futuro revestir outras formas de autonomização patrimonial que venham ser legalmente permitidas. Para além das despesas de funcionamento da comissão de acompanhamento, incluindo as relativas à participação de cada membro na comissão de acompanhamento, que devam ser consideradas comuns, ser suportados pelo fundo (n.º 2 do artigo 10 em conjugação com o n.º 9 do artigo 54), os Fundo de Pensões respondem exclusivamente pelo cumprimento dos planos de pensões, pagamento das remunerações de gestão e de depósito que envolva e pelo pagamento dos prémios de seguro, por via de transferência de risco, conforme resulta do artigo 18 . O Fundo de Pensões não responde por quaisquer outras obrigações, designadamente as de associados, participantes, entidades gestoras e depositários. No entanto, pela realização dos planos de pensões constantes do respectivo contrato constitutivo, regulamento de gestão ou contrato de adesão, responde única e exclusivamente o património do fundo ou a respectiva quota-parte, cujo valor constitui o montante máximo disponível, sem prejuízo da responsabilidade dos associados, participantes e contribuintes pelo pagamento das contribuições e da entidade gestora pelo rendimento mínimo eventualmente garantido. Regime de Capitalização O regime de capitalização do Fundo de Pensões encontra-se plasmado no artigo 11, em que o património, as contribuições e os planos de pensões devem estar em cada momento equilibrados de acordo com os sistemas actuariais de capitalização que permitam estabelecer uma equivalência, por um lado, o património e as receitas previstas para o fundo de pensões e, por outro lado, as pensões futuras devidas aos beneficiários e os encargos de gestão e de depósitos futuros, não sendo permitido o financiamento do fundo através do método de repartição dos capitais de cobertura
Tipos de Fundo de Pensões Os fundos de pensões podem, consoante o vínculo eventualmente existente entre os respectivos associados ou aderentes, revestir a forma de: 1. Fundos de pensões fechados – quando constituídos por iniciativa de uma empresa ou grupo de empresas (ex: Grupo Millennium), de associações designadamente de âmbito sócio-profissional, ou por acordo entre associações patronais e sindicais. 2. Fundos de pensões abertos – aqueles que podem ser constituídos por iniciativa de qualquer entidade gestora de fundos de pensões legalmente constituída, sendo o seu valor líquido global dividido em unidades de participação, inteiras ou fraccionadas, e a sua adesão poder ser de forma colectiva ou individual
Os planos de pensões podem prever a contribuição de subsídios por morte, quando complementares e acessórios das prestações de pensões de pré-reforma ou reforma antecipada. Tipos de planos de pensões Os tipos de planos de pensões podem ser: 1. De benefício definido, de contribuição definida ou mistos, quanto ao tipo de garantias estabelecidas; 2. Contributivos e não contributivos, consoante a forma de financiamento. Os planos de pensões a financiar através da adesão individual a um fundo de pensões aberto só podem ser de contribuição definida. Constituição do Fundo de Pensões Os Fundo de Pensões fechados constituem-se, nos termos do artigo 22, por contratos escritos celebrados entre as entidades gestoras e os associados fundadores, o qual está sujeito a uma publicação obrigatória. Do contrato devem constar obrigatoriamente os elementos abaixo mencionados: a. Identificação das partes contraentes; b. Denominação do Fundo de Pensões; c. Denominação, capital social e sede da entidade gestora; d. Identificação dos associados; e. Indicação das pessoas que podem ser participantes, beneficiárias e contribuintes do fundo; f. Valor do património inicial do fundo, discriminando os bens que a este ficam adstritos; g. Objectivo do fundo e respectivo plano ou planos de pensões a financiar; h. Regras de administração do fundo e representação dos associados; i. Condições em que se opera a transferência de gestão do fundo para outra entidade gestora ou do depósito dos títulos ou outros O fundo de pensões fechado é constituido somente pelos trabalhadores de uma entidade empregadora. 
A constituição do fundo de pensões aberto pode resultar da subscrição massiva dos participantes. Entidades Gestoras do Fundo de Pensões – artigo 35 Podem ser entidades gestoras de fundos de pensões as sociedades anónimas que se constituem para efeitos de gestão de fundos de pensões, ou seguradoras autorizadas a exercer a sua actividade no ramo “vida”. A razão desociedade anónima é o facto de ser necessário maior disponibilização de fundos ou capital, sendo este o garante da confiança dos credores. E é por isso que as entidades gestoras de fundos de pensões são sociedades anónimas, dada a capacidade de mobilização de fundos. O artigo 41 faz referência dos requisitos para a constituição de uma sociedade gestora de fundo de pensões. A questão de oportunidade de que se refere o mesmo artigo 41, prende-se no facto de existência de possibilidade de o trabalhador se beneficiar do sistema complementar de reforma. Já a conveniência tem a ver não só com a oportunidade, mas também a flexibilidade e /ou concretização dos fundos e pagamento de pensões, logo que reunidas as necessárias condições
Os principais intervenientes num fundo de pensões são:
         i.            Associado: entidade cujos planos de pensões são financiados por um fundo de pensões.
 
       ii.            Beneficiário: pessoa cuja situação pessoal ou profissional determina a definição dos direitos previstos no plano de pensões, independentemente de ser ou não participante para o fundo.
 
Beneficiário: pessoa com direito aos benefícios fixados no plano de pensões, independentemente de ter ou não sido participante.
 
      iii.            Participante: pessoa que contribui para o fundo ou entidade que contribui para o fundo em nome e a favor do participante.
 
     iv.            Aderente: pessoa ou entidade que adere a um fundo de pensões aberto.
 
       v.            Entidade gestora: entidade que gere o fundo de pensões; pode ser uma sociedade constituída exclusivamente para esse fim (sociedade gestora de fundos de pensões) ou uma empresa de seguros do ramo Vida.
Que tipos de fundos de pensões existem?
Um fundo de pensões pode ser:
         i.            Fundo de Pensões Fechado: quando disser respeito apenas a um associado ou, envolvendo vários associados, se existir um vínculo empresarial, associativo, profissional ou social entre eles e for necessário o seu acordo para a entrada de novos associados no fundo.
 
       ii.            Fundo de Pensões Aberto: quando a adesão ao fundo depender unicamente de aceitação pela entidade gestora, não sendo necessário qualquer vínculo entre os diferentes aderentes e participantes; a adesão pode ser individual ou colectiva.
 3.       O que significa autonomia patrimonial?
 
O património dos fundos de pensões destina-se exclusivamente ao cumprimento dos planos de pensões e seus encargos. Não pode ser usado para outros fins nem responde por outras obrigações, nomeadamente dos associados, aderentes, participantes, entidades gestoras e depositários. Quando um fundo de pensões financia mais do que um plano de pensões, deve estar claramente identificada a quota-parte do património que se destina a cada plano.
 4.       Os fundos de pensões podem ser extintos?
 
Os fundos de pensões podem ser extintos, com autorização prévia do Instituto de Supervisão de Seguro de Moçambique, nas seguintes situações:
quando já cumpriram o seu objectivo;
 
quando já não existam participantes nem beneficiários;
 
quando o associado não pagar as contribuições necessárias para cumprir o FINANCIAMENTO mínimo obrigatório do plano de pensões.
 5.       O que são planos de pensões?
 
Um plano de pensões é um programa que define as condições para receber uma pensão por:
 
reforma por velhice;
reforma por invalidez;
pré-reforma;
reforma antecipada;
sobrevivência.
O plano de pensões define:
as pensões a que os beneficiários podem ter direito;
as condições para receber uma pensão;
a forma como é calculado o seu valor.
 6.       Que tipos de planos de pensões existem?
Dependendo das garantias estipuladas, os planos de pensões podem ser:
Planos de benefício definido: quando os benefícios estão definidos previamente e as contribuições para o fundo são calculadas de forma a garantir o pagamento daqueles benefícios.
 
Planos de contribuição definida: quando as contribuições estão definidas previamente e os benefícios vão depender do valor das contribuições entregues e dos rendimentos acumulados.
 
Planos mistos: quando se combinam características dos planos de benefício definido e de contribuição definida
Quanto à forma de FINANCIAMENTO, os planos de pensões podem classificar-se em:
Planos contributivos: quando estão previstas contribuições dos participantes.
 
Planos não contributivos: quando as contribuições são apenas efectuadas pelo associado.
 7.       Como são financiados os planos de pensões?
 
Os fundos de pensões fechados ou as adesões colectivas a fundos de pensões abertos podem financiar planos de pensões de benefício definido, de contribuição definida ou mistos.
 
A adesão individual a fundos de pensões abertos só pode financiar planos de pensões de contribuição definida
Os contratos e regulamentos de fundos de pensões podem ser alterados?
 
Podem ser feitas alterações, desde que não impliquem redução das pensões que já estejam a ser pagas nem dos direitos adquiridos, se existirem. Qualquer alteração depende da autorização prévia do Ministro que superintende a área das Finanças e é divulgada publicamente no Boletim da República.
 
11.   Como são pagos os benefícios dos planos de pensões?
 
Geralmente os benefícios são pagos através de uma pensão vitalícia (pensão que é paga enquanto o beneficiário for vivo) mas, se tal estiver previsto no plano de pensões, o beneficiário pode optar por:
Receber outro tipo de renda (por exemplo, uma pensão paga apenas durante um determinado número de anos);
Receber de uma só vez parte do valor total da pensão a que tem direito (remição parcial em capital). No entanto, o beneficiário só pode receber em capital até um terço do valor total da pensão a que tem direito. Se o valor da renda mensal atribuída ao beneficiário for inferior a 10% do salário mínimo nacional que estiver em vigor, a entidade gestora, o associado e o beneficiário podem fazer um acordo para que o pagamento da pensão seja feito de uma só vez (remição total em capital)
12.   É possível pedir o reembolso das contribuições nos planos contributivos?
 
Sim. Nos planos contributivos é possível aos beneficiários pedir o reembolso do valor acumulado relativo às contribuições efectuadas pelos associados:
                     i.            nas situações de pré-reforma,
                   ii.            reforma antecipada,
                  iii.            reforma por velhice,
                 iv.            reforma por invalidez e ainda,
                   v.            em caso de morte;
                 vi.            em caso de desemprego de longa duração;
                vii.            em caso de doença grave ou incapacidade permanente para o trabalho.
O significado exacto de desemprego de longa duração e doença grave ou incapacidade permanente para o trabalho está definido na legislação aplicável aos planos poupança-reforma (PPR). O reembolso das contribuições poderá ser feito sob a forma de renda, capital ou qualquer combinação destes dois tipos.
 
13.   O que é a comissão de acompanhamento do plano de pensões?
 
No caso de fundos de pensões fechados e de adesões colectivas a fundos de pensões abertos que abranjam mais de 100 participantes, beneficiários ou ambos, o cumprimento do plano de pensões e a gestão do fundo de pensões são verificados por uma comissão de acompanhamento do plano de pensões. A comissão de acompanhamento é constituída por representantes do associado e dos participantes e beneficiários. Os representantes dos participantes e beneficiários devem ser, pelo menos, um terço dos membros da comissão.
 
14.   Quais são as funções da comissão de acompanhamento do plano de pensões?
 
A comissão de acompanhamento tem, nomeadamente, as seguintes funções:
 
Verificar o cumprimento da política de investimento e de financiamento do fundo; dos deveres de informação a prestar aos participantes e beneficiários pela entidade gestora e pelo associado;
 
Pronunciar-se sobre as alterações relevantes aos contratos;
 
A extinção do fundo depensões;
 
A nomeação do actuário responsável e do revisor oficial de contas. Formular propostas, sempre que considere oportuno.
 
A entidade gestora disponibiliza à comissão de acompanhamento toda a documentação que esta solicite, necessária ao exercício das suas funções. Em especial, a entidade gestora envia anualmente à comissão de acompanhamento cópia do relatório e contas anuais do fundo de pensões, bem como dos relatórios do actuário responsável e do revisor oficial de contas.
32.   A quem compete a supervisão dos fundos de pensões?
A supervisão da gestão de fundos de pensões é da competência do Instituto de Supervisão de Seguros de Moçambique (ISSM), abrangendo os fundos de pensões e as respectivas entidades gestoras. A supervisão é efectuada quer através da análise da informação enviada pelas entidades gestoras, quer da realização de acções de inspecção nas instalações das entidades gestoras e comercializadoras.
 
33.   Quais as normas aplicáveis à publicidade feita aos fundos de pensões?
Para protecção dos interesses dos contribuintes, participantes e beneficiários, a publicidade efectuada pelas entidades gestoras está sujeita à lei geral e a regulamentação específica. Do regime legal, destacam-se as seguintes regras:
 
É proibida a publicidade que quantifique resultados futuros baseados em estimativas da entidade gestora, salvo se indicar claramente e de forma realçada que se trata de uma simulação.
 
Nos documentos destinados ao público e na publicidade a fundos de pensões abertos, deve indicar-se claramente que o valor das unidades de participação varia de acordo com a evolução do valor dos activos do fundo de pensões.
 
Devem também especificar se é garantido um rendimento mínimo.
Decreto nº 25/2009 – Aprova o Regulamento da Constituição e Gestão de Fundos de Pensões no âmbito da Segurança Social Complementar.
Diploma Ministerial n◦ 261/ 2009, de 22 de Dezembro – Estabelece as regras e princípios gerais da política de Investimento.
Diploma Ministerial n◦ 262/2009 de 22 de Dezembro – Define as normas contabilísticas da actividade de Gestão de Fundos de Pensões.
Diploma Ministerial n◦ 222/2010 – Aprova o Plano de Contas aplicável as entidades habilitadas ao exercício da Actividade Seguradora bem como ás entidades Gestoras de Fundos 
A pensão de sobrevivência é atribuída aos herdeiros (a seu requerimento) do funcionário com direito a aposentação, que tenham prestado, pelo menos, 5 anos de serviço, ou já aposentado.
Por herdeiros entendem-se as pessoas especificadas no nº2 do artigo 258 do Estatuto Geral dos Funcionários do Estado (redacção do Decreto nº 47/95). A pensão é atribuída ao cônjuge sobrevivo, no caso dos restantes herdeiros viverem na dependência daquele. Não se observando esta situação, é distribuída nos termos previstos no código civil.
No caso de extinção da qualidade de pensionista em relação a um dos beneficiários, há lugar a nova distribuição da totalidade da pensão pelos restantes.
Pensão de Sangue
Pensão por Serviços Excepcionais
O artigo 260 do EGFE e a Resolução nº6/93, de 14 de Julho, do Conselho Nacional da Função Pública, indicam a constituição e organização do processo.
A qualidade de pensionista extingue-se pela celebração de segundas núpcias do viúvo ou viúva ou pela maioridade dos descendentes desde que não provem sofrer de incapacidade permanente ou ser estudantes dos nível médio ou superior, casos em que o limite de idade é de 22 ou 25 anos respectivamente.
Os beneficiários são obrigados a fazer anualmente prova, perante o Ministério do Plano e Finanças, de que estão vivos, preenchendo um impresso próprio para o efeito.
Pensão de Sangue
Há lugar a pensão de sangue por falecimento de funcionário resultante dos factos especificados nas alíneas a) e b) do nº1 do artigo 269 do Estatuto Geral dos Funcionários do Estado.
Para efeito da atribuição do direito a esta pensão, é considerado equivalente a falecimento o desaparecimento do funcionário em campanhas ou em actos relacionados com estas. Neste caso (desaparecimento), o facto terá de ser objecto de inquérito, com base em auto de notícia a lavrar pelo superior hierárquico do funcionário ou pela autoridade administrativa local.
A regulamentação da pensão de sangue é feita pelo Decreto nº 33/89, de 27 de Novembro.
Tal como para a pensão de sobrevivência, consideram-se titulares do direito à pensão de sangue os herdeiros do funcionário falecido ou desaparecido, nos precisos termos do disposto nos nº 2 e 3 do artigo 258 do EGFE. Note-se a diferenciação dada pela lei aos "ascendentes" num e noutro caso.
O valor da pensão de sangue corresponde a 70% do vencimento auferido pelo funcionário à data do falecimento ou desaparecimento, acrescido, por cada beneficiário da pensão, além de um, duma importância fixa a estabelecer pelo Ministro do Plano e Finanças (a pensão de sobrevivência é correspondente a 50% da pensão de aposentação). A pensão é paga a partir do dia seguinte ao facto que a originou ou do seu conhecimento e deve ser pedida pelos interessados em processo constituído nos termos do artigo 8 do Decreto nº 33/89, de 27 de Novembro. Note-se, no entanto, que não será abonada para além de 12 meses anteriores à entrega da petição (artigo 7 do mesmo Decreto). Note-se, ainda, que esta limitação (12 meses) não se aplica aos menores, aos interditos e aos maiores privados de razão, enquanto durar a incapacidade ou não tiverem quem os represente.
A petição atrás referida é feita em modelo próprio e será entregue, instruída nos termos do artigo 8 do já citado Decreto, no serviço a que pertencia o falecido ou à autoridade administrativa do local onde residem os beneficiários.
O prazo da entrega da petição é de 24 meses contados da data da morte ou desaparecimento do funcionário (note-se o que acima se diz que nunca será paga para além de 12 meses anteriores à entrega da petição), considerando a título de excepção as situações previstas nos nºs 2 e 5 do artigo 9 do Decreto nº 33/89, de 27 de Novembro.
Na tramitação do processo da concessão desta pensão deve ter-se em conta:
A petição deve ser instruída, dele constando a certidão de óbito ou a declaração passada pelos serviços comprovativa do desaparecimento do funcionário nas circunstâncias que dão lugar à pensão assinada pelo dirigente do órgão central respectivo;
O processo, após instrução, é remetido ao Ministério do Plano e Finanças, decidindo o respectivo Ministro sobre o pedido, no prazo de 60 dias;
Concedida a pensão nos termos da alínea anterior, o seu pagamento não depende de qualquer outra formalidade;
As falsas declarações dos peticionários, bem como as suas confirmações pelas autoridades e funcionários, envolvem responsabilidade solidária pelas importâncias indevidamente pagas, para além da responsabilidade criminal ou disciplinar a que houver lugar.
Pensão por Serviços Excepcionais
Esta pensão instituída nos termos do artigo 270 do Estatuto Geral dos Funcionários do Estado é estabelecida em 2 modalidades:
A favor do próprio funcionário, autor do acto que a origina, enquanto vivo;
A favor das pessoas indicadas nos nºs 1 e 2 do artigo 258 do EGFE.
A regulamentação da pensão é feita pelo Decreto nº 33/89, de 27 de Novembro.
O valor da pensão é de 70% do vencimento auferido pelo funcionário à data do facto que a origina.
É concedida por Resolução do Conselho de Ministros.
A pensão transmite-se por morte do funcionário que dela beneficia nos termos do que se dispõe no nº 3 do artigo 14 do Decreto nº 33/89.
De notar que o processo da pensão é sempre da iniciativa do Governo, correndo a sua organização pelo Ministério ao qual ela deva competir de acordo com a natureza do acto praticado ou a situação do autor. A proposta pode partir do respectivo serviço, da unidade militar ou paramilitar em que se encontra ou encontrava incorporado ou adstrito o autor, de qualquer entidade que tome conhecimento dos actos ou factos em que se fundamenta a proposta.
A pensão por serviços excepcionais é atribuída por Resolução do Conselho de Ministros, competindo ao Ministériodo Plano e Finanças apresentar o processo àquele Conselho.
Ambas as pensões (sangue e serviços excepcionais) são abonadas através do Ministério do Plano e Finanças. No 1º trimestre de cada ano os beneficiários devem apresentar declaração, passada pela autoridade administrativa competente comprovativa de que estão vivos e de que se conservam no estado civil em que se encontravam à data da concessão da pensão. Estas declarações (de modelo estipulado) e demais documentos que forem necessários para esta comprovação (p.e. aproveitamento escolar) são gratuitos e isentos de imposto de selo. A sua não apresentação no prazo indicado (1º trimestre de cada ano) implica a suspensão do pagamento da pensão, que só será reatada a partir do mês em que a sua falta for suprida.
Note-se ainda que a pensão por serviços excepcionais é acumulável com qualquer outra pensão, desde que não tenha origem no mesmo facto, e, tal como a pensão de sangue, só pode ser penhorada em condições idênticas às dos vencimentos (1/3). 
SUBSÍDIO POR MORTE (Clique e veja os Modelos)
O subsídio por morte do funcionário é equivalente a 6 meses da remuneração que vinha auferindo no momento do falecimento, para além do vencimento por inteiro do mês em que tal facto ocorreu. O funcionário aposentado também está abrangido por esta disposição. Relativamente ao mês do falecimento será abonado do vencimento líquido.
Este direito, como benefício para as pessoas de família a cargo do falecido, é abonado ao familiar que constar da declaração que o funcionário deve depositar no serviço, para este efeito.
Note-se que, como principio, tal declaração deve ser feita pelo funcionário, em tempo oportuno, alterando as suas disposições sempre que achar conveniente. Desde que exista essa declaração, a iniciativa do pagamento compete aos serviços - artº265 do Estatuto Geral dos Funcionários do Estado. Na falta de declaração, a liquidação obedecerá à ordem de precedência indicada no nº2 do artigo 264, conjugado com a Resolução nº7/90, de 19 de Dezembro, do Conselho Nacional da Função Pública, a pedido dos interessados, devidamente instruído e comprovado (Resolução nº6/93, de 14 de Julho do Conselho Nacional da Função Pública). As petições devem ser apresentadas no prazo de 1 ano (redacção dada pelo Decreto nº 47/95, ao artigo 265 do EGFE).
De acordo com a Resolução do Conselho Nacional da Função Pública nº 6/93, são os seguintes os documentos a apresentar para atribuição do subsídio por morte:
1. No caso de existir no processo declaração do funcionário:
Certidão de óbito;
Documento comprovativo do parentesco, que poderá ser substituído por declaração dos serviços, no caso do documento constar do processo individual;
Documento comprovativo de que o beneficiário se encontrava a cargo do funcionário.
2. No caso de não existir no processo declaração do funcionário:
Requerimento do interessado;
Certidão de óbito;
Documento comprovativo do parentesco, que poderá ser substituído por declaração dos serviços, no caso do documento constar do processo individual;
Documento comprovativo de que o beneficiário se encontrava a cargo do funcionário.
Note-se que este subsídio é inalienável e não sujeito a penhora. As falsas declarações prestadas pelos peticionários, bem como a confirmação dessas declarações por funcionários e autoridades, envolve responsabilidade solidária perante o Estado pelas importâncias indevidamente pagas
Manuel Chilengue, viúvo, 70 anos de idade, pai de 7 filhos, residente no Bairro da Matola disse:
“Fui contribuinte do Sistema de Pensões do INSS, quando trabalhava na 
Emose. É muito triste o que está a acontecer connosco, recebemos uma 
pensão baixa, mas, ninguém procura ver a situação em que vivemos nós os 
reformados, é por isso que abri esta pequena banca para vender couve, 
salada, tomate para minimizar os efeitos da pobreza”.
Chilengue sentisse desprotegido pelo Estado que não cria condições para que os 
reformados possam ter um bem-estar social ou económico. 
Por seu turno, Natália Chichava, divorciada, 65 anos, mãe de 5 filhos, residente no Bairro de 
Jardim, disse:
“...durante a minha integração na empresa Correios de Moçambique, 
trabalhei como copeira e o salário que auferia não era nada agradável, 
contudo, sempre descontávamos para efeitos de aposentadoria e não doía 
muito porque o custo de vida não era como hoje”.
A afirmação de Natália Chichava levamos a entender que o custo de vida nos anos 90, apesar de 
difícil era acessível em relação aos dias de hoje que vai se agravando com a crise económica 
mundial. 
Como forma de suprir esta situação, recorrem a criação de pequenas actividades de negócio e / 
ou filiação em associação de carácter familiar, nomeadamente, xitique ou associação familiar, 
dos quais conseguem obter algum rendimento financeiro para incrementa no valor de pensão 
Impactos
Os rendimentos com aposentadorias e pensões representam uma parcela importante da renda de muitos domicílios no Brasil. ... De acordo com os resultados encontrados, aumentos na renda domiciliar provenientes de aposentadorias e pensões reduzem a taxa de participação dos jovens na força de trabalho.
Infelizmente continua-se a não querer acreditar na importância dos Fundos de Pensões como instrumentos catalisadores das poupanças das pequenas e médias empresas e também dos cidadãos.
Tudo porque ainda predomina o absurdo do preconceito, como factor negativo para a afirmação e consolidação dos fundos de pensões e, como consequência disso, constituindo-se como um empecilho para a promoção da poupança e do desenvolvimento a médio e longo prazos.
Ao retirar a iniciativa privada a potenciais pequenos e médios investidores sobre quem assenta o processo de desenvolvimento acerta-se com um golpe muito profundo em pleno coração da economia que se baseia na iniciativa dos pequenos agentes económicos com actividades no processo produtivo.
Ainda hoje é comum encontrar-se quem, pelo facto de fazer poupanças no exterior, através dos fundos de pensões, numa instituição financeira credível e, apesar do controlo das instituições nacionais, considere este facto uma anomalia, impedindo assim o desenvolvimento nacional e o crescimento graças a estas poupanças.
Esta mentalidade corrosiva do bom senso tem que ser combatida, numa luta sem tréguas, com a maior seriedade e firmeza, de modo que o estado angolano possa caminhar, passo a passo, num processo de alianças coerente consigo mesmo e com os cidadãos.
As políticas xenófobas e obscurantistas têm levado à falência muitas empresas e cidadãos de boa fé, que viram os seus rendimentos serem devastados, sem proveito para si nem para o país.
Destaque-se, no entanto, que crescimento económico, ou expansão da produção ou ainda do rendimento, como lhe queiram chamar, não é a mesma coisa que desenvolvimento económico.
Com efeito trata-se de um processo de crescimento económico baseado no aumento das capacidades produtivas de uma economia, isto é, a sua capacidade de organizar e, sobretudo, transformar as suas actividades de produção.
É uma constatação que uma economia com baixa capacidade produtiva não tem a certeza daquilo que produz.  Na verdade quando uma economia apresenta fracas capacidades produtivas e depende de recursos naturais ou de produtos fabricados com mão-de-obra barata, ela não revela apenas um rendimento baixo.
A longo prazo, essa economia nem sequer sabe ao certo se aquilo que produz continuará a ser tão importante como no momento presente. Além disso, os países com capacidade produtiva superior podem até desenvolver substitutos para os recursos naturais, reduzindo de forma considerável os rendimentos de países que dependem da exportação.
Serviços
Pensões para as Forças Armadas
De acordo com o previsto na Lei, o pessoal das Forças Armadas tem direito a 6 (seis) tipos de pensões e subsídio, nomeadamente:
Pensão de reforma (voluntária ou obrigatória)
Pensão de invalidez
Pensão de sobrevivência
Pensão de sangue
Pensão por serviços excepcionais e relevantes prestados ao Estado
Subsídiopor morte
Condições para aquisição de Direito de Pensão de Reforma
Condições para aquisição de Direito de Pensão de Invalidez
Condições para aquisição de Direito de Pensão de Sobrevivência
Condições para aquisição de Direito de Pensão de Sangue
Condições para aquisição de Direito de Pensão por serviços excepcionais
Desafios para o crescimento económico nacional
Maputo, 19 Jan (AIM) - O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, disse dia 19, em Maputo, que o maior desafio do novo ciclo de governação é superar os níveis de crescimento que se registam no país e garantir uma melhor redistribuição da riqueza Nacional 
CONCLUSÕES
Chegado o fim do trabalho concluímos, com base na análise feita aos dados recolhidos durante as 
pesquisas, foi possível constatar que a maior parte dos reformados que recebem as pensões não 
consegue satisfazer as necessidades e serviços básicos familiares para a sua sobrevivência.
Como forma de suprir esta situação, recorrem a criação de pequenas actividades de negócio e / 
ou filiação em associação de carácter familiar, nomeadamente, o xitique visando, por um lado a 
obtenção de algum rendimento para visando fazer face ao valor da pensão que recebem do INSS.
Constatamos ainda que a pensão por velhice no INSS é demasiado baixo, visto que não 
acompanha a constante subida do custo de vida no país. Assim, podemos considerar que a 
insatisfação dos pensionistas é movida pela discrepância existente entre a pensão recebida e as 
necessidades básicas de sobrevivência.
Constatamos também que a agricultura familiar ou de subsistência constitui uma base 
fundamental para a sobrevivência dos reformados. Pois, os produtos provenientes da agricultura, 
para além de servirem para o consumo doméstico mas são comercializados, o que permite um aumento da renda familiar. 
. Fundos de pensão, economia real e perspectivas da economia brasileira
Como ficam os fundos de pensão nesse cenário incerto e de baixo crescimento? Primeiramente é preciso entender que os resultados dos fundos de pensão dependem diretamente do desempenho econômico do País. Portanto, as projeções para 2021 devem seguir o padrão de cautela que domina o segmento de previdência complementar há alguns anos, com os dirigentes buscando os títulos públicos como opção para investimentos e os órgãos de fiscalização e regulação criando mecanismos, por meio de normas, para evitar a percepção de aprofundamento do desequilíbrio dos planos de benefícios pelos participantes.
 Cenários para 2021 e próximos anos
A crise mundial do novo coronavírus em 2020 tornou os cenários mundial e brasileiro muito incertos para os próximos anos. E adiou, momentaneamente, o debate sobre os problemas estruturais da economia brasileira e a ausência de um projeto nacional de desenvolvimento. A economia brasileira cresceu, em média, pouco abaixo de 1,5% ao ano desde 2017, depois de sair da recessão do biênio 2015-2016. O país recuou ou vem andando de lado desde 2015. E não vinha bem no início de 2020, antes da pandemia. Com a pandemia, a situação se agravou. O PIB deve recuar entre 4,5 e 5% neste ano de 2020.
estabilidade macroeconómica, considerando a exposição às flutuações dos preços das matérias-primas, e a realização de novos esforços para restabelecer a confiança através de uma melhor governação económica e de uma maior transparência.
Identificação e avaliação dos riscos 
Um sistema de avaliação dos riscos de um fundo de pensões deverá ser alargado a todas as 
áreas/focos de risco, agregadas pela sua natureza, constituindo, desta forma, as variáveis 
principais do modelo, as quais devem ser avaliadas isoladamente. Às variáveis principais 
será atribuída uma notação final em função da situação qualitativa ou quantitativa das 
características das várias componentes de risco que as integram – subvariáveis –, ou seja, o 
rating de uma variável principal deverá resultar da soma ponderada dos ratings obtidos nos 
testes efectuados a cada subvariável. Refira-se, ainda, que quanto maior for o número de 
subvariáveis do modelo, desde que se consiga manter a independência entre estas, melhor 
serão identificados os tipos de problemas que o fundo de pensões em causa apresenta. No 
entanto, dever-se-á ter a contenção suficiente para não incluir todas e quaisquer variáveis.
Capítulo V
5.1 Conclusões 
5.2 Recomendações 
 Mediante o presente estudo e face as suas conclusões, recomenda-se que:
Referências Bibliográficas 
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