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Aula 1 Relembrando… Farmacocinética: Efeito do fármaco no organismo do paciente Caminho do fármaco no organismo. Fases: • Absorção (via intravenosa não possui esta fase, pois o efeito é imediato) • Distribuição • Biotransformação • Excreção Farmacodinâmica: Qual o local de ação do medicamento, quais os diferentes mecanismos de ação e suas consequências (efeito). O que o fármaco faz no organismo CONCEITOS ♡ Fármaco: substância química de estrutura conhecida utilizado para modificar um estado fisiológico ou patológico no organismo do animal visando seu benefício Princípio ativo dos medicamentos ♡ Medicamento: sinônimo de fármaco, sua composição pode conter mais de um fármaco. Buscopam Plus (escopolamina + dipirona) ♡ Remédio: palavra de cunho popular que faz referência a medicamentos e fármacos. Termo amplo, que inclui uso de substâncias químicas, chás, infusões, procedimentos utilizados visando o benefício do organismo, mas sem necessidade de comprovação científica. ♡ Droga: qualquer substância que cause alguma alteração no funcionamento do organismo por ações químicas, com ou sem intenção benéfica Diminuição da pressão arterial Todo fármaco é uma droga, mas nem toda droga é um fármaco ♡ Dose: quantidade de medicamento a ser administrada ♡ Dosagem: termo que envolve o esquema terapêutico a ser adotado considerando as doses, intervalo entre elas e número de dias da sua prescrição ♡ Posologia: estudo da dose. Fase que antecede a produção do medicamento em larga escala ♡ Concentração: quando de princípio ativo possui no fármaco Efeito colateral e reação adversa ♡ Efeito colateral: efeito indesejável, na maioria das vezes, que não tem como separá-lo do efeito do medicamento ♡ Reação adversa: efeitos indesejáveis, mas raros. Quando aparecem, possuem alta ordem de grandeza. FORMAS FARMACÊUTICAS Apresentação final que o medicamento deve ter após ser manipulado pela indústria farmacêutica Adesivo Cápsula Pomada Xarope Flaconete Put on Adesivo Supositório Drágea Ampola Spray Creme Pó Gel Pílula Xampu Pastilha Poção (gotas) Colírio Sabonete Óvulo Aerosol Elixir Suspensão Emulsão Provenda Comprimido - Spray: para regiões mais superficiais, forma macropartículas - Aerossol: forma neblina para penetras de forma mais profunda - Elixir: semelhante ao xarope, contendo álcool e aromatizante - Suspensão: parte sólida + líquida - Emulsão: parte oleosa + líquida - Provenda: medicamento disfarçado em outro produto - Comprimido: princípio ativo + veiculo (amido) para dar corpo/volume Vias de administração - Oral - Intramuscular - Intravenosa - Subcutânea - Retal - Intracardíaca - Inalatória - Tópica - Endotraqueal - Peridural / epidural - Intrauricular - Ocular - Intraperitoneal Para produzir um efeito geral, é necessário que o remédio caia na corrente circulatória, para atingir o órgão específico. ♡ IM possui absorção + rápida que SC pois é mais vascularizado CÁLCULOS DE DOSE Paciente: Canino 8Kg Medicamento: Cloridrato de Tramadol Analgésico / Indicado para controle de dor leve a moderada Dose: 4 mg/kg (4 - 8 mg/Kg) Dose X Peso = quantidade que o animal precisa 4 mg/kg X 8 Kg = 32 mg APRESENTAÇÕES E CONCENTRAÇÕES - Tramadol 2%, solução injetável - Tramadol 100 mg, comprimido - Tramadol 40 mg, comprimido - Tramadol 80 mg, comprimido - Tramadol 12 mg, comprimido - Tramal Retard 100 mg, comprimido - Sensitram 100 mg, comprimido - Tramal 50 mg/mL, solução injetável - Tramal 100 mg, comprimido - Tramal 10 mg, cápsula - Tramal 100 mg/mL, solução oral, (1 mL = 40 gotas) Aula 2 Relembrando… Infecção ≠ Inflamação ♡ Antibiótico: combate infecção ♡ Antinflamatório: combate inflamação INFLAMAÇÃO - Resposta do organismo a uma agressão, como cortes e batidas - Sinais da inflamação: calor, rubor, edema, dor e perda da função. INFECÇÃO - Entrada de um agente externo (vírus, bactérias, fungos e outros microrganismos) em contato com o corpo. Geralmente quando há infecção, ela vem acompanhada com resposta inflamatória Os agentes infecciosos são aqueles organismos responsáveis por desencadear infecções ou doenças infecciosas. ♡ Substâncias químicas usadas para combater os microrganismos (fungos, bactérias ou vírus) ♡ Combate infecções USO DE MICROBIANOS NA MED VET ANTIMICROBIANOS INESPECÍFICOS: ♡ Atuam em qualquer microrganismo patogênico ou não. ♡ Ex: antisséptico e desinfetantes ANTIMICROBIANOS INESPECÍFICOS: ♡ Atuam em microrganismos responsáveis pelas doenças infecciosas. Ex: antibiótico ⇢ Uso Terapêutico ♡ Administrado em um animal que apresenta doença infecciosa (bactéria ou fungo) ⇢ Uso Profilático ♡ Medida preventiva (garantir a proteção contra uma possível infecção) Ex: pré e pós cirurgia ♡ Pode ser feito em um animal ou para um grupo de animais ⇢ Metafilaxia ♡ Em um rebanho há alguns animais com doença infecciosa e o tratamento é feito em todos os animais do grupo, para prevenir a instalação da doença clínica ♡ Doses e duração de tratamento igual ao terapêutico (tratar o animais como se tivesse a doença, sem fazer subdose ou tempo de duração menor) ⇢ Aditivo zootécnico melhorador de desempenho ♡ Substância utilizada para influir positivamente na melhoria do desempenho dos animais Por que realizar antibióticoterapia na clínica? R: - Controle de infecção - Profilaxia de infecção Como escolher o antibiótico a ser usado? R: Saber o agente etiológico para saber qual antibiótico correto. Inibem o crescimento (bacteriostático, fungistático) ou destruir (bactericidas, fungicidas) microrganismos causadores de doenças. ♡ Bacteriostático: impede o crescimento de bactérias (não destrói) ♡ Bactericida: destroem bactérias ♡ Fungistático: impede o crescimento de fungos ♡ Fungicida: destroem fungos CIM (concentração inibitória mínima): concentração mínima em que inibem o crescimento bacteriano CBM (concentração bactericida mínima): concentração mínima para matar/destruir um microrganismo Antimicrobianos Concentração-dependente Dependem da concentração no local para ter sua ação ♡ Quanto maior o nível sérico acima da CIM, maior a taxa de erradicação das bactérias ♡ Doses elevadas com intervalos de tempo longos (posologia) Antimicrobianos Tempo-dependente Dependem do tempo no local para ter sua ação ♡ A eficácia depende do período de tempo que a concentração plasmática fica acima da CIM de uma dada bactéria ♡ Aumentar a sua concentração (dose) muito acima da CIM não aumentará a capacidade de destruir o MO ♡ Posologia: alta frequência ♡ O tempo que a bactéria fica exposta é mais importante que a concentração BACTERICIDA CIM e CBM mais próximos BACTERIOSTÁTICO BACTERIOSTÁTICO CIM e CBM quando mais distantes esses valores Quando associamos antimicrobianos? R: - Tratamento de infecções mistas - Tratamento de infecções graves ANTIMICROBIANO IDEAL ♡ Destruir o microrganismo (bactericida) ♡ Amplo espectro de ação sobre os MO patogênicos ♡ Alto índice terapêutico (menor índice de toxicidade) ♡ Exercer atividade da presença de fluídos (não perder ação com a presença de sangue, pus...) ♡ Não perturbar as defesas do organismo ♡ Não produzir reações alérgicas ♡ Não favorecer o desenvolvimento de resistência bacteriana ♡ Distribuição por todos os tecidos numa concentração adequada ♡ Administração por diferentes vias ♡ Preço acessível Qual o objetivo do antimicrobiano? R: Eliminar os organismos infecciosos sem eliminar o hospedeiro “Toxicidade seletiva” Aula 3 Relembrando… CÉLULASBACTÉRIANAS CÉLULAS ANIMAIS Parede Celular Sem parede celular Ausência de núcleo definido e organelas membranosas Presença de núcleo e organelas citoplasmáticas Ribossomos 70S Ribossomos 80S Reprodução por fissão binária Reprodução por mitose Algumas enzimas estão presentes em ambas as células, mas possuem estruturas diferentes. Outras estruturas exclusivas das bactérias: ♡ Plasmídeos: DNA circular citoplasmático relacionado com adaptação e resistências bacterianas ♡ Flagelos: Motilidade ♡ Fímbrias: Adesão a superfícies biológicas ♡ Pilli sexuais: Troca de plasmídeos entre as bactérias. ♡ Cápsula: Proteção e formação de biofilme (não deve ser confundida com parede celular) Toxicidade seletiva: Explorar as diferenças morfológicas e bioquímicas entre o patógeno e o hospedeiro para minimizar os efeitos adversos para o hospedeiro. O alvo do nosso antimicrobiano deve ser uma estrutura presente em todas as bactérias e que seja fundamental para a sua sobrevivência. PAREDE CELULAR Bactéria sem parede celular não sobrevive. Parede celular: mantém a bactérias viva frente a pressão osmótica do meio (evita que essa bactéria se rompa devido a entrada de água) OSMOSE ♡ Passagem da água do meio menos concentrado para o meio mais concentrado por uma membrana semipermeável, de forma a equilibrar a pressão entre os dois meios. Na célula essa membrana é a membrana plasmática. Representação de uma célula vegetal, função da parede celular. ♡ Quando o meio está isotônico: a água flui entre os dois meios livremente ♡ Quando o meio está hipotônico: tendência da água entrar dentro da célula (se não houvesse parede celular, a célula iria inchar e explodir, sofrendo lise osmótica) ♡ Quando o meio está hipertônico: tendência da célula perder água para o meio PRESSÃO OSMÓTICA ♡ A bactéria possui uma membrana celular semipermeável. ♡ O conteúdo da bactéria é hipertônico (concentração alta de DNA, proteínas, enzimas, sais, nutrientes e íons). Tendência sempre de entrar água na bactéria ♡ A parede celular mantém a integridade da bactéria frente a uma pressão osmótica aumentada. Eliminar a parede celular é eliminar a capacidade da bactéria sobreviver no ambiente. Funções: ♡ Manter forma e integridade ♡ Proteção física ♡ Evitar a lise celular frente à pressão osmótica ambiental Principal componente da parede celular: ♡ Peptideoglicanos (NAG: N-acetilflucosamina e NAM: N- acetilmurâmico) A parede celular que possui maior quantidade de Peptideoglicanos é das células gram + Bactérias Gram + e Gram - GRAM + ♡ Presença de uma densa camada externa de peptídeoglicano, onde o corante violeta genciana acaba se impregnando (50 a 100 camadas de peptídeoglicanos) GRAM – ♡ Possuem uma camada mais fina de Peptideoglicanos, além de outra camada composta por lipídeos e proteínas. Os peptídeoglicanos ficam no chamado espaço periplasmático ♡ Presença de Porinas: proteínas modificadas que formam poros na membrana, por onde os medicamentos passam Para um antibiótico atingir/matar uma bactéria gram – ele precisar ser lipofílica Parede da bactéria: ♡ Fieiras de peptídeoglicano ♡ NAM e NAG (tijolinhos que formam os muros): são formados no citoplasma da bactéria e vão para a membrana formar a parede bacteriano SÍNTESE DA PAREDE CELULAR É dividida em três etapas: 1) Etapa citoplasmática: Síntese de NAG e NAM (Ocorre dentro do citoplasma) 2) Etapa membranária: Transporte transmembrana e incorporação às cadeiras da parede celular 3) Etapa extracelular: Ligações cruzadas entre os peptídeos A síntese dos componentes do peptideoglicano é afetada por antibióticos β-lactâmicos (penicilinas e cefalosporinas) Etapa citoplasmática: Síntese de NAG e NAM ♡ NAG é formado a partir da glicose devido a uma série de reações químicas ♡ Este NAG formado, dará origem ao NAM (é necessário formar primeiro o NAG para depois formar o NAM) NAG ♡ NAG é conjugado com UTP (molécula transportadora), que perde um fosfato e fica UDP (esta molécula transportadora fica ligada com o NAG até ele ser incorporado na outra molécula de NAM e ser transportado para fora) UDP - NAG ♡ Em seguida este NAG será convertido em NAM por meio da enzima Enol Piruvato Transferase UDP – NAM Nessa etapa ainda é apenas um glicano (precisará juntar essas moléculas) ♡ Após a molécula de UDP-NAM estar formada, terá uma etapa de conjulgação de peptídeos: - Primeiro faz uma junção com o tri peptídeo (L-Ala, D-Glu e L-Lys) Alanina, Glucosamina e Lisina UDP-NAM-Tripeptídeo ♡ Em seguida, essa molécula irá se conjugar a mais um dipeptídeo (D-Ala e D-Ala) Duas moléculas de D-Alanina ligadas uma a outra (Importante pois é o sítio de ligação da Vancomicina - antibiótico) UDP-NAM-Pentapeptídeo Essas moléculas enquanto estão livres, irão de ligar com UDP Etapa membranária: Transporte transmembrana e incorporação às cadeiras da parede celular Bactoprenol: proteína transportadora (intracitoplasmática) ♡ As moléculas formadas irão se ligar com a proteína transportadora (bactoprenol), perdendo o UDP https://www.infoescola.com/farmacologia/cefalosporinas/ UDP - NAM Se liga ao UDP – NAG (ambos se ligam ao bactoprenol e perdem seu UDP) Formando a unidade básica da cadeira de Peptideoglicanos Peptídeoglicano sintase: enzina que sintetiza peptídeoglicano ♡ A enzima precisará colocar as moléculas para fora da célula para se ligarem e formarem as cadeias ♡ O bactoprenol é separado e se liga a um fosfato, em seguida uma enzima (Fosfatase) tira o fosfato e coloca o bactoprenol para dentro de novo Bactoprenol precisa se ligar a um fosfato para ficar estável do lado de fora ♡ A molécula de NAM e NAG separadas no bactoprenol serão ligadas à cadeia de peptídeoglicanos Antibióticos que agem nessa etapa: Bacitracina e Vancomicina Etapa extracelular: Ligações cruzadas entre os peptídeos (Crosslinking) ♡ O crosslinking é o que mantém o Peptideoglicanos no lugar ♡ A enzima Transpeptidase faz a ligação entre os Peptideoglicanos Transpeptidase também é chamada de Proteina ligadora da Penincilina (PLP) Antibióticos que inibe a enzima Transpeptidase: Beta-lactamico Antimicrobianos inibidores da síntese da parede celular ♡ Em torno de 1/3 dos antibióticos atuam inibindo a síntese da parede celular 1) Etapa citoplasmática: Cicloserina e Fosfomicina 2) Etapa membranária: Bacitracina e Vancomicina 3) Etapa extracelular: Beta-lactâmicos ANTIBIÓTICOS INIBIDORES DA PAREDE CELULAR ♡ Penicilinas - Penicilinas naturais - Penicilinas resistentes à beta-lactamase - Aminopenicilinas / Penicilinas de ampo espectro - Penicilina antipseudomas ♡ Cefalosporinas: 1ª a 4ª geração ♡ Carbapenens Mecanismo de Ação: ♡ Inibição da Transpeptidase, impedindo a polimerização do Peptideoglicano (Inibe o crosslinking da proteína) ♡ Inibe outras proteínas de membrana que mantêm o formato e controlam divisão celular Proteínas Ligadoras da Penincilina PLPs BACTERICIDAS Porém atuam em bactérias em multiplicação e crescimento ativo TEMPO-DEPENDENTES O tempo que o antibiótico permanece acima da MIC é mais importante que a sua concentração Efeito pós-antibiótico: GRAM + > GRAM – Antibiótico continua agindo no organismo mesmo parando de dar Beta-lactâmicos atuam melhor em bactérias GRAM + devido a possuir maior quantidade de Proteoglicanos. Mecanismo de resistência aos Beta- lactâmicos: ♡ Produção de Betalactamases: - Enzimas que quebram e inativam o anel betalactâmico - Natural emalgumas bactérias ou transferido por plasmídeos em outros casos ♡ Bomba de efluxo: - Presentes na membrana externa dos GRAM -, transportam antibióticos do periplasma para o meio externo Jogam o antibiítico para fora. ♡ Permeabilidade reduzida do fármco: - Membrana externa da parede celular em GRAM - é impermeável à passagem de beta- lactâmicos Membrada lipofílica ♡ Penetração reduzida do antibiótico: - Modificação da capacidade de penetração pelas porinas FARMACOCINÉTICA ♡ Vias de administração: Injetável ou Oral - Algumas penicilinas são mais sensíveis ao pH do suco gástrico e não podem ser administradas por via oral (pois o estômago irá destruir a maior parte dessa penicilina) - Injetável é preferida em infecções mais graves ♡ Absorção: - Absorção oral pouco eficiente (Exceção da amoxicilina) - Absorção reduzida na presença de alimentos (tempo de esvaziamento gástrico prolongado e destruição da droga no pH ácido) Caso tenha uma infecção no trato gastrointestinal, é preferível a penincilina por via oral (pois ela ficará mais concentrada no TGI) ♡ Distribuiçao: - Distribuição suficiente para combater micro-organismos na maior parte dos tecidos - Necessários de concentrações mais altas em articulação e cavidades pleural e peritoneal Ex: pleurite - Incapazes de penetrar o SNC, próstata e olhos em condições de saúde - Penetração insuficiente nos ossos e liquido cefalorraquidiano (exceto na inflamação) Quando o sistema nervoso está inflamado (ex: meningite), a penicilina consegue penetrar ♡ Biotransformação: - Na maioria das drogas, mínima Biotransformação hepática ♡ Excreção: - Secreção tubular e filtração glomerular em sua forma original São excretadas pelo rim. Vantagem: antibióticos bons para infecções urinárias pois atingem o trato urinário PENICILINAS NATURAIS OU DE BAIXO ESPECTRO Penincilina G ou Benzilpenincilina: ♡ Complexada com sais de sódio e potássio ♡ Via de administração: IM, SC ou IV (sensíveis ao pH do estômago) Penincilina G procaína ou Penicilina G benzatina: ♡ Permitem a absorção lenta ♡ Via de administração: IM Vantagem: forma de depósito (dura vários dias no organismo) Desvantagem: Talvez não alcance a CIM devido a soltar pouca medicação Penincilina V ou Fenoximetilpenicilina: ♡ Fermentação com ácido fenoxiacético ♡ Via de administração: VO (resistente ao pH do estômago) Espectro de ação ♡ Excelente atividade: - Aeróbicos GRAM + - Anaeróbicos obrigatórios ♡ Moderada atividade: - Aeróbicos GRAM – ♡ Nenhuma atividade atividade: - Staphylococcus produtores de beta- lactamase Aplicação clínica ♡ Infecções por Streptococcus beta- hemolíticos ♡ Coleções fechadas de pus ♡ Infecções por anaeróbicos: - Closteidium spp - Listeria spp - Actinomyces spp (Respondem bem a penicilinas) PENICILINAS RESISTENTES À BETA- LACTAMASE ♡ Também chamadas de penicilinas antiestafilocócicas. (atuam contra o Staphylococcus produtores de beta-lactamase) ♡ Mesmo mecanismo de ação, mas resistem à beta-lactamase ♡ Isoxazolilpenicilinas (oxacilina e similares) - Via de administração: ORAL (resistentes ao pH do estômago) ♡ Meticilina e Nafcilina - Via de administração: INJETÁVEL (Antibióticos não utilizados muito na Veterinária) Espectro de ação ♡ Excelente atividade: - Staphylococcus produtores de beta- lactamase ♡ Moderada atividade: - Aeróbicos GRAM + - Anaeróbicos obrigatórios ♡ Nenhuma atividade atividade: - Aeróbicos GRAM - Aplicação clínica ♡ Piodermites por Staphylococcus sp ♡ Profilaxia cirúrgica em cirurgias ortopédicas ♡ Osteomielites e discoespondilites AMINOPENICILINAS NÃO POTENCIALIZADAS ♡ Originalmente chamadas de penicilinas de amplo espectro ♡ Atividade melhorada contra GRAM -, pois conseguem atravessar a membrana externa ♡ Sensíveis às beta-lactamases (mas atuam em GRAM -) ♡ Ampicilina - Via de administração: INJETÁVEL ♡ Amoxicilina - Via de administração:ORAL Espectro de ação ♡ Excelente atividade: - Aeróbicos GRAM + ♡ Boa atividade: - Anaeróbicos obrigatórios - Aeróbicos GRAM - ♡ Nenhuma atividade atividade: - Staphylococcus produtores de penicilinase Aplicação clínica ♡ Limitada por conta da resistência alta ♡ Infecções de tecidos moles não provocadas por Staphylococcus sp ♡ Infecções entéricas Ex: Gastroenterite PENICILINAS ANTIPSEUDOMONAS ♡ Maior atividade anti-pseudomonas por melhor penetração da membrana ♡ Muitas outras bactérias são resistentes ♡ Sensíveis às beta-lactamases ♡ Ticarcilina - Via de administração: Parenteral ou tópica ♡ Piperacilina - Via de administração: Parenteral ou tópica Espectro de ação - Ticarcilina ♡ Excelente atividade: - Pseudomonas aeruginosa ♡ Boa atividade: - Anaeróbicos obrigatórios - Aeróbicos GRAM – - Aeróbicos GRAM + ♡ Nenhuma atividade atividade: - Staphylococcus produtores de beta- lactamase Espectro de ação - Piperacilina ♡ Excelente atividade: - Pseudomonas aeruginosa - Staphylococcus produtores de beta- lactamase ♡ Boa atividade: - Anaeróbicos obrigatórios ♡ Nenhuma atividade atividade: - Aeróbicos GRAM – - Aeróbicos GRAM + Aplicação clínica ♡ Tratamento de otites causadas por Pseudomonas aeruginosa ♡ Tratamento de infecções sistêmicas causadas por Pseudomonas aeruginosa PENICILINAS – EFEITOS ADVERSOS As penicilinas possuem poucos efeitos tóxicos, mesmo em altas doses ♡ Reações de hipersensibilidade (raras em animais) - Reações locais. Inchaço, edema, dor - Reações sistêmicas: urticária, erupções na pele, anafilaxia ♡ Formas IV potássicas podem levar a toxicidade aguda - Excitação do SNC: inccordenação, ataxia e morta ♡ Formação de imunocoplexos nas membranas das hemácias - Anemia hemolítica imunomediada ♡ Desequilíbrio gastrointestinal e superinfecções por Clostridium sp. em roedores e lagomorfos INIBIDOES DAS BETA-LACTAMASES ♡ Sozinhos, não apresentam ação antibacteriana ♡ Ligação e inativação de beta-lactameses (aumento também da ação contra GRAM -) ♡ Amoxiciclina + Clavulanato - Via de administração: VO, IM ou SC ♡ Ampicilina + Sulbactan - Via de administração: Parenteral INIBIDOES DAS BETA-LACTAMASES FARMACOCINÉTICA ♡ Via de administração: injetável ou oral ♡ Absorção: boa absorção oral ♡ Distribuição: Fraca liberação no leite e no LCR ♡ Biotransformação: Hepática e de extensa biotransformação ♡ Excreção: Filtração glomerular em sua forma original (podem ser usados em infecções do trato urinário) Espectro de ação - Piperacilina ♡ Excelente atividade: - Anaeróbicos GRAM + - Anaeróbicos obrigatórios - Staphylococcus produtores de beta- lactamase ♡ Boa atividade: - Anaeróbicos GRAM – ♡ Mesma estrutura química e mecanismos de ação que as penicilinas ♡ Maior resistência natural às beta- lactamases ♡ Separação em gerações de acordo com a descoberta, visando ampliar o espectro de ação e facilitar o seu uso FARMACOCINÉTICA ♡ Via de administração: injetável (absorção oral escassa, com raras exceções) ♡ Distribuição: - Boa distribuição nos fluídos corporaos - Raras medicações atigem o SNC (apenas quando há infecção) ♡ Biotransformação: Mínima ♡ Excreção: Filtração glomerular e Secreção tubular 1ª GERAÇÃO ♡ Atuam como potenciais substitutas da benzilpenincilina ♡ Atividade contra GRAM -: Proteus sp ; E. coli; Klebsiella sp ♡ Cefazolina, Cefapirina, cefradina: administração parenteral ♡ Cefalexina,cefadroxila: admistração oral Espectro de ação ♡ Excelente atividade: - Aeróbicos GRAM + - Staphylococcus produtores de beta- lactamase ♡ Moderada atividade: - Aeróbicos GRAM - - Anaeróbicos obrigatórios Aplicação clínica ♡ Infecções de pele causadas por Staphylococcus sp ♡ Infecções de tecidos moles ♡ Infecções de trato urinário ♡ Osteomielites e discoespondilite ♡ Conjuntivite bacteriana 2ª GERAÇÃO ♡ Menos ativas contra GRAM + e mais ativas contra GRAM - ♡ Ganha atividade contra Haemophilus sp; Enterobacter sp.; Neisseria sp ♡ Cefoxitina e cefuroxima: administração parenteral ♡ Cefaclor: administração oral (resistente ao pH do TGI) Espectro de ação ♡ Excelente atividade: - Staphylococcus produtores de beta- lactamase ♡ Boa atividade: - Aeróbicos GRAM – - Aeróbicos GRAM + - Anaeróbicos obrigatórios Aplicação clínica ♡ As mesmas utilizadas para Cefalosporinas de 1ª geração ♡ Profilaxia cirúrgica em ortopedia 3ª GERAÇÃO ♡ Menos ativas contra GRAM + e Staphylococcus, e melhor atividade contra GRAM - ♡ Podem atingir o SNC e serem utilizados para tratamento de meningites ♡ Todas as Cefalosporinas de terceira geração são Parenterais Cefoperazona, ceftazidima, cefotaxima, ceftriaxona, cefovecina, ceftiofur Espectro de ação ♡ Excelente atividade: - Aeróbicos GRAM – - Pseudomonas aeruginosa (cefoperazona e ceftazidima) - Aeróbicos GRAM + (apenas cefotaxima) ♡ Boa atividade: - Anaeróbicos obrigatórios - Staphylococcus produtores de beta- lactamase ♡ Atividade moderada a baixa: - Aeróbicos GRAM + Aplicação clínica ♡ Infecões graves causadas por aeróbiocos GRAM- e anaeróbicos ♡ Infecções de trato urinário ♡ Cefovecina: uso em pele ♡ Ceftriaxona: uso no SNC EFEITOS ADVERSOS Poucos efeitos tóxicos, mesmo em altas doses ♡ Reações alérgicas em pacientes sensíveis ♡ Distúrbio gastrintestinais (diarreia e vômitos) ♡ Raramente podem ser nefrotóxicas ♡ Antibiótico beta-lactâmico de amplo espectro ♡ Ampla atividade contra GRAM- e GRAM+ ♡ Resistentes a betalactamases (atuam bem em bactérias que produzem betalactamases) ♡ Imipenem + Cilastina - Via de administração: Injetável (Impede que o Imipenem seja nefrotóxico, pois é metabolizado no rim e ele começa a atacar o rim, por isso deve ser associado com Cilastina) ♡ Meropenem, ertapenem: - Via de administração: Injetável FARMACOCINÉTICA ♡ Via de administração: injetável (sem absorção por via oral) ♡ Distribuição: boa distribuição nos fluidos corporais, incluindo SNC ♡ Biotransformação: Renal (associação de Imipenem com cilastina inibe formação de composto nefrotóxico) ♡ Excreção: Filtração glomerular Espectro de ação ♡ Excelente atividade: - Aeróbicos GRAM – - Aeróbicos GRAM + - Anaeróbicos obrigatórios - Staphylococcus produtores de beta- lactamase ♡ Nenhuma atividade: - Pseudomonas aeruginosa TOXICIDADE ♡ Reações de hipersensibilidade ♡ Distúrbios gastrointestinais (náusea, êmese e diarreia) ♡ Distúrbios neurológicos (convulsões) Espectro de ação ♡ Excelente atividade: - Aeróbicos GRAM – - Staphylococcus produtores de beta- lactamase ♡ Nenhuma atividade: - Aeróbicos GRAM + - Anaeróbicos obrigatórios (não é beta-lactâmico) ♡ Glicopeptídeos tricíclicos grandes e complexos ♡ Inibe a transferência dos precursores e sua ligação à cadeira de Peptideoglicanos na fase membranária ♡ Poe seu tamanho grande, são incapazes de passar pelas porinas, não atuando em GRAM- ♡ Vancomicina: - Via de administração: IV lenta ♡ Teicoplanina: - Via de administração: IM ou IV rápida FARMACOCINÉTICA ♡ Via de administração: injetável (sem absorção por via oral) ♡ Distribuição: - Penetração adequada a pobre nos tecidos - Boa distribuição em SNC na inflamação ♡ Excreção: Filtração glomerular predominante e biliar discreta MECANISMOS DE RESISTÊNCIA ♡ Espessamento da parede celular - Dificultam a passagem do antibiótico (ação reduzida) ♡ Presença de dipeptídeo de D-alanina - Sequestram a Vancomicina (ação reduzida) ♡ Modificação do pentapeptídeo (D-ala-D-lac) - Vancomicina perde a capacidade deligação (ação reduzida) Espectro de ação ♡ Excelente atividade: - Aeróbicos GRAM + - Anaeróbicos obrigatórios - Staphylococcus produtores de beta- lactamase ♡ Nenhuma atividade: - Aeróbicos GRAM - TOXICIDADE Efeitos adversos apresentam maior gravidade do que nos beta-lactâmicos ♡ Reações de hipersensibilidade (febre, calafrios e flebite) ♡ Otoxicidade ♡ Nefrotoxicidade Aula 4 Relembrando… ♡ Toxicidade seletiva: o alvo do nosso antimicrobiano deve ser uma estrutura presente em todas as bactérias e que seja fundamental para a sua sobrevivência CÉLULAS BACTÉRIANAS CÉLULAS ANIMAIS Parede Celular Sem parede celular Ausência de núcleo definido e organelas membranosas Presença de núcleo e organelas citoplasmáticas Ribossomos 70S Ribossomos 80S Reprodução por fissão binária Reprodução por mitose Parede celular é fundamental para manter a célula viva, impedindo que a célula sofre lise osmótica ♡ Ribossomos são organelas formadas por aminoácido e RNA. (Fazem a síntese proteica e sem eles as bactérias não conseguem se reproduzir) ♡ Ribossomo 70S (célula procarionte) • Ribossomos de bactérias • Unidade 30S + 50S • Livres no citoplasma (pois não tem RER) • 60% RNA e 40% proteínas ♡ Ribossomo 80S (célula eucarionte) • Unidades 40S e 60S • Citoplasma e RER • 40% RNA e 60% proteínas ♡ Função • Síntese protéica • Uma etapa de transcrição do RNA seguida de uma etapa de tradução Tradução: realizada pelo ribossomo ANTIBIÓTICOS QUE INTERFEREM NA SÍNTESE PROTEICA ♡ Aminoglicosídeos ♡ Lincomicinas ♡ Macrolídeos ♡ Croranfenicol ♡ Tretaciclinas Observações sobre estes antibióticos: ♡ Se ligam na unidade 30S (rRNA 16S) ou á unidade 50S (rRNA 23S) Antibióticos seletivos para os ribossomos procariontes ♡ Antibióticos que possuem mais efeitos tóxicos do que os que interferem na parede celular ♡ Seletividade variável aos ribossomos das mitocôndrias (se conseguirem atingir as mitocôndrias, levam a efeitos tóxicos) ♡ A inibição da síntese proteica normalmente não mata a bactéria só faz com que ela pare de se reproduzir - Antibióticos que fazer a bactéria parar de se proliferar - Maioria é BACTERIOESTÁTICO, com exceção dos aminoglicosídeos (bactericida) ♡ A grande maioria que interfere na síntese proteica e bacteriostático ♡ É o único BACTERICIDA ♡ Tipos: estreptomicina, gentamicina, neomicina, tobramicina, amicacina Mecanismo de ação: ♡ Se ligam a unidade 30S de forma irreversível → Ao se ligarem a essa unidade 30S ele faz com que os ribossomos produzem uma série de proteínas defeituosas e começam a se ligar vários aminoácidos errados → Proteína defeituosa vai começar a lesar a bactéria, se ligando a membrana, formando poros na membrana e fazendo com que entre mais antibiótico dentro da célula → Os outros vão apenas inibir e bloquear a síntese, esse é o único que faz essa proteína defeituosa, matando a bactéria. OS AMINOGLICOSÍDEOS PRECIAM ENTRAR NA CÉLULAR → eles atravessam a parede celular pelas porinas (em GRAM -) → é um processo ativo com gasto de energia e necessita de 02 para atravessar a membrana → não funcionam com bactérias anaeróbicas (pois necessitam de O2) → as vezes é necessário associar o aminoglicosídeos com um inibidor de parede celular como um beta - lactâmico → se liga a unidade 30Santes da formação do ribossomo Características gerais: ♡ Bactericida ♡ concentração – dependentes (quanto maior a concentração maior vai ser a inibição da síntese protéica) ♡ Sinergismo com beta - lactâmico e vancomicina auxiliando a entrada na parede celular ♡ Efeito pós antibiótico (permite dosagem única mais alta em vez de várias dosagens mais baixas) FARMACOCINÉTICA ♡ Administração e absorção - Absorção oral mínima - Ativos no trato gastrointestinal - Via injetável para infecções sistêmicas - Uso tópico (neomicina) Neomicina: nefrotóxica, não aplicada por via injetável → Neomicina é muito nefrotóxico, então se ela é usada de forma tópica ela não atinge o rim ♡ Distribuição: - Concentração ótima em diversos tecidos - Dificuldade em atingir o líquor e o globo ocular (não atravessa bem a barreira hematoencefálica) ♡ Biotransformação: - Biotranformação mínima ♡ Excreção: - Eliminação renal de forma inalterada Mecanismo de resistência bacteriana: ♡ Modificação enzimática do antibiótico - Enzimas vão ficar no espaço periplasmático da parede celular, inativando o antibiótico (enzimas: fosfotransferases, edeniltransferases e acetiltransferases) ♡ Redução da penetração do antibiótico (modifica o metabolismo energético da membrana e antera o transporte dependente de O2) ♡ Alterar o sítio de ligação no ribossomo (Modificação da subunidade 30S e incapacidade do antibiótico se ligar a esta) Espectro de ação - Geral ♡ Excelente atividade: - Bactérias GRAM - - Staphylococcus spp ♡ Resistentes: - Bactérias anaeróbicas - Bactérias em condição de anaerobiose - Bactérias intracelulares (Brucella sp, e Salmonella sp) Espectro de ação - Específico Estreptomicina: excelente ação contra leptospira sp. e mycobacterium sp . Neomicina: uso tópico excelente contra staphylococcus sp. Tobramicina e Amicacina: boa ação contra pseudomonas sp. Gentamicina: melhor ação contra Gram – Toxicidades: ♡ Os aminoglicosídeos são conhecidos pelo seu potencial, ou seja muito tóxicos ♡ Conhecidos por serem ototóxicos (lesão estruturas da orelha interna), neurotóxicos ( envenena o SNC) e nefrotóxicos (feito sobre a função renal) → Ototoxicidade: acúmulo de antibiótico na endolinfa e perilinfa do ouvido interno →Nefrotoxicidade: acúmulo de antibiótico nas células tubulares proximais → Paralisia neuromuscular: principalmente paralisia respiratória ♡ É BACTERIOSTÁTICO ♡ Principais: tetraciclina, oxitetraciclina, doxiciclina Mecanismo de ação: → Ligação reversível com a subunidade 30S dos ribossomo → Inibem o sítio de ligação de novos RNAt trazendo os aminoácidos, ou seja, não permite a ligação de novos RNAt → Também precisam entrar na célula, mas utilizam um carreador dependente de energia e não de O2 (Não possuem resistência a anaeróbicos, pois não dependem de oxigênio) Características gerais: ♡ Bacteriostáticos ♡ Tempo dependentes (o tempo que mantém o antibiótico vai estar relacionado com a morte daquela bactéria) → Não são 100% seletivos, então eles podem atacar a unidade 40S dos ribossomos eucariontes (quanto maior a dose, maior efeito colateral) →Tendem a se acumular apenas nas células bacterianas, trazendo poucos efeitos FARMACOCINÉTICA ♡ Administração e absorção - Via oral ou parenteral - Alimentos ricos em cálcio diminuem a absorção oral (interação do Ca 2+) (não pode ser administrada com alimentos ricos em cálcio) - Antiácidos também interferem na absorção (principalmente a base de magnésio) - Injeção IM é dolorida ♡ Distribuição: - Doxiciclina é mais lipossolúvel e penetra melhor nos tecidos - Afinidade por fígado, rim, baço, pele e tecidos em calcificação - Não atravessam a barreira hematoencefálica ♡ Biotransformação: - Conjugação e formação de metabólitos ativos no fígado ♡ Excreção: - Eliminação predominantemente renal (exceto Doxiciclina) - São bastante eliminados na bile, porém são reabsorvidos e eliminados pelo rim (Doxiciclina é um bom antibiótico para pacientes nefropatas, pois não terá uma eliminação pelo rim e sim na bile) Mecanismo de resistência bacteriana: ♡ bombas de efluxo (mediadas por ATP e MG +) ♡ proteínas que interferem na ligação da tetraciclina com o ribossomo ♡ inativação enzimática Espectro de ação - Geral ♡ Excelente atividade - Bactéria Gram - - Bactéria Gram + - Mycoplasma sp./ anaplasma sp/ rickettsia sp./ ehrlichia sp. Toxicidade: ♡ Iirritação tecidual: - Via oral: náusea, vômito, diarreia - Via injetável: muita dor ♡ Afinidade pelo cálcio: - Efeito cardiovascular: arritmia - Fêmeas prenhas: deformidade óssea no feto → Hepatotoxicidade: deposição gordurosa → Nefrotoxicidade: necrose tubular aguda ♡ BACTERIOSTÁTICO ♡ Principais eritromicina, azitromicina, claritromicina, espiramicina: Mecanismo de ação: → Ligação irreversível com a subunidade 50S do ribossomo → Vão se ligar ao sítio onde o RNAt se liga, impedindo a fase de transpeptidação e translocação Características gerais: ♡ São bacteriostáticos (em dosagens mais altas podem virar bactericidas) ♡ São tempo dependentes (precisam ficar no local por tempo suficiente para aquela bactéria inativada ser morta pelo sistema imune) ♡ Funcionam melhor em PH alcalino, não sendo bom em ácido, abcessos, tecido necrótico e urina (meios ácidos) ♡ Antagonismo com o cloranfenicol FARMACOCINÉTICA ♡ Administração e absorção - Eritromicina base é destruída no estômago - Todos têm boa absorção oral - Administração injetável pode levar a reações inflamatórias e alérgicas.(evitar) ♡ Distribuição: - Concentração ótima nos pulmões (usados em infecções pulmonares) - Não atravessam a barreira hematoencefálica - Concentração boa nos demais tecidos e líquidos ♡ Biotransformação: - Biotransformação hepática - Eritromicina: desmetilação (metabólico inativo) - Claritromicina: Oxidação e hidrólise (metabólito ativo) ♡ Excreção: - Eliminação predominantemente biliar - Eliminação renal mínima, com exceção da claritromicina Mecanismo de resistência bacteriana: ♡ modificação no sítio de ligação (metilação do sítio receptor) ♡ Menor permeabilidade ao antibiótico e bombas de efluxo Gram - (Antibiótico não consegue penetrar, e quando penetra é jogado para fora) ♡ presença de enzimas que vai quebrar o anel macrocíclico Espectro de ação - Geral ♡ Excelente atividade: - Bactérias Gram + - Anaeróbicas ♡ Resistentes: - Enterobactérias Gram – Espectro de ação - Específico Eritromicina: excelente ação contra campylobacter e mycoplasma sp. Azitromicina e Claritromicina: - Melhor eficácia contra Gram - - Mycobacterium sp./ bartonella sp./ brucella sp./ leptospira sp./ toxoplasma sp. e outras Toxicidade ♡ Gastroenterite: ativação direta de motilidade gastrintestinal (náusea, vômito, diarreia) (tóxicos para o sistema gastrointestinal, principalmente eritromicina) ♡ Hepatotoxicidade: hipersensibilidade ao sais conjugados da estreptomicina e acúmulo da medicação do fígado (insuficiência hepática) ♡ Potencializa toxicidade e outros fármaco:, atuam de uma forma que reduzem a biotransformação hepática ♡ Outros: ototoxicidade, hipersensibilidade e dor local na forma injetável (Muito parecidas com os macrolídeos) ♡ BACTERIOSTÁTICO ♡ Principais: lincomicina e clindamicina Mecanismo de ação: → vai se ligar à subunidade 50S de forma irreversível → se ligam ao sítio de ligação do RNAt impedindo a transpeptidação e translocaçãoCaracterísticas gerais: ♡ São bacteriostáticos e podem ser bactericidas em doses mais altas ♡ Tempo dependentes (o tempo que mantém o antibiótico vai estar relacionado com a morte daquela bactéria) FARMACOCINÉTICA ♡ Administração e absorção - Boa absorção oral ♡ Distribuição: - Boa distribuição nos tecidos - Não atinge bem o LCR ♡ Biotransformação: - Extensa biotransformação hepática ♡ Excreção: - Eliminação predominantemente biliar - Eliminação renal em menor proporção Mecanismo de resistência bacteriana: ♡ Modificação no sítio e ligação ♡ Inatividade enzimática Espectro de ação - Geral ♡ Excelente atividade: - Bactérias Gram + (incluindo SAMR) - Anaeróbicas ♡ Resistentes: - Enterococcus sp. Toxicidade: ♡ Colite ulcerativa: matam a microbiota intestinal e selecionam o clostridium (colite hemorrágica, vômito, diarreia e morte) Principalmente para equinos e roedores, então é bom evitar ♡ Reação cutâneas: alergias e urticária ♡ Acúmulo na doença renal e hepática ♡ Bloqueio neuromuscular e depressão cardíaca ♡ BACTERIOSTÁTICO ♡ Principais: cloranfenicol Mecanismo de ação: → Ligação irreversível com a subunidade 50S → Inibir a ação da enzima que faz a transferência da cadeia de um peptídeo entre um RNAt para o outro, inibe o processo de transferência e não o RNAt (Inibe a ação da peptidil-transferase) Características gerais: ♡ Bacteriostáticos ♡ Tempo dependentes ♡ Antagonismo com macrolídeo (não é boa associação) ♡ Não são 100% seletivos (podem atacar a unidade 40S dos ribossomos eucariotos) FARMACOCINÉTICA ♡ Administração e absorção - Excelente absorção por via oral em monogástricos - Inativado pelas bactérias do rúmen - Pode ser dado por via intravenosa ♡ Distribuição: - Boa distribuição em todos os tecidos - Penetra o sistema nervoso central ♡ Biotransformação: - Biotransformação hepática ♡ Excreção: - Eliminação predominantemente renal Mecanismos de resistência bacteriana: ♡ Inativação enzimática, bactéria começa produzir enzima que vai atacar e destruir o cloranfenicol (principal) ♡ Bomba de efluxo ♡ Mutação do sítio de ligação daquele antibiótico no ribossomo Espectro de ação - Geral ♡ Excelente atividade: - Bactérias Gram + - Bactérias Gram - - Mycoplasma, riquétsia, espiroqueta ♡ Resistentes: - pseudomonas sp. - chlamydia sp. Toxicidade: ♡ Toxicidade na medula óssea: causa anemia aplásica ♡ Anormalidades hematológicas: anemia hemolítica oxidativa ♡ Potencializa toxicidade de outros fármacos: redução da biotransformação hepática ♡ Outros: manifestação digestiva e alérgica Aula 5 ♡ Amplo espectro de ação ♡ Muito utilizadas em conjunto com outros antibióticos Mais usado: Sulfa + Tripemetropima (permite maior espectro de ação e reduz efeito da sulfa, reduzindo efeitos adversos) Quanto mais usados os antibióticos, maiores chances de resistência bacteriana Resistência bacteriana: capacidade da bactéria de resistir a ação de alguns antibióticos ESTRUTURA E CLASSIFICAÇÃO ♡ N1 derivados: Maior número de sulfas clinicamente úteis ♡ N4 derivados ♡ N1 e N4: Sulfas pouco absorvidas, utilizadas no tratamento de infecção do TGI Medicamento pouco absorvidos = agem no TGI, aplicado pela via oral Mecanismo de ação: ♡ BACTERIOSTÁTICA (em concentrações altas é bactericida ou associada a outros medicamentos) ♡ Sulfa é parecida com o PABA → + PABA: bactéria continuar ilesa → + SULFA: bactéria será prejudicada pois não consegue produzir ácido fólico Ácido fólico: importante para produção de DNA, RNA e proteínas PABA: substância essencial para síntese do ácido fólico e síntese de DNA e RNA bacteriano Vias de administração: ♡ VO: em água precisam ser preparadas em sais de sódio, devido a serem pouco solúveis ♡ TÓPICA: - Reações alégicas, retardo na cicatrização - Exceto: sulfadiazina de prata - Secreções reduzem a eficiência (sangue, pus...) ♡ IV: - Sais monossódicos das sulfas - Exceto sulfadimidina e sulfadimetoxina sódica não devem ser aplicadas por nenhuma vida parenteral, devido serem instáveis e altamente alcalinos Via parenteral: injetável (IM, SC, ID e IV) – cai direto na corrente sanguíneas, por isso não precisam ser absorvidas FARMACOCINÉTICA ♡ ABSORÇÃO (exceto sulfas de ação entérica) após administração VO: -Aves - Cães e Gatos - Equinos e Suínos - Ruminantes - Privação de água e estase ruminal retardam absorção - Diarréia e exercício aumentam absorção Sulfas de ação entérica: pouco absorvidas (atuam no TGI) ♡ Absorção tópica: - Útero, glândula mamária (pequena porém suficiente para reações tóxicas) Sulfas de ação entérica, atuam apenas no TGI (não usadas em caso de infecção uriánria, pneumonia... ♡ Ligação de maneira variável com proteínas plasmáticas – ALBUMINA → Ela pode ter uma alta ligação ou uma baixa ligação com as proteínas plasmáticas. Essa variação depende do PKA de cada sulfa PKA ALTO: baixa ligação com proteínas plasmáticas PKA BAIXO: alta ligação com proteínas plasmáticas (se importar caso a sulfa tiver baixo pka, maior chance de intoxicar o paciente) → Caso o paciente estiver com hipoalbuminemia (albumina baixa), teremos que se preocupar caso o PKA estiver baixo (se não tiver albumina, não terá sulfa para se ligar, e o fármaco ficará livre fazendo efeito) . → Porque se o animal estiver com hipoalbuminemia e o PKA estiver baixo, terá sulfa sobrando (porque o medicamento quando está ligado a proteína não faz efeito). = devemos reduzir a dose pois o risco de toxicidade é maior. ♡ Distribuição: Ampla, atravessam a Barreira Hematoencefálica e barreira plasmática. ♡ Biotransaformação: No fígado - Acetilação: metabólito sem atividade microbiana, menos solúvel em água (probabilidade de precipitação nos túbulos renais) - Oxidação: metabólitos responsáveis por reações sistêmica (lesões cutâneas e hipersensibilidade) Metabólito é inativo: para de fazer feito Metabólito ativo: continua fazendo efeito ♡ Eliminação: Renal, pequenas proporções podem ser eliminadas pela saliva, suor e leite EFEITOS TÓXICOS E CONTRAINDICAÇÕES ♡ AGUDA: - Altas doses ou via IV (devido a não ter absorção, cai direto na corrente sanguínea). - Salivação, diarreia, hiperapnéia, excitação, fraqueza muscular e ataxia ♡ CRÔNICA: - Cristalúria sulfonamídica: precipitação das sulfas e seus metabólitos nos túbulos renais - Sintomas: diminuição da micção, dor, hematúria e cristalúria - Prevenção: hidratação, administração de bicabornato, uso combinado de sulfas e evitar tratamento superior a 1 semana. ♡ Contraindicação: animais com alteração de coagulação ♡ Associação sulfa e trimetropim reduz a dose da sulfa = reduz a toxicidade CONTRAINDICAÇÕES: ♡ Abcessos: devido a alta quantidade de ácido fólico livre (reduz a eficácia) ♡ Infecções produzidas por riquétsias: ineficiente e poderá promover seu crescimento ♡ Cães machos em período de reprodução: redução de espermatozoides SULFAS: USO ♡ Amplo espectro de ação - Gram + e algumas Gram – (enterobacteriaceae e Toxoplasma sp.) - Protozoários como Coccidia ♡ Muita resistência ♡ Baixo custo ♡ Administração oral em ruminantes (não alteram flora ruminal) ♡ Mais eficazes no início da doença ♡ Grandes quantidades de debris não respondem bem RESISTÊNCIA BACTERIANA TRIMETOPRIMA E OUTROS INIBIDORES DA REDUTASE ♡ Utilizada com associação às sulfas (possibilidade de curar diversas infecções) ♡Menor incidência de resistência bacteriana ♡ Associação de sulfa e trimetoprima: BACTERICIDA, amplo espectro de ação (GRAM + E -) ♡ Principais usos: respiratório, digestório e urinário ♡ Maior meia vida (age por mais tempo) ♡ Associada a sulfafimetoxina: sulfa de ação lenta, não produzida no país (não utilizadaO ♡ Associado a sulfadimidina (não disponível no pais) ♡ Vantagens sobre a trimetropim em ruminantes: - Maior meia vida - Não é degradado pela microflora ruminal ♡ Amplamente empregada em Medicina Veterinária ♡ Quinolonas 1ª geração: não usado devido a resistência - Eficientes contra a maioria das Enterobacteriaceae – infecções urinárias - Não apresenta atividade contra Pseudomonas aeruginosa, anaeróbicos e bactérias GRAM - ♡ Quinolonas 2ª geração: fluorquinolonas (mais usadas) - Enrofloxacino, Orbifloxacino, Difloxacino, Marbofloxacino, Norfloxacino, Ciprofloxacino, Ofloxacino - Ação: Enterobacteriaceae, Pseudomonas aeruginosa e cipro e oxofloxanico (Chlamydia sp., Mycoplasma sp., Legionella sp.) MAIS USADOS: ♡ Enrofloxacina ♡ Norfloxacino ♡ Ciprofloxacino ♡ Pradofloxacino (4ª geração desenvolvido para vet) Atividade contra cocos GRAM + e bactérias anaeróbicas Mecanismo de ação: ♡ BACTERICIDAS ♡ Inibe a DNA girasse (não deixa o DNA girar), impedindo o enrolamento da hélice de DNA. ♡ O uso de Cloranfenicol (inibidor da síntese protéica) e Rafamicina (inibidor da síntese de DNA), efeito antagônico (não podem ser associados) FARMACOCINÉTICA ♡ VO: rapidamente absorvida (Sucralfato, antiácidos, ferro, cálcio, interferem na absorção por via oral) ♡ Amplo volume de distribuição, baixa ligação com as proteínas plasmáticas (não importa muito se o animal está com hiper ou hipoalbuminemia quanto as sulfas, pois há baixa ligação com as proteínas plasmáticas) ♡ Fluorquinolonas: - Biotransformação parcial - Excreção: urina e bile (altas concentrações ativas) EFEITOS TÓXICOS ♡ Bem toleradas ♡ Pode causar danos na cartilagem articular (cuidado com animais jovens) ♡ Podem causar efeitos teratogênicos: não utilizar em animais prenhe ♡ Cristalúria e urina alcalina uso prolongado - Hidratação e acidificação da urina ♡ Excreção renal: Cuidar em IR (insuficiência renal) ♡ Felinos: degeneração da retina (enrofloxacina) - Usa no máximo 5mh/kg ♡ Cães tratados há mais de 3 meses: alteração da espermatogênese e atrofia testicular INTERAÇÃO MEDICAMENTOSA ♡ Reduzem o metabolismo hepático pela inibição do sistema microssomal P-450, o que pode levar a toxicidade grave Caso use algum medicamento junto com uma quinolona, que precisa ser metabolizado pela p- 450, pode haver toxicidade (AINEs e antiácidos) SULFAS: USO CLÍNICO ♡ Amplo espectro de ação: - GRAM + - GRAM – ♡ Capacidade de adentrar leucócitos: efetivas em patógenos intracelulares (Mycoplasma e Brucella) ♡ Infecções do Sistema Urinário - Pseudomonas aeruginosa ♡ Prostatite ♡ Gatroenterite Bacteriana grave ♡ Pneumonia causada por Gram – ♡ Otite ♡ Infecções dérmicas ♡ Osteomielite por Gram – ♡ Meningoencefalite bacteriana ♡ Endocardite estafilocócica RESISTÊNCIA BACTERIANA ♡ Fluorquinolonas: resistência com baixa frequência Uso indiscriminado ♡ Mutação do gene que codifica o DNA girasse e topoisomerase: reduz afinidade ♡ Alteração da permeabilidade na célula bacteriana ♡ Aumento do efluxo do fármaco DERIVADOS NITROFURÂNICOS (Proibidos em animais de produção devido possuírem atividades cancerígenas) ♡ Nitrofurantoína ♡ Furazolidona ♡ Nitrofurazona (mais utilizada) ♡ Amplo espectro de ação: - Gram – - Gram + - Alguns protozoários e fungos ♡ Dependendo da concentração: bactericida ou bacteriostático ♡ Resistencia bacteriana: rara (devido a serem pouco utilizados pois contém efeitos tóxicos frequentes) ♡ Efeitos tóxicos frequentes: - Trombocitopenia - Anemia - Redução da coagulação - Anorexia, êmese ♡ Atividade antimicrobiana reduzida na presença de pus, sangue e leite ♡ Mecanismo de ação: sugere-se danos no DNA bacteriano ♡ Tratamento de infecções do Sistema urinário de cães (Não é antibiótico de primeira escolha nesses casos) ♡ VO rapidamente absorvida ♡ Biotranformação principalmente hepática ♡ Atravessa a BHE e BP: Contraindicado em prenhez ♡ Rapidamente excretado pelos rins : CI em nefropatas ♡ Efeitos colaterais: vômito, reações de hipersensibilidade, fraqueza Pouco utilizada por conter efeitos tóxicos frequentes, por isso a resistência bacteriana é rara (não é muito utilizado) ♡ Infecções do Sistema Digestório: - Salmonella - Shigella - Vibriam cholerae - Staphylococcus - Streptococccus - E. coli ♡ Vômito, diarreia e anorexia raros ♡ Nitrofural ♡ Uso tópico (pomada) ♡ Tratamento de queimaduras ♡ Enxertos ♡ Efeitos adversos raros: dermatite alérgica de contato ♡ Reduz efeitos com a presença de pus, sangue... ♡ Espectro de ação • Bactérias anaeróbicas: - Clostridium - Fusobacterium - Peptococcus, Peptotreptococcus - Bacterióides • Protozoários - Giardia - Trichomonas - Entamoeba hystolytica ♡ IV ♡ VO: em monogástricos ♡ Ampla distribuição: atravessa a BHE e BP ♡ Poder mutagênico: Contraindicado em animais prenhes ♡ Biotransformação hepática ♡ Excreção: grande parte inalterada pela urina ♡ Efeitos colaterais raros VO: - Ataxia - Convulsão - Neutopatia periférica - Neutropenia - Hematúria
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