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INTRODUÇÃO À INTRODUÇÃO À TIPOGRAFIATIPOGRAFIA Me. Joandson Fernandes Campos INICIAR introdução Introdução A composição de elementos grá�cos textuais é, na atualidade, uma tarefa rotineira, tanto para pro�ssionais do design grá�co quanto para consumidores em suas atividades domésticas. Esses textos podem se apresentar de diversas formas em sua estrutura, de acordo com sua função, uso e público-alvo. Nesse sentido, a tipogra�a é a ciência e o processo de criação na composição e impressão de um texto em meio físico ou digital. Assim como no estudo dos elementos grá�cos em geral, o objetivo principal da tipogra�a é dar ordem estrutural e forma à comunicação escrita desenvolvida. Nesta unidade, abordaremos os elementos que compõem os sistemas de classi�cação dos estilos tipográ�cos, o conceito e uma breve explanação sobre a tipometria e, �nalmente, os elementos de diagramação textual. A tipogra�a enquanto uso prático tem como principal origem as primeiras impressões com tipos ou signos grá�cos (letras em relevos confeccionadas em madeira, barro ou ferro). A tipogra�a passou também a ser um modo de se referir à grá�ca que usa uma prensa de tipos móveis individuais. O termo tipogra�a (do latim renascimental typographia ) foi cunhado a partir dos elementos da língua grega τύπος [ týpos ], que signi�ca impressão, e - γραφία [-graphía], escrita (MONTECCHI, 2001). Os chineses foram os primeiros a criar um sistema de tipogra�a. O inventor foi Bi Shêng por volta do ano 1040 d.C. Os tipos grá�cos (moldes das letras) eram feitos em argila cozida, madeira e até bronze, dispostos em uma tábua, a huóban (tábua viva). Apesar da iniciativa chinesa em subsidiar o desenvolvimento dessa ciência, o grande inventor da tipogra�a, feita por meio da prensa com tipos em metal, foi Johann Gutemberg no ano de 1450. A inovação desenvolvida por Gutemberg permitiu a reprodução em série dos textos. No século XV, em 1456, ele imprimiu o primeiro livro (de acordo com registros históricos), a “Bíblia de 42 linhas”, trabalho que comprovou a O Estilo Tipográ�co:O Estilo Tipográ�co: Histórico e ConceitoHistórico e Conceito e�ciência da tipogra�a. Composto por 642 páginas, a Bíblia teve uma tiragem de cerca de 200 exemplares. Com isso, Gutemberg também tornou mais acessível os livros e a cultura, porque tirou o monopólio dos mosteiros, feudos ricos e abadias responsáveis pelos manuscritos. O traço principal da tipogra�a é o estudo dos elementos grá�cos, sobretudo os glifos/letras. O estudo das fontes pressupõe a necessidade de um sistema de classi�cação. Os principais objetos da tipogra�a são: os glifos (letras, caracteres), a família tipográ�ca e a fonte, respectivamente organizados em uma hierarquia sistemática crescente. Vamos à de�nição de cada elemento: Glifos : são signos alfabéticos projetados para reprodução mecânica. Família tipográ�ca : é o grupo de caracteres que possui os mesmos detalhes de desenho, independentemente das variações (peso, inclinação e corpo). Fonte: é conjunto de glifos que faz parte de uma família tipográ�ca. O conceito pode ser utilizado para designar um conjunto de glifos em meio digital, restrito a uma mesma família. As fontes geralmente Figura 3.1: Glifos Fonte: Elaborada pelo autor. Figura 3.2: Família de caracteres arial em tamanho 30 Fonte: Elaborada pelo autor. se apresentam como arquivos digitais, as quais podem ser utilizadas em softwares e sistemas operacionais. Segundo Lupton (2009) e Williams (2009), os sistemas de classi�cação tipográ�ca consideram esses três elementos citados como objetos classi�cadores. E a maior parte das classi�cações aborda dois tipos: por enquadramento tradicional e por enquadramento histórico. Classi�cação por enquadramento tradicional: 1. Sem serifa. 2. Com serifa ou serifada. 3. Cursivas ou manuscritas. 4. Decorativa. Classi�cação por enquadramento histórico: 1. Humanistas. 2. Transicionais. 3. Modernas. 4. Egípcias. 5. Sem serifas humanistas. 6. Sem serifas transicionais. 7. Sem serifas geométricas. É importante ressaltar que alguns nomes de classi�cação recebem alterações entre autores, portanto, os mesmos termos abordados nesse texto podem Figura 3.3: Caracteres da fonte Times New Roman Fonte: Mapa de caracteres do Windows. Figura editada pelo autor. ser encontrados com abordagens diferentes. praticar Vamos Praticar Considere a seguinte situação: A elaboração de um sistema de classi�cação tipográ�ca é uma tarefa in�nitamente complexa, pois requer a sensibilidade de numerosas disciplinas que envolvem os elementos que compõem as famílias [...] (HOEFLER, 1999, p. 55-70). Considerando o enunciado e a hierarquia dos elementos/objetos da tipogra�a, segundo o autor, a di�culdade em criar sistemas de classi�cação está relacionada a aspectos ligados a essas alternativas? a) Contextos históricos. Feedback: alternativa incorreta , pois o autor não aborda o contexto histórico no enunciado. b) Famílias tipográ�cas. Feedback: alternativa incorreta , pois, apesar de estar relacionado às famílias, o grafologista citado indica que as di�culdades estão ligadas aos elementos que compõem as famílias, no caso, os glifos/signos ou tipos. c) Glifos/signos. Feedback: alternativa correta , pois o autor a�rma que a di�culdade está ligada aos elementos que compõem as famílias tipográ�cas, que são os glifos, tipos ou signos. Glifos compõem famílias e famílias podem ser organizados em fontes. d) Disciplinas humanas. e) Fontes. Os objetos grá�cos (glifos) primários são classi�cados de acordo com o arranjo de suas características. Essas características são relacionadas à presença, forma e estilo do elemento de tipo. Segundo Bringhurst (2005), os tipos são compostos por um conjunto de elementos que são: bojo, haste, barra, perna, serifa, oco, cauda, terminal, ombro, vértice, ligação, orelha, gancho, junção, espora, incisão, abertura, espinha e braço. Os elementos podem ser representados na �gura a seguir: Sistemas de Classi�caçãoSistemas de Classi�cação Tipográ�ca: os TiposTipográ�ca: os Tipos Grá�cos e suasGrá�cos e suas Classi�caçõesClassi�cações Figura 3.4: Anatomia dos tipos grá�cos Fonte: Arty (2018). A combinação de diferentes tipos grá�cos induziu à existência de diversos sistemas de classi�cação. Existem várias classi�cações para as famílias tipográ�cas. As mais conhecidas são: 1. Sistema Francis Thibaudeau. 2. DIN (Deutsches Für Normung). 3. Classi�cação Europa. 4. Maximilien Vox. 5. Robert Bringhurst. 6. Vox/ATYPI (Association Typographique Internationale). 7. British Standards. 8. Linotype. 9. Lucy Niemeyer. Apesar de serem formas de organização distintas, o elemento central que comumente difere os sistemas é a presença, estilo e forma da serifa. Neste sentido, introduziremos os sistemas usando a serifa como mecanismo classi�cador das principais famílias. Famílias com Serifa As famílias com serifa são altamente recomendadas para textos extensos, pois o leitor consegue perceber rapidamente a divisão entre as letras que compõem as palavras. Famílias humanistas Característica: simulam a caligra�a clássica feita a mão e representam uma parte dos primeiros moldes tipográ�cos de metal produzidos na região da Itália e França entre os séculos XV e XVI (período humanista). Como o nome mostra, é o estilo clássico. Exemplo: Garamond Famílias transicionais Característica: possuem serifas levemente mais �nas e planas, com acabamento pontiagudo. Seu eixo vertical é levemente inclinado e aparentam suavidade e elegância. Exemplo: Libre Baskerville Famílias modernas Características: possuem serifas retas e um alto-contraste nas espessuras das hastes. As fontes seguem um eixo na vertical limitador bem de�nido. Exemplo: Bodoni Famílias mecânicas ou famílias egípcias Características: diferentemente das anteriores, essas famílias possuem serifas pesadas e retangulares. Foram criadas durante a Revolução Industrial, em meados do século XIX, e atualmente são muito utilizadasem materiais para publicidade e propagandas. Exemplo: Rockwell Famílias sem Serifa As famílias sem serifa são mais recomendadas para apresentações de maior dimensão, além de textos comerciais e materiais grá�cos como banners. Famílias “grotesco” Características: uma variação das letras mecânicas, no entanto, sem serifas. São oriundas do �nal do século XIX. Exemplo: Calibri Famílias “gothic” Características: possuem uma variação na espessura dos seus traços. É uma das diversas variações das grotescas originadas nos saiba mais Saiba mais Às vezes, encontramos caracteres em fontes extremamente bonitas. No entanto, outra di�culdade tão comum quanto isso é o fato de não saber o nome e nem como procurá-la na internet. Contudo, existem ferramentas especí�cas que podem auxiliar no processo de identi�cação das fontes que você procura ou opções muito semelhantes. Sugai (2015) cita três sites que realizam este tipo de trabalho de forma gratuita e com opções diversi�cadas para que você nunca mais �que em dúvida na hora de selecionar a fonte adequada para os seus projetos. 1. Identifont - http://www.identifont.com . 2. What the Font - https://www.myfonts.com/WhatTheFont . 3. What font is - https://www.whatfontis.com . http://www.identifont.com/ https://www.myfonts.com/WhatTheFont https://www.whatfontis.com/ EUA no �nal do século XIX. Exemplo: Franklin Gothic Famílias humanistas Características: possuem leve variação no traço e apresentam características de traços caligrá�cos. Têm como origem a estrutura das letras serifadas; no entanto, não possuem serifas. Exemplo: Candara Famílias geométricas Características: usam as formas geométricas básicas para a sua estruturação e apresentação. Exemplo: Bauhaus Famílias transicionais Características: também conhecidas como ”sem serifas anônimas”, essas famílias possuem características semelhantes às serifadas transicionais. Atualmente, são um dos grupos mais populares. Exemplo: Helvetica Neue A classi�cação por serifa é o tipo mais comum e mais simples de organizar as famílias tipográ�cas em categorias. No entanto, existem sistemas mais complexos e robustos que podem auxiliar os pro�ssionais a selecionar melhor as características do material a ser desenvolvido. Os sistemas de classi�cação de tipos existentes foram desenvolvidos para padronizar termos confusos, desconexos e, às vezes, contraditórios utilizados para escrever e descrever o tipo em diferentes países, grá�cas e o�cinas tipológicas. Segundo Dixon (1995), os esforços de padronização anteriores à proposta de Maximilien Vox em 1954, como aqueles de Vinne (em 1900), A. F. Johnson (em 1932) e Beatrice Warde (em 1935), produziram sistemas que eram demasiadamente complexos, ou pouco especí�cos, o que resultou em uma aceitação limitada e intensamente desinteressante. Nos principais sistemas adotados atualmente (ATypI, British Standard, DIN), pode-se encontrar referências diretas ou indiretas ao sistema proposto por Maximilien Vox. praticar Vamos Praticar Apesar da alta diversidade de famílias tipográ�cas existentes, o sistema brasileiro para redação de textos acadêmicos por meio das normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) de�niu como padrão duas fontes a serem usadas, uma com serifa e outra sem serifa. Considerando as principais famílias de fontes utilizadas atualmente, as fontes com serifa e sem serifa citadas são, respectivamente: a) Times New Roman e Arial. Feedback: alternativa correta , pois a fonte Times New Roman apresenta serifa e a fonte Arial não. Ambas são utilizadas como padrão para redação de textos acadêmicos no Brasil. b) Arial e Helvetica. c) Segoe UI e Jokerman. d) Boldoni e Calibri. e) Arial e Segoe UI Light. A tipometria, como o próprio termo indica, é a área responsável pelo estudo da organização das medidas dos tipos grá�cos. A tipometria conta com dois sistemas de medição. Ambos são duodecimais (base 12) e tem como sistema elementar de medição o ponto tipográ�co. Esses sistemas auxiliam a medição de caracteres e todas as medidas da página impressa e sua relação com o texto digital. Os dois principais sistemas de tipometria são: Didot Esse sistema foi desenvolvido em 1775 por François-Ambroise Didot. Um ponto didot corresponde a 0,376065 mm. Doze pontos didot formam um cícero, que mede 4,513 mm em sua impressão física. Paica TipometriaTipometria Sendo mais recente do que o didot, o sistema paica foi desenvolvido no �nal do século XIX, nos Estados Unidos e Inglaterra. Um ponto paica mede 0,351368 mm e corresponde a 1/72 da polegada inglesa. Doze pontos paica formam a paica que mede exatamente 4,216416 mm. Além de elementos ligados às dimensões dos caracteres, a tipometria estuda também os aspectos relacionados às formas em que os caracteres se apresentam, sendo os principais a largura e a postura. Largura Este elemento está relacionado à base e altura do glifo. Existem inúmeras famílias grá�cas que possuem essas variações nativamente. No entanto, as que não possuem podem ser ajustadas. Postura Está relacionado com a inclinação do eixo central das letras. A postura básica dos caracteres é a regular (com o eixo central vertical nítido). Já os caracteres regulares inclinados recebem o nome de oblíquos. Atenção: não confundir oblíquos com itálicos. Os caracteres inclinados recebem o nome de itálicos ou grifos, em referência ao famoso tipógrafo italiano do século XV, Francesco Gri�o. Figura 3.5 : Diferentes larguras das fontes Fonte: Arty (2018). praticar Vamos Praticar A tipometria estuda as dimensões dos elementos que compõem os diversos glifos. Os dois principais sistemas adotados mundialmente para a medição e organização dos tipos grá�cos são o didot e o paica. Sobre os dois sistemas, assinale a alternativa correta: a) O didot recebeu este nome em homenagem e Leopold Poindidot, um poeta renascentista do século XVI. b) O paica é um sistema mais recente do que o didot, desenvolvido no �nal do século XIX. Feedback: alternativa correta , pois o sistema tipométrico paica foi desenvolvido nas últimas décadas do século XIX; já o didot em 1775. c) O mesctype é um sistema de medidas tipométricas. d) O sistema paica é restrito a fontes digitais, que devem ser usadas para a composição de materiais grá�cos impressos. Figura 3.6 : Comparação entre caracteres regulares e oblíquos Fonte: Arty (2018). e) O sistema didot e o sistema paica foram desenvolvidos nos Estados Unidos. A diagramação ou composição de textos é uma atividade comum cotidiana e que pode ser realizada considerando diversas indicações que agregam ao projeto e ao resultado �nal. Inicialmente, abordaremos os elementos básicos de diagramação relacionados às próprias características das famílias tipográ�cas: o kerning, e tracking e, �nalmente, o leading. Kern O kern trata do espaçamento entre os caracteres. Existem certas áreas das letras que ultrapassam o bloco para possibilitar um melhor encaixe com outras letras. Isso melhora a composição, de modo que não �quem muito separadas e prejudiquem o visual e leitura. Diagramação de TextosDiagramação de Textos Kerning É o procedimento de ajuste dos espaços entre certos pares de caracteres, ou seja, somente em algumas letras, e em casos especí�cos. O kerning da fonte é de�nido pelo type designer na criação, portanto, não é um elemento tão facilmente manipulável. Figura 3.7 : Kern Fonte: Arty (2018). Figura 3.8 : Kerning Fonte: Arty (2018). Tracking É a distribuição do espaçamento entre letras e entre as palavras de todo um conjunto de texto. ref l ita Re�ita A campanha de Barack Obama para as eleições presidenciais dos Estados Unidos em 2008 será sempre lembrada, do ponto de vista da comunicação política e do design grá�co, devido à estratégia visual meticulosa realizada pela equipe de identidade corporativa da equipe. Foi criada uma marca a partir da união da família tipográ�ca, la Gotham, criada no ano 2000 por Tobias Frere-Jones.Essa identidade visual, além de considerar os detalhes da fonte, foi inspirada também na fonte Futura e na sinalética arquitetônica nova-iorquina. A fonte criada foi considerada por diversos críticos como intensamente simples, geométrica e "muito americana". A fonte já foi motivo de polêmica e envolveu a questão de direitos autorais sobre as fontes tipográ�cas. Fonte: TARDÁGUILA, Cristina. Uso indevido de fontes será discutido na Bienal de Tipogra�a Latino-americana. O Globo , 13 abr. 2012. Leading O leading pode também ser conhecido como o espaço entrelinhas. O leading é expresso como a medida da distância da linha de base de uma linha tipográ�ca para outra subsequente no mesmo bloco de texto. Geralmente, o leading automatizado é aproximadamente 20% maior do que o tamanho do médio dos glifos da família utilizada. Exemplo: tamanho 10pt leading 12pt. Além dos elementos ligados às características das famílias tipográ�cas, existem os elementos de diagramação relacionados aos ajustes do texto em bloco, sendo o principal o alinhamento. Existem diversos tipos de alinhamentos, cada um mais indicado de acordo com a intenção e uso do material. Os principais alinhamentos são: Alinhamento à Esquerda Figura 3.9: Tracking Fonte: Arty (2018). Figura 3.10: Leading Fonte: Elaborada pelo autor. No alinhamento à esquerda, o texto segue o �uxo ocidental (da esquerda para a direita). As linhas dos textos têm diferentes tamanhos e são irregulares na sua margem externa, ou seja, à direita. Alinhamento à Direita No alinhamento à direita, os textos são alinhados à direita e suas linhas têm diferentes tamanhos e irregulares nas margens externas esquerdas. Isso acaba di�cultando a legibilidade, pois força o olhar para usuários já habituados aos sistemas ocidentais. Alinhamento Centralizado Neste tipo de alinhamento, as linhas de textos têm tamanho irregulares em ambos os lados e são dispostas de acordo com a tabulação do Tracking. Figura 3.11: Exemplo de texto alinhado à esquerda Fonte: Extraído de Andrade (2009). Figura 3.12: Exemplo de texto alinhado à direita Fonte: Extraído de Andrade (2009). Alinhamento Justi�icado Entre as opções de alinhamento, o justi�cado é o mais formal e usual de todos. Nesta opção de alinhamento, as linhas têm o mesmo comprimento, com margens “duras” e retas (ou uniformes) em ambos os lados do bloco de texto. É muito utilizado em textos longos como revistas, jornais e livros digitais e impressos. Além disso, é o padrão adotado pela ABNT no Brasil para escrita cientí�ca-acadêmica. praticar Vamos Praticar Figura 3.13 - Exemplo de texto alinhado ao centro Fonte: Extraído de Andrade (2009). Figura 3.14: Exemplo de texto justi�cado Fonte: Extraído de Andrade (2009). O processo de diagramação textual considera diversos conceitos aplicáveis na redação dos textos. Os principais elementos são o kern, o kerning, o tracking, o leading e os alinhamentos. Considerando os elementos citados, assinale a alternativa assertiva. a) O kerning é o aspecto relacionado à adequação dos espaços entre os caracteres. Feedback: alternativa correta , O kerning é o processo de ajuste do kern (o espaço entre os glifos em uma mesma família tipográ�ca) b) O kerning é o espaço entre uma linha e a linha anterior de um mesmo bloco de texto. Feedback: alternativa incorreta , O kerning é o processo de ajuste do kern. c) O tracking é o elemento que analisa a distribuição dos espaçamentos entre letras de um arquivo de fontes digitais, quando a família tipográ�ca não possui serifa. Feedback: alternativa incorreta , O tracking é a distribuição do espaçamento entre palavras de um bloco de texto. d) O leading é o processo de adequação dos espaços entre caracteres. Feedback: alternativa incorreta , O elemento citado no corpo da alternativa é o kerning. e) O alinhamento é o conjunto de regras de distribuição do texto em relação à margem interna e ao kern inicial da primeira palavra. Feedback: alternativa incorreta , O alinhamento é o aspecto relacionado à distribuição do bloco de texto em relação ao centro e ou às margens externas. indi cações Material Complementar L I VRO Pensar com Tipos Editora : Cosac & Naify Autor : Ellen Lupton ISBN : 8540502836 Comentário : apesar do título, alguns críticos a�rmam que a obra não fala sobre tipogra�a, mas que se trata de uma publicação voltada para quem desejar entender a função, história e contexto dos tipos grá�cos. É uma obra indicada para quem busca evitar erros na seleção das famílias tipográ�cas indicadas para cada �nalidade de projeto. F I LME Helvetica Film Ano : 2007 Comentário : O �lme-documentário Helvetica aborda a tão utilizada e conhecida fonte Helvetica. O documentário em questão, de 2007, foi produzido e dirigido por Gary Hustwit em comemoração ao 50º aniversário da fonte. O �lme possui trechos �lmados nos Estados Unidos, Inglaterra, Alemanha, Holanda, França, Suíça e Bélgica. Além de abordar questões históricas, o documentário leva-nos a conhecer os elementos artísticos envolvidos no processo de desenvolvimento de fontes. O �lme é uma mídia independente de longa-metragem que nos instiga e ilustra parte da história da tipogra�a, tipometria, comunicação geral e visual, publicidade e um pouco de design grá�co. Por ser nichado, é uma mídia mais recomendada para estudantes e pro�ssionais da área criativa que desejam obter informações referentes à tipogra�a, ao movimento modernista, à produção grá�ca, à publicidade e ao surgimento inicial das redes sociais e da comunicação por multimeios. TRAILER conclus ão Conclusão Ao se analisar as classi�cações dos principais tipos tradicionais, percebe-se que elas possuem diversas limitações e problemas em relação a sua generalidade. Por serem altamente ligadas às épocas em que são desenvolvidas, essas classi�cações tipológicas correm um considerável risco de se tornar parcialmente obsoletas, especialmente na época da internet, em que a comunicação acontece por multimeios. Apesar de as classi�cações passarem por processos transformadores, os elementos envolvidos e os conhecimentos sobre a tipogra�a são acumulados e se fortalecem à medida em que são usados nas novas mídias e redes sociais. Nesse sentido, é importante manter-se atualizado sobre as novas tecnologias que auxiliam o processo de composição tipográ�ca e conhecer as ferramentas que podem auxiliá-lo de acordo com as demandas dos projetos desenvolvidos. re f erências Referências Bibliográ�cas BRINGHURST, Robert. Elementos do estilo tipográ�co . Cosac Naify, 2005. ANDRADE, Carlos Drummond de. A �or e a náusea. A rosa do povo . 42. ed. Rio de Janeiro: Record, 2009. ARTY, D. Tipogra�a: Guia Sobre Tipos – escolhendo a fonte certa (parte 2). Chief of Design , 26 out. 2018 (on-line). Disponível em: < https://www.chiefofdesign.com.br/tipogra�a-02/ >. Acesso em: 19 jul. 2019. DIXON, Catherine. Why we need to reclassify type . Eye 19: 86-87, 1995. HOEFLER, Jonathan. On classifying type . Emigre 42: 55-70, 1999. LUPTON, Ellen; STOLARSKI, André. Pensar com tipos: guia para designers, escritores, editores e estudantes . São Paulo: CosacNaify, 2009. MONTECCHI, Giorgio. It inerari bibliogra�ci: storie di l ibri, di t ipogra� e di editori . FrancoAngeli, 2001. SUGAI, André. Lista traz 5 sites que identi�cam fontes tipográ�cas em imagens . Techtudo, 2 dez. 2014. Disponível em: https://www.techtudo.com.br/noticias/noticia/2014/12/lista-traz-5-sites-que- identi�cam-fontes-tipogra�cas-em-imagens.html Acesso em: 30 jun. 2019. TARDÁGUILA, Cristina. Uso indevido de fontes será discutido na Bienal de Tipogra�a Latino-americana. O Globo , 13 abr. 2012. Disponível em: https://oglobo.globo.com/cultura/uso-indevido-de-fontes-sera-discutido-na- bienal-de-tipogra�a-latino-americana-4629051 . Acesso em: 30 jun. 2019. WILLIAMS, Robin. Design para quem não é designer: noções básicas de planejamento visual . 3. ed. São Paulo: Callis, 2009. IMPRIMIR https://www.chiefofdesign.com.br/tipografia-02/https://www.techtudo.com.br/noticias/noticia/2014/12/lista-traz-5-sites-que-identificam-fontes-tipograficas-em-imagens.html https://oglobo.globo.com/cultura/uso-indevido-de-fontes-sera-discutido-na-bienal-de-tipografia-latino-americana-4629051
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