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Rubim - Medicinal

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Leonurus sibiricus L.: FARMACOBOTÂNICA 
E FITOQUÍMICA 
 
Fernando Mateus Scremin1, Paulo Rodrigo Fabro1, Jéssica 
Zomer Debiasi1 
 
1Centro Universitário Barriga Verde – UNIBAVE, Curso de Farmácia, Orleans/SC, Brasil. 
Endereço para correspondência 
Fernando Mateus Scremin 
Rua Pe. João Leonir Dall´Alba, s/n - Bairro Murialdo, Centro 
Universitário Barriga Verde. 
CEP 88870-000 - Orleans/SC – Brasil. Fone: (48) 3466 5600. 
E-mail: screminfm@yahoo.com.br 
RESUMO 
 
Leonurus sibiricus é uma planta herbácea popularmente denominada como Motherwort ou erva de Macaé, 
e é muito utilizada na medicina chinesa. Há divergências em alguns estudos realizados quanto à morfologia 
e anatomia de Leonurus sibiricus, além disso, diversos estudos a confundem com outras espécies de 
Leonurus. Sua constituição fitoquímica é composta principalmente por substâncias que possuem ação 
antimicrobiana. A planta possui também atividade antiinflamatória e perspectivas no tratamento de 
neoplasias mamárias. O presente artigo analisa as características e aplicações farmacológicas da Leonurus 
sibiricus através de uma extensa revisão bibliográfica. 
 
 
Palavras-chave: Leonurus sibiricus L., farmacobotânica, fitoquímica, fitoterapia. 
 
 
ABSTRACT 
Leonurus sibiricus is an herbal plant popularly known as Motherwort herb or Macae, and is widely used in 
Chinese medicine. There are divergences in some studies about morphology and anatomy of Leonurus 
sibiricus, furthermore, several studies confuse it with other species of Leonurus. Its phytochemical 
constitution is mainly composed of substances with antimicrobial activity. The plant has also anti-
inflammatory activity and perspectives in the treatment of breast neoplasms. This manuscript analyzes the 
characteristics and pharmacological applications of the Leonurus sibiricus through an extensive literature 
review. 
 
 
Key-words: Leonurus sibiricus L., pharmacobotany, phytochemical, phytotherapy. 
RPIF 
 2012 
 04 
Scremin, Fabro e Debiasi/Rev. Pesq. Inov. Farm. 4(1), 2012, 31-39. 
 32 
INTRODUÇAO 
 
Leonurus sibiricus L. é uma planta herbácea 
perene, originária da Ásia, onde tem sido 
largamente utilizada na área medicinal, como por 
exemplo, na medicina popular coreana, sendo 
denominada Motherwort
1
 (erva de mãe). No 
Brasil a espécie adaptou-se muito bem, tanto ao 
solo quanto ao clima, podendo, praticamente ser 
considerada uma planta brasileira (Chu et al., 
1926; Wadt et al., 1996; Duarte e Lopes, 2005; 
Shin et al., 2009). 
 O uso de plantas com finalidade 
terapêutica em preparações caseiras, como chás, 
cataplasmas, unguentos, vem recebendo 
crescente atenção de pesquisadores dedicados à 
identificação botânica, bem como ao potencial 
terapêutico dos componentes e dos princípios 
ativos. Entre 65% e 80% da população mundial, 
especialmente nos países em desenvolvimento, se 
beneficiam do uso das plantas medicinais na 
atenção primária à saúde, o que equivale a 3,5 a 
4,0 bilhões de pessoas que usam plantas para o 
tratamento de doenças (Wong e Townley, 2011). 
 O mercado mundial de fitoterápicos gira 
em torno de 22 bilhões de dólares por ano (Yunes 
et al., 2001). No Brasil, representa apenas 5% de 
todo o consumo de medicamentos, 
movimentando mais de 400 milhões de dólares 
anualmente, mas nos últimos anos vem crescendo 
a uma taxa duas vezes superior em relação aos 
fármacos sintéticos (Tomazzoni et al., 2006; Leite 
e Branco, 2010). As vendas de fitoterápicos nos 
Estados Unidos resultam em aproximadamente 4 
bilhões de dólares por ano, porém, neste país os 
fitoterápicos são registrados e comercializados 
como suplementos alimentares, não podendo 
assim garantir-se a qualidade destes (Rates, 
2001). Em países que classificam fitoterápicos 
como medicamentos, lideram o mercado 
internacional, Alemanha com vendas de 2,5 
bilhões de dólares e França com 1,6 bilhões de 
dólares (Bello et al., 2002). 
 Ao longo da história da civilização, as 
plantas não foram somente fonte de alimentação, 
mas também fonte de cura para o ser humano, 
utilizando-se das plantas in natura ou atualmente 
como fitoterápicos. Desta forma, o ser humano 
 
1
 A espécie Leonurus cardíaca também é popularmente 
designada Mothewort, o que demonstra a dificuldade 
de diferenciação de espécies por pessoas que fazem 
uso de plantas medicinais. 
sempre obteve da natureza o necessário para 
acalmar suas dores e curar seus males. Dentro 
desta perspectiva as plantas sempre foram objeto 
de estudo na tentativa de descobrir novas fontes 
de princípios ativos (Rocha e Rocha, 2006). Neste 
contexto se enquadra a espécie Leonurus sibiricus 
L., objeto deste estudo, com atividades 
empiricamente atribuídas contra edemas e 
sangramentos (Almeida, 2006), contra males 
gastrointestinais, bronquites e coqueluche (Wadt, 
1996), nos casos de sangramento pós-parto, 
menstruação excessiva, bem como contra 
abscessos e problemas renais (Almeida, 2006), 
sendo algumas das atividades citadas 
comprovadas cientificamente. Assim, a Leonurus 
sibiricus surge como mais uma perspectiva na 
área de produtos naturais ativos. 
 Seguindo os desígnios expostos, o 
presente estudo, teve por objetivo realizar uma 
revisão da literatura no que diz respeito à 
Leonurus sibiricus L., pertencente à família 
Lamiaceae, e vulgarmente denominada rubim ou 
erva-macaé (Duarte e Lopes, 2005; Almeida, 
2006). 
 
 
METODOLOGIA 
Para o levantamento de dados da literatura 
pertinentes à Leonurus sibiricus, foram utilizadas 
as bases de dados Scientific Electronic Library 
Online (SCIELO, 2012), PubMed (2012), 
MedlinePlus (2012) e Google acadêmico (2012), 
com o objetivo de selecionar artigos de conteúdo 
idôneo. 
 As datas de publicação dos artigos não 
foram utilizadas como critério de exclusão para os 
mesmos, já que estaremos tratando não somente 
de fatores envolvidos à Leonurus sibiricus perante 
aspectos científicos, mas também frente a 
aspectos empíricos do conhecimento popular. 
 
Aspectos botânicos 
 
A família Lamiaceae é originária principalmente 
de países do Mediterrâneo e Oriente Próximo e 
consiste de cerca de 200 gêneros e 3200 espécies 
(Duarte e Lopes, 2005). Esta família é composta 
por árvores, arbustos e ervas (Mendes, 2007). 
Entre os mais de 200 gêneros pertencentes a esta 
família, destaca-se o Leonurus, que inclui diversos 
Scremin, Fabro e Debiasi/Rev. Pesq. Inov. Farm. 4(1), 2012, 31-39. 
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representantes de utilização na terapêutica 
(Duarte e Lopes, 2005). 
 
Classificação botânica 
 
Leonurus sibiricus L. é uma planta vascular, 
terrestre pertencente à família Lamiaceae, a 
ordem Lamiales e a classe magnoliopsida 
(Almeida, 2006; Itis, 2012). L. sibiricus encontra-se 
registrada no Integrated Taxonomic Information 
System sob o número de série 32550 com todas as 
informações pertinentes à sua classificação 
taxonômica (Itis, 2012). 
 A família Lamiaceae é também 
denominada Labiatae ou Labiada, em consonância 
à morfologia das pétalas ou corolas das espécies 
que a compõem: trilobuladas, sendo o lábio 
inferior mais alongado, alargado e oblíquo na 
boca, o que permite a perfeita adaptação dos 
bicos de pássaros polinizadores. É possível 
determinar a família por meio dos pelos 
glandulosos que revestem quase toda a planta e 
exalam aroma, possuindo ainda um caule 
quadrangular, com folhas cruzadas opostas não 
estipuladas (FMC, 2012), fatores, estes, 
importantes no processo de identificação do 
Leonurus sibiricus. 
 As plantas pertencentes a esta família 
produzem terpenóides e substâncias fenólicas 
com efeitos alelopáticos, com isso algumas das 
plantas desta família são consideradas invasoras 
de culturas agrícolas, como cafezais e pomares 
(Almeida et al., 2011). Muitas espécies desta 
família vêm sendo testadas em relação à sua 
atividade antimicrobiana devido a seus 
flavonóides ou óleos essenciais, inclusive a L. 
sibiricus. Algumas plantas aromáticas da família 
Lamiaceae, das quais são extraídosóleos 
essenciais são Mentha, Lavandula, Ocimum, 
Rosmarinus, Salvia, Satureja, Thymus (Wadt et al., 
1996; Mendes, 2007). 
 Leonurus sibiricus L. é uma planta 
Magnoliophyta ou Angiospermae (angiospermas) 
(Itis, 2012). As angiospermas caracterizam-se pelo 
enorme poder de adaptação às diversas condições 
ambientais, sendo características muito 
marcantes das angiospermas a dupla fecundação, 
presença de estames, estigmas, endosperma 
triplóide, entre outras características. L. sibiricus 
pertence à classe Magnoliopsida, também 
conhecida como dicotiledôneas, à subclasse 
Asteridae, que possui como principal 
característica a gamopetalia, o número reduzido 
de estames e o ovário geralmente bicarpelar. É 
classificada de forma taxonômica ainda, na ordem 
Lamiales, ordem composta por 6 famílias, sendo a 
família mais importante a Lamiaceae a qual a 
Leonurus sibiricus L. pertence (UCB, 2007). 
 Possui como sinonímias científicas 
Leonurus tataricus, Leonurus multifidus, Pazeria 
multifida, Stachys artemisia (UNIMEP, 2012). 
 
Habitat 
 
Leonurus sibiricus L. é uma erva anual ou bianual, 
nativa da China, Sibéria, Coréia, Vietnã, Japão, 
além de outros países do sudeste asiático, onde é 
amplamente distribuída (Duarte e Lopes, 2005; 
Wu et al., 2011). Naturalizada em praticamente 
todo o território brasileiro, mas principalmente no 
Sul e Sudeste, onde se adaptou plenamente ao 
clima e desenvolveu fácil reprodução, podendo 
ser considerada uma planta brasileira (Bonatto et 
al., 2009; UNIMEP, 2012). 
 Cresce espontaneamente em áreas 
abandonadas, nas proximidades das habitações e 
em lavouras (Bonatto et al., 2009; UNIMEP, 2012). 
Azevedo e Silva (2006) classificam Leonurus 
sibiricus L. como uma planta ruderal, que consiste 
em plantas que crescem em locais perturbados, 
como áreas com cascalho, pedregulhos, beiras de 
estrada, etc. Em regiões agrícolas as plantas 
ruderais também ocorrem em pastagens e em 
meio a áreas de cultivo. Se não manejada de 
maneira adequada Leonurus sibiricus transforma-
se em planta invasora de culturas, podendo levar 
à diminuição da produtividade de algumas 
culturas agrícolas, ou seja, acaba se tornando uma 
“praga” para a atividade econômica rural. Porém, 
se manejada de maneira correta pode aumentar a 
produtividade de alguns tipos de culturas. Esses 
fenômenos ocorrem devido ao poder alelopático 
da L. sibiricus, o que explica seu potencial invasivo 
e de fácil reprodutibilidade (Wadt, 2008; Bonatto, 
2009). 
 Em estudo para observar a germinação de 
sementes de Leonurus sibiricus L. frente a diversas 
variações de luminosidade e temperatura, 
Almeida e colaboradores (2011) explicitaram que 
a mesma apresenta caráter fotoblástico positivo 
com melhor germinação (93%) a 20 oC, enquanto 
que a germinação em ambiente escuro na mesma 
temperatura apresentou uma porcentagem de 
germinação, de apenas 45,5%. Germinações a 
temperaturas de 20 a 35 oC foram superiores 
àquelas encontradas em 15 oC, isso indica que 
Scremin, Fabro e Debiasi/Rev. Pesq. Inov. Farm. 4(1), 2012, 31-39. 
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temperaturas mais elevadas aumentam a 
velocidade de germinação. Essas faixas de 
temperatura adequadas à germinação de L. 
sibiricus explicam sua origem de regiões 
temperadas. Em temperaturas extremas, a 5 e 
40oC a germinação de L. sibiricus foi inibida. Essa 
inibição da germinação pode ser atribuída à 
desnaturação térmica das proteínas, acima de 
40oC, ou ainda, temperaturas extremas podem 
induzir as sementes à dormência secundária, o 
que impediria a germinação em temperaturas 
baixas do inverno, ou nas condições de estresse 
hídrico do verão. Pelos resultados obtidos por 
Almeida e colaboradores (2011) observa-se que a 
espécie tem condições de germinar em uma 
ampla faixa de temperatura, o que constitui 
vantagem no seu estabelecimento em diversas 
regiões. 
 
Morfoanatomia 
 
Leonurus sibiricus é uma planta herbácea ereta, 
de 30-100 cm de altura, cujo caule possui secção 
quadrangular e filotaxia oposta cruzada. O 
sistema de revestimento é representado pela 
epiderme, que é unisseriada e recoberta por 
cutícula estriada. As células epidérmicas são 
poligonais, alongadas tangencialmente. 
Estômatos localizam-se em posição relativamente 
elevada às demais células epidérmicas. Apresenta 
folhas com acentuado heteromorfismo, sendo 
lobadas com lobos arredondados em plantas 
novas e profundamente lobadas com lobos 
lanceolados e ápice agudo em plantas maiores, 
possuindo nervuras proeminentes na face dorsal 
(Procópio et al., 2003; Duarte e Lopes, 2005). 
Apresenta flores labiadas e inflorescência axilares 
fasciculadas (Almeida, 2006). 
 A epiderme foliar possui células com 
contorno ondulado, revestidas por cutícula 
delgada e estriada. Em ambas as faces da 
epiderme ocorrem numerosos tricomas tectores e 
glandulares. A epiderme é uniestratificada e o 
mesófilo é dorsiventral, consistindo de 
parênquima paliçádico com cerca de um ou dois 
estratos celulares e parênquima esponjoso 
multisseriado, correspondendo a 50-60% do 
mesófilo. O pecíolo, em secção transversal, possui 
formato praticamente plano-convexo, com duas 
projeções ou alas laterais expandidas na região 
distal (Duarte e Lopes, 2005). 
 Há divergências entre as investigações de 
Procópio e colaboradores (2003) e Duarte e Lopes 
(2005) em relação a alguns aspectos sobre a 
morfoanatomia de Leonurus sibiricus. Procópio e 
colaboradores (2003) mencionam a presença de 
tricomas tectores consistindo de apenas uma 
célula, enquanto que Duarte e Lopes (2005) 
caracterizam a presença de mais de uma célula. 
Os tricomas peltados presentes em Leonurus 
sibiricus secretam um óleo-resina que consiste de 
terpenóides e flavonóides, que se acumula em um 
espaço formado pela elevação da camada péctica 
mais externa da parede celular juntamente com a 
cutícula, conferindo a este tricoma formato 
esférico. Os caracteres morfoanatômicos de 
Leonurus sibiricus, como tricomas tectores e 
glandulares peltados e capitados, estômatos 
anomocíticos em ambas as faces epidérmicas, 
mesófilo dorsiventral, caule quadrangular com 
colênquima conspícuo nas costelas e cristais de 
oxalato de cálcio coincidem com os mais 
diferentes gêneros de Lamiaceae (Duarte e Lopes, 
2005). 
 
Aspectos agronômicos 
 
A interação química entre plantas é conhecida 
como alelopatia e está relacionada com a 
liberação de substâncias para o ambiente. Os 
aleloquímicos sintetizados pela rota de 
metabolismo secundário influenciam no 
desenvolvimento de culturas agrícolas. Os 
aleloquímicos presentes na planta Leonurus 
sibiricus são terpenóides e substâncias fenólicas. 
Isto explica o comportamento invasor e daninho 
em vários tipos de plantações, principalmente em 
pomares e cafezais, assim como o extrato aquoso 
das folhas de Leonurus sibiricus inibe a 
germinação de milho e crescimento de plântulas 
de tomate. Porém, esta espécie não apresenta 
apenas efeitos alelopáticos maléficos, apresenta 
liberação de exsudatos radiculares que aumentam 
a germinação de arroz, trigo e mostarda (Almeida, 
2006). Flavonóides existentes nas folhas de 
Leonurus sibiricus agem atrasando e retardando o 
crescimento de plântulas de pepino (Bonatto et 
al., 2009). O interesse agrícola em torno da planta 
Leonurus sibiricus, está relacionado, portanto, 
com o impacto que esta pode causar no 
crescimento de lavouras. 
 Leonurus sibiricus é obtida através de 
extrativismo em áreas ruderais, ou seja, sua 
obtenção é feita através deste recurso natural 
pré-existente, não em regiões de mata, mas sim 
em áreas rurais de pastagens, beiras de estrada, 
Scremin, Fabro e Debiasi/Rev. Pesq. Inov. Farm. 4(1), 2012, 31-39. 
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locais de cascalho, etc. (Homma, 1982; Azevedo e 
Silva, 2006). 
 
Medicina popular 
 
O ser humano desde os primórdios sempre 
obteve da natureza o necessário para acalmar 
suas dores e curar suas enfermidades. O uso dos 
vegetais como medicamento é, provavelmente, 
quase tão antigo quanto à existência do ser 
humano na Terra. Toda planta que é administradade alguma forma e, por qualquer via ao homem 
ou animal exercendo sobre eles uma ação 
farmacológica é denominada de planta medicinal 
(Rocha e Rocha, 2006). 
 As plantas medicinais sempre foram 
objeto de estudo na tentativa de descobrir novas 
fontes de obtenção de princípios ativos. Muitas 
plantas possuem atividades tóxicas e o seu uso 
irracional pode causar sérios problemas. 
 Rocha e Rocha (2006) relatam que com os 
avanços científicos, esta prática milenar perdeu 
espaço para os medicamentos sintéticos, 
entretanto, o alto custo destes fármacos e os 
efeitos colaterais apresentados contribuíram para 
o ressurgimento da terapia através das plantas, a 
chamada fitoterapia. 
 Segundo Duarte e Lopes (2005) Leonurus 
sibiricus L. é amplamente utilizada por diferentes 
populações na medicina tradicional como erva 
estomáquica, diurética, hipotensora e reguladora 
da circulação, mas também muito utilizada em 
diversas outras áreas, inclusive como inseticidas 
de extratos obtidos das folhas. No Brasil, a 
espécie é tão bem adaptada ao clima e solo que 
pode ser considerada como uma planta 
tipicamente brasileira, sendo utilizada em diversas 
regiões do país para tratamento de males 
gastrintestinais, em tratamentos de bronquites, 
coqueluche e em algumas regiões, nos ataques de 
febre palustre, contudo, no sul do Brasil é mais 
conhecida pela sua ação antiinflamatória (Wadt et 
al., 2008). 
 Almeida (2006) esclarece que as 
propriedades medicinais de L. sibiricus estão 
presentes em diferentes órgãos, tais como folhas, 
que combatem reumatismo crônico e possuem 
atividade antibacteriana, evitando dermatites e 
outros problemas dermatológicos. Na medicina 
chinesa, as sementes são consideradas 
afrodisíacas e a planta seca é prescrita como 
tonificante e usada em disfunções menstruais. As 
folhas e flores são capazes de combater vômitos e 
diarréias, além de serem eficientes contra 
resfriados, bronquites e reumatismo. As folhas 
são amplamente utilizadas também na China para 
o pós-parto e hemorragias, o suco das mesmas é 
bom para a hemoptise, e a infusão para 
problemas menstruais. Sob a forma de tintura 
alcoólica ou xarope é indicada na asma, além 
disso, atribuem-lhe propriedades tônicas, 
antiespasmódicas e béquicas. 
 
Fitoquímica 
 
Leonurus sibiricus produz terpenóides e 
substâncias fenólicas que possuem efeito 
alelopático (Bonatto, 2009). Realizando 
experimentos de isolamento de constituintes em 
partes aéreas de Leonurus sibiricus, Satoh e 
colaboradores (2003) obtiveram 2 novas furano-
diterpeno lactonas, juntamente com outras 4 
novas diterpeno lactonas já conhecidas 
(leonotinina, leonotina, dubiina, nepetaefurano). 
 Nos primeiros estudos fitoquímicos sobre 
L. sibiricus foi isolado o alcalóide estaquidrina, 
posteriormente diterpenos e furano lactonas, 
além disso, compostos fenólicos, como o ácido 
cafeico, foram encontrados nas folhas, raízes e 
sementes de Leonurus sibiricus (Almeida et al., 
2005). Almeida e colaboradores (2005) 
identificaram a presença de 13 compostos em 
estudo realizado com o óleo essencial de Leonurus 
sibiricus. Observou-se a predominância dos 
sesquiterpenos trans-cariofileno, alfa-humuleno e 
germacreno-D, que representam 70% da 
constituição do óleo. Mas, além destes, foi 
observada a presença de tricicleno, alfa-copaeno, 
beta-bouboreno, gama-cadineno, e outros 6 
constituintes não caracterizados devidamente. 
 Em estudo realizado por Moon e 
colaboradores (2010) reportou-se o isolamento de 
seis novas estruturas das partes aéreas de 
Leonurus sibiricus. Essas estruturas são 
diterpenóides tipo bis-espirolabdano 
(preleosibirona A, 13-epi-preleosibirona A, 
isopreleosibirona A, leosibirona A, leosibirona B, e 
15-epi-leosibirona B) (Figura 1) (Moon et al., 2010; 
Wu et al., 2011). 
 Na constituição química de L. sibiricus são 
encontrados alcalóides como leorunina (Figura 2), 
leonuridina, estaquidrina, o polissacarídeo 
estaquiose, glicosídeos apolares, iridóides, ácido 
ursólico, saponinas triterpenicas, três diterpenos 
(leosibirina, isoleosibirina, leoribicina) e flavonóides 
glicosídeos p-coumaril como a apigenina e a 
luteolina (UNIMEP, 2012). Oliveira(2010) descreve 
Scremin, Fabro e Debiasi/Rev. Pesq. Inov. Farm. 4(1), 2012, 31-39. 
 36 
 
 
Figura 1. Estruturas quimícas de seis diterpenóides labdano: 1 (preleosibirona A); 2 (13-epi-preleosibirona 
A); 3 (isopreleosibirona A); 4 (leosibirona A); 5 (leosibirona B) e 6 (15-epi-leosibirona B) (Wu et al., 2011). 
 
 
a presença majoritária de rutina e seus derivados 
nos extratos polares de Leonurus sibiricus, além 
de flavonas metoxiladas, as quais são 
consideradas marcadores taxonômicos. 
 
 
Figura 2. Estrutura química do alcalóide Leorunina 
(1)(Lin et al., 2007). 
 
Atividade biológica 
 
Leonurus sibiricus (Motherwort) é popularmente e 
amplamente utilizada como antiinflamatória, mas 
sua atividade sobre a liberação de citocinas dos 
mastócitos não está bem elucidada. Shin e 
colaboradores (2009) investigaram o efeito 
antiinflamatório de Leonurus sibiricus sobre a 
liberação de citocinas inflamatórias de mastócitos 
e observaram a inibição da secreção do fator de 
necrose tumoral (TNF-alfa) e interleucina (IL-6; IL-
8), provavelmente por inibir a liberação de NF-kB 
(do inglês, nuclear factor kappa B). O NF-kB é um 
fator de transcrição que foi primeiramente 
observado em Linfócitos-T, mas sabe-se hoje que 
está presente em todas as células dos mamíferos. 
O papel mais importante desse fator está ligado à 
capacidade imunológica, na qual regula a 
expressão de genes inflamatórios e na defesa 
contra parasitas (Franco, 2010). 
 A atividade antiedematogênica sistêmica 
foi observada no teste de edema em pata de rato 
induzida por carragenina 1%. A atividade 
antiinflamatória foi observada após 4 horas da 
administração do medicamento por via oral. No 
teste de tratamento tópico, Leonurus sibiricus 
inibiu o edema induzido por óleo de cróton, sendo 
o efeito máximo (semelhante ao da 
dexametasona) observado entre 0,2 mg e 
2mg/Kg. Leonurus sibiricus possui iridóides e ácido 
ursólico que agem inibindo as ciclooxigenases 
(Almeida, 2006; UNIMEP, 2012). 
 A família Lamiaceae é muitas vezes 
reconhecida como uma família de plantas com 
importante papel na medicina. Todas as plantas 
desta família possuem compostos com atividade 
Scremin, Fabro e Debiasi/Rev. Pesq. Inov. Farm. 4(1), 2012, 31-39. 
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antimicrobiana (Pin e Abdullah, 2011). Wadt e 
colaboradores (2008) utilizaram extrato 
hidroalcoólico desta planta para realizar estudo 
da atividade antimicrobiana de Leonurus sibiricus, 
em culturas de Staphylococcus aureus, Escherichia 
coli, Pseudomonas aeruginosas, Candida albicans 
e Aspergillus niger. Apenas três, das bactérias 
anteriormente designadas foram inibidas na 
concentração de extrato hidroalcoólico de 0,1 
mg/mL a 0,5 mg/mL de Leonurus sibiricus. As 
bactérias inibidas foram Staphylococcus aureus, 
Pseudomonas aeruginosas e Candida albicans. Pin 
e Abdullah (2011) observaram o impacto direto da 
água e do álcool como extratores de Leonurus 
sibiricus para uso como antimicrobiano em quatro 
diferentes concentrações, sendo os testes 
realizados em Bacillus cereus, Staphylococcus 
aureus, Escherichia coli, Salmonella typhimurium, 
a levedura Saccharomyces cerevisiae e Aspergillus 
niger. O extrato de Leonurus sibiricus em água 
inibiu uma maior quantidade de bactérias com 
menores concentrações; Staphylococcus aureus 
em concentração de 100 mg/mL; Aspergillus niger 
e Saccharomyces cerevisiae (levedura) em todas 
as quatro concentrações (10, 25, 50 e 100mg/mL) 
e Escherichia coli. O extrato em etanol inibiu 
somente as bactérias Staphylococcus aureus em 
concentração de 50 a 100 mg e Escherichia coli 
em concentração de 100 mg. As substâncias trans-
cariofileno, alfa-humuleno e germacreno-D 
presentes no óleo essencial de Leonurus sibiricus 
apresentam esqueleto carbônico com ampla 
atividade antibacteriana, antifúngica e inibidora 
enzimática (Almeida, 2006).Ahmed e colaboradores (2005) 
demonstraram que, em testes de sono induzido 
com extrato metanólico de Leonurus sibiricus, 
houve diminuição significativa do tempo de início 
de sono e potencialização do tempo de sono com 
pentobarbital em doses de 200 a 400 mg/kg. Oga 
e colaboradores (1986) observaram que o extrato 
bruto das partes aéreas do material florido 
prolonga a indução do sono induzido por 
pentobarbital, na dose de 400 mg/Kg, enquanto o 
tempo de início do sono foi reduzido. Além disso, 
o extrato exibiu baixa toxicidade, não causando 
efeitos letais, nem sinais agudos de intoxicação 
mesmo com a dose de 3g/Kg. Esses estudos 
demonstram a potencial atividade de Leonurus 
sibiricus no sistema nervoso central. As folhas de 
Leonurus sibiricus colhidas juntamente com as 
flores são secas e fumadas como substituto da 
maconha. Os efeitos são classificados pelos 
usuários como narcótico e ligeiramente 
semelhante ao efeito da Cannabis sativa 
(Mustata, 2009; Wu et al., 2011). 
 Nagasawa e colaboradores (1990) 
observaram os efeitos de Motherwort sobre o 
crescimento de pré-neoplasias e neoplasias 
mamárias em camundongos. O tratamento inibiu 
fortemente o crescimento de cânceres mamários 
que se originaram de nódulos alveolares 
hiperplásicos, sendo que a adenomiose uterina 
também foi inibida. 
 
 
DISCUSSÃO E CONSIDERAÇÕES 
FINAIS 
 
Leonurus sibiricus é uma planta pertencente à 
família Lamiaceae, sendo originária da Ásia e 
amplamente difundida em território brasileiro. No 
Brasil é considerada erva daninha por invadir 
terrenos, plantações e pastagens, por seu efeito 
alelopático. Este efeito alelopático é ocasionado 
por terpenóides e substâncias fenólicas originadas 
no metabolismo secundário desta planta. Esta 
causa prejuízos pelo efeito alelopático 
principalmente em pomares, cafezais, plantações 
de tomate e milho. 
 Segundo as condições de habitat, 
apresentou enorme facilidade na incorporação ao 
clima subtropical e apresenta melhores 
germinações em temperaturas mais quentes (não 
excedendo aos 40oC) e se adéqua aos mais 
variados tipos de terrenos (cascalho, beiras de 
estrada, pastagens, etc.). 
 Considerando, portanto, a área agrícola e 
pecuária, a Leonurus sibiricus resulta em um 
entrave para essa área, contribuindo para a 
diminuição de produção agrícola; porém deve ser 
considerado seu uso na área medicinal e 
plantações desta espécie com o intuito exclusivo 
de produção de matéria prima para produção de 
fitoterápicos ou droga vegetal. 
 Observaram-se divergências entre as 
análises das características morfológicas de 
Leonurus sibiricus, além disso, são poucos os 
estudos existentes relatando as características 
morfológicas e anatômicas desta planta. Alguns 
autores não reconhecem a diferenciação entre as 
espécies de Leonurus, e acabam por classificá-las 
como única espécie, principalmente entre L. 
sibiricus e L. cardiaca. Esta visão extremamente 
ampla, sem o mínimo de especificidade, acaba 
Scremin, Fabro e Debiasi/Rev. Pesq. Inov. Farm. 4(1), 2012, 31-39. 
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colocando em questão as informações presentes 
em alguns artigos, por isso, a necessidade do 
senso crítico e de argumentação perante aquilo 
que se lê. A confusão entre espécies é admissível 
perante a medicina popular, onde se trata de um 
conhecimento mais rústico passado de geração a 
geração, porém trabalhos publicados devem 
prestar informações que correspondam 
unicamente com a realidade daquela espécie. 
 Leonurus sibiricus, ou popularmente 
denominada pela medicina tradicional chinesa, 
Motherwort, possui dentre suas ações mais 
importantes e comprovadas por estudos in vivo/in 
vitro, antiinflamatória e antibacteriana. Embora 
existam estudos que comprovem a possível ação 
antiinflamatória e antimicrobiana, estes ainda são 
escassos e necessitam de maiores comprovações 
científicas. Essas características, antiinflamatória e 
antimicrobiana, merecem a atenção de 
pesquisadores visto que existem muitas 
complicações relacionadas a antiinflamatórios 
sintéticos, além disso, a ocorrência de cepas de 
bactérias resistentes aos antibióticos atuais 
representam problema de saúde pública, por isso 
a melhor compreensão destas duas atividades de 
Leonurus sibiricus podem levar, potencialmente, 
ao descobrimento de uma nova forma de 
tratamento. 
 
 
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