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MATERIAL DE APOIO -
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
Felipe Jansen Veloso
SUMÁRIO
٠ INTRODUÇÃO A RADIOLOGIA E FORMAÇÃO DA IMAGEM
➤ EQUIPAMENTOS GERADORES DE RAIO-X
➤ PRODUÇÃO DOS RAIOS-X
➤ RADIAÇÃO CARACTERÍSTICA / COLISIONAL: RELAÇÃO ELÉTRON- ELÉTRON
➤ RADIAÇÃO DE FRENAGEM: RELAÇÃO ELÉTRON - NÚCLEO
➤ EFEITO ANÓDICO
➤ PROPRIEDADES DOS RAIOS-X
➤ FORMAÇÃO DA IMAGEM RADIOGRÁFICA
➤ ESTUDO DIRIGIDO
٠ INTERPRETAÇÃO RADIOGRÁFICA DO ESQUELETO APENDICULAR
(REFAZER CAPÍTULO)
٠ INFECÇÕES E NEOPLASIAS ÓSSEAS: ABORDAGEM RADIOGRÁFICA
➤ RESPOSTA ÓSSEA AGRESSIVA
➤ RESPOSTA ÓSSEA NÃO AGRESSIVA
➤ OSTEOMIELITES
- OSTEOMIELITE BACTERIANA
- OSTEOMIELITE FÚNGICA
➤ NEOPLASIA ÓSSEA
➤ NEOPLASIA ÓSSEA METASTÁTICA
➤ NEOPLASIA ÓSSEA PRIMÁRIA MALIGNA
٠ RADIOGRAFIA DAS ARTICULAÇÕES
➤ DOENÇA ARTICULAR DEGENERATIVA (ARTROSE)
➤ DISPLASIA COXOFEMORAL
➤ DISPLASIA DO COTOVELO
- NÃO UNIÃO DO PROCESSO ANCÔNEO
- FRAGMENTAÇÃO DO PROCESSO CORONÓIDE
- MALFORMAÇÃO DA ARTICULAÇÃO
- OSTEOCONDRITE / OSTEOCONDROSE DISSECANTE DOS CÔNDILOS FEMORAIS
➤ NECROSE ASSÉPTICA DA CABEÇA DO FÊMUR
➤ LUXAÇÃO DE PATELA E RUPTURA DO LIGAMENTO CRUZADO CRANIAL
➤ ARTRITES E NEOPLASIA ARTICULAR
➤ TRAUMAS
➤ OUTRAS ALTERAÇÕES DE INTERESSE VETERINÁRIO
- PERIOSTITE
- SESAMOIDITE
- LAMINITE
- DOENÇA DEGENERATIVA DO OSSO NAVICULAR
- OSTEÍTE
➤ DOENÇAS METABÓLICAS - HIPERPARATIREOIDISMO NUTRICIONAL
➤ DOENÇAS DA FASE DE CRESCIMENTO, DE ETIOLOGIA INDEFINIDA OU MULTIFATORIAL
- FECHAMENTO PRECOCE DAS FÍSES E DEFORMIDADES ANGULARES DOS MEMBROS
- PANOSTEÍTE
- OSTEODISTROFIA HIPERTRÓFICA
- OSTEOPATIA HIPERTRÓFICA
- DISPLASIA FISEAL
٠ RADIOGRAFIA DA COLUNA VERTEBRAL
➤ POSICIONAMENTO
➤ ANATOMIA RADIOGRÁFICA
- SEGMENTO CERVICAL
- CONGRUÊNCIA ATLANTOAXIAL
- C3-C5
- C5-T1
- SEGMENTO TORÁCICO
- SEGMENTO LOMBAR
- SEGMENTO SACRAL
➤ LESÕES DA MEDULA ESPINHAL
- LESÃO EXTRADURAL
- LESÃO INTRADURAL
- LESÃO INTRAMEDULAR
➤ ARTEFATOS MIELOGRÁFICOS
➤ ALTERAÇÕES CONGÊNITAS
- ESPINHA BÍFIDA
- VÉRTEBRA EM BLOCO
- HEMIVÉRTEBRA / VÉRTEBRA EM BORBOLETA
- VÉRTEBRAS TRANSICIONAIS
- DEFORMIDADES DA CURVATURA ESPINHAL
➤ ALTERAÇÕES METABÓLICAS
- OSTEOPOROSE
- HIPERVITAMINOSE “A” NO GATO / OSTEODISTROFIA NUTRICIONAL
➤ FRATURAS E LUXAÇÕES
- FRATURAS DO CORPO VERTEBRAL
- FRATURAS DAS EPÍFISES
- FRATURA DO PROCESSO ESPINHOSO DORSAL
- FRATURA DO PROCESSO TRANSVERSO
➤ LUXAÇÕES
- SUBLUXAÇÃO ATLANTO-AXIAL
- ESPODILOMIELOPATIA CERVICAL CAUDAL / SÍNDROME DE WOBBLER
- INSTABILIDADE LOMBO-SACRA / SÍNDROME DA CAUDA EQUINA
➤ DOENÇAS DOS DISCOS INTERVERTEBRAIS
➤ INFECÇÕES
- ESPONDILITE
- DISCOESPONDILITE
➤ DOENÇAS DEGENERATIVAS DAS VÉRTEBRAS
- ESPONDILOSE
- OSTEOARTROSE DAS FACETAS INTRA-ARTICULARES
➤ NEOPLASIAS
- NEOPLASIAS VERTEBRAIS
- NEOPLASIAS MEDULARES
٠ DIAGNÓSTICO PORIMAGEM DE REGIÃO DE CRÂNIO
➤ TÉCNICA RADIOGRÁFICA
➤ ANATOMIA E POSICIONAMENTO
- PROJEÇÕES BÁSICAS
- PROJEÇÃO LATEROLATERAL
- PROJEÇÃO DORSOVENTRAL
- PROJEÇÕES AUXILIARES
- PROJEÇÃO ROSTRO-CAUDAL DE BOCA ABERTA
- PROJEÇÃO LATEROLATERAL OBLÍQUA
- PROJEÇÃO LATEROLATERAL OBLÍQUA COM BOCA ABERTA
- PROJEÇÃO ROSTRO-CAUDAL ROTACIONADA
- PROJEÇÃO ROSTRO-CAUDAL FLEXIONADA VENTRAL
- PROJEÇÕES DORSOVENTRAL E VENTRODORSAL OCLUSIVA
➤ ALTERAÇÕES CONGÊNITAS
- HIDROCEFALIA
- DISPLASIA DO OCCIPITAL
- MALFORMAÇÃO DO OCCIPITAL E SIRINGOMIELIA
- DISPLASIA DE ATM
- MUCOPOLISSACARIDOSE
➤ ALTERAÇÕES METABÓLICAS
➤ ALTERAÇÕES NEOPLÁSICAS
- TUMORES NASAIS
- TUMORES MANDIBULARES E MAXILARES
- OSTEOCONDROSSARCOMA MULTILOBULAR
- OUTROS TUMORES DE CRÂNIO: OSTEOSSARCOMA, OSTEOMA E OSTEOCONDROMA
➤ DISTÚRBIOS INFECCIOSOS
- ASPERGILOSE NASAL
- RINITE NASAL E CORPOS ESTRANHOS
- OTITE
➤ LESÕES TRAUMÁTICAS
- LUXAÇÃO DE ATM
- TRAUMAS CRANIANOS
➤ OUTRAS PATOLOGIAS
- OSTEOPATIA CRANIOMANDIBULAR
- HIPEROSTOSE DA CALOTA CRANIANA
٠ DIAGNÓSTICO POR IMAGEM DE REGIÃO TORÁCICA
➤ POSICIONAMENTO
- LATEROLATERAL DIREITA E ESQUERDA
- VENTRODORSAL
- DORSOVENTRAL
➤ ANATOMIA RADIOGRÁFICA DO TÓRAX
- CONFORMAÇÃO TORÁCICA
- TÓRAX CONVENCIONAL (PADRÃO)
- TÓRAX PROFUNDO
- TÓRAX EM BARRIL
- TÓRAX CONDRODISTRÓFICO
- TÓRAX DE FELINOS
- TÓRAX DE FILHOTES
- ESTRUTURAS TORÁCICAS
➤ ARMADILHAS DA RADIOGRAFIA DO TÓRAX
➤ ALTERAÇÕES TORÁCICAS: QUANDO REQUISITAR UM EXAME DE IMAGEM DO TÓRAX
➤ INTERPRETAÇÃO RADIOGRÁFICA
➤ PADRÃO INTERSTICIAL RETICULAR
➤ PADRÃO INTERSTICIAL NODULAR E MILIAR
➤ PADRÃO BRÔNQUICO
➤ PADRÃO VASCULAR
➤ AVALIAÇÃO CARDÍACA
➤ AVALIAÇÃO ULTRASSONOGRÁFICA DO TÓRAX
➤ AVALIAÇÃO TOMOGRÁFICA DO TÓRAX
➤ ALTERAÇÕES TORÁCICAS
- PECTUS EXCAVATUM
- FRATURAS DE COSTELAS
- EXOSTOSES CARTILAGINOSAS
- ESPONDILOSES TORÁCICAS
- EFUSÕES PLEURAIS
- RUPTURA DO MÚSCULO DIAFRAGMA
- HIPOPLASIA DE TRAQUÉIA
- PNEUMOTÓRAX
- PNEUMOMEDIASTINO
- FORMAÇÕES MEDIASTINAIS
٠ DIAGNÓSTICO POR IMAGEM DE REGIÃO ABDOMINAL
➤ TÉCNICA RADIOGRÁFICA
➤ POSICIONAMENTO
- PROJEÇÃO LATEROLATERAL
- PROJEÇÃO VENTRODORSAL
- ARMADILHAS
➤ ANATOMIA RADIOGRÁFICA
➤ FÍGADO
- FORMA E LOCALIZAÇÃO
- TAMANHO
- RADIOPACIDADE
➤ BAÇO
- TAMANHO
- RADIOPACIDADE
➤ SISTEMA DIGESTÓRIO
- MÉTODOS DE IMAGEM
- EXAMES DE CONTRASTE DO ABDOMEN
- ESOFAGOGRAMA
- TRANSITO GASTRINTESTINAL
- UROGRAFIA EXCRETORA
- UROTROCISTOGRAFIA RETRÓGRADA
- VAGINOGRAFIA RETRÓGRADA
- PROCESSOS OBSTRUTIVOS
- DILATAÇÕES
- ESTENOSES CICATRICIAIS
- MEGAESÔFAGO IDIOPÁTICO
- INTUSSUSCEPÇÃO GASTRO-ESOFÁGICA
- RUPTURA ESOFÁGICA
- DILATAÇÃO E TORÇÃO DO ESTÔMAGO
- DISTENSÃO DE ALÇAS INTESTINAIS
- PROCESSOS INFLAMATÓRIOS
- IMPACTAÇÕES
- NEOPLASIAS
➤ NEFROLOGIA E UROLOGIA
- VANTAGENS E LIMITAÇÕES DOS EXAMES DE IMAGEM
- RADIOGRAFIA SIMPLES
- RADIOGRAFIA CONTRASTADA
- ULTRASSONOGRAFIA
- TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA
➤ ESTUDO DIRIGIDO
٠ ULTRASSONOGRAFIA ABDOMINAL
➤ O QUE É O SOM
➤ PROPRIEDADES DA ONDA SONORA
➤ FONTES PRODUTORAS DO ULTRASSOM
➤ TRANSDUTORES DE ULTRASSOM
➤ FOCO
➤ SISTEMA DE ULTRASSONOGRAFIA
➤ MODOS DE EXIBIÇÃO DO ECO
- MODO B : BRILHO EM TEMPO REAL
- MODO A : AMPLITUDE
- MODO M : MOVIMENTO
➤ INTERAÇÃO DO ULTRASSOM COM OS TECIDOS E A FORMAÇÃO DA IMAGEM
- REFLEXÃO : INTENSIDADE
- PADRÕES DE ECOGENICIDADE
- DISPERSÃO OU ESPALHAMENTO : TEXTURA
- ARTEFATOS ULTRASSONOGRÁFICOS
- ARTEFATO DE REVERBERAÇÃO
- ARTEFATO DE REFORÇO ACÚSTICO
- ARTEFATO DE SOMBRA ACÚSTICA POSTERIOR
- ARTEFATO DE SOMBREAMENTO LATERAL
- ARTEFATO DE EM ESPELHO - REFLEXÃO ESPECULAR
- ARTEFATO DE ESPESSURA DE CORTE
➤ ORIENTAÇÃO, INTERPRETAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DA IMAGEM
- PADRÕES ECOGRÁFICOS
- EFEITO DOPPLER
- DOPPLER COLORIDO
- POWER DOPPLER
- DOPPLER CONTÍNUO (CW) E PULSADO (PW)
➤ EXAME ULTRASSONOGRÁFICO DO SISTEMA URINÁRIO : RINS, URETERES E BEXIGA
- LIMITAÇÕES
- TÉCNICAS ULTRASSONOGRÁFICAS
- RINS E URETERES
- ANATOMIA TOPOGRÁFICA
- ANATOMIA ULTRASSONOGRÁFICA
- TAMANHO E VOLUME
- ECOGENICIDADE E ECOTEXTURA
- ASPECTOS ULTRASSONOGRÁFICOS DAS ALTERAÇÕES RENAIS
- ALTERAÇÕES RENAIS DIFUSAS
- ALTERAÇÕES RENAIS FOCAIS
- ALTERAÇÕES DO SISTEMA COLETOR
- BEXIGA
- TÉCNICA ULTRASSONOGRÁFICA
- ASPECTOS ULTRASSONOGRÁFICOS DAS ALTERAÇÕES DE BEXIGA
➤ BAÇO E SISTEMA DIGESTÓRIO
- BAÇO
- INTRODUÇÃO
- TÉCNICA ULTRASSONOGRÁFICA
- ANATOMIA ULTRASSONOGRÁFICA
- ASPECTOS ULTRASSONOGRÁFICOS DOS ACHADOS ANORMAIS DO BAÇO
- SISTEMA DIGESTÓRIO
- INTRODUÇÃO
- INDICAÇÕES E TÉCNICA ULTRASSONOGRÁFICA
- ANATOMIA ULTRASSONOGRÁFICA
- ESTÔMAGO
- INTESTINO DELGADO
- INTESTINO GROSSO
- ASPECTOS ULTRASSONOGRÁFICOS DOS ACHADOS ANORMAIS DO ESTÔMAGO
- ASPECTOS ULTRASSONOGRÁFICOS DOS ACHADOS ANORMAIS DO INTESTINO DELGADO
- ASPECTOS ULTRASSONOGRÁFICOS DOS ACHADOS ANORMAIS DO INTESTINO GROSSO
➤ FÍGADO E SISTEMA BILIAR
- PREPARO, ANATOMIA E TÉCNICA
- ACHADOS NORMAIS
- ANATOMIA ULTRASSONOGRÁFICA
- PLANOS DE VARREDURA
- ASPECTOS ULTRASSONOGRÁFICOS DAS ALTERAÇÕES HEPÁTICAS
- ALTERAÇÕES DIFUSAS
- ALTERAÇÕES DIFUSAS HIPOECOGÊNICAS
- ALTERAÇÕES DIFUSAS HIPERECOGÊNICAS
- ASPECTOS ULTRASSONOGRÁFICOS DAS ALTERAÇÕES DA VESÍCULA BILIAR
- ASPECTOS ULTRASSONOGRÁFICOS DAS ALTERAÇÕES VASCULARES DO FÍGADO
➤ SISTEMA GENITAL
- TRATO REPRODUTOR MASCULINO
- TESTÍCULOS
- ASPECTOS ULTRASSONOGRÁFICOS DAS ALTERAÇÕES DE NORMALIDADE DOS TESTÍCULOS
- A PRÓSTATA
- ASPECTOS ULTRASSONOGRÁFICOS DAS ALTERAÇÕES DE NORMALIDADE DA PRÓSTATA
- TRATO GENITAL FEMININO- O ÚTERO
- ASPECTOS ULTRASSONOGRÁFICOS DAS ALTERAÇÕES DE NORMALIDADE DO ÚTERO
- OS OVÁRIOS
- ASPECTOS ULTRASSONOGRÁFICOS DAS ALTERAÇÕES DE NORMALIDADE DOS OVÁRIOS
- A VAGINA
- A GLÂNDULA MAMÁRIA
* RECOMENDA-SE UTILIZAR O ZOOM PARA MELHOR VISUALIZAR AS IMAGENS
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
INTRODUÇÃO A RADIOLOGIA E FORMAÇÃO DA IMAGEM
 EQUIPAMENTOS GERADORES DE RAIO-X
- AMPOLA: Peça principal do raio-x pois é onde os raios são formados, a
qual se encontra próxima do cabeçote do equipamento. Quando os raio são
formados, eles saem do equipamento em um feixe com formato de
leque/cone, os quais são concentrados numa determinada região com o uso
do colimador.
- TRANSFORMADOR E CONTROLES: Local onde se insere a tecnica
radiográfica (kV - kilovolts, mA - miliamperagem e tempo de exposição)
 PRODUÇÃO DOS RAIOS-X
Quando se vai fazer uma radiografia, aperta-se primeiro o botão do preparo.
Nesse momento, faz-se funcionar o lado do cátodo na ampola, onde passa
uma corrente no filamento aquecendo-o. O miliameper é a variável que
controla o aquecimento do filamento (mA - aquecimento do
filamento/produção de elétrons/↑mA ↑quantidade de raio-x produzidos
no feixe), ou seja, ele atua no lado do cátodo aquecendo o filamento de
tungstênio. Logo, quanto maior for o miliamper, mais vai esquentar o
filamento. Quando o filamento esquenta, ele ioniza os átomos de tungstênio.
Essa ionização vai consistir na perda de elétrons por esses átomos de
tungstênio. Dessa forma, quanto maior for a miliamperagem, maior vai ser a
quantidade de elétrons disponíveis, ioniza-se mais atomos. A copa
enfocadora é energizada positivamente, então forma-se uma nuvem de
eletrons em volta do filamento. Num determinado momento o aparelho avisa
que tá preparado para o disparo do raio-x. No momento em que o botão do
disparo é acionado, corta-se a energia que passa no filamento, corta-se a
energização da copa infocadora e ativa-se o lado do ânodo. O kilovolt é o
responsável pela ativação do lado positivo da ampola (Kv - diferencial
de potência/aceleração de elétrons/↑Kv ↑poder de penetração dos raio-
x). Os elétrons vão ser acelerados em direção ao ânodo, se chocam com o
anteparo (foco), e esse choque com o ponto focal produz calor e radiação.
Tempo alto de exposição ocorre quando o equipamento tem uma
miliamperagem baixa, ou seja, o tempo é inversamente proporcional ao
miliamper. Para a veterinária é bom trabalhar com o tempo de exposição
menor que tiver, pois alguns animais não ficam parados durante o
procedimento, logo se o tempo de exposição for muito grande, a imagem fica
tremida.
 RADIAÇÃO CARACTERÍSTICA OU COLISIONAL - INTERAÇÃO
ELETRON / ELETRON
O eletron que vem do cátodo, que se desprendeu dos atomos de tungstênio
(eletron incidente), vai interagir com outro eletron que está no ânodo. Essa
interação pode ser:
Uma colisão mesmo, vem acelerado e bate em outro eletron arrancando ele
fora da órbita, outro eletron pula de órbita pra preenhcer o local do eletron
ejetado, isso produz calor e raio-x (radiação característica ou colisional).
Ele pode passar muito proximo do outro eletron e ejetá-lo também, não
necessariamente colidindo.
 RADIAÇÃO DE FRENAGEM - INTERAÇÃO ELETRON / NÚCLEO
Quando o eletron incidente vem acelerado, ele vem atrás do núcleo.
Quando ele passa pelo cátodo, ele freia e muda a direção. Não há colisão ou
ejeção de eletron, apenas o eletron incidente mudando a posição por conta
da frenagem. Nessa frenagem ele perde energia em forma de calor ou
radiação.
 EFEITO ANÓDICO
Pergunta de prova: explique efeito anódico, como ele ocorre e como impacta
em radiografias.
Quando o feixe de raios é formado, uma parte deles é absorvido pelo ânodo.
Ocorre absorção da radiação pelo próprio ânodo. Os raios que vem do eixo
central para o lado do ânodo (imaginando-se a incidência em forma de leque),
são raios que tem menor poder de penetração, enquanto que os que saem
do centro e vão para o cátodo, tem maior poder de penetração. Posiciona-se
o animal de forma que as partes mais finas fiquem para o lado do ânodo, já
que este tem raios com menor poder de penetração. Partes mais espessas
devem ficar para o lado do cátodo, onde o feixe tem maior poder de
penetração.
 PROPRIEDADES DOS RAIOS-X
- Atravessam corpos espessos (pequeno comprimento de onda - maior poder
e penetração na matéria)
- Afetam películas fotográficas produzindo imgem latente que se torna visível
após o processo de revelação
- Produzem fluorescência em certas substâncias químicas, fazendo-as
emitirem radiações de maior comprimento de onda, portanto visíveis.
- Propagam-se em linha reta
- Mesma velocidade da luz
- Não apresentam carga elétrica, portanto não são desviados por campos
elétricos
- Não sofrem, em condições normais, reflexão e refração por campos
magnéticos
- Não possuem massa
- São ionizantes, produzem modificações biológicas (somáticas e genéticas),
o que nos obriga a utilizá-la com precauções extraordinárias
- Não podem ser sentidos, senso invisível e inodoro.
** animais em terço final de gestação, não tem problema ser
radiografado, seja para contagem de filhotes (50 dias pra frente) ou
outro motivo. O risco está no terço inicial da gestação, se tiver que fazer
um raio-x abdominal, opta-se por US ou outro método. Caso o animal
em terço inicial de gestação necessite fazer RX de outro membro,
protege-se o abdomen e faz o procedimento normalmente.
 FORMAÇÃO DA IMAGEM RADIOGRÁFICA
- Quanto mais raios-x atingirem o filme, mais escura a imagem e vice-versa.
- O grau de absorção dos raios-x pelo objeto pode ser controlado pelo
equioamento e a técnica radiográfica.
> Quantidade de raios-x: Se tiver mais raio-x o objeto vai absorver menos
(e vice-versa).
Ex.: aplicando 50 mAs no objeto -> filme ficou claro (absorveu mais)
aplicando 200 mAs no objeto -> filme ficou escuro (absorveu menos)
Confome se aumenta o mAs, diminui-se a absorção dos raios
> Energia dos raios-x: Se tiver mais Kv, tem-se maior poder de penetração
do raio.
Ex.: 100 RX com 50 Kvp no objeto -> radiografia clara (passou só 30 RX, o
objeto absorveu 70 RX)
100 RX com 70 Kvp no objeto -> radiografia média (passou 50 RX, o
osso absorveu 20 RX)
100 RX com 90 Kvp no objeto -> radiografia escura (passou 70 RX, o
objeto absorveu 30 RX)
Confome se aumenta o Kvp, diminui-se a absorção dos raios
> Grau de absorção dos raios: Quando diminui-se a distância, diminui a
absorção e vice-versa. No entanto, há diferencial de absorção dos raios-x
pelo objeto relacionado à sua composição e isso está ligado ao seu número
atômico. Quanto maior número atômico, menor a absorção. A absorção vai
decrescendo conforme o número atômico vai aumentando. Como isso se
reflete na imagem?
METAL - Branco puro (é o que absorve mais raio-x)
OSSO - Radiopacidade semelhante à do metal, porém mais clara
GORDURA - Cinza escuro
AR - Preto puro (é o que absorve menos raio-x)
ÁGUA - Cinza claro
A espessura do objeto também interfere na absorção dos raios. Uma
espessura mais fina, absorve menos e uma mais grossa absorve mais.
CONTRASTE RADIOGRÁFICO
Kv aumentada = Aumenta a escala (ESCALA LONGA) de contraste, mais
tons de cinza em relação ao preto e branco.
Kv diminuida = Diminui a escala (ESCALA CURTA) de contraste, menos tons
de cinza em relação ao preto e branco.
DENSIDADE RADIOGRÁFICA - É o grau de negridão numa radiografia
acabada.
mAs aumentada = Aumenta a negridão global sem alterar a escala de
contraste.
mAs diminuída = Diminui a negridão sem alterar a escala de contraste.
ESTUDO DIRIGIDO
GMV 117 – Diagnóstico por Imagem
1) Quais são os componentes do
ânodo na ampola de raios-x?
2) Quais são os componentes do
cátodo na ampola de raios-x?
3) Quais variáveis elétricas são
utilizadas nos equipamentos de
raios-x?
4) Explique como são formados
os raios-x no interior da ampola.
5) Como são formadas as
radiações características?
6) Como são formadas as
radiações de frenagem?
7) Explique o efeito anódico
(Efeito Heel).
8) Focando nos usuários dos
raios-x (pacientes,
acompanhantes e
trabalhadores do setor) quais
medidasdevem ser tomadas
pensando em proteção
radiológica?
9) Explique a relação entre o
número atômico do objeto, a
espessura do objeto e a
freqüência dos raios-x, com a
atenuação dos mesmos (raios-
x) pelos objetos.
10) Qual a relação da distância
foco-filme e a quantidade de
raios-x por unidade de área?
11) Quais são as
radiopacidades radiográficas?
12) Qual a relação do Kv e do
mAs com o contraste das
radiografias?
13) Quais são as implicações da
distância foco-filme na imagem
radiográfica?
14) Qual a relação do tempo de
exposição radiográfica com a
qualidade da imagem
radiográfica e qual a sua
importância em medicina
veterinária?
15) Em que situação as
radiopacidades radiográficas
podem se tornar semelhantes?
16) Explique o efeito de
somação?
17) Explique o efeito da silhueta?
18) Explique o efeito da
substância de contraste?
19) Explique como se dá o
nome das projeções
radiográficas?
20) Qual a finalidade de
realizarmos o exame
radiográfico em projeções
radiográficas ortogonais entre
si e oblíquas?
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
INTERPRETAÇÃO RADIOGRÁFICA DO ESQUELETO APENDICULAR
- Porque requisitar um exame de imagem do sistema osteoarticular?
> Avaliação pós-operatório de fraturas
> Claudicação aguda ou crônica
> Dor esquelética
> Inflamação associada com ossos ou articulações
> Deformidades das extremidades
> Doenças metabólicas
> Monitorização de alterações hereditárias (displasia coxofemoral)
> Avaliação de enfermidades sistêmicas que podem ter manifestação óssea
 QUAIS MÉTODOS DIAGNÓSTICOS UTILIZADOS PARA AVALIAÇÃO
DOS SISTEMA LOCOMOTOR:
- PARA TECIDOS MOLES: Ressonância magnética, ultrassonografia, tomografia
computadorizada, raio-x.
- PARA OSSOS: Raios-x, tomografia computadorizada.
- PARA ARTICULAÇÕES: Raios-x, tomografia computadorizada, ultrassonografia.
- Exame clínico ortopédico bem realizado é indispensável para requisição do método mais
adequado para suspeita clínica.
> Exame radiográfico -
- sempre é o 1º exame a ser requisitado
- alto contraste (mAs = Kv ou maior) - partes ósseas
- partes moles - diminuir mAs
- sempre no mínimo em 2 projeções - evitar sobreposições
- posicionamento adequado
- comparações contralaterais
> avaliação radiográfica:
- considerar conhecimentos em anatomia e variação anatômica da normalidade
- sequencia de avaliação: tecidos moles - volume e radiopacidade
- ossos:
- cortical - forma, tamanho, radiopacidade, córtex (periósteo e endósteo - reações),
medular, forma.
- articulações:
- espaço articular - cartilagem articular
- congruência
- regularidade do osso subcondral
- tecidos intra-articulares
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
INFECÇÕES E NEOPLASIAS ÓSSEAS: ABORDAGEM RADIOGRÁFICA
RESPOSTA ÓSSEA AGRESSIVA
> Aspectos radiográficos:
- Lesão pobremente demarcada
- Extensa zona de transição entre a lesão e o osso normal
- Reação periosteal em explosão/raios de sol, interrompida
- Destruição da cortical
- Lise extensa
O ideal é fazer cultura
e antibiograma /
biópsia para
identificar o tipo de
osteólise, uma vez
que osteomielites
podem se comportar
como neoplasias, mas
sem nenhum tipo de
célula neoplásica.
Em casos de
osteomielite, há
tratamento com
consolidação óssea.
Em casos de de
neoplasia é feito a
amputação do
membro, por isso a
importancia de
identificar qual
alteração por meio do
histopatológico.
* Não é uma lesão bem definida, não é possível identificar a origem nem o final da lesão
* A área de transição entre a lesão e o osso é longa
* Reação do periósteo em explosão / raios de sol . O aspecto da radiografia é semelhante à
fogo, explosão ou linhas paralelamente dispostas lembrando raios de sol em um desenho.
* A lesão apresenta tendência a formar um triângulo (linhas da imagem), conhecido como
triângulo de Codman
* Ocorre destruição do córtex, com diminuição da espessura e áreas de lise onde ocorre
essa diminuição.
Respostas ósseas agressivas estão mais relacionadas à neoplasias malignas (na maioria
das vezes) e também infecções ósseas agudas. No entanto elas tem apresentações
diferentes, ou seja, nem sempre vai se pensar em neoplasias ou infecção.
RESPOSTA ÓSSEA NÃO AGRESSIVA
> Aspectos radiográficos:
- Lesão bem demarcada
- Curta zona de transição entre a lesão e o osso normal
- Espessamento cortical cm ou sem expansão do canal medular
- Reação periosteal em irregular ou regular, colunar
- Pode ou não haver destruição cortical
- Lise variável
* Lesão bem demarcada (área destacada em vermelho)
* Espessamento da cortical, em que o osso parece até expandido
* Percebe-se pequena reação regular do periósteo acompanhando o córtex
Tumores ósseos benignos vão tender a apresentar uma resposta óssea não agressiva.
 OSTEOMIELITES
BACTERIANA E FÚNGICA
> Osteomielite bacteriana:
Ocorrência:
- Secundária à feridas abertas - é a forma mais comum
> Perfuração profunda da pele
> Fratura exposta
> Correção cirúrgica de fraturas
- Via hematogênica - bacteremia (ex.: Endocardite bacteriana, onfaloflebite neonatal) - é
a forma menos comum.
Clínica:
- Febre, dor a palpação, edema loca, presença de trato fistuloso (em processos crônicos),
leucocitose.
> Osteomielite fúngica:
Ocorrência: distribuição regional
- Coccidiomicose
- Blastomicose
- Histioplasmose
Clínica:
- Monostótica ou poliostótica, febre, leucocitose, dor, edema, presença de outras afecções
associadas inerentes ao caráter sistêmico da doença fúngica (ex: pneumonia).
ASPECTOS RADIOGRÁFICOS DA OSTEOMIELITE BACTERIANA E FÚNGICA
> Osteomielite aguda:
- Reação periosteal proliferativa com agressividade moderada:
> Extende-se ao longo do eixo da diáfise
> Raramente envolve a articulação
- Linha radioluscênte entre neoformação e o córtex. - proliferação paraperiosteal
- Osteólise nas regiões cortical e medular do osso
- Edema de tecidos moles adjacentes ao local da lesão
> Osteomielite crônica:
- Margens escleróticas ao redor de áreas de Osteólise
- Sequestro ósseo (porção óssea avascular)
- Presença ou não de reação periosteal proliferativa, com reação menos agressiva
- Edema em tecidos moles adjacentes
 NEOPLASIA ÓSSEA
NEOPLASIA ÓSSEA PRIMÁRIA BENIGNA
Ocorrência:
- Menos comuns que todos os tumores malignos
- Não há predileção por idade, raça ou local
- Possuem crescimento lento
- Pode haver deformidade fenotípica (exostoses cartilaginosas ou endocondrose)
> Endocondroma:
- Discreto espessamento do córtex ósseo
- Trabeculação óssea intra-tumoral
- Centros radioluscêntes intra-tumorais
- Diagnóstico definitivo só com biópsia
* Embora não tenha predileção por local onde vai ocorrer, regiões proximais de fíbula é um
local onde costuma ocorrer, assim como na região distal da ulna. Ossos mais finos tem mais
envolvimento.
* Observa-se uma expansão, sem uma reação de periósteo.
> Cistos ósseos (Displasia fibrosa do cão):
- Lesões óssseas radioluscêntes expansivas dentro da diáfise ou metáfise de ossos
longos.
- Zona de transição bem definida entre o osso normal e anormal
- Adelgaçamento cortical, por isso leva à fraturas patológicas
- Tem aspecto maligno embora seja uma neoplasia benigna
CISTO ÓSSEO NEOPLASIA
- Pouca ou nenhuma reação de perióteo - Reação paraperiosteal interrompida em alguns pontos
- Adelgaçamento cortical mais evidente - Osso bem trabeculado
- Zona de transição curta e delimitável - Zona de transição longa e pouco delimitável
> Exostoses:
- Discreto espessamento em proeminências ósseas (ex.: região medial distal do rádio)
> Osteocondroma (múltiplas exostoses cartilaginosas):
- Lesões radiolucentes expansivas que estendem-se além do osso
- Comuns de ocorrerem em costelas, vértebras e dígitos
NEOPLASIA ÓSSEA METASTÁTICA
Ocorrência:
- Normalmente acomete pacientes idosos
- Não tem predileção por raça
- Concomitantemente com metástase pulmonar e/ou outros órgãos
- Metástases de sarcomas e carcinomas
ASPECTOS RADIOGRÁFICOS:
- Podem envolver ossos do esqueleto apendicular e axial
- Quando envolvem ossos longos normalmente afeta as diáfises
- Aparência agressiva pode ser lítica ou blástica
- Mielomas tem aparência puntiforme lítica
- Síndrome dígito-pulmonar em felinos:> Carcinomas
> Gatos entre 12 e 20 anos
> Embolização
> 3ª falange do pé mais afetada
> Um ou mais membros
NEOPLASIA ÓSSEA PRIMÁRA MALIGNA
Ocorrência:
- Raça grandes e gigantes (+ comum)
- Animais de meia idade (entre 5 a 8 anos)
- Osteossarcoma é o mais comum (90% dos casos)
- Fibrossarcoma, hemangiossarcoma e condrossarcoma, são menos comuns (10% dos
casos)
- Pode ocorrer em locais onde ocorreram fraturas, meses ou anos após a consolidação
> Associado a fixação intern
> Associado a osteomielite crônica no foco da fratura
ASPECTOS RADIOGRÁFICOS:
- Bastante semelhante à infecção aguda
- Lesão óssea agressiva:
> Pobre zona de trasição entre a porção normal e anormal do osso
> Destruição da porção cortica do osso
- Reação periosteal:
> Irregular e explosiva (aspecto de raios de sol)
> Neoformação periosteal podeser relativa ou tumoral
- Normalmente não envolve articulação ou outros ossos
- Pode haver fratura patológica
- Localização mais comum (metafises dos ossos longos):
> Terço proximal do úmero (2º)
> Terço distal do rádio e da ulna (1º)
> Terço proximal e distal do fêmur (3º)
> Terço proximal e distal da tíbia (4º)
> Terço proximal da ulna - mais difícil ocorrer
- Edema de tecidos moles adjcente a massa tumoral
Clínica:
- Normalmete a manifestação é aguda e a claudicação do membro afetado é progressiva,
dor a palpação e aumento de volume localizado.
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
ARTICULAÇÕES
- Interpretação radiográfica:
- examinar alinhamento dos ossos (congruência articular)
- examinar tecidos moles adjacentes à articulação (presença de gás,
diminuição de tamanho da massa muscular)
- examinar espaço articular
- examinar estruturas periarticulares
- examinar distribuição das lesões
- comparar radiografia do membro afetado com radiografia do membro
oposto.
 PATOLOGIAS ÓSSEAS:
 ALTERAÇÕES ARTICULARES - DOENÇA ARTICULAR
DEGENERATIVA (ARTROSE)
- Artose costuma ser secundária às demais doenças articulares.
- Seja por causa infecciosa, traumática ou congênita da doença, ela vai
acabar sempre progredindo para artrose.
- Osteofitos periarticulares com contornos obtuso (pontiagudo)
- Diminuição do espaço articular por degeneração da cartilagem (interlinha
radiográfica articular diminuída)
- Esclerose do osso subcondral
- Capsulise / sinovite e espessamento da cápsula nem sempre são visíveis
- Elevasão periosteal na região da inserção da cápsula ou dos ligamentos -
enteseófito
 ALTERAÇÕES ARTICULARES - DISPLASIA COXOFEMORAL
- Doença congênita em cães - hereditária
- Displasia = mal formação da articulação
- Instabilidade da articulação leva à uma alteração na forma da estruturas
articulares e também à incongruência articular podendo incorrer em luxação
ou subluxação da cabeça do fêmur bem como no desenvolvimento da artrose.
- Comum em cães de grande porte
- O acetábulo é raso, a cabeça do fêmur é achatada o que facilita a
subluxação ou mesmo uma luxação
- Se instala uma sinovite que piora ainda mais a displasia coxofemoral
- Congruência articular e sinais de DAD:
- Incidência ventrodorsal:
- Radigrafia de pelve em projeção ventro-dorsal. Uma boa avaliação
nessa técnica necessita que o animal esteja anestesiado / sedado.
- Avalia grau de subluxação, incongruência e remodelação
- Graus de displasia:
Grau A (H.D. -) - Cabeça femoral e acetábulo são congruentes. Borda
craniolateral apresenta-se pontiaguda e ligeiramente arredondada. Espaço
articular é estreito e regular. O ângulo acetabular, segundo Norberg é de
aproximadamente 105º. Em articulações coxofemorais excelentes, a borda
craniolateral circunda a cabeça femoral pouco mais na direção laterocaudal.
Grau B (H.D. +/-) - A cabeça femoral e o acetábulo são ligeiramente
incongruentes e o ângulo acetabular, segundo Norberg, é de
aproximadamente 105º ou o centro da cabeça femoral se apresenta
medialmente à borda acetabular dorsal e a cabeça femoral e o acetábulo são
congruentes.
Grau C (H.D. +) - A cabeça femoral e o acetábulo são incongruentes.
O ângulo acetabular, segundo Norberg, é de aproximadamente 100º ou há
um ligeiro achatamento da borda acetabular craniolateral, ou ambos. Poderão
estar presentes irregularidades ou apenas pequenos sinais de alterações
osteoartrósicas da margem acetabular cranial, caudal ou dorsal na cabeça e
colo femoral.
Grau D (H.D. ++) - A incongurência entre a cabeça femoral e o
acetábulo é evidente, com sinais de subluxação. O ângulo acetabular,
segundo Norberg, é de aproximadamente 95º como referência. Presença de
achatamento da borda crânio-lateral ou sinais osteortrósicos ou ambas.
Grau E (H.D. +++) - Há evidentes alterações displásicas da articulação
coxofemoral, com sinais de luxação ou distinta subluxação. O ângulo de
Norberg é menor que 90º. Há evidente achatamento da borda acetabular
cranial, deformação da cabeça femoral (formato de cogumelo, achatamento)
ou outros sinais de osteoartrose.
** Ângulo de Norberg = é o ângulo formado pelo centro da cabeça do fêmur e a
borda acetabular crânio dorsal ou cranial.
** Linha de estresse / de Morgan na cabeça do fêmur = é o primeiro sinal de que há
algum grau de instabilidade articular
 ALTERAÇÕES ARTICULARES - DISPLASIA DO COTOVELO
- O estudo necessita de 3 a 4 projeções, a mediolateral, mediolateral
flexionada, craniocaudal e a craniocaudal caudomedial (craniocaudal oblíqua).
- Não união do processo ancôneo:
> Mais comum em cães de grande porte / gigante, mas pode ocorrer em
cães de médio pote.
- Fragmentação do processo coronóide:
> É a principal etiologia responsável pela displasia do cotovelo
> Observa-se na radiografia uma proliferação óssea na região do
processo coronóide e raramente a linha de fragmetação por ser muito tênue.
Por isso o exame radiográfico muitas vezes dá um resultado falso negativo
para fragmentação.
> Qualquer proliferação óssea na região do processo coronóide é
necessário que se suspeite da fragmentação. Se não é vista no raio-x, lança-
se mão do segundo exame que é a tomografia.
- Mal formação da articulação:
> Existe um degrau entre a linha articular do rádio e da ulna. Isso
normalmente ocorre porque o fechamento da fise distal do rádio pode levar
ao encurtamento deste e isso incorre na mal formação articular.
- Osteocondrite / Osteocondrose dissecante dos côndilos femorais:
> Essa doença pode acontecer em outras articulações, é até mais comum
de acontecer no ombro
> Ocorre uma falha de vascularização do osso subcondral na articulação.
> Necrose do osso não vascularizado. Cartilagem vulneráve e sem apoio
no osso subcondral, podendo fraturar
> Osteocondrose: Hipovascularização, isquemia do osso subcondral e
necrose
> Osteocondrite dissecante: Fratura da cartilagem
Em vermelho: achatamento da região caudal da cabeça do úmero. Esse aspecto é
característico da osteocondrose
Em vermelho: flap cartilaginoso. Osteocondrite. Exame de artrografia: injeta contraste de
iodo na cavidade articular e radiografa. Se tiver alguma fissura, o contraste entra por baixo da
cartilgem evi denciando a área de fratura da cartilagem.
 ALTERAÇÕES ARTICULARES - NECROSE ASSÉPTICA DA CABEÇA
DO FÊMUR
> Comum em cães de raças pequenas (toy)
> Necrose isquêmica da cabeça do fêmur
> Ocorre em torno de 9 a 12 meses de idade
Ocorre degeneração óssea, com o fêmur perdendo a conformação na região da cabeça, que ao invés de ser
arredondada, fica mais quadrada, e presença de áreas de perda óssea geográfica (setas).
Região de perda óssea na cabeça do fêmur, com diminuição da radiopacidade indcativa de necose.
Região de necrose da cabeça do fêmur que evoluiu para fratura.
 ALTERAÇÕES ARTICULARES - LUXAÇÃO DE PATELA E RUPTURA
DO LIGAMENTO CRUZADO CRANIAL
- Luxação de patela:
> A avaliação pelo raio-x é feito, primeiramente, por conta das deformações q
ue ocorrem na região da epífise proximal da tíbia quando os animais tem luxa
ção de patela por um período maior. E segundamente para avaliar a profundi
ade do sulco patelar.
> Ocorre um encurvamento da tíba, secundário à luxação da patela. Muitas v
ezes a correção cirúrgica envolvea tíbia, com transposição da crista da tíbia
ou uma ostectomia de correção.
> Utiliza-se três projeções, a craniocaudal do joelho, a médiolateral e a
“skyline”, tangenciando o joelho com intuito de ver a profundidade do sulco
patelar.
> Faz-se a avaliação radiográfica a fim de avaliar presença de doença
articular degenerativa.
Em vermelho: patela luxada
- Ruptura do ligamento cruzado cranial:
> Difícil diagnóstico radiográfico, já que envolve tecidos moles. O
diagnóstico definitivo é feito por meio de exame clínico ortopédico.
> Observa-se na radiografia uma incongruência articular, ou seja, os
côndilos femorais não articulam com o platô tibial. Essa observação e feita
por exame radiográfico com estresse articular (mimetizando movimento de
gaveta - fixando o fêmur e empurrando a tíbia cranialmente).
> Como o diagnótico é clínico, radiografa-se para observar as alterações
secundárias, que é a doença articular degenerativa. Em condições onde não
há osteoartrose (imagem da esquerda), ainda é possível operar. Mas se o
animal estiver em um quadro de doença articular degenerativa, a cirurgia não
vai resolver o problema.
> A radiografia também é feita para determinar o planejamento cirúrgico
(TTA - Avanço da tuberosidade da tíbia ou TPLO - Nivelamento do platô tibial)
 ALTERAÇÕES ARTICULARES - ARTRITES E NEOPLASIA
ARTICULAR
- Artrite:
> Classificação das doenças articulares inflamatórias:
A) Infecciosas:
A.1) Hematógena (bacteriana e micótica)
- Infecções umbilicais neonatais
- Infecções genitourinárias
- Endocardite bacteriana
A.2) Não-hematógena (bacteriana e micótica)
- Lesão penetrante
> Trauma
> Pós-cirúrgico
> Injeções
> Extensão de infecções em tecidos adjacentes
B) Não infecciosas:Caráter imunológico
B.1) Artrite erosiva (artrite reumatóide)
B.2) Artrite não-erosiva
- Idiopática
- Secundária a processos infecciosos crônicos
- Lupus eritematoso sistêmico
- Artrites enteropáticas
A) Artrite infecciosa: Pode ser monoarticlar ou poliarticular, o paciente
apresenta febre e leucocitose.
- Aspectos radiográficos:
> Sinais radiográficos no processo agudo
- Espessamento de cápsula articular
- Distenção da capsula artcular por efusão
- Aumento do espaço articular
Aumeto de tecidos moles intra-articulares (aumento de radiopacidade intra-articular). Não é
possível ver o espessamento nem distenção da cápsula.
> Sinais radiográficos nos processos crônicos
- Lise do osso subcondral
- Aumento do espaço articular pode indicar efusão articular ou
instabilidade de ligamento.
Seta preta: irregularidades do osso subcondral - perda óssea
Seta branca: Proliferação óssea culminando em degeneração articular
Diminuição do espaço articular
- Outros aspectos radiográficos:
- Presença de osteófitos
- Fraturas por avulsão
- Ossificações incompletas em animais jovens
- Esclerose
- Anquilose
- Subluxação e luxação
B) Artrite não-infecciosa
B.1) Artrite erosiva (reumatóide):
- Geralmente afeta animais de porte médio entre 5 e 9 anos
- Poliartrite em articulações simétricas
- As lesões patológicas incluem: Hiperplasia vilosa da membrana sinovial,
infiltrado linfóide e celular na sinóvia e erosão articular.
- Normalmente é imunomediada.
- O diagnóstico é parcialmente baseado nos valores séricos do fator
reumatóide, resultados a partir de análise do líquido sinovial e de biópsias
articulares.
- As articulações mais envolvidas incluem: carpo, joelhos, cotovelo, tarso,
ombro, metacarpo-falangeana, interfalângeana proximal e distal, coxo-
femoral e ATM.
- Aspectos radiográficos nos processos agudos:
- Edema em tecidos moles periarticulares
- Distensão da capsula articular por efusão
- Aspectos radiográficos nos processos crônicos:
- Diminuição do espaço articular
- Alterações císticas e líticas do osso subcondral
- Alterações líticas nas áreas de inserção de ligamentos
- Atrofias ósseas por desuso
- Sub-luxação e luxação
- Calcificação de capsula articular e ligamentos periarticulares
B.2) Artrite não-erosiva:
- Costuma ser episódica
- Afeta principalmente carpo e tarso
- Pode ser monoarticular ou poliarticular
- Imunomediada
- Análise de fluído sinovial e biópsias ajudam no diagnóstico
- Aspectos radiográficos:
> Radiografias podem estar normais
> Apresentam vários graus de efusão e de espessamento de cápsula
> Doença articular degenerativa como sequela
- EQUINOS:
Setas - aumento de tecido moles na articulação
Setas - áreas de lise do osso
Seta branca - área de lise do osso
Seta rosa - aumento dos tecidos moles articulares
Seta branca - área de lise óssea na região da tróclea lateral do talus
Seta amarela - área de lise da tróclea lateral do talus e linhas de crescimento
Seta azul - área de lise do osso maleolo lateral
Colchete verde - aumento de volume dos tecidos moles
Conclusão: Artrite do tipo T (troclea lateral do talus) e P (fise)
Seta grande - Distenção articular
Seta fina - Lise (cima) e proliferação óssea (baixo)
- NEOPLASIAS:
- Neoplasias que envolvem articulações não são comuns
- Sinoviomas e sarcomas de células sinoviais são as neoplasias primárias
mais comuns
- Neoplasias primárias não sinoviais raramene invadem articulações.
- Aspectos radiográficos:
> Alterações líticas envolvendo os ossos da articulação
> Massa ou edema em tecidos moles intra-articulares
> Efusão
> Luxações patológicas
- Sarcomas sinoviais
Aumento do líquido sinovial, efusão articular distendendo a cápsula e lesões até na patela
Em vermelho: área de perda óssea
 ALTERAÇÕES ARTICULARES - TRAUMAS:
- Tipos de injúrias articulares:
> Torsões: Relacionada aos ligamentos articulares; O grau da torção varia
de acordo com o grau da lesão do ligamento.
> Luxação (deslocamento): Completa perda do contato entreas faces
articulares.
Em vermelho: luxação coxofemoral e luxação do cotovelo, respectivamente
Em vermelho: luxação do cotovelo
> Sub-luxação: Perda parcial do contato entre as faces articulares.
Em vermelho: subluxação do cotovelo e coxofemoral, respectivamente.
> Fraturas.
> Diástase: Articulações com pouca mobilidade.
Em vermelho: disjunção sacroilíaca, ou seja, fratura da asa do sacro
 ALTERAÇÕES ARTICULARES - OUTRAS ALTERAÇÕES DE
INTERESSE VETERINÁRIO
 CLASSIFICAÇÃO
 INFLAMATÓRIAS:
- Periostite.
- Sesamoidite.
- Laminite
- Doença degenerativa do navicular
 INFECCIOSAS:
- Osteomielite
- Osteíte
 NEOPLÁSICAS:
- Osteossarcoma
 METABÓLICAS:
- Hiperparatireoidismo nutricional
 DOENÇAS DA FASE DE CRESCIMENTO, DE ETIOLOGIA INDEFINIDA
OU MULTIFATORIAL:
- Fechamento precoce das físes e deformidades angulares de membros
- Panosteíte
- Osteodistrofia hipertrófica
- Osteopatia hipertrófica
- Displasia da fise
1- Inflamatórias:
1.1- Periostite
- Comum ocorrer nos ossos metacarpo III e metarso de cavalos jovens que
ficam sob treino excessivo
- Stress por força compressiva
- Esforço crônico nos ligamentos do metacarpo e metatarso
- Ligamento interrósseo (Splints bones) - mais comum entre o II e III
metacarpo e III e IV metacarpo
- Alterações:
> Córtex dorsomedial do terceiro metacarpo
> Espessamento cortical
> Reação periosteal proliferativa regular
> Pode levar a fraturas por estresse - ocorre em um lugar onde há uma
tensão ou microtrauma constante.
Inflamação do periósteo que desencadeia uma reação periosteal proliferativa do tipo regular
colunar.
Proliferação óssea no terço proximal ou médio do osso
> A fratura dos metacarpianos acessórios é considerada apenas pelo
distanciamento dos metacarpos dos metacarpianos acessórios.
1.2 - Sesamoidite
- Periostite e osteíte não séptica dos sesamóides proximais do cavalo
- Causa não é totalmente esclarecida
- Injúrias repetidas do aparato suspensório (hipótese mais comum)
- Alterações visibilizas na margem abaxial (não articular) dos sesamóides
Radiolucencia da margem abaxial, perda do padrão trabecular, margem pouco definida e
defeitos lineares
- A sesamoidite é classificada em 3 tipos, dependendo da aparência
radiográfica
> Tipo 1: Presença de 1 ou 2 defeitos lineares menores que 1mm de
largura.
> Tipo 2: Presença de 3 ou mais defeitoslineares menores que 1mm de
largura.
> Tipo 3: Defeitos lineares largos de forma irregular ou anormal (áreas de
lise como se tivesse perdido uma parte do sesamóide)
> Tipo 3 grave: Alterações do tipo 3 com reações proliferativas e líticas.
1.3 - Laminite:
- Projeções - lateromedial e dorsoproximal - palmorodistal
- Importante - demarcar a superfície da parede dorsa do casco e o limite da
coroa com objeto metálico.
- A finalidade do raio-x de laminite é a mensuração da distância entre a
superfície da muralha e a falange distal.
- Marcas: Proximal - 2mm distal do processoextesor da terceira falange
Distal - 6mm proximal da crena da terceira falange
Média - Metade da distância entre as duas
Normal: Medida = nas três marcas
Média = 15 a 18mm (PSI)
- Espessamento - magnificação da imagem
- Aferir % entre a espessura da muralha e o comprimento da face palmar
da terceira falange
- Normal até 28%
- Rotação da terceira falange (desvio palmar)
Área de maior radioluscência na região mais cranial do casco, sugerindo presença de gás
dentro do mesmo. Diferença da espessura da borda cranial do casco, porção mais proximal tem
espessura menor do que a porção mais dista, indicando rotação de tercera falange (desvio
palmar).
- “A determinação do grau de rotação auxilia no prognóstico da doença.”
- Métodos para aferir o grau de rotação:
A) Mensuração angular (mais eficiente - determina o grau)
> Normal - ângulo 1 e 2 iguais
> Anormal - ângulo 2 > que 1
> Prognóstico:
- 5.5 graus: Bom
- 6.8 a 11.5 graus: Reservado
- Acima de 11.5: Desfavorável
B) Mensuração da muralha
> Normal - medidas iguais
> Anormal - medidas distal e média ou somente distal > que a proximal.
- Laminite crônica:
> Crena em esqui
> Espessamento do córtex dorsal da terceira falange cm presença de
reação preiosteal ativa ou inativa.
Observase respectivamente: Crena em esqui (esquerda) e espessamento do córtex dorsal da
terceira falange com presença de reação periosteoal ativa (direita).
Caso grave de laminite com rotação importante da terceira falange, com destruição da mesma
por completo e deformação total do casco
- Absorção óssea da
falange distal
- Osteopenia dos
sesamóides por
desuso
- Irregularidade da
muralha
1.4 - Doença degenerativa do osso navicular:
- Invaginações sinoviais do osso navicular (azul): Quanto mais espessa for
uma invaginação, maior é a indicação de que se está mais próximo de um
diagnóstico de doença do navicular do que quando se tem várias
invaginações finas.
> Forma triangular
> 1 a 3 - normal
> 4,7 e 8 - degeneração (cones)
> 5,6 e 10 - degeneração pirulito
- Diagnóstico clínico: Teste de rampa -> tensiona o tendão flexor profundo
para cima do navicular.
NORMAL DEGENERAÇÃO “CONES”
DEGENERAÇÃO “PIRULITO” CISTOS SINOVIAIS
NORMAL - 5 A 7 “TUBULARES E ESTREITAS” ANORMAL “POUCAS PORÉM LARGAS”
ESCLEROSE DA CAV. MEDULAR INVAGINAÇÕES SINOVIAIS LARGAS
AUMENTO DE RADIOPACIDADE ASSIMETRIA DA CÓRTEX DO FLEXOR
CISTO ÓSSEO RADIOLUSCENCA SAGITAL DA
CÓRTEXDO FLEXOR
2 - Infecciosas:
Osteíte
- Osteomielite em osso compacto ou esponjoso
- Equinos e bovinos
- Séptica ou asséptica
2.1) Séptica: Perda dos detalhes trabeculares com margens indistintas
desaparecendo ao redor do osso levando uma osteólise nas margens da
falange distal
Osteíte séptica em equino
Osteíte séptica em bovino
2.2) Asséptica: Desmineralização, alargamento dos forames nutríceos e
uma irrgularidade óssea ao longo das margens soleares da superfície da
falange distal.
 DOENÇAS METABÓLICAS - HIPERPARATIREOIDISMO
NUTRICIONAL:
Nota-se aumento de radiopacidade dos tecidos moles abdominais em relação ao próprio osso.
Nota-se adelgaçamento cortical. Osso frágil, prestes a quebrar
Não é possível observar os ossos do gato. Os mesmos deveriam estar na mesma radiopacidade
da bula timpânica (área com maior radiopacidade no crânio). Nota-se ondulação acentuada ao
longo da coluna
Nota-se desvios angulares no osso devido a fragilidade e flexibilidade por conta da doença.
 DOENÇAS DA FASE DO CRESCIMENTO DE ETIOLOGIA INDEFINIDA
OU MULTIFATORIAL:
 FECHAMENTO PRECOCE DAS FÍSES E DEFORMIDADES
ANGULARES DOS MEMBROS
- AngulaÇão anormal do membro a partir do eixo central
- Angulação pode ser lateral ou medial
- Lateral - Valgus
- Medial - Varus
- Nomeclatura - Articulação em que começa a angulação (ex.: carpo = carpo
valgo)
Procurvato do rádio - Radio rotacionado. Nota-se linha fisária dupla (circulada) com região de
proliferação óssea (indicada pela seta). Trata-se de uma osteodistrofia hipertrófica que se
desenvolveu na região metafisária que levou à um crescimento assíncrono da ulna em relação
aos demais ossos.
 PANOSTEÍTE:
Nota-se opacificações de endósteo irregulares da cavidade medular
 OSTEODISTROFIA HIPERTRÓFICA:
Doença da fise dupla: Observa-se uma lise, uma osteólise mais circular, paralela à fise que dá o
aspecto de fise dupla. Há também proliferação periosteal irregular ao longo das regiões
metafisárias e esclerose óssea.
 OSTEOPATIA HIPERTRÓFICA: Geralmente é secundária à alguma
neoplasia ou proliferação neoplásica.
Observa-se reação periosteal em borda de escova ao longo de todo osso (indicado pela seta)
Reação periosteal em paliçada , achado característico na Doença de Marie
 DISPLASIA FISEAL:
- Pode ocorrer em cães, gatos e cavalos.
- Nos gatos tá envolvida com fratura salter harris tipo 1 da cabeça do fêmur
ou fratura por escorregamento da cabeça do fêmur.
- Nos gatos ocorre por conta de castração precoce.
- Nos cães não traz muitos problemas, mas secundariamente pode trazer
desvios angulares
- Nos cavalos está associada aos devios de eixo.
- Fisite ou epifisite
- Desenvolvimento anormal da fise
- Fise distal do rádio, MC e MT III
- Uni ou bilateral simétrica
Nos cavalos observa-se como formações ou proliferações lateral ou medial da interlinha
radiográfica articular da fise. Nos casos mais afetados a fise fica mais larga.
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
ANATOMIA RADIOGRÁFICA DA COLUNA
- No exame radiográfico, a coluna deve estar reta, evitando sobreposição e mal observação
do espaço intervertebral.
1- POSICIONAMENTO:
Radiografia simples
- Latero-laretal
- Ventro-dorsal
Projeções suplementares
- Oblíquas
- Laterais flexionadas = estudo das instabilidades cervical e lombo-sacra
Exame contrastado (mielografia): Indicado para avaliação pré-operatória nas cirurgias
descompressivas da coluna.
> Infusão de meio de contraste no espaço subaracnóide
> Cisterna magna, lombar e sacro
> Dose 0,25 a 0,5 ml/kg
> Interpretação do exame: Envolve a avaliação do espaço subaracnóide preenchido por meio
de contraste radiopaco, do seu tamanho e forma e sua relação com a medula espinhal
radioluscente.
Faz-se a injeção de contraste no espaço sub-aracnóide, onde há o líquido
cefaloraquidiano (LCR) e essa aplicação pode ser tanto na cisterna magna quanto
na região lombar, além da epidurografia que seria a aplicação do contraste no
espaço epidural.
A mielografia se apresenta como uma alternativa de exame radiográfico com
intuito de ver a repercurssão das alterações da coluna vertebral na medula. Isso se
deve porque, quase sempre, o paciente que vem para fazer exame da coluna
vertebral tem algum sinal neurológico de compressão de medula, seja um défict de
reflexo, de dor superficial ou profunda, défict de propriocepção ou algum tipo de dor
na região da coluna, principalmente as afecções da coluna cervical desencadeiam
em um processo doloroso bastante incisivo, enquanto que compressões na altura de
toracolombar ou lombar vão se manifestar mais com a perda de apoio dos membros
pélvicos. Esses sinais clínicos (Perda de apoio dos membros pélvicos, défict
proprioceptivo e dor cervical) são característicos de doença da coluna vertebral que
está comprimindo a medula.
Ao exame radiográfico simples, pode-se até suspeitar que uma determinada
alteração esteja levando a uma compressão medular, por exemplo, uma fratura,
hérnia de disco ou malformação vertebral são situações que podem levar à
compressão medular. Entretanto em todasessas situações, em nenhum momento
será possível ver a medula no exame radiográfico simples, supõe-se que haja
compressão por conta de determinada alteração. Logo, é muito especulativo o
exame simples. O fato que é verdadeiro frente ao sinal clínico é que há compressão,
o “X” da questão é “eu vou conseguir localizar o ponto exato de compressão só com
o raio-x simples?”, pouco provável. O raio-x simples tem baixíssima sensibilidade
para determinar os pontos de compressão medular e também o número de
compressões, pois pode haver mais de um ponto. Lança-se mão então de exames
de image avançados como tomografia e ressonância magnética, entretanto não são
todos os lugares que tem esse recurso, logo vale-se do que tem na mão que é o
exame radiográfico contrastado.
Nesse tipo de exame observa-se se o contraste progrediu, se o que foi injetado na
cisterna magna está indo em direção a cauda. Se tivesse sido injetado na região
lombar, observaria se o contraste está indo em direção ao crânio. Além disso,
observa-se se as colunas de contraste tem algum desvio e se este é compatível com
o processo compressivo.
Indicado pela setas: Aspecto radiográfico normal da mielografia em projeções laterolateral e ventrodorsal. Observar
as colunas de contraste (setas laranjas) delimitando a medula de forma regular.
2- ANATOMIA RADIOGRÁFICA:
SEGMENTO CERVICAL
1- Placa epifisária cranial e caudal
2- Processo transverso
3- Processo aricular cranial
4- Processo articular caudal
5- Processo espinhoso
Linha de crescimento
(não confundir com fratura)
1- Corpo da vértebra
2- Processo transverso
3- Processo espinhoso
4- Espaço intervertebral
5- Forame intervertebral
6- Espaço articulardas facetas inter-articulares
7- Processo acessório
8- Faces articulares
9- Pedículo
SEGMENTO CERVICAL: CONGRUÊNCIA ATLANTOAXIAL
- Um distanciamento muito grande do atlas em relação ao axis, pode sugerir uma luxação,
subluxação ou até mesmo uma ruptura do ligamento atlantoaxial. Quando isso ocorre, o
animal chega com sinais clínicos neurológicos. No entanto, algumas raças de cães, pode ter
um espaçamento variável entre tais ossos, sendo normal e importante o conhecimento dessa
variação pelo veterinário radiologista, a fim de evitar equívocos e diagnósticos errôneos.
Nas imagens: (Em verde) Distanciamento normal da região entre atlas e axis, (Em azul) variação normal de tamanho
e inclinação da asa do atlas.
- Ocorre variação, também, na distância entre a lâmina do Axis e Processo
espinhoso do Atlas e da angulação desta. Geralmente cães que possuem
uma cabeça maior, costumam ter as asas do atlas maiores.
SEGMENTO CERVICAL: C3-C5
SEGMENTO CERVICAL: C5-T1
SEGMENTO TORÁCICO:
SEGMENTO LOMBAR:
SEGMENTO SACRAL:
3 - LESÕES DA MEDULA ESPINHAL
Lesões extradural intradural e intramedular, respectivamente.
3.1- LESÃO EXTRADURAL: EXTERNA A DURAMATER
Aspecto radiográfico de compressão medular extradural na mielografia em projeções
laterolateral (esquerda) e ventrodorsal (direita). Observar a elevação das colunas de contraste
com adelgaçamento das mesmas no local da compressão.
- Sinais mielográficos:
> Estreitamento do espaço subaracnóide no sítio da compressão extradural
> Deslocamento da medula espinhal a partir do sítio da compressão
> Pode haver alargamento da medula na projeção ventrodorsal
> A medula pode estar estreitada em algumas das projeções radiográficas
- Diagnósticos diferenciais:
> Protusão ou extrusão de disco
> Aumento do ligamento longitudinal dorsal (ventral a medula espinhal)
> Coagulo ou gordura extradural excessiva
3.2- LESÃO INTRADURAL EXTRAMEDULAR: ENTRE A DURAMATER E
A MEDULA ESPINHAL
Aspecto radiográfico de compressão medular intradural na mielografia em projeções
laterolateral (esquerda) e ventrodorsal (direita). Observar o alargamento do espaço
subaracnóide com elevação dorsal e adelgaçamento das colunas de contraste no local da
compressão. Na projeção ventrodorsal, observar adelgaçamento bilateral do espaço
subaracnóide no local da compressão.
- Sinais mielográficos:
> Estreitamento do espaço subaracnóide no mínimo em uma das projeções
radiográficas
> Pode haver alargamento da medula no sítio da compressão
> A medula espinhal pode estar deslocada a partir do sítio da compressão
> A medula espinhal pode estar alargada na projeção dorsoventral
Observa-se interrupção na trajetória do contraste na porção ventral da medula, sinal
mieolográfico característico de lesão intradural.
Observa-se estreitamento de espaço medular por alargamento da medula.
Imagem de ressonância magnética evidenciando lesão intramedular (seta)
- Diagnósticos diferenciais:
> Neoplasia intramedular (neurofibroma e meningeoma)
3.3- LESÃO INTRAMEDULAR: DENTRO DA MEDULA ESPINHAL
Aspecto radiográfico do edema intramedular na mielografia em projeções laterolateral
(esquerda) e ventrodorsal (direita). Observar o alargamento entre as colunas de contraste com
adelgaçamento do espaço subaracnóide.
- Sinais mielográficos:
> Alargamento da medula em todas as projeções radiográficas
> Estreitamento do espaço subaracnóide no sítio da compressão
intramedular
Observa-se em imagem de ressonância magnética estrutura hipersinal - mais branca (seta) no
interior da medula, sinal mielográfico caracterísico de lesão intramedular.
- Diagnósticos diferenciais:
> Neoplasia intramedular (ependimoma e atrocitoma)
> Hemorragia intramedular ou edema causados por: herniação de disco
intravertebral, infarto da medula espinhal ou hemorragia e edema da medula
espinhal
> Variação normal nas tumefações dos plexos braquial e lombo-sacro.
4 - ARTEFATOS MIELOGRÁFICOS: Podem ocorrer quando o meio de
contraste não é injetado dentro do espaço subaracnóide.
4.1- INJEÇÃO EXTRADURAL
- Sinais mielográficos:
> Coluna de contraste pode apresentar-se mais larga que o normal.
> A coluna de contraste pode desviar por cima dos espaços dos discos
intervertebrais em direção ao seio venoso.
> As raizes nervosas são frequentemente demarcadas pelo meio de
contraste.
> A coluna de contraste pode aparecer irregular ou incompleta.
4.2- INJEÇÃO INTRAMEDULAR
- Sinais mieográficos:
> Borramento do contraste dentro do canal espinhal
> Contraste dentro do canal central da medula espinhal
5 - ALTERAÇÕES CONGÊNITAS: Muitas das más-formações congênitas da
coluna são anormalidades de desenvolvimento ou das fusões dos centros de
ossificação vertebral primário e secundário. Embora muitas das más-
formações não causem sinais clínicos, seu reconhecimento é importante para
diferenciação das anormalidades causadas pelas doenças adquiridas.
5.1- ESPINHA BÍFIDA: Falha no fechamento dos arcos para fusão dorsal,
causando uma ausência ou hipoplasia do processo espinhoso.
- Sinal radiográfico: Ausência do processo espinhoso.
Observa-se ausência de processo espinhoso na vértebra indicada pela seta, quando comparada
com a vértebra adjacente (abaixo).
- Correlações clínicas: Normalmente não tem significado clínico. Pode causar
anormalidades neurais caso haja protrusão dorsal das meninges através do
defeito espinal dorsal (meningocele e meningomielocele). Ocorre com maior
frequência nas vértebras sacrais e coccígenas.
5.2- VÉRTEBRA EM BLOCO: Defeito no desenvolvimento dos corpos
vertebrais onde dois ou mais corpos vertebrais fundem-se em um só corpo
vertebral.
- Sinais radiográficos: Ausência total ou parcial do disco intervertebral entre
os segmentos em blocos. Tamanho e densidade dos corpos vertebrais
reservados e ocorre mais frequentemente em vértebras cervicais lombares.
Observa-se fusão completa de duas vértebras adjacentes. Note a ausência das faces articulares
no espaço do disco intervertebral.
- Correlações clínicas: Normalmente não tem significado clínico, mas acarreta
grande risco de protrusão de disco intervertebral nos espaços imediatamente
cranial ou caudal ao segmento em bloco.
5.3- HEMIVÉRTEBRA (vértebra em borboleta): É uma ossificação
incompleta ou união de um ou mais centros de ossificação primários,
resultando em desenvolvimento parcial da vértebra.
- Existem 2tipos principais, em cunha (ossificação parcial do corpo vertebral)
e em borboleta (falha de dois centros de ossificação).
- Hemivértebras são normais exceto pelo seu formato, alteram o fomato das
vértebras adjacentes.
- Hemivértebras torácicas podem apresentar ausência de desenvolvimento
unilateral da costela.
- Deformidades e curvaturas do eixo da coluna vertebral (cifose, lordose e
escoliose).
- Espondiloses secundárias a instabilidade causada pela deformidade.
Observar que o corpo intervertebral tem desenvolvimento incompleto, causando fissuras na
forma. O corpo vertebral possui forma de cunha, causando cifose ou escoliose dependendo do
grau de acometimento.
- Correlações clínicas: Raramente causa compressão espinal. Mais
comumente observado em vértebras torácicas e coccígenas em cães da raça
Pug, Bulldogs e Boston Terrier.
5.4- VÉRTEBRAS TRANSICIONAIS: Nas junções dos segmentos da coluna,
a vértebra pode assumir características anatômicas do segmento adjacente.
Essa vértebra anormal é chamada de vértebra transicional.
- Alterações radiográficas:
> Toracorização da vértebra C7 - desenvolvimento uni ou bilateral de
costela na C7.
> Cervicalização da vértebra T1 - Ausência uni ou bilateral de costela na T1.
> Lombarização da T13 - Ausência uni ou bilateral de costela na T13;
haverá 8 vértebras lombares e 12 torácicas.
> Toracorização da L1 - Desenvolvimento uni ou bilateral de costela na L1;
haverá seis vértebraslombares e 14 torácicas.
> Lombarização da S1 - Encurtamento do sacro; haverá 8 vértebras
lombares.
> Sacralização da L7 - A última vértebra lombar articula com o sacro e com
o ílio uni ou bilateralmente; haverá seis vértebras lombares.
Notar desenvolvimento unilateral de uma costela (imagem superior esquerda) e sacralização
da sétima vértebra lombar com ausência de um dos processos transversos (imagem superior
direita e inferior esquerda) e união da L7 com a pelve formando a porção da articulação (círculo
e seta na imagem inferior direita).
- Correlações clínicas: Normalmente não tem sinal clínico. A sacralização
unilateral da L7 pode causar escoliose, impedir o posicionamento
ventrodorsal simétrico da pelve, predispor a alterações displasicas coxo-
femorais da articulação episilateral.
5.5- DEFORMIDADES DA CURVATURA ESPINHAL: São causadas
normalmente por uma ou mais máformações vertebrais ou por alterações
adquiridas após injúria traumática.
- Escoliose (desvio lateral):
> Hemivértebra
> Vértebra transicional
> Espasmo muscular
> Luxação e fratura espinal
> Má união de fraturas vertebrais
- Cifose (desvio dorsal):
> Hemivértebra
> Dor abdominal
> Espasmo muscular
> Luxação e fratura espinal
> Má união de fraturas vertebrais
> Hérnia de disco
- Lordose (desvio ventral):
> Hemivértebra
> Luxação e fratura espinal
> Má união de fraturas vertebrais
6 - ALTERAÇÕES METABÓLICAS
6.1- OSTEOPORSE (osteopenia)
- Sinais radiográficos: Observa-se adelgaçamento do córtex ósseo, com
diminuição da radiopacidade, trabeculação muito evidente e epífises
vertebrais mais radiopacas que o corpo ósseo.
Em quadros de osteoporose, observa-se diminuição generalizada da radiopacidade óssea.
- Correlações clínicas: É observada em desordens sistêmicas do
metabolismo do cálcio e fósforo. Todo o esqueleto está envolvido, entretanto
as alterações radiográficas são mais observadas na coluna vertebral.
- Diagnósticos diferenciais:
> Hiperparatireoidismo primário (funcional adenoma ou carcinoma)
> Hiperparatireoidismo secundário (Nutricional ou renal)
> Pseudoparatireoidismo (Linfossarcoma)
> Hiperadrenocorticismo
> Diabetes mellitus
> Hipotireoidismo
> Neoplasia maligna difusa - mieloma múltiplo e linforssarcoma
> Osteoporose por senilidade
> Terapia com esteróides
> Atrofia difusa
- Artefatos que levam ao diagnóstico errôneo:
> Excesso de radiação dispersa - Pacientes obesos e exames radiográficos
de estruturas espessas sem uso de grande anti-difusora.
> Baixo contraste radiográfico - Técnicas com Kv muito alto
> Exposição radiográfica excessiva
6.2- HIPERVITAMINOSE A NO GATO (OSTEODISTROFIA NUTRICIONAL):
- Sinais radiográficos:
> Osteoporose generalizada
> Espondiloses lateral e ventral no segmento cervical da coluna
> Calcificação intra-articular (anquilose) em esqueleto apendicular e coluna
> Reação perioseteal lamelar.
Na hipervitaminose A, as vértebras são frequentemente porosas e comumente são observadas
espondiloses (setas) no segmento cervical da coluna vertebral.
- Correlações clínicas: Normalmente é observada em gatos alimentados com
dietas a base de fígado. Rara em gatos que são alimentados com raçoes
comerciais. Frequentemente ocorre associada com hiperparatireoidismo
secundário nutricional.
- Diagnósticos diferenciais:
> Mucopolissacaridose
> Poliartrite
7 - FRATURAS E LUXAÇÕES: Luxações raramente ocorrem sem fratura
acompanhada. O significado clínico dependerá do grau de disfunção
neurológica da medula espinal. A formação do calo ósseo durante a
consolidação pode levar a compressão medular.
7.1 - FRATURAS DO CORPO VERTEBRAL:
- Normalmente existe envolvimento do espaço intervertebral - ocorre
diminuição ou aumento do espaço.
- Angulação anormal e abrupta da coluna vertebral
- Perda de continuidade do contorno vertebral
- Fratura em lasca (esquírolas) nas extremidades dos corpos vertebrais
- Separação (arrancamento) das facetas articulares
- Alteração do tamanho e da forma do corpo vertebral quando comparado aos
adjacentes.
Fratura por compressão do corpo vertebral.
Fratura com luxação. Na imagem da esquerda, nota-se fratura com lasca no aspecto crânio-
ventral do corpo vertebral com separação do espaço do disco intervertebral (círculo).
Fratura com luxação. Há subluxação do espaço do disco intervertebral com fratura horizontal
do processo articular caudal (seta).
7.2 - FRATURAS DAS EPÍFISES:
- Ocorre mais em animais jovens onde ainda não houve o fechamento
completo das fises
- Alteração da forma da epífise quando comparada a adjacente
- Epífise normalmente está deslocada ventralmente.
Fratura epifiseal. Notar a separação da epífise cranial com deslocamento ventral da mesma.
7.3 - FRATURA DO PROCESSO ESPINHOSO DORSAL:
- Mais comum em vértebras torácicas e lombares
- As fraturas normalmente são horizontais, múltiplas e sequenciais.
Fraturas múltiplas dos processos espinhosos dorsais.
7.4 - FRATURA DO PROCESSO TRANSVERSO:
- Normalmente são longitudinais, unilaterais, múltiplas e sequenciais
- Pode haver trauma intra-torácico ou intra-abdominal.
Fratura múltipla dos processos transversos.
8 - LUXAÇÕES:
8.1 - SUBLUXAÇÃO ATLANTO-AXIAL:
- Sinais radiográficos:
> Separação ou instabilidade da articulação atlanto-axial, observado como
aumento da distância entre o arco do atlas e a espinha dorsal do axis.
> Agenesia ou fratura do processo odontóide.
A luxação atlanto-axial, o espaço entre o atlas e o axis é mais largo que o normal e as variações
normais entre as raças como visto anteriormente. Indica ruptura do ligamento atlantoaxial.
Na fratura do processo odontóide, este se encontra fraturado e deslocado (seta) e
desalinhamento da articulação atlantoaxial (círculo).
- Correlações clínicas: Anomalia congênita onde ocorre agenesia ou
hipoplasa do processo odontóide do axis. Maior ocorrência em cães de raças
toys. Causa compressão medular C1 e C2 com anormalidades neurológicas
severas.
Pode também ser adquirida (etiologia traumática), sem distinção de raça,
tendo como principal causa da fratura do odontóide. Evitar flexão excessiva
do segmento cervical durante o exame radiográfico.
8.2 - ESPODILOMIELOPATIA CERVICAL CAUDAL (SÍNDROME DE
WOBBLER):
- Sinais radiográficos:
> Subluxação vertebral dos segmentos C5-C6 e C6-C7
> Colabamento do espaço intervertebral nos casos que ocorrem hemiações
dos discos
> Vértebras com forma anormal, estenose do canal vertebral, hiperostose da
lâmina, assimetria das faces articulares e espondiloartrose.
> Na mielografia, ocorre compressão extradural ventral, protrusão de disco e
adelgaçamento do espaço subaracnóide no local da lesão.Subluxação cervical na projeção laterolateral flexionada. Há subluxação no segmento C5-C6,
com deslocamento da porção cranial do corpo vertebral de C6 para dentro do canal espinhal
(seta).
- Correlações clínicas: O desenvolvimento vertebral anormal das vértebras
cervicais causando subluxação e deformidade pode levar a compressão
medular. Acomete principalmente cães de raças grandes e gigantes. Sinais
clínicos incluem ataxia, desequilíbrio e paralisia.
8.3 - INSTABILIDADE LOMBO-SACRA (SÍNDROME DA CAUDA EQUINA):
- Sinais radiográficos:
> Subluxação de L7-S1
> Estenose do canal vertebral da L7 ou do sacro
> Espondilose ventral ou lateral
> Pode haver discoespondilite associada.
Instabilidade lombo-sacra. Na imagem da esquerda, notar exacerbação da subluxação entre L7 e
S1 na projeção flexionada (círculo). Na imagem da direita, notar espondilose ventral (seta) e o
degrau ou infra-desnível (seta verde) entre as vértebras L7 e S1.
- Correlações clínicas: Instabilidade ou estenose do espaço intervertebral L7-
S1 com compressão da cauda equina. Ocorre em cães de qualquer raça,
entretanto é observada com mais frequência em Pastores Alemães. Os sinais
clínicos mais comuns são dor local, paresia e disfunção neurológica do
esfíncter anal e da bexiga.
9 - DOENÇAS DOS DISCOS INTERVERTEBRAIS:
- Sinais radiográficos:
> Diminuição de espaço intervertebral em comparação com outros (cranial e
caudal) em todas as projeções (Espaço T10-T11 anatomicamente diminuído)
> Alteração do tamanho e da forma do forame intervertebral
> Diminuição dos espaços inter-articulares entre as facetas
> Aumento da radiopacidade do canal medular causada pela presença de
material do disco
> Espaço intervertebral em cunha (protrusão parcial do disco)
Na imagem da esquerda, notar completa calcificação do disco em A (seta azul), disco
calcificado extrusado em B, além da diminuição do espaço e forame intervertebral (seta
vermelha). Em C há calcificação parcial do disco (círculo). Na imagem da direita, notar
protusão de disco com colapso do espaço intervertebral, diminuição do forame intervertebral
com opacificação do mesmo e estreitamento do espaço articular entre as faces articulares
(ciruclo).
- Correlações clínicas:
A degeneração e a protrusão dos discos intervertebrais com conseqüente
compressão das raízes nervosas e da medula, são comum em cães e rara
em gatos. Ocorre com mais freqüência em cães condrodistróficos. A
patogênese inclui desidratação do núcleo pulposo e do anel fibroso do disco,
metamorfose fibróide ou condróide do núcleo, graus de calcificação do núcleo
e do anel, degeneração do disco e extrusão ou protrusão do mesmo para o
canal vertebral.
- Causas de erros no diagnóstico:
> Projeções oblíquas levando a imagem falsa de diminuição do espaço
intervertebral
> Discoespondilite crônica
> Ossificação dural
> Calcificação do ligamento longitudinal dorsal
> Sobreposição da cabeça da costela, do processo transverso ou de
espondiloses laterais ao forame intervertebral
> Na mielografia, compressão extradural, medula espessada (edema ou
hemorragia) e deslocamento da posição da medula no local da lesão.
9.1 - INFECÇÕES
9.1.1 - ESPONDILITE
- Sinais radiográficos: Reação periosteal proliferativa irregular e lesões
osteoblásticas em um ou mais corpos vertebrais.
- Correlações clínicas: Infecção do corpo vertebral por extensão direta (infecções
renais, ovarianas e uterina), migração de corpo estranho ou perfuração externa.
9.1.2 - DISCOESPONDILITE
- Sinais radiográficos:
> Osteólise irregular do corpo vertebral (Forma aguda)
> Diminuição ou colapso do espaço intervertebral (Forma aguda)
> Esclerose óssea das epífises vertebrais (Forma crônica)
> Espondiloses (Forma crônica)
> Fusão dos corpos vertebrais (Forma crônica)
Na esquerda, tem-se a espondilite em sua forma aguda, na direita, a forma crônica.
10 - DOENÇAS DEGENERATIVAS DAS VÉRTEBRAS
10.1 - ESPONDILOSE
- Sinais radiográficos:
> Osteofitos ventral, lateral ou dorsal nas margens vertebrais
> Raramente esses osteofitos projetam-se para o canal vertebral
> O grau dos osteofitos variam de discretas formações ósseas até formação
de pontes ósseas entre as vértebras.
Em A, notar a formação de osteofitos lateralmente (setas). Observa-se doença articular
degenerativa afetando as faces articulares. Em B, note espondilose deformante em porção
ventral do corpo vertebral, sinal radiográfico presente quando há OSTEOARTROSE DAS
FACETAS INTRA-ARTICULARES. Observa-se doença articular degenerativa afetando as faces
articulares (setas).
- Correlações clínicas:
Desordem degenerativa muito comum, caracterizada por formação de osteofitos
nos espaços intervertebrais. Maior ocorrência em cães de raças médias, grandes
e gigantes. Quase sempre acomete o segmento tóraco-lombar da coluna e não
apresenta significado clínico, a não ser que haja instabilidade associada. Pode
ocorrer herniações nos locais da espondilose. Traumas podem levar a fraturas das
espondiloses. A patogênese é incerta, entretanto suspeita-se de processo
degenerativo como o que ocorre com os discos, fissuras de disco e do periósteo e
reação periosteal.
10.2 - OSTEOARTROSE DAS FACETAS INTRA-ARTICULARES
- Sinais radiográficos:
> Alterações líticas, proliferativas e esclerose subcondral
> Presença de espondiloses
- Correlações clínicas:
Doença articular degenerativa primária ou secundária envolvendo o processo
articular sinovial. Normalmente assintomático, a não ser que haja artrite
reumatóide associada. Acomete cães e gatos, principalmente nos segmentos
cervical e lombar da coluna.
11 - NEOPLASIAS
11.1 - NEOPLASIAS VERTEBRAIS
- Sinais radiográficos:
- Neoplasia primária
> Afeta somente uma vértebra
> Raramente envolve o espaço intervertebral
> Pode ser osteoblastica ou osteolítica
> Pode haver massa de tecido mole paraespinal
- Neoplasia benigna
> Osteoma esclerótico e bem circunscrito
> Condroma normalmente origina-se nos processos transverso e
espinhoso. Lesões expansivas com adelgaçamento cortical e ausência de
reação periosteal.
> Osteocondroma acomete animais jovens, são múltiplos e ocorrem nas
costelas, vértebras e ossos longos. São expansivos com adelgaçamento
cortical e ausência de reação periosteal.
- Neoplasia maligna
> Muito agressiva com margens pouco definidas
> Pode ser osteoblástica ou osteolítica
> Pode causar compressão medular por fratura patológica
- Neoplasia metastática
> Carcinoma mamário é o mais comum - Pode ser blástico ou lítico
> Adenocarcinoma prostático normalmente envolve a porção ventral do
corpo vertebral de L5, L6, L7, sacro e pelve, ocasionalmente fêmur. Presença
de reação periosteal proliferativa.
> Mieloma múltiplo lesões ósseas com aspecto comido de traça,
puntiformes, sem reação periosteal. Normalmente também há lesões em
ossos longos.
Observa-se osteoma, com marcada esclerose (corpo da vértebra mais radiopaco)
Observa-se osteossarcoma vertebral, com evidente reação periosteal agressiva em processo
espinhoso da vértebra. A lesão demonstra componente líticos e proliferativos.
Observa-se carcinoma metastático com neoformações periosteais em porção ventral do corpo
da vértebra, afetando vértebras lombares, associado a o carcinoma prostático.
Observa-se mieloma múltiplo, com vértebras apresentando lesões intensas com aspecto de
comido de traça.
- Correlações clínicas:
A vértebra pode ser afetada por tumores primários ou metastáticos. Causam dor e
paresia por compressão medular. Podem ser benignos (osteoma, condroma e
osteocondroma), malignos (osteossarcoma, condrossarcoma, fibrossarcoma e
mieloma múltiplo) ou metastáticos (carcinomas, sarcomas e linfossarcoma).
11.2 - NEOPLASIAS MEDULARES
- Sinais radiográficos:
> Medula ou canal medular espessados
> Osteólise do canal medular
> Mielografia apresenta alteração do espaço subaracnóide e compressão
medular (extradular, intradural ou intramedular).
Observa-se em imagem de ressonância magnética, a presença de massas neoplásicas (mais
hipersinal) destacadas envolvendo a medula espinhal.
- Correlações clínicas:
Podemoriginar-se da medula, meninges e raízes nervosas. Medula (astrocitoma e
ependimoma), meninges (meningioma, linfossarcoma e neoplasia metastática) e
raízes nervosas (neurofibroma). Sinais clínicos são de compressão medular.
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
ANATOMIA RADIOGRÁFICA DO CRÂNIO
- Radiologia de crânio envolve dois fatores muito importantes na hora de
realizar o exame que é a complexidade devido as variações anatômicas e
sobreposições de estruturas muito diminutas. Essa associação torna a
avaliação do crânio muito difícil.
- Para crânio, o exame ideal é a ressonância magnética já que permite a
visualização conjunta da massa encefálica que pode apresentar alterações
não perceptíveis na radiografia.
1- TÉCNICA RADIOGRÁFICA
- A radiologia de cães braquicefálicos não é muito útil segundo alguns
autores, devido à maior dificuldade de extrair informações por ser uma região
muito estreita e com muitas sobreposições.
- Cães que possuem uma espessura da cabeça maior que 10 cm, o ideal é
que o chassi vá com grade de proteção para não sofrer os efeitos de
radiação dispersa, por conta da espessua do crânio.
2- ANATOMIA E POSICIONAMENTO
2.1- PROJEÇÕES BÁSICAS:
2.1.1- PROJEÇÃO LATEROLATERAL
2.1.2- PROJEÇÃO DORSOVENTRAL
2.2- PROJEÇÕES AUXILIARES:
2.2.1 - PROJEÇÃO ROSTRO-CAUDAL DE BOCA ABERTA
2.2.2 - PROJEÇÃO LATEROLATERAL OBLÍQUA
2.2.3 - PROJEÇÃO LATEROLATERAL OBLÍQUA COM BOCA ABERTA
2.2.4 - PROJEÇÃO ROSTRO-CAUDAL ROTACIONADA
2.2.5 - PROJEÇÃO ROSTRO-CAUDAL FLEXIONADA VENTRAL
2.2.6 - PROJEÇÕES DORSOVENTRAL E VENTRODORSAL OCLUSIVA
3 - ALTERAÇÕES CONGÊNITAS
3.1 - HIDROCEFALIA
- Ocorre acúmulo de LCE em ventrículos
- Esse acúmulo ocorre por meio obstrutivo do fluxo ou produção excessiva
- Acomete cães de raças braquicefálicas e mesocefálicos
- Radiografias são insensíveis para detecção e caracterização da hidrocefalia
- Aspectos radiográficos:
> Normal - Pode ser que haja um paciente que tenha hidrocefalia e
radiograficamente o mesmo está normal. Isso ocorre em estágios iniciais da
hidrocefalia, sendo recomendado uma tomografia ou ressonância para um
diagnóstico de maior acurácia.
> Diminuição da visualizaçã das circunvluções cerebrais
> Fontanelas e suturas abertas
> Aumento da calota craniana
Observa-se abaulamento considerável da calota craniana, apesar de ser um animal
braqucefálico, com aspecto homogêneo de radioluscência semelhante ao da água. Além disso,
há uma descontinuidade na margem óssa do crânio (seta).
O exame padrão ouro para diagnóstico de hidrocefalia é a ressonância magnética (direita). Na
imagem pode-se ver uma fomração irregular sugerindo neoplasia (seta) com presença de
líquido nos bordos (região mais hiposinal - mais escura) comprimindo massa encefálica.
Pode-se ver dois casos de hidrocefalia, com graus diferentes, pela imagem da ressonância
magnética. Em A, observa-se presença de líquido nas regiões mais hiposinal (setas). Em B
observa-se hidrocefalia com grau de severidade maior, comprimindo toda massa encefálica do
animal para os bordos.
Observa-se na imagem superior de ultrassom na qual tem-se os ventrículos lateral direito e
esquerdo aumentados por presença de líquido em seu interior. Na imagem inferior, pode-se
observar o 3º ventrículo bem menor que os outros dois que estão cheios de líquido.
3.2 - DISPLASIA DO OCCIPITAL
- Extensão dorsal do forame magno
- Comum em raças miniatura e toy
- Pode ser considerado uma variação normal em braquicefáicos
- Sintomas variáveis porém dependem da herniação
Altura e largura na fórmula são referentes às medidas do forame o qual se suspeita de displasia.
Observa-se na seta amarela o forame magno e em sua extensão dorsal (seta vermelha) nota-se a
alteração. A sintomatologia depende do grau de herniação, nesse caso é uma região de tronco
encefálico mas pode ocorrer herniação de cerebelo e isso pode gerar sintomatologia clínica.
Na imagem A tem-se o formame normal. Em B, o grau 1 de herniação com discreta elevação
dorsal. Em C, grau 2 onde a elevação dorsal fica mais alterada, e por fim em D, grau 3 onde
observa-se toda uma extensão dorsalmente ao forame.
3.3 - MALFORMAÇÃO DO OCCIPITAL E SIRINGOMIELIA
- Trata-se de uma malformação do occiptal que vai culminar em uma hidrocefalia e
siringomielia secundária.
- Malformação de Chiari ou “Chiari-like”
- Sinais neurológicos (prurido persistente da região do ombro sem causa
dermatológica)
- Diagnóstico é feito por ressonância magnética
3.4 - DISPLASIA DE ATM
- Ocorre um travamento com a boca aberta
- Mais frequente em cães Basset hound e Setter, mas também pode ocorrer em gato.
3.5 - MUCOPOLISSACARIDOSE
- Radiografia não traz muita contribuição diagnóstica e clínica para o paciente
- Doença do armazenamento lisossomal
- Mais comum em gatos da raça Siamês
- Alterações radiográficas:
> Displasia epifisária
> Osteoporose generalizada
> Alterações vertebrais
> Pectus excavatum
> Alterações cranianas
> Conchas nasais encurtadas
> Aplasia e hipoplasia de seios (frontal e esfenoidal)
> Dimensões reduzidas dos ossos incisivos e maxilares
4 - ALTERAÇÕES METABÓLICAS
4.1 - HIPERPARATIREOIDISMO
- Ocorre aumento da produção do paratormônio que vai levar a um aumento da
reabsoção óssea.
- O primário, geralmente está associado a neoplasias primárias de tireoide
- É mais grave em animais filhotes, porque estes estão constantemente em processo
de construção de matriz óssea podendo chegar a quadros crônicos de
hiperparatireoidismo onde ocorre osteodistrofia fibrosa, que faz substituição de
matriz óssea por tecido fibroso.
- O primeiro local onde ocorre reabsorção óssea, são os ossos do crânio. Logo,
animais com suspeita de hiperparatireoidismo, sugere-se radiografia do crânio.
Na imagem esquerda, tem-se um animal da espécie canina, onde pode-se ver de alteração a
dentição do mesmo com radiopacidade aumentada, comparada com os demais ossos do crânio.
A mandíbula (seta) com perda óssea apesentando radiopacidade quase semelhante a de tecidos
moles. Na direita, tem-se um tamanduá com hiperparatireoidismo nutricional, observa-se o
osso do crânio com radiopacidade reduzida, assmelhando-se à radiopacidade dos tecidos moles
adjacentes, além de pouca visualização das formações dentárias e da mandíbula causado pela
desbalanço de cálcio e fósforo provenientes do hiperparatireoidismo.
Tem-se na imagem um cão com hiperparatireoidismo secundário renal, onde se observa a
imagme de “dente flutuante” (seta) causada pela perda óssea, dando a impessão de que os
dentes que estão mais radiopacos que o normal, estão soltos da mandíbula que se apresenta
com radiopacidade reduzida.
5 - ALTERAÇÕES NEOPLÁSICAS
5.1 - TUMORES NASAIS
- Correspondem a 1% de todas as neoplasias
- Geralmente acomete animais idosos
- Neoplasia de caráter mais invasivo
- Pode ser uni ou bilateral
- Achados radiográficos:
> Perda de detalhamento das conchas nasais
- Tem como principal diagnóstico diferencial as rinites
** as alterações relatadas não se caracterizam como regra de diagnóstico para rinite ou
neoplasia, apenas apresentam maior valor preditivo positivo.
Observa-se duas imagens de animais com neoplasia nasal. Na imagem da esquerda, tem-se um
aumento generalizado da radiopacidade da cavidade nasal (seta azul). A cabeça de seta
evidencia a placa cribiforme do lado, aparentemente normal, está conservada, ao passo que no
lado direito (contralateral) da mesma estrutura, não é possível visualiza-la. Ou seja, é indicativo
que houve lesão de placa cribiforme direita, sugerindo neoplasia na cavidade nasal direita. Na
imagem da direita, observa-se aumento generalizado de radiopacidade da cavidade nasal
esquerda, com conservação da placa cribiforme em ambos os lados (cabeça de seta). Destaca-se
o seio frontal (setas) com radiopacidade aumentada, sugerindo comprometimento do seio nasal
ipsilateral mais indicativo de neoplasia.
Na esquerda, observa-se perda de detalhamento das conchas nasais, com regiões mais
radioluscentes, desaparecimento do septo nasal, alterações característícas de neoplasias. Na
direita observa-se aumento

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