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Atividade DIREITO PENAL - Peças Processuais
Peça 1: Queixa - crime
Exmo. Sr. Dr. Juiz de Direito do Juizado Especial Criminal da Comarca de São Paulo - SP
YAMAHA, brasileiro, solteiro, professor, portador do RG. nº666666/SSPSP, CPF. nº
23582748/-82, com domicílio profissional na Rua Treze de Maio n°67, .Bloco B São Paulo -
SP, vem, por meio, de seus advogados (procuração específica em anexo, doc. 01),
respeitosamente, perante V. Exa. com fulcro no art. 100, s 2ºdo Código Penal e artigos 30 e
41 do Código de Processo Penal, oferecer
QUEIXA-CRIME
contra Sra Cleide, brasileira, casada, prestadora de serviços domésticos, portadora do RG.
nº. ....../SSP-SP, CPF. nº. ......, com domicílio profissional na Rua Artur Bernardes n°10, .....,
São Paulo - SP......, pelas razões de fato e direito adiante articuladas:
1.DO FATOS
Por meio de advogados, o querelado, Sr. Yamana, ajuizou ação penal privada
(queixa-crime) contra a pessoa de sua ex-funcionária Cleide, pela Prática de crime de
injúria (CP, artigo 140) e de difamação (CP, art. 139), em concurso formal (CP, art. 70),
sendo imperiosa a incidência da causa de aumento de pena do artigo 141, inciso III, do CP.
Visando comemorar seu aniversário que se aproximava, YAMAHA planejou marcar uma
confraternização com parentes, amigos e colegas de trabalho para festejar em uma famosa
pizzaria localizada na cidade de São Paulo/SP e, assim, enviou o convite por meio da rede
social, publicando postagem alusiva à comemoração em seu perfil pessoal, para todos os
seus contatos. Contudo, CLEIDE, que é uma ex-funcionária de YAMAHA e, portanto,
constando na rede de “amigos” de YAMAHA, quando soube da festa e objetivando ofender
seu antigo empregador, publicou o seguinte comentário: “não sei o motivo da
comemoração, já que YAMAHA é uma bicha! ”. Outrossim, com o propósito de ofender
YAMAHA perante seus colegas de trabalho e denegrir sua reputação acrescentou, ainda:
“ele trabalha todo dia bêbado feito um gambá! ”. Assim sendo, YAMAHA, indignado ao
tomar conhecimento desses fatos, imediatamente se dirigiu à Delegacia de Polícia
Especializada em Repressão aos Crimes informáticos e, narrou os acontecimentos,
mostrando as provas ao delegado de polícia. Entretanto, no Distrito Policial só foi lavrado
um mero boletim de ocorrência não tendo sido instaurado inquérito policial para apurar os
fatos.
2. DO DIREITO
Conforme relatado acima, está evidente a justa causa para a ação penal. Prática de crime
de injúria (CP, artigo 140) e de difamação (CP, art. 139), em concurso formal (CP, art. 70),
sendo imperiosa a incidência da causa de aumento de pena do artigo 141, inciso III, do CP.
Além disso, a querelante é parte legítima para a propositura da ação, com fundamento no
art. 30 do CPP. Ademais, a queixa foi oferecida dentro do prazo decadencial, segundo o art.
38, “caput”, do CPP, já que o querelante tomou ciência das ofensas há 5 (cinco) meses,
devendo ser recebida, pois ausentes as hipóteses do art. 395 do CPP.
O querelado praticou os delitos de:
I - Injúria - crime de injúria (CP, artigo 140) - CLEIDE que é uma ex-funcionária de YAMAHA
e, portanto, está adicionada na sua rede de amigos, quando soube da festa e visando
ofender, publicou o seguinte comentário: “não sei o motivo da comemoração, já que
YAMAHA é bicha! ”.
Pelo exposto, demonstra-se claro o enquadramento da ação da Querelada no crime de
injúria do Art. 140 do CP
Supracitados dispositivos preceituam:
‘’Art. 140 - Injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro:
Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.
§ 1º - O juiz pode deixar de aplicar a pena:
I - quando o ofendido, de forma reprovável, provocou diretamente a injúria;
II - no caso de retorsão imediata, que consista em outra injúria.
§ 2º - Se a injúria consiste em violência ou vias de fato, que, por sua natureza ou pelo meio
empregado, se considerem aviltantes:
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa, além da pena correspondente à
violência.
§ 3o Se a injúria consiste na utilização de elementos referentes a raça, cor, etnia, religião,
origem ou a condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência: (Redação dada pela Lei
nº 10.741, de 2003)
Pena - reclusão de um a três anos e multa. (Incluído pela Lei nº 9.459, de 1997)’’
II - Difamação – crime de difamação (CP, art. 139) - com o propósito de prejudicar YAMAHA
perante seus colegas de trabalho e denegrir sua reputação acrescentou, ainda, “ele trabalha
todo dia embriagado!
C) DA DIFAMAÇÃO
Pelo exposto, demonstra-se claro o enquadramento da ação da Querelada no crime de
difamação (artigo 139 do Código Penal), Supracitados dispositivos preceituam:
“Art. 139. Difamar alguém, imputando-lhe fato ofensivo à sua reputação:
Pena – detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) anos, e multa.”
“Art. 141. As penas cominadas neste Capítulo aumentam-se de um terço, se qualquer dos
crimes é cometido:
(…)
III – na presença de várias pessoas, ou por meio que facilite a divulgação da calúnia, da
difamação ou da injúria.”
III – Concurso formal (CP, art. 70 – as condutas do fato e fundamento jurídico 1 e 2 foram
praticados mediante uma única ação) sendo, ainda, imperiosa a incidência da causa de
aumento do artigo 141, inciso III, do CP (pelo fato de publicar nas redes sociais as palavras
escritas que atingiu conhecimento de número indeterminado de pessoas).
3. DOS PEDIDOS
Diante do exposto, requer-se:
a) a designação de audiência preliminar ou de conciliação (art. 520 do CPP);
b) a citação da querelada;
c) o recebimento da queixa-crime;
d) a oitiva das testemunhas arroladas: NELSON DE ALMEIDA (empresário, Rua Cristiano
Pereira, 50, São Paulo-SP e HANSOZO DE ALBUQUERQUE (professor, Rua
Albuqueruque, nº 100, apto 122) ;
e) a condenação da querelada pelo crime de injúria (CP, art. 140) e pelo crime de
difamação (CP, art. 139), com a causa de aumento de pena (CP, art. 141, III) em concurso
formal (CP, art. 79); f) a fixação de valor mínimo de indenização, nos termos do art. 387, IV,
do CPP.
Nestes termos, requer, outrossim, a juntada posterior de todos os meios legais de prova
admitidos.
Cabe informar, ademais, que o querelante não recolheu custas, pois no âmbito do JECRIM
há isenção, conforme o disposto no artigo 4.º §9.º da Lei Estadual 11.608/2003.
ROL DE TESTEMUNHAS: ...
Pede Deferimento,
São Paulo, 11/03/2022
Nayana L
OAB
Atividade DIREITO PENAL - Peças Processuais
Peça 2: Resposta à acusação
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ... VARA CRIMINAL DE SÃO
PAULO-SP
Processo n. ...
Gisele, devidamente qualificada nos autos da ação em epígrafe, vem, muito respeitosamente
diante de Vossa Excelência, através de seu advogado infrafirmado, com procuração em
anexo, oferecer RESPOSTA À ACUSAÇÃO, com base nos arts. 396 ou 396-A do Código de
Processo Penal, pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir expostos:
1. DOS FATOS
Narra a denúncia que no dia 25.12.2010 GISELE, então com 20 anos de idade, ingressou em
um supermercado na capital e escondeu na roupa dois pacotes de bolacha, cujo valor
totalizava R$ 8,00 (oito reais). Ocorre que a conduta de Gisele foi percebida pelo fiscal de
segurança, que a abordou no momento em que ela deixava o estabelecimento comercial sem
pagar pelos bens, e apreendeu os dois produtos escondidos.
Em sede policial, Gisele confirmou os fatos, reiterando a ausência de recursos financeiros e a
situação de fome e risco físico de seu filho. Acrescenta-se, ainda, que duas testemunhas que
estavam no local dos fatos foram ouvidas. Juntado à Folha de Antecedentes Criminais sem
outras anotações, o laudo de avaliação dos bens subtraídos confirmando o valor.
Por tais razões, Gisele foi denunciada pelo Ministério Público pela prática do crime do Art.
155, caput, c/c Art. 14, inciso II, ambos do Código Penal.
A denúncia foi recebida em 19.01.2011, entretanto, como ela não tinha endereço fixo, não foi
localizada para ser citada, sendo que o processo prosseguiu regularmente sem suspensão
esperando a localização de Gisele para citação.
Gisele compareceuno cartório no dia 16.03.2017, sendo consequentemente citada bem como
intimada para o oferecimento da resposta à acusação.
2. DAS PRELIMINARES
a) Da prescrição
Narra a denúncia que o fato imputado para Gisele foi praticado em 25.12.2010, sendo que
nesta data Gisele contava com 20 anos de idade, ou seja, menor de 21 anos de idade. O crime
imputado à ré foi de furto simples, com pena máxima cominada em 04 anos. Nos moldes do
art. 109, IV, do Código Penal, os crimes cujas penas máximas não excedem quatro anos
prescrevem em 08 anos.
Ocorre que a ré à data do fato era menor de 21 anos de idade, e nas esteiras do art. 115 do
Código Penal, o prazo prescricional é reduzido pela metade quando o criminoso era, ao tempo
do crime, menor de 21 (vinte e um) anos. Desta forma, deve ser reconhecido que o crime
imputado a Gisele encontra-se prescrito, pois entre a data do recebimento da denúncia
(19.01.2011) e a data em que ela foi citada (16.03.2017) transcorreu lapso temporal de mais de
quatro anos, devendo ser declarada a extinção da sua punibilidade (art. 107, IV, do Código
Penal).
Assim, verificada a extinção de punibilidade em decorrência da prescrição, com base no art.
397, IV, do Código de Processo Penal, deve o magistrado absolver sumariamente a ré.
3. DO MÉRITO
a) Do princípio da insignificância
Importante reconhecer que diante do valor dos bens subtraídos (oito reais) e do contexto do
delito cometido há a ocorrência do princípio da insignificância na ação delituosa da ré. Os
requisitos trazidos pelo Supremo Tribunal Federal que fundamentam a aplicação do princípio
da insignificância se encontram presentes no presente caso, quais sejam, ausência da
periculosidade social da ação, mínima ofensividade da conduta do agente, ínfimo grau de
reprovabilidade do comportamento e inexpressividade da lesão jurídica causada. Gisele agiu
motivada pela fome do pequeno filho e por ver este ficar doente em razão da ausência de
alimentação, e o bem subtraído foi restituído ao estabelecimento comercial. Além do mais,
dois pacotes de bolacha no valor citado jamais ensejariam dano a uma grande rede de
supermercado.
Reconhece-se que a conduta da ré se enquadra ao tipo penal do furto, previsto no art. 155 do
Código Penal. A tipicidade ramifica-se em formal e material. A tipicidade formal é aquela
conduta que se subsume ao tipo penal. Gisele subtraiu coisa alheia móvel, logo sua conduta é
formalmente típica. A tipicidade material é quando há efetiva lesão ao bem jurídico protegido
pela norma penal, o que não se vislumbra na conduta de Gisele. Assim, há de se reconhecer
que sua conduta foi atípica, não houve infração penal, devendo ser absolvida sumariamente
com base no art. 397, III do Código de Processo Penal.
b) Do estado de necessidade
Na conduta de Gisele, há uma causa manifesta de exclusão de ilicitude, qual seja, o Estado de
Necessidade (art. 23, I, do Código Penal). Dispõe o art. 24 do Código Penal que se considera
em estado de necessidade quem pratica o fato para salvar de perigo atual, que não provocou
por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas
circunstâncias, não era razoável exigir-se.
É nítido que Gisele não provocou por sua vontade a situação de fome e risco físico de seu
filho, sendo que ela ao terminar o relacionamento amoroso com Cleber, por não mais suportar
as agressões físicas sofridas, foi expulsa do imóvel que residia em comunidade carente. Ao
ser expulsa com seu filho, que à época do fato tinha três anos de idade, pernoitava em locais
de acesso público, alimentando-se a partir de ajudas recebidas de desconhecidos. Não
possuía familiares no Estado nem outros conhecidos. Dessa forma, não tendo a quem
recorrer para ajudá-la com alimentos e sem conseguir emprego, a sua situação se tornou de
tal forma extrema que não era razoável exigir de Gisele que sacrificasse a integridade física de
seu filho a fim não causar lesão de ínfimo valor a uma grande rede de supermercado. Maria,
sua amiga que também era moradora de rua, tinha todo o conhecimento de suas
necessidades.
Assim, deve ser a ré ser absolvida com base no art. 397, I, do Código de Processo Penal.
5. PEDIDOS
Diante de todo o exposto, requer:
a) absolvição sumária da ré com base no art. 397, IV, do Código de Processo Penal, em
decorrência da prescrição.
b) absolvição sumária da ré com base no art. 397, III, do Código de Processo
Penal, em decorrência do princípio da insignificância;
c) absolvição sumária da ré com base no art. 397, I, do Código de Processo Penal, em
decorrência do estado de necessidade;
d) arrolamento e intimação da testemunha Maria.
Nestes termos,
Pede deferimento
São Paulo,
Advogado
Número da OAB.
ROL DE TESTEMUNHAS:
1. …, residente e domiciliado
2. …, residente e domiciliado
Peça 3: Memoriais
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA CRIMINAL DA
COMARCA DE …
Adolfo, já qualificado nos autos do processo nº..., que lhe move a Justiça Pública, por
seu advogado que esta subscreve, vem respeitosamente à presença de Vossa
Excelência, apresentar
ALEGAÇÕES FINAIS POR MEMORIAIS
com fulcro no art. 403, § 3º, do CPP, pelas razões de fato e de direito a seguir
expostas.
I- DOS FATOS
O acusado foi denunciado com incurso nas penas do art. 33, caput, da lei nº
11.343/06, por que teria sido abordado, e, preso em flagrante, ao transportar 25
gramas de maconha na comunidade conhecida como Favela Zulu, bairro onde mora.
Porém, conforme alegou durante a instrução criminal, o réu foi obrigado, pelo chefe
do tráfico local, Sorriso, a fazer tal ato sob pena de ser expulso do local em que
morava há mais de 40 anos. Diante dos fatos, o réu agiu sob coação moral.
F.A., juntada aos autos, demonstrando a primariedade, e laudo de exame de material
confirmando que, de fato, a substância encontrada com o réu era “maconha”
Encerrada a instrução criminal o Ministério Público, em seus memoriais, pediu a
condenação do Réu.
II- DO DIREITO
O pleito acusatório não merece acolhimento, posto que a autoria delitiva não restou
demonstrada nos autos.
Em nenhum momento, seja durante o inquérito, seja durante a fase processual, o
acusado foi autor do fato, logo pleiteia-se a absolvição do acusado por inexigibilidade
de conduta diversa. Para que determinada conduta seja considerada crime, deve ela
ser típica, ilícita e culpável. Um dos elementos da culpabilidade é a exigibilidade de
conduta diversa, sendo, portanto, a inexigibilidade de conduta diversa uma causa de
exclusão da culpabilidade.
O acusado, Astolfo, um senhor de 74 anos, alega que Sorriso, estando armado,
exigiu que ele transportasse as substâncias entorpecentes, sob pena de expulsá-lo
de sua residência e da comunidade onde reside, sem ter outro local para abrigar-se.
Diante das circunstâncias e das particularidades do caso concreto, em especial
considerando a idade de Astolfo e o fato de não ter familiares para lhe dar abrigo, não
seria possível exigir outra conduta do acusado. Conforme previsão do Art. 22 do
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10641175/artigo-403-do-decreto-lei-n-3689-de-03-de-outubro-de-1941
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10641061/par%C3%A1grafo-3-artigo-403-do-decreto-lei-n-3689-de-03-de-outubro-de-1941
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1028351/c%C3%B3digo-processo-penal-decreto-lei-3689-41
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10867208/artigo-33-da-lei-n-11343-de-23-de-agosto-de-2006
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/95503/lei-de-t%C3%B3xicos-lei-11343-06
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/95503/lei-de-t%C3%B3xicos-lei-11343-06
Código Penal, no caso de coação irresistível, somente deve responder pela infração o
autor da coação, mostrando-se a clara ausência de conduta e autoria do delito do
acusado. Assim, na forma do Art. 386, inciso VI, do Código de Processo Penal, deve o
réu ser absolvido.
Como se não bastasse, requer desde então, caso seja diferente o entendimento
exposto, a aplicação da pena base em seu mínimo legal, pois, na forma do enunciado
444 da Súmulade jurisprudência do STJ, a existência de inquéritos policiais ou ações
penais em curso não são suficientes para fundamentar circunstâncias judiciais do
Art. 59 do Código Penal como desfavoráveis.
Impõe-se, ademais, o reconhecimento da atenuante do Art. 65, inciso I, do Código
Penal, já que o réu era maior de 70 anos na data da sentença, e também a atenuante
da confissão, prevista no Art. 65, inciso III, alínea d, do Código Penal, cabendo
destacar que a chamada confissão qualificada, ou seja, quando, apesar de confessar
o fato, o acusado alega a existência de causa de exclusão da ilicitude ou da
culpabilidade, vem sendo reconhecida pelo Superior Tribunal de Justiça como
suficiente para justificar o seu reconhecimento como atenuante. Por mim, alega-se
ainda a atenuante da coação resistível, já que o crime somente foi praticado por
exigência de Sorriso (Art. 65, inciso III, c, do CP).
Também deve ser levado em consideração o fato de que o réu é primário e possui
bons antecedentes, e que não consta em seu desfavor qualquer indício de
envolvimento com organização criminosa, cabível a aplicação do redutor de pena
previsto no art. 33, § 4º, da Lei 11.343/06. As circunstâncias da infração tornam até
mesmo possível a aplicação da causa de diminuição em seu patamar máximo.
Em sendo reconhecida a existência do tráfico privilegiado do art. 33, § 4º, da Lei
11.343/06, cabível o requerimento de substituição de pena privativa de liberdade por
restritiva de direitos, pois não mais subsiste vedação trazida pelo dispositivo. O STF,
reconheceu a aplicação a inconstitucionalidade da exigência da aplicação do regime
inicial fechado para crimes hediondos ou equiparados, constantes no art. 2º, § 1º, Lei
8.072, por violação ao princípio da individualização da pena, não impedindo o regime
inicial aberto para o cumprimento da pena.
III- DOS PEDIDO
Diante o exposto, requer-se;
a) absolvição do crime de tráfico, na forma do Art. 386, inciso VI, do Código de
Processo Penal;
b) subsidiariamente, aplicação da pena base no mínimo legal;
c) reconhecimento das atenuantes do Art. 65, incisos I e III, alíneas c e d, do Código
Penal;
d) aplicação da causa de diminuição do Art. 33, § 4º da Lei nº 11.343/2006;
e) aplicação do regime inicial aberto de cumprimento da pena;
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10633383/artigo-59-do-decreto-lei-n-2848-de-07-de-dezembro-de-1940
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1033702/c%C3%B3digo-penal-decreto-lei-2848-40
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10867208/artigo-33-da-lei-n-11343-de-23-de-agosto-de-2006
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10866965/par%C3%A1grafo-4-artigo-33-da-lei-n-11343-de-23-de-agosto-de-2006
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/95503/lei-de-t%C3%B3xicos-lei-11343-06
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10867208/artigo-33-da-lei-n-11343-de-23-de-agosto-de-2006
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10866965/par%C3%A1grafo-4-artigo-33-da-lei-n-11343-de-23-de-agosto-de-2006
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/95503/lei-de-t%C3%B3xicos-lei-11343-06
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f) substituição da pena privativa de liberdade por penas restritivas de direitos.
Nestes termos,
pede deferimento.
Goiânia/GO, 12 de abril de 2016.
Advogado...
OAB...
Peça 4: Memoriais
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ... Vara Criminal da Comarca de ..
Alfredinho, já qualificado nos autos do processo nº..., que lhe move a Justiça Pública, por
seu advogado que esta subscreve, vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência,
apresentar
ALEGAÇÕES FINAIS POR MEMORIAIS
com fulcro no art. 403, § 3º, do CPP, por analogia, pelas razões de fato e de direito a seguir
expostas.
1. Dos fatos
2. Do Direito
ABSOLVIÇÃO SUMÁRIA DO ACUSADO POR TER AGIDO EM LEGITIMA DEFESA
PUTATIVA – ARTIGO 415, INCISO IV, DO CPP E ART. 20, § 1º DO CP. No mérito
deve ser demonstrado que acusado agiu amparado pela descriminante putativa de
legítima defesa imaginária, nos exatos termos do art. 20 §1.º do CP, de modo que
deve ser absolvido sumariamente.
3. Dos Pedidos
Absolvição Sumária nos termos do art. 415, inciso IV do CPP, por ser medida de
Justiça.
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10641175/artigo-403-do-decreto-lei-n-3689-de-03-de-outubro-de-1941
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10641061/par%C3%A1grafo-3-artigo-403-do-decreto-lei-n-3689-de-03-de-outubro-de-1941
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1028351/c%C3%B3digo-processo-penal-decreto-lei-3689-41

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