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LITÍASE URINÁRIA ALUNO: SELIEL ASSUNÇÃO RIBEIRO CAXIAS -MA 2021 UROLOGIA PROF. DR. LUIS DOMINGOS RAMOS COSTA PRIMEIRA NOTA ATIVIDADE 3/4 INTRODUÇÃO Litíase urinária, cálculos urinários, ou urolitíase - é uma doença que se deve à formação de cálculos, vulgarmente denominados “pedras”, no aparelho urinário. Os cálculos urinários são estruturas sólidas que resultam da aglomeração de cristais. Estes, por sua vez, formam-se devido a uma alteração metabólica (bioquímica) crônica do organismo que determina uma aumento da excreção urinária de substâncias promotoras da formação de cálculos, como o cálcio, o ácido úrico, o oxalato e o fosfato e/ou uma diminuição da excreção de substâncias inibidores da cristalização (por exemplo o citrato e magnésio). As alterações metabólicas mais frequentes que podem criar condições para a formação de cálculos são o aumento da excreção urinária de cálcio (hipercalciúria), ácido úrico (hiperuricosúria) e oxalato (hiperoxalúria), bem como a diminuição da excreção urinária de citrato (hipocitratúria) e, menos frequentemente, de magnésio (hipomagnesiúria). EPIDEMIOLOGIA A prevalência da doença calculosa renal é elevada, variando de 2 a 15% em todo o mundo. Nos Estados Unidos, é de 7 e 12% da população, na Europa, de 2 a 8%. Essa patologia ocorre mais comumente em homens (2:1) com idade entre 20 e 40 anos, mas pode também afetar indivíduos de qualquer idade, e os cálculos associados à infecção do trato urinário são mais frequentes em mulheres. Existe marcada diferença racial, sendo quatro vezes mais comum em pessoas brancas. A relação familiar dessa doença é nítida, comprometendo entre 40 a 60% dos familiares de primeiro grau. A recorrência da litíase renal é frequente. Cerca de 50% dos pacientes apresentam um segundo episódio após dez anos do primeiro se não forem submetidos a nenhum tipo de tratamento. FISIOPATOLOGIA Os cálculos urinários são concreções formadas por agregação de cristais e matriz orgânica no trato urinário. Em geral, a formação ocorre inicialmente nas papilas renais, mas pode originar-se em qualquer parte do sistema urinário. A formação dos cálculos urinários é o resultado de um processo complexo e multifatorial, evidenciando fatores constitucionais, ambientais e genéticos. Placas de Randall, são constituídas de apatita (fosfato de cálcio), formadas nas adjacências das alças finas de Henle, abaixo do epitélio das papilas renais. Alterações bioquímicas da urina (distúrbios metabólicos), infecção urinária, anormalidades anatômicas e idiopática. Figura: Cálculos retirados da bexiga de um paciente com hiperplasia de próstata e obstrução uretral. Nota-se que os cálculos são arredondados pelo movimento circular da bexiga e perda das espículas de cristais. DIAGNÓSTICO Os principais sinais e sintomas apresentados por pacientes com a passagem de cálculo pelo trato urinário são os seguintes: •Dor de forte intensidade •Irradiação da dor para fossa ilíaca do mesmo lado •Sudorese •Palidez •Náuseas e vômitos •Hematúria •Obstrução urinária Quando o cálculo renal está próximo da junção ureteropélvica, podem ocorrer sintomas que sugerem a ocorrência de infecção urinária, como disúria, urgência para urinar e polaciúria. Os pacientes podem ser assintomáticos DIAGNÓSTICO Diagnóstico diferencial - deve incluir pielonefrite aguda, cólica biliar, pancreatite aguda, apendicite aguda, úlcera péptica penetrada ou perfurada, cisto de ovário roto, diverticulite aguda, gravidez ectópica e dor lombar aguda secundária a problemas musculoesqueléticos. Avaliação laboratorial: Amostra isolada de urina - coletar após 12 horas de jejum (segunda micção), pela manhã, para a realização dos seguintes exames: exame de urina (urina tipo I), urocultura, pH urinário no potenciômetro e teste qualitativo para cistinúria. Urina de 24 horas - duas amostras em dias não consecutivos, sob dieta habitual, para análise de cálcio, ácido úrico, creatinina, sódio, citrato, oxalato, magnésio e fosfato. Sangue – taxas de cálcio, ácido úrico, fósforo, creatinina, potássio, bicarbonato, paratormônio molécula intacta (PTHi) e glicose. DIAGNÓSTICO Exames de imagem: Raio X - aproximadamente 85 a 90% dos cálculos são radiopacos, cálculos de cálcio, cálculos mistos de ácido úrico e oxalato de cálcio e cálculos de estruvita e de cistina. Os cálculos puros de ácido úrico são radiotransparentes, bem como os de estruvita na fase inicial. Ultrassonografia - possibilita avaliar dilatação da pelve e das cavidades pielocalicinais, assim como a hidronefrose. Esse exame evidencia tanto os cálculos radiotransparentes quanto os radiopacos. Tomografia computadorizada sem contraste - Esse tipo de tomografia é utilizada na avaliação de cálculos impactados no ureter, sendo considerado o exame mais acurado para essa localização de cálculo. TRATAMENTO Medidas Gerais: Aumento da ingestão de líquidos (2 a 3 L/dia), sendo 50% na forma de água e sucos cítricos, sem açúcar; chá e café devem ser ingeridos com leite para ligação do oxalato livre; Deve-se evitar refrigerantes à base de cola.; Restrição de sal (3 a 4 g/dia); Diminuição da ingestão de proteínas de origem animal; Adequação da ingestão de cálcio (800 a 1.000 mg/ dia); Atividade física regular (no mínimo, três vezes por semana); Adequação de fatores ambientais, como calor excessivo e baixa umidade do ar Para pacientes com dor leve ou moderada, podem ser utilizados analgésicos e/ou anti-inflamatórios, como a dipirona e o diclofenaco intramuscular ou o cetoprofeno intravenoso. Nos casos de dor intensa, pode se administrar morfina intravenosa ou outro derivado de opiáceo (tramadol). Antieméticos, como metoclopramida ou ondansetron, em geral são necessários pelo efeito emetizante da cólica renal e do uso de opiáceos. Litíase urinária recorrente - envolve, muitas vezes, manejo clínico e cirúrgico associados REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA https://www.msdmanuals.com/pt-pt/profissional/. acessado em 19/02/2021 às 10:00h. https://www.apurologia.pt/publico/frameset.htm?https://www.apurologia.pt/publico/litiase_urinaria_prevencao_tratamento.htm – acessado em 19/02/2021 às 10:40 https://www.medicinanet.com.br/conteudos/revisoes/5883/litiase_renal.htm#:~:text=Nos%20Estados%20Unidos%2C%20%C3%A9%20de,s%C3%A3o%20mais%20frequentes%20em%20mulheres. - acessado em 19/02/2021 às 11:10h.
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