Imagens - propedêutica renal 1. Ultrassonografia - Permite a avaliação morfológica do rim, vias urinárias e bexiga. - Ultrassonografia na pediatria: ● Rim neonatal normal. Eixo longitudinal do rim esquerdo em um neonato normal. ● O parênquima do córtex tem a mesma ou maior ecogenicidade que o fígado.O seio renal é pouco ecogênico. As medulas são de forma triangular e organizadas regularmente em torno do sistema de coleta central. A cápsula não é visível. A lobulação fetal é evidente. ● A hidronefrose é uma patologia comum que geralmente têm um prognóstico bom durante o decorrer da vida. ● Sistema ultrassonográfico de graduação de dilatação do trato urinário neonatal e pediátrica. Grau 0 – Nenhuma ou mínima visualização do sistema coletor; considerado normal. Grau 1 - Pelve renal apenas visualizada com diâmetro antero posterior <5-7 mm; geralmente considerada normal. Grau 2- Diâmetro antero posterior entre 7-10 mm. Alguns, mas não todos os cálices, são identificados com fórnix de aspecto preservado. Grau 3 - Diâmetro antero posterior da pelve >10 mm com todos os cálices são vistos com retificação dos mesmos mas sem afilamento cortical. Grau 4 - Semelhante ao grau 3, associado à compressão das pirâmides renais e afilamento do córtex renal. Grau 5 – Utilizado em alguns serviços, representando uma dilatação acentuada com apenas um parênquima residual muito afilado. Idade Normalidade Ao nascer A capacidade esperada da bexiga é de cerca de 30 mL. Lactentes Pode ser estimado pela fórmula 7 × peso (kg). 2-12 anos A fórmula corresponde a [30 + (idade em anos × 30)] em mL e utilizada como padrão para comparações. Após 12 anos A capacidade vesical é de pelo menos 390 mL. Adultos 350 - 450ml Os volumes são considerados anormais quando são inferiores a 65% ou superiores a 150% do valor esperado. Após micção espontânea o esvaziamento vesical deve ser de pelo menos 90% do volume inicial. Mega ureter 1. Obstrutivo: estreitamento do meato ureteral, defeito congênito onde as fibras ficam mais elásticas e não permite a passagem livre da urina. 2. Refluxivo: Boca do meato é larga e não permite que a boca da urina (a urina volta para o rim) 3. Nenhum dos dois: só é grande! - Ultrassonografia da próstata ● Via abdominal: Espessura do detrusor (até 3, 5mm) volume e o índice de profusão protstatica (IPP); resíduo pós- miccional. ● Transretal: indicado para biopsias. 2. Radiografia Embora sem indicação como método inicial de investigação, a radiografia convencional eventualmente terá utilidade complementar ao permitir detecção de cálculos radiopacos e anomalias da coluna vertebral, calcificações de tecidos moles associadas a doenças renais, bem como anomalias associadas em síndromes. No passado e ainda hoje pode suscitar suspeitas sobre aumento de vísceras a partir da distribuição de gases na cavidade abdominal. - Radiografia simples toraco abdominal ● RN com hipoplasia pulmonar em investigação de massa abdominal correspondente a aumento bilateral do volume dos rins por doença renal policística autossômica. 3. Urografia excretora - Permite a avaliação de aspectos anatômicos e funcionais dos rins e vias urinárias. - São utilizadas substâncias radiopacas excretadas pelo rim. - Feita por infusão de contraste iodado pela veia. 4. Uretrocistografia miccional (UCM) Método ouro para pesquisa de refluxo vesico-ureteral que, embora possa ser diagnosticado por outras técnicas tem neste exame maior sensibilidade aliada a melhor definição anatômica. - Tem grande utilidade ainda no estudo da bexiga e uretra, especialmente na avaliação da uretra posterior masculina, em pré e pós-operatório, pesquisa de estenose ou fístulas uretrais ou vesicais. - Desvantagens do método são a necessidade de introdução de cateter uretral e a possibilidade de infecção após o estudo. - A indicação do exame no contexto da investigação de infecção urinária depende da idade da criança, variando em alguns Guidelines. Geralmente meninas com 2 infecções urinárias = e em meninos 1 infecção urinária a 5. Tomografia computadorizada TC tem indicação em qualquer investigação que requeira boa definição anatômica com a vantagem de permitir reconstruções volumétricas e multiplanares mas com a desvantagem de promover exposição a altas doses de radiação. - Importante em casos de pielonefrite, podendo identificar abscessos. Nesse caso com contraste. - Fundamental em casos de litíase, nesse caso sem contraste. Unidades Hounsfield. Cisto renal: Classificação de Bosniak 6. Ressonância magnética e avaliação funcional renal Indicações comuns para a UroRM incluem: - Avaliação de variações anatômicas complexas renais e do trato urinário. - Suspeita de obstrução do trato urinário. - Planejamento operatório. - Avaliação pós-operatória. Quando exames de imagem convencionais como ultrassonografia (US) e uretrocistografia miccional (UCM) não fornecem informações suficientes para diagnóstico. Por exemplo, as estruturas anatômicas do trato urinário superior podem ser difíceis de definir pela ultrassonografia na ausência de dilatação ou, ao contrário, quando há uma ureterohidronefrose acentuada. Exemplos de anomalias complexas do trato urinário para as quais a ressonância magnética pode ser benéfica incluem: sistemas coletores duplicados e suspeita de inserção ureteral ectópica. - Em meninas com queixa de perda urinária diurna e noturna contínua a RM deve ser considerada para descartar a presença de um ureter ectópico. - A RM também pode ser usada para caracterizar com exatidão os locais de estreitamento e obstrução do trato urinário. A localização do estreitamento, por exemplo, junção ureteropélvica (JUP) versus no terço médio ureteral, grau de estreitamento e potencial causa extrínseca, como as compressões vasculares, podem ser avaliadas. O estudo anatômico por uroRM tem enfoque nas sequências que realçam a imagem da urina (ou água) no trato urinário, utilizando principalmente as sequências ponderadas em T2, normalmente com técnicas de aquisição ultra rápida (SSFSE). Esta abordagem já nos permite excelente avaliação dos segmentos do sistema coletor dilatado e / ou obstruído, mesmo sem necessidade de injeção de contraste. As sequências FSE bidimensionais e 3D ponderadas em T2 fornecem avaliação de alta resolução espacial dos rins e dos ureteres no plano axial ou coronal (FSE) e permitem avaliação detalhada do parênquima renal, auxiliando na avaliação da displasia e das cicatrizes renais. A técnica 3D pode ser realizada com a finalidade de mostrar apenas fluido no trato urinário (similar à colangiorressonância) e permite imagens com cortes muito finos com alta resolução espacial (por exemplo, 1 × 1 × 1 mm), que permitem uma reconstrução dos rins e vias urinárias em qualquer plano (axial, coronal, sagital, curvo, orientado para os ureteres ou para qualquer estrutura de interesse), sendo uma ótima ferramenta na definição de implantação ureteral ectópica, por exemplo, ou de diversas variações anatômicas. O pós-processamento destas imagens permite também realizar reconstruções tridimensionais. A uroRM pode ser realizada em aparelhos de 1,5 Tesla ou 3,0 Tesla e tem duração de cerca de 35-70 minutos. - Crianças de até 7 anos de idade realizam o exame sob anestesia, o que se torna um fator limitante, aumentando seu custo. a. Ressonância magnética funcional: ● A RM pode ser utilizada para avaliar minuciosamente as anormalidades do trato urinário e renal que são difíceis de identificar ou caracterizar completamente com outras técnicas de imagem, além de fornecer informações anatômicas, e vasculares em um só exame. ● A uroressonância com avaliação funcional tem duas principais funções no paciente com uropatia obstrutiva: determinar a função renal relativa e identificar algum ponto obstrutivo no trato urinário. ● Uma excelente modalidade para detectar ectopia ureteral. Permite a visualização direta do ureter ectópico b. Ressonância Magnética Multiparamétrica (RM-mp): ● Em 2018, no Congresso Uro-onco, a indicação passou a ser antes da biópsia,