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Antibióticos o As bactérias são seres vivos unicelulares e procariontes (não possuem membrana nuclear envolvendo seu material genético). o Coloração do Gram: Utilizado para diferenciar espécies bacterianas ▪ Gram Positivas: Cor azul-arroxeada (após processo de descoloração). ▪ Gram Negativas: Róseo-avermelhado. o Importante saber se a bactéria é positiva ou negativa, auxiliando a análise da eficácia dos fármacos que devem ser utilizados para eliminar ou controlar a infecção. o Bactérias são mais antigas que humanos. o Bactérias Gram +: Tem uma parede celular mais espessa, mais rígida, rica em peptídeoglicanos e rica em ácidos teicoicos. o Bactérias Gram -: Parede celular mais fina, mais flexível, menos peptídeoglicanos e sem ácidos teicoicos. o Mas de 50% dos antibióticos são prescritas de forma inadequada, sendo que essa falta de critério facilita um movimento de resistência por parte das bactérias (ex: H. pylori) Os países em desenvolvimento são os que mais prescrevem errado por falta de infraestrutura. o São 93 tipos de antibiótico registrado no Brasil. o OMS considera atualmente a resistência aos antibióticos “uma das maiores ameaças à Saúde Pública”. o Além de conhecer as drogas, é necessário compreender e utilizar princípios básicos e essências de farmacocinética e farmacodinâmica no planejamento e execução da terapia antimicrobiana. o Primeiro antibiótico: Penicilina (desenvolveu essa pesquisa em 1928). Placas com culturas de estafilococos com fungos. Halo transparente em torno do mofo contaminante. Produção de fungo de uma substancia bactericida. o Antimicrobianos: Antibacterianos, Antifúngicos e Antiparasitários. o Antibacteriano: São substancias naturais, semissintéticas ou sintéticas que eliminam (bactericidas) ou inibem o crescimento (bacteriostáticos) de bactéria. Podem ser produzidos por outros MO. Tratamento o Tratamento Empírico: O uso inicial do antibiótico se baseia nos agentes mais prevalentes naquele tipo de doença, sendo indicado quando a identificação do MO ainda não foi realizada. Deve ser fundamentado em danos epidemiológicos, potencial patogênico e padrão da suscetibilidade bacteriana. o Tratamento Específico: Realizado mediante identificação da bactéria por meio de teste laboratorial (cultura e antibiograma). Apesar de ser considerada ideal, a técnica de identificação por vezes não é capaz de detectar os agentes patológicos envolvidos. Profilaxia o Controvérsia: Benefício do uso do antibiótico superando o risco associado. Prevenir uma infecção para que ele não venha apresentar a infecção, porém, a desvantagem é o surgimento de cepas com suscetibilidade diminuída ou resistente. o Usa-se tratamento para cirurgias contaminadas, faz o uso antes da cirurgia para prevenir o risco (colorretal, apendicectomia, gastroduodenal, cirurgia cardíaca, neurológica e em pacientes imunocomprometido) ▪ Nesses casos a Cefazolina (seguida de Amoxicilina) – agentes profiláticos de escolha. o Profilaxia não cirúrgica: pacientes com predisposição temporária a infecções (em tratamento com antineoplásicos, imunossupressores ou uso crônico de corticóide). o Bacteriostáticos x Bactericidas: Alguns agentes bacteriostáticos podem ser bactericidas, dependendo do patógeno em questão, da dose, da concentração do fármaco no local de infecção. Em situações em que o sistema imune do paciente esteja comprometido, os agentes bactericidas devem ser preferidos aos bacteriostáticos. Geralmente a dose do bactericida é maior. Fatores Farmacodinâmicos o Concentração Inibitória Mínima (CIM): Corresponde à menor concentração do fármaco capaz de inibir a multiplicação de cepas de bactérias (ação bacteriostática). ▪ CIM são esquemas posológicos factíveis (reais) e não tóxicos. ▪ CIM pode apresentar variações em decorrência da prevalência do uso dos antimicrobianos em diferentes instituições e áreas geográficas. o Concentração Bactericida Mínima (CBM): Corresponde à menor concentração do fármaco, in vitro, capaz de destruir culturas de bactérias (ação bactericida). ▪ CIMs são menores que CBMs o Padrão de susceptibilidade “in vitro”: espera-se que se correlacione com a resposta clínica “in vivo”. Porém há casos de dissociação: ▪ Concentrações teciduais superiores às observadas no teste in vitro ▪ Redução da biodisponibilidade a chegada do fármaco ao sítio de infecção, como a barreira hematoencefálica, abscessos, entre outros. o Em alguns casos, a necessidade de um aumento nas concentrações para a ação antibacteriana impossibilita seu uso clínico (aumenta toxicidade) do fármaco ao paciente, necessitando trocar de fármaco. Mecanismo de Ação o Inibição da Síntese de Parede Celular (beta-lactâmicos, glicopreptídeos e fosfomicina). o Inibição da Síntese Protéica (macrolídeos, lincosaminas, tetraciclinas, glicilciclinas, aminoglicosídeos, estreptograminas, oxazolidinonas, cloranfenicol). o Inibição da Replicação de DNA – afetam o metabolismo dos ácidos nucléicos (rifampicinas, fluorquinolonas, nitroimidazóis e nitrofuranos). o Lesão da membrana celular – aumentando a permeabilidade (polimixinas, daptomicinas). o Inibição da Síntese de Metabólitos – antimetabólitos (sulfonamidas). o Efeito da Penicilina: Beta-lactâmicos; age destruindo a parede celular. o Atividade concentração-dependente e tempo-dependente: Os antibacterianos podem ser classificados utilizando parâmetros de farmacocinética (Pk) e farmacodinâmica (Pd) – visam melhorar a eficácia terapêutica antimicrobiana e evitar a seleção de capas de bactérias resistentes. o Fármacos Concentração-Dependente: aminoglicosídeos, fluoroquinolonas e polimixinas – quando maior a concentração plasmática acima da concentração inibitória mínima (CIM), maior a taxa de erradicação bacteriana (precisa aumentar a dose para erradicar. o Fármacos Tempo-Dependente: beta-lactâmicos, macrolídeos e tetraciclinas. A eficácia é o tempo em que a concentração plasmática fica acima do CIM (nesses casos, aumentos significativos dos níveis séricos, não promove maior atividade microbiana e sim, o tempo que ele permanece acima). o Têm-se os glicopeptídeo que são os fármacos de característica mista, quanto a concentração-dependente quando o tempo-dependente. o Efeitos Pós-Antibióticos: Pode ocorrer com Aminoglicosídeos e Fluoroquinolonas. São antibióticos concentração-dependente, com alta relação concentração máxima tecidual (Cmax/CIM), mas que inibem a multiplicação bacteriana mesmo após a queda de concentração plasmática em níveis abaixo de efeito pós-antibiótico. Fatores Farmacocinéticos o Relacionados aos fármacos, relacionados ao paciente e relacionados à infecção. o Terapia antibacteriana bem sucedida: boa atividade antimicrobiana sem toxicidade significativa para o paciente. o Fatores relacionados ao Fármaco: forma farmacêutica e concentração. Dose apropriada. Via de administração; Intervalo de administração ideal, o tempo de tratamento, a distribuição (chegada do fármaco ao local de ação) e a excreção (eliminação renal). o Fatores Relacionados ao paciente: idade, gestação, sistema imune, células fagocíticas, insuficiência hepática ou renal, gravidade e característica da infecção, endocardite bacteriana (células fagocíticas são eliminadas no local). Origem da infecção (hospitalar ou comunitária), uso prévio de antibióticos, condição econômica do paciente (custo). o Fatores Relacionados ao local da infecção: Presença de pus (fagócitos, restos de fibrina e proteína ligam-se aos aminoglicosídeos e reduzem a atividade antimicrobiana destes). Hematomas infectados (acúmulo de Hb que se liga às penicilinas, podendo reduzir a eficácia) e abscessos (pH baixo diminui a atividade dos fármacos. o Resistência Bacteriana: Aqueles capazes de se multiplicar, mesmo em condições terapêutica aquele antibiótico. A resistência ocorre, principalmente, emvirtude do surgimento de mutações que conferem às bactérias proteção contra os antibióticos. ▪ Primária ou Intrínseca: As bactérias são naturalmente resistentes, aos antimicrobianos. Ex: Mycoplasma pneumoniae (não tem parede celular, portanto é naturalmente resistente aos beta-lactâmicos) ▪ Secundária ou Adquirida: Desenvolvimento de novos mecanismos de defesa por parte do MO perante a exposição continuada com o antibiótico, ou seja, conseguiu formar uma maneira de “driblar” um antibiótico. o Plasmídeo: São estruturas intracelulares que possuem DNA extra, e por possuir o seu próprio DNA, o plasmídeo contém genes relacionados com a resistência aos antibióticos, garantindo a sobrevivência da bactéria. o Mecanismo de Resistência aos Antibióticos: Inativação ou modificação enzimática. Alteração do local-alvo ou receptor de ligação (aumento destes). Alteração da permeabilidade capilar. Desenvolvimento de uma via alternativa à inibida (precisa de uma via metabólica que ta sendo inibida pelo antibiótico, então ela desenvolve outra via) e Bomba de efluxo. Grupos Farmacológicos o Beta-Lactâmicos: Penicilinas, Cefalosporina, Carbapenêmicos, Monobactâmicos. ▪ Penicilinas: Primeiros antibióticos naturais a serem descobertos. As penicilinas são bactericidas e poucos tóxicas (alvo de ação é a parede celular, que não está presente nas células de mamíferos). Mais especificamente, beta- lactâmicos inibem a última etapa da síntese de peptidoglicano, um componente responsável pela rigidez da parede celular. Também se ligam às proteínas, resultando em bacteriólise. A resistência bacteriana ocorre por: diminuição da penetração (bactérias Gram- que é resistência natural), bomba de efluxo, modificação do alvo de ação e, principalmente, inativação do fármaco do beta-lactamases. Penicilina G: tratamento de infecções causadas por estreptococos, meningococos, enterococos, pneumococos e estafilococos não produzem de beta-lactamases. Também tem ação contra espiroquetas, bastonetes Gram+ e MO anaeróbicos Penicilinas semissintéticas (resistente às beta-lactamases) como a Oxacilina – indicadas para infecções estafilocócias graves ou causadas por cepas resistentes. Penicilinas de amplo-espectro (Ampicilina e Amoxicilina) – maior atividade contra bactérias Gram – em vista da melhor penetração na parede celular. Penicilinas: são rapidamente distribuídas após a administração parenteral. E por via oral apresentam boa distribuição nos fluidos corporais e ósseos,não atravessam BHE, atravessam a barreira placentária. ✓ Benzilpenicilinas: Penicilinas naturais ou Penicilinas G (uso parenteral) que é o benzetacil. ✓ Fenoximetilpenicilina: Penicilina V (espectro de ação inferior à anterior, mas pode ser administrada Via Oral) ✓ Ampicilina e Amoxicilina: Penicilinas de amplo espectro (desenvolvimento para ampliar a cobertura contra bacilos Gram -) ✓ Oxacilina, Nafcilina, Metilcilina: Penicilinas resistentes (beta- lactamases). ✓ Carbenicilina, Ticarcilina, Mezlocilina, Piperacilina: Penicilina antipseudomonas. o Principais reações adversas: Reações de hipersensibilidade (variam de erupções cutâneas até choque anafilático). o O uso de antibióticos via oral, de uma forma geral, destrói a flora intestinal. (disbiose). o Cefalosporina: Semelhantes às penicilinas (porém menos susceptíveis pelas beta- lactamases, mas ainda assim isso tem se tornado um problema). Ativam também inibindo à síntese da parece celular. ▪ Atravessam a placenta e são encontradas em concentrações adequadas nos líquidos sinovial e pericárdico. Assim como as penicilinas, são excretadas principalmente pelos rins. ▪ Classificadas em gerações: (com base na atividade antimicrobiana) ✓ 1ª geração: Cefazolina, Cefalotina, Cefalexina, Cefadroxila (apresentam atividade predominamente contra cocos Gram +, incluindo Staphylococcus aureus, S. pyogenes e S. agalactiae. ✓ 2ª Geração: Cefoxitina, Cefuroxima, Cefaclor. (não apresentam vantagens com relação às de 1ª geração diante de Gram +, mas são mais ativas contra Gram- e têm boa atividade contra Haemophilus influenzae. ✓ 3ª Geração: Cefotaxima, Ceftriaxona, Ceftazidima (espectro de ação maior contra Gram- atravessam a BHE, podendo ser utilizadas no tratamento de meningites, são muito utilizadas em infecções hospitalares graves, têm administração parenteral, e, em geral, são mais ativas que as de 1ª e 2ª gerações contra Gram+. As Cefotaxima e a Ceftriaxona são os beta-lactâmicos mais ativos e eficazes contra Streptococcus pneumoniae – principal agente comunitário de infecções respiratórias. ✓ 4ª Geração: Cefepime. Muito ativa contra Gram +, incluindo S. pneumoniae, atividade contra pseudômonas aeruginosa (assim como a Cefotazidima. o Carbapenêmicos: Imipenem, Meropenem e Ertapenem. Têm o mesmo mecanismo de ação das Penicilinas e Cefalosporinas (inibem a síntese da parece celular). São beta- lactâmicos de largo espectro de ação, que, por serem resistente às beta-lactamases, devem ser utilizados exclusivamente em infecções por MO resistentes aos demais beta-lactâmicos, sendo restritos ao uso hospitalar. ▪ Meropenem: Mais ativo contra bactérias Gram-. (IV= 0,25 a 0,5g. 50 a 75mg/kg/dia 6 a 8h) ▪ Imipenem: Apresenta atividade superior contra Gram +. (IV= 0,5 a 1g = 60 a 120mg/kg/dia de 8h) Não são absorvidos por via oral, devendo ser administrados por via intravenosa ou intramuscular. Excreção predominamente renal. o Monobactâmicos: Aztreonam = único representante desse grupo disponível no Brasil. ▪ Contem uma ação bactericida / atua também interferindo na síntese da parece celular. ▪ Espectro de ação restrito a Gram- aeróbios, podendo ser utilizado em substituição aos Aminoglicosídeos ou à Penicilina em paciente alérgicos. Resistente a muitas das beta-lactamases produzidas por bactérias Gram-, com exceção das associadas a Klebsiella pneumoniae produtora de carbapenemases. ▪ Exclusivo por via parenteral (EV ou IM), mas a administração em intervalos frequentes impede o emprego ambulatorial. Boa distribuição tecidual e penetra na maior parte dos tecidos e líquidos orgânicos, incluindo ossos, próstata, pulmão, secreção traqueal, SNC e TGI. ▪ Aztreonam: IV= 2h de 6 a 8h o Glicopeptídeos: Vancomicina e Teicoplanina. Apresentam mecanismo de ação múltiplo: inibição da síntese de peptidoglicano, alteração da permeabilidade da membrana citoplasmática, interferência na síntese de RNA ▪ Espectro de ação: limitado a Gram + (aeróbicos e anaeróbicos). ▪ Principal indicação: tratamento das infecções nasocomiais, causas por S. aereus resistentes (aos beta-lactâmicos). ▪ Boa administração, inclusive no líquor quando na presença de meningite. A eliminação é 90% renal. ▪ 10% causam flebite no local de aplicação, calafrios e náuseas ▪ É recomendado evitar ao máximo o uso empírico e indiscriminado desses antibióticos para impedir o desenvolvimento de resistência bacteriana, exceto em casos graves, como na meningite ou sepse em imunodeprimidos. o Fosfomicina: Nova classe de antibióticos. Amplo espectro e baixa toxicidade, que inibe a síntese de parede celular. ▪ Também é capaz de reduzir a aderência bacteriana às células uroepiteliais . ▪ Indicada para o tratamento de infecções do Trato urinário, princiapalmente cistite aguda. ▪ Uma dose oral (3kg) ▪ As concentrações de fosfomicina na urina permanecem em níveis elevados por mais de 48h. Sua utilização é segura durante a gravidez. o Polimixinas: Dois fármacos: polimixinas B e E. ▪ Mais efeitos adversos. ▪ Aparecimento de bactérias Gram- multirresistente (em UTI). ▪ Ação: Interagem com a molécula de polissacarídeo da membrana celular das bactérias Gram-, retirando Ca++ e o Mg+ necessários para a estabilidade. Ocorre aumento de permeabilidade da membrana celular com rápida perda de conteúdo celular e morte da bactéria. ▪Ação bactericida potente contra: Pseudomonas, Acinetobacter, Enterobactérias. ▪ São utilizadas IV, IM, via tópica (tratamento de infecções oftálmicas, otológicas e cutâneas) e VO sem serem absorvidas (tratamento de infecções gastrointestinais para efeito local) ▪ Excretadas por filtração glomerular. o Lipopeptídeos: Daptomicina – é um antimicrobiano lipopeptídeo cíclico. ▪ Mecanismo de ação: ligação à membrana celular, com despolarização e perda do potencial de membrana (morte bacteriana). Sua atividade é concentração- independente. ▪ Espectro de ação: semelhante ao da vancomicina (contra Gram+, tais como estreptococos beta-hemolítico, S. aereus e enterococcos). ▪ Exclusivamente IV, uma única aplicação por dia. ▪ Eliminação predominamente por via renal. ▪ Indicada para o tratamento de infecções complicadas de pele e de tecidos moles, e na dose de 6mg/kg/dia para bacteremia complicada e endocardite localizada no lado direito. ▪ A principal toxicidade da daptomicina consiste em leão do sistema musculoesquelético. o Macrolídeos: Azitromicina, Claritromicina, Eritromicina, Espiramicina, Miocamícina e Roxitromicina. ▪ Mecanismo de ação: Inibição da síntese protéica por meio de ligação ao ribossomo. ▪ Uteis no tratamento de diversas infecções, pois têm boa margem de segurança com boa eficácia clínica. ▪ Alternativa em pacientes que tem hipersensibilidade a penicilina. ▪ + comum: resistência à Eritromicina. ▪ Apresentam ampla distribuição no organismo, exceto no líquor, atravessa BHE e placentária, alcançando concentrações elevadas dentro das células. De maneira geral, os macrolídeos se concentram no fígado, onde parcialmente são metabolizados. A excreção se da pela bile. ▪ A eritromicina pode provocar hepatotoxicidade em conjunto com Claritromicina, também pode provocar arritmias cardíacas. ▪ A Eritromicina e Claritromicina têm interações medicamentosas. o Lincosaminas: É um grupo dos antimicrobianos relacionados com os macrolídeos e representado pela Clindamicina. ▪ Inibe a síntese protéica nos ribossomos. Ativa contra Staphylococcus e Streptococcus pyogenes, e suas principais indicações clínicas são as infecções necrosantes e toxigenicas bacterianas. ▪ Pode ser administrada por VO, IV ou Tópica. A absorção intestinal boa. Atravessa placenta, alcança o feto, não atravessa BHE, mas alcança concentrações adequadas para toxoplasmose e pneumocitose. Excreção por via biliar e um pouco renal. ▪ Efeito adverso: diarréia. Pode desenvolver colite pseudomembranosa, causada pelos Clostridium difficile. o Tetraciclinas e Glicilciclinas: Doxiciclina e Minociclina ▪ Mecanismo de ação: ligam-se ao ribossomo bacteriano, bloqueando a ligação do RNA transportador e a síntese protéica bacteriana. ▪ São bacteriostáticos de amplo espectro de ação: muito uso discriminado. ▪ Doxiciclina e Minociclina: menor resistência ▪ Absorção oral – variável e prejudicada pela ingestão de alimentos. Atravessam a barreira placentária e são excretados pelo leite materno, eliminação ocorre pela urina e fezes. ▪ Efeitos adversos: podem produzir arritmias, efeitos tóxicos em células hepáticas e renais. o Aminoglicosídeos: Estreptomicina, Gentamicina, Tobramicina e Amicacina. ▪ Inibem a síntese protéica bacteriana (ou produzem proteínas defeituosas), exercendo ação bactericida. O transporte de aminoglicosídeos pela membrana plasmática depende de O2. ▪ Ativa contra bacilos Gram- e apresenta pouca atividade contra cocos Gram+. Administração parenteral, oftálmica e tópica, sendo utilizados em fármacos que inibem a síntese de parede celular. ▪ A inativação do fármaco é o mecanismo de resistência mais comum, ocorrendo principalmente entre espécies de Enterococcus. ▪ Pouco absorvidos pelo TGI, sendo administrado IV ou IM, distribui-se bem no líquido extracelular, e o intracelular é pequena, por necessitarem de transporte ativo para sua absorção. ▪ Atravessa a barreira placentária, mas não a BHE. ▪ Eliminados quase totalmente por filtração glomerular. ▪ Um dos maiores problemas é a nefrotoxicidade, embora reversível, é relativamente comum, outro efeito adversos é a ototoxicidade e é irreversível. ▪ Esquemas posológicos em dose únicos ou espaçadas se beneficiam da propriedade concentração-dependente dos aminoglicosídeos. o Cloranfenicol: Liga-se ao ribossomo bacteriano, interferindo na formação de peptídeo, pelo bloqueio de enzima peptidil-transferase, tendo efeito bacteriostático. Pode ser bactericida contra algumas espécies. Ex: S. pneumoniae. ▪ O desenvolvimento de novos fármacos mais efetivos e menos tóxicos restringiu seu uso. É indicado apenas em pacientes graves, em situações especificar como nas infecções por enterococos. ▪ Penetra na maioria dos fluídos orgânicos. É bastante utilizado por via tópica no tratamento das infecções oculares, em razão de seu amplo espectro e sua boa penetração nos tecidos e no humor aquoso. ▪ Atravessa a barreira placentária é encontrada no leite. Por isso, seu uso deve ser evitado. ▪ Conjugação no fígado e excreção renal. ▪ Toxicidade hematológica com supressão de medula óssea com anemia, granulocitopenia. Essas alterações são dose tempos-dependentes, reversíveis com a suspensão do fármaco. ▪ Em recém nascidos, a “síndrome do bebe cinzento” caracterizado por vômitos, cianose, hiportemia e morte, se inicia a 3 ou 4 dias do tratamento. o Estreptograminas: Quinupristina e Dalfoprostina. ▪ Mecanismo de ação: Inibição da síntese protéica bacteriana por meio da ligação a vários sítios dos ribossomos, formando um complexo quinupristina- ribossomo-dalfopristina. ▪ A quinupristina atua inibindo o alojamento da cadeia peptídica por meio da inibição de translocação do RNAm durante o processo de alongamento da cadeia péptica. Já a dalfopristina interfere com a enzima peptidil-transferase. Ambos os compostos inibem a formação de pontes peptídicas, levando à formação de cadeias protéicas incompletas. ▪ Ativas contra Gram+. ▪ Apenas uso IV, alta ligação de proteínas e macrófagos. Não atravessa a BHE e placentária. A metabolização é principalmente fígado. ▪ É recomendado em pacientes com insuficiência hepática o Oxazolidinonas: Linezolida ▪ Mecanismo de ação: inibe a síntese protéica bacteriana (porém em etapa distinta de outros antibióticos) ▪ Ativa principalmente contra bactérias Gram +, sendo bactericida por estreptococos e bacteriostática para estafilococos e enterococos. ▪ Reservar para tratamento resistente a múltiplos fármacos. ▪ Efeitos adversos: diarréia, náuseas e cefaleia. o Fluoroquinolonas: Antibióticos de amplo espectro de ação - Ciprofloxacin, Levofloxacin, Norfloxacin. ▪ Mecanismo de ação: inibem a atividade do DNA girase e da topoisomerase IV, enzimas essenciais à sobrevivência bacteriana. ▪ Bactericidas contra a maioria dos MO Gram+ e Gram- aeróbicos. ▪ Tratamento de infecções respiratórias, TGI, geniturinárias, ósseas e tecidos moles. ▪ Administrada por via oral, distribuindo amplamente nos líquidos corporais. Excreção por via renal. ▪ Efeitos adversos: Náuseas, Vômitos e diarréia. Contra-indicado em pacientes menores de 18 anos, e grávidas. o Rifamicinas: Rifampicina ▪ Mecanismo de Ação: Liga-se à enzima RNA-polimerase. Inibindo a síntese de RNA da bactéria (efeito bactericida). ▪ Tratamento de tuberculose, infecções meningocócicas. ▪ Boa absorção oral, ampla distribuição nos tecidos e líquidos corporais, incluindo líquor. Eliminação renal e biliar. ▪ Indução hepáticas metabolizadoras de diversos fármacos (aumenta degradação de varfarina, corticóides, analgésicos opióides). ▪ Aumenta a indução enzimática com Atazanavir, Darunavir (com perda da eficácia) o Nitroimidazóis: Metronidazol ▪ Mecanismo de ação: Inibe a síntese de ácidos nucléica por meio da destruição do DNA. ▪ Tratamento paradoença intestinal e vaginite. ▪ Boa absorção e distribuição nos tecidos após a administração oral e IV, sendo capaz de alcançar concentrações semelhantes à do soro no líquor A eliminação por via renal. ▪ Efeitos adversos: náuseas, diarréia, estomatite, “gosto metálico na boca”. Não pode usar álcool. ▪ Neurotoxicidade. o Sulfonamidas: Sulfassalazina, Sulfametoxazol, Sulfadiazina. ▪ Ação bacteriostática, antagonista competitivo com o ácido p-aminobenzoico. ▪ Inibem Gram + e Gram -: mais utilizados no tratamento de infecções no trato urinário, respiratório e prostatite. ▪ Administração via oral, ampla distribuição nos líquidos corporais e tecidos, sendo capazes de atravessar a BHE e placentária. Excretadas pela urina. ▪ Sulfametaxazol: combinação sinérgica com ação bactericida. ▪ Sulfassalazina: Não tem absorção oral. Tratamento de colite ulcerativo e enterites. o Terapia com Antibióticos Combinados: ▪ Vantagens: Cobertura de amplo espectro. Diminuição das doses e toxicidade. Retardamento do surgimento de resistência. ▪ Desvantagem: Aumento do custo. Uso de fármacos desnecessários. o Uso incorreto do fármaco: infecções não responsivas, erros de posologia ou na escolha do fármaco.
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