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SALMONELOSE - São doenças provocadas pelas bactérias do gênero Salmonella. - Mais de 2.500 sorotipos, 90 são os que mais causam problemas em humanos e aves. Quando essas bactérias infectam as aves, elas podem causar 3 tipos de doenças: Pulorose Tifo aviário Paratifo aviário Família: Enterobacteriaceae Gênero: Salmonella Espécie: S. Pullorum (Pulorose) S. Gallinarum (Tifo Aviário) S. Typhimurium (Paratifo Aviário) S. Enteritidis (Paratifo Aviário) PULOROSE É uma doença causada pelo agente Salmonella pullorum. Bacilo gram negativo, imóvel. Não possui flagelos nem cápsula. Não esporulado. Tem a sua distribuição mundial. EUA: há notificação. BRASIL: é diagnosticada, porém os números são inexpressivos. Doenças Bacterianas Aula 3 Doenças nas aves! Doenças nas aves e outras espécies = Saúde Pública No ano de 1930 iniciou-se criação mista de galinhas e perus, essa aproximação das aves fez com que surgisse a doença também em perus. E com isso a gravidade da doença gerou grandes perdas econômicas. Hospedeiros naturais são as galinhas. Linhagens leves mais resistentes que semi-pesadas e pesadas. Pode acometer outras aves como perus, pardais, canários, faisões, codornas e papagaios. A doença se espalhou nos EUA de forma significativa, causando uma mortalidade expressiva nas aves. Após o século XX se conseguiu estudar a forma de transmissão dessa doença, facilitando assim sua prevenção. Aves que sobreviviam à doença se mantinham portadores durante certo período, e somente se estudando isso foi possível estabelecer uma forma de prevenção. Foram desenvolvidos testes de aglutinação para verificação de animais portadores e assim se estabelecer uma forma de controle. Pode atingir animais de qualquer idade. Animais de 14 e 21 dias são mais sensíveis. Provoca alta mortalidade. Sobreviventes podem se tornar portadores (disseminadoras). Já teve várias denominações, “septicemia fatal dos pintos”, “diarreia branca” e “diarreia branca bacilar”. Sobrevive cerca de 11 semana em camas novas e 3 semanas em camas antigas. Essa doença teve inicio atrapalhando as criações em incubatório artificial, pois gera uma grande mortalidade entre os pintainhos e muita refugagem. Para que a incubação artificial se tornasse possível, em escala industrial, foi necessário estabelecer um controle para a Pulorose. Ovos incubados infectados: mortalidade na incubadora. Pintos oriundos de ovos infectados: nascem com fraqueza e morrem logo após a eclosão. Pico da mortalidade na terceira semana. Aves jovens: sonolência, perda de apetite, fraqueza, amontoamento, diarreia esbranquiçada (material branco na cloaca – emplastamento), asas caídas e a mortalidade pode ser súbita. PARATIFO AVIÁRIO Causado por bactérias do gênero Salmonella entérica. Transmissão: contato, transovariana (ovo no trato reprodutivo). Diagnostico: isolamento bacteriano, cultivo de órgão necropsia. Vacinação. TIFO AVIÁRIO Inicialmente confundida com cólera aviária. Diferença: durante a necropsia foi observado gastroenterite de caráter infeccioso com inflamação de mucosas e serosas intestinal (além da diarreia amarelo esverdeada). Causada pela Salmonella gallinarum Pode ser confundida com a Pulorose devido a seu comportamento bioquímico e estrutura antigênica. Tem sido diagnosticada em aves de postura comercial, mas também pode afetar aves reprodutoras. Sua presença em fezes e ovos não é comum. Mortalidade em morbidade pode chegar de 40 a 80% do plantel. Óbito de 7 a 14 dias. Afeta mais animais adultos. Seu combate tem sido feito através do uso de antimicrobianos e vacinas, em alguns países a doença tem sido considerado sob controle, com base em programas preventivos e eliminação de portadores. No México, mesmo com o uso destes ainda se tem problemas. Tratamento Pode reduzir a mortalidade, mas não ira eliminar os portadores. Sulfonamidas e Nitrofuranos. Transmissão Via horizontal. Transmissão vertical (não comprovada atualmente). Aves mortas na granja. Canibalismo. Falta de higiene. Presença de aves externas, moscas e etc. Diagnostico Achados clínicos. Anatomopatológicos. Exames laboratoriais (provas sorológicas). Diferencia – outras salmoneloses. COLIBACILOSE Infecções causadas por Escherichia coli. Foi identificada como parte da microbiota entérica da maioria dos animais domésticos. A Colibacilose pode vir concomitante com várias outras situações: Colisepticemia. Peritonite. Pneumonia. Aerossaculite. Pericardite. Celulite. Onfalite. Salpingite. Síndrome da cabeça inchada. Ooforite. Sinovite. É facilmente isolada da faringe e trato respiratório superior (aves sadias) Colonização do intestino: após o nascimento. Contaminação fecal da casca do ovo = mortalidade embrionária. Roedores e aves silvestres: são reservatório. Fatores ambientais e de manejo: Altas concentrações de amônia. Deficiência na ventilação dos ambientes avícola. Extremos de temperatura. Alta densidade de alojamento. Deficiência no processo de desinfecção. Agentes infecciosos associados: Mycoplasma gallisepticum e M. synociae. Pasteurella multocida. Pneumovirus. Vírus da Bronquite Infecciosa. Doença de Marek. Doença de Gumboro. Onfalite (pintinhos). Contaminação fecal do ovo. E.colli responsável por 70% dos casos de onfalite e leva a morte embrionária. Pode ocorrer transmissão ovariana. Mortalidade embrionária é maior quando a infecção é no período inicial da incubação. Parede do saco vitelino torna-se edemaciada Pintinho ao nascer não consegue absorver o saco vitelínico: fraco desenvolvimento. Pintinhos são elimidados como refugo e assim não contribuem para a manutenção de outros patogenos. Tratamento: Podem ser tratados com antibioticos como quinolonas de terceira geração (enrofloxaxina), sulfanamidas e penicilinas. Porém o melhor tratamento é evitar os fatores predisponentes. E é claro MANEJO. Boas condições de manejo e biosseguridade, evitar agentes imunossupressores (virus) e afecções respiratorias, cuidado com o manejo dos ovos (higiene para evitar contaminação da casca). SALPINGITE (poedeiras) Formação de massa caseosa composta por heterófilos e bactérias no oviduto. Aves afetadas morrem em aproximadamente 6 meses. As que sobrevivem raramente voltam a produção normal de ovos. Foliculos ovarianos: degeneração (flácidos) levando ao rompimento e peritonite fibrinosa que resulta em morte aguda das aves. A E.coli pode atingir o oviduto devido a proximidade com as membranas saco aéreo abdominal esquerdo ou por infecções que começam pela cloaca. Diagnostico diferencial: Mycoplasma: aerossaculite e sinovite. Clamidioses: aerossaculite e pericardite. Pasteureloses: pericardite e hepatite. Salmoneloses: pericardite e hepatite.
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