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Guia de Estudos da Unidade 2 - Fundamentos da Geologia

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Fundamentos 
da Geologia
UNIDADE 2
1
FUNDAMENTOS 
DA GEOLOGIA - UNIDADE II
INTEMPERISMO DAS ROCHAS E A FORMAÇÃO DOS SOLOS.
ÁGUAS SUPERFICIAIS E ÁGUAS SUBTERRÂNEAS.
Palavras do Professor
Caro(a), aluno(a)!
Seja bem-vindo(a) a mais uma unidade da nossa disciplina “Fundamentos da Geologia”. Esta unidade será 
dividida em dois capítulos: 
No capítulo I iremos estudar o “Intemperismo e a Formação dos Solos”, em que serão abordadas as 
atuações dos agentes exógenos (agentes externos) do relevo, que afetam não apenas as rochas transfor-
mando-as em solos, mas também as edificações. Os solos, suas características e como classificá-los de 
acordo com a granulometria. 
No capítulo II iremos estudar as águas superficiais e subterrâneas, ocorrência, superexploração, e como 
a presença de aquíferos é importante para o desenvolvimento da humanidade. 
Bons estudos!
2
INTeMPerIsMo das roCHas e a forMaÇÃo dos solos
O planeta Terra possui dois grupos de forças que juntas modifica e modela o planeta, os agentes Endóge-
nos e os agentes Exógenos. 
Os agentes Endógenos são as forças oriundas do interior do planeta, como ações tectônicas, vulcanismo, 
que atuam na construção do relevo, fazendo montanhas, planaltos, planícies, depressões, entre outras 
formas. 
Os agentes exógenos atuam na modelagem do relevo, fazendo com que montanhas antes muito altas 
sejam desgastadas (se tornando menores), desgastando as rochas para que se transformem em solos, 
e também atuando no desgaste das edificações, sendo uma das razões das patologias que surgem em 
prédios, casas, pontes e etc. 
Então o que seria o Intemperismo?
O intemperismo é um conjunto de modificações de ordem física (desagregação e fragmentação mecânica) 
e química (decomposição química dos minerais primários) através de fatores Abióticos (Sol, água, dife-
rença de pressão) e Bióticos (influência de raízes, matéria orgânica e ácidos orgânicos) que transformam 
as rochas em materiais friáveis e solos. 
Como vimos logo acima, existem dois tipos de intemperismo, o intemperismo físico e o intemperismo 
químico. 
Então quais seriam suas diferenças?
Enquanto o intemperismo físico apenas desintegra as rochas em pedaços menores conservando as pro-
priedades mineralógicas, o intemperismo químico muda a estrutura mineralógica das rochas podendo até 
dissolver a rocha por completo. 
O intemperismo físico não precisa necessariamente da presença de água para ocorrer, porém no intem-
perismo químico a presença da água é necessária. 
A água da chuva é o maior agente intempérico do planeta, a água da chuva rica em O2 se junta ao CO2 da atmosfera 
gerando o Ácido Carbônico (H2 CO3), ao infiltrar pelo solo encontra ácidos orgânicos oriundos da decom-
posição de seres vivos ficando mais ácida, e assim agindo mais eficientemente. (Falaremos sobre esse 
assunto mais adiante).
Para que o intemperismo aja são necessários alguns fatores, alguns desses fatores colaboram mais para 
um determinado tipo de intemperismo que a outro, como por exemplo, existem fatores que interagem 
mais com o intemperismo químico em vez do físico. Vejamos agora quais são esses fatores.
fatores que controlam a ação do intemperismo
o Clima: a variação de temperatura e a quantidade de chuvas de uma região é muito importante para a 
ação do desgaste das rochas:
o Lugares muito quentes e úmidos favorecem o intemperismo químico, pois todos sabemos que para 
haver reação química a água é o líquido mais importante, e o calor, quanto mais quente mais rápida 
se dará os processos químicos porque o calor é um catalisador de reações químicas. Isso acontece 
também com as edificações em geral, sendo prédios, casas ou monumentos, se estes se encontrarem 
em regiões muito quente e úmida as reações de desgaste do material se dará de forma mais rápida 
caso não haja manutenção contra esses agentes. 
3
o Lugares frios e secos favorecem o intemperismo físico, ações de quebra pela água congelada (veremos 
melhor sobre isso mais adiante).
o Lugares quentes e secos favorecem mais o intemperismo físico, os processos serão mais de quebra 
do material que por dissoluções. 
o Lugares frios (temperado) e úmidos favorecem o intemperismo químico, devido à degradação incom-
pleta da matéria orgânica, deixando a solução (solução de lixiviação) criada mais concentrada (ácida) 
favorecendo o ataque aos minerais constituintes das rochas. 
relevo ou Topografia: A topografia tem um papel muito importante sobre o intemperismo porque de-
pendendo do ponto em que ela se forme vai aumentar, diminuir e até mesmo extinguir a ação do intem-
perismo. (Fig: 01) 
Fig: 01: Influência da topografia na intensidade do intemperismo.
Fonte: Decifrando a Terra/ TEIXEIRA, TOLEDO, FAIRCHILD e TAIOLI – São Paulo: Oficina de Textos, 2000. 
Na figura acima, o relevo está dividido em três setores: A, B e C. Cada um desses setores possuem suas 
peculiaridades que serão explicados a seguir.
•	 Setor A: Boa infiltração e boa drenagem favorecem o intemperismo químico: Nesse caso, a água 
da chuva já naturalmente ácida ao se encontrar com restos de folhas mortas no solo se acidifica 
mais ainda, então ao se infiltrar ela começará a “lavar” e desgastar os materiais rochosos, como 
a drenagem é boa o material intemperizado continua descendo (solo abaixo) deixando livre a parte 
superior para receber mais água ácida para continuar o processo de desgaste das rochas. 
•	 Setor B: Boa infiltração e má drenagem desfavorecem o intemperismo químico. Nesse caso, a água 
da chuva acidificada começa a dissolver as rochas, porém não tem como ser drenada “escorrer” então 
a água parada vai se tornando cada vez mais saturada ao ponto de não propiciar mais a troca de 
matérias da rocha com a do fluido externo (se equilibrando), desfavorecendo o intemperismo químico. 
•	 Setor C: Má infiltração e má drenagem desfavorecem o intemperismo químico e favorecem a erosão. 
Nesse caso, está se referindo ao pináculo da figura, pois a água da chuva estará apenas transportando 
o material (erosão) e não desgastando. 
4
Guarde essa IdeIa!
EROSÃO X INTEMPERISMO:
Existe uma diferença entre esses dois termos que muitas vezes as pessoas confundem por eles estarem 
atrelados, então qual seria a diferença? 
Intemperismo é a ação de desgaste de uma rocha ou material, já a erosão é o transporte do material 
criado (fruto do desgaste) do intemperismo. 
Logo ao se dizer “essa rocha está sofrendo erosão” se você estiver pensando como “essa rocha está 
sofrendo desgaste” indiretamente, você está certo porque para haver erosão tem que ter ocorrido intem-
perismo, mas erosão não desgasta a rocha, quem desgasta é o intemperismo. 
Não se pode confundir a causa da consequência. A Erosão é uma consequência do processo de intempe-
rismo. O contrário da Erosão é a Deposição. 
rocha Parental: A composição e a resistência diferenciada aos processos intempéricos de cada mineral 
constituinte das rochas irá influenciar na maior ou menor velocidade de desgaste. (Fig. 02). Outro detalhe 
importante é que no geral, rochas ígneas possuem uma maior resistência ao desgaste que as metamórfi-
cas e sedimentares. 
 
Fig.02: Série de Goldich: ordem de estabilidade frente ao intemperismo dos minerais mais comuns. Com-
paração com a série de cristalização magmática de Bowen. 
Fonte:Decifrando a Terra/ TEIXEIRA, TOLEDO, FAIRCHILD e TAIOLI – São Paulo: Oficina de Textos, 2000.
5
Como poderemos interpretar a figura acima? 
Vemos três colunas: a primeira se refere à estabilidade dos minerais, que vai dos mais estáveis aos me-
nos estáveis; a segunda coluna se refere à velocidade do intemperismo, que vai do menos rápido ao mais 
rápido; e a terceira coluna é a série de Bowen, que vai do último a se cristalizar ao primeiro a se cristalizar. 
Pois bem, os minerais que se cristalizam por último são por possuírem uma maior estabilidade as varia-
ções do ambiente, por exemplo, o quartzo continuará a se formar mesmo que a temperatura ambiente 
mude 200°C para menos, ele continuará seformando até ele se cristalizar por completo (processo intrusi-
vo), assim, mesmo que posteriormente o quartzo se encontre na superfície ele terá uma maior resistência 
aos agentes intempéricos devido à própria estabilidade a mudanças inerente ao quartzo (SiO2).
Já minerais, como a Olivina qualquer variação de temperatura para menos ela vai se cristalizar, de jeito 
que estiver por possuir uma estabilidade menor a mudança do ambiente, logo ao surgir na superfície 
também irá sofrer mais rapidamente ação dos agentes intempéricos. 
•	 Tempo de exposição: Esse é o mais fácil de entender, quanto mais exposto estiver qualquer mate-
rial aos agentes do intemperismo, mais rápido ele será desgastado.
•	 estrutura das rochas: Rochas maciças são mais resistentes a serem destruídas pelo intemperismo, 
porque só terão seus lados e arestas para serem destruídas e pela própria distribuição dos minerais 
presentes nela que favorece que ela não se “desmantele” com facilidade, um exemplo é o granito. 
Mas se o granito estiver fraturado é um indicativo que o processo de desgaste está avançado, a o 
intemperismo químico vai agir entre as fraturas destruindo a rocha mais rapidamente. Rochas com 
estratificações (camadas sobrepostas) possuem diferentes graus de resistências em cada camada, fa-
vorecendo o intemperismo de uma camada mais que de outra camada, que no final irá “desmantelar” 
a rocha rapidamente do mesmo jeito. 
•	 fauna e flora: fornecem matéria orgânica para reações químicas e remobilizam materiais. A matéria 
orgânica no solo decompõe-se liberando CO2, diminuindo o PH das águas de infiltração. 
Agora que já foram citados os fatores que controlam o intemperismo, vamos agora entender um pouco 
melhor os tipos de intemperismo.
Intemperismo físico
O intemperismo físico é aquele que desintegra a rocha em pedaços menores sem alterar a sua estrutura 
mineralógica, logo é como se você pegasse um paralelepípedo de granito e o quebrasse em vários 
pedaços, os minerais constituintes (quartzos, feldspatos, micas) permaneceriam sendo os mesmos, ape-
nas em pedaços menores. 
Vamos ver agora alguns tipos de intemperismo físico?
•	 Termoclastia (variação de temperatura): durante o dia as rochas ao estarem em contato constan-
te com a luz solar devido ao calor os minerais constituintes se dilatam, e durante a noite voltam ao 
tamanho original. Nesse processo de expansão e contração (ao estado original) constantes, começará 
a criar micro fissuras que tenderão a crescer com o tempo, deixando a rocha friável (frágil), assim as 
rachaduras maiores aparecerão e a rocha se partirá em pedaços menores. 
Isso também acontece nas placas de concreto usadas nas rodovias, elas são formadas por minerais, 
e lembre-se que possuem espaços entre uma placa e outra para evitar que durante o processo de 
6
expansão as placas se comprimam gerando tensões que as partirão mais rapidamente. 
•	 alívio de Pressão: as rochas que se encontram há vários quilômetros de profundidade estão sofren-
do a ação do peso do material que a sobrepõe, logo os minerais constituintes da rocha se encontram 
comprimidos, eles se encontram estabilizados de acordo com o ambiente local, vários ATM. Porém, 
essa rocha (batólito, por exemplo) pode emergir a superfície por processos de soerguimento oriundos 
de movimentos tectônicos ou mesmo por processos de denudação, então a rocha acabará se encon-
trando em um ambiente de 1 ATM, logo os minerais tenderão a se estabilizarem de acordo com as 
novas condições, os minerais começarão a se expandir, até o ponto de começarem a se partir, esses 
espaços criados se chama Juntas de Alívio. A rocha começa a criar “cascas” e se quebra. Esse pro-
cesso acontece também em túneis, que discutiremos no capítulo IV. 
•	 Crioclastia: Nas fendas das rochas se acumulam água em estado líquido, acontece que a água 
aumenta de volume quando se encontra congelada, nesse processo de expansão pelo congelamento 
a água força a fenda a ficar maior, que posteriormente acumulará mais água que se congelará nova-
mente e aumentará novamente o tamanho da fenda até finalmente quebrar a rocha. Isso acontece em 
estradas de regiões com inverno gelados, em que a água encontrada nos poros do solo abaixo das 
estradas e se congelam, acabando por criar rachaduras nas estradas. 
•	 Processo Biofísico: também chamado de intemperismo biológico físico, acontece quando as raízes 
das árvores na procura de água destroem as rochas, deixando as rochas em pedaços menores. Uma 
raiz de uma árvore de grande porte pode chegar a uma força de 14 toneladas sobre uma rocha ou 0,14 
Meganewton.
Intemperismo Químico 
No intemperismo químico o processo de destruição da rocha é muito invasivo, os processos químicos 
mudam a constituição química da rocha podendo até mesmo a dissolvê-la. A água infiltra e percola as 
fendas das rochas alterando a sua constituição. 
As reações químicas que ocorrem dependem dos reagentes (minerais originais da rocha e soluções de 
alteração) e das condições em que as reações de processam (clima, relevo, presença de organismos e 
tempo).
•	 Solução de alteração (água da chuva carregada em elementos/substâncias dissolvidas).
•	 Solução de lixiviação (água da chuva modificada pelas reações do intemperismo).
exeMPlo
Mineral I + Solução de alteração = Mineral II + Solução de lixiviação. 
Então como se processa a reação? 
A água da chuva acidificada (solução de alteração) começará a agir nas rochas, digamos que essas rochas 
possuam três minerais (A, B e o C): 
•	 A água acidificada não consegue atingir o mineral A, suficientemente para alterá-lo;
•	 A água acidificada consegue alterar o mineral B, transformando em outro (mineral B2);
7
•	 A água acidificada atinge o mineral C de uma forma que o dissolve, liberando seus cátions e ânions 
na chamada solução de lixiviação. 
No final, temos os seguintes resultados:
•	 Permanecem: os minerais primários residuais (A) e os minerais secundários que se formaram no perfil 
(B2);
•	 Os constituintes mais solúveis são transportados (mineral C dissolvido).
No final, a rocha de todo jeito estará destruída, porque todos os minerais (A, B e C) estavam distribuídos 
de maneira uniforme na rocha, se um se altera e outro se dissolve, a rocha não teria como permanecer 
“em pé” ela iria se desmantelar, e antes onde existia uma rocha agora há solução rica em cátions e 
ânions, e dois minerais livres formando o solo. 
leITura CoMPleMeNTar
Irei explicar de maneira rápida alguns tipos de intemperismo químico, sugiro que leiam 
o livro “Decifrando a Terra” dos autores Wilson Teixeira e Fábio Taioli para se aprofun-
dar. 
Hidratação: Ocorre à entrada de água (H2O) na estrutura dos minerais, alterando-os. Quer dizer, o mine-
ral B vira mineral B2.
o Ex:Anidrita + Água Gipsita. 
Hidrólise: A água destrói a estrutura mineral, libera cátions e ânions removidos pela drenagem (água da 
chuva) e depois esse material carreado (solução de lixiviação) se recombinará em novos minerais.
o Ex: 2KAlSi3O8 + 11H2O 2K1+ + AL2Si2O5(OH)4 + 4H4SiO4
o O Feldspato Potássico reage com a água produzindo a Caulinita (um argilomineral) e 
Silica e libera íons de potássio.
oxidação: consiste na mudança do estado de oxidação de um elemento, através de reação da água com 
o oxigênio. 
o Ex: 4FeO + O2 + H2O 4FeO(OH)
o O óxido de ferro mais o oxigênio e mais a água por processo de oxidação e hidratação 
forma a Goetita. 
Existe o intemperismo Bioquímico que nada mais é que ação de liberação de ácidos orgânicos (oxálico) 
por líquens que dissolvem a estrutura mineral da rocha. 
Sendo assim, percebemos que o processo de desgaste das rochas não é muito simples, depende de vários 
processos que acabamos de estudar, o nosso próximo capítulo será o estudo dos solos. 
veja o vídeo!
Para entender melhor, recomendo o seguinte vídeo “Earth Revealed - Intemperismo e 
Solos (Pedologia)” – (Duração: 28:16) Clique aqui. 
https://www.youtube.com/watch?v=nyl0z_1Xbo4
8
os solos
Os solos são de umamaneira geral e o produto final do intemperismo, é o material superficial da crosta 
terrestre sobre o qual ocorrem alterações devidas aos fenômenos atmosféricos e à biosfera, na qual se 
incluem certas espécies animais, vegetais e de microrganismos (fatores exógenos). 
Entretanto, os geólogos preferem denominar esse material não consolidado que recobre as rochas de 
manto de intemperismo ou regolito. E os Engenheiros Civis?
Para você futuro Engenheiro Civil o solo é classificado de acordo com sua estrutura. Se o solo é poroso 
(boa estrutura) ou o oposto o solo é argiloso (duro), quer dizer, há uma ênfase à viscosidade e aderência. 
O solo corresponde à parte delgada do manto de intemperismo que oferece as condições de sustentação 
e subsistência necessárias à vida vegetal. 
Geralmente, os solos contêm matéria orgânica carbonosa, escura, chamada húmus, gerada pela decom-
posição da matéria orgânica. A parte subjacente ao solo se denomina subsolo. 
A evolução dos solos se dá pelos mesmos agentes que influenciam o intemperismo; sol, água, seres vivos, 
tipo de rocha, clima, topografia. 
Isso acontece porque esses agentes continuam a sua ação na evolução da paisagem, transformando 
áreas rochosas em áreas de solos profundos. 
Um solo é dito maduro quando, depois de sujeito por longo período a diferentes condições climáticas, 
adquire características peculiares. 
A seção de um solo maduro mostra um perfil constituído de três horizontes principais, designados A, B e 
C, que diferem em cor, textura, estrutura e composição, e variam em espessura. (Fig. 03)
Vejamos logo abaixo:
Fig 03: Os perfis ou horizontes do solo representam diferentes características de um mesmo elemento.
Fonte:http://brasilescola.uol.com.br/geografia/o-solo.htm. Acesso em: 05 de abr. 2016.
9
Como você pode perceber há primordialmente três horizontes (A, B e C) o horizonte O é nada mais que a 
matéria orgânica decomposta que fica sobre o solo mineral. Vamos ver as características de cada uma:
A – Horizonte com elevada atividade biológica, em que se encontra uma mistura de matéria orgânica com 
frações minerais.
B – Acúmulo de minerais de argila.
C – Material inconsolidado, pouco afetado pelos organismos, mas que pode estar bem intemperizado 
(regolito).
R – Rocha (rocha de origem)
Porém, nem todos os solos são iguais, existem solos que não possuem todos os horizontes desenvolvidos, 
possuem materiais diferentes em sua constituição, textura, cor, serosidade, porosidade, consistência, 
profundidade e composição química. 
De uma maneira geral o solo é constituído por uma parte sólida que corresponde a 50% do seu volume 
(45% minerais e 5% Mat. Orgânica) e 50% de espaço dos poros que são ocupados por (20 a 30% de água) 
e (20 a 30% de Ar). 
A granulomentria (Tab. 01) é a medição do tamanho dos grãos do solo é de extrema importância para pro-
cessos de compactação de um terreno, pois a compactação tem por objetivo diminuir ao máximo o Índice 
de Vazios do solo, logo sabendo a distribuição granulométrica saberá qual é o Índice de Vazios natural 
daquele solo, ou seu adensamento. 
Partícula t a m a n h o 
(mm)
matacões >200
calhaus 200 – 20
cascalho 20 – 2
areia gros-
sa
2 – 0,2
areia Fina 0,2 – 0,02
silte 0,02 – 0,002
argila < 0,002
Tab. 04: Granulometria fração mineral de um solo
Você pode perceber na tabela que a Argila junto com o Silte são grãos muito finos, eles só podem ser 
vistos com a ajuda de aparelhos, por causa disso, são classificados como solos finos. Já as areias até os 
Matacões os grãos podem ser vistos ao olho nu, logo são chamados de Solos Grossos. 
Outra maneira de classificar os solos como finos e grossos é a aparência ao toque, onde solos finos são 
“lisos” e solos grossos são ásperos. 
10
Os espaços existentes (poros) no solo mudam de acordo com a granulometria do mesmo, logo, solos finos 
terão espaços menores (mais compactos) e solos grossos terão espaços maiores (mais fofo). 
Na tabela (Tab.02) abaixo, será demonstrada as características texturais dos solos:
TIpOS DE SOLO CArACTEríSTICAS
Areais e solos arenosos Tacto: áspero. Observação visual incoerente.
Areias finas, siltes, Areias siltosas ou pouco 
argilosas.
Tacto: pequena resistência do torrão seco (esfarela fa-
cilmente), torrão seco desagrega rapidamente quando 
submerso. Dispersão em água: sedimenta rápido e a 
água permanece turva por pouco tempo. 
Argilas e solos argilosos (com pouca areia ou 
silte).
Tacto: quando úmido é saponáceo, quando seca é fa-
rinhosa. Torrão seco bastante resistente e não desa-
grega quando submerso. Possui plasticidade e mobili-
dade da água intersticial. 
Turfas e solos turfosos (solos orgânicos). Tacto: fibroso. Cor geralmente cinza, castanho-escura 
e preta. Possui cheiro característico de matéria orgâ-
nica em decomposição. Inflamáveis quando secos. 
Pouca a média plasticidade.
Tabela 02: características texturais do solo. 
Mas como podemos na prática classificar texturalmente um solo?
Primeiramente temos que tirar uma amostra, e passar por todo processo laboratorial de separação das 
frações de Argila, Silte e Areia. Digamos que você pegue 1kg de solo, esse 1Kg de solo significará 100% 
da amostra, então ao se separar as frações de argila, silte e areia você obterá frações desse 100% do 
solo, como por exemplo:
40% de Areia / 35% de Silte / 25% de Argila. 
Mas ainda fica a pergunta: Certo, mas como vou dizer que tipo de solo é esse? (Utilizaremos os dados 
acima). 
Para isso LEMOS & SANTOS (1984) criou o Triângulo de Classificação Textural de solos (Fig. 04).
TexTura
11
Figura. 04: Triângulo de classificação textural de solos (Lemos & Santos, 1984). 
Pelas porcentagens descritas descobrimos que o tipo de solo é um solo Franco, quer dizer um solo com 
textura bem distribuída, proporções bem uniformes. Explicarei como se usa esse triângulo na videoaula. 
evolução dos solos 
Quanto mais antigo for um solo mais profundo ele será, quer dizer, mais desenvolvidos serão seus horizon-
tes, porém existem vários fatores que influenciam como já foi dito no começo desse capítulo. 
Solos em encostas muito íngremes serão jovens, porque o material tenderá sempre a escorregar para o 
sopé (a base), nessa base o solo será mais profundo, e quanto mais fundo o escavar, mais antigo será o 
material. 
Regiões tropicais tendem a possuir solos mais profundos que regiões frias, devido a grande quantidade de 
chuvas e calor que favorece o intemperismo químico. O semiárido nordestino é caracterizado por possuir 
solos jovens, rasos. 
Existem duas categorias de solos que não podemos esquecer: 
o solos residuais: repousam sobre a própria rocha matriz de que derivaram. Transição gradual do 
solo para o subsolo e para a rocha matriz.
o solos transportados: formados de material trazido de pontos afastados pela ação de agentes 
geológicos.
Na Região Metropolitana do Recife, temos solos argilosos, moles de origem fluvial e marinha: foram for-
mados pela deposição de sedimentos nas planícies de inundação ou várzeas de rios, ocorrendo nas partes 
mais baixas da planície, pobremente drenadas, decantação dos sedimentos mais finos (argilas e siltes), 
podendo haver estratificação e intercalações com areias finas. 
Por suas propriedades características as camadas de argila podem sofrer ressecamento, ficando sobre-
adensadas. A parte marinha foi formada em dois ciclos de sedimentação, devido a dois episódios de 
ingressão do mar no quaternário. 
Encerramos aqui a explanação sobre os solos, nos capítulos posteriores iremos voltar a usar alguns ter-
mos aprendidos aqui, como também novos termos sobre solos relacionados a Movimentos de Massa e 
Fundações. 
ÁGuas suPerfICIaIs e suBTerrÂNeas 
A água elemento de extrema importância para a vida no planeta, a sua atuação vai desde da sustentação 
do meio biótico a sustentação do meio abiótico.
Os seres vivos não podem viver sem água por mais de algumas semanas, as suas funções biológicas 
necessitam de um meio fluido e a água é esse solvente universal.As correntes marinhas (grandes rios de água salgada) percorrem os oceanos levando suas propriedades 
que controlam o clima de toda a Terra junto com as massas de ar. 
O planeta Terra possui cerca de 70% de água cobrindo a sua superfície, sendo que 95,96% dessa água é 
salgada e 4,04% de água doce, onde 2,97% se encontra nas geleiras, 1,05% Aquíferos, 0,009% lagos e 
rios e o restante na atmosfera e biosfera. 
12
Como podemos notar, a quantidade de água para o consumo humano é de apenas 4,04% e onde mais da 
metade se encontra nas geleiras não podendo serem utilizadas de maneira direta, ficando o restante para 
o nosso consumo. 
As águas superfciais passíveis de serem consumidas são caracterizadas pelos rios e lagos, já as águas 
subterrâneas são caracterizadas pelos lençois freáticos e os aquíferos.
A água da chuva ao cair no continente segue dois percursos:
•	 escoamento superficial: iniciam-se através de pequenos filetes de água, efêmeros disseminados 
pela superfície do solo que convergem para os córregos e rios constituindo as redes de drenagens.
•	 Infiltração: guiada pela força gravitacional, tende a preencher os vazios no subsolo, seguindo em 
profundidade onde abastece o corpo de água subterrânea.
Segundo a UNESCO, o Brasil possui cerca de 12% da água superficial do planeta, e dessa água utilizamos 
para abastecer barragens e gerar energia elétrica. 
Os rios possuem algumas classificações, vejamos algumas destas:
Quanto aos cursos de água:
•	 Perenes: contém água durante todo o tempo, e o lençol subterrâneo sempre mantém o fornecimento 
de água para o rio. Ex: o Rio Capibaribe – PE.
•	 Intermitentes: Eescoam durante as estações das chuvas e secam na estiagem, e transportam o 
escoamento superficial e subterrâneo Ex: Rio Santana de Alagoas – AL.
•	 efêmeros: Escoam apenas durante ou imediatamente após as chuvas e transportam somente o 
escoamento superficial (estão acima do nível do lençol freático). São as inundações relâmpagos. Ex: 
Rio Ugab na África do Sul.
Quanto aos canais fluviais: 
•	 Retilíneo: possuem baixa sinuosidade e geralmente são rios de relevo (declividade acentuada), por 
isso a água escoam com grande velocidade tendo uma grande capacidade erosiva, por terem alta 
energia eles quase não possuem desvios. Ex: Rio Madeira - RO
•	 Meandrante: rios de canais sinuosos constituindo um padrão característico de rios cuja carga de 
suspensão e de fundo encontram-se em quantidades mais ou menos equivalentes, de fluxo contínuo 
e regular, possuindo em geral um único canal. Adquire essa feição por atravessar relevos planos, 
onde a baixa declividade e a pequena velocidade de escoamento das águas tornam os desvios mais 
acentuados. Ex: Rio Amazonas – AM.
•	 Anastomosado: são rios com múltiplos canais separados por relevos de baixa altitude e por amplas 
planícies de inundação. Canais de baixa a moderada sinuosidade, baixa energia. Ex: Rio Paraguassu 
– BH.
•	 Entrelaçado: são permeados por ilhas e barras formadas por assoreamento do material transportado 
em suspensão por suas próprias águas. Os rios entrelaçados são comuns em ambientes desérticos e 
são sempre caracterizados pela predominância de carga de fundo. Ex: Rio Bramaputra – Índia.
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Quanto ao tipo de drenagem:
•	 exorréica: Rios que desaguam suas águas nos Oceanos
•	 endorréica: Rios que desaguam suas águas dentro do continente, seja em lagos ou em outra bacia 
hidrográfica.
•	 Criptorréica: Rios que continuam o seu trajeto em cavernas subterrâneas.
•	 arréica: Rios que acabam seu fluxo em um determinado ponto.
as Águas subterrâneas 
A água subterrânea forma-se quando as gotas de chuva se infiltram no solo e em outros materiais su-
perficiais não consolidados, penetrando até mesmo em rachaduras e fendas do substrato rochosos, onde 
flui lentamente até descarregar em corpos de água de superfície, ser interceptada por raízes de plantas 
ou ser extraída em poços. Tem papel essencial na manutenção da umidade do solo, do fluxo dos rios, 
lagos e brejos. 
A água subterrânea é também responsável pelo fluxo de base dos rios, sendo responsável pela sua pere-
nização durante os períodos de estiagem. Esse fluxo de base dos rios que o lençol freático contribui é o 
topo da zona saturada.
As camadas que armazenam e transmitem a água subterrânea em quantidade suficiente para o abasteci-
mento são chamadas de aquíferos.
As águas subterrâneas devido estarem armazenadas em profundidade nas camadas de solos e rochas são 
mais protegidas dos agentes poluidores oriundos da superfície, o que é muito bom, já que isso torna me-
lhores as suas águas não necessitando de meios mais complexos de tratamento para o consumo humano. 
Existem os Aquíferos livres e confinados, qual é a diferença deles?
•	 aquífero livre: é uma formação geológica permeável e parcialmente saturada de água, quer dizer ao 
se furar um poço a água terá que ser puxada manualmente ou por bomba, pode ser que ela mine, mas 
sempre no nível do solo. A base desse aquífero é limitada por uma camada impermeável, a pressão 
de água nesse aquífero é igual ao da pressão atmosférica, se chama nível freático. 
•	 aquífero confinado: também é uma formação geológica permeável porém, diferentemente do aquí-
fero livre, o confinado é completamente saturada de água, e é limitada tanto na base como no topo 
por camadas impermeáveis. A pressão da água nesse aquífero é superior a pressão atmosférica (por 
ela está retida), e ao se furar o nível da água pode ultrapassar o nível do solo, dando origem aos poços 
artesianos ou poços jorrantes, se chama nível piezométrico. 
O nível do lençol freático é constante? 
Não, o nível do lençol freático (livre) varia de acordo com os seguintes parâmetros: 
A precipitação ocorrida;
A quantidade de água extraída;
Os efeitos da maré nos aquíferos costeiros;
A variação súbita da pressão atmosférica;
As alterações do regime de escoamentos de rios que recarregam os aquíferos;
A evapotranspiração.
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voCê saBIa?
No Recife mais precisamente na praia de Boa Viagem o nível do Aquífero Cabo que antes era de 130 m de 
profundidade de água agora possui apenas cerca de 30 metros de profundidade.
Isso vem acontecendo devido à extração irregular de água por poços clandestinos, fazendo que haja uma 
superexploração (quando a quantidade de saída de água é superior à de recarga). 
Ocasionando não só a falta da água, mas também o rebaixamento do terreno no bairro, que pode fazer 
que em algumas décadas os prédios viessem a ter problemas estruturais e caiam. 
Para terminarmos a parte sobre águas subterrâneas vamos ver mais algumas definições:
•	 aquíferos porosos: a água circula nos poros dos solos e grãos constituintes das rochas sedimenta-
res ou sedimentos. São os mais utilizados e que acumulam mais água.
•	 aquífero cárstico: a água circula pelas aberturas ou cavidades causadas pela dissolução de rochas, 
principalmente nos calcários, aquíferos de cavernas.
•	 aquífero fissural: a água circula pelas fraturas, fendas e falhas nas rochas.
O Brasil possui o maior Aquífero do mundo o Alter do Chão e também se encontra no Brasil o segundo 
maior Aquífero do mundo, o Guaraní, mas eles serão temas de pesquisa em nossos fóruns. 
Existem também, formação geológicas que não são aquíferas definidas como:
•	 aquitardo: frormação geológica que pode armazenar água, mas que a transmite lentamente não 
sendo rentável o seu aproveitamento a partir de poços.
•	 aquicludo: formação geológica que pode armazenar água, mas não a transmite (a água não circula)
•	 aquifugo: Formação geológica impermeável que não armazena e nem transmite água.
Palavra fINal
Bem pessoal,
Finalizamos aqui a segunda unidade da nossa disciplina.
Espero que os assuntos tratados nesta unidade tenham contribuído para expandir seus conhecimentos e 
ajudá-lo(a) na sua formação profissional.
Agora, você deve ir ao Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) e realizar as atividades referentes ao 
conteúdo aprendido nesta Unidade. 
Caso algum assunto tenha deixado vocêcom dúvidas, é importante que você releia e tente esclarecer o 
que não ficou bem entendido.
Se algo ainda deixa dúvidas, passe todas elas para o seu tutor. Ele irá esclarecer e orientá-lo (a) no que 
for necessário.
Bons estudos e até a próxima unidade.
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