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Exame de Ordem Damásio Educacional Curso: Intensivo OAB| Disciplina: Direito Administrativo Aulas: 01 a 03 MATERIAL DE APOIO EXAME DE ORDEM ANOTAÇÃO DE AULA EMENTA DA AULA PRINCÍPIOS 1 - Funções Típicas e Atípicas O Brasil está estruturado sobre três Poderes (Legislativo, Executivo e Judiciário) que exercem funções ou atividades (Legislativa, Administrativa e Jurisdicional). ✓Função típica / principal / própria ✓Função atípica / secundária / imprópria Os poderes têm sua função principal, porém exercem outras funções. Exemplo: Poder Legislativo exerceu função jurisdicional, que não é a função própria dele. Exemplo: Impeachment Collor e Dilma. 2 - Princípios São os vetores administrativos. I – Princípio da supremacia do interesse público sobre o particular: Conhecido como princípio basilar do direito administrativo. Em um eventual conflito de interesses entre o interesse público e particular, prevalece o interesse público. Exemplo: Em uma desapropriação para construção de uma escola, prevalece o interesse público. Exame de Ordem Damásio Educacional 2 de 3 MATERIAL DE APOIO EXAME DE ORDEM II – Indisponibilidade do interesse público: O interesse público é indisponível e irrenunciável. Mesmo nas situações que não existem prejuízo financeiro, a administração pública não pode dispor do interesse público porque o interesse não é dele, e sim da coletividade. III – Princípio da Legalidade ✓ Artigo 37, “caput”, CF: Princípios aplicáveis à Administração Pública de qualquer um dos poderes (Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, Publicidade, Eficácia). A Administração Pública só pode fazer o que a Lei permite ou determina, ou seja, é uma garantia para os particulares. ✓ Artigo 5º, inciso II, CF: Particulares – Princípio da Legalidade tem aspecto diferente porque podem fazer o que a Lei não proíbe. Exemplo: Se assunto não tem Lei: Administração não pode fazer – É uma proibição Particular não pode fazer – É uma permissão (o que não está proibido, está permitido) IV – Princípio da Impessoalidade 1. Com relação ao Administrador Público (artigo 37, parágrafo 1º, CF): Exige do Administrador uma conduta neutra/impessoal, ele não pode se utilizar das obras, contratos para se auto promover. 2. Com relação a figura dos Administrados: Devem ser tratados sem discriminação. Exemplo: Em concurso público, os cargos serão ocupados por quem passou na prova, não pode haver favorecimento, discriminação ou perseguição. A Administração pública deve tratar a todos de forma impessoal. Porém a discriminação poderá ser considerada legal se o desempenho esperado afetar determinado cargo. Exemplo: Edital de um concurso público para salva vidas, menciona que não podem participar as pessoas que não tenham o movimento das pernas. Exame de Ordem Damásio Educacional 3 de 3 MATERIAL DE APOIO EXAME DE ORDEM V – Princípio da Moralidade Não é a moralidade/moral da pessoa do administrador. É uma moralidade pautada por ética, boa-fé, honestidade. VI – Princípio da Publicidade A Administração Pública deve dar ampla divulgação de seus atos sem auto promoção, porque a publicidade tem efeitos: a) Dar cumprimento: As pessoas só conseguem cumprir aquilo que conhecem. b) Impugnar: Só pode ser contra se souber da existência. c) Fluir prazos: Somente através do conhecimento/publicidade é que começa a contar prazo. Exceção: Artigo 5º, inciso XXXIII, CF – Todos têm direito de receber informações, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado. VII – Princípio da Eficiência Fazer o melhor com os recursos disponíveis (humanos, técnicos, financeiros). VIII – Razoabilidade/Proporcionalidade Administração Pública precisa atuar sem excessos, pensando em meios e fins compatíveis, uma atuação razoável, proporcional. IX – Motivação A Administração Pública precisa informar as razões de fato e de direito que levaram àquela atuação. X – Autotutela Cuida de um controle interno, ou seja, a administração pública tomando conta dos seus próprios atos. Quando a Administração Pública revoga atos que considera inconvenientes ou inoportunos, produz efeitos “ex nunc” (não retroage). Quando a Administração Pública anula atos ilegais, produz efeitos “ex tunc” (retroage).
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