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ENSINO DE FILOSOFIA CONTRIBUIÇÕES DA ÉTICA ARISTOTÉLICA


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4
UNIVERSIDADE SANTO AMARO
Curso de Licenciatura em Filosofia
Lucas Santos Cerqueira 
ENSINO DE FILOSOFIA: 
CONTRIBUIÇÕES DA ÉTICA ARISTOTÉLICA
São Paulo
2020
Lucas Santos Cerqueira
ENSINO DE FILOSOFIA: 
CONTRIBUIÇÕES DA ÉTICA ARISTOTÉLICA
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Licenciatura em Filosofia da Universidade Santo Amaro – UNISA, como requisito parcial para obtenção do título de Licenciado em Filosofia. 
Orientador(a) Profa. Dra. Bárbara Lucchesi Ramacciotti.
São Paulo
2020
Ficha catalográfica
ENSINO DE FILOSOFIA:
CONTRIBUIÇÕES DA ÉTICA ARISTOTÉLICA
Lucas Santos CERQUEIRA [footnoteRef:1]* [1: * Aluno do Curso de Licenciatura em Filosofia da Universidade Santo Amaro. Email: <lucascerqueira1298@gmail.com>. TCC sob a orientação da profa. Dra. Bárbara Lucchesi Ramacciotti, Universidade Santo Amaro- SP - bmramacciotti@prof.unisa.br. Data da entrega: 13/11/2020.] 
RESUMO: O presente trabalho tem por objetivo analisar a concepção de ética e de educação em Aristóteles e suas contribuições para o ensino de filosofia. Dentro dessa perspectiva surge a seguinte problemática: Como a concepção de ética e de educação em Aristóteles pode auxiliar a prática pedagógica do professor de filosofia? Para responder à questão delimitou-se o estudo nos seguintes tópicos. No primeiro examinar-se-á o conceito de ética e as teorias da virtude (areté) e da felicidade (eudaimonia) expostos na obra Ética a Nicômaco de Aristóteles. No segundo, investigar-se-á em que medida o ideal de paideia (educação) em Aristóteles envolve simultaneamente a formação intelectual (teórica) e ética e política (prática) do aluno (cidadão).Trata-se de uma pesquisa teórica, de revisão bibliográfica, que adota a obra Ética a Nicômaco como referencial teórico primário e artigos de especialistas nos temas: ética de Aristóteles, educação e ensino de filosofia. Para a seleção das fontes empregou-se o software Publish or Perish, na base de dados do Google Acadêmico, usando as palavras-chaves: ética de Aristóteles, educação, paidéia e ensino de filosofia. 
PALAVRAS-CHAVE: Ética de Aristóteles; Educação; Ensino de filosofia; Paidéia.
INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem por objetivo analisar a concepção de ética e de educação em Aristóteles e suas contribuições para o ensino de filosofia. Dentro dessa perspectiva surge a seguinte problemática: Como a concepção de ética e de educação em Aristóteles pode auxiliar a prática pedagógica do professor de filosofia? A partir da leitura de alguns escritos de Aristóteles, em especial, a obra Ética a Nicômaco e da observação da práxis pedagógica do professor de filosofia, foi possível perceber que a mesma pode ser auxiliada pelo conceito de ética cunhado por Aristóteles, sendo ele o primeiro filósofo a utilizar a palavra “ética” para definir a ciência que estuda o ethos, isto é, o comportamento humano. 
A obra Ética a Nicômaco foi escrita pelo filósofo Aristóteles, discípulo do filósofo Platão desde 367 a.C. Aristóteles nasceu em 384 a. C. em Estagira. Sua existência foi dedicada ao estudo, pesquisa e ensino. Fundou um Liceu, sua escola filosófica. Veio a falecer em Cálcis, no ano de 322 a. C. Esta obra é uma coletânea dividida em dez livros (capítulos), que foi composta a partir de anotações feitas por seus alunos no Liceu. A obra versa sobre inúmeros assuntos, dentre eles: a virtude, o papel do hábito e da prudência e sintetiza a ética como ciência do ethos (comportamento e caráter), como ciência da ação (práxis).
A pesquisa tem por objetivo responder a seguinte pergunta: Como a concepção de ética e de educação em Aristóteles pode auxiliar a prática pedagógica do professor de filosofia? Para responder à questão delimitou-se o estudo em três tópicos.
No primeiro examinar-se-á o conceito de ética e as teorias da virtude (areté) e da felicidade (eudaimonia) expostos na obra Ética a Nicômaco de Aristóteles. É notório observar que, segundo Aristóteles, toda a atividade realizada pelo homem, tem uma finalidade, um fim (telos) em vista de um bem. Essa é a dimensão teleológica da ética aristotélica, pois todas as ações devem tendem a um fim, e o fim supremo ou o Sumo Bem é a busca da felicidade. 
O Sumo Bem não é como para Platão, o conhecimento da ideia verdadeira do Bem, mas a ação boa, virtuosa, ou seja, a ação que tem por finalidade praticar o bem. Para Aristóteles, a prática ou práxis (ação) boa ou do bem é aquela que está de acordo com o princípio racional. 
A felicidade é considerada como o Sumo Bem, por ser a felicidade causa de si mesma, enquanto as outras ações são realizadas tendo por causa a busca da felicidade. Isso significa que a felicidade é um fim desejado por si mesmo, sendo causa de si mesma, pois não é causada nem desejada por algum outro motivo. Por ser a felicidade um fim desejado por si mesmo, logo a felicidade é o próprio bem maior. 
Nesse contexto, faz-se necessário compreender o que seja a virtude para Aristóteles. A virtude (areté), enquanto potência da alma, nunca se alcançará na falta ou no excesso. São classificadas em dois tipos: intelectuais e as morais. Por exemplo no caso do conhecimento, a falta seria a ignorância e o excesso a erudição vazia, enquanto a sabedoria seria a mesotese, ou seja, a justa medida (meio termo). 
No segundo tópico, investigar-se-á em que medida o ideal de paideia (educação) em Aristóteles envolve simultaneamente a formação ética e política do aluno (cidadão). A educação deve ensinar as pessoas, desde a infância, a apreciar e cultivar a prática das virtudes. Desta forma, a ética de Aristóteles colabora com seu ideal de paideia no sentido amplo de educação visando não apenas o cultivo das virtudes intelectuais, mas também o desenvolvimento das virtudes morais por meio da prática do cultivo e domínio de si mesmo, do autocontrole, ou seja, cultivar as potências para que possa haver uma escolha livre buscando a moderação.
No terceiro tópico, compreender-se-á o ensino de Filosofia na educação básica no Estado brasileiro como uma disciplina para a formação crítica, reflexiva e consciente de novos cidadãos. Na sociedade hodierna o ensino de filosofia é de fundamental importância, e o ideal de paideia e o conceito de ética cunhados por Aristóteles colaboram ativamente para a formação consciente e crítica dos estudantes para a vivência na sociedade, pois liberta o homem de um marasmo crítico e o ascende a uma posição crítico-consciente, tornando-o membro ativo da sociedade a qual vive. 
1. ÉTICA, VIRTUDE E FELICIDADE NA ÉTICA A NICÔMACO 
Conforme observa Hinrichsen (2010), para Aristóteles toda atividade realizada pelo homem, tem em vista um bem, que se chamará dimensão teleológica, em grego telos é finalidade e logía é estudo, logo o estudo dos fins, do propósito, objetivo ou finalidade. 
O mesmo autor (2010) destaca que, em Aristóteles o homem (anthropos) é um “animal racional e político” (Zôon Logikón Politikón), por isso afirma que o fim ou finalidade central é a busca do bem, ou antes, do Sumo Bem, dessa maneira, há uma relação entre a finalidade da vida humana como busca do bem e a busca do conhecimento. Por isso Aristóteles, Segundo Stefani e Sangalo (2012), lança uma “sentença antropológica: Todos os seres humanos desejam, por natureza, conhecer”. Desta forma, para estes comentadores, na obra Ética a Nicomâco: 
Aristóteles caracteriza duas disposições da alma nas quais há um princípio racional: a calculativa, cuja contemplação se embasa em coisas de causas variáveis, e a científica, a contemplação de coisas cujas causas são invariáveis. A calculativa, ou deliberativa, compreende a arte (techne) e a sabedoria prática (phrónesis), também chamada de discernimento ou prudência. A primeira visa à produção de algo, e a segunda tem a ação por finalidade. A científica compreende a ciência (epistheme) e a sabedoria filosófica (sophia). (SANGALLI; STEFANI, 2012, p. 52).
Além disso, uma outra forma canônica, segundo Stefani e Sangalo (2012, p. 53), de compreender as esferas do conhecimento, é atripartição: “teórico (busca a verdade); prático (realizações); e produtivo ou poiético (faz ou produz algo).” Nesse viés, compreende-se que aquilo pelo qual o homem se propõe a alcançar mais facilmente conseguirá, pois este mesmo anthropos nasce potencialmente humano e na cidade (polis), pela convivência com os demais animais racionais, não vive isolado, mas atualiza sua humanidade e suas capacidades, sendo ele dotado de capacidades racionais . Através da razão (logos), pode ele conhecer a si mesmo e a realidade que lhe circunda. Surge aqui, uma grande problemática: como ocorrerá essa convivência na cidade? 
Ninguém duvidará de que o seu estudo pertença à arte mais prestigiosa e que mais verdadeiramente se pode chamar a arte mestra. Ora, a política mostra ser dessa natureza, pois é ela que determina quais as ciências que devem ser estudadas num Estado, quais são as que cada cidadão deve aprender e até que ponto (ARISTÓTELES, 1991, p. 9).
E o telos, ou a finalidade, dessa arte mestra que é a política não é voltado para um indivíduo, mas para o bem comum, mesmo que o fim de um cidadão seja o mesmo para a polis (cidade-Estado), o do Estado será bem mais digno e mais completo e deve ser seguido por todos. Para Hinchesen (2010), é na polis que o ser humano encontra o lugar privilegiado para realização da sua existência e o fim só será belo e divino se for alcançado pelo todos, ou pela maioria, sendo que só “realiza sua essência e é feliz quando participa da vida política” (HINRICHSEN, 2010, p. 19).
	Para alcançar essa finalidade, preconiza Hinrichsen (2010), é necessário que o anthropos encontre a medida para a vida, que segundo este autor, se dá através “da deliberação realizada pela razão prática, respondendo – em cada situação – qual é a medida da excelência ou virtude” (HINRICHSEN, 2010, p. 19). Neste sentido, faz-se necessário compreender o que seja a virtude para Aristóteles, já que a verdadeira felicidade nada mais é do que a prática da virtude ou a busca da excelência moral.
 O que é a prática da virtude? A virtude em Aristóteles nunca se alcançará na falta ou no excesso, mas na mesótese (meio termo), ou seja, na justa medida. Mas como alcançar? Segundo Jayme Paviani (2012, p. 112): “O que caracteriza o meio-termo é a razão correta, orthos logos, própria do homem prudente, daquele que tem o verdadeiro discernimento.” É para isso que a vida moral direciona o individuo para a partir do agir ético alcançar o equilibro. 
Aristóteles compreende a virtude em dois tipos: as intelectuais e as morais. A primeira se desenvolve por meio da educação, pode ser ensinada e aprendida, a outra surge da prática ou do hábito, tais como: generosidade e a temperança ou moderação. Por isso, sendo educado desde a infância para a prática da ação virtuosa, da ação moderada guiada pela razão, todos podem alcançar a felicidade. Portanto, a prática da virtude é o caminho para atingir a finalidade da vida, a felicidade. Uma ação só será moral se a pessoa agir de forma moderada, consciente e responsável, ou seja, se a vontade for guiada pela razão, pelas virtudes racionais.
Como vimos, há duas espécies de virtude, a intelectual e a moral. A primeira deve, em grande parte, seu cultivo e crescimento ao ensino, e por isso requer prática e tempo; ao passo que a virtude moral é adquirida em resultado do hábito, de onde o seu nome se derivou. (ARISTÓTELES, 2007, p. 40 – 1103a apud DIAS, 2019. p. 11).
Salienta Aristóteles que a virtude está ligada a uma disposição de caráter que se relaciona com uma escolha mediania, determinada por um princípio racional, ou seja, alcançar o meio termo. Quando se refere ao meio-termo será a posição que este animal político e racional estará entre os dois vícios ou extremos, um que envolve o excesso e o outro a deficiência, isso porque o meio-termo visa à mediania nas paixões e nos atos. Compreende-se que a virtudes é a mais exata e a melhor arte, ela não é dada ao homem, mas é uma disposição de caráter relacionada com a escolha que brota de um princípio racional próprio do homem dotado de sabedoria prática e assim “[...] a virtude encontra e escolhe o meio-termo” (ARISTÓTELES, 1991, p. 33). Da seguinte forma:
O anthropos precisa de medida para a vida, e busca na deliberação racional, essa justa medida. Diante das paixões, a justa medida não se encontra no excesso ou na falta. O justo meio resulta da deliberação realizada pela razão prática, respondendo – em cada situação – qual é a medida da excelência ou virtude. O sentimento do medo, por exemplo, despertado na situação de perigos, encontra coragem, situada entre a covardia [excesso] e a temeridade [carência], sua justa medida. (HINRICHSEN, 2010, p.19). 
Por conseguinte, o homem um animal político e racional, ser-de-linguagem, dotado de sabedoria prática e capacidade racional e, assim, a partir do agir político e ético, estará vivendo a justa-medida e alcançará a eudaimônia (felicidade). Para Aristóteles a dimensão práxica da vida (o agir ético) deve orientar o exercício ou a ação prática na direção da vida contemplativa, ou seja, visando à dimensão filosófica. Para que assim ocorra o equilíbrio entre a vida reflexiva-teórica e a vida prática. 
Concordamos com a tese de Hinrichsen (2010) que relaciona a ação ética como ação racional e consciente como via para a conquista da liberdade e da consciência política, ou seja, da dimensão política de toda ação em sociedade. Segundo o autor, o ser libertado, agora, homem livre, está pronto para agir e questionar as decisões dos superiores que se encontram no poder. Fazendo, assim, a sua voz ser ouvida e incomodar àqueles que querem passar despercebidos, por isso suprimiram o ensino filosófico. 
A essência do homem explicita-se nesse círculo política e Filosofia. O ser humano sua essência e é feliz quando participa da vida política; distanciando-se da polis para fazer metafísica e, novamente, retornando à vida da polis para fazer política. [...] Estamos diante do círculo teórico-prático de Aristóteles. (HINRICHSEN, 2010, p. 19). 
Uma das tarefas do ensino de filosofia é desmistificar a ideia de ação neutra, pois toda ação moral ou ato político é motivada por um determinado valor e produz consequências. Portanto, não existe ação ou posição neutra, nenhum conhecimento também é neutro, muito menos a Filosofia. 
Diante do que fora exposto é perceptível que a ética aristotélica está relacionada diretamente a dimensão política em sentido mais profundo e não no uso vulgarizado pelo senso comum atual, pois ambas indicam dimensões da ação humana. Por meio da ação moral e política que a vida humana se constitui tanto individualmente quanto socialmente, em todas as esferas desde a família, passando pela escola, pelo trabalho, pelo lazer, todas essas esferas envolvem escolhas, valores e ações morais e políticas.
2. IDEAL DE PAIDEIA (EDUCAÇÃO) EM ARISTÓTELES: FORMAÇÃO ÉTICA E POLÍTICA DO ALUNO (CIDADÃO)
Segundo Ramacciotti (2019, p.5): “O termo paidéia remete, portanto, ao ideal pedagógico de educação ou de formação dos jovens como cidadãos na Grécia Clássica”, ou seja, o ideal de padéia tende a formar o jovem para a cidadania, para ser um cidadão livre. Ser cidadão significa, para Aristóteles, ser portador de direitos e, principalmente “exercer o poder de escolha da vontade racional para determinar o meio termo e agir com virtude, principalmente com inteligência e moderação.” (RAMACCIOTTI, 2019. p. 8). Desta forma, a educação (padéia), em Aristóteles, é elemento basilar para o desenvolvimento das virtudes. Mas como isso vai acontecer? Para Aristóteles, preconiza Thiago Dias, a paidéia deve “ensinar as pessoas, desde a infância, a gostar das coisas certas, deve ensinar o cultivo e a prática das virtudes” (DIAS, 2019. p. 11)
O filósofo afirma ainda sobre a importância da educação (paidéia) prática e teórica para o desenvolvimento das virtudes ou das capacidades racionais, sobretudo para o fortalecimento da vontade enquanto capacidade de escolha entre diferentes possibilidades. (RAMACCIOTTI, 2019. p. 9).O ensino de filosofia pautado no ideal de paidéia, que reúne as dimensões prática (ética e política) e teórica da formação, pode ensinar aos jovens a importância de viver na polis (em sociedade) praticando ações boas e justas. Nota-se que ao falar em ações boas, a melhor, a mais nobre é a virtuosa, a que leva à verdadeira felicidade, pois ela é o bem supremo. A virtude, como afirma Aristóteles, é adquirida não só pela aprendizagem, mas principalmente através do hábito, da prática cotidiana[footnoteRef:2]. Assim, o ensino filosófico auxiliado pelos pressupostos do ideal de paidéia e da ética aristotélica da virtude ajudará aos estudantes, na busca da felicidade duradora e não a efêmera que a sociedade deseja oferecer, bem como formará cidadãos conscientes e responsáveis de suas escolhas e ações. [2: Cf. ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. 4. ed. São Paulo: Nova Cultural, 1991.] 
Faz-se necessário compreender que Aristóteles “foi o primeiro filósofo a empregar a palavra ‘ética’ para definir a ciência que estuda o ethos, ou seja, o comportamento humano” (RAMACCIOTTI, 2019. p. 4). Nesse contexto, essa atitude questionadora de Aristóteles fez com que ele buscasse o sentido do termo através de uma reflexão racional, distanciando-se do senso comum para relacionar educação e moral. 
Os filósofos quando pensam sobre a relação entre educação e moral, estão refletindo sobre o conceito de educação em um sentido amplo, ou seja, no sentido da formação do cidadão para a vida em sociedade, pois toda ação humana produz uma consequência pessoal, moral e política. Se a nossa ação for boa ou má, irá produzir consequências para nós mesmos (caráter pessoal), para os outros (caráter moral) e para a sociedade (caráter político). (RAMACCIOTTI, 2019. p. 4-5).
Para Aristóteles, segundo Thiago Dias, a prática da virtude é o caminho para atingir a finalidade da vida, a felicidade. Uma ação só será moral se a pessoa agir de forma moderada, consciente e responsável, ou seja, se a vontade for guiada pela razão, pelas virtudes racionais. Sendo assim, a educação deve ensinar as pessoas, desde a infância, a apreciar e cultivar a prática das virtudes. 
Desta forma, o ideal de paidéia de Aristóteles concebe a educação no sentido amplo, visando não apenas o cultivo das virtudes intelectuais, mas também o desenvolvimento das virtudes morais por meio da prática do cultivo e domínio de si mesmo, do autocontrole. O domínio de si significa cultivar as próprias potências (virtudes) racionais para que o indivíduo possa escolher de modo livre e responsável, buscando sempre a moderação. Assim, o ideal de educação ou formação do cidadão implica sempre em refletir sobre temas da moral, tais como a autonomia e a liberdade.
3. ENSINO DE FILOSOFIA: FORMAÇÃO CRÍTICA, REFLEXIVA E CONSCIENTE 
Não tem como falar do ensino de Filosofia no Brasil sem fazer uma breve retrospectiva da sua trajetória durante os séculos, desde que foi introduzida ao Brasil até os tempos atuais. É preciso refletir sobre o processo de implantação, dificuldades, importância, estratégias e mudanças que a Filosofia sofreu durante a nossa História e como ela é vista hoje. Sabe-se que para Carlos Ângelo de Meneses Sousa e Maria Juraci Maia Cavalcante:
A educação vista sob o prisma da civilidade era uma educação com um sentido moral, escolar e cultural. Os métodos de ensino deveriam ser, naturalmente, mais amplos do que aqueles simplesmente escolares. Sob a influência de Erasmo, a educação era tida como o elemento que “poderia superar a natureza, pois ela pode preparar uma pessoa para a vida familiar e social”. Tornar-se homem seria a tarefa do indivíduo educado, e segundo Erasmo, sem a educação, a instrução e sem a filosofia, o homem é inferior aos animais, recusando a própria racionalidade, valor supremo da condição humana. (SOUSA; CAVALCANTE, 2016 p. 25)
Segundo Sousa e Cavalcante (2016), o ensino de Filosofia no nosso país, desde os seus primórdios, tem sido conflituoso e negligenciado. A Filosofia foi inserida no nosso país em meados do século XVI pela Companhia de Jesus (jesuítas), tendo como método de ensino o decorativo, ou seja, apenas decorar exatamente tudo aquilo que falavam os filósofos europeus e reproduzir o seu conteúdo. Estava, intimamente, ligada a fé católica e procurava converter os nativos da terra recém-descoberta, ou seja, os índios. O ensino era baseado nos moldes da escolástica tomista. Era mais uma diversão, um hobby, do que um estímulo ao pensar crítico. Outro ponto que também caracteriza a filosofia da época, era que a mesma estava ligada, intrinsecamente, a burguesia. Todo o ensino estava voltado para a elite e visava atender a suas necessidades e os seus luxos.
Com a chegada do Marquês de Pombal, segundo Carlos Ângelo de Meneses Sousa e Maria Juraci Maia Cavalcante (2016), o quadro de ensino foi mudado, pois com ele veio os ideais iluministas vigentes na época. Então, os jesuítas foram expulsos e para assumir o ensino, foram trazidos para o Brasil os frades franciscanos. Com o advento desses ideais iluministas, o cientificismo começou a ganhar espaço também no Brasil e isso acarretou várias mudanças estruturais na colônia. 
Com isso, iniciou-se um conjunto de reformas no campo educacional, no que diz respeito ao campo da Filosofia e esta passou a ter status de ciências naturais, ou seja, ser concebida de forma pragmática e utilitária. Com essa ruptura que o Marquês de Pombal fez com o ensino dos inacianos, também foi fragmentado as normas estabelecidas pela Ratio Studiorum e o ensino passou a basear-se no enciclopedismo iluminista. Nas províncias, para Sílvio Gallo e Walter Omar Kohan (2000), o ensino de Filosofia era considerado obrigatório nos currículos de nível secundário, mas pouca referência se tem com relação aos conteúdos ensinados.
	No século XIX, a Filosofia passou por inúmeras transformações, em relação a sua desestruturação, falta de clareza, indefinição e falta de orientação didática, assim, ela foi se distanciando da grade curricular. Em 1889, com a instauração da República, a Filosofia foi cada vez mais perdendo espaço entre as outras matérias, com a implementação dos princípios de liberdade e laicidade no ensino, a Filosofia passa a ser facultativa. 
A partir de 1925, a Filosofia volta às escolas como matéria obrigatória, mas por pouco tempo. Isso porque no ano de 1961, com a 1ª LDB, a Filosofia é suprimida novamente dos currículos, sendo proibido seu ensino durante os 21 anos de ditadura militar. Com a redemocratização e mesmo após a Constituição de 1988, o ensino de Filosofia ainda demorará algumas décadas para voltar à escola pública. Em 1996 a nova Leis de Diretrizes de Bases da Educação Nacional (LDB) 9394/96 destaca no parágrafo I, inciso III que o “domínio dos conhecimentos de Filosofia e de Sociologia [são] necessários ao exercício da cidadania” (LDB 1996. p. 15). Entretanto, o ensino de Filosofia era previsto como conteúdo transversal abordado por outras disciplinas, assim a Filosofia não se torna matéria obrigatória nos currículos das escolas.
Dessa forma, continuou nos anos seguintes a luta pela obrigatoriedade do ensino de Filosofia na grade curricular brasileira. Muitas foram as reformas, leis e propostas para esta inserção da disciplina. Só com a Resolução SE nº 76/2008, a disciplina foi incluída nos parâmetros curriculares como obrigatória, como consta a seguir:
Considerando a aprovação pelo Congresso Nacional e a sanção presidencial da Lei n° 11.684, de 2 de junho de 2008, incluindo Sociologia e Filosofia como disciplinas obrigatórias no currículo do ensino médio [...] O inciso IV, introduzido, estabelece a diretriz de que serão incluídas a Filosofia e a Sociologia como disciplinas obrigatórias em todas as séries do ensino médio. (CNE 2008. p. 1-2.).
	Desde então, a Filosofia assumiu o seu lugar de direito na educação brasileira, depois de 47 anos fora dos currículos escolares. Mas como consta na sua história, através dos séculos, muitas escolas não deram importância a esta incumbência assegurada por lei e colocarama Filosofia como matéria facultativa ou as aulas foram ministradas por um docente que não tinha formação na área. Chegando, agora, no ano de 2017, a Filosofia passa por mais uma reviravolta. Com a Medida Provisória para a Reforma do Novo Ensino Médio, a Filosofia perde mais uma vez o estatuto de disciplina obrigatória, seu conteúdo é definido como “estudos e práticas” filosóficas, sem definir o que isso significa. Apenas as disciplinas português e matemática permanecem como obrigatórias na Base Nacional Curricular Comum do Ensino Médio (BNCC-EM) implementada em 2018 pelo MEC. 
	A Filosofia é de suma importância para o desenvolvimento consciente de uma nação, pois ela liberta o homem de um marasmo crítico e o ascende a uma posição crítico-consciente, tornando-o membro ativo da sociedade a qual vive. O ser libertado, agora, homem livre, está pronto para agir e questionar as decisões dos superiores que se encontram no poder. Fazendo, assim, a sua voz ser ouvida e incomodar àqueles que querem passar despercebidos, por isso suprimiram a Filosofia. Eles não querem uma nação consciente, crítica, perspicaz, que desnude às suas más ações e as denuncie. Portanto, é tarefa do professor de Filosofia contribuir para a quebra desse processo de “burrificação” do povo brasileiro, usando a melhor arma que ele tem o ensino.
Atualmente, o Ministério da Educação (MEC) entregou ao Conselho Nacional de Educação (CNE) a 3º versão da Base Nacional Comum Curricular para o Ensino Médio. A BNCC coroa a reforma do ensino médio, lei sancionada ano passado e que tende a promover mudanças estruturais na educação brasileira. O argumento central dos gestores do MEC reside no baixo nível obtido pelos estudantes brasileiros nas avaliações, especialmente a realizada pela OCDE, o PISA. 
Sem querer entrar no mérito da legitimidade dessa avaliação, a literatura especializada aponta que o processo educativo não pode ter como núcleo a avaliação, pelo contrário, entendendo a educação como processo de aprendizagem, a avaliação é a última etapa, servindo como uma espécie de retroalimentadora deste processo. É um equívoco conceitual apontar a avaliação como premissa de todas as etapas da educação.
Dito isto, observa-se que a BNCC reafirmou elementos contidos na reforma do ensino médio. O primeiro deles diz respeito à retirada da Filosofia como disciplina e como disciplina obrigatória. Agora ela aparece diluída na área Ciências Humanas e Sociais Aplicadas, a exemplo do que ocorrerá com os componentes curriculares de Geografia, História e Sociologia.
Em outros termos, isto significa um retrocesso substancial. Menos de 10 anos depois do seu retorno obrigatório ao ensino médio, o ensino da Filosofia volta a exercer um papel coadjuvante no currículo, visto que ela retorna ao patamar estabelecido pela LDB aprovada em 1996, que afirmava que os estudantes precisavam ter domínio dos conhecimentos de Filosofia e de Sociologia necessários ao exercício da cidadania. 
Nesse processo é de suma importância o papel do professor de Filosofia que deve contribuir para a formação crítica dos alunos, para que se tornem cidadãos responsáveis e conscientes de suas ações tanto em termos morais como políticos. Na concepção de ensino de Paulo Freire, o professor deve ser o reflexo daquilo que é a sua vida. Incorporar a sua fala à sua vida. Não permitir se distanciar dessa realidade e se adequar ao sistema, pois, muitas vezes, esse está corrompido. Deve, então, ao assumir uma determinada postura ser fiel a ela. Isso se constitui ética ou agir ético, na perspectiva de Paulo Freire (2011).
Nesse contexto, induz que o professor deve ser uma ponte no conhecimento para que os discentes compreendam que toda ação produz consequências que podem ser identificadas e julgadas como ações boas ou más, morais ou imorais, justas ou injustas, perspectiva do ideal grego de paidéia, ou seja, da educação como formação do cidadão como ser moral e político pode contribuir para a construção do conhecimento. 
Esse conhecimento deve ser de forma efetiva, prática e que gere a liberdade, pois segundo Paulo Freire (2011), a opção libertadora não se realiza através de uma prática que manipula. Dessa forma, o professor deve utilizar a filosofia, conforme preconiza o filosofo Kant, isto é, de uma índole prática, relacionando o conceito com realidade dos alunos como um meio de criatividade para potencializar a criticidade e levá-los a se colocar a serviço da sua realidade, rompendo a dicotomia, preconceitos e respeitando a diversidade e não se tornar marionetes através do diálogo. Como nos diz Carminatti: 
	
O desafio é evitar que a Filosofia acabe sendo somente uma teoria ou um discurso sobre qualquer coisa, mediante o qual não se toma contato com a vida nem com os problemas concretos das pessoas. É preciso transformá-la numa experiência significativa, através de metodologias e conteúdos que conduzam à reflexão e, ao final de seu exercício, com o objetivo de ajudar a esclarecer um pouco mais sobre os distintos e contraditórios aspectos do conhecimento e da sociedade. (CARMINATI, 2012. p. 37)
Nesse viés, salienta Marilena Chauí (2010, p. 17), que a filosofia é “o mais útil de todos os saberes de que os seres humanos são capazes”. Sem ele, os demais saberes serão todos manipulados, pois se não há Filosofia, não há reflexão, não há busca da verdade e, viver-se-á em um absurdo[footnoteRef:3] e da alienação, pois a alienação dos indivíduos é um dos pontos chaves para a permanência de um sistema educacional defasado que não atende as mínimas necessidades do aluno. [3: “Nesse sentido, a palavra significa ‘irracional’, isto é, contrário ou estranho àquilo que se pode crer racionalmente, ou ‘inconveniente’, ‘fora de lugar’, etc.”. (ABBAGNANO. 2000. p. 07).] 
A filosofia é essencial para a educação dos indivíduos que compõem a sociedade. Por meio da arte de filosofar, que é o mecanismo necessário, irá potencializar a criticidade, para que, de forma racional, encontrem-se caminhos para investigar a origem, consequências das coisas e como solucioná-las. O ensino de Filosofia não está ultrapassado e nem deve ser reduzida à sua história e as teses dos filósofos. Pelo contrário, ela é sempre atual e busca despertar o pensamento crítico dos cidadãos, diante das verdades absolutas, do questionar aquilo que é proposto e não se deixar levar por ideologias, tornando-se “massa de manobra” daqueles que oferecem tudo para saciar o ego e tirar a capacidade de pensar.
Deste modo, a reflexão é necessária para uma sociedade, por isso é um grave erro separar das discussões pedagógicas e das atividades educativas a filosofia que prima, por buscar a inserção do homem na sociedade e fazer com que este venha a questionar o porquê das coisas preestabelecidas ao seu redor. 
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A Filosofia é de suma importância para o desenvolvimento consciente de uma nação, pois ela liberta o homem de um marasmo crítico e o ascende a uma posição crítico-consciente, tornando-o membro ativo da sociedade a qual vive. O indivíduo liberto da ignorância e da reprodução do senso comum, torna-se homem livre, está pronto para agir e questionar as decisões dos detentores do poder. Fazendo, assim, a sua voz ser ouvida e incomodar àqueles que querem passar despercebidos, por isso suprimem o ensino de Filosofia das escolas. Eles não querem uma nação consciente, crítica, perspicaz, que desnude às suas más ações e as denuncie.
Portanto, é tarefa do professor de Filosofia reside em contribuir para a quebra desse processo de manipulação do povo brasileiro, usando a melhor arma que ele tem, o ensino. Por isso, a educação transformadora é um meio eficaz para solidificação do conhecimento nos seres e fazer com que estes despertem um senso crítico para transformados pela educação, possa transformar o meio em que vivem.
O ideal de paidéia e agir ético defendido pelo filósofo Aristóteles consiste num equilíbrio que deve ocorrer entre o excesso e a falta, ou seja, o homem é verdadeiramente ético quando as suas ações estão pautadas no justomeio ou meio termo. Nesse sentido, é a educação (paidéia) que irá corroborar de forma efetiva para a vivência ética e política na polís, pois é a educação que liberta o ser humano e que o concede uma autonomia no pensar e no agir de forma virtuosa. Por isso, que Aristóteles afirma que a prática da virtude é o caminho para atingir a finalidade da vida, a felicidade. 
REFERÊNCIAS 
ABBAGNANO, Nicolas. Dicionário de Filosofia. 4. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2000.
ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. 4. ed. São Paulo: Nova Cultural, 1991.
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei n. 9.394. Brasília: MEC, 1996.
 ________Conselho Nacional de Educação. Brasília: MEC/SEMTEC, 2008.
CARMINATI, Celso João. Formação e ensino de filosofia. In: MATOS, Junot Cornélio. Revista Perspectiva Filosófica: Revista dos Programas de Pós Graduação em Filosofia da UFPE e UFPB. Volume II, Nº 38. Recife/PE: Universidade Federal de Pernambuco, 2012. 
CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. 14. ed. São Paulo: Ática, 2010
DIAS, Thiago. APOSTILA de Filosofia Moral do Curso de Filosofia. São Paulo: Universidade de Santo Amaro, 2019. 
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SANGALI, Idalgo; STEFANI, Jaqueline. Noções introdutórias sobre a ética das virtudes aristotélica. Disponível em: < http://ucs.br/etc/revistas/index.php/conjectura/article/view/1796/1127> Acesso em: 30 de setembro de 2020. 
SOUZA, Carlos; CAVALCANTE, Maria. Os jesuítas no Brasil: entre a Colônia e a República. Brasília: Liber Livro, 2016.

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