Buscar

P1 - Economia e Negócios

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 23 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 23 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 23 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

P1 – ECONOMIA E NEGÓCIOS 
 
MÓDULO 1: O PROBLEMA ECONÔMICO 
 
Recursos Limitados versus Necessidades Ilimitadas 
 
A Economia é a área do conhecimento (e, mais especificamente, das Ciências Sociais) que investiga como 
produzir bens e serviços para atender necessidades ilimitadas dados os recursos que são escassos e finitos. Por 
isso mesmo, por muitos ela é chamada de Ciência da Escassez. Vamos explicar isso melhor... 
Imagine um indivíduo há cinquenta anos. Será que ele precisava ter um computador pessoal em casa? Ele 
precisava de celular? Ele precisava de uma televisão de plasma? Claro que não. Mas, porque ele não precisava? 
Porque não havia necessidade desses bens ou porque ele ainda não havia descoberto esses bens e tampouco 
descoberto a utilidade desses bens? 
O capitalismo vive exatamente de descobrir novas necessidades e de oferecer bens e serviços que possam suprir 
essas necessidades. Imagine que terrível para o mundo dos negócios se ficássemos satisfeitos em ter o mesmo 
aparelho celular por anos e anos! Portanto, o consumo é fundamental para o funcionamento do sistema. Para 
consumir cada vez mais, é importante descobrir cada vez mais outras necessidades que possam ser satisfeitas 
mediante o ato do consumo envolvendo a troca do bem por um valor monetário. 
Em contrapartida, os recursos disponíveis para a produção desses bens e serviços não são infinitos e não 
crescem conforme vão surgindo novas necessidades. Em verdade, é historicamente provado que cada vez o 
estoque desses recursos necessários é cada vez menor. 
O que fazer então? Essa é uma resposta que os economistas pretendem oferecer. É uma resposta que você 
também deverá oferecer quando trabalhar numa empresa e atuar no mundo dos negócios. 
 
Pense na seguinte questão: 
Leia o seguinte texto: “Cada habitante da Grande SP tem até 201 mil litros de água por ano, menos de um décimo 
dos 2,5 milhões de litros usados como referência pela Organização Mundial da Saúde para regiões 
autossustentáveis. O Ceará tem 2,2 milhões de litros por ano, a Paraíba, 1,3 milhão de litros por ano e o Rio de 
Janeiro, 2,18 milhões de litros por ano. Embora haja hoje um relativo equilíbrio entre oferta e demanda, trata-se de 
uma equação frágil, pois uma seca prolongada levará à falta de água, avalia o superintendente de produção da 
Região Metropolitana da Sabesp, Hélio Castro. ‘É bastante preocupante a situação por causa da baixa 
disponibilidade. Já trazemos de outra bacia [do Piracicaba] 50% da água. Não tem jeito, dois anos de seca já 
afetariam [o abastecimento]’, diz Castro. Para ele, caso não haja problemas, o sistema atual deve suportar até dez 
anos. ‘Mas até lá teremos disputa pela água com outras regiões. Teremos percalços políticos a enfrentar’, diz o 
superintendente. Castro fala em política, porque já em 2014 a Grande SP terá pela frente uma disputa com a 
região de Campinas pela água que é importada da bacia do Piracicaba, pois a outorga (espécie de acordo que 
divide a água do Piracicaba) será renovada e a região de Campinas já convive com escassez que afeta seu 
crescimento econômico” 
(disponível em http://www.nossasaopaulo.org.br/portal/node/2675. Acesso em 15 de fevereiro de 2010). A 
escassez é o problema econômico fundamental. Esse conceito implica que: 
 
I. Há sempre mais recursos do que necessidades econômicas a serem satisfeitas por uma coletividade. 
II. As necessidades humanas são ilimitadas e incapazes de serem atendidas com os poucos recursos 
comparativos disponíveis pela sociedade para a geração de bens e serviços. 
III. Há sempre menos recursos disponíveis do que os necessários para o atendimento a alguns, mas não todos, 
tipos de necessidades humanas. 
 
Podemos, então, considerar que: 
 
a) apenas a I está correta 
 
b) apenas a II está correta 
 
c) apenas a III está correta 
 
d) todas estão corretas 
 
e) todas estão incorretas 
 
A resposta correta para essa questão é a alternativa B. A afirmativa I está incorreta, porque não há mais recursos 
do que necessidades; ainda, há sempre menos recursos, sejam lá quais forem as necessidades, o que torna a III 
incorreta. Dessa forma, apenas a II está correta. 
 
Os Fatores de Produção: Capital, Recursos Naturais, Força de Trabalho, Tecnologia, Capacidade 
Empresarial 
 
Denominamos os recursos para a produção de bens e serviços de fatores de produção. A esses recursos 
indispensáveis ao processo produtivo de bens materiais chamaremos de terra, trabalho, capital, tecnologia e 
capacidade empresarial. 
 
§ Por terra entende-se as terras destinadas à agricultura e pecuária, ou seja, terras cultiváveis, florestas, 
minas e outros produtos provenientes da utilização do solo. 
§ Por trabalho entende-se a mão de obra empregada na produção de mercadorias ou na prestação de 
serviços. Portanto, o homem. 
§ Por capital, entenderemos o capital financeiro, ou seja, o dinheiro necessário para dar impulso a qualquer 
empreendimento industrial, comercial ou qualquer outro que seja. Também consideramos como capital as 
máquinas, os equipamentos e as instalações. 
§ Por tecnologia, entenderemos as máquinas e equipamentos necessários à produção das mais diversas 
mercadorias. Também chamamos de tecnologia as técnicas de produção utilizadas pelas empresas, ou seja, o 
know how relativo à técnica de produção e ao conhecimento científico. 
§ Por capacidade empresarial entenderemos as habilidades e ações empresariais, quer dizer, os frutos do 
empreendedorismo dos empresários, ou daquelas pessoas disponíveis a empreender um novo investimento ou 
aptas a abrir uma empresa. 
 
Cada um destes fatores de produção – quando empregados na produção de qualquer mercadoria – deve receber 
alguma remuneração. Assim: 
 
§ À remuneração do fator de produção terra damos o nome de aluguel. 
§ À remuneração do fator de produção trabalho, chamaremos salário. 
§ O capital recebe sua remuneração na forma de juros. 
§ Tecnologia utilizada na produção de mercadorias recebe a remuneração em forma de direito à propriedade. 
§ A capacidade empresarial recebe lucros na forma de remuneração. 
 
Agora, faça o exercício abaixo: 
 
Por que os diamantes são mais caros do que a água ou mesmo o ar, absolutamente imprescindíveis para a vida? 
A explicação que tem sido dada é que os diamantes existem em muito menor quantidade e, portanto, sua oferta é 
bem menor do que a procura, em relação aos outros dois bens. Na verdade, em várias partes do planeta é preciso 
pagar para obter ar de boa qualidade e próprio para a respiração, como ocorre, por exemplo, na Cidade do 
México, que conta com cerca de 19 milhões de habitantes e mais de 3 milhões de veículos, gerando poeira e 
chumbo. De acordo com o texto, podemos caracterizar que a preocupação fundamental da Economia aqui 
mencionada é relacionada com: 
 
a) Disseminação da pobreza pelas várias regiões do globo 
 
b) A necessidade de se manter um controle cada vez mais estrito e centralizado da produção de bens e 
serviços. 
 
c) A idéia de que a capacidade humana de desejar bens ou serviços usualmente supera a quantidade de 
recursos disponíveis para a sua produção, o que é denominado escassez. 
 
d) A obrigatoriedade de se aplicar uma taxação especial a todos os agentes econômicos que recebem 
qualquer espécie de renda. 
 
e) A intenção de se melhorar as condições ambientais A estrutura de mercado mais observada, de forma a 
reduzir os custos de obtenção de ar respirável. 
 
A resposta correta é a alternativa C. O texto faz referência justamente à questão da escassez de diferentes 
produtos (da água, do ar ou do diamante), em diversas situações e regiões diferentes. 
 
Curvas de Possibilidade de Produção 
 
Você já entendeu que devem ser produzidos bens e serviços para atendernecessidades ilimitadas. Também já 
entendeu que os recursos para essa produção – o estoque de fatores de produção – é limitado. Imagine agora 
uma economia em que só se produzam dois bens: café e milho. Poderíamos representá-la da seguinte forma: 
 
Figura 1: Curva de Possibilidade de Produção 
 
 
 
As quantidades de café estão representadas no eixo vertical e as quantidades de milho estão representadas no 
eixo horizontal. Portanto, Y = toneladas de café e X = toneladas de milho. Essa Curva de Possibilidades de 
Produção (CPP), também chamada de Curva de Transformação, mostra as quantidades máximas que podem ser 
produzidas das duas mercadorias em um sistema econômico, dadas as combinações ótimas entre os seus fatores 
de produção disponíveis. 
 
Dito de outra forma: ao simplificarmos demasiadamente a realidade, estamos supondo que para a produção de 
café e de milho seja necessária a utilização de quantidades de fatores de produção e que, nesse caso, todos os 
recursos disponíveis na economia estão sendo utilizados na produção dessas duas mercadorias. Estamos 
afirmando que todas as quantidades disponíveis de terra, de trabalho, de capital, de tecnologia e de capacidade 
empresarial foram destinadas à produção das máximas quantidades de cada uma dessas mercadorias em 
atendimento às necessidades de consumo da população. 
 
Vejamos o que representa cada um dos pontos marcados. Os pontos A, B e C representam as combinações 
possíveis (e máximas) de produção das duas mercadorias. O ponto B mostra que há produção das duas 
mercadorias, tanto de café quanto de milho e o ponto C mostra que há produção das duas mercadorias, mas que 
a produção de uma só pode aumentar em detrimento da produção da outra. A origem dos dois eixos mostra que 
não há qualquer produção, nem de café nem de milho. Dessa forma, se houvesse um ponto situado na origem, ele 
representaria o total desemprego de recursos. Já o ponto D mostra a capacidade ociosa da economia, pois seria 
como se por ele passasse uma CPP imaginária, ou seja, um ponto para dentro daquela CPP que representa as 
quantidades máximas que essa economia pode produzir diante da disponibilidade total de fatores de produção. O 
ponto D mostra que há fatores de produção disponíveis que não estão sendo utilizados. Por fim, temos o ponto E, 
posicionado à direita na CPP. Esse ponto seria alcançado em uma situação de longo prazo, quando fossem 
aumentadas as quantidades de fatores de produção disponíveis na economia. O ponto E demonstra que houve 
um deslocamento das possibilidades de produção da economia no sentido de um aumento simultâneo nas 
quantidades produzidas das duas mercadorias. 
 
Da Curva de Possibilidades de Produção apresentada, chegamos a mais um importante conceito em Economia, 
qual seja, o conceito de custo de oportunidade. Assim, o conceito de custo de oportunidade diz respeito às 
quantidades de uma mercadoria que deixam de ser produzidas para que sejam produzidas maiores quantidades 
de outra mercadoria. O custo de oportunidade pode ser entendido também como uma taxa de sacrifício: para 
satisfazer as necessidades de consumo da sociedade por uma maior quantidade de determinada mercadoria, 
devemos sacrificar essa mesma sociedade com a menor produção de alguma outra mercadoria. Podemos dizer 
que quando aumentamos em uma unidade a produção de milho, ou seja, quando passamos a economia do ponto 
A para o ponto B, sacrificamos a sociedade em duas toneladas de café. Há, portanto, um custo de oportunidade 
de 2 toneladas de café para a produção de 1 tonelada de milho. Quando essa economia avança do ponto C para o 
D, o custo de oportunidade de se produzir milho aumenta. Passa agora a ser de 3 toneladas de café, ou seja, 
foram aumentadas as taxas de sacrifício em trocar a produção de café pela de milho. Podemos ainda conceituar o 
custo de oportunidade como o que deixamos de produzir de uma mercadoria para que seja aumentada a 
quantidade produzida de alguma outra. A pergunta que você deve estar se fazendo agora é: como calcular o custo 
de oportunidade da degradação ambiental? 
 
Pense a respeito: muitos classificam a Economia como sendo uma ciência preocupada, fundamentalmente, com a 
Lei da Escassez: há sempre pouco para muitos. Esses pensadores admitem que: 
 
a) Os recursos existentes na natureza, apesar de abundantes e sempre renováveis, não conseguem, muitas 
vezes, saciar os desejos humanos. 
 
b) Os recursos somente permitem a obtenção do indicado na alternativa (a), anterior, quando se referem a 
fatores de produção utilizados pelos agentes econômicos. 
 
c) Mesmo nas modernas sociedades, a Lei da Escassez está presente, independentemente do avanço da 
tecnologia dos povos. 
 
d) Entre os fatores de produção requeridos para o atendimento às necessidades dos agentes econômicos, a 
maior preocupação é com o trabalho, em função da diminuição da população mundial nas últimas décadas. 
 
e) Não existiriam recursos escassos, se a terra fosse de propriedade comum aos agentes econômicos. 
 
A resposta correta é a alternativa C. Na alternativa A, os recursos da natureza são tidos, erroneamente, como 
sempre renováveis; em B, é incorreto afirmar que os recursos da natureza são abundantes e escassos apenas 
quando em relação a fatores de produção; em D, é incorreto afirmar sobre a diminuição da população mundial nas 
últimas décadas; em E, é incorreta a ideia de que se a terra fosse de propriedade comum, ela não seria escassa: 
quer dizer, a escassez não tem relação alguma com a posse ou propriedade. 
 
Necessidades Humanas e Bens 
 
Temos as mais variadas necessidades. Para cada uma delas, é produzido um bem ou serviço que possa 
satisfazê-la. Agora, gostaríamos de falar um pouco sobre os vários tipos de bens e serviços. 
 
Qual a diferença entre bens e serviços? Os bens são tangíveis, podem ser tocados, são materiais. Os serviços 
são intangíveis. Exemplos? Uma camiseta é um bem e a assistência que o dentista presta ao paciente é um 
serviço. 
 
Dentre os bens, temos os livres e os bens econômicos. Os bens são livres quando não representam custo para o 
seu consumo. Os bens são econômicos quando envolvem uma relação de pagamento para que possam ser 
consumidos. 
 
Os bens também podem ser intermediários e os finais. Os intermediários, como o próprio nome diz, são aqueles 
que serão usados como materia prima para a produção de outros bens. Os finais são aqueles prontos para 
consumo, e eles podem ser usados tanto para produzir outros bens (sendo, portanto, bens de capital) como 
podem ser usados para o consumo das pessoas. No último caso, temos então bens de consumo durável (que têm 
durabilidade, não sendo consumidos imediatamente) e os bens de consumo não-durável (que são destruídos com 
o consumo). 
 
Faça agora o exercício a seguir: 
 
Do ponto de vista econômico o conceito ‘escassez’ é definido como o desejo de possuir os frutos da natureza em 
um montante que ultrapassa a capacidade de produzir bens, sendo assim um conceito que pode ser atribuído: 
 
a) à natureza e à natureza humana 
 
b) apenas à natureza. 
 
c) apenas à natureza humana. 
 
d) à sociedade industrial. 
 
e) aos limites territoriais das nações 
 
A resposta correta é a alternativa A. A escassez física dos recursos diz respeito à natureza, enquanto a 
capacidade de produzir bens diz respeito à natureza humana. 
 
EXERCÍCIOS DO MÓDULO 1 (RESPONDER NO PORTAL) 
 
1. Muitos classificam a Economia como sendo uma ciência preocupada, fundamentalmente, com a 
Lei da Escassez – há sempre pouco para muitos. 
 
Esses pensadores admitem que 
 
A os recursos existentes na natureza, apesar de abundantes e sempre renováveis, não conseguem, muitas 
vezes, saciar os desejos humanos. 
 
B os recursos somente estão disponíveis na medida do necessário quando se referem a fatoresde produção 
utilizados pelos agentes econômicos. 
 
C mesmo nas modernas sociedades, a Lei da Escassez está presente, independentemente do avanço da 
tecnologia dos povos. 
 
D entre os fatores de produção requeridos para o atendimento às necessidades dos agentes econômicos, a 
maior preocupação é com o trabalho, em função da diminuição da população mundial nas últimas décadas. 
 
E não existiriam recursos escassos se a terra fosse de propriedade comum aos agentes econômicos. 
 
2. Considere as afirmativas a seguir: 
 
I O esquimó e outros povos primitivos, se deixados à mercê, sobreviverão por um tempo considerável. Ao 
que tudo indica, à medida que abandonamos os povos mais primitivos, mais nos deparamos com a 
insegurança econômica dos indivíduos. 
II Comunidades pequenas, praticamente contidas em si mesmas, são capazes de viver com um mínimo de 
contato com o mundo exterior. 
III Em oposição ao que ocorre com comunidades mais primitivas, moradores de cidades grandes (como 
São Paulo ou Nova Iorque, por exemplo) são extremamente dependentes dos outros. Quanto mais rica 
uma comunidade, ou um país, mais aparente é a dificuldade de seus habitantes sobreviveram sem auxílio 
e solitários. 
 
Está correto o afirmado em 
 
A I e II. 
 
B II e III. 
 
C I e III. 
 
D I, somente. 
 
E I, II e III. 
 
3. Leia atentamente o texto a seguir: 
 
Sempre o homem experimentou novas necessidades ou descobriu maneiras diferentes de atender a 
necessidades antigas. Quando as comunidades humanas eram pequenas, acanhadas e, sobretudo, 
isoladas, a força da tradição de cada uma delas se fazia sentir com maior vigor, os costumes 
cristalizavam-se e as inovações eram tão lentas a ponto de poderem passar quase despercebidas ao longo 
de uma geração” (NUSDEO, F. Curso de Economia – Introdução ao Direito Econômico. 2ª. edição, São 
Paulo, Editora Revista dos Tribunais, pg. 24. 2000.) 
 
O texto procura demonstrar que 
 
A só é possível falarmos, adequadamente, das necessidades humanas como sendo ilimitadas, a partir da 
época moderna, iniciada com a Revolução Industrial inglesa do século XVIII. 
 
B as necessidades humanas sempre foram infinitas, apenas mudando de ritmo e de características ao longo 
do tempo. 
 
C a insatisfação humana, ao menos em termos do atendimento de suas necessidades, vem aumentando ao 
longo do tempo. 
 
D a tecnologia tem aumentado a independência do homem em relação à satisfação de suas necessidades. 
 
E a tradição é a garantia de comunidades satisfeitas, do ponto de atendimento às necessidades materiais. 
 
MÓDULO 2: O SISTEMA ECONÔMICO 
 
As questões centrais: o quê, como e para quem produzir 
 
Como, afinal, administrar os recursos escassos de forma a atender às necessidades ilimitadas? Quer dizer, 
estamos perguntando como dar resposta ás seguintes questões: o quê e quanto produzir? Como produzir? Para 
quem produzir? 
 
Em primeiro lugar vamos lembrar que o problema econômico fundamental origina-se da escassez de recursos que 
é o objeto de investigação da Ciência Econômica.Dessa forma, a sociedade como um todo deve ser capaz de 
organizar um sistema que assegure a produção de bens e serviços suficientes para a sua sobrevivência. Mais: a 
sociedade deve ser capaz de ordenar os frutos de sua produção de forma a permitir a continuidade da produção e 
de forma a distribuir o resultado da produção de forma equitativa entre todos os membros dessa sociedade. Como 
a procura de recursos para a produção significa a distribuição dos próprios frutos da produção, a tarefa é 
monumental. 
 
A questão referente ao quê e quanto produzir diz respeito a quais mercadorias devem ser produzidas pelas 
empresas de um país e em quais quantidades. A questão referente ao como produzir diz respeito à mobilização 
de esforços, ou seja, diz respeito a qual técnica de produção utilizar na produção de determinadas mercadorias. A 
questão referente ao para quem produzir diz respeito às opções políticas que, necessariamente, devem ser feitas. 
A quem priorizar? A qual segmento da sociedade deve-se atender? De todas as demandas feitas por uma 
sociedade, qual deve ser prioritária e qual deve ser postergada? Quem precisa de mais serviços de saúde: a 
população dos centros urbanos ou da periferia? Deve-se construir escolas de primeiro ou de segundo grau? Quais 
são, afinal, as necessidades mais prioritárias e a quem devemos atender primeiro? 
 
Assim, reencontramos o foco da investigação econômica dirigido ao estudo das instituições humanas dedicadas à 
produção e distribuição de riqueza. 
 
Responda agora ao exercício a seguir: 
 
A tabela abaixo, considerada por uma empresa preocupada em decidir “o que produzir”, apresenta a distribuição 
etária da população de um país, em percentual, ao longo do tempo (com previsão para os próximos 20 anos). 
Nesse país, a taxa de crescimento populacional prevista é zero. Após analisar a tabela, indique a resposta correta: 
 
 
 
Como resultado da análise do quadro acima: 
 
a) se esta empresa for um fabricante de sabão em pó, troca a abordagem de propaganda comparativa dos 
seus comerciais por um tom irônico; 
 
b) se esta empresa for um fabricante de balas e doces, decidiria abrir uma rede de lojas próxima a colégios; 
 
c) se esta empresa for um fabricante de fraldas infantis, passa a produzir, fraldas geriátricas; 
 
d) se esta empresa for fabricante de bicicletas, lança uma linha esportiva para esportes radicais; 
 
e) se esta empresa for fabricantes de refrigerantes, descontinua a sua linha diet; 
 
Alternativa correta: C 
Comentário: A empresa poderá trocar a produção de fraldas infantis pela de fraldas geriátricas, já que diminuirá a 
proporção da população com menos de oito anos e aumentará a população mais idosa. 
 
Formas de organização: livre iniciativa, planificação central e sistemas mistos 
 
Vamos agora analisar as formas de organização da sociedade econômica. 
 
Estabeleceremos aqui duas formas de organização da atividade econômica: uma forma centralizada, 
predominantemente no caso cubano (um dos últimos exemplos de economias centralizadas que temos à 
disposição) e uma forma descentralizada, predominante nas economias ocidentais. 
A forma centralizada pressupõe uma intervenção total do Estado na economia. O Estado é planejador e produtor: 
não apenas normatiza o mercado, mas é o único agente a tomar as decisões pela sociedade como um todo. 
Apenas para dar um exemplo: desde a revolução que destituiu Batista e levou Fidel Castro ao poder, é o governo 
quem decide o que cada um deve produzir e o que cada agente deve consumir. O príncípio que norteia essas 
decisões é o do princípio socialista, que prevê que cada um deve contribuir/consumir de acordo com sua 
capacidade e de acordo com seu trabalho. Do ponto de vista prático, as vendas são realizadas através de libretas, 
criadas em 1962, e que representam o conjunto de mercadorias que podem ser consumidas por cada pessoa. 
 
"A quantidade e tipos de produtos foram os seguintes: Em todo o território nacional, 2 libras de gordura 
comestível, óleo ou banha de porco ao mês; 6 libras de arroz por pessoa ao mês; 13 libras e meia de feijões de 
qualquer tipo, grão-de-bico, ervelhas ou lentilhas por pessoa nos nove mêses seguintes. Na cidade de Havana, 
(...) uma barra de sabão por pessoa ao mês; um pacote médio de detergente por pessoa ao mês; um sabonete 
por pessoa ao mês; um tubo grande de creme dental para cada duas pessoas ao mês. Na cidade de Havana, três 
quartos de libra de carne de gado por pessoa por semana; 2 libras de frango por pessoa ao mês; meia libra de 
peixe de escama, limpo e em posta, por pessoa ao mês; cinco ovos por pessoa ao mês; um litro de leite diário 
para cada criança de menos de sete anos e um litro diário para cada 5 pessoas maiores de 7 anos" (Piñeda, 2001 
apud Carcanholo e Nakatani, 2001, p. 142)[1] 
 
A formadescentralizada, também chamada de economia de mercado, reúne três elementos principais: livre 
iniciativa, presença do Estado e elementos de uma economia capitalista. Vamos examinar detidamente cada um 
destes elementos. 
No caso da livre iniciativa, nenhum agente econômico – empresas como produtoras ou vendedoras de 
mercadorias ou famílias como fornecedoras de fatores de produção e consumidores de mercadorias – se 
preocupa em desempenhar o papel de gerenciar o bom funcionamento do sistema de preços. Preocupam-se em 
resolver, isoladamente, seus próprios negócios. 
Você já deve ter percebido: temos raríssimos casos de economias que funcionam apenas contando com o sistema 
de livre iniciativa. Na maioria das sociedades modernas, o Estado cumpre com suas funções alocativas, 
distributivas e estabilizadoras, planejando e intervindo no mercado. Afinal, cabe a ele corrigir as falhas do mercado 
e agir mediante ações corretivas. 
 
Faça agora o exercício abaixo: 
 
Em uma Economia de Mercado: 
 
a) A divisão social e técnica da produção, bem como a do produto, ocorrem através das relações de troca que 
os agentes encontram em mercado; 
b) A divisão social e técnica da produção ocorrem através das determinações do Estado enquanto a divisão 
social do produto ocorre através das relações de troca que os agentes encontram em mercado. 
c) A divisão social e técnica da produção ocorrem através das relações de troca que os agentes encontram em 
mercado enquanto a divisão social do produto ocorre através das determinações do Estado. 
d) A divisão social e técnica da produção, bem como a do produto, ocorrem através das determinações do 
Estado. 
e) A divisão social e técnica da produção ocorre através das determinações do Estado. 
 
Alternativa correta: A 
Comentário: Em uma economia de mercado, são as relações de troca entre os agentes que definem a divisão 
social e técnica da produção, bem como a do produto. Numa economia centralizada, todas essas decisões cabem 
ao Estado. 
 
Fluxos fundamentais: real e monetário 
 
Podemos identificar, numa economia, dois fluxos fundamentais: o fluxo real, que é o Fluxo do Produto; e o fluxo 
monetário, que é o Fluxo Circular da Renda. Na figura abaixo, podemos ver o modelo esquemático desses dois 
fluxos. 
 
 
Figura 1: Fluxo circular da rendaFonte: disponível em 
http://www.mises.org.br/images/articles/2008/Novembro%2008/figure1.jpg, 
acesso em 01 de novembro de 2010. 
 
O fluxo circular da renda acima representa o funcionamento de uma economia de mercado, e essa representação 
está bastante simplificada já que deixa de fora o governo, os bancos, os mercados de ações e outras partes do 
sistema financeiro. Outra questão de vital importância: nosso modelo pressupõe uma economia “fechada", sem 
contato com o exterior e auto-sustentável do ponto de vista dos recursos naturais. 
 
Estudemos, portanto, nosso modelo simplificado. As empresas destinam bens e serviços às famílias. Como as 
famílias consomem os bens e serviços que são destinados pelas empresas, as famílias também destinam algo às 
empresas. Neste caso, as famílias geram as receitas das empresas. As receitas representam as formas de 
pagamento dos bens e serviços que são efetuados pelas famílias. 
 
Para que as empresas produzam bens e serviços que serão destinados às famílias, as empresas necessitam 
empregar fatores de produção. As empresas necessitam então adquirir terra, trabalho, capital, tecnologia e 
capacidade empresarial, recursos esses que são providos pelas famílias. As famílias destinam fatores de 
produção às empresas e como as empresas precisam remunerar a utilização destes fatores de produção, também 
há a contrapartida: as empresas fazem a remuneração dos fatores de produção que foram destinados às famílias. 
O total desta remuneração é denominado renda. 
 
Vejamos então que na linha interna do fluxo circular da renda há o destino de bens e serviços das empresas às 
famílias, ao mesmo tempo em que há também o destino de fatores de produção das famílias às empresas. À essa 
linha interna chamaremos Fluxo Real. Na linha externa do fluxo da renda há a geração de receitas, por parte das 
famílias, às empresas, ao mesmo tempo em que há a geração, por parte da empresas, de rendas às famílias. 
Esses movimentos são chamados de Fluxo Monetário. Percebemos então que o fluxo monetário complementa o 
fluxo real, sendo válido também o contrário. 
 
Agora que você já entendeu os movimentos dos fluxos de uma economia, faça o exercício abaixo. 
 
Para entender o funcionamento do sistema econômico, usamos o modelo do Fluxo Circular da Renda e seus 
subfluxos (real e monetário). No Fluxo Circular da Renda, por simplificação, os agentes econômicos são as 
famílias (unidades familiares) e as empresas (unidades produtoras). As famílias são proprietárias dos fatores de 
produção e os fornecem às unidades de produção (empresas) no mercado dos fatores de produção. As empresas, 
pela combinação dos fatores de produção, produzem bens e serviços e os fornecem às famílias no mercado de 
bens e serviços. Quanto aos fatores de produção, considere as seguintes afirmativas: 
 
I - São considerados fatores de produção, a terra, o trabalho, o capital, a tecnologia e a capacidade 
empresarial; 
II - Toda a produção de bens e serviços demanda algum ou de alguns desses fatores de produção; 
III - O grau de escassez de cada um desses fatores é variável, ou seja, relativo; 
IV - As firmas são as proprietárias desses fatores de produção. 
 
Assinale a alternativa correta: 
 
a) apenas as afirmativas I e IV estão corretas. 
 
b) apenas as afirmativas II e III estão corretas. 
 
c) apenas as afirmativas III e IV estão corretas. 
 
d) todas as afirmativas, exceto a afirmativa IV, estão corretas. 
 
e) todas as afirmativas estão corretas. 
 
Alternativa correta: D 
Comentário: A afirmativa I lista os fatores de produção. A II afirma, corretamente, que toda a produção, e de 
qualquer bem ou serviço, demanda algum ou alguns desses fatores que será, ou serão, de escassez relativa. A IV 
comete o erro de afirmar que apenas as firmas são proprietárias dos fatores de produção, omitindo as famílias. 
 
 
Setores de produção: primário, secundário e terciário 
 
Veja os quadros abaixo. O primeiro mostra, em termos mundiais, o comportamento dos setores agropecuário, 
industrial e de serviços. O segundo mostra a distribuição da população brasileira por setor da economia. 
 
Quadro 1 - Setores da Economia 
 
 
 
Fonte: disponível em <http://www.klickeducacao.com.br/conteudo/referencia/content/632/images/acge1214.jpg>, 
acesso em 01 de novembro de 2010. 
 
Quadro 2 – População brasileira por setor da economia 
 
 
 
Fonte: disponível em 
<http://4.bp.blogspot.com/_eMvdTkJQxOk/THnHRUZrc6I/AAAAAAAAH50/P3IWgcNdajo/s1600/distrib+pop.jpg>, 
acesso em 01 de novembro de 2010. 
 
Vejamos, inicialmente, o que são esses setores: eles são o resultado da divisão da economia em setores e, para 
isso, são utilizados os critérios de produtos produzidos e os modos de produção associados à essa produção. 
 
O setor primário reune a produção realizada por meio da exploração dos recursos da natureza. Assim, ele envolve 
a agricultura, a mineração, o extrativismo vegetal e a pecuária. Como você pode perceber, é o setor responsável 
pela matéria-prima que será utilizada pela indústria. Ter uma economia baseada, em grande parte, no setor 
primário, representa riscos: em primeiro lugar, é o setor que produz mercadorias que agregam menos valor; em 
segundo, é um setor que depende das condições naturais para que possa se desenvolver; em terceiro, é o setor 
mais vulnerável à flutuação de preços nos mercados internacionais, já que normalmente envolve commodities. 
 
O setor secundário é o da indústria. É o setor detransformação, responsável pela produção de todos os produtos 
industrializados que consumimos. Geralmente, uma proporção elevada desse setor em um país revela 
desenvolvimento econômico, já que a exportação dos produtos industrializados é favorecida pelo elevado valor 
agregado que esses produtos costumam apresentar. 
 
O setor terciário é o de serviços. São os bens intangíveis sobre os quais já falamos anteriormente: serviços de 
educação, de saúde, bancários, do comércio, entre outros. Costumamos distinguir, nesse setor, três subáreas: a) 
o terciário inferior, que representa o comércio varejista e o serviço doméstico; b) o terceiário superior, que 
representa os serviços de bancos e seguros, quer dizer, os serviços que envolvem um maior nível técnico; e, c) o 
terciário tecnológico, que envolve serviços tecnológicos e de ensino.É evidente que, quanto maior o setor de 
serviços de uma economia, mais desenvolvida e mais aparelhada do ponto de vista tecnológico ela é. 
 
O que os quadros nos mostram? O quadro 1 nos mostra que o setor primário vem caindo em termos de 
participação, desde o século XIX. Também revela que o setor secundário percebeu um crescimento até a década 
de 1960, passando a perder importância a partir dessa data. Em contrapartida, percebe-se que o setor de serviços 
vem crescendo cada vez mais. O quadro 2 repete, com algumas poucas diferenças, a situação descrita no 
primeiro. Aqui no Brasil, a diminuição de participação do setor primário e a transferência do setor secundário, em 
termos de importância, para o setor terciário, que vem crescendo de forma consistente e sistemática. 
 
Faça agora o exercício a seguir: 
 
Considere inicialmente a seguinte matéria veiculada no jornal Folha de São Paulo, domingo, 30 de março de 2008, 
caderno Dinheiro, página B2, escrita por Guilherme Barros, cujo título é Grandes bancos lucram mais no governo 
Lula que no FHC: 
 
“Os quatro grandes bancos brasileiros registraram um lucro maior nos cinco anos do governo Luis Inácio Lula da 
Silva do que nos oito anos do governo Fernando Henrique Cardoso. Os quatro bancos são Bradesco, Itaú, 
Unibanco e Banco do Brasil. No governo Lula, os quatro lucraram R$ 84,5 bilhões, 198,5% acima do resultado nos 
anos FHC. Se for excluído o Banco do Brasil, que registrou grandes prejuízos (...), os bancos lucraram 46,2% a 
mais no governo Lula. O trabalho foi elaborado pela consultoria Economática, tendo como base os valores dos 
bancos ajustados pelo IPCA até 31 de dezembro de 2007. De acordo com Einar Rivero da Economática, várias 
razões explicam esse desempenho recorde dos bancos brasileiros no governo Lula, apesar da queda dos juros. 
Em primeiro lugar, o aquecimento da economia do país contribuiu fortemente para esse comportamento favorável 
dos bancos (...) Outro ponto importante é que, no início do governo Lula, os juros ficaram muito altos durante um 
bom tempo, segundo a análise, o que também foi um fator que ajudou a engordar o lucro dos bancos. Também 
auxiliou bastante o desempenho dos bancos (...) a criação de novos tipos de empréstimos, principalmente os da 
área de previdência privada (...) A queda do dólar também foi outro fator a atrair recursos de fora para investir no 
país”. 
 
Diante desta leitura, podemos afirmar que: 
 
a) são argumentos normativos que demonstram dados de um setor da economia da forma como eles 
aconteceram e não como deveriam se comportar; 
 
b) são argumentos negativos que demonstram dados de um setor da economia da forma como eles 
aconteceram e não como deveriam se comportar; 
 
c) são argumentos sem relevância para o estudo da Ciência Econômica, uma vez que a investigação 
econômica preocupa-se somente com a produção de bens e não com o comportamento dos bancos, pois as 
decisões destes, de forma geral, em nada afetam o cotidiano das famílias, das empresas tão pouco do governo; 
 
d) são argumentos impregnados de juízo de valor, uma vez que o autor simplesmente relata o que ele acha 
que ocorreu com o setor bancário; 
 
e) são argumentos positivos, pois demonstram dados de um setor da economia da forma como eles 
aconteceram e não como deveriam se comportar; os argumentos positivos não devem envolver juízo de valor, e 
referem-se a proposições objetivas; 
 
Alternativa correta: E 
Comentário: O texto mostra como se comportou o setor bancário, sem estabelecer qualquer juízo de valor. Os 
argumentos utilizados são positivos, ao contrário dos normativos que, justamente, estão impregnados de juízo de 
valor e costumam fazer referência ao que “deveria ser”. 
 
 
EXERCÍCIOS DO MÓDULO 2 (RESPONDER NO PORTAL) 
 
1. A realidade da vida econômica nos mostra que temos necessidades ilimitadas e, em contrapartida, 
recursos e técnicas de produção bastante limitados. 
 
Diante disso, o economista deve ser capaz de responder 
 
I à questão sobre o que produzir, quer dizer, quais os produtos e serviços que serão colocados à 
disposição dos consumidores. 
II à questão sobre como produzir, quer dizer, quais os recursos e técnicas de produção que serão 
empenhados na fabricação de bens e serviços. 
III à questão sobre para quem produzir, quer dizer, para quem se destinará a produção de bens e serviços. 
 
Está correto o afirmado em 
 
A (nenhuma das afirmativas está correta) 
 
B I, II e III. 
 
C I, somente. 
 
D II, somente. 
 
E III, somente. 
 
2. No modelo da Economia de Mercado, o agente do tipo família 
 
I representa as pessoas; e 
II detém a propriedade dos recursos econômicos os quais são ofertados às firmas; e 
III consome bens e serviços no intuito de maximizar sua utilidade frente à restrição orçamentária; e 
IV não está inserido em mercado de forma competitiva. 
 
Está correto o afirmado em 
 
A I e III. 
 
B II e III. 
 
C I, II e III. 
 
D I, II, III e IV. 
 
E III e IV. 
 
3. Sobre o funcionamento de uma economia centralizada, assinale a afirmativa incorreta: 
 
A Nas economias centralizadas, os três problemas básicos – o que e quanto, como e para quem - são 
determinados pelos sistemas de preços. 
 
B Nas economias centralizadas, os três problemas básicos – o que e quanto, como e para quem – são 
determinados pelos órgãos planejadores centrais. 
 
C Numa economia centralizada, o órgão planejador fixa as metas a serem cumpridas, transfere-as aos 
órgãos setoriais e regionais, e estes, diretamente às unidades produtoras da atividade econômica. 
 
D Numa economia centralizada, os meios de produção são considerados como pertencentes a todo o povo, 
isto é, é propriedade coletiva. 
 
E Numa economia centralizada, a agência planificadora central desenvolve os planos econômicos gerais. 
 
4. Apesar de estarmos vivendo em meio a uma crise econômica de proporções mundiais, originada 
especialmente a partir dos mercados financeiros, não há como contestar que a sociedade baseada no livre 
funcionamento dos mercados tem propiciado grandes avanços materiais à sociedade. A sociedade de 
mercado caracteriza-se por 
 
I incentivar o uso da propriedade privada dos fatores e meios de produção. 
II permitir que as transações de bens e serviços sejam efetivadas com base em um rígido planejamento 
prévio de atividades. 
III propiciar que as transações (trocas) sejam feitas diretamente entre os agentes econômicos, que são 
guiados pelos preços vigentes nos vários mercados. 
 
Está correto o afirmado em 
 
A I e III. 
 
B III, somente. 
 
C II e III. 
 
D I, II e III. 
 
E I e II. 
 
MÓDULO 3: INTRODUÇÃO À MICROECONOMIA 
 
3.1. A curva de demanda 
 
Em uma economia de mercado, os preços se formam por meio do encontro dos interesses dos compradores e dos 
vendedores. Isso quer dizer que, teoricamente, se os vendedores ofertarem seus produtos a preços acima do 
desejado pelo mercado consumidor, os produtos não serão vendidos, forçando os vendedores a baixar seus 
preços. Da mesma forma, se os consumidoresdesejarem comprar produtos a preços que não interessam aos 
vendedores, haverá falta de produto no mercado. 
 
Esse mecanismo pressupõe, portanto, que haja uma determinada quantidade de bens que seja oferecida a um 
determinado preço que interessa tanto aos compradores quanto aos vendedores. Mas, para que possamos 
entender isso melhor, devemos inicialmente compreender como é que se forma a demanda. 
 
Dizemos que a demanda reflete a escolha do consumidor. Quais as variáveis que afetam essa escolha? De forma 
simplificado, são as seguintes: 
 
a) a renda: quanto o consumidor tem disponível para a aquisição de bens e serviços que lhes são necessários; 
b) os preços dos bens e serviços: quanto custarão, para ele, os bens e serviços dos quais ele tem necessidade; 
c) suas preferências: que marcas o consumidor prefere? Das alternativas existentes no mercado, quais são as 
suas prediletas? 
d) a relação de substitutibilidade ou complementariedade entre os bens e serviços que o consumidor deseja 
comprar: o bem que ele deseja pode ser substituído por outro? O bem que ele quer consumir precisa ser 
consumido em conjunto com outro? 
 
Como você pode ver, são muitos os fatores que determinam a demanda de um bem ou serviço. Para simplificar 
mais, faremos o seguinte: consideraremos, para a nossa análise, apenas a quantidade demandada de um bem 
em relação ao seu preço. Ao representarmos essa relação, teremos a curva abaixo: 
 
 
 
Figura 1. Curva de demanda 
<http://www.neema.ufc.br/Ern_cap2_parte1.htm> 
 
O gráfico acima nos permite visualizar que à medida em que o preço sobe, a quantidade demandada diminui. Isso 
é possivel de ser constanto no mundo real: quanto maior o preço, menos as pessoas estão dispostas a consumir 
determinado bem ou serviço. Por isso, a inclinação da curva de demanda é negativa. 
 
O que pode provocar um deslocamento da curva de demanda? Mudanças naquelas variáveis que havíamos 
deixado de fora da nossa análise. Dessa forma, mudanças na renda, nos preços dos bens substitutos e 
complementares e mudanças nos padrões de preferência provocarão deslocamentos da curva de demanda. 
 
Vejamos agora um exercício: o que acontece com a curva de demanda quando há uma mudança nos padrões de 
preferência dos consumidores? 
 
Resposta: Caso haja um aumento de preferência dos consumidores por determinado produto, a curva de 
demanda sofrerá um deslocamento para a direita. Nesse caso, todo o mercado estará disposto a consumir mais 
quantidade do bem para um certo preço. Caso haja uma diminuição de preferência dos consumidores por certo 
bem, a curva de demanda sofrerá um deslocamento para a esquerda. Assim, todo o mercado estará disposto a 
consumir menos bens para um certo preço. 
 
3.2. A curva de oferta 
 
Da mesma forma como a curva de demanda é formada a partir das preferências dos consumidores, a de oferta se 
explica pelas escolhas que as empresas fazem no esforço de oferecer bens e serviços ao mercado. 
 
Como as empresas decidem quais as quantidades ofertar ao mercado? São inúmeras as variáveis: 
 
a) os preços praticados no mercado; 
b) o quanto de lucro elas pretendem no mercado; 
c) a estrutura de custos da produção dos bens e serviços; 
d) a concorrência; 
e) a oferta e os preços dos fatores de produção. 
 
Para que possamos simplificar nossa análise, consideraremos a quantidade ofertada de um bem ou serviço como 
função única e exclusiva dos preços. Se representarmos essa relação, teremos a curva abaixo. 
 
 
 
Figura 2. A curva de oferta 
<http://portalteses.icict.fiocruz.br/transf.php?script=th
es_chap&id=00004303&lng=pt&nrm=iso> 
 
Como você pode verificar, a curva de oferta tem inclinação positiva. Isso quer dizer que quanto maiores os preços 
praticados no mercado, mais a empresa tem interesse em ofertar os bens e serviços. O que pode provocar um 
deslocamento da curva de oferta? Mudanças naquelas variáveis que havíamos deixado de fora da nossa análise. 
Dessa forma, mudanças na concorrência e na oferta de fatores de produção podem deslocar a curva da oferta 
para a direita ou para a esquerda.. 
 
Vejamos agora um exercício: o que acontece com a curva de oferta quando há uma mudança no estoque de 
determinado fator de produção? 
Resposta: Vamos imaginar que haja escassez de determinado fator de produção. A oferta como um todo diminuirá 
e a curva de oferta se deslocará para a a esquerda. Caso haja um aumento na oferta de determinado fator de 
produção, a curva se deslocará para a esquerda. 
 
3.3. A situação de equilíbrio 
 
Como ocorre então a situação de equilíbrio entre a demanda e a oferta? Graficamente, ela se identifica com o 
ponto de encontro entre as duas funções. Veja na figura abaixo: 
 
 
 
Figura 3. O encontro entre as curvas de oferta e 
procura 
http://www.teleco.com.br/tutoriais/tutorialprojti2/pagin
a_3.asp 
 
É importante ressaltar que essa situação de equilíbrio é uma construção teórica. No mercado real, no mundo real, 
o que temos são movimentos em torno desse ponto de equilíbrio. Quer dizer, esse ponto de equilíbrio é uma meta 
ideal para o mercado consumidor e para o mercado vendedor. Do ponto de vista teórico, o ponto de equilíbrio 
representa a situação em que, a um determinado preço e a uma determinada quantidade, compradores e 
ofertantes ficam igualmente satisfeitos. 
 
É evidente que mudanças nas curvas de demanda e de oferta podem deslocar esse ponto de equilíbrio, e isso 
veremos no tópico a seguir. O importante agora é você ser capaz de identificar esse ponto como sendo aquele de 
coincidência de interesses. 
 
3.4. Deslocamentos do ponto de equilíbrio 
 
Como falamos no tópico anterior, deslocamentos nas curvas de demanda e oferta podem alterar o ponto de 
equilíbrio. Vejamos esses deslocamentos de uma forma simplificada, em termos das consequencias para o preço 
e para a quantidade de equilíbrio: 
 
 
 
Faça agora o seguinte exercício: o que aconteceria com o ponto de equilíbrio caso a curva de oferta não se altere, 
mas os consumidores aumentem a preferência pelo bem ou serviço? 
 
Resposta: No novo ponto de equilíbrio, tanto o preço como a quantidade serão maiores do que na situação 
anterior. 
 
EXERCÍCIOS DO MÓDULO 3 (RESPONDER NO PORTAL) 
 
1. Leia atentamente o texto a seguir: 
 
Comércio espera por Natal aquecido, apesar de brasileiro planejar poupança 
 
Pesquisa realizada pela Fecomércio-RJ (Federação do Comércio do Estado do Rio de Janeiro) mostra que 
os efeitos da crise ainda não chegaram com força ao bolso do brasileiro. De acordo com o Perfil 
Econômico do Consumidor, realizado em setembro deste ano, aumentou a parcela dos que chegam ao 
final do mês sem dívidas, mas o brasileiro planejar poupar mais. O comércio ainda espera por um Natal 
aquecido. Segundo o levantamento, há uma parcela menor da população com falta de dinheiro (26%) em 
relação ao mesmo período do ano passado (30%). Ao mesmo tempo, aumentou de 48% para 52% o 
percentual de pessoas que consegue chegar ao fim do mês com a quantia exata para o pagamento de 
todas as despesas. A parcela de brasileiros com excedente se manteve em linha com setembro de 2007 
(22%). O estudo considera dados do orçamento, inadimplência e consumo das famílias brasileiras. 
(Disponível em: <http://www.tudoagora.com.br/noticia/10550/Comercio-espera-por-Natal-aquecido-apesar-
de-brasileiro-planejar-poupanca.html>. Acesso em: Folha Online de 04/11/2008.) 
 
Supondo que haja manutenção da demanda, e que a oferta se desloque para a direita (considerando um 
sistema cartesiano com P no eixo vertical, e Q no horizontal), haverá uma nova situação de equilíbrio da 
demanda e da oferta. Nesta nova situação de equilíbrio, o que podemos esperar em termos de quantidades 
e preços? 
 
A Preços e quantidades serão maiores na nova situação de equilíbrio, comparativamente à situação anterior. 
 
B Preçosserão maiores e quantidades menores na nova situação de equilíbrio, comparativamente à 
situação anterior. 
 
C Não ocorrerão mudanças nos preços e quantidades na nova situação equilíbrio, dada a tendência de 
acomodação do mercado. 
 
D Preços e quantidades serão menores na nova situação de equilíbrio, comparativamente à situação 
anterior. 
 
E Preços serão menores e as quantidades maiores na nova situação de equilíbrio, comparativamente à 
situação anterior. 
 
2. Leia atentamente o texto a seguir: 
 
Comércio espera por Natal aquecido, apesar de brasileiro planejar poupança 
 
Pesquisa realizada pela Fecomércio-RJ (Federação do Comércio do Estado do Rio de Janeiro) mostra que 
os efeitos da crise ainda não chegaram com força ao bolso do brasileiro. De acordo com o Perfil 
Econômico do Consumidor, realizado em setembro deste ano, aumentou a parcela dos que chegam ao 
final do mês sem dívidas, mas o brasileiro planejar poupar mais. O comércio ainda espera por um Natal 
aquecido. Segundo o levantamento, há uma parcela menor da população com falta de dinheiro (26%) em 
relação ao mesmo período do ano passado (30%). Ao mesmo tempo, aumentou de 48% para 52% o 
percentual de pessoas que consegue chegar ao fim do mês com a quantia exata para o pagamento de 
todas as despesas. A parcela de brasileiros com excedente se manteve em linha com setembro de 2007 
(22%). O estudo considera dados do orçamento, inadimplência e consumo das famílias brasileiras. 
(Disponível em: <http://www.tudoagora.com.br/noticia/10550/Comercio-espera-por-Natal-aquecido-apesar-
de-brasileiro-planejar-poupanca.html>. Acesso em: Folha Online de 04/11/2008.) 
 
Supondo que haja manutenção da oferta, e que a demanda se desloque para a direita (considerando um 
sistema cartesiano com P no eixo vertical, e Q no horizontal), haverá uma nova situação de equilíbrio da 
demanda e da oferta. Nesta nova situação de equilíbrio, o que podemos esperar em termos de quantidades 
e preços? 
 
A Preços e quantidades serão maiores na nova situação de equilíbrio, comparativamente à situação anterior. 
 
B Preços serão maiores e quantidades menores na nova situação de equilíbrio, comparativamente à 
situação anterior. 
 
C Não ocorrerão mudanças nos preços e quantidades na nova situação equilíbrio, dada a tendência de 
acomodação do mercado. 
 
D Preços e quantidades serão menores na nova situação de equilíbrio, comparativamente à situação 
anterior. 
 
E Preços serão menores e as quantidades maiores na nova situação de equilíbrio, comparativamente à 
situação anterior. 
 
3. Leia atentamente o texto a seguir: 
 
Comércio espera por Natal aquecido, apesar de brasileiro planejar poupança 
 
Pesquisa realizada pela Fecomércio-RJ (Federação do Comércio do Estado do Rio de Janeiro) mostra que 
os efeitos da crise ainda não chegaram com força ao bolso do brasileiro. De acordo com o Perfil 
Econômico do Consumidor, realizado em setembro deste ano, aumentou a parcela dos que chegam ao 
final do mês sem dívidas, mas o brasileiro planejar poupar mais. O comércio ainda espera por um Natal 
aquecido. Segundo o levantamento, há uma parcela menor da população com falta de dinheiro (26%) em 
relação ao mesmo período do ano passado (30%). Ao mesmo tempo, aumentou de 48% para 52% o 
percentual de pessoas que consegue chegar ao fim do mês com a quantia exata para o pagamento de 
todas as despesas. A parcela de brasileiros com excedente se manteve em linha com setembro de 2007 
(22%). O estudo considera dados do orçamento, inadimplência e consumo das famílias brasileiras. 
(Disponível em: <http://www.tudoagora.com.br/noticia/10550/Comercio-espera-por-Natal-aquecido-apesar-
de-brasileiro-planejar-poupanca.html>. Acesso em: Folha Online de 04/11/2008.) 
 
Supondo que haja manutenção da oferta, e que a demanda se desloque para a esquerda (considerando um 
sistema cartesiano com P no eixo vertical, e Q no horizontal), haverá uma nova situação de equilíbrio da 
demanda e da oferta. Nesta nova situação de equilíbrio, o que podemos esperar em termos de quantidades 
e preços? 
 
A Preços e quantidades serão maiores na nova situação de equilíbrio, comparativamente à situação anterior. 
 
B Preços serão maiores e quantidades menores na nova situação de equilíbrio, comparativamente à 
situação anterior. 
 
C Não ocorrerão mudanças nos preços e quantidades na nova situação equilíbrio, dada a tendência de 
acomodação do mercado. 
 
D Preços e quantidades serão menores na nova situação de equilíbrio, comparativamente à situação 
anterior. 
 
E Preços serão menores e as quantidades maiores na nova situação de equilíbrio, comparativamente à 
situação anterior. 
 
4. Leia atentamente o texto a seguir: 
 
Comércio espera por Natal aquecido, apesar de brasileiro planejar poupança 
 
Pesquisa realizada pela Fecomércio-RJ (Federação do Comércio do Estado do Rio de Janeiro) mostra que 
os efeitos da crise ainda não chegaram com força ao bolso do brasileiro. De acordo com o Perfil 
Econômico do Consumidor, realizado em setembro deste ano, aumentou a parcela dos que chegam ao 
final do mês sem dívidas, mas o brasileiro planejar poupar mais. O comércio ainda espera por um Natal 
aquecido. Segundo o levantamento, há uma parcela menor da população com falta de dinheiro (26%) em 
relação ao mesmo período do ano passado (30%). Ao mesmo tempo, aumentou de 48% para 52% o 
percentual de pessoas que consegue chegar ao fim do mês com a quantia exata para o pagamento de 
todas as despesas. A parcela de brasileiros com excedente se manteve em linha com setembro de 2007 
(22%). O estudo considera dados do orçamento, inadimplência e consumo das famílias brasileiras. 
(Disponível em: <http://www.tudoagora.com.br/noticia/10550/Comercio-espera-por-Natal-aquecido-apesar-
de-brasileiro-planejar-poupanca.html>. Acesso em: 
Folha Online de 04/11/2008.) 
 
Supondo que haja manutenção da demanda, e que a oferta se desloque para a esquerda (considerando um 
sistema cartesiano com P no eixo vertical, e Q no horizontal), haverá uma nova situação de equilíbrio da 
demanda e da oferta. Nesta nova situação de equilíbrio, o que podemos esperar em termos de quantidades 
e preços? 
 
A Preços e quantidades serão maiores na nova situação de equilíbrio, comparativamente à situação anterior. 
 
B Preços serão maiores e quantidades menores na nova situação de equilíbrio, comparativamente à 
situação anterior. 
 
C Não ocorrerão mudanças nos preços e quantidades na nova situação equilíbrio, dada a tendência de 
acomodação do mercado. 
 
D Preços e quantidades serão menores na nova situação de equilíbrio, comparativamente à situação 
anterior. 
 
E Preços serão menores e as quantidades maiores na nova situação de equilíbrio, comparativamente à 
situação anterior. 
 
MÓDULO 4: O MERCADO 
 
4.1. O que é Mercado 
 
Mercado é um local de encontro entre alguém que oferece algo para outro alguém que desse algo necessita. 
Assim, mercado é um local de trocas: trocas de produtos, trocas de serviços, trocas de informações. 
 
Podemos pensar, por exemplo, no mercado de trabalho. O trabalho aqui já foi definido com um fator de produção. 
Um fator primordial de produção de que as empresas necessitam. Um fator primordial de produção para que a 
sociedade possa obter renda. O mercado de trabalho é constituído por ofertantes de força de trabalho, mão-de-
obra, e demandantes de tal fator. Como as empresas necessitam do trabalho para por em prática seu processo 
produtivo, ofertam vagas para que sejam preenchidas pelas famílias que oferecem às empresas a sua riqueza, o 
trabalho. Assim, de forma conduzida pela mão invisível, conforme explicado por Adam Smith, as empresas e as 
famílias se encontram em tal mercado. Mas, onde se dá tal encontro? Não necessariamente em um espaço local 
específico. Portanto, entende-se por mercado um local imaginário onde são efetuadas tais trocas. 
 
Outro exemplo é o mercadode crédito. Tal mercado é constituído por agentes superavitários, ou seja, 
poupadores, que colocam a disposição dos bancos um volume de moeda para que seja emprestada a deficitários. 
Tais agentes necessitados de moeda recorrem ao mercado de crédito para obter tal recurso. Este mercado é mais 
visível pois é percebido nas atividades dos bancos e das sociedades de crédito. 
 
Podemos ainda classificar os mais diversos mercados em mercados concentrados e mercados não concentrados 
para melhor entender como se dá o padrão de concorrência entre empresas e é neste âmbito que entra a 
discussão sobre Estruturas de Mercado. A partir disto, podemos melhor entender como são divididas as mais 
variadas atividades econômicas e de que forma são identificadas as diversas empresas existentes num sistema 
econômico. Tal classificação dá-se em função do poder que é exercido por algum agente econômico, no caso 
poder de compradores e de vendedores e, mais especificamente, por parte dos vendedores. 
 
As várias formas ou estruturas de mercado dependem, fundamentalmente, de três características: 
 
a) número de empresas que compõe o mercado; 
b) tipo de produto; 
c) existência de barreiras ao acesso de novas empresas; 
 
São basicamente quatro as estruturas de mercado mais predominantes: o mercado de Concorrência Perfeita, o 
mercado de Monopólio, a Concorrência Monopolística e o Oligopólio. 
 
4.2. A Concorrência Perfeita 
 
Iniciamos a partir do mercado não concentrado, chamado mercado Concorrência Perfeita. Para que um mercado 
seja classificado desta forma, algumas características devem ser reunidas. 
 
Um mercado de Concorrência Perfeita é um tipo de mercado em que há um grande número de vendedores 
(empresas), de tal sorte que uma empresa, isoladamente, é insignificante, não afetando os níveis de oferta de 
mercado e, consequentemente, o preço de equilíbrio. 
 
É um mercado atomizado, pois é composto de um número expressivo de empresas e de compradores, como se 
fossem átomos. Um mercado de concorrência perfeita reúne algumas características, como por exemplo: 
 
a) grande quantidade de compradores para uma grande quantidade de vendedores; 
b) produto homogêneo; 
c) mercado transparente; 
d) liberdade aos agentes econômicos quanto a entrada e a saída de novos participantes; 
- mercado atomizado. 
 
Neste tipo de mercado, no longo prazo, não existem lucros extraordinários (onde as receitas superam os custos), 
mas apenas os chamados lucros normais, que representam a remuneração implícita do empresário. Do ponto de 
vista da Teoria Microeconômica, a estrutura de Concorrência Perfeita é uma construção teórica, simplificadora da 
realidade. 
 
Construção teórica ou não, o fato é que uma empresa atuando nesse mercado também terá o objetivo de lucro. 
Melhor ainda, terá como objetivo a maximização de seu lucro e, desta forma, precisa decidir quais quantidades 
produzidas são aquelas que atingem o objetivo. Como se trata de um mercado em que há muitos vendedores de 
um mesmo produto, a margem de manobra quanto ao preço de venda da mercadoria fica bastante prejudicada 
sendo, dessa forma, o preço estabelecido pelo mercado. 
 
Dado o padrão da curva de demanda nesse mercado, uma reta constante num preço fixado, todas as firmas 
componentes desse mercado tornam-se tomadoras de preços. Nenhuma firma, isoladamente, tem condições de 
alterar o preço ou praticar preço superior ao estabelecido no mercado. Contudo, a esse preço dado pelo mercado, 
ela poderá vender quanto puder, limitada apenas por sua estrutura de custos. 
 
Em concorrência perfeita, como a quantidade demandada e a quantidade ofertada da mercadoria dependem de 
muitos compradores e de muitos vendedores, o preço da mercadoria é estabelecido a partir do encontro das 
curvas de demanda e de oferta. Portanto, o preço da mercadoria é estabelecido pelo mercado e, a partir disso, as 
firmas seguem o preço estabelecido. Dessa forma, são também chamadas de seguidoras ou tomadoras de 
preços. 
 
4.3. O Monopólio 
 
De forma oposta à do mercado de concorrência perfeita, temos o mercado de Monopólio, quer dizer, o mercado 
em que ocorre um único poder. O mercado de Monopólio apresenta condições diametralmente opostas às da 
Concorrência Perfeita. Nele existe, de um lado, um único empresário dominando inteiramente a oferta e, de outro, 
todos os consumidores. Não há, portanto, produto substituto perfeito ou concorrente. Nesse caso, ou os 
consumidores se submetem às condições impostas pelo vendedor, ou simplesmente deixarão de consumir o 
produto. 
 
Para existir monopólio, deve haver barreiras que impeçam a entrada de novas firmas no mercado. Essas barreiras 
podem advir de diversas formas, sendo o monopólio puro ou natural uma delas. Este caso ocorre quanto o 
mercado, por suas próprias características, exige a instalação de grandes plantas industriais que operam 
normalmente como economias de escala e custos unitários bastante baixos, possibilitando à empresa cobrar 
pecos baixos por seu produto, o que acaba praticamente inviabilizando a entrada de novos concorrentes. 
 
Podemos ainda elencar como barreiras o elevado volume de capital requerido para montar uma indústria 
monopolista, as marcas e patentes, o controle de matéria-prima básica, bem como as instituições. A legislação 
brasileira acerca do tema proíbe a existência de monopólio, permitido apenas para aqueles segmentos de 
mercado onde, para um perfeito funcionamento, deve existir apenas uma empresa. São os chamados monopólios 
institucionais ou estatais, considerados estratégicos ou de segurança nacional. Porém, observa-se atualmente que 
há uma movimentação para que segmentos monopolizados sejam privatizados. 
 
Como existem barreiras à entrada de novas empresas, os lucros extraordinários devem persistir também a longo 
prazo em mercados monopolizados. Nessa estrutura de mercado, a curva de demanda da empresa é a própria 
curva de demanda do mercado como um todo. Ao ser exclusiva no mercado, a empresa não estará sujeita aos 
preços vigentes. Isso não significa que poderá aumentar os preços indefinidamente. Deve, de alguma forma, se 
adequar aos padrões de demanda dos consumidores. 
 
4.4. O Oligopólio e a Concorrência Monopolista 
 
Outra estrutura de mercado é aquela formada pelos são Oligopólios. O Oligopólio é um tipo de estrutura 
caracterizada por um pequeno número de empresas que dominam a oferta de mercado. Pode caracterizar-se 
como um mercado em que há um pequeno número de empresas, como a indústria automobilística, ou então, onde 
há um grande número de empresas, mas poucas dominam o mercado, como a indústria de bebidas. 
 
No Oligopólio, tanto as quantidades ofertadas quanto os preços são fixados entre as empresas, muitas vezes, por 
meio de conluios ou cartéis. Normalmente, as empresas discutem suas estruturas de custos, embora isso não 
ocorra com relação a sua estratégia de produção e de marketing. Há uma empresa líder que, via de regra, fixa o 
preço, respeitando as estruturas de custos das demais, e há empresas satélites que seguem as regras ditadas 
pelas líderes. Esse é o modelo chamado de liderança de preços. 
 
Estrutura intermediária entre a Concorrência Perfeita e o Monopólio, mas que não se confunde com o Oligopólio, é 
a Concorrência Monopolista. Nessa estrutura, há um número relativamente grande de empresas com poder 
concorrencial, porém com segmentos de mercado e produtos diferenciados, seja por características físicas, pelas 
embalagens ou pela prestação de serviços. 
 
Tais empresas detém alguma margem de manobra para fixação dos preços que não é muito ampla, uma vez que 
existem produtos substitutos no mercado. Essas características acabam dando um pequeno poder monopolista 
sobre o preço de seu produto, embora o mercado seja competitivo. 
 
4.5. Exercícios Resolvidos 
 
Exercício 1 
As operações, trocas, realizadas no mercado estão condicionadas à estruturaem que este mercado opera. Assim, 
por exemplo, a existência de muitos ofertantes e muitos demandantes caracteriza a concorrência perfeita como 
uma particular estrutura de mercado. Mas há também mercados que operam com base em uma estrutura do tipo 
concorrência imperfeita. O monopólio é uma estrutura de mercado do grupo de concorrência imperfeita e, nela: 
 
a) O produtor é basicamente um tomador de preços para os seus bens, incapaz de influenciar os seus valores. 
 
b) O consumidor, na verdade, é quem estabelece o preço que irá vigorar no mercado. 
 
c) Os preços dos bens são estabelecidos mediante acordos e associações entre os seus fabricantes. 
 
d) O produtor forma o preço no mercado, desde que apoiado pelo governo, mas independentemente dos desejos 
de compra dos consumidores. 
 
e) O produtor determina o preço do seu bem ou serviço no mercado, subordinando-se, porém, de alguma forma, 
às condições de demanda dos seus bens e serviços 
 
Alternativa correta: E. 
Comentário: A alternativa A está incorreta, pois reúne características da Concorrência Perfeita. A B também está 
incorreta pois os consumidores, isolados e em qualquer mercado, não determinam preços. A alternativa C está 
incorreta pois acordos e associações ocorrem em mercados de Oligopólio. A alternativa D também está incorreta: 
monopolistas devem, de alguma forma, adequar o preço do que oferta às condições da demanda. 
 
Exercício 2 
(Adaptado de Provão-MEC, Administração, 1999). Um ponto importante a considerar quando do desenvolvimento 
de um novo produto ou até da penetração em um mercado já existente, é que cada empresário deve ter noção 
das diferentes estruturas de mercado e do padrão de concorrência que enfrentará. Assim, o conhecimento das 
condições concorrenciais em mercados concentrados ou não concentrados é de extrema importância para o 
sucesso de qualquer empreendimento. Suponha que você seja gerente de uma empresa que opera com um 
determinado produto em um mercado em Concorrência Pura (ou Perfeita). Para que você melhor enquadre a 
empresa no mercado, em relação aos itens diferenciação e preço de produto, a combinação que deve ser feita 
correspondente ao produto é: 
 
a) não diferenciado e preço abaixo da média dos concorrentes; 
 
b) não diferenciado e preço no nível dos concorrentes; 
 
c) diferenciado e preço no nível dos concorrentes; 
 
d) diferenciado e preço abaixo da média dos concorrentes; 
 
e) diferenciado com preço acima da média dos concorrentes; 
 
Alternativa correta: C. 
Comentário: A alternativa A está incorreta porque a venda de um produto idêntico ao concorrente a preços mais 
baixos derrotam lucros. A alternativa B também está incorreta pois, ao se cobrar o mesmo que um concorrente por 
um mesmo produto ou serviço, não há posicionamento algum que seja melhorado. As mesmas considerações 
devem ser efetuadas para as alternativas D e E, também incorretas. 
 
Exercício 3 
Qual das alternativas a seguir é necessária para um setor se aproximar da competição perfeita? 
 
a) Falta de um acordo explícito para a determinação dos preços. 
 
b) A existência de muitas empresas. 
 
c) Uma curva de demanda de mercado altamente elástica. 
 
d) A existência de mercado relevante em que os agentes são tomadores de preços. 
 
e) Não existe uma regra única para estimar a existência da competição perfeita. 
 
Alternativa correta: D 
Comentário: A alternativa D é a única que reúne uma característica do mercado de Concorrência Perfeita. 
 
Exercício 4 
Qual a principal diferença entre a concorrência perfeita e a concorrência monopolista no que diz respeito à 
homogeneidade (ou falta de) dos produtos? 
 
Resposta: Na concorrência perfeita, todos os produtos são homogêneos. Na concorrência monopolista, os 
produtos se diferenciam em função de qualidade ou marca. 
 
EXERCÍCIOS DO MÓDULO 4 (RESPONDER NO PORTAL) 
 
1. Considere a estrutura de mercado em que há um número relativamente grande de empresas com 
poder concorrencial, porém com segmentos de mercado e produtos diferenciados, seja por características 
físicas, pelas embalagens ou pela prestação de serviços. 
 
Essa estrutura diz respeito 
 
A ao monopólio. 
 
B ao oligopólio. 
 
C à concorrência perfeita. 
 
D á concorrência monopolista. 
 
E ao monopólio perfeito. 
 
2. Considere um tipo de estrutura caracterizada por um pequeno número de empresas que dominam 
a oferta de mercado. Pode caracterizar-se como um mercado em que há um pequeno número de 
empresas, como a indústria automobilística, ou então, onde há um grande número de empresas, mas 
poucas dominam o mercado, como a indústria de bebidas. 
 
Essa estrutura diz respeito 
 
A ao monopólio. 
 
B ao oligopólio. 
 
C à concorrência perfeita. 
 
D Á concorrência monopolista 
 
E ao monopólio perfeito. 
 
3. Considere o tipo de mercado em que existe, de um lado, um único empresário dominando 
inteiramente a oferta e, de outro, todos os consumidores. Não há, portanto, produto substituto perfeito ou 
concorrente. Nesse caso, ou os consumidores se submetem às condições impostas pelo vendedor, ou 
simplesmente deixarão de consumir o produto. 
 
Essas características correspondem 
 
A ao monopólio. 
 
B ao oligopólio. 
 
C à concorrência perfeita. 
 
D á concorrência monopolista. 
 
E ao monopólio perfeito. 
 
4. Considere o tipo de mercado em que há um grande número de vendedores (empresas), de tal sorte 
que uma empresa, isoladamente, é insignificante, não afetando os níveis de oferta de mercado e, 
consequentemente, o preço de equilíbrio. 
 
Essa estrutura corresponde 
 
A ao monopólio. 
 
B ao oligopólio. 
 
C à concorrência perfeita. 
 
D á concorrência monopolista. 
 
E ao monopólio perfeito.

Continue navegando