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1 aula de Prática Simulada Constitucional - Mandado de Segurança

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PRÁTICA SIMULADA CONSTITUCIONAL 
CONSIDERAÇÕES INICIAIS
O processo é o meio utilizado para solucionar os litígios. O Direito Processual Civil prevê duas espécies de processo: o de conhecimento ou de cognição e o de execução.
Processo de conhecimento: No processo de conhecimento as partes levam ao conhecimento do Juiz, os fatos e fundamentos jurídicos, para que ele possa substituir por um ato seu a vontade de uma das partes.
Processo de execução: Está regulamentado no Livro II do Código de Processo Civil, a partir do seu art. 77. É o meio pelo qual alguém é levado a juízo para solver uma obrigação que tenha sido imposta por lei ou por uma decisão judicial. 
Enquanto o processo forma uma relação processual em busca da pretensão jurisdicional, o procedimento é o modo e a forma como os atos do processo se movimentam. Procedimento, segundo alguns autores, é expressão sinônima a rito.
O PROCEDIMENTO COMUM NO PROCESSO DE CONHECIMENTO
O procedimento comum está regulamentado no Título I do Livro I do Código de Processo Civil (art. 318 e seguintes).
De acordo com o art. 318 do Código de Processo Civil: 
Art. 318: Aplica-se a todas as causas o procedimento comum, salvo disposição em contrário deste Código ou de lei.
Parágrafo único. O procedimento comum aplica-se subsidiariamente aos demais procedimentos especiais e ao processo de execução.
PROCEDIMENTOS ESPECIAIS
Os procedimentos especiais estão previstos no Código de Processo Civil e em leis esparsas, conforme ocorre com o mandado de segurança e o habeas data. No Código de Processo Civil, podemos encontrar no Título III, as seguintes ações: Da ação de consignação em pagamento, da ação de exigir contas, das ações possessórias.
ATIVIDADE JURISDICIONAL – ESTRUTURA DO ESTADO
A estrutura do Estado é estabelecida com base na forma federativa, que admite duas ordens de organização: Federal e Estadual. Portanto, coexistem a Justiça Federal, que tem as competências previstas expressamente na Constituição Federal, e a Justiça Estadual, cabendo-lhe a competência residual. 
Quanto à competência disposta na Constituição Federal, o Judiciário estrutura-se em 2 (dois) âmbitos: comum e especializado. Portanto, a Justiça Federal pode ser: comum ou especializada (Justiça do Trabalho, Eleitoral e Militar). Já na Justiça Estadual há somente a Justiça Militar Especializada.
São órgãos do Poder Judiciário, na forma do art. 92, I a VII, da CRFB/88:
a) O Supremo Tribunal Federal;
b) O Conselho Nacional de Justiça;
c) O Superior Tribunal de Justiça;
d) O Tribunal Superior do Trabalho;
e) Os Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais;
f) Os Tribunais e Juízes do Trabalho;
g) Os Tribunais e Juízes Eleitorais;
h) Os Tribunais e Juízes Militares;
i) Os Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios.
O Supremo Tribunal Federal e os Tribunais Superiores têm sede na Capital Federal e jurisdição em todo o território nacional (art. 92, §1º e §2º). O Conselho Nacional de Justiça também tem sede em Brasília, mas é desprovido de atividade jurisdicional.
ELEMENTOS DA AÇÃO
Os elementos da ação configuram os requisitos da ação exigidos pela lei para que seja viável a análise da pretensão apresentada na petição inicial. A ausência de um deles gera a extinção do processo sem resolução do mérito (art. 17 c/c art. 337, XI, do CPC). São eles:
1) Legitimidade das partes; 
2) Interesse processual.
Legitimidade das partes: A legitimidade das partes (“ad causam” ou legitimidade para agir) pode ser conceituada como o poder jurídico de conduzir validamente um processo em que se discute um determinado conflito. A legitimidade pode ser exclusiva (atribuída a um único sujeito), concorrente (atribuída a mais de um sujeito), ordinária (o legitimado discute direito próprio) e extraordinária (o legitimado, em nome próprio, discute direito alheio). Diz respeito ao polo ativo e passivo da demanda. 
Interesse Processual: É verificado pela reunião de duas premissas: a utilidade e a necessidade do processo. A utilidade está em se demonstrar que o processo pode propiciar benefícios, a necessidade do processo se constata quando o proveito de que se precisa só é possível alcançar por meio do Judiciário, ou seja, a solução amigável não foi atingida. 
REQUISITOS DA PETIÇÃO INICIAL
A petição inicial possui requisitos formais que se encontram previstos no art. 319 do CPC. São eles:
a) O juízo a que é dirigida (endereçamento);
b) Os nomes, os prenomes, o estado civil, a existência de união estável, a profissão, o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, o endereço eletrônico, o domicílio e a residência do autor e do réu;
c) O fato e os fundamentos jurídicos do pedido (causa de pedir);
d) O pedido com as suas especificações (pedido);
e) O valor da causa;
f) As provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados (requerimento de provas);
g) A opção do autor pela realização ou não de audiência de conciliação ou de mediação.
CONTAGEM DE PRAZOS NO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL
De acordo com o estabelecido no art. 219 do CPC, na contagem de prazo em dias, estabelecido por lei ou pelo Juiz, computar-se-ão somente os dias úteis. 
Importante destacar, o art. 224 do Código de Processo Civil: 
Art. 224. Salvo disposição em contrário, os prazos serão contados excluindo o dia do começo e incluindo o dia do vencimento.
§ 1º Os dias do começo e do vencimento do prazo serão protraídos para o primeiro dia útil seguinte, se coincidirem com dia em que o expediente forense for encerrado antes ou iniciado depois da hora normal ou houver indisponibilidade da comunicação eletrônica.
§ 2º Considera-se como data de publicação o primeiro dia útil seguinte ao da disponibilização da informação no Diário da Justiça eletrônico.
§ 3º A contagem do prazo terá início no primeiro dia útil que seguir ao da publicação.
MANDADO DE SEGURANÇA 
Conceito: O mandado de segurança individual, cuja natureza processual é de ação civil de rito sumaríssimo, é cabível contra ato comissivo ou omissivo de autoridade, seja de que categoria for e sejam quais forem as funções que exerça, que lese, ou ameace de lesão, direito subjetivo individual líquido e certo, não amparado por “habeas corpus” ou “habeas data” (art. 5º , LXIX, CF). 
Segundo o §1º, do art. 1º, da Lei nº 12.016/09, equiparam-se às autoridades “os representantes ou órgãos de partidos políticos e os administradores de entidades autárquicas, bem como os dirigentes de pessoas jurídicas ou as pessoas naturais no exercício de atribuições do poder público”.
Direito líquido e certo: Comprovado por meio de prova pré-constituída (em regra, documental). Direito líquido e certo é, segundo o Prof. Hely Lopes Meirelles, aquele “que se apresenta manifesto na sua existência, delimitado na sua extensão e apto a ser exercitado no momento da impetração. (...). Em última análise, direito líquido e certo é direito comprovado de plano”. Pode-se concluir que no mandado de segurança não cabe produção de provas, ou o impetrante demonstra de forma inquestionável o seu direito, ou terá sua petição indeferida. 
Previsão legal: O mandado de segurança está disciplinado no artigo 5º, inciso LXIX da CF e na Lei nº 12.016 de 07 de agosto de 2009 (Lei do Mandado de Segurança - LMS).
Admissibilidade: O mandado de segurança só pode ser concedido diante de direito líquido e certo, isto é, direito apto a ser comprovado de plano, mediante prova documental.
Características: a) Ação civil; b) Rito sumaríssimo; c) Decisão é exequível; d) Caráter subsidiário, pois protege direito líquido e certo não amparado por “habeas corpus” e “habeas data”; e) Instrumento de liberdade civil e política, pois, é usado para que os indivíduos se defendam de atos ilegais ou praticados com abuso de poder.
Finalidade: Reparar ou afastar ou corrigir ilegalidade (desconformidade com a lei) ou abuso de poder (desvio de poder ou excesso de poder) praticado por autoridade ou agentes no exercício de função pública ao direito líquido e certo. Desvio de poder – Ocorre quandoa autoridade, tendo competência para praticar o ato, realiza-o com finalidade diversa daquela prevista em lei. Excesso de poder – A autoridade, embora competente e observando as formalidades legais, ultrapassa os limites que lhe eram permitidos por lei.
Liminar: Estabelece o art. 7º, III da LMS que o Juiz, ao despachar a inicial, deve decidir sobre a concessão, ou não, da medida liminar, cujos requisitos de admissibilidade são a relevância dos motivos em que se funda o pedido “Fumus boni juris” e a possibilidade de ocorrência de sessão irreparável “Periculum in mora”.
Considerando o poder geral de cautela de que está investido o Juiz, este poderá, presentes os requisitos de admissibilidade, conceder a medida liminar até mesmo “ex officio”. Da mesma forma, o Juiz poderá decretar a perempção ou caducidade da medida liminar quando o impetrante criar obstáculo ao normal andamento do processo ou deixar de promover, por mais de 3 (três) dias úteis, os atos e as diligências que lhe cumprirem. (Art. 8º, LMS). 
Recurso: Da decisão do Juiz de primeiro grau que conceder ou denegar a liminar caberá agravo de instrumento (Art. 7º, §1º, LMS).
Natureza: Ação constitucional de natureza civil, ou seja, não tem natureza recursal, encontrando-se no rol das ações constitucionais. O mandado de segurança pode ser impetrado contra ato de autoridade civil como criminal, desde que haja violação a direito líquido e certo. A competência será determinada em razão da matéria versada na impetração. 
Procedimento: O Mandado de Segurança é ação de rito sumário especial, sendo que o seu procedimento está previsto na Lei nº 12.016/09. 
Ato coator: É ato ou omissão de autoridade pública (ato praticado ou omitido por pessoa investida de parcela de poder público), eivado de ilegalidade ou abuso de poder. As expressões “ilegalidade ou abuso de poder” estão previstas na CRFB, no seu art. 5º, LXIX, mas é certo que ilegalidade é gênero, e abuso de poder é espécie. Isso porque os elementos do ato administrativo (competência, finalidade, forma, motivo e objeto) devem todos ser respeitados, sob pena de ilegalidade, e abuso de poder, pode ser vício de competência (excesso de poder) ou de finalidade (desvio de finalidade). 
I – Petição inicial (art. 6º, LMS): 
a) Além dos requisitos dos artigos 319 e 320 do CPC, a petição inicial deve indicar a autoridade coatora e a pessoa jurídica que esta integre e ser apresentada em duas vias, assim como os documentos que a acompanham; 
b) Formados os autos, estes vão conclusos para o Juiz, que poderá:
1) Determinar que o autor emende a inicial no prazo de 15 (quinze) dias (art. 321 do CPC); 
2) Indeferir de pronto a inicial (art. 10, LMS);
3) Recebê-la, concedendo ou não a liminar, determinando a notificação da autoridade coatora a fim de que, no prazo de 10 (dez) dias, preste as informações que achar necessárias, assim como a intimação do órgão de representação judicial da pessoa jurídica interessada (cópia da inicial sem os documentos).
II – Intimação do Ministério Público (art. 12, LMS): Decorrido o prazo para que a autoridade preste informações, os autos serão enviados ao representante do Ministério Público para que se manifeste. 
III – Sentença: 
a) O Juiz deverá proferir a sentença no prazo de 30 (trinta) dias;
b) A sentença que conceder o mandado fica sujeita ao duplo grau de jurisdição, podendo, entretanto, ser executada provisoriamente; 
c) Da sentença, negado ou concedendo o mandado, cabe apelação (art. 14, LMS);
d) Não há sucumbência em mandado de segurança (art. 25, LMS). 
Legitimidade ativa: O impetrante, para ter legitimidade ativa, há de ser o titular do direito individual ou coletivo líquido e certo, para o qual pede proteção pelo mandado de segurança. Tanto pode ser pessoa física ou jurídica e até mesmo entidade sem personalidade jurídica, desde que tenha capacidade postulatória, como por exemplo: o espólio, a massa falida, etc.
O Ministério Público tem legitimidade para a impetração, nos termos do artigo 32, inciso I, da Lei Orgânica Nacional do Ministério Público (Lei nº 8.625/93).
Quanto à capacidade postulatória, o mandado de segurança subordina-se às regras do processo civil e só pode ser impetrado por meio de profissional habilitado (advogado inscrito na OAB).
Legitimidade Passiva: Autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público. As autoridades públicas são pessoas físicas que desempenham funções de natureza pública, na qualidade de agentes políticos ou administrativos. Coatora será sempre a autoridade superior que pratica ou ordena, especialmente, a execução ou inexecução do ato impugnado. Só pode ser impetrado contra aquele que tiver poderes para desfazer o abuso.
Os agentes de pessoas jurídicas com atribuições de Poder Público são todos os agentes de pessoas jurídicas privadas que executem, a qualquer título atividades, serviços e obras públicas. Ex: Diretor de escola particular que nega abusivamente uma matrícula ou instituição bancária que se recusa ilegalmente a abrir uma conta corrente. (São entidades privadas, mas, no caso, praticam atividade pública por delegação, equiparando-se a autoridades).
Observação: O mandado de segurança nunca é impetrado contra a pessoa jurídica de direito público ou com funções delegadas, mas contra a pessoa física que, no momento da impetração, estiver desempenhando a função da autoridade coatora.
Prazo: O prazo para a impetração é de 120 (cento e vinte) dias, a partir da ciência oficial do ato impugnado. (Art. 23 da LMS). De acordo com o teor da Súmula 632 do STF: “É constitucional lei que fixa o prazo de decadência para a impetração de mandado de segurança”. O prazo decadencial não se suspende e não se interrompe, e seu esgotamento leva à extinção do direito de impetrar o mandamus, não do direito material ameaçado ou violado.
Forma: A impetração pode ser feita por telegrama, radiograma, fax ou outro meio eletrônico de autenticidade comprovada ao Juiz competente, em caso de urgência. (Art. 4º LMS). 
Dilação Probatória: Não há exame aprofundado de provas. O pressuposto do mandado de segurança, é a ausência de dúvida quanto à situação de fato, que deve ser provada documentalmente. Qualquer incerteza sobre os fatos decreta o descabimento da reparação da lesão através do mandado, devendo a parte pleitear seus direitos através de ação que comporte dilação probatória.
Competência: Com o objetivo de estabelecer-se com exatidão qual é o órgão competente para processar e julgar o mandado de segurança, é necessário, previamente, identificar quem é a autoridade coatora, qual a sua categoria e a que órgão está ligada (Federal, Estadual, Municipal). Alguns casos já estão expressamente previstos na própria Constituição Federal, vejamos: 
É da competência do STF processar e julgar mandado de segurança contra atos do Presidente da República, das Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, do Tribunal de Contas da União, do Procurador-Geral da República e do próprio STF (art. 102, I, “d”, CF); 
É da competência do STJ processar e julgar mandado de segurança contra atos de Ministros de Estado ou do próprio Tribunal (art. 105, I, “b”, CF);
É da competência dos Tribunais Regionais Federais processar e julgar mandado de segurança contra ato do próprio Tribunal ou de Juiz Federal (art. 108, I, “c”, CF); 
É da competência dos Juízes Federais processar e julgar mandado de segurança contra ato de autoridade Federal (art. 109, VIII, CF).
Observação: Ato do Juiz de primeira instância será julgado pelo Tribunal Estadual; c) Ato dos Tribunais Estaduais serão julgados pelo STJ; d) Atos do STJ e demais Tribunais Superiores serão julgados pelo STF; e) Mandado de segurança ajuizado contra ato de Promotor de Justiça, será julgado pelo Juízo monocrático.
Não cabimento do Mandado de Segurança: Não se concederá o Mandado de Segurança quando se tratar: I – De ato do qual caiba recurso administrativo com efeito suspensivo, independentemente de caução; II – Da decisão judicial da qual caiba recurso com efeito suspensivo; III– Da decisão judicial transitada em julgado. 
Cabimento contra ato disciplinar: É possível, quando a autoridade for incompetente ou não houver observância das formalidades previstas em lei.
Cabimento contra lei em tese: Não cabe, pois, norma geral e abstrata não geram lesão a direitos subjetivos.
Espécies: a) Preventivo: Serve para afastar ameaça ou justo receio de lesão a direito; b) Repressivo: Serve para afastar constrangimento ou ato lesivo a direito.
Modalidades de Mandado de Segurança: 
a) Mandado de Segurança Individual (art. 5º, LXIX): O impetrante é o titular do direito líquido e certo, como por exemplo: a pessoa natural, os órgãos públicos, as universalidades de bens (espólio, massa falida, etc.), a pessoa jurídica, nacional ou estrangeira, domiciliada no Brasil ou no exterior. Também pode ser utilizado por Mesas do Congresso, do Senado, da Câmara dos Deputados, Presidências dos Tribunais, Chefias do Poder Executivo, do Ministério Público e do Tribunal de Contas. 
b) Mandado se Segurança Coletivo: No art. 5.º, LXX, discorre o cabimento de Mandado de Segurança Coletivo, com a mesma legislação do mandado de segurança individual, com o seguinte texto:
“Art. 5.º LXX – o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por:
a) Partido político com representação no Congresso Nacional, ainda que o partido esteja representado em apenas uma das Casas Legislativas, não se exigindo a pertinência com os interesses de seus membros, tendo em vista a sua importância para assegurar o sistema representativo adotado pelo país;
b) Organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída em funcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus membros ou associados”.
Recursos: 
a) Da decisão que concede ou denega a liminar: caberá agravo de instrumento (art. 7,§1º, da Lei nº 12.016/09);
b) Da sentença concessiva ou denegatória: caberá apelação (art. 14, da Lei nº 12.016/09);
c) Do acórdão denegatório da segurança proferido em única instância pelos Tribunais (TRF e TJ), cabe Recurso Ordinário Constitucional ao STJ;
d) Do acórdão denegatório da segurança proferido em única instância pelos Tribunais Superiores (STJ, STM, TSE e TST), cabe Recurso Ordinário Constitucional ao STF;
e) Do acórdão concessivo da segurança em única ou última instância pelos Tribunais (TRF e TJ), caberá Recurso Extraordinário ou Recurso Especial, desde que preenchidos os requisitos específicos dos recursos excepcionais. 
Hipóteses de cabimento de Mandado de Segurança: 1) Compensação de crédito tributário; 2) Liberação de bens e mercadorias provenientes do exterior; 3) Reclassificação ou equiparação de servidor público; 4) Convocação em concurso público de candidato aprovado dentro do número de vagas; 5) Evitar corte no fornecimento de energia elétrica por falta de pagamento; 6) Vista do inquérito policial por advogado; 7) Acompanhar cliente na fase de inquérito policial; 8) Entrevista reservada do advogado com o cliente; 9) Obtenção de certidões; 10) Direito da juntada de documentos; 11) Não admissibilidade do assistente da acusação; 12) Apreensão de objetos sem relação com o crime; 13) Restituição de coisa apreendida por terceiro de boa-fé; 14) Acompanhar perícia; 15) Para oferecer quesitos em prova pericial; 16) Recusa de expedição de certidão negativa de antecedentes; 17) Direito a aposentadoria quando preenchidos os requisitos legais.
Enunciados da Súmula do STF:
Súmula nº 266: Não cabe mandado de segurança contra lei em tese.
Súmula nº 267: Não cabe mandado de segurança contra ato judicial passível de recurso ou correição.
Súmula nº 268: Não cabe mandado de segurança contra decisão judicial com trânsito em julgado.
Súmula nº 430: Pedido de reconsideração na via administrativa não interrompe o prazo para o mandado de segurança.
Súmula nº 512: Não cabe condenação em honorários de advogado na ação de mandado de segurança.
Súmula nº 624: Não compete ao Supremo Tribunal Federal conhecer originariamente de mandado de segurança contra atos de outros Tribunais.
Súmula nº 625: Controvérsia sobre matéria de direito não impede concessão de Mandado de segurança.
Súmula nº 632: É constitucional lei que fixa o prazo de decadência para a impetração de mandado de segurança.
 
MODELO DE MANDADO DE SEGURANÇA
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA .....VARA CÍVEL DA COMARCA DE...
(10 linhas)
					NOME DO IMPETRANTE, (nacionalidade), (estado civil), (profissão), (se for pessoa jurídica indicar se de direito privado, público interno ou público externo), portador da cédula de identidade n°..., inscrito no CPF/MF ou CNPJ/MF n °..., endereço eletrônico, domiciliado à rua (se for pessoa jurídica “com sede à rua...”(respeitar esta ordem de qualificação completa conforme art. 319, inc. II CPC), vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, por seu advogado ao final subscrito, com endereço profissional na..., bairro..., cidade..., Estado..., que indica para os fins do artigo 77, inciso V do Código de Processo Civil, com fundamento no artigo 5º, LXIX, da Constituição Federal e na Lei nº 12.016/09, impetrar MANDADO DE SEGURANÇA COM PEDIDO LIMINAR, contra ato do (fulano de tal) da empresa (NOME DO IMPETRADO), (se for pessoa jurídica indicar se de direito privado, público interno ou público externo), inscrita no CNPJ/MF n °..., endereço eletrônico, com sede à rua...”pelos fundamentos de fato e de direito a seguir expostos: 
(espaço de uma linha)
PRIORIDADE NA TRAMITAÇÃO (QUANDO COUBER)
(espaço de uma linha)
GRATUIDADE DE JUSTIÇA (QUANDO COUBER)
(espaço de uma linha)
DOS FATOS
Fazer uma apertada síntese dos fatos, com todas as suas circunstâncias, sem inventar dados. 
DO CABIMENTO DO WRIT:
(Exposição sumária do direito que se objetiva assegurar e o perigo de dano/ou risco “fumus boni iuris” e “periculum in mora”). Demonstrar que está havendo uma violação ao direito líquido e certo ou está na iminência de violar o direito líquido e certo e que trará irrecuperáveis prejuízos ao impetrante.
DA LIMINAR: 
Com escopo de garantir os direitos do impetrante e evitar que sofra graves e irreparáveis prejuízos, é necessário que se conceda a liminar determinando (fazer o pedido pertinente).....até final decisão deste mandamus.
(espaço de uma linha)
DOS FUNDAMENTOS
Narrar a fundamentação jurídica pertinente ao caso concreto (dispositivo legal), evidenciando a existência do direito líquido e certo violado. 
Nesse sentido é a doutrina: (inserir a doutrina, usar recuo de margem (esquerda) por se tratar de citação, identificar o doutrinador e sua obra)
Nesse sentido é a jurisprudência do Egrégio Tribunal: 
(inserir a jurisprudência, usar recuo de margem (esquerda) por se tratar de citação, identificar o julgado)
(espaço de uma linha)
DOS PEDIDOS
Diante do exposto, requer a Vossa Excelência:
a) Prioridade na tramitação do feito (se for o caso).
b) Gratuidade de justiça (se for o caso).
c) Que o presente writ seja recebido e regularmente processado, determinando-se seja concedida a liminar pleiteada para...(fazer o pedido pertinente), medida esta que deverá ser, após a oitiva do ilustre representante do Ministério Público e da prestação de informações pelo representante legal da impetrada, tornada definitiva;
d) Seja determinada com escopo de atender-se a norma do inciso II, do artigo 7º, da lei do mandado de segurança, a intimação da empresa...., na pessoa de seu representante legal, a fim de que tome ciência do feito. 
e) No mérito, sejam ao final confirmados os efeitos da liminar, sendo julgado integralmente PROCEDENTE o pedido.
						Dá-se à causa o valor de R$ 1.000,00 (Hum mil reais).
						Nestes termos,
Pede deferimento.
Local e data.
...............................................
Nome completo do advogado 
							 OAB/UF n.º... 
CASO CONCRETO: XIX Exame da OAB - Direito Administrativo. Adaptado.
 
Marcos Silva, aluno de uma Universidade Federal, autarquia federal, inconformado com a nota que lhe fora atribuída em uma disciplina do curso de graduação, abordou a professoraMaria Souza, servidora pública federal, com um canivete em punho e, em meio a ameaças, exigiu que ela modificasse sua nota. Nesse instante, a professora, com o propósito de repelir a iminente agressão, conseguiu desarmar e derrubar o aluno, que, na queda, quebrou um braço. Diante do ocorrido, foi instaurado Processo Administrativo Disciplinar (PAD), para apurar eventual responsabilidade da professora. Ao mesmo tempo, a professora foi denunciada pelo crime de lesão corporal. Na esfera criminal, a professora foi absolvida, uma vez que restou provado ter agido em legítima defesa, em decisão que transitou em julgado. O processo administrativo, entretanto, prosseguiu, sem a citação da servidora, pois a Comissão nomeada entendeu que a professora já tomara ciência da instauração do procedimento por meio da imprensa e de outros servidores. Ao final, a Comissão apresentou relatório pugnando pela condenação da servidora à pena de demissão. O PAD foi encaminhado ao reitor da universidade para a decisão final, que, sob o fundamento de vinculação ao parecer emitido pela Comissão, aplicou a pena de demissão à servidora, afirmando, ainda, que a esfera administrativa é autônoma em relação à criminal. Em 11/01/2017, a servidora foi cientificada de sua demissão, por meio de publicação em Diário Oficial, ocasião em que foi afastada de suas funções, e, em 22/02/2017, procurou seu escritório para tomar as medidas judiciais cabíveis, informando, ainda, que, desde o afastamento, está com sérias dificuldades financeiras. Como advogado(a), elabore a peça processual adequada para amparar a pretensão de sua cliente, analisando todos os aspectos jurídicos apresentados. 
Elabore a peça adequada, considerando que: 
I. não há necessidade de dilação probatória; 
II. já transcorreram mais de 30 (trintas) dias desde a publicação da demissão; 
III. deverá ser adotada a medida judicial cujo procedimento seja, em tese, o mais célere.
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