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Curriculo e planejamento no ensino superior

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WBA0494_v1.0
CURRÍCULO E PLANEJAMENTO
NO ENSINO SUPERIOR
APRENDIZAGEM EM FOCO
2
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Autoria: Neide Rodriguez Barea
Leitura crítica: Vanessa Moreira Crecci
Olá! Seja muito bem-vindo à disciplina de Currículo e planejamento 
do ensino superior!
Esta é uma disciplina muito importante para quem leciona ou 
deseja lecionar no ensino superior, bem como para quem trabalha 
com educação e formação educacional em linhas gerais. E o 
motivo disso é que vamos discutir os bastidores do processo 
educacional.
Assim, o objetivo geral desta disciplina é desenvolver seu olhar 
crítico para as questões complexas acerca do currículo, ao mesmo 
tempo que desenvolve a sua prática na construção de planos de 
ensino e de aula. Aqui, você vai construindo sua competência 
docente com base nos processos específicos da docência no 
ensino superior. 
No Tema 1, Organização curricular no ensino superior, você vai 
entender o que é currículo e porque ele é importante para os 
professores poderem estruturar seu planejamento de ensino e 
sua conduta pedagógica. Você vai descobrir que há documentos 
normativos para garantir equidade na formação dos graduandos 
e, também, vai ter contato com a ideologia transmitida, de forma 
sutil, a partir do currículo e da conduta pedagógica do professor 
em sala de aula. Abordaremos o currículo oculto e a forma como o 
professor pode enfrentá-lo.
Já no Tema 2, Currículo: possibilidades e desafios na atualidade, 
você conhecerá documentos formais que estruturam o currículo 
3
acadêmico de um curso do ensino superior, tais como: as 
Diretrizes Curriculares Nacionais, o plano de desenvolvimento 
institucional e o plano pedagógico institucional. Entenderá 
também a diferença entre currículo acadêmico e matriz curricular, 
entendimentos básicos para o professor poder realizar seu 
planejamento.
O Tema 3, Planejamento de disciplina no ensino superior, traz uma 
perspectiva mais prática da atuação docente que antecede o 
período letivo, pois enfocará como se elabora um plano de ensino 
de disciplina. Você conhecerá o documento básico e receberá 
orientações sobre como preenchê-lo, considerando os objetivos 
de formação profissional do graduando e o desenvolvimento de 
suas competências.
Por fim, no Tema 4, Planejamento de aula no ensino superior, 
você conhecerá os campos que compõem um plano de aula e 
estudará a forma de alinhar sua conduta pedagógica aos objetivos 
da disciplina, bem como à proposta de desenvolvimento de 
competências.
Nesta disciplina, você conta com a Leitura Digital, a Aprendizagem 
em Foco, as videoaulas e também é estimulado, o tempo todo, 
a relacionar sua aprendizagem com situações práticas, que você 
perceberá na seção Teoria em Prática e no Desafio Profissional.
Tenho certeza de que você gostará desta disciplina porque, 
finalmente, você conhecerá os bastidores do ensino superior e 
tudo aquilo que o professor faz antes de, efetivamente, ministrar 
suas aulas!
Aproveitem!
4
INTRODUÇÃO
Olá, aluno (a)! A Aprendizagem em Foco visa destacar, de maneira 
direta e assertiva, os principais conceitos inerentes à temática 
abordada na disciplina. Além disso, também pretende provocar 
reflexões que estimulem a aplicação da teoria na prática 
profissional. Vem conosco!
TEMA 1
Organização curricular no ensino 
superior 
______________________________________________________________
Autoria: Neide Rodriguez Barea
Leitura crítica: Vanessa Moreira Crecci
6
DIRETO AO PONTO
A discussão sobre currículo é bastante complexa. Se, por um lado, 
há uma visão conservadora sobre o currículo, tratando apenas 
dos documentos de planejamento elaborado pelo professor, 
por outro, há uma visão mais crítica, considerando que currículo 
ultrapassa os limites do papel e reveste-se de ações.
Não é à toa que a discussão sobre o currículo é uma das mais 
importantes no campo da educação. É o currículo que estrutura 
toda a ação docente, mas, para compreender isso, é preciso 
resgatar o percurso histórico que levou a compreender o currículo 
como uma prática discursiva que produz sentidos.
Infográfico 1 - Percurso histórico e teorias do currículo
Fonte: adaptada de Moreira e Tadeu (2011).
7
O primeiro ator do processo educacional que precisa tomar 
ciência dos mecanismos reprodutores e opressores do currículo 
escolar é o próprio professor. Só descobrindo suas próprias 
referências e desvendando os mecanismos de reprodução social 
aos quais foi submetido ao longo de seu processo educacional é 
que o professor poderá combater os vícios do currículo tradicional 
e deixar de reproduzi-lo.
As visões críticas sobre o currículo permitem ao professor 
estruturar melhor sua prática pedagógica, refletindo a serviço de 
quem e de qual ideologia trabalha. Conhecer as teorias críticas 
permite ao professor do ensino superior criar mecanismos 
educacionais que combatam o currículo oculto. Neste sentido, 
precisará rever sua prática e suas próprias convicções, refletindo 
sobre a sociedade e o papel dos graduandos nela, bem como os 
desafios que atravessam.
As perspectivas curriculares do professor (conhecimentos, valores, 
ideais, visão de mundo e ideologia inconsciente, crenças, valores, 
entre outros) se manifestam nos planos que ele elabora, na 
metodologia didática que aplica e na forma como se comporta. 
Por este motivo, é fundamental que o professor conheça as 
teorias do currículo e analise constantemente suas escolhas e 
sua postura, estimulando que seus estudantes tenham acesso a 
ferramentas e conhecimentos e desenvolvam uma postura ativa, 
curiosa e questionadora.
Referências bibliográficas
MOREIRA, A. F.; TADEU, T. (Orgs.). Currículo, cultura e sociedade. 
São Paulo: Cortez, 2011. 
8
PARA SABER MAIS
Você sabia que Paulo Freire foi um dos maiores responsáveis pela 
estruturação da consciência crítica acerca do currículo e que seu 
posicionamento é respeitado no mundo inteiro? Nascido em 1921 
em Pernambuco, na época um dos estados mais carentes da nação, 
vivenciou a pobreza e a exploração social de perto. Trabalhou em 
diversos segmentos educacionais, sempre desenvolvendo métodos 
diferenciados e, em 1958, concursou-se professor de História 
e Filosofia da Educação na Universidade do Recife, e iniciou as 
primeiras experiências com alfabetização de adultos.
Nos anos de 1950, o Brasil inicia um grande movimento 
pela alfabetização em todo o país, pois era embaraçoso 
internacionalmente e economicamente contraprodutivo ter 
grande parte da população adulta analfabeta.
Bem, Paulo Freire cria um processo capaz de alfabetizar adultos 
em três meses, partindo de palavras de seu cotidiano, com 
significado importante para a comunidade. Além de ser rápido, o 
Método Paulo Freire é inovador para a época: usa a alfabetização 
como uma forma de combate à opressão.
A pedagogia do oprimido, como pedagogia humanista e libertadora, 
terá dois momentos distintos. O primeiro, em que os oprimidos 
vão desvelando o mundo da opressão e vão comprometendo-se na 
práxis, com a sua transformação; o segundo, em que, transformada 
a realidade opressora, esta pedagogia deixa de ser do oprimido e 
passa a ser a pedagogia dos homens em processo de permanente 
libertação. (FREIRE, 1987, p. 23)
A partir das palavras geradoras, os alunos estudam seu 
significado e, ao apropriar-se delas, são capazes de empregá-las 
para combater a opressão à qual são submetidos. As palavras 
9
organizam as ideias e libertam o ser humano. Ao conhecer 
as palavras, ao ser alfabetizado, o ser humano passa a ter 
ferramentas de empoderamento.
Paulo Freire estrutura o conceito de educação bancária: o 
aluno é um ser vazio de conhecimentos e o papel da escola é 
depositar conhecimentos, como se fosse um banco depositando 
dinheiro em contas vazias; é considerado o bom aluno aquele 
que não discute, que repete o conteúdo, que tem as respostas 
prontas, conforme esperadas; a escola separa o pensar e o fazer, 
valoriza a memória e não estimula a curiosidade; apresenta os 
conhecimentosde forma hierarquizada; há verbalização excessiva 
sobre conhecimento que já está pronto, transmitido por um 
professor catedrático e autoritário; a educação escolar é feita 
para a submissão. A educação bancária é fortemente combatida 
por Freire, que alerta constantemente sobre os problemas 
decorrentes acerca desta perspectiva de ensino.
Em 1964, com a Ditadura Militar, Paulo Freire foi exilado do país 
e inicia carreira internacional, combatendo a educação bancária, 
o currículo oculto e opressor. Seu retorno ao Brasil ocorreu em 
1980, após o período de exílio, Paulo Freire foi convidado a ser 
professor na Pontifícia Universidade Católica (PUC/SP) e exerceu 
o cargo de Secretário da Educação do Município de São Paulo. 
Deixou mais de 35 obras escritas, inúmeras entrevistas e um 
instituto criado em seu nome.
Referências bibliográficas
FREIRE, P. Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 
1987.
10
TEORIA EM PRÁTICA
O estudo realizado até aqui tem como propósito explorar o 
conceito e a organização do currículo escolar no ensino superior. 
A proposta é que você, como estudante ou professor do ensino 
superior, relate uma situação em que tenha vivido o currículo 
oculto ou a ideologia reprodutivista. Ou, ao contrário, como 
estudante ou professor do ensino superior, que relate uma 
experiência educacional emancipatória. É importante que, neste 
relato, você apresente uma reflexão teórica que faça menção ao 
texto estudado ou às referências indicadas.
Se precisar de uma ideia, veja o exemplo dado no Quadro – 
Exemplo de currículo oculto no ensino superior – que está na 
Leitura Digital (Tema 1).
Bom trabalho!
Para conhecer a resolução comentada proposta pelo 
professor, acesse a videoaula deste Teoria em Prática no 
ambiente de aprendizagem.
LEITURA FUNDAMENTAL
Indicação 1
Este capítulo traz novas informações sobre as teorias do currículo, 
aprofundando os conhecimentos sobre sua função na educação, 
e as concepções mais articuladas ao tecnicismo/industrialismo e 
as concepções mais críticas e emancipatórias. Destacam-se a visão 
Indicações de leitura
11
Lorem ipsum dolor sit amet
Autoria: Nome do autor da disciplina
Leitura crítica: Nome do autor da disciplina
histórica e a profundidade dos estudos realizados nos Estados 
Unidos.
Para realizar a leitura, acesse a plataforma Biblioteca Virtual da 
Kroton e busque pelo título da obra.
SILVA, A. D. da; SOARES, C. A. M.; PINTO, R. de O. Teorias 
e práticas do currículo. Londrina: Editora e Distribuidora 
Educacional S.A., 2017, Seção 1.2 - Teorias e concepções do 
currículo (p. 25-38).
Indicação 2
Este artigo traz as considerações de graduandos de Medicina e 
Enfermagem acerca da relação entre teoria e prática, sobre critérios 
de humanização e o quanto isso não se aplica em sala de aula, 
sobre aulas teóricas e expositivas, que não permitem a participação 
dos alunos. Estes critérios compõem o que os autores chamam de 
currículo oculto relacionado à desumanização em saúde.
Para realizar a leitura, acesse a plataforma Biblioteca Virtual da 
Kroton e busque pelo título da obra no parceiro “EBSCO Host”.
DE BENEDETTO, M. A. C.; GALLIAN, D. M. C. Narrativas de 
estudantes de Medicina e Enfermagem: currículo oculto e 
desumanização em saúde. Interface: comunicação, saúde e 
educação (Botucatu). 2018; v. 22, n. 67, p. 1197-1207. 
QUIZ
Prezado aluno, as questões do Quiz têm como propósito a 
verificação de leitura dos itens Direto ao Ponto, Para Saber 
12
Mais, Teoria em Prática e Leitura Fundamental, presentes 
neste Aprendizagem em Foco.
Para as avaliações virtuais e presenciais, as questões serão 
elaboradas a partir de todos os itens do Aprendizagem em 
Foco e dos slides usados para a gravação das videoaulas, 
além de questões de interpretação com embasamento no 
cabeçalho da questão.
1. Leia o trecho: 
 O aluno é compreendido como um ser vazio de conhecimentos 
e o papel da escola é depositar conhecimentos; é considerado 
o bom aluno aquele que não discute, que repete o conteúdo, 
que tem as respostas prontas, conforme esperadas; a 
escola separa o pensar e o fazer, valoriza a memória e não 
estimula a curiosidade; apresenta os conhecimentos de forma 
hierarquizada; há verbalização excessiva sobre conhecimento 
que já está pronto, transmitido por um professor catedrático e 
autoritário; a educação escolar é feita para a submissão (trecho 
retirado da seção Para saber mais). 
 Essas afirmações constituem o que Paulo Freire chamou de: 
a. Educação Política.
b. Educação Financeira.
c. Educação Monetária.
d. Educação Bancária.
e. Educação Superior. 
2. Analise esta situação fictícia: a professora Helena leciona a 
disciplina de Didática I nos cursos de licenciatura de uma 
universidade. Sua turma é composta por graduandos de 
13
diversos cursos: Letras, Pedagogia, Matemática, Física, 
Química, Biologia, Geografia, História etc. A cada semestre 
recebe novos estudantes e, em seu planejamento, trata de 
explorar o currículo. Uma das atividades que propõe aos 
alunos é que escrevam um diário sobre sua vida acadêmica, 
iniciando o percurso a partir da primeira memória escolar 
e avançando até os dias atuais. Neste diário, os alunos 
precisam relatar em detalhes os eventos escolares mais 
significativos, tanto os agradáveis quanto os desagradáveis. 
O objetivo da professora Helena é que os alunos realizem 
uma reflexão sobre como as experiências escolares 
colaboraram para que os graduandos escolhessem a 
profissão de professores e para que identifiquem práticas 
pedagógicas diversas. Por trás desta atividade, a professora 
Helena pretende desenvolver uma discussão sobre 
currículo, investigando principalmente as aulas teóricas e 
os processos de avaliação como uma prática de reprodução 
social. A discussão que a professora pretende levantar 
está associada a uma das teorias do currículo. Assinale a 
alternativa que traz o nome desta teoria:
a. Teoria Tradicional do Currículo.
b. Teoria Tendencional do Currículo.
c. Teoria Crítica do Currículo.
d. Teoria Crescente do Currículo.
e. Teoria Pós-Crítica do Currículo. 
GABARITO
Questão 1 - Resposta D
Resolução: Paulo Freire critica o modelo de educação que 
se assemelha ao serviço de um banco, que deposita valores 
14
em contas bancárias, sem questionar, apenas introduzindo 
e sacando dinheiro conforme as movimentações financeiras 
são definidas pelos clientes. O nome que deu a este modelo 
de ensino é Educação Bancária. 
Questão 2 - Resposta C
Resolução: As teorias Tendencional e Crescente não existem. 
A Teoria Tradicional é entendida como uma teoria que não 
exerce crítica. A Teoria Crítica do Currículo é aquela que 
tenta desvendar os mecanismos do currículo oculto que 
servem à reprodução social, tais como a realização de aulas 
teóricas e avaliações às quais os alunos são submetidos 
sem questionamentos, reforçando o comportamento de 
submissão e obediência que se espera encontrar nos futuros 
trabalhadores que servirão à classe dominante. A Teoria Pós-
Crítica insere na discussão os grupos sociais que são alvos 
de preconceito e violência, tais como as minorias étnicas, as 
mulheres, os idosos, as crianças etc. 
TEMA 2
Currículo: possibilidades e 
desafios na atualidade 
______________________________________________________________
Autoria: Neide Rodriguez Barea
Leitura crítica: Vanessa Moreira Crecci
16
DIRETO AO PONTO
O currículo no ensino superior é alvo de constante debate. Por um 
lado, há a necessidade de flexibilizá-lo diante das transformações 
e necessidades sociais que emergem a todo instante. Por outro 
lado, há a necessidade de se garantir aprendizagens de forma 
igualitária em todas as IES.
Outro aspecto que leva o currículo a ser questionado é a 
ideologia implícita, transmitida na forma de currículo oculto. 
Assim, as escolhas dos temas a serem estudados, a forma como 
os conteúdos são transmitidos e avaliados e a própria relação 
professor-aluno são pautadas em mecanismos ocultos que 
também não são claros parao próprio professor. Desvelar a 
ideologia transmitida (normalmente se trata de uma ideologia 
opressora, a qual favorece os filhos da classe dominante porque 
já estão habituados à linguagem, estrutura educacional e 
transmissão de conhecimentos, e desfavorece a classe oprimida, 
que não está habituada a estes mesmos fatores). Desvelar o 
currículo oculto é uma forma de combatê-lo e, ao mesmo tempo, 
uma forma de trazer novas perspectivas e construções.
Figura 1 – Desafios e possibilidade do currículo no ensino 
superior
Fonte: elaborada pela autora.
17
Os desafios do currículo podem ser fonte de boas transformações!
O quadro abaixo resume os três documentos que o professor 
do ensino superior precisa se apropriar para compreender os 
aspectos formais do currículo de uma IES e para elaborar seu 
planejamento e planos de ação.
Figura 2 – Documentos formais e institucionais que ajudam 
o professor a entender o currículo da IES
Fonte: elaborada pela autora.
O professor do ensino superior precisa conhecer os documentos 
apresentados no quadro acima para que possa elaborar seus 
planejamentos e planos de ação, bem como para que adquira 
o conhecimento necessário para que possa realizar críticas 
construtivas ao currículo.
18
Referências bibliográficas
VEIGA, I. P. A. Educação básica: Projeto Político-pedagógico; 
Educação superior: Projeto Político-pedagógico. Campinas: 
Papirus, 2004.
ZAINKO, M. A. S. Gestão da instituição de ensino e ação 
docente. Curitiba: Intersaberes, 2013. 
PARA SABER MAIS
O currículo é fascinante e suscita múltiplos olhares. Sacristán 
(2000, p. 4) aponta que:
O currículo aparece, assim, como o conjunto de objetivos de 
aprendizagem selecionados que devem dar lugar à criação 
de experiências apropriadas que tenham efeitos cumulativos 
avaliáveis, de modo que se possa manter o sistema numa revisão 
constante, para que nele se operem as oportunas reacomodações. 
Neste momento, é importante que o professor do ensino superior 
conheça outras perspectivas sobre o currículo, tais como os três 
momentos ou etapas que Sacristán (2000) sugere: o currículo 
prescrito, o currículo realizado e o currículo oculto.
Para Sacristán (2000), o currículo prescrito é aquele que é 
produzido pelos órgãos oficiais, no caso do ensino superior, o 
Ministério da Educação ou o Conselho Nacional de Educação. 
Acaba por se configurar como um currículo distante da realidade, 
já que não consegue enxergar outras diversidades nem as 
particularidades de cada IES e de cada comunidade acadêmica. 
Trata-se, por exemplo, de uma Diretriz Curricular Nacional.
19
A crítica do autor é que o currículo prescrito não é construído 
por quem está cotidianamente na IES e transmite a ideia de 
reproduzir as propostas previstas pelos gabinetes governamentais 
da mesma forma em todo o território nacional. Apesar da 
existência do currículo prescrito, o professor do ensino superior 
tem autonomia na forma como vai conduzir seu componente 
curricular e nas temáticas que pretende introduzir. A dúvida é: 
será que o professor fará os arranjos pertinentes ou se nivelará 
pela normativa do Governo Federal?
Por currículo oculto, Sacristán (2000) entende que são os valores 
morais, éticos e políticos que permeiam a prática pedagógica, 
porém não são explícitos nos documentos formais. Tanto podem 
ser reprodutores das condições sociais como emancipadores, a 
partir do desvelamento da ideologia sutilmente expressa.
E o currículo realizado é aquele que efetivamente ocorre em 
sala de aula e que pode ser diferente do currículo prescrito, 
uma vez que é executado pelos professores e alunos. E o que 
acontece na prática em sala de aula? Diversos temas vêm 
à tona, são debatidos, muitas vezes alterando o rumo do 
planejamento criado anteriormente, o que leva o professor a 
fazer o replanejamento de ensino.
Muito importante saber de tudo isso, não? Para saber mais, 
procure pelo livro indicado nas referências.
Referências bibliográficas
SACRISTÁN, J. G. O currículo: uma reflexão sobre a prática. 3. ed. 
Porto Alegre: Artmed, 2000.
20
TEORIA EM PRÁTICA
Você chegou a conhecer a Diretriz Curricular Nacional do curso 
para o qual leciona ou pretende lecionar? Bem, é hora de conhecê-
la e analisá-la.
Neste Teoria em Prática, você irá acessar o site do MEC:
Disponível em: http://portal.mec.gov.br/component/content/
article?id=12991. Acesso em: 24/08/2020.
Então, localizar a DCN do curso para o qual leciona ou pretende 
lecionar. Se não pretende lecionar, localize a DCN do curso no qual 
se formou.
Em seguida, faça uma leitura da DCN e analise as informações que 
estão presentes, comparando-as com o curso no qual se formou 
ou no qual leciona ou pretende lecionar.
Os aspectos que você pode analisar: o perfil do graduando 
proposto na DCN é compatível com o perfil dos alunos para 
o qual leciono ou com os quais me formei? As informações 
apresentadas são suficientes para que uma IES elabore seu 
currículo? A dimensão prática e os estágios estão contemplados? 
São suficientes? Aparecem também no currículo da IES na qual 
leciono ou me formei? E apresente outras informações que julgar 
pertinentes.
Para conhecer a resolução comentada proposta pelo 
professor, acesse a videoaula deste Teoria em Prática no 
ambiente de aprendizagem.
http://portal.mec.gov.br/component/content/article?id=12991
http://portal.mec.gov.br/component/content/article?id=12991
21
LEITURA FUNDAMENTAL
Indicação 1
Este capítulo aborda a o currículo prescrito apresentado 
nas Diretrizes Curriculares Nacionais. Embora o texto esteja 
direcionado à educação básica, aproveite a discussão realizada no 
trecho “Não pode faltar”. Veja como as autoras associam a ideia do 
currículo prescrito com a teoria de Gimeno Sacristán.
Para realizar a leitura, acesse a plataforma Biblioteca Virtual da 
Kroton e busque pelo título da obra.
SILVA, A. D. da; SOARES, C. A. M.; PINTO, R. de O. Teorias 
e práticas do currículo. Londrina: Editora e Distribuidora 
Educacional S.A., 2017, Seção 2.3 – Prescrições Curriculares: 
Diretrizes (p. 96-100).
Indicação 2
Vamos aproveitar o mesmo material e estudar um novo capítulo: 
O currículo no contexto escolar. Aqui, você encontrará a relação do 
currículo com o Projeto Político Pedagógico (PPP), que no caso do 
ensino superior pode ser chamado tanto de PPP como PPI (Projeto 
Pedagógico Institucional). Observe como as autoras relacionam o 
currículo com o projeto pedagógico e os apontamentos sobre a 
gestão democrática na escola.
Para realizar a leitura, acesse a plataforma Biblioteca Virtual da 
Kroton e busque pelo título da obra.
Indicações de leitura
22
SILVA, A. D. da; SOARES, C. A. M.; PINTO, R. de O. Teorias 
e práticas do currículo. Londrina: Editora e Distribuidora 
Educacional S.A., 2017, Seção 3.1 – O Currículo no Contexto Escolar 
(p. 114-121). 
QUIZ
Prezado aluno, as questões do Quiz têm como propósito a 
verificação de leitura dos itens Direto ao Ponto, Para Saber 
Mais, Teoria em Prática e Leitura Fundamental, presentes 
neste Aprendizagem em Foco.
Para as avaliações virtuais e presenciais, as questões serão 
elaboradas a partir de todos os itens do Aprendizagem em 
Foco e dos slides usados para a gravação das videoaulas, 
além de questões de interpretação com embasamento no 
cabeçalho da questão.
1. Leia a citação:
Os conteúdos, as avaliações, o ordenamento dos conhecimentos 
em disciplinas, níveis, sequências caem sobre os docentes e 
gestões como um peso. Como algo inevitável, indiscutível. Como 
algo sagrado. Como está posta a relação entre os docentes e os 
currículos? Uma relação tensa. (ARROYO, 2013, p. 2)
 
 Referência: ARROYO, M. G. Currículo, território em disputa. 
Petrópolis: Vozes, 2013.
 
 Nesta citação, o autor faz menção a um tipo de currículo. A 
qual currículo o autor se refere?. 
23
a. Currículo oculto.
b. Currículo real ou realizado.
c. Currículo prescrito.
d. Currículo vitae.
e. Currículo democrático. 
2. Por currículo oculto Sacristán (2000) entende quesão os 
valores morais, éticos e políticos que permeiam a prática 
pedagógica, porém não são explícitos nos documentos 
formais; desta forma, transmitem uma:
 (Referência: SACRISTÁN, J. G. O currículo: uma reflexão 
sobre a prática. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2000).
a. Prescrição.
b. Ideologia.
c. Realização.
d. Determinação.
e. Solução. 
GABARITO
Questão 1 - Resposta C
Resolução: O currículo prescrito é aquele proposto por 
quem não está cotidianamente na IES (ou seja, não é 
elaborado pelo próprio professor) e transmite a ideia de 
reproduzir as propostas pedagógicas estruturadas que 
não consideram a diversidade local nem as características 
da comunidade; normalmente é composto por disciplinas, 
níveis e sequências que não foram escolhidos pelo próprio 
24
professor, por este motivo a relação entre ele e o currículo é 
tensa, nas palavras do autor. 
Questão 2 - Resposta B
Resolução: O currículo oculto, transmissor de valores 
morais, éticos, políticos, sociais, reprodutores e opressores 
são associados à ideologia da classe dominante, que 
procura inculcar disciplina e obediência em determinadas 
camadas sociais para manter o controle sobre os futuros 
trabalhadores. 
TEMA 3
Planejamento de disciplina no 
ensino superior 
______________________________________________________________
Autoria: Neide Rodriguez Barea
Leitura crítica: Vanessa Moreira Crecci
26
DIRETO AO PONTO
Você sabe como ocorre o processo de preparação do docente do 
ensino superior antes de iniciar o período letivo? Quais as ações 
prévias o professor executa ao se organizar para a docência?
Os professores, em geral, iniciam suas tarefas entre dez e quinze 
dias antes de iniciarem as aulas. Neste período, os professores 
participam de reuniões para receber informações, tais como 
calendário escolar e eventos, entre outros informes importantes. 
Além disso, existem processos de formação pedagógica: algumas 
instituições optam por fazer treinamentos (tais como novas 
ferramentas tecnológicas, uso de aplicativos e ambientes virtuais 
de aprendizagem – AVA), formação em novas metodologias (tais 
como as metodologias ativas). Os coordenadores também podem 
solicitar reuniões individuais com professores, caso precisem 
explicar particularidades da disciplina que será ministrada ou dar 
orientações especiais, como organização dos processos de estágio.
Neste período que antecede o início das aulas, o professor também 
realiza seu planejamento. Trata-se de um processo no qual ele:
• Elenca temas importantes e pertinentes à formação dos 
alunos.
• Realiza pesquisas, leituras, seleção de material didático.
• Investiga as relações interdisciplinares entre a disciplina que 
ministrará e as demais.
• Reflete sobre o processo de ensino e sobre as estratégias 
que pode executar.
• Conhece espaços diversificados (museus, bibliotecas, 
laboratórios, empresas que recebem graduandos) que 
podem ser interessantes para seus alunos.
• Seleciona instrumentos adequados para a avaliação.
27
Após desenvolver suas reflexões e ideias, é o momento de o 
professor formalizar sua proposta pedagógica com base na 
construção de seu plano de ensino. O plano de ensino possui uma 
estrutura própria e informações detalhadas que precisam ser 
preenchidas, conforme você pode observar no quadro abaixo.
Quadro 1 – Estrutura de um Plano de Ensino de Disciplina
DISCIPLINA: Preencher com o nome da disciplina que será ministrada
PROFESSOR: Preencher com o nome do professor responsável pela disciplina
CÓDIGO
O código é 
fornecido pela IES
CARGA HORÁRIA
Preencher com 
a quantidade de 
aulas que ocorrem 
na semana: 2, 4, 
por exemplo
SEMESTRE LETIVO
Indicar se é 1º ou 2º 
semestre e o ano 
em que ocorre, por 
exemplo: 1º/2020
EMENTA
É uma sinopse da disciplina, apresentação dos temas que serão apresentados.
OBJETIVOS GERAIS
O professor precisa determinar um ou mais objetivos gerais 
que os alunos precisam alcançar. Estes objetivos estão 
relacionados às competências a serem desenvolvidas.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Aqui, o professor precisa detalhar pelo menos três objetivos específicos, que 
precisam estar alinhados com os objetivos gerais e que representem a aquisição 
de um conhecimento, o desenvolvimento de uma habilidade ou de uma atitude.
METODOLOGIA
Neste campo, o professor explica como pretende 
desenvolver as aulas e as estratégias didáticas.
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
Aqui, o professor determina os conteúdos que serão abordados 
na disciplina, organizados de forma lógica e encadeados.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA
Relação de cinco a dez indicações de livros, artigos e outros 
materiais para que os alunos leiam, estudem e pesquisem.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
Relação de cinco a dez indicações de livros, artigos e outros 
materiais que complementem as referências básicas.
*Algumas IES solicitam um cronograma de aulas como anexo e a lista de recursos 
pedagógicos.
Fonte: elaborado pela autora.
28
A confecção do plano de ensino é um processo importante para o 
professor, porque estrutura seu processo didático, norteando suas 
ações ao longo do semestre letivo.
Referências bibliográficas
PACHECO, J. A. Para a noção de transformação curricular. 
Cadernos de Pesquisa, v. 46, n. 150, jan./maio 2016. p. 54-77.
ZABALA, A. A prática educativa: como ensinar. Porto Alegre: 
Artmed, 2018. 
PARA SABER MAIS
Você já deve ter percebido que a Taxonomia de Bloom tem sido 
muito utilizada para estruturar os objetivos de aprendizagem. 
Embora o domínio cognitivo seja sempre mais explorado, Bloom 
(psicólogo e pedagogo americano, filho de imigrantes judeus, 
preocupou-se com os processos educacionais e compreendeu que 
a educação precisa ser mais humana) acreditava que a educação 
deveria ser mais humana, e equipes estudaram outros aspectos 
do desenvolvimento humano que funcionam interligados para 
propiciar a aprendizagem. Vamos saber mais sobre a Taxonomia 
de Bloom?
O primeiro domínio estudado por Bloom e equipe foi o cognitivo 
e diz respeito às capacidades intelectuais dos estudantes. Neste 
domínio, a aprendizagem é entendida como um processo que 
parte de aspectos mais simples e atinge aspectos complexos e 
bastante elaborados. Neste sentido, propõem seis categorias 
organizadas hierarquicamente (da mais simples à mais complexa), 
29
iniciando com Conhecimento, seguido por Compreensão, 
Aplicação, Análise, Síntese e Avaliação (BLOOM et al., 1972). 
Outro domínio estudado por Bloom e equipe é o afetivo. Este 
domínio organiza-se em etapas identificadas como: Acolhimento 
(identifica a capacidade de perceber e diferenciar estímulos), 
Resposta (identifica a capacidade de dar uma resposta que 
demonstra controle emocional, envolvimento), Valorização 
(identifica a capacidade de atribuir ou interferir no valor de 
algo), Organização (identifica a capacidade de compreender e 
corresponder a um código de ética) e Caracterização (identifica 
a capacidade de revisar ou criar uma proposta organizada 
para atingir um determinado fim, que expresse um juízo, um 
julgamento) (BLOOM; KRATHWOHL; MASIA, 1972).
Para explicar melhor o processo de aprendizagem envolvendo 
a combinação entre os domínios cognitivo e afetivo, veja o que 
Bloom, Krathwohl e Masia (1972, p. 32) apresentam:
O processo inicia quando a atenção do estudante é captada por 
algum fenômeno, característica ou valor. À medida que presta 
atenção no fenômeno, característica ou valor, ele o diferencia de 
outros, presentes no campo perceptual. Com a diferenciação, vem 
uma procura do fenômeno, à medida que lhe agrega significação 
emocional e vem a valorizá-lo. Conforme o processo se desdobra, 
ele relaciona este fenômeno a outros fenômenos, que também 
têm valor. [...] Finalmente, os valores são inter-relacionados numa 
estrutura ou visão do mundo, que ele leva como uma direção para 
novos problemas.
Por fim, os autores abordam o domínio psicomotor, tratando das 
habilidades motoras controladas pelo cérebro e envolvendo a 
coordenação psíquica, para a execução de alguma tarefa queexige 
a motricidade. Não definiram uma lista de itens para avaliação, 
mas outros autores o fizeram. Em relação ao domínio psicomotor, 
30
é importante considerar as respostas motoras autônomas 
e as complexas, bem como as capacidades de adaptação e 
organização.
Referências bibliográficas
BLOOM, B. S. et al. Taxonomia dos objetivos educacionais: 
domínio cognitivo. Porto Alegre: Globo, 1972. 
BLOOM, B.; KRATHWOHL, D.; MASIA, B. Taxonomia dos objetivos 
educacionais: domínio afetivo. Porto Alegre: Globo, 1972.
TEORIA EM PRÁTICA
Vamos adentrar na dimensão mais prática da elaboração de um 
plano de ensino? Para este exercício, você precisará retomar uma 
disciplina da sua graduação. Tente localizar o plano de ensino 
desta disciplina. Caso não consiga, localize o plano de ensino de 
alguma disciplina próxima. Você pode pesquisar na internet. Por 
exemplo: Plano de Ensino de Didática; de Economia Aplicada; de 
Ensino de Estatística II.
Em seguida, faça uma análise das informações que estão lá, 
considerando os critérios abaixo:
• O plano apresenta objetivos orientados ao desenvolvimento 
de uma competência, de uma habilidade ou de uma atitude?
• Há coerência entre a ementa, os objetivos e os conteúdos?
31
• Os conteúdos programáticos ou objetos de aprendizagem 
são atualizados e condizentes com a proposta geral da 
disciplina?
• As referências são atualizadas (possuem menos de dez anos 
de publicação)?
• O processo de avaliação é emancipatório (formativo, crítico, 
reflexivo) ou reprodutivo (acrítico, repetitivo, estagnado)?
Para conhecer a resolução comentada proposta pelo 
professor, acesse a videoaula deste Teoria em Prática no 
ambiente de aprendizagem.
LEITURA FUNDAMENTAL
Indicação 1
A autora discorre sobre aspectos pertinentes ao processo de 
planejamento de ensino, detalhando tópicos que compõem um 
plano de ensino, que é a própria materialização do processo 
de planejamento. Considera que o planejamento não poderia 
ser realizado de forma isolada, mas em grupos de professores 
organizados por interesses e perspectivas em comum, permitindo 
assim uma perspectiva interdisciplinar.
Para realizar a leitura, acesse a plataforma Biblioteca Virtual da 
Kroton e busque pelo título da obra.
SILVEIRA, R. L. B. L. da. Planejamento de ensino: peculiaridades 
significativas. Revista Iberoamericana de Educación, v. 37, n. 
Extra 3, 2005, p. 1-6.
Indicações de leitura
32
Indicação 2
Neste artigo, a autora associa os conceitos de pensar e planejar, 
trazendo exemplos práticos e significativos desta prática 
humana. Em seguida, aponta a necessidade de rechear o 
processo de ensino com situações diversificadas que permitam 
a aprendizagem significativa dos estudantes. Por fim, retoma 
as etapas de um plano de ensino, com grande enfoque na 
metodologia do professor. Uma leitura muito importante para sua 
formação!
Para realizar a leitura, acesse o seu navegador de páginas de internet 
e pesquise pelo artigo:
LEAL, R. B. Planejamento de ensino: peculiaridades significativas. 
Revista Iberoamericana de Educación., v. 37, n. 3, 2005: número 
especial. 
QUIZ
Prezado aluno, as questões do Quiz têm como propósito a 
verificação de leitura dos itens Direto ao Ponto, Para Saber 
Mais, Teoria em Prática e Leitura Fundamental, presentes 
neste Aprendizagem em Foco.
Para as avaliações virtuais e presenciais, as questões serão 
elaboradas a partir de todos os itens do Aprendizagem em 
Foco e dos slides usados para a gravação das videoaulas, 
além de questões de interpretação com embasamento no 
cabeçalho da questão.
33
1. Benjamin Bloom, nascido em 1913 e falecido em 1999, 
entendeu que o processo educacional no século XX deveria 
ser mais humano, portanto menos mecânico e reprodutivista, 
deveria também compreender e investir no que é mais 
importante para a aprendizagem e desenvolvimento dos 
educandos, acompanhando o amadurecimento e envolvendo 
o que lhes desperta interesse. Neste sentido, Bloom 
compreende que o processo educacional, ainda que muito 
focado no âmbito cognitivo, precisa considerar outros dois 
âmbitos, que são: 
a. O planejamento e o plano de ensino.
b. Psicológico e biológico.
c. Currículo oculto e currículo prescrito.
d. Afetivo e psicomotor.
e. Habilidades e atitudes. 
2. Leia a afirmativa abaixo:
 No plano de ensino de uma disciplina da graduação, os 
_________ de aprendizagem precisam ser organizados 
com graus diferenciados e crescentes em termos de 
__________, devem agrupar o maior número possível de 
conhecimentos, habilidades e atitudes e devem visar 
o desenvolvimento de _________ fundamentais para o 
exercício profissional do aluno.
a. Planejamentos; Flexibilidade; Limitações.
b. Objetivos; Complexidade; Competências.
c. Planos; Finalidade; Carreiras.
d. Referenciais; Leituras; Cursos.
e. Códigos; Aulas; Críticas. 
34
GABARITO
Questão 1 - Resposta D
Resolução: Bloom considerou que os âmbitos afetivo 
e psicomotor precisam ser considerados nos processos 
educacionais, já que são os aspectos que trazem um caráter 
mais humano à educação. 
Questão 2 - Resposta B
Resolução: No plano de ensino de uma disciplina de 
graduação, os objetivos de aprendizagem precisam ser 
organizados com graus diferenciados e crescentes em termos 
de complexidade, devem agrupar o maior número possível 
de conhecimentos, habilidades e atitudes e devem visar o 
desenvolvimento de competências fundamentais para o 
exercício profissional do aluno. 
TEMA 4
O planejamento de aula no 
ensino superior 
______________________________________________________________
Autoria: Neide Rodriguez Barea
Leitura crítica: Vanessa Moreira Crecci
36
DIRETO AO PONTO
Você sabia que a elaboração de planos de aula é frequente na 
educação infantil e no ensino fundamental (anos iniciais)? No 
ensino superior, por não ser um documento obrigatório, muitos 
professores optam por não o confeccionar. Porém, o plano de 
aula é um instrumento que traz muito suporte ao professor, pois, 
tendo planejado previamente as ações que serão executadas em 
sala de aula, o docente fica livre para concentrar-se totalmente na 
aprendizagem dos alunos, e não na sequência didática.
Um plano de aula é composto por determinados campos, que são 
preenchidos pelo professor.
Quadro 1 – Estrutura de um Plano de Aula (exemplo)
Curso: ________________________________________________________
Disciplina ou Componente Curricular: ________________________
Série e semestre: __________________________ Ano: ____________
Tema da aula: ________________________________________________ 
Número da aula/unidade didática: ___________________________
1. Objetivos 
Específicos
2. Conteúdos 3. Procedimentos 
didático-
metodológicos
3.1 Técnicas 
de Ensino
3.2 Recursos 
materiais 
(mídias)
4. Avaliação
4.1 Aspectos que 
serão avaliados
4.2 Instrumentos
5. Bibliografia
Como preencher
37
Os objetivos 
específicos são 
retirados do plano 
de ensino e o 
professor pode 
propor novos 
objetivos, desde 
que alinhados 
com a temática 
e a proposta de 
desenvolvimento 
de competências 
previstas para 
a disciplina, 
associados, 
preferencialmente, 
à tipologia de 
conteúdos.
Divide-se em:
Conteúdos 
conceituais e 
factuais: o que o 
estudante precisa 
aprender.
Conteúdos 
procedimentais: 
o que fará ou 
construirá, 
processos, ações. 
Conteúdos 
atitudinais: atitudes 
e valores que serão 
desenvolvidos.
O professor 
preenche com 
dois tipos de 
informação:
Técnicas de 
ensino: são os 
procedimentos 
metodológicos, por 
exemplo: iniciará 
a aula com uma 
dinâmica (qual? 
Apresentar os 
detalhes), um mapa 
mental, uma revisão 
da aula anterior. 
Em seguida, aponta 
o restante da aula 
e a conclusão.
Recursos materiais: 
trata-se de uma lista 
do que precisará 
usar em aula; há 
professores bem 
criteriosos que 
chegam a escrever 
“lousa, apagador”, 
mas o ideal é 
relacionar apenas 
aqueles que não 
estão disponíveis 
normalmente em 
sala de aula.
Também 
preenchido em 
dois segmentos 
diferentes:
Aspectosa serem 
avaliados: trata-
se tanto da 
aprendizagem 
conceitual quanto 
das habilidades 
desenvolvidas, 
das atitudes 
demonstradas – 
deve estar alinhado 
com os objetivos.
Instrumentos: 
o professor 
precisa relacionar 
se há algum 
instrumento formal 
a ser avaliado: 
redação, prova, 
seminário etc.
Apresenta-se aqui 
ou logo abaixo do 
plano de aula as 
referências usadas 
para criar a aula 
e as referências 
que os estudantes 
precisam estudar.
Fonte: elaborado pela autora.
É importante lembrar que, ao final do plano de ensino, o professor 
pode acrescentar os seguintes dados:
• Cronograma: muito útil no caso de trabalhar com uma 
unidade didática.
• Observações: dados importantes, tais como: observar como 
os grupos se constituem, anotar perguntas relevantes para 
replicar em avaliações, preparar material complementar – ou 
outras informações que sejam importantes.
• Anexos: textos complementares, roteiro da dinâmica, 
materiais específicos.
38
O plano de aula, por ser um roteiro, cumpre o papel de liberar a 
atenção do professor para que possa concentrar-se na aula, na 
dinâmica da aprendizagem dos alunos e nas questões relevantes 
que surgem.
Referências bibliográficas
ZABALA, A. A prática educativa: como ensinar. Porto Alegre: 
Artmed, 2018. 
PARA SABER MAIS
Neste momento, você deve estar se perguntando onde e como 
conhecer outros processos metodológicos e organizacionais para 
subsidiar a construção do plano de aula. É importante lembrar 
que o tal plano é uma decorrência do plano de ensino, que é 
baseado no projeto pedagógico do curso. 
Masetto (2011) relatou experiências pedagógicas no ensino 
superior que versam sobre a reorganização curricular e didática. 
Destaca-se o Projeto UFPR Litoral, que tem o objetivo de resgatar a 
qualidade de vida dos cidadãos do Vale do Ribeira. Neste sentido, 
os projetos pedagógicos de vários cursos da IES associam-se a 
esse objetivo maior e procuram refletir sobre a realidade concreta 
do local, envolver alunos em projetos de ação, entre outros, o 
que levou à construção de três módulos presentes em todos os 
cursos, a saber: Projetos de Aprendizagem, Interações Culturais 
e Humanísticas e Fundamentos Teórico-Práticos. Aqui, a reflexão 
que se coloca é: como elaborar o plano de ensino e os planos de 
aula de forma a atender os módulos e os grandes objetivos, além 
da formação específica voltada à profissão?
39
Outro projeto digno de menção é o Projeto de Formação 
Interdisciplinas da Unifesp, cuja proposta é fazer a transição da 
perspectiva biomédica para a biopsicossocial, de forma que se 
compreenda a saúde do paciente dentro de um processo mais 
complexo e não puramente biológico. Assim, é preciso apresentar 
trabalhos integrativos, interdisciplinares, nos quais ocorram troca 
de experiências, respeito à diversidade e exercício do diálogo. 
Reflita: como elaborar um plano de ensino e planos de aula que 
atendam tais perspectivas?
Por fim, é importante apresentar a experiência do grupo Kroton, uma 
das primeiras IES que buscou desenvolver a perspectiva de formação 
de seus graduandos voltada ao desenvolvimento de competências 
pessoais e profissionais. Na graduação, além do plano pedagógico de 
curso, as faculdades oferecem o BSC (Balanced Scorecard) para cada 
disciplina. É uma estrutura estratégica que traz metas e indicadores 
capazes de evidenciar o avanço da disciplina. Esta estrutura orienta 
o professor a construir o plano de ensino e os planos de aula, pois 
apresenta mais claramente os objetivos a serem alcançados voltados 
ao desenvolvimento das competências. Vale mencionar que a 
perspectiva prática e voltada a problemáticas próprias do âmbito 
do trabalho é constante nas aulas, pois é uma orientação presente 
no plano de ensino e no BSC, tal como a sessão Teoria em Prática. 
A metodologia utilizada é a sala de aula invertida, acompanhada 
por um sistema on-line alimentado pelo professor e que permite ao 
aluno consultar e saber as ações que precisa fazer na pré-aula, na 
aula e na pós-aula, ou seja, o graduando tem acesso ao plano de aula, 
compreendendo claramente, os objetivos a serem alcançados, bem 
como quais competências estão sendo desenvolvidas.
Referências bibliográficas
MASETTO, M. T. Inovação Curricular no Ensino Superior. Revista 
e-Curriculum, [S.l.], v. 7, n. 2, set. 2011. ISSN 1809-3876. 
Disponível em: https://revistas.pucsp.br/curriculum/article/
view/6852. Acesso em: 26 jun. 2020.
https://revistas.pucsp.br/curriculum/article/view/6852
https://revistas.pucsp.br/curriculum/article/view/6852
40
TEORIA EM PRÁTICA
Para ingressar no ensino superior, além da documentação 
pessoal, o professor precisa fazer um ou mais testes, entre eles a 
apresentação de uma aula-teste. Neste Teoria em Prática, você é 
um candidato ao cargo de professor de ensino superior e, como 
parte do processo seletivo, precisa enviar, antecipadamente, o 
plano de aula que ministrará em breve.
Para criar o plano de aula, você tem a liberdade de escolher a 
disciplina e o tema da aula. O modelo do plano de aula a seguir é 
este:
Curso: ________________________________________________________
Disciplina ou Componente Curricular: ________________________
Série e semestre: __________________________ Ano: ____________
Tema da aula: ________________________________________________ 
Número da aula/unidade didática: ___________________________
1. Objetivos 
Específicos
2. Conteúdos
Conceituais
Procedimentais 
Atitudinais
3. 
Procedimentos 
didático-
metodológicos
3.1 Técnicas 
de Ensino
3.2 Recursos 
materiais
4. Avaliação
4.1 Aspectos que 
serão avaliados
4.2 Instrumentos
5. Bibliografia
Para conhecer a resolução comentada proposta pelo 
professor, acesse a videoaula deste Teoria em Prática no 
ambiente de aprendizagem.
41
LEITURA FUNDAMENTAL
Indicação 1
Este artigo discute o conceito de planejamento e enfoca, 
principalmente, três tipos de planejamentos: plano de curso, 
plano de unidade e plano de aula. Os autores apontam que o 
planejamento está associado à necessidade de prever ações para 
combater a improvisação. Além disso, a elaboração de planos 
estabelece os objetivos a serem cumpridos e os meios para 
poder atingi-los. Trata-se de um artigo muito interessante, pois 
apresenta novos elementos acerca do processo de planejamento 
do professor. 
Para realizar a leitura, acesse a plataforma Biblioteca Virtual da 
Kroton e busque pelo título da obra diretamente no campo de 
pesquisa.
ASSIS, R. M.; BARROS, M. O.; CARDOSO, N. S. Planejamento de 
ensino: algumas sistematizações. Revista Eletrônica de Educação 
do Curso de Pedagogia. Campus Jataí da Universidade Federal de 
Goiás, v. I, n. 4, jan./jul. 2008. ISSN: 1807-9342.
Indicação 2
Este artigo é um relato de experiência de professor universitário que 
participou de uma disciplina chamada Didática do ensino superior. 
Nesta disciplina, os participantes deveriam elaborar uma miniaula 
de 90 minutos, com alguns requisitos básicos, tais como propiciar 
aprendizagem e estimular o debate, entre outros. Ao final, a turma 
Indicações de leitura
42
avalia criticamente a aula ministrada. Um artigo interessante que 
retoma as etapas da elaboração do plano de aula.
Para realizar a leitura, acesse a plataforma Biblioteca Virtual da 
Kroton, clique em Revista Eletrônica, selecione a Revista de Ensino, 
Educação e Ciências Humanas, clique na lupa (Buscar) e busque pelo 
título da obra no parceiro. 
JESUS, S. J. A. de. Pedagogia universitária e prática didática: um 
relato de experiência. Rev. Ens. Educ. Cienc. Human., v. 10, n. 1, 
p. 118-124, 2019. 
QUIZ
Prezado aluno, as questões do Quiz têm como propósito a 
verificação de leitura dos itens Direto ao Ponto, Para Saber 
Mais, Teoria em Prática e Leitura Fundamental, presentes 
neste Aprendizagem em Foco.
Para as avaliações virtuais e presenciais, as questões serão 
elaboradas a partir de todos os itens do Aprendizagem em 
Foco e dos slides usados para a gravação das videoaulas, 
além de questõesde interpretação com embasamento no 
cabeçalho da questão.
1. Ainda que o plano de aula não seja cobrado por todas 
instituições, sabe-se que ao realizá-lo o professor organiza e 
reflete sobre seu próprio trabalho. Considerando os aspectos 
trabalhados sobre o desenvolvimento do plano de aula, 
assinale a alternativa correta: 
43
a. Professores do ensino superior priorizam a elaboração do 
plano de aula e esta é normalmente uma orientação da 
instituição de ensino superior.
b. O plano de aula e a aula teste normalmente são etapas do 
processo seletivo para contratação de professores no ensino 
superior.
c. O plano de aula é a base para a confecção do plano de 
ensino, já que as aulas são básicas para determinar o que e 
como será ensinado aos alunos.
d. Na docência, os alunos constroem o plano de aula para que 
se envolvam e decidam os encaminhamentos que acham 
mais viáveis para sua aprendizagem.
e. O plano de aula é um registro simples, no qual o professor 
anota o roteiro do que deseja desenvolver em aula. 
2. Leia a afirmativa abaixo:
 O plano de aula é um __________ que traz muito suporte 
ao professor, pois, tendo planejado previamente as 
__________ que serão executadas em sala de aula, o 
docente fica livre para concentrar-se totalmente na 
aprendizagem dos alunos, e não na sequência __________.
 Assinale a alternativa que traz as palavras corretas que 
preenchem as lacunas:
a. Programa; Ações; Avaliativa.
b. Instrumento; Avaliações; Cronológica.
c. Instrumento; Ações; Didática.
d. Programa; Leituras; Avaliativa.
e. Projeto; Avaliações; Didática. 
44
GABARITO
Questão 1 - Resposta B
Resolução: A verdade é que os professores não têm o 
hábito de construir planos de aula, mas esta é uma tarefa de 
sua responsabilidade, ainda que possa ter uma construção 
flexível para que os alunos participem. Os planos de aula são 
construídos com base no plano de ensino e não o contrário, é 
um documento detalhado que traz diversos campos a serem 
preenchidos, não é apenas um roteiro. Plano de aula e aula 
teste são, normalmente, etapas do processo seletivo. 
Questão 2 - Resposta C
Resolução: O plano de aula é um instrumento que 
traz muito suporte ao professor, pois, tendo planejado 
previamente as ações que serão executadas em sala de 
aula, o docente fica livre para concentrar-se totalmente na 
aprendizagem dos alunos, e não na sequência didática. 
BONS ESTUDOS!
	Apresentação da disciplina
	Introdução
	TEMA 1
	Direto ao ponto
	Para saber mais
	Teoria em prática
	Leitura fundamental
	Quiz
	Gabarito
	TEMA 2
	Direto ao ponto
	TEMA 3
	Direto ao ponto
	TEMA 4
	Direto ao ponto
	Botão TEMA 5: 
	TEMA 2: 
	Botão 158: 
	Botão TEMA4: 
	Inicio 2: 
	Botão TEMA 6: 
	TEMA 3: 
	Botão 159: 
	Botão TEMA5: 
	Inicio 3: 
	Botão TEMA 7: 
	TEMA 4: 
	Botão 160: 
	Botão TEMA6: 
	Inicio 4: 
	Botão TEMA 8: 
	TEMA 5: 
	Botão 161: 
	Botão TEMA7: 
	Inicio 5:

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