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EXCELENTÍSSIMO MINISTRO PRESIDENTE DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA ... 
Pedro..., nacionalidade..., ..., servidora municipal, inscrito no Cadastro de Pessoas Físicas sob n. ... e 
com RG n. ..., endereço eletrônico..., residente e domiciliada em ..., por seus advogados devidamente 
constituídos pelo instrumento de mandato anexo (documento 1), vem, respeitosamente, à presença de 
Vossa Excelência, com fundamento no art. 5º, inciso LXIX, da Constituição Federal e nas disposições 
da Lei n. 12.016/2009, impetrar o presente 
MANDADO DE SEGURANÇA 
 com pedido de concessão de liminar, contra ato praticado pelo Secretário Municipal de Educação da 
cidade K, que poderá ser encontrado na sede da secretaria de educação à Rua, bairro, neste município 
I – DOS FATOS 
Pedro fora aprovado no certame de provas e títulos para o cargo de Professor de Educação Infantil – 
Nível I, organizado pela Secretaria de Educação do Município K, obtendo o primeiro lugar. 
Lecionando há apenas 76 dias, Pedro foi denunciado pela suposta prática de infração funcional, prevista 
no Estatuto dos Servidores Públicos daquele Município como capaz de gerar a sua demissão. Seu 
supervisor recomendou ao Secretário Municipal de Educação que o demitisse, pois “o acusado não 
logrou comprovar a inocorrência do ato que lhe é imputado, antes, apenas requereu a instauração de 
processo administrativo, com respeito ao contraditório e ampla defesa, o que não pode ser exigido por 
funcionário em estágio probatório (...)”. 
Há cinco dias publicou-se no Diário Oficial a demissão de Pedro. Argumentou- se que, por não se tratar 
de funcionário estável, mas em estágio probatório, dispensável seria obedecer ao contraditório e a ampla 
defesa no trâmite de dispensa. 
II – DO DIREITO 
Sendo os atos administrativos, em regra, os que mais ensejam lesões a direitos individuais e coletivos, 
estando sujeitos à impetração de Mandado de Segurança. No mandado de segurança o objeto será 
sempre a correção de atos omissivos de autoridade, ilegal ou ofensivo a direito individual ou coletivo, 
líquido e certo, do impetrante. 
A Constituição Federal de 1988, em seu artigo 5º, inciso LXIX, determina: “Conceder-se-á Mandado de 
segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, quando 
o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no 
exercício de atribuições do Poder Público”. 
O princípio do contraditório e da ampla defesa trata de princípio esculpido de forma expressa na 
Constituição Federal, podendo ser encontrado no Art. 5º, LV: “aos litigantes, em processo judicial ou 
administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e 
 
 
recursos a ela inerentes”. No mesmo artigo da CF, no inciso XXXV nos traz: “a lei não excluirá da 
apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito”. 
Por se tratar de servidor público em estágio probatório, este não tem direito ao PAD – Processo 
Administrativo Disciplinar, pois tal garantia é restrita aos servidores estáveis. 
No entanto, o servidor público em estágio probatório tem direito à ampla defesa e contraditório no 
procedimento que possa ocasionar a perda do cargo público conforme a Súmula 21 do STF – Supremo 
Tribunal Federal: “Funcionário em estágio probatório não pode ser exonerado nem demitido sem 
inquérito ou sem as formalidades legais de apuração de sua capacidade”. 
Nesse sentido, não pode a Administração Pública demitir ou exonerar o servidor público pelo seu bem 
querer, tal ato configura violação aos direitos do servidor público em estágio probatório. Ato arbitrário, 
ilegal, passivo de nulidade. 
III – DA LIMINAR 
O artigo 294 do CPC prevê que poderá a parte requerente solicitar tutela provisória. Ademais o mesmo 
artigo menciona a possibilidade de requerer tanto tutela de urgência, quanto de evidência. Para o 
presente caso, torna-se amplamente possível a solicitação da tutela de urgência, na forma do Art. 300 do 
CPC, diante do preenchimento dos requisitos de probabilidade do direito e do perigo de dano ou risco ao 
resultado útil do processo. 
Como ficou amplamente demonstrado a demissão do autor demonstra-se absolutamente ilegal, vindo a 
infringir uma série de dispositivos constitucionais e legais, corroborando a relevância dos fundamentos, 
demonstrando-se a probabilidade do direito. 
Além disso, caso não seja concedida a tutela de urgência, a fim de anular o ato demissional e reintegrar 
o autor ao cargo, bem como a garantia do contraditório e ampla defesa do que lhe foi supostamente 
imputado.. 
Comprovada a probabilidade do direito e o perigo de dano ou risco ao resultado seja útil do processo, 
impera-se a tutela de urgência, sem justificação prévia, nos termos no Art. 300, §2º, do CPC, a fim de 
que haja a imediata anulação do ato demissional ilegal e o autor seja imediatamente reintegrada ao cargo 
anterior ocupado com todas as vantagens a que faz jus. 
IV – DO PEDIDO 
Requer-se: 
a) A nulidade total do ato administrativo em desfavor do impetrante; 
b) O deferimento da liminar, concedendo a imediata reintegração dos vencimentos a que faz jus o 
impetrante, assim como o pagamento de verbas remuneratórias desde a sua demissão e o 
deferimento definitivo da presente segurança confirmada a liminar referida; 
 
 
c) Que seja notificada a autoridade coatora para que preste informações; 
d) Que seja concedido o benefício da gratuidade da justiça, abrangendo também a autenticação dos 
documentos; 
Dá à causa o valor de R$1.000,00 
Termos em que 
Pede deferimento. 
Local e data... 
Advogado... 
OAB...

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