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4 A REGÊNCIA 1831-1840 o período posterior à abdicação de Dom Pedro I é chamado de Regência porque nele o país foi regido por figuras políticas em nome do imperador até a maioridade antecipada deste, em 1840. A princípio os regentes eram três, passando a ser apenas um, a partir de 1834. 7-~ifici,a~~~gé~2i~1fQi 'J1!llZdQs.~ji;;'~git;jl6_sSlàhi~t«~~~lhiJ~td~lJ.:als Jrni~:~~~~~ifu~~~~6~~~;'7;~~q;~i~~~;~~Jl~l~te~~ek,j6iJ1~i[~â:e tóriat' do.Brasil, éL osentro do debate pdlítiGO fOI dominadó' pelos temas~._~,:::::~;"~~:st!·-""-=:~'-;-~.:~::.«.~,_~. ,- - ': ~:;:"'''''~_~;'~,~:.,."",./:;~ - .>-:,\~'-~r/::,-::<- ,..: <~. ::~-:J,..':~,"_'V~_, i;·'~:'<;:·t'V~~, .,:;~!lJ[~~~3'-f~~,óu=-d~~S~!}!~~lj.z~s:J~".2.9ME9~~r.,-'~~~gr~}1{e,alJt9nQmia das npró~incüí,s.;~ da;.org\ãnização ,d'as....ForçiÍs m~Úlas. ~~-".~~x~~~~~~"'~s:=~:-~_~.:-~~\-~;>",r-~~f~~"'- ~4;~~,", .,_~.~~.>-~~~'~ç:'::~-'>~~-~.--.;~~,~v~v!'-;-·--~.~~,:~'::-"_~"""-~ \\i.1~s/Íiefonrias,1rea:lizfdàs ,p;e1o.s jc • o,, s :rãcYúnYllou1,~?H,{mJ!j"lo_Çias.'aifiGul- ,,,_<,":;>;.>":~.')~."'7"-"r·~,,:"0.~- -::,:..(;-'''6'''.::.;~-' "'-::;","..,~:_~~';,~ ";~-~__'.~'<;._-'~~' .. 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".~_' .. ... ." o~Nê~~U~ft~)~,~~~í§i~](1~j)~l~(r6tiqsi~~éníg~~~ii~i~~f:t2l'p~ir'ã 'p:~~.~Ii9t:~.111@J-JezAl-llo.g- e~:cIj~eLqm("s6~pj)i YQlt<l, deel~?5o;a~M:~Ju~~~üa 'oéil~i:ali.zada:se €.onsolidoll,Squafl.[Q_a~~.últirhaS.rebeliÕesprovinciais ce~saram. /62 HlST6R/A DO BRASIL Um ponto importante a ser ressaltado para a compreensão das difi- culdades desse período é o de que, -:'"rli ,;s cla~s<fse.os(gru os domínan es - -. ' ..~ ~ ......,-r -~_"'".~-...~- GÍÍã§t.h~Yia~onsenso sobre -lqüako a6--ª-l!i~),Ei tioiÓ a1~s_ nv.~~i~I).tepara '" ,§~\!l,Sinteresses. Mais ainda, não havia clareza sobre o papel do Estado como organizador dos interesses gerais dominantes, tendo para isso de sacrificar em certas circunstâncias interesses específicos de um determinado setor social. , ~~ '/, ' y ,1~' '~Z~ ~;:r-;;~d b" f';!\'/'-dXl'''b'' - \ -,.' , It" ;.en Ia P-º.,l tl a., e ç.s;~ a jl'P..g?~o....,\(-" ~ 1 0.J._lLJ ,o.Sit .eFalis.J:!)u,- ~~~~;i.~~r~;'~,otga~~~i~~j&j&C2~~~~~~/t Ji~~:,'?~.;~~:S~~~~d~ (~ f~~~~il~.~~~~rd~??~j~Q~~~n~ ~~~~~~lfí~I~S ~~~a<l~ª) I r ,~~Çll:~5!9~p<?,~~tlc!QSd,~,1y.lll!âS~§~O:,I?ª,EII6t~~_d6'.El'e Iape r9' IBª.X~~~:n?:m ~. , . 'f,' . d d / ·-~lr.·,{( /d 'éI/.~ -=./ K~~\KÁ'j,I' ,~~-!-p'(~~eQ.ç,~;slg2:1i~~,~:t~':'.~,_~aes~_~uÍ'ls_grlldua'rio.s).po 'Uoimwll,,i~~l!llt.OSJ reiám ~mpri~tári.6s.d{Í:ara;(e_ck'ê C] ,Y,9s Foram nomes de destaque entre os liberais moderados: Bernardo Pereira dé Vasconcelos, magistrado mineiro educado em Coimbra; o Padre Diogo Feijó, nascido em São Paulo e futuro regente; e Evaristo da Veiga, responsável pela edição no Rio de Janeiro da Aurora Fluminense, o mais importante jornal liberal de seu tempo. ~p6~ifã <:Cfi'~~m(dt(~ lá"cÍi, i.ostexáit d"'ç. /é" cÍ~rPi{r~;-os: a@ô- ."-~ 9"--,,,,", "'-..--" -t.:::',..- ...."-.-- ""-- -../ _.- .--~~------ .•. ',stâS)Os exaltados defendiam a federação, ou seja, a efetiva autonomia das ~'-'-""'-' províncias, e as liberdades individuais; alguns, como Cipriano Barata e Borges da Fonseca, eram adeptos da República. Os absolutistas chamados de "cara- murus", muitos deles portugueses, com postos na burocracia, no Exército e no aJt9,ÇqJ]}~Lcio,Jutavam pela volta ao trono de Dom Pedro L (jf7s'{":'MsJ€S- ~ke_~i~',~llm ,i :ft~[~i .n{;R~dio[inQ[~et(enÜ?br:li '~\e_lJlB~. Não faltavam apelidos depreciativos para os portugueses, variando ape- nas de acordo com a época e a região: "marinheiros", "pés-de-chumbo", "marotos", "caramurus". Em represália, eles chamavam os brasileiros de "cabras" . 4.1. AS REFORMAS INSTITUCIONAIS igor o Códig<Lde P ocesso Criminal, que fixou normas para a ajJ.licação do CódigoCriminakde-l êôü. O Códizo- e Processo ..:- ~- déi.Vmaiores podere ao juízes de paz, eleitos nas localidades já no reinado de Dom Pedro 1, mas que agora podiam, por exemplo, prender e julgar pessoas acusadas de cometer pequenas infrações. Ao mesmo tempo, seguindo o mode- lo americano e inglês, o Código de Processo (1J.1S-·~(iX.2~Júii, para julgar a grande maioria dos crimes(; ~ hq!:~as(cQ!ius,a ser conced.ido a pessoas Jresas ilegalmente, ou cujaIiberdade fosse ameaçada.~~~-:::a'a u~st~~'t._e~sravA.tura e 00 pocj(~~cal',. veremos é...omo~~ssásAll.i_didás.~em l2.rJlíQi.0 'ésttiv~~, .acaQ.!n0.ta vezes por resultar ná,impu·nidade de /tfà'ficántes e assassinos. ~/ /' :.. -";.-:--. \ -, Uma lei de agosto decê}, ''4í) chamada det.t\.j:o~A:.dLcj/on·a,v,porquefez adi- ç~_ese alterações na Constituição de 1824"d t\;!:!1(irt0~'tu~0(~9çlér M6déi:a'dor não fPod,e~'ia'ser exercido durante a Regência, Suprimiu tamb~ér1].º' Conselho d~--'Estado. Os -presidentes {de ~rQ'Víncia conti.ri~Hl'l·ama .serrdesignedos pelo ((o~el'nó ~~ntral, mas criaram-se AssembléiasPuoyinciais Ci:..Qm maiores po- d~res,;em substituição aos antigos 80nselhoi' Gé~a:is. Além disso, dis é§1e' sobr~ a repartição de rendas entre 0' governo (,cWtra1, as províncias eros muhieípios. Atribuiu-se às Assembléias Provinciais competência para fixar as despesas municipais e das províncias e para lançar os impostos necessários ao atendimento dessas despesas, contanto que não prejudicassem as rendas a serem arrecadadas pelo governo central. Es'sa-fç?T, m).lla.v~g~de...rep·artlção de impostos permitiu, às Plovinciaê.. a0btknç'ão de ré~'tl(s$s-j; op:fio .! a CL1st~.cIoenfrá'q\lecimerÚo po g6verno €entral(:~ il i '6, s I a's .~ Irt r~~ éla /à 1Xs;e ~~ci ±~,(..~.~0!Je.aJ; (~êI t;rlF]./~ 'Rl'CD, ~"/d 'Ii .' c x.t. ; "I'~~~~9~QSl":(') ~HU, 1O~ '.' e ~e ~1~LO{i:.C9~~ª"V-~~?-~a0s--ubs-f).QJJ,- \h ~ii.~gibJ)Yai f) H a~~~~s' gnIJ)é:ativ.a,~tánt !par o te(JLQ1Q!3-(,eJ:iLtr.ocll~de fa Vi o.r~;.co~0" pil(a \P...~J'segtUr.inimigos. Quando começou o período regencial, o Exército era uma instituição mal organizada, vista pelo governo com muita suspeita. Mesmo após a abdicação de Dom Pedro, o número de oficiais portugueses continuou a ser significativo. A maior preocupação vinha, porém, da base do Exército, formada por gente mal p~aua,insatisfeita e propensa a aliar-se ao povo nas rebeliões urbanas. . -- , '(~~~ :---..:. ~-:---..... . ';/'~ 'a di . O]J:.Q . 8.3JCe.rLdQ!;LG~ da Na:CJJ] a l~ 1 f S1\til ~.@...a:s =>-''<.....•.••.•.•- ..í.ci<tS{ Ela era cópia de uma lei francesa do mesmo ano. A idéia y 163 164 HISTÓRIA DO BRASIL 4.2. AS REVOLTAS PROVINCIAIS 4.2.1. As REVOLTAS NO NORTE E NO NORDESTE ~o~~féi~( ~8~6v~lt~iÓ~1t~~~(ãr20s é~b~~m· Pernárn- oQc"ç),·r Jr:e i83BÚ813~,Jú~m movimento es~~IiciªLmen!i_ rural <quesedife- /65 - ._0 ~~ -,/ ,.,-- ~ ::>-< __ ~;;-- __rIóJa~nl(ias ...an zicres insurrei õe . e ambucanas pQr ~t Os cabano reuniam pequeno proprietário ,trabalhadore do campo, índios, escravos e, no início alguns senhores de engenho. Sob alguns aspectos, constituíram uma antecipação do que seria a revolta sertaneja de Canudos, no início da República. Lutaram em nome da religião, pelo retorno do imperador contra os chamados "carbonários jacobinos", em uma referência feita por seus líderes aos revolucionários franceses e às sociedades secretas liberais euro- péias do século XIX. Dessa-0rma",," . o re _,' " Jà,.ç3.', ra(;~ "1?ss~ '.a;:qp;t~a:m .~ ~. Ç]kIeJl''':- J,J,'I:}.~:iaJ(~61h..dj' .. Qte"s, ="-=~~.tí~. Os cabanos contaram com o apoio de comerciantes portugueses do Recife e de políticos restauracionistas na capitaldo Império. Depois de uma guerra de guerrilhas, os rebeldes foram afinal derrotados, ironicamente, por Manuel Carvalho Pais de Andrade, a mesma pessoa que proclamara em 1824 a Confederação do Equador e era agora presidente da 166 HISTÓRIA DO BRASIL habitantes. Por aí escoava a modesta produção de tabaco, cacau, borracha e arroz. Uma contenda entre grupos da elite local, sobre a nomeação do pre- sidente da província, abriu caminho para a rebelião popular. Foi proclamada a independência do Pará. Uma tropa cuja base se compunha de negros, mestiços e índios atacou Belém e conquistou a cidade, após vários dias de dura luta. A partir daí, a revolta se estendeu ao interior da província. Em meio à luta, destacou-se na liderança dos rebeldes Eduardo Angelim, um cearense de apenas 21 anos que migrara para o Pará após uma grande seca ocorrida no Ceará, em 1827. Angelim tentou organizar um governo, colocando como seu secretário um padre, uma das poucas pessoas capazes de escrever fluentemente. Os cabanos não chegaram a oferecer uma organização alternativa ao Pará, concentrando-se no ataque aos estrangeiros, aos maçons, e na defesa da religião católica, dos brasileiros, de Dom Pedro Il, do Pará e da liberdade. É curioso observar que, embora entre os cabanos existissem muitos escravos, a escravidão não foi abolida. Uma insurreição de escravos foi mesmo reprimida por Angelim. Como se vê, aparecem na Cabanagem paraense alguns traços já encontrados na Guerra dos Cabanos de Pernambuco, embora entre os dois movimentos tenha havido apenas uma relação de nome. A rebelião foi vencida pelas tropas legalistas, depois do bloqueio da entrada do Rio Amazonas e uma série de longos e cruéis confrontos. Belém acabou sendo praticamente destruída e a economia, devastada. Calcula-se que 30 mil pessoas morreram, entre rebeldes e legalistas, ou seja, cerca de 20% da população estimada da província. A Sabinada deriva a designação de seu principal líder, Sabino Barroso, jornalista e professor da Escola de Medicina de Salvador. A Bahia vinha sendo cenário de várias revoltas urbanas desde a Independência, entre as quais rebeliões de escravos ou com sua participação. A Sabinada reuniu uma base ampla de apoio, incluindo pessoas da classe média e do comércio de Salvador, em torno de idéias federalistas e republicanas. O movimento buscou um compromisso com relação aos escravos, dividindo-os entre nacionais - nas- cidos no Brasil - e estrangeiros - nascidos na África. Seriam libertad~s os cativos nacionais que houvessem pegado em armas pela revolução; os demais continuariam escravizados. /67 Os "sabino ,- não co eguiram penetrar no Recõncavo, onde o senhores de engenho apoiaram o governo. Apó o cerco de Salvador por terra e mar, as forças gov ernam ntais r uperaram a cidade através de uma luta corpo a corpo que resultou em cerca de 1 800 mortos. A Balaiada maranhense começou a partir de uma série de disputas entre grupos da elite local. As rivalidades acabaram resultando em uma revolta popular. Ela se concentrou no sul do Maranhão, junto à fronteira do Piauí, uma área de pequenos produtores de algodão e criadores de gado. À frente do movimento estavam o cafuzo Raimundo Gomes, envolvido na política local, e Francisco dos Anjos Ferreira, de cujo ofício - fazer e vender balaios - derivou o nome da revolta. Ferreira aderiu à rebelião para vingar a honra de uma filha, violentada, por um capitão de polícia. Paralelamente; surgiu um líder negro conhecido como Cosme - sem sobrenome pelo menos nos relatos históricos - à frente de 3 mil escravos fugidos. Os balaios chegaram a ocupar Caxias, segunda cidade da província. De suas raras proclamações por escrito constam vivas à religião católica, à Cons- tituição, a Dom Pedro Il, à "santa causa da liberdade". Temas de natureza social ou econômica não são evocados, mas é difícil imaginar que Cosme e seus homens não estivessem lutando por sua causa pessoal de liberdade, fosse ela santa ou não. As várias tendências existentes entre os balaios resultaram em desen- tendimentos. Por sua vez, a ação das tropas do governo central foi rápida e eficaz. Os rebeldes foram derrotados em meados de 1840. Seguiu-se a con- cessão de uma anistia, condicionada à reescravização dos negros rebeldes. Cosme foi enforcado em 1842. No comando das tropas imperiais estava um oficial com presença constante nos confrontos políticos e nas batalhas do Segundo Reinado: Luís Alves de Lima e Silva, que na ocasião recebeu o título de Barão de Caxias. 4.2.2. A GUERRA DOS FARRAPOS A milhares de quilômetros do Norte e do Nordeste, eclodiu em 1835, no Rio Grande do Sul, a Guerra dos Farrapos, ou Farroupilhas. "Farrapos" e "farroupilhas" são expressões sinônimas, que significam "maltrapilhos", "gen- 168 HISTÓRIA DO BRAS'L te vestida com farrapos". Elas parecem ter-se referido inicialmente aos trajes usados por Cipriano Barata nas ruas de Lisboa, com o acréscimo de um chapéu de palha. Assim, ele se distinguia dos portugueses como se fosse um matuto brasileiro. Os adversários dos farrapos gaúchos deram a eles esse apelido para depreciá-los. Mas a verdade é que .lia tr a I'S t:...3 rOlll2H a, s c1ú~~@fin,/.;- d··'S'-, ')IS i'.prse,tay,m 'd'e' o ~s;!!!iGi·ci'"Q:s, cr·ad9r;~~~:.-9~/n1'·~.:"?'_X_v __0--' __><:?-.._~y-,. ;, ~_~;g'~~~~é~~~~L~-;~cà,;g~~~e:~~~~;~~~~;~~~":~'~' •.é1e.!,de o~iteIBPSlJj.ªiCQ!9!J~3·~.J.. m'1RQ§I!:.ç~'?_grjl.gtaflc-,a::j,ol®3.Ç~~~Q.Q9.m$a ~~;I~~lQi~fu:fui'S!,~ g~ª~~~(tinQ§-~ili~~á~-oé1~ções c,~dío~~~<&:j~gná, ~EP(~~~~~~_·.~:~~;;&r~:~~a~i!§I?~~~.~..i~~s'~~tf~ c~LIiOS{-,! 8,ue(eram -tarríbém criadores de gadq;; nYªntIIf\}.amex.J.en~,.~~ (~hçõe~naq~r~~@(~i~~~:-;?;i(~-;~;iií~i;é1o~;~~;~~~~';m A~""-::'~~>;;>~'-:C:~;-;"'~"""-:-- -+_...... ~/ ~'- ~ --~. - __ "r--~. ""'"-' m,uItáS-fáinílias . ...., ..•..~-';:=:;.o,.-~~ - _. ...••.~- .- - -.-~ - -. 'o'~~óía(®,(a é~o' om!iid:r9igtaE..cl~nse~cf~p:§.. t~ ~f vi~ta(aa(i~sti- ,rt~ ~L~~ij~;pdqt(~S;..~~t&.v~~tradi_é}4nar&'e:Pt~Jia~~~er(~dQ~inle}~0 ,~:~i;§1i2>.A 'criação de mulas teve importante papel no transporte de mer- cadorias no Centro-Sul do país, antes da construção das ferrovias. No período de renascimento agrícola das últimas décadas do século XVIII, colonos vindos dos Açores plantaram trigo no Sul, consumido nas outras regiões do Brasil. Quando foi proclamada a Independência, em 1822, esse período de expansão do trigo já se encerrara, devido às pragas e à concorrência americana, mas os vínculos com o resto do país permaneceram. A criação de gado se generalizou, na região, assim como a transformação da carne bovina em charque (carne-seca). O charque era um produto vital, destinado ao consumo da população pobre e dos escravos do Sul e do Centro- Su.l do Brasil.1F-~C;;~";fê~i;'à~'Õ,~é',~hà?q":uiadóre.s ftrmav;rri?êl~iS.(g· [Opos~ú!.I_~::.7~ ~ .....<; .. <.....-/..... t..~. ~ . •••.. ~' .••.• ,.. '".~' .••.- .~\ ;&:P}t:~~9S:Os criadores esta~am estabelecidos ~a-~egião da Campanha, situada na fronteira com o Uruguai. Os charqueadores tinham suas indústrias ins- taladas no litoral, nas áreas das lagoas, onde se concentravam cidades como Rio Grande e Pelotas. Criadores e charqueadores se utilizavam de mão-de- obra escrava, além de trabalhadores dependentes deles. ~f~'-:;-::--~---~"'" ~-~~ .... '-:'~-" ..•- ~ - --""----- - .7-. - ~"'" - -.•. {í\;~~q1!,ffixfS'dQ~ioCGl(~detdo ~~rcontra ogoyerno" ce~al vinhalTl;,~e ." ., _,_ ~ -~~._'~ ~ ':::-:..-_ J,.. ,,4- '>~-"7:':- _ ~••-. y ...~" _.;...,~- 'longe. p~~gaúcho~ ilchatam gl~e,(-ªpésali.da(co~trib,úiçãb da pr<;Ü;.Ím:iª_12araa e,~~a f,;asileira,- ela e;~ -eiPlorada por ,um sistema dê pes.a.9.os im12os1àS."-- ~ . .. r" _'" '__'c..-. --.;--- A REGÊNCIA -~ ':- .•...... -- - -. . -,- - - ~ - .- ~- ", -' -~ r ivvndÍQáç7'esd.f'-al,ltol\oriiia"~ mesmç.dçseparação, eram antigas e êi - r~ ~, <. - - _~~~'+->...~~~-~ ~'-<~-. \;;';:\..... . --' :- \i®' a~(x({z~~;t{tn~opf9n-'c()tTI)et"~àtiotes<co:mg~potliberais.-~----- .,•..- ~.-- ~., -.,-.-- '.- ~ - -, "" ~ - ..%):~g~~C@J~\b~tó AtdiéiÓ ,áLn[.Q~iifuarída,Qtm(s~uéixas. As proín ias que não podiam arcar com todas as suas despesas recebiam recursos do go- verno central provenientes em parte de outras províncias. Isso acontecia antes do Ato Adicional e continuou a acontecer depois dele. ~r~(q\ái0t{"ctQ.-S~l ~~d~6é~l~ii.~l'!~~~;,tfu!@§(p~~(~did~~~~<G~~~~~~(ún~;yde ,pjifZ~tg·~s. . . __ ::~~r-etãílt<~, ar~v_~lt~não'!!,~itQd~!WB..irI~dãit~9~,1]lorglú.~~i:2Ela {~~~~~~ ,/~é~tat1cii;t~2~:'gA!~~P1:i~ª((~1 g~~a,~flg~~<ls.~~~/:lafss.e.!fié~.~a" éfij)?8~~,(ê±1.ena~0 apoio ....púnClipalnítinte~!iessJ~s~et~re~soéiars. (Osl_çbur- ®§~§!~iu(~~p:ingi~."!!.~~~}3.io d,~~a.ne.irb>:maior c_en,t;~é~n~u~f~Ol;':~bra- sr~~~r~â(~9a;~cí~~:~ d..e C2~(Q~.::fj:ca~a-ci~odlld<1--do,gºv.ern€ic~ntr.al:_. A :·~ª,.L.cf~~í~as~,gerais jã.apontadas, os:s:s{anéj~itc)s; finhám .rá~ões ,prQ;grif.J:~~geie.s(Qj1t,'úl 'lÍ1~1Ú.0.Eles pretendiam ~ c' ll.}lU~ ç;JíqJI~go ~~lt{''wItiib.€.@; e'illiffila, estabelecendo a livre circulação dos rebanhos que possuíam nos dois países. Além disso, como já estavam orga- nizados militarmente com seus pequenos exércitos particulares, baseados em uma chefia indiscutível, <, 'S)~úJi~~~â~'~i'idlie4)~J11g-~â-,ã(§'i~aJ'dlà .~g(1'jl,~l.oJtâl a.9_m~ai&os~t4ioi.1:.~ó'ffÇfàis::, Os farrapos contaram com o concurso de alguns oficiais do Exército, chegados recentemente ao Rio Grande do Sul, entre eles João Manuel de Lima e Silva, irmão de um dos primeiros regentes e tio de Caxias. Nas fileiras dos revoltosos, destacaram-se pelo menos duas dezenas de revolucionários italia- nos refugiados no Brasil, sendo o mais célebre deles Giuseppe Garibaldi. A figura mais importante do movimento foi Bento Gonçalves, filho de um rico estancieiro, com larga experiência militar nas guerras da região. Ele organizou lojas maçônicas na fronteira e usou o serviço postal dos maçons como alterna- tiva para sua correspondência secreta. Estendeu, assim, à fronteira as socie- dades maçônicas que proliferavam em todo o Rio Grande. A luta foi longa e baseada na ação da cavalaria. Garibaldi e Davi Cana- barro levaram a guerra para o norte da província, assumindo por uns tempos o controle de Santa Catarina. Na região gaúcha dominada pelos rebeldes, foi proclamada na cidade de Piratini, em 1838, a República de Piratini cuja presidência coube a Bento Gonçalves. A República não existiu apenas no 170 HIST6RIA DO BRASIL papel, mas teve uma existência real, incluindo o estímulo à criação de gado e à exportação de charque e de couros. K~ç~(~~;:v~[~evtratf~f ertre~ne~~a 1de com,bat,~ e ~or1ce~sões aOS !el~~~'.9s.farrap()s~não eram_gént~ esfarrapada, e a região onde'[utavam rtirih~:p5'ár~o I~p~ri~rgiã~ '~P?6il~iiaés6~'({ i'2.a.Por exemplo, em prin- cípios de 1840, o governo central cedeu a uma das principais exigências econômicas dos farrapos, decretando uma taxa de importação de 25% sobre a carne salgada vinda do Prata e que concorria com a nacional. Um passo importante para pôr fim ao conflito ocorreu quando, em 1842, Caxias foi nomeado presidente e comandante de armas da província. Ele combinou habilmente uma política de ataque militar e medidas de apazi- guamento. _ _ _ . ~yr y .~--.--' - 77<Ar a!, em 1845:; a ó{ác'('d' ,[ê'~a a, . m v'o 10 chefes: J1eIékS), axias e Cànâ ã $(;~a' re dç -() .nc diéi .-::. Foi concedida anistia geral aos revoltosos, os oficiais farroupilhas integraram- se de acordo com suas patentes ao Exército brasileiro e o governo imperial assumiu as dívidas da República de Piratini. Há controvérsia entre os historiadores sobre se os farrapos desejavam ou não separar-se do Brasil, formando um novo aís com o Uruguai e as pro- víncias do Prata. Seja como for,( n 0_.0) ~ÁÚ~éiL~à~ 1ãz~d<fRlÍóerr~<oclédd~lii êlo1ú~;;fuá p~óvUlciá autôno~~-,-60ní-refídàs , ~-' ~ . - ~ll >-~ __ 1:--' ". ",--...k-. ~ '''_ _ ____''"--' ?óJi.~(,f~v_r (d_a,~ ~ fzaçã<D~wói§-.Qmi(~}a$If:·io t!ê--·~~eit9· - ./~. - >-.- -" - .";;... --"" '-- - -_o - ••. --<:: ':>-./ '"' /" '. ., ....•..... ,Ao ~~~uç~ f~~~J}ha /~~q:C~~_ra~.~LQt. r;.e~}j:~~~ru~aPgg:~~,!extt91à (n.a regiãoplatina, be{l1Jaiferenté dã)rà9iç!Onal D.p]iánt(alÍ1oS,~()('!3_rasil(seria....- --", - - --x--> ~~.\. .~ ~-'-.-~-~"'_'0 ~-~ =-«: -.'- ~~~c(leCUl{1~~UÇ8)~€?siya6c(!J~Çl~)~ 9~.sç;~r·.é.S~0§)çl>m iIfti'~'§A:rt~i:,afã ÕG(fpat~~~'de 4ma(~y:olllÇão \~.ointemor de s,uastfro~t iya's,. ~- (ái~Ia~4.r!l:ta-Te:.§e.9~iíií~~t~!ensõ.elbt'~srleiras«1~?~íi~n tel:J.ojte in!ly~ncia}~?;lJr,ug!:lfli l_<j~Jem,Qief(a~~g~e,uQ1_mesmo poder - a'.~geTl~io.a'- ç:óntrolasse as duas marg(ns p~E.?~~àJa. Estes temores cresciam na medida em que, naquele país, à frente de Buenos Aires e outras províncias, Juan Manuel de Rosas promovia uma tentativa de consolidação do poder. Uma coalizão anti-rosista se formou entre o Brasil, a facção dos "colora- dos", tradicionais aliados do Brasil no Uruguai, e as províncias argentinas de Corrientes e Entre Ríos, rebeladas contra Rosas. A presença brasileira foi dominante, na guerra iniciada em 1851, quando o Imperador Pedro II já A REGÊNCIA 17/ assumira o trono. Cerca de 24 mil soldados brasileiros, recrutados principal- mente no Rio Grande do Sul, participaram do conflito. Garantido o controle do Uruguai pelos "colorados", as tropas rosistas foram derrotadas em território argentino (Monte Caseros, fevereiro de 1852). 4.3. A POLÍTICA NO PERÍODO REGENCIAL §q~i~0~sl~,~(6eijgitravam ~~I(a~0:s·~~n61à(~f~~ái. b{i~ C~~ hté ~á~.,.-:.se(Mfil!íl1dc:):~pamcia'in,em gel'~e (os (ª9fs.'~~_a6,(ifis_,paii·<J9s 'únpei<~is ~o,CoilseJva{tof-e,o Libesal. Os conservadores reuniam magistrados, burocratas, uma parte dos proprietários rurais, especialmente do Rio de Ja- neiro, Bahia e Pernambuco, e os grandes comerciantes, entre os quais muitos portugueses. Os liberais agrupavam a pequena classe média urbana, alguns padres e proprietários rurais de áreas menos tradicionais, sobretudo de São Paulo, Minas e Rio Grande do Sul. ~T~~t<,i-C.@,~éZ~i'rld ·;oãb"~~"1s1{b]i';'rmNas eleições para a~~ ~!.~--"-- -.......---I-~ regência única, realizadas em abril de 1835, o Padre Feijó derrotou seu prin- cipal competidor, Holanda Cavalcanti, proprietário rural de Pernambuco. O corpo eleitoral era extremamente reduzido, somando cerca de 6 mil eleitores. Feijó recebeu 2826 votos, e Cavalcanti, 2251. Pouco mais de dois anos depois, em setembro de 1837, Feijó renunciou. Ele sofrera pressões do Con- gresso, sendo acusado de não empregar suficiente energia na repressão aos farrapos, entre cujos chefes estava um de seus primos. Nas eleições que se seguiram, triunfou Pedro de Araújo Lima, futuro Marquês de Olinda, antigo presidente da Câmara e senhor de engenho em Pernambuco. ~ iróh~rdê(P{rá~jo Lim~\.ril'ibóli~"u 0,'in~bi9 do Cr~gress~" .. A pata~raA---: "'"---"~"'" - -.- ~ .-' '---....---<- ~ .>! __~ "•. _ ;"--....r. _/ i.n.>~icaa ltu.l!Ç~Ó ?.e: .cQrr~nte .conservadora desejosa de. "r~gre'~s~e' à cen- tralização política e ao' reforço da autoridade. (Uma das primeiras 'leis, nesse - - " ,-" < I.. -Ó>. -' . ".' ,_. ,_ " ~, sentido consistiu em urna "interpretação" .do AtoAdioional (Q1ai9 de 1840), :q:"e r~ti~à~; .9~-si~l!;.sJaS:_~~f-i~S~d(?_suas atªbui~ges,-especialmente no que ld121f ;reiiPeno~~lnome;(çãd~t{fu tki oháÍ:io.s,p úblieo s., _/~_..~_:>. __.Y----~ --<..._ -- -~ '- '" '""...... :>-
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