Enriquecimento Ambiental

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Centro Universitário De Desenvolvimento do Centro Oeste – UNIDESC 
Curso Medicina Veterinária 
 
 
 
 
Integrantes do grupo: 
Amanda de Carvalho Dias 
Isabelle Dias Santos Carvalho 
Lizandra Renata Pereira Chrisóstomo 
Michelle Shimiti Marques 
Odirleia Alves da Silva Souza 
Sabrina Rodrigues do Nascimento 
 
 
 
Enriquecimento Ambiental 
Grandes Felinos 
 
 
 
 
 
 
 
Goiás- 2020 
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Centro Universitário De Desenvolvimento do Centro Oeste – UNIDESC 
Curso Medicina Veterinária – 4° semestre/ Farmacologia 
 
 
Integrantes do grupo: 
Amanda de Carvalho Dias 
Isabelle Dias Santos Carvalho 
Lizandra Renata Pereira Chrisóstomo 
Michelle Shimiti Marques 
Odirleia Alves da Silva Souza 
Sabrina Rodrigues do Nascimento 
 
 
 
 
Enriquecimento Ambiental 
Grandes Felinos 
 
Trabalho escrito sobre Enriquecimento 
Ambiental com ênfase em grandes felinos 
 Apresentado para o seminário da matéria 
 de farmacologia do curso de Medicina 
 Veterinária da Faculdade UNIDESC. 
Professor: Rodrigo França. 
 
 
 
Goiás – 2020 
 
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Resumo 
 
 O enriquecimento ambiental no cuidado dos animais em cativeiro consiste em melhorar seu 
bem-estar tanto físico como psicológico identificando e lhes proporcionando os estímulos 
ambientais necessários para otimizar sua qualidade de vida. O enriquecimento ambiental pode 
beneficiar uma grande variedade de vertebrados e invertebrados como os mamíferos terrestres, 
mamíferos marinhos, aves, anfíbios, repteis, polvos e aranhas. pode-se proporcionar a qualquer 
animal que permaneça em cativeiros incluindo: os animais dos zoológicos e instalações similares; 
os animais dos refúgios e granjas, os animais usados para a investigação, os animais de companhia 
como cães, gatos, papagaios, cacatuas, coelhos, etc. 
 
 Palavras chave: Enriquecimento Ambiental; Animais Selvagens; Ênfase em Onças. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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SUMÁRIO 
 
 Páginas 
1. Introdução.................................................................................................................5 
1.1 Objetivo...............................................................................................................5 
2. Enriquecimento Ambiental........................................................................................6 
3. Conservação Ex-Sito................................................................................................7 
4. Tipos de Enriquecimento..........................................................................................7 
5. A Inserção de Enriquecimentos Sensoriais com Onças..........................................8 
5.1 Imagens..............................................................................................................9 
6. Técnicas e Materiais................................................................................................10 
7. Conclusão................................................................................................................11 
8. Bibliografia...............................................................................................................12 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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1. Introdução 
 O homem mantém animais em cativeiro desde a antiguidade, prática sustentada pelas mais 
diversas razões, que se modificaram com o decorrer do tempo, acompanhando a evolução da 
sociedade humana. O crescimento urbano e a expansão das atividades agropecuárias limitam as 
áreas de ocorrência natural de muitas espécies, que acabam resgatadas e muitas vezes destinadas 
ao cativeiro, que é também uma ferramenta para programas de conservação dessas espécies, 
desenvolvendo pesquisa e reprodução. 
 A privação da vida em ambiente natural, no entanto, provoca uma série de impactos negativos, 
especialmente sobre o comportamento dos animais, que passam a expressar padrões anormais, 
como transtornos e estereotipias, indicando queda nos níveis de bem estar animal e presença de 
estresse. As instituições modernas, com objetivo de minimizar os efeitos nocivos do cativeiro, 
empregam um conjunto de técnicas, chamado enriquecimento ambiental, que visa estimular os 
animais a desempenharem comportamentos naturais, aumentando a complexidade dos ambientes 
e melhorando as condições de manejo. Os efeitos do enriquecimento ambiental podem ser 
avaliados com base em parâmetros comportamentais ou fisiológicos, por meio da análise de 
hormônios relacionados ao estresse. 
 
 
1.1 Objetivo 
 Esse trabalho tem como objetivo de mostrar que se pode usar diversos métodos para avaliar o 
enriquecimento ambiental proporcionado. Os estudos se baseiam na premissa de que os animais 
em cativeiros devem realizar comportamentos similares aos do etograma de sua espécie. 
 
 
 
 
 
 
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2. Enriquecimento Ambiental 
 A mudança de habitat natural das onças pintadas em relação as atividades agropecuárias, 
além do isolamento de suas populações e a disponibilidade de presas, constituem as maiores 
ameaças para a espécie. É o enriquecimento ambiental que promove este trabalho e tem como 
objetivo a recuperação de espécies e dispor melhor qualidade de vida para os animais. Animais 
silvestres e exóticos criados em cativeiro, contribuem para a conservação da espécie, porém o 
longo período de vida em cativeiro pode ocasionar diversos problemas para a saúde animal. Com 
isso os zoológicos e os institutos de conservações de onças pintadas que existem hoje no Brasil, 
têm se preocupado em ser apenas um espaço para lazer, e tal preocupação fez com que o espaço 
para a educação ambiental e a melhoria na qualidade do bem- estar animal em prol da conservação 
tivesse um aumento significativo. Muitos desses ambientes trabalham com o projeto ex-situ, ou 
seja, manejo que ocorre dentro de zoológicos e institutos de conservação. 
 Englobando a reprodução, análise do comportamento e hábito dos animais. Outro projeto é o 
in-situ, no qual o trabalho é feito em campo. Sendo assim, o bem-estar animal deve ser constante, 
pois cada espécie tem naturezas e instintos e nós, seres humanos, devemos respeita-los. Essas 
onças quando vão para os cativeiros apresentam problemas de comportamento e bem-estar, para 
melhorar a qualidade de vida desses animais, são feitos estímulos que podem ser oferecidos 
através de tipos de enriquecimento como, físico, sensorial, cognitivo, social e alimentar. Animais 
designados ao cativeiro podem apresentar desempenho anormal (roer grades e comer fezes) dos 
que apresentariam em vida livre, o estudo do comportamento de animais cativos juntamente com 
as técnicas do enriquecimento ambiental podem promover melhoria na condição de vida e ajudando 
na conservação da espécie. Tendo em vista diminuir os comportamentos anormais como 
agressividade e doenças, vê- se a necessidade de aplicar o enriquecimento ambiental, buscando 
apurar a qualidade de vida, reduzir o comportamento de estresse, melhorar o bem-estar psicológico 
e físico aos animais cativos e formar o ambiente em que o animal se encontra mais interativo. A 
vida em um ambiente artificial e sem estimulações pode acarretar vários problemas, tanto para a 
saúde quanto ao comportamento do animal, relacionados ao estresse do cativeiro. O 
enriquecimento ambiental busca melhorar a qualidade do cuidado ao animal, sendo assim, a 
ocupação do animal com atividades diárias e diferentes para estimular o interesse do animal no 
ambiente emque se encontra, garantem o bem- estar físico (crescer e reproduzir-se livre de 
doenças e ferimento) e psicológico (conforto, livre de medo, fome e sede), facilitando o manejo e 
diminuindo a ocorrência de estresse, além de proporcionar um interesse maior do visitante pelo 
animal. 
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3. Conservação Ex-Situ 
 Conservação ex- situ, que significa literalmente, conservação fora do lugar de origem, é o 
processo de proteção de espécies em perigo de extinção, de plantas e animais pela remoção de 
parte da população do habitat ameaçado e transportando-as para uma nova localização, que pode 
ser uma área selvagem (santuário) ou um cativeiro (zoológico ou outro local semelhante). 
Compreende um dos métodos de conservação de espécies mais antigo e bem estudados. 
Essencialmente os indivíduos são mantidos em condições artificiais, com pressões diferentes das 
encontradas no ambiente natural. Tais condições artificiais são geralmente as condições nas quais 
o homem pode interferir, como por exemplo o clima, acesso a alimentos e água, oportunidades 
reprodutivas, proteção contra predação e até mesmo certas causas naturais de mortalidade. Podem 
tratar-se de Conservação "ex situ" em assuntos que envolvam a Arqueologia e a Preservação do 
Patrimônio. 
 Após as escavações ou resgates, os materiais arqueológicos encontrados são retirados do seu 
lugar original (in situ) e são transportados para outro (ex situ), na maioria das vezes para 
laboratórios de arqueologia, museus etc. São nesses lugares que estes vestígios da humanidade 
devem ser conservados fora do seu lugar natural, para que possam fornecer inúmeras informações 
sobre a história do homem. Hoje em dia, na arqueologia, a conservação "ex situ" tem vindo a tornar-
se um problema profundo, uma vez que muitos dos materiais encontrados em escavações não têm 
um destino conhecido, seguro e correto. A Conservação ex situ pode servir como uma técnica de 
melhoramento genético das espécies visando aumentar a resistência a pragas e patógenos e o 
aumento da produção das mesmas. Dentre as dificuldades enfrentadas pelos melhoristas durante 
o período de coleta para a conservação destaca-se: o pouco ou nenhum conhecimento científico 
sobre a complexidade dos ecossistemas e espécies arbóreas e ao alto custo econômico que 
dessas pesquisas a longo prazo. 
 
4. Tipos de Enriquecimento 
 A contribuição de qualquer estímulo que gerar nos animais interesse positivo o enriquecimento 
pode ser considerado, incluindo objetos naturais e artificiais, cheiros diferentes, novos alimentos ou 
preparada de forma diferente. A maioria dos estímulos de enriquecimento são divididos em seis 
grupos: 
• Sensorial: estímulos para os sentidos dos animais tanto visuais, olfativos, audíveis, tátil ou 
gustativos; 
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• Alimentação: consiste em converter a alimentação em um desafio. Pode realizar-se com 
diversos métodos, apresentar a comida de forma que lhes obrigue a resolver pequenos 
problemas que animem os animais a pesquisar, manipular e trabalhar para a obter, como 
fazem na natureza, como escondida em diversos objetos desenhados para dificultar seu 
acesso, meter alimentos em gelo no verão, colocar alimentos em dispositivos mecânicos 
móveis que simulem presas, etc. 
• Manipulação: proporcionar elementos que possam manipular com suas patas, boca, cabeça, 
chifres, etc. Isto provoca o comportamento de investigação e o jogo exploratório; 
• Meio Ambiental: melhorar o habitat onde os animais estão presos para acrescentar 
mudanças ou aumentar a complexidade do ambiente; 
• Social: proporcionar aos animais oportunidades para para interagir com os outros, tanto de 
sua espécie como de outras; 
• Treinamento: treinar aos animais em diferentes tarefas mediante reforço positivo ou 
habituação. Enriquecimento meio ambiental: aviário para papagaios com elementos para 
que possam subir e se pendurar. Pode-se argumentar que um estímulo pode se considerar 
enriquecimento inclusive se o animal reage de forma negativa, como por exemplo cheiros 
desagradáveis, ainda que devem se evitar os estímulos que provoquem medo ou estresse 
extremo e estímulos que possam causar dor ao animal. Opiniões contrárias consideram que 
o enriquecimento só deve provocar comportamentos positivos. 
 
5. A Inserção de Enriquecimentos Sensoriais com Onças 
 A inserção de enriquecimentos sensoriais melhora a saúde física, emocional e espiritual dos 
animais, podendo ser utilizados produtos extraídos de vegetais, como a camomila, erva doce e 
óleos essenciais, responsáveis por reduzirem a ansiedade, estresse e dor em pessoas. A 
aromaterapia melhora a capacidade do animal em investigar o ambiente, podendo marcar o 
território esfregando-se nos novos odores, permitindo estimulação do sentido olfativo dos animais. 
 
 
 
 
 
 
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 5.1 Exemplos de Enriquecimento Sensoriais com Onças; 
 
 
 
 
 
 
 
 
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6. Técnicas e Materiais 
 Introduzir técnicas de enriquecimento ambiental, buscando melhorar o bem estar de um 
indivíduo o objetivo é avaliar os efeitos da implementação de diferentes técnicas de enriquecimento 
ambiental, para fins de enriquecimento ambiental, nos recintos dos felinos podem ser introduzidas 
bolas confeccionadas com cipó e sisal e, também, caixas de papelão com carne bovina ou erva 
cidreira e canela. Mesmo em cativeiro, os animais apresentaram comportamento de demarcação 
territorial, como urinar e rugir em alguns momentos se sentirem ameaçados. Esses 
enriquecimentos utilizados são estratégias simples e de baixo custo que contribuem para o bem-
estar desses animais podendo ser aplicadas em várias instituições de cativeiro para grandes 
felinos. 
 A escolha do material e do tipo de objetos que serão inseridos nos cativeiros para melhorar o 
grau de entretenimento dos animais precisa atender requisitos importantes, como comportamentos 
típicos das espécies, habilidades dos animais, entre outros, uma vez que a má escolha pode limitar 
a funcionalidade do enriquecimento ambiental. Alguns testes de preferência podem ser realizados 
buscando estabelecer a capacidade e eficiência do enriquecimento para a espécie específica a ser 
beneficiada perante os diferentes tipos de enriquecimento disponíveis. Geralmente os recintos 
possuem enriquecimentos fixos, como pneus, dispostos em diferentes locais, no mesmo recinto e 
com as mesmas expectativas. É primordial que os ambientes sejam enriquecidos e que o grupo de 
funcionários, incluindo corpo técnico, tratadores e afins conheçam o comportamento dos animais, 
para que as espécies sejam mantidas em condições adequadas para o desempenho de atividades 
típicas, buscando desenvolver o bem-estar físico e psicológico dos animais em cativeiro. 
Materiais que podem ser utilizados como forma de enriquecimento ambiental para onças: 
• Pneus pendurados 
• Caixas de papelão 
• Carne bovina e vegetação 
• Bolas confeccionadas com cipó preenchidas com carne ou vegetação 
• Cordões de sisal, tranças de cordões recheadas de carne 
• Canela em pó e erva doce para o enriquecimento sensorial. 
• Alimento nas copas das árvores. Exemplo: fetos bovinos 
 
 
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Conclusão 
 Concluímos que o enriquecimento ambiental favorece o bem-estar animal mesmo quando os 
animais se encontram em recintos pequenos e pobres em estímulos, uma vez que todas as técnicas 
empregadas diminuem o tempo de inatividade dos animais. Tendo como estímulo mais eficaz o 
enriquecimento alimentar. 
 O enriquecimento ambiental consiste em inserir estímulos dentro dos recintos dos animais para 
que eles tenham a oportunidade de exibir comportamentos mais próximos do natural, melhorando 
sua saúde física e psicológica. O presente estudo teve o objetivo de entender melhor, como os 
zoológicos e institutos de conservação das onças existentes no Brasil utilizam a técnica de 
enriquecimento ambiental paramelhorar o bem-estar de seus animais. Os Médicos Veterinários 
são os agentes responsáveis na garantia e melhoria do bem-estar de todos os animais, sejam eles 
silvestres, exóticos, selvagens ou domesticados, devendo ter consciência que qualquer animal 
possui a capacidade de sentir dor, prazer, felicidade, tristeza, amor, dentre outros tipos de 
sentimentos. Assim sendo, devem ser uns profissionais transformadores que promova as 
adaptações necessárias em zoológicos ou cativeiros que permitam o enriquecimento e a melhoria 
ambiental, ocasionando um bem-estar para os animais, criando assim situações semelhantes ao 
seu habitat natural e para que todos os animais vivam de forma correta e saudável. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Referências Bibliográficas 
 
BOSSO, Paloma. Animais silvestres em cativeiro: avaliação de requisitos de bem-estar 
animal.2015. 
CAMPOS, B. et al. Padrão de atividade de onças pintadas mantidas em cativeiro –Manejo e 
comportamento. Revista de Etologia, 2005. 
COSTA, G de O. Educação ambiental – Experiências dos Zoológicos Brasileiros. 
Revista Eletrônica do Mestrado em Educação Ambiental, 2004. 
OLIVEIRA, CASSARO, K. Guia de identificação de felinos brasileiros, 
Sociedade de Zoológicos do Brasil, 1999. 
PEREIRA, R. J. G. estudo de ecologia e etologia. Revista Brasileira de Zootecnia, 2007.