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Processos Proliferativos Não Neoplásicos

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Maria Eduarda de Alencar – Odontologia 2019.2 
Processos Proliferativos Não Neoplásicos 
Introdução 
- São lesões proliferativas – com crescimento 
tecidual – mas não são neoplásicos, tem início por 
causa de traumas físicos, irritações, acúmulo de 
biofilme, resumindo, trata-se de uma resposta 
exagerada do tecido frente a algum problema; 
→ Hiperplasia Fibrosa 
→ Hiperplasia Fibrosa Inflamatória 
→ Granuloma Piogênico 
→ Lesão de Células Gigantes 
!!! Central 
!!! Periférica 
→ Fibroma Ossificante Periférico 
- Todos esses processos proliferativos são 
relativamente comuns. 
Hiperplasia Fibrosa 
- É uma das lesões mais frequentes na cavidade 
oral; 
- Trata-se de uma hiperplasia reacional do tecido 
conjuntivo fibroso em resposta à irritação ou 
trauma local de crescimento lento; 
→ Características Clínicas e Radiográficas 
- Embora possa ocorrer em qualquer lugar da 
boca, a localização mais comum é a mucosa 
jugal, ao longo da linha de oclusão; 
 
- Presumivelmente, isto é uma consequência do 
trauma da mordida na bochecha; 
- A mucosa labial, a língua e a gengiva também 
são localizações comuns. Além disso, é provável 
que muitos fibromas gengivais representem uma 
maturação fibrosa de um granuloma piogênico 
preexistente; 
- Tipicamente, a lesão se apresenta como um 
nódulo de superfície lisa e coloração rosada, 
similar à coloração da mucosa circunjacente; 
- Em pacientes negros, o aumento de volume pode 
demonstrar uma pigmentação cinza-acastanhada; 
 
- Em alguns casos, a superfície pode se 
apresentar branca em decorrência da 
hiperceratose, resultante da irritação contínua. 
- Muitos fibromas são sésseis, embora alguns 
sejam pedunculados – base menor que o corpo. 
Seus tamanhos podem variar de pequenas 
lesões, com apenas poucos milímetros de 
diâmetro, a grandes aumentos de volume com 
muitos centímetros de diâmetro, entretanto, a 
maioria dos fibromas tem 1,5 cm ou menos de 
diâmetro; 
- A lesão usualmente não produz sintomas, a 
menos que ocorram ulcerações traumáticas 
secundárias em sua superfície; 
- Os fibromas de irritação são mais comuns da 
quarta à sexta década de vida, e a proporção 
homem-mulher dos casos submetidos à biópsia é 
de 1:2; 
OBS.: A hiperplasia do freio é um tipo comum 
de hiperplasia fibrosa que ocorre mais 
frequentemente no freio labial superior, ela se 
apresenta como pequenos crescimentos 
exofíticos – se desenvolve ou está do lado 
externo do órgão ou estrutura – assintomáticos 
aderidos à fina superfície do freio. 
 
→ Características Histopatológicas 
- Aumento de volume nodular de tecido 
conjuntivo fibroso – usualmente denso e 
colagenizado, embora em alguns casos seja de 
natureza frouxa – recoberto por epitélio 
escamoso estratificado queratinizado; 
- A lesão não é encapsulada e o tecido 
conjuntivo se mistura gradualmente ao tecido 
conjuntivo circunjacente; 
 
 
- Os feixes colágenos podem estar arranjados 
de forma irradiada, circular ou aleatoriamente. 
O epitélio de superfície geralmente demonstra 
atrofia das cristas epiteliais devido ao aumento 
de volume do tecido subjacente; 
 
- A superfície pode exibir hiperceratose secundária 
a trauma. Além disso, pode ser observada 
inflamação difusa, principalmente abaixo da 
superfície epitelial. Usualmente, esta inflamação 
é crônica e consiste principalmente em linfócitos e 
plasmócitos; 
→ Tratamento e Prognóstico 
- O fibroma de irritação é tratado pela excisão 
cirúrgica conservadora; 
- A recidiva é extremamente rara. Entretanto, é 
importante que o tecido excisado seja 
encaminhado para exame microscópico, já que 
outros tumores benignos e malignos podem 
mimetizar a aparência clínica de um fibroma; 
- Pelo fato de a hiperplasia do freio ser pequena, 
crescimentos não expressivos que são facilmente 
diagnosticados clinicamente, geralmente nenhum 
tratamento é necessário. 
Hiperplasia Fibrosa Inflamatória 
- A epúlide fissurada é uma hiperplasia de tecido 
conjuntivo fibroso, semelhante a um tumor, 
que se desenvolve em associação com as 
bordas de uma prótese total ou parcial mal 
adaptada; 
- Embora o simples termo epúlide seja, algumas 
vezes, usado como sinônimo de epúlide fissurada, 
epúlide é, na verdade, um termo genérico que 
pode ser aplicado a qualquer tumor da gengiva 
ou do rebordo alveolar. Desse modo, alguns 
autores defendem a não utilização deste termo, 
preferindo denominar a lesão de hiperplasia 
fibrosa inflamatória ou utilizar outras 
denominações descritivas; 
→ Características Clínicas e Radiográficas 
- Tipicamente a epúlide fissurada se apresenta 
como uma única prega ou múltiplas pregas de 
tecido hiperplásico no vestíbulo alveolar; 
- Mais frequentemente, duas pregas de tecido 
estão presentes, e as bordas da prótese 
associada se encaixam perfeitamente dentro 
da fissura entre as pregas; 
 
OBS.: Antigamente, devido a presença da câmara 
de sucção – depressão/dispositivo presente nas 
próteses para aumentar a instabilidade dela – era 
possível observar um crescimento do tecido 
para dentro dela, formando uma área elevada de 
tecido no palato – hiperplasia por câmara de 
sucção. Nesse caso, o tratamento não precisa 
ser cirúrgico, podia-se apenas preencher essa 
câmara com resina, e a pressão gerada faria o 
excesso de tecido sumir/regredir, diferente das 
pregas, que não somem. 
- O tecido redundante usualmente é firme e 
fibroso, embora algumas lesões se apresentem 
eritematosas e ulceradas, semelhantes ao 
granuloma piogênico. Ocasionalmente, observa-
se áreas de hiperplasia papilar inflamatória em 
sua superfície; 
- O tamanho da lesão pode variar de hiperplasias 
localizadas menores que 1 cm, a grandes lesões 
que envolvem grande parte da extensão do 
vestíbulo; 
- Usualmente se desenvolve na face vestibular 
do rebordo alveolar, embora lesões ocasionais 
possam ser vistas na face lingual do rebordo 
alveolar inferior; 
- Ocorre mais comumente em adultos de meia-
idade e em idosos, como era de se esperar para 
uma lesão relacionada ao uso de prótese. Pode 
ocorrer tanto na maxila quanto na mandíbula, 
sendo a porção anterior dos ossos maxilares 
mais afetada do que as porções posteriores; 
- Há uma pronunciada predileção pelo gênero 
feminino; 
 
→ Características Histopatológicas 
- Hiperplasia do tecido conjuntivo fibroso. 
Geralmente múltiplas pregas e sulcos ocorrem 
no local onde a prótese traumatiza o tecido; 
 
- O epitélio de revestimento é do tipo 
estratificado pavimentoso, frequentemente é 
hiperparaqueratinizado com uma hiperplasia 
irregular das cristas epiteliais. Em alguns casos, 
o epitélio exibe hiperplasia papilar inflamatória ou 
hiperplasia pseudoepiteliomatosa; 
 
- Áreas focais de ulceração não são raras, 
especialmente na base das fissuras entre as 
pregas; 
- Um infiltrado inflamatório crônico variável 
está presente. Algumas vezes, podem estar 
presentes eosinófilos, ou ocorrer a formação de 
folículos linfoides; 
 
- Se as glândulas salivares menores estiverem 
incluídas no espécime, usualmente exibirão 
sialoadenite crônica; 
- Em raras situações, observa-se a formação de 
tecido osteoide ou condroide. Esta aparência 
incomum, conhecida como metaplasia óssea e 
condromatosa, é um fenômeno reativo causado 
pela irritação crônica da prótese mal adaptada. A 
natureza irregular deste osso ou cartilagem pode 
ser microscopicamente alterada, e o patologista 
não deve confundi-la com um sarcoma; 
→ Tratamento e Prognóstico 
- O tratamento consiste na remoção cirúrgica, 
com exame microscópico do tecido removido. 
A prótese mal adaptada deve ser refeita ou 
corrigida para prevenir a recidiva da lesão. 
Granuloma Piogênico 
- O granuloma piogênico é um crescimento 
semelhante a tumor da cavidade oral que, 
tradicionalmente, tem sido considerado como 
tendo natureza não-neoplásica; 
- Embora originalmente se acreditasse que a lesão 
fosse causada por organismos piogênicos – que 
geram pus – atualmente acredita-se que não 
esteja relacionada a infecção; 
- Acredita-seque o granuloma piogênico 
represente uma resposta tecidual a um irritante 
local ou a um trauma – acúmulo de placa 
também pode gerar um granuloma. Apesar de seu 
nome, não é um granuloma verdadeiro; 
→ Características Clínicas e Radiográficas 
- O granuloma piogênico é um aumento de 
volume com superfície lisa ou lobulada, que 
usualmente é pedunculada, embora algumas 
lesões sejam sésseis; 
- A superfície é caracteristicamente ulcerada e 
varia do rosa ao vermelho ao roxo, dependendo 
da idade da lesão – granulomas piogênicos jovens 
têm aparência altamente vascular, enquanto 
lesões mais antigas tendem a se tornar mais 
colagenizadas e apresentar coloração rosa; 
- Seu tamanho pode variar de pequenos 
crescimentos com poucos milímetros, a grandes 
lesões que podem medir vários centímetros de 
diâmetro; 
- Tipicamente, o crescimento é indolor, embora 
em geral sangre facilmente devido à sua 
extrema vascularização; 
- Os granulomas piogênicos podem exibir um 
crescimento rápido, o que pode alarmar tanto o 
paciente quanto o clínico, que poderão temer uma 
lesão maligna; 
- Marcante predileção pela gengiva – lesões são 
ligeiramente mais comuns na gengiva superior do 
que na gengiva inferior, sendo as áreas anteriores 
mais frequentemente afetadas do que as 
posteriores – representando 75% dos casos. 
Essas lesões são mais comuns na face 
vestibular da gengiva do que na face lingual, 
sendo que algumas lesões estendem-se por 
entre os dentes, envolvendo tanto a gengiva 
vestibular quanto a lingual. Em muitos pacientes, 
a irritação e a inflamação gengivais resultantes 
da má higiene oral podem ser fatores 
precipitadores; 
 
- Os lábios, a língua e a mucosa jugal são as 
outras localizações mais comuns. Não é 
incomum uma história de trauma antes do 
desenvolvimento da lesão, especialmente para 
os granulomas piogênicos extragengivais; 
 
- Embora o granuloma piogênico possa se 
desenvolver em qualquer faixa etária, ele é mais 
comum em crianças e adultos jovens. Muitos 
estudos também demonstram uma predileção pelo 
gênero feminino, possivelmente devido aos efeitos 
vasculares dos hormônios femininos; 
OBS.: Os granulomas piogênicos da gengiva 
frequentemente se desenvolvem em mulheres 
grávidas, quando os termos tumor gravídicos ou 
granuloma gravídico geralmente são usados. O 
crescimento gradual no desenvolvimento destas 
lesões durante a gravidez pode estar relacionado 
ao aumento dos níveis de estrogênio e 
progesterona com a progressão da gravidez. 
Após a gravidez, com o retorno dos níveis 
hormonais normais, alguns destes granulomas 
piogênicos resolvem-se sem tratamento ou 
sofrem maturação fibrosa e lembram um 
fibroma. Caso necessário, o tratamento deve ser 
postergado, a menos que se desenvolvam 
problemas funcionais ou estéticos significativos. A 
taxa de recidiva é alta para os granulomas 
piogênicos removidos durante a gravidez, e 
algumas lesões irão se resolver espontaneamente 
após o parto. 
→ Características Histopatológicas 
- Proliferação altamente vascular, semelhante 
ao tecido de granulação. Numerosos canais, 
pequenos e grandes, delimitados por endotélio, 
são formados e apresentam-se obliterados por 
hemácias; 
- Algumas vezes esses vasos são organizados em 
agregados lobulares. Usualmente a superfície é 
ulcerada e substituída por uma espessa 
membrana fibrinopurulenta – bem eosinofílica 
(micro) e amarelada (macro); 
 
- É evidente um infiltrado inflamatório misto de 
neutrófilos – mais prevalentes próximo à superfície 
ulcerada – plasmócitos e linfócitos, sendo as 
células inflamatórias crônicas são encontradas 
profundamente no espécime; 
 
- Lesões antigas podem ter áreas com aparência 
mais fibrosa; 
→ Diagnóstico Diferencial 
- Lesão periférica de células gigantes; 
- Hiperplasia – fibrosa – gengival inflamatória; 
- Fibroma Ossificante periférico; 
→ Tratamento e Prognóstico 
- O tratamento dos pacientes com granuloma 
piogênico consiste na excisão cirúrgica 
conservadora – para lesões gengivais, a excisão 
deve ser estendida para a região subperióstica e 
os dentes adjacentes devem ser raspados de 
modo eficaz, para remover qualquer fonte de 
irritação contínua – que usualmente é curativa; 
- O espécime deve ser submetido a exame 
microscópico para afastar o diagnóstico de 
lesões mais graves. Ocasionalmente, a lesão 
recidiva, e a reexcisão é necessária. Em raras 
situações são notadas múltiplas recidivas. 
Lesão Periférica de Células Gigantes 
- O granuloma periférico de células gigantes é um 
crescimento semelhante a tumor relativamente 
comum na cavidade oral; 
- Provavelmente não representa uma neoplasia 
verdadeira, mas sim uma lesão reacional 
causada por irritação local ou trauma; 
- O granuloma periférico de células gigantes 
apresenta características microscópicas muito 
semelhantes às do granuloma de células 
gigantes central; 
→ Características Clínicas e Radiográficas 
- Ocorre exclusivamente na gengiva ou no 
rebordo alveolar edêntulo, apresentando-se 
como um aumento de volume nodular de 
coloração que varia do vermelho ao vermelho-
azulado; 
 
- A maioria das lesões têm menos que 2 cm de 
diâmetro, embora grandes lesões sejam vistas 
ocasionalmente; 
- A lesão pode ser séssil ou pedunculada, e 
pode ou não ser ulcerada; 
- A aparência clínica é semelhante ao mais 
comum granuloma piogênico da gengiva, 
embora o granuloma periférico de células gigantes 
seja geralmente mais azul-arroxeado, comparado 
ao vermelho-brilhante de um granuloma piogênico 
típico; 
- Pode se desenvolver em praticamente qualquer 
idade, especialmente da primeira à sexta 
década de vida. Aproximadamente 60% dos 
casos ocorrem em mulheres; 
- A lesão pode se desenvolver tanto na região 
anterior como na região posterior da gengiva 
ou do rebordo alveolar, sendo a mandíbula 
ligeiramente mais afetada do que a maxila; 
- Embora o granuloma periférico de células 
gigantes desenvolva-se dentro dos tecidos moles, 
algumas vezes pode ser observada uma 
reabsorção em forma de “taça” do osso 
alveolar subjacente – diagnóstico diferencial 
para granuloma piogênico; 
 
→ Características Histopatológicas 
- Observa-se uma proliferação de células 
gigantes multinucleadas permeadas por 
células mesenquimais volumosas ovoides e 
fusiformes; 
 
- As células gigantes podem conter somente 
poucos núcleos ou várias dúzias. Algumas 
dessas células podem apresentar núcleos 
grandes e vesiculosos, enquanto outras 
demonstram núcleos pequenos e picnóticos; 
 
- As figuras de mitose são bastante comuns nas 
células mesenquimais de fundo; 
- Caracteristicamente, encontra-se uma 
hemorragia abundante em todo o aumento de 
volume, que geralmente resulta no depósito de 
pigmento de hemossiderina, especialmente na 
periferia da lesão. A superfície da mucosa de 
revestimento encontra-se ulcerada em 50% dos 
casos; 
- Geralmente uma zona de tecido conjuntivo 
denso separa a proliferação de células 
gigantes da superfície da mucosa; 
- Frequentemente, estão presentes células 
inflamatórias agudas e crônicas. Áreas de 
formação de osso reacional ou de calcificações 
distróficas não são incomuns; 
→ Diagnóstico Diferencial 
- Granuloma piogênico; 
- Hiperplasia – fibrosa – gengival inflamatória; 
- Fibroma Ossificante periférico; 
→ Tratamento e Prognóstico 
- O tratamento do granuloma periférico de células 
gigantes consiste na excisão cirúrgica local, 
abaixo do osso subjacente; 
- Os dentes adjacentes devem ser 
cuidadosamente raspados para remover 
qualquer fonte de irritação e minimizar o risco de 
recidiva; 
- É relatada recidiva em aproximadamente 10% 
dos casos, e a reexcisão deve ser feita. 
Lesão Central de Células Gigantes 
- O granuloma de células gigantes é considerado 
uma lesão não-neoplásica. Algumas lesões 
apresentam comportamento agressivo similar 
ao de um neoplasma; 
- É incerto e controverso se tumores de células 
gigantes verdadeiros ocorrem nos ossos gnáticos. 
Da mesma forma, não é certo se alguns casos 
atualmenterelatados de granulomas de células 
gigantes extragnáticos representam tumores 
de células gigantes verdadeiros; 
→ Características Clínicas e Radiográficas 
- Podem ser encontrados granulomas de células 
gigantes em pacientes variando de 2 a 80 anos de 
idade, embora mais de 60% de todos os casos 
ocorram antes dos 30 anos de idade; 
- Embora a proporção entre os gêneros varie em 
diferentes revisões, a maioria dos granulomas 
de células gigantes são notados em mulheres 
e aproximadamente 70% surgem na mandíbula; 
- As lesões são mais comuns nas porções 
anteriores dos ossos gnáticos, e as lesões 
mandibulares frequentemente cruzam a linha 
média; 
 
- Muitos granulomas de células gigantes dos 
ossos gnáticos são assintomáticos e chamam 
atenção primeiramente durante um exame 
radiográfico de rotina como resultado de 
expansão indolor do osso afetado. Entretanto, 
uma minoria de casos pode estar associada a 
dor, parestesia ou perfuração da tábua óssea 
cortical, resultando ocasionalmente em ulceração 
da superfície da mucosa pela lesão subjacente; 
- Com base nas características clínicas e 
radiográficas, as lesões centrais de células 
gigantes dos ossos gnáticos podem ser divididas 
em duas categorias: 
!!! Lesões não-agressivas constituem a maioria 
dos casos e exibem poucos ou nenhum sintoma, 
demonstram crescimento lento e não mostram 
perfuração da cortical ou reabsorção radicular dos 
dentes envolvidos na lesão; 
!!! Lesões agressivas são caracterizadas por 
dor, crescimento rápido, perfuração da cortical e 
reabsorção radicular. Elas mostram acentuada 
tendência a recidivar após o tratamento, 
comparadas com os tipos não-agressivos; 
- Radiograficamente, as lesões centrais de células 
gigantes aparecem como defeitos radiolúcidos 
que podem ser uniloculares – podem ser 
confundidas com granulomas periapicais ou cistos 
– ou multiloculares – não podem ser distinguidas 
radiograficamente de ameloblastomas ou outras 
lesões multiloculares. O defeito é geralmente bem 
delimitado, mas as margens comumente são 
desprovidas de halo radiopaco; 
 
- As lesões podem variar de 5 × 5 mm a uma lesão 
destrutiva maior que 10 cm de tamanho. Os 
achados radiográficos não são específicos 
para o diagnóstico; 
- A maioria dos granulomas de células gigantes 
são lesões únicas, raramente é visto 
envolvimento multifocal em pacientes que não 
demonstram evidência de doença associada, 
como hiperparatireoidismo ou querubismo; 
→ Características Histopatológicas 
- Há uma variedade de características. Comum a 
todas é a presença de poucas a muitas células 
gigantes multinucleadas em um fundo de 
células mesenquimais ovoides ou fusiformes e 
macrófagos arredondados; 
 
- Há evidências de que essas células gigantes 
representam osteoclastos, embora outras sugiram 
que as células sejam mais relacionadas com 
macrófagos. As células fusiformes parecem estar 
relacionadas com fibroblastos; 
- As células gigantes podem estar agregadas 
focalmente, ou podem estar presentes 
difusamente por toda a lesão. Essas células 
variam consideravelmente em forma e 
tamanho de caso para caso; 
- Áreas de extravasamento de eritrócitos e 
depósitos de hemossiderina frequentemente 
são proeminentes; 
- Lesões mais antigas podem mostrar fibrose 
considerável do estroma. Ocasionalmente estão 
presentes focos de osteoide e osso 
neoformado dentro da lesão; 
- A correlação entre as características 
histopatológicas e o comportamento clínico ainda 
é alvo de discussão, mas as lesões mostrando 
células gigantes grandes e uniformemente 
distribuídas e estroma predominantemente 
celular parecem mais provavelmente ser 
clinicamente agressivas, com maior tendência 
de recidivar após o tratamento cirúrgico; 
→ Tratamento e Prognóstico 
- São geralmente tratadas com curetagem 
cuidadosa. Em relatos de grandes séries de 
casos, a taxa de recidiva varia de 11% a 50% ou 
mais. Muitos estudos indicam uma taxa de 
recorrência de cerca de 15% a 20%; 
- Aquelas lesões consideradas potencialmente 
agressivas em bases clínicas e radiográficas 
mostram maior frequência de recidiva. Muitos 
investigadores têm notado uma propensão para 
recidiva entre os pacientes mais jovens. 
Lesões recidivantes frequentemente respondem à 
curetagem adicional, embora lesões agressivas 
requeiram cirurgias mais radicais para a cura; 
- Em pacientes com tumores agressivos, três 
alternativas à cirurgia estão sendo investigadas: 
corticosteroides, calcitonina e interferon alfa-2ª. 
Fibroma Ossificante Periférico 
- É um crescimento gengival relativamente 
comum, que é considerado mais como uma lesão 
de natureza reacional do que de natureza 
neoplásica; 
A patogênese desta lesão é incerta. Devido às 
suas semelhanças clínicas e histopatológicas, 
acredita-se que alguns fibromas ossificantes 
periféricos desenvolvam-se inicialmente como 
granulomas piogênicos que sofrem maturação 
fibrosa e subsequente calcificação; 
- Entretanto, nem todos os fibromas ossificantes 
periféricos podem se desenvolver dessa maneira. 
O produto mineralizado provavelmente se 
origina de células do periósteo ou do 
ligamento periodontal; 
→ Características Clínicas 
- Ocorre exclusivamente na gengiva; 
- Apresenta-se como uma massa nodular, séssil 
ou pedunculada, que usualmente se origina da 
papila interdental. A coloração varia do vermelho 
ao rosa, e a superfície é frequentemente, mas 
nem sempre, ulcerada; 
- O crescimento provavelmente se inicia como 
uma lesão ulcerada. As lesões mais antigas 
comumente mostram a cicatrização da úlcera e 
uma superfície intacta; 
 
- Muitas lesões medem menos de 2 cm, embora 
ocasionalmente possam ocorrer grandes lesões. 
As lesões geralmente estão presentes por 
muitas semanas ou meses antes do diagnóstico 
ser feito; 
- É uma lesão predominantemente de 
adolescentes e adultos jovens, com um pico de 
prevalência entre os 10 e os 19 anos de idade. 
Quase dois terços de todos os casos ocorrem 
em mulheres; 
- Há uma discreta predileção pelo arco maxilar, 
e mais de 50% de todos os casos ocorrem na 
região de incisivos e caninos; 
- Usualmente, os dentes não são afetados, 
podendo raramente ocorrer migração e perda dos 
dentes adjacentes; 
→ Características Histopatológicas 
- Proliferação de fibroblastos associada à 
formação de material mineralizado; 
 
- Se o epitélio estiver ulcerado, a superfície é 
coberta por uma membrana fibrinopurulenta 
com uma zona de tecido de granulação 
subjacente; 
- O tipo de componente mineralizado é variável, 
e pode consistir em osso – do tipo imaturo e 
trabecular, embora lesões antigas possam 
apresentar osso lamelar maduro – material 
cementoide – lesões mais antigas, não-
ulceradas, comumente exibem osso bem formado 
ou cemento – ou calcificações distróficas – são 
mais comuns em lesões iniciais ulceradas. 
Frequentemente, se observa uma combinação 
desses materiais; 
 
- Não é incomum a presença de trabéculas de 
osteoide não-mineralizado. Em alguns casos, 
células gigantes multinucleadas podem ser 
encontradas, usualmente em associação com o 
material mineralizado; 
→ Diagnóstico Diferencial 
- Granuloma piogênico; 
- Hiperplasia – fibrosa – gengival inflamatória; 
- Lesão periférica de células gigantes; 
→ Tratamento e Prognóstico 
- O tratamento de escolha para o fibroma 
ossificante periférico é a excisão cirúrgica local, 
com o envio do espécime para o exame 
histopatológico; 
- A excisão do aumento de volume deve ser feita 
subperiosticamente, já que as recidivas são mais 
comuns se a base da lesão permanecer. Além 
disso, os dentes adjacentes devem ser 
vigorosamente raspados para eliminar qualquer 
possível irritação; 
- Técnicas cirúrgicas periodontais, como os 
retalhos reposicionados ou enxertos de tecido 
conjuntivo, podem ser necessárias para 
reparar esteticamente os defeitos gengivais. 
Embora a excisão seja usualmente curativa, uma 
taxa de recidiva de 8% a 16% têm sido relatada.

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