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Estudo de casos clínicos_Parasitologia basica AV2 Vanessa Viana

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ESTUDO DE CASOS CLÍNICOS: PARASITOLOGIA BASICA
Prof. Sergian Vianna Cardozo
Tal atividade valerá 10,0 pontos tendo peso 03.
CASO CLÍNICO 1. Um senhor de 48 anos, há muito desejava viajar para Curitiba e aproveitar aquele friozinho gostoso. Na viagem de volta, de ônibus, em um das paradas, aquela fome!! Haviam parado em um posto, com restaurante, onde o Senhor se deliciou com um churrasquinho mal passado e uma salada verde.
Após algumas semanas, o Senhor começou a sentir-se um pouco estranho, a ter dores abdominais, sensação de fome e tonturas. Ficava irritado, e com o tempo, passou a perder peso. Além disso, sintomas pulmonares também estavam presentes (dor torácica, tosse, intolerância ao exercício). De inicio ele se recusava a ir ao médico, mas com receio de que fosse algo que pudesse transmitir para os seus filhos aceitou a ideia e foi ao posto de saúde.
Logo que o médico fez a anamnese dele e ouviu os sintomas relatados, desconfiou que fosse alguma parasitose e encaminhou-o para fazer exame de fezes.
a) Que parasito(s) foi/foram provavelmente encontrado(s) no(s) exames?
 Resposta: Os parasitos provavelmente encontrados foram os platelmintos Taenia Solium (porco), Taenia Saginata (boi) e o nematódeos Ascaris Lumbricóides.
b) Como ele pode ter adquirido este parasito?
Resposta: Ele pode ter ingerido carne mau cozida, de origem suína ou bovina, contaminada com os cisticercos de cada espécie de tênia ou pela ingestão de ovos infectantes em água ou alimentos contaminados, principalmente hortaliças.
 
c) Qual o habitat do parasito no hospedeiro humano? Por que houve perda de peso?
Resposta: O habitat dos parasitos no hospedeiro humano é na mucosa do intestino, se prendem através de ventosas na mucosa do intestino. O cisticerco fixa-se e a partir disso transforma-se em tênia adulta. Já com a áscaris, as larvas caem na circulação sanguínea, passam pelo fígado, coração e pulmões e completam seu desenvolvimento ao chegarem ao intestino delgado, atingindo a fase adulta. A perda de peso se dá devido ao parasito se alimentar dos nutrientes do hospedeiro humano, acarretando uma má absorção de nutrientes, a qual pode ocasionar desnutrição. Há uma espécie de competição entre o hospedeiro e o parasita por nutrientes. O verme possui porosidades que permitem absorver nutrientes do hospedeiro humano.
d) Esses sintomas podem ser apresentados em infecções por outros parasitos?
Resposta: Sim, exemplo os nematódeos Ascaris Lumbricoides.
e) Qual o método diagnóstico utilizado na rotina para este parasito?
Resposta: O diagnóstico é clínico, epidemiológico e laboratorial. A maioria dos casos de Teníase é oligossintomático. Após a coleta do material fecal, através do microscópio são diferenciados os ovos da tênia dos demais parasitas. A presença de proglotes livres e eliminadas junto as fezes pode ser avaliada. Essa avaliação determina a espécie se será Taenia Solium ou Taenia Sarginata. 
f) Como evitar novas infecções? Você daria alguma orientação ao dono do restaurante?
Resposta: Conscientizar o consumidor para ingerir carne bem passada, além de conscientizar sobre higiene básica. Realizar um maior controle de qualidade das carnes nos abatedouros, avaliando o saneamento e a criação dos animais, devendo serem aplicadas multas rigorosas aos que não tiverem condições insalubres para os animais. A orientação ao dono do restaurante será não vender carne mal passada, uma vez que o correto cozimento é capaz de eliminar possíveis parasitas presentes nas carnes de boi ou porco além de averiguar a procedência das carnes, comprando somente carnes de boa qualidade em locais de confiança e lavar hortaliças com água sanitária.
CASO CLÍNICO 2. J.S. e sua família são nordestinos. Resolvem se mudar para um centro urbano, mas, por não possuir condições financeiras acabaram se instalando na periferia, onde o esgoto estava a céu aberto e a água não era tratada. Alguns meses após a mudança, J.S. apresentou distúrbios intestinais com forte diarreia com presença de sangue e gordura nas fezes, além de dores abdominais, às vezes com náuseas e vômitos, o mesmo acontecendo com as pessoas de sua família. 
a) Que parasito(s) foi/foram provavelmente encontrado(s) no(s) exames? 
 Resposta: Os parasitas provavelmente encontrados foram a Entamoeba histolytica e a Giardia lamblia.
b) Porque a médica solicitou o exame de fezes nos gatos da família?
Resposta: A doença é uma zoonose, podendo ser transmitida de animais para humanos.
c) Qual a forma infectante do parasita?
Resposta: A forma infectante do parasita é a forma de cisto maduro tetranucleado.
d) Qual o habitat do parasito no hospedeiro humano?
Resposta: O habitat do parasito no hospedeiro humano é no intestino delgado onde se desenvolve até chegar no intestino delgado e se transformar em trofozoíto. Se multiplica por divisão binária no intestino delgado, sendo que a gravidade da doença é proporcional ao número de parasitos. Os trofozoítos vivem no duodeno e nas primeiras porções do jejuno e a atividade dos flagelos permite rápido e irregular deslocamento. Quando vai ocorrer encistamento, o trofozoíto reduz o seu metabolismo e o seu tamanho fica globoso. Quando vai ocorrer o encistamento, o trofozoíto reduz o seu metabolismo e o seu tamanho fica globoso, perde o disco suctorial e os flagelos e secreta uma parede cística ao seu redor. Dentro do cisto o núcleo se multiplica, por isso quando o homem ingere um cisto, infecta-se com dois trafozoítos.
e) Como evitar novas infecções?
Resposta: Evitar o consumo de água ou alimentos que possam estar contaminados. Ferver água proveniente de abastecimento público ou poços artesianos. Melhoria no saneamento básico. Além de higiene pessoal e dos alimentos, pelo saneamento básico e pela fervura ou filtragem da água, pois é o principal veículo da Giardia.
f) Qual o método diagnóstico apropriado?
Resposta: O diagnóstico laboratorial (ex: exame parasitológico de fezes) é o principal. Há a identificação de cistos ou trofozoítos, no exame direto de fezes pelo método de Faust, ou identificação de trofozoítos no fluido duodenal, obtido através de aspiração. São necessárias pelo menos três amostras de fezes para obter uma boa sensibilidade. A detecção de antígenos pode ser realizada pelo método Elisa com confirmação diagnóstica. Devem ser feitas coletas de fezes em períodos diferentes, porque a liberação do parasita nas fezes não é constante. Em raras ocasiões podem ser feita também biópsia duodenal, com identificação de trofozoítos.
CASO CLÍNICO 3. M.A., 35 anos, sexo feminino, casada, reside numa casa onde moram cerca de 50 gatos de todas as idades. Com frequência, ela recolhe filhotes de gatos abandonados e os alimenta com carne crua. Ela resolve engravidar e durante a gestação apresentou sintomas como: dores musculares, linfadenopatia, febre e problemas oculares. Durante o acompanhamento pré-natal, relatou a médica sobre os sintomas e esta indicou a realização do exame sorológico contra uma parasitose e indicou um exame de fezes nos gatos jovens para verificar a presença de um parasito.
a) Que parasito(s) foi/foram provavelmente encontrado(s) no(s) exames? Qual a forma encontrada?
Resposta: O parasita provavelmente encontrado no exame foi o Toxoplasma gondii. No exame sorológico realizado na paciente, caso positivo serão encontrados na forma de trofozoítos, forma circulante no hospedeiro intermediário. Já no exame de fezes realizado nos gatos, por ser o único hospedeiro definitivo liberarão os oocistos não esporulados do parasita.
b) Porque a médica solicitou o exame de fezes nos gatos da família?
Resposta: Porque os gatos são os únicos hospedeiros definitivos, sendo então os únicos capazes de finalizar o ciclo biológico do parasito e assim liberar seus oocistos pelas fezes. Apesar do Toxoplasma gondii ser capaz de contaminar qualquer animal de sangue quente, incluindo seres humanos, somente nos gatos consegue completar o ciclo reprodutivo, ou seja, qualquer mamífero ou ave pode ter toxoplasmose, mas o parasita só produz os ovos(oocistos) dentro do intestino dos gatos.
c) Porque a médica não solicitou o exame de fezes de M.A.?
Resposta: Porque o ser humano é apenas um hospedeiro intermediário do Toxoplasma gondii, não sendo capazes de liberar seus oocistos pelas fezes. O exame não indicaria nada produtivo, uma vez que os únicos hospedeiros definitivos do Toxoplasma gondii são os gatos.
d) Qual a forma infectante do parasita?
Resposta: As formas infectantes são: taquizoíto pseudocisto: forma de reprodução rápida, observado na fase aguda da doença. Bradizoíto: cistos, forma de reprodução lenta, são intracelulares e observados na fase crônica. Esporozoítos: no interior do oocisto (8 esporozoítos cada), são intracelulares e observados na fase crônica. O ser humano pode se infectar através da ingestão da carne crua ou mal passada de algum hospedeiro intermediário. Outra forma infectante é através do consumo de sangue desses hospedeiros intermediários que contenham taquizoítas em sua circulação. Todavia, nesse caso em específico, devido a convivência constante com gatos, a paciente de forma inadvertida ingeriu as fezes dos gatos que continham cistos esporulados. 
e) Qual o habitat do parasito no hospedeiro humano?
Resposta: Os parasitas formam cistos nos tecidos do músculo esquelético, miocárdio, cérebro e olhos, podendo permanecer durante a vida toda do hospedeiro. Os taquizoítas residem nos líquidos orgânicos, secreções e excreções, além de ficarem dentro das células hepáticas, células nervosas, células musculares, células pulmonares e da submucosa. Já os bradizoítos residem no tecido nervoso, na retina, no músculo esquelético e cardíaco.
 
f) Como evitar novas infecções?
Resposta: Evitando a ingestão de carne crua ou mal passada. Cozinhar a carne adequadamente congelar para diminuir seu poder de infecção, eliminar as fezes junto com a areia onde os gatos defecam para prevenir que os esporocistos se tornem infectantes. Manter sempre as mãos limpas após limpar as caixinhas de areias dos gatos. Lavar as mãos após manipular carne crua e após o contato com a terra contaminada por fezes de gato. Manter as crianças distantes dos locais onde os gatos infectados defecam. A higiene é muito importante.
g) Qual o método diagnóstico apropriado?
Resposta: O diagnóstico da toxoplasmose é normalmente feito pela sorologia, ou sej,a pela dosagem de anticorpos contra o Toxoplasma gondii. Um paciente com toxoplasmose aguda tem IgM positivo (IgM é a resposta inicial à infecção). Já o paciente que possui o parasito inativo, apresentará o IgG positivo, sendo o IgG a memória imunológica. Quem nunca foi expsoto ao Toxoplasma gondii possui IgM e IgG negativos. Deve-se fazer primeiramente através do método Elisa indireto, a triagem sorológica para o Anticorpo IgG contra Toxoplasma gondii e através do método Elisa de captura, deve fazer a pesquisa de IgM contra Toxoplasma gondii. No caso da gestante apresentar IgG e IgM positivos , será preciso um teste de avidez para IgG e assim definir o provável momento de infecção.
h) O que seria a análise de avidez de IGg? Quando deve ser solicitado?
Resposta: A análise de avidez de IGg é um exame utilizado para definir o estágio em que o paciente se encontra frente à infecção do parasito. É um teste complementar para caracterizar se a infecção é aguda ou antecedente. Quando a reação sorológica para IgM é positiva em um paciente assintomático. Como o nome diz, analisa a avidez do IgG e com isso é possível saber o tempo transcorrido desde o estabelecimento da infecção. É necessário principalmente em casos de pacientes gestantes, que devido a sua condição se enquadram como grupo de risco, tanto mãe quanto o feto.

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