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Cães e gatos possuem diferenças anatômicas de acordo com a raça de ambos as espécies. Essas diferenças se iniciam no crânio. Cabeça Cães A conformação do crânio em cães varia mais que em outras espécies de carnívoros.. Certas diferenças são atributos permanentes de uma raça. Esses aspectos do crânio são determinados por: Forma do crânio; Posição e tamanho dos olhos e Forma e porte das orelhas. Dolicocefálicos = cabeça é longa e estreita, a parte frontal é muito inclinada e o focinho é longo. Braquiocefálicos = possuem pouca dentição e uma cavidade nasal curta. Os dentes costumam ser tortos e o palato alongado, causando problemas respiratórios. Mesaticefálicos = possuem a cabeça média com comprimento moderado e a largura maior que a dos dolicocefálicos. O focinho possui comprimento igual ao do crânio ou ligeiramente inferior. ¸ Cães e gatos possuem diferenças anatômicas de acordo com a raça de ambos as espécies. Essas diferenças A conformação do crânio em cães varia mais que de carnívoros.. Certas diferenças são atributos permanentes de uma raça. Esses aspectos do = cabeça é longa e estreita, a parte possuem pouca dentição e uma cavidade nasal curta. Os dentes costumam ser tortos e o palato alongado, causando problemas respiratórios. possuem a cabeça média com comprimento moderado e a largura maior que a dos dolicocefálicos. O focinho possui comprimento igual ao do Felinos A maioria dos felinos possui curta com a raiz dentária na cavidade nasal. Algumas raças orientais possuem a cabeça mais longa, em formato de cuneiforme e com o ângulo nasofrontal menos acentual. Os olhos e órbitas são relativamente grandes e estão voltados para frente, fornecendo maior ângulo de visão binocular. Algumas raças possuem o formato braquiocefálico. Estruturas Superfiçiais A maior parte da superfície do crânio pode ser palpada, pois está ligado a camada subcutânea ou por uma fina camada de musculatura Estruturas palpáveis na face incluem os forames infraorbital e mental, e a crista sobre a raiz do dente canino superior. No gato, o forame infraorbital é pequeno e não é facilmente encontrado mediante palpação. As principais superfícies palpáveis são: Processo zigomático do osso frontal; Processo frontal do osso zigomático; Protuberância occipital externa; Crista sagital externa. A maioria dos felinos possui a cabeça relativamente curta com a raiz dentária na cavidade nasal. Algumas raças orientais possuem a cabeça mais longa, em formato de cuneiforme e com o ângulo Os olhos e órbitas são relativamente grandes e estão a frente, fornecendo maior ângulo de visão Algumas raças possuem o formato braquiocefálico. Estruturas Superfiçiais – Palpaveis A maior parte da superfície do crânio pode ser camada subcutânea ou coberta por uma fina camada de musculatura. Estruturas palpáveis na face incluem os forames infraorbital e mental, e a crista sobre a raiz do dente canino No gato, o forame infraorbital é pequeno e não é facilmente encontrado mediante palpação. s principais superfícies palpáveis são: Processo zigomático do osso frontal; Processo frontal do osso zigomático; Protuberância occipital ´ Ossos do çranio A caixa craniana possui duas cristas na sua parte dorsal, a crista sagital e a crista da nuca, que conectam a base da orelha. Ambas as cristas são palpáveis. A margem ventral da mandíbula e o processo angular em sua extremidade caudal são facilmente palpáveis. Também é possível palpar o forame infraorbitário na maxila e o forame mentoniano na mandíbula. O Nervo Trigêmeo (V): - se ramifica e forma importantes nervos para anestesia da região do crânio. I. Nervo oftálmico; II. Nervo maxilar – se ramifica em: Nervo infraorbital; Nervo zigomático e Nervo pterigopalatino. III. Nervo mandibular. Forame infraorbital. Encontra-se o nervo intraorbital. Em cães se localiza na maxila, próximo ao 2º ou 3º pré-molares superiores e em felinos, apesar de ser próximo a esses dentes também, ele se encontra logo abaixo da órbita. Esse nervo emite ramificações para: Alvéolos dos dentes molares; Mucosa nasal; Alvéolos dos dentes caninos e incisivos e Supre vários ramos labiais e nasais para as estruturas do focinho Esse bloqueio permite anestesia da maxila, dentes e lábios superiores, focinho, palato duro e mole. Forame mentoniano Existe um número variável desse forame na metade rostral da face lateral do corpo da mandíbula. Encontra-se o nervo mentoniano que é uma ramificação do nervo alveolar inferior, que por sua vez, é decorrente do nervo mandibular. Esse forame se localiza próximo ao 2º pré-molar inferior. ˆ Esse bloqueio supre lábio e tecidos moles inferiores, queixo, região rostral da mandíbula, dentes incisivos e 1º pré-molar mandibulares. Forame mandibular Por esse forame é possível acessar o nervo mandibular, que é uma ramificação do nervo trigêmeo (V). O forame é localizado a partir de uma linha imaginária passando perpendicular com a linha dentária e tangente a comissura lateral do olho. É rostral ao processo angular da mandíbula. Esse bloqueio permite a anestesia da mandíbula, arcada dentária inferior e língua. Fraturas – maxilares ou mandibulares Causas: Trauma; Periodontite grave; Neoplasias. Por traumas: É a causa mais comum de fraturas nessa região e geralmente ocorre no corpo da mandíbula.. Pode ocorrer também uma separação de sínfise na mandíbula ou um deslocamento da articulação no ramo vertical da mandíbula que se desloca lateralmente ao arco zigomático, impossibilitando o fechamento da boca. Deve se ter cuidado com as raízes dentárias, pois uma técnica para a fratura da mandíbula é a colocação de pinos externos entre os dentes a partir de uma incisão no queixo, pelo acesso ventral. Importante tomar cuidado com os vasos na região. Periodontites: Geralmente vão aumentando até se tornar grave e forma uma cicatrização deficiente. Tem necessidade de extração dos dentes que estão afetados. Em casos de neoplasias: Necessita retirar uma parte do osso da mandíbula para criar uma margem segura e uma cirurgia reconstrutiva da mandíbula. São chamadas de mandibulectomia, se é na mandíbula e de maxilectoma, na maxila. Importante: Em fraturas do ramo vertical da articulação temporomandibular deve ter cuidado com as estruturas dorsais e superficiais ao m. masseter, pois essa cirurgia abrange a dissecação e a elevação do m. masseter. As estruturas de maior atenção são: ducto parotídeo, glândula parótida e nervo facial. Musçulos da mastigaçao Esses músculos são fortes e variam conforme a espécie, devido a diferença no aparelho mastigatório completo, incluindo os componentes esqueléticos, os dentes e a articulação temporomandibular. Músculo Masseter Se origina da margem ventral do arco zigomático e da crista facial e se insere na face lateral da mandíbula, prolongando-se desde a incisura dos vasos faciais até a articulação temporomandibular. Nos carnívoros, o m. masseter é separado em três camadas por lâminas tendíneas. Camada superficial: é a mais resistente e se origina da metade rostral do arco zigomático, passa caudoventralmente sobre o ramo da mandíbula e se insere parcialmente na face ventrolateral da mandíbula. Camada média: é a parte mais fraca e se origina da margem ventral do arco zigomático e se insere na face lateral da mandíbula; Camada profunda: ela se fusiona ao músculo temporal; caudalmente se origina da face medial do arco zigomático. Músculo Pterigóideo Divide-se em lateral e medial, em carnívoros as duas partes sãocombinadas na origem. Originam-se juntas a partir da face lateral dos ossos pterigóide, esfenóide e palatino e se inserem na face medial da mandíbula. Músculo Temporal Ele ocupa a fossa temporal. Origina-se na crista temporal e se insere no processo coronoide da mandíbula. É o músculo mais forte da cabeça em carnívoros. ¸ ˜ ´ Glandulas Salivares São órgãos pareados que secretam saliva através de seus ductos na cavidade oral. A saliva mantém a mucosa da boca úmida e se mistura ao alimento durante a mastigação para lubrificar a passagem do bolo alimentar durante a deglutição e iniciar a digestão química dos alimentos. Clinicamente deve se avaliar o tamanho dessas glândulas na anamnse. Nessas glândulas fazem procedimentos de retirada por acúmulo de secreções. Deve se ter cuidado com estruturas sintotópicas as glândulas. Elas se dividem em maiores e maiores. As glândulas salivares menores estão presentes na mucosas dos lábios, bochechas, da língua e do palato e no assoalho oral sublingual e produzem uma secreção mucosa. A maior parte da saliva é produzida pelas glândulas salivares maiores. Elas se situam a uma determinada distância da cavidade oral e secretam através de ductos. Essas glândulas produzem um fluido mais aquoso (seroso), algumas delas produzem uma secreção mucosserosa, contendo a enzima amilase, a qual inicia a digestão de carboidratos. A saliva é constituída principalmente de água, mucina, amilase e sais, especialmente o bicarbonato de sódio. Sua secreção contínua, porém é controlada pela inervação parassimpática e simpática. Além de suas funções de limpeza, lubrificação e digestão, a saliva serve como via de excreção de determinadas substâncias, algumas das quais podem se acumular como um depósito (tártaro) nos dentes, especialmente em cães e gatos. Os carnívoros possuem quatro pares de glândulas maiores são elas: as parótidas, as sublinguais, as zigomáticas e as submandibulares. Glândula Parótida É um órgão pareado, que se situa na união entre a cabeça e pescoço, ventral à cartilagem auricular na fossa retromandibular. Sua localização é próxima da artéria carótida externa, da veia maxilar e dos ramos dos nervos faciais e trigêmeo. Está envolvida por uma cobertura facial que projeta trabéculas para dentro e a divide em vários lóbulos. Os ductos coletores maiores atravessam essas trabéculas até se unirem novamente e formarem um único ducto que se inicia na face rostral da glândula. Em carnívoros esse ducto passa sobre a face lateral do músculo masseter, próximo de pré-molar 3 e 4 superior. Faz sintopia com o m. masseter, asa do atlas e cartilagem auricular. É vascularizada por ramos da artéria e da veia maxilares. Sua inervação ocorre por ramos do nervo glossofaríngeo. Glândula Mandibular É oval, se posiciona caudal à glândula salivar entre as veias linguofacial e maxilar. Essas duas glândulas podem sofrer alterações císticas. Essa glândula produz uma secreção serosa e mucosa mista, mas também pode alternar entre essas duas. Secreta através de um único ducto, o qual passa ventral à mucosa do assoalho da cavidade oral, próximo ˆ ao frênulo da língua, até desembocar com o ducto sublingual maior na carúncula sublingual. A artéria e a veia linguofaciais formam o suprimento vascular da glândula salivar mandibular. A inervação parassimpática é proporcionada por fibras que emergem do nervo facial. Glândula Sublingual As glândulas salivares sublinguais consistem em duas glândulas em cada lado. A glândula sublingual monostomática situa-se mais caudalmente e é uma glândula compacta com um único ducto de drenagem. O ducto salivar sublingual maior compartilha uma abertura com o ducto salivar mandibular acima da carúncula sublingual. A glândula sublingual polistomática é extensa e se situa mais rostral e se abre por meio de vários ductos menores. Essas aberturas se localizam em uma prega longitudinal nos recessos sublinguais laterais. As duas glândulas produzem uma secreção mucosserosa no qual a parte mucosa domina. A vascularização e a drenagem venosa ocorrem pela artéria e veia lingual. A inervação é semelhante à da glândula salivar mandibular. Glândula Zigomática É uma glândula mista localizada na parte ventral da órbita e coberta pelo arco zigomático, relacionada medialmente à artéria e nervo maxilares e ao músculo pterigóide medial e dorsalmente à periórbita. O principal ducto dessa glândula se abre na parte caudal do último dente molar superior. Uma pequena depressão conecta as aberturas dos ductos principais das glândulas zigomáticas e parótidas. Importante: Em casos de necessidade de cirurgia de retirada: as glândulas mandibulares e as sublinguais devem ser excisadas juntas, pois ambas dividem o mesmo ducto. Nesse caso, não há risco de xerostomia e deve ter cuidado com os nervos: n. lingual ou n. hipoglosso (XII). O N. Hipoglosso (XII): é motor intrínseco e extrínseco da língua., ou seja, uma lesão nesse nervo causaria a paralisia dos m. ipsolaterais, ocorrendo um desvio da língua em direção ao lado normal Mucocele Salivar Ocorre quando a glândula produz a saliva normalmente, porém os ductos não conseguem levar essa saliva, então essa se acumula no subcutâneo e cria tecido fibroso, criando tecidos de granulação.. Esse tecido de granulação é produzido secundariamente à inflamação. Geralmente acontece na glândula mandibular ou sublingual e faz se a incisão no pescoço ou abaixo da língua. Nessa técnica, cria uma sutura em aberto, assim, a saliva produzida cai diretamente na boca. Mucocele cervical – espaço intermandibular, no ângulo mandibular ou região cervical superior; Mucocele faríngea; Mucocele zigomática e Mucocele complexa. Pesçoço Estruturas Principais Vértebras cervicais: Atlas – superfícies palpáveis: asa, arco dorsal e tubérculo dorsal. Áxis – superfícies palpáveis: processo espinhoso. Veia Jugular externa – principal veia de drenagem da cabeça, lateralmente ao músculo esternocefálico. Nervos espinais cervicais – seus ramos dorsais e ventrais suprem a pele do pescoço. Carótida comum – principal artéria do pescoço se localiza dorsolateral a traquéia. Divide-se ao nível de atlantoccipital em interna e externa para o crânio e estruturas da cabeça. Músculos do pescoço: M. esternocefálico; M. esternoíoideo; M. esternotireóideo; M. omotransversário e M. trapézio. Tronco vasossimpático – é aderido à carótida. Esôfago – passa de dorsal para lateral a traquéia, contato com o m. longo do pescoço. Traquéia – facilmente palpável e estruturalmente formada por anéis traqueais cartilaginosos incompletos ligados por ligamentos anulares, contato com os músculos longo e traqueal. Glândula tireóide – ligados as três primeiras cartilagens traqueais, cobertas pelo m. esternoíodeo. Glândula paratireóidea – intimamente associada à tireóide. Ocorrências Importantes Traqueotomia – incisão na parede traqueal. Traqueostomia – criação de uma abertura temporária ou permanente. Ato cirúrgico: Realiza uma incisão na linha média cervical, separa os músculos da região (m. esternoióideos). Disseca-se o tecido conjuntivo e chega à traquéia. Deve ter cuidado com as estruturas sintotópicas: nervos laríngeos recorrentes, artérias carótidas, veias jugulares, vasos tireóideos e esôfago. Obstrução esofágica – faz em casos de corpos estranhos, estenoses ou massa. Em casos de obstrução ou perfuração ¸ Os sinais clínicos da obstrução são: regurgitação, disfagia, ptialismo, alteração do apetite, tosse,dispnéia e perda de peso. Esofagotomia cervical Ato cirúrgico: A incisão é realizada na linha média cervical desde a laringe até o manúbrio Fazendo também no m. plastima e no tecido subcutâneo. Separa o m. esternoióideo, m. esternocefálico e veia tireoideana. É feita a retração da traquéia, da glândula tireóidea, nervo laringorrecorrente e bainha carotídea. Mielografia – é a punção feita na articulação atlantoccipital com a retirada de pequena quantidade de líquor e introdução da mesma quantidade de contraste. É feita nos casos de uma radiografia da medula espinhal, para analisar anomalias do interior da coluna vertebral. Essa introdução da agulha é feita entre a protuberância do occipital e o atlas.
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