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Resumo - Direito Administrativo - Aulas 01 a 03 - Principios - Prof Flavia Cristina

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Exame de Ordem 
Damásio Educacional 
Curso: Intensivo OAB| Disciplina: Direito Administrativo 
Aulas: 01 a 03 
 MATERIAL DE APOIO 
EXAME DE ORDEM 
ANOTAÇÃO DE AULA 
EMENTA DA AULA 
 
PRINCÍPIOS 
 
1 - Funções Típicas e Atípicas 
 
O Brasil está estruturado sobre três Poderes (Legislativo, Executivo e Judiciário) que exercem funções ou atividades 
(Legislativa, Administrativa e Jurisdicional). 
✓Função típica / principal / própria 
✓Função atípica / secundária / imprópria 
Os poderes têm sua função principal, porém exercem outras funções. 
Exemplo: Poder Legislativo exerceu função jurisdicional, que não é a função própria dele. Exemplo: Impeachment 
Collor e Dilma. 
 
2 - Princípios 
São os vetores administrativos. 
I – Princípio da supremacia do interesse público sobre o particular: Conhecido como princípio basilar do direito 
administrativo. 
Em um eventual conflito de interesses entre o interesse público e particular, prevalece o interesse público. 
Exemplo: Em uma desapropriação para construção de uma escola, prevalece o interesse público. 
 
 
 
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EXAME DE ORDEM 
 
II – Indisponibilidade do interesse público: O interesse público é indisponível e irrenunciável. 
Mesmo nas situações que não existem prejuízo financeiro, a administração pública não pode dispor do interesse 
público porque o interesse não é dele, e sim da coletividade. 
III – Princípio da Legalidade 
✓ Artigo 37, “caput”, CF: Princípios aplicáveis à Administração Pública de qualquer um dos poderes (Legalidade, 
Impessoalidade, Moralidade, Publicidade, Eficácia). 
A Administração Pública só pode fazer o que a Lei permite ou determina, ou seja, é uma garantia para os 
particulares. 
✓ Artigo 5º, inciso II, CF: Particulares – Princípio da Legalidade tem aspecto diferente porque podem fazer o que a 
Lei não proíbe. 
Exemplo: Se assunto não tem Lei: 
Administração não pode fazer – É uma proibição 
Particular não pode fazer – É uma permissão (o que não está proibido, está permitido) 
IV – Princípio da Impessoalidade 
1. Com relação ao Administrador Público (artigo 37, parágrafo 1º, CF): Exige do Administrador uma conduta 
neutra/impessoal, ele não pode se utilizar das obras, contratos para se auto promover. 
 
2. Com relação a figura dos Administrados: Devem ser tratados sem discriminação. 
Exemplo: Em concurso público, os cargos serão ocupados por quem passou na prova, não pode haver 
favorecimento, discriminação ou perseguição. A Administração pública deve tratar a todos de forma impessoal. 
Porém a discriminação poderá ser considerada legal se o desempenho esperado afetar determinado cargo. 
Exemplo: Edital de um concurso público para salva vidas, menciona que não podem participar as pessoas que não 
tenham o movimento das pernas. 
 
 
 
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V – Princípio da Moralidade 
Não é a moralidade/moral da pessoa do administrador. É uma moralidade pautada por ética, boa-fé, honestidade. 
VI – Princípio da Publicidade 
A Administração Pública deve dar ampla divulgação de seus atos sem auto promoção, porque a publicidade tem 
efeitos: 
a) Dar cumprimento: As pessoas só conseguem cumprir aquilo que conhecem. 
b) Impugnar: Só pode ser contra se souber da existência. 
c) Fluir prazos: Somente através do conhecimento/publicidade é que começa a contar prazo. 
Exceção: Artigo 5º, inciso XXXIII, CF – Todos têm direito de receber informações, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja 
imprescindível à segurança da sociedade e do Estado. 
VII – Princípio da Eficiência 
Fazer o melhor com os recursos disponíveis (humanos, técnicos, financeiros). 
VIII – Razoabilidade/Proporcionalidade 
Administração Pública precisa atuar sem excessos, pensando em meios e fins compatíveis, uma atuação razoável, 
proporcional. 
IX – Motivação 
A Administração Pública precisa informar as razões de fato e de direito que levaram àquela atuação. 
X – Autotutela 
Cuida de um controle interno, ou seja, a administração pública tomando conta dos seus próprios atos. 
Quando a Administração Pública revoga atos que considera inconvenientes ou inoportunos, produz efeitos “ex 
nunc” (não retroage). 
Quando a Administração Pública anula atos ilegais, produz efeitos “ex tunc” (retroage).

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