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Desafios da Medicina: Coleção SIC Principais Temas para Provas

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 3
Apresentação
Os desafios da Medicina a serem vencidos por quem se decide pela área 
são tantos e tão diversos que é impossível tanto determiná-los quanto 
mensurá-los. O período de aulas práticas e de horas em plantões de vários 
blocos é apenas um dos antecedentes do que o estudante virá a enfrentar 
em pouco tempo, como a maratona da escolha por uma especialização e do 
ingresso em um programa de Residência Médica reconhecido, o que exigirá 
dele um preparo intenso, minucioso e objetivo. 
Trata-se do contexto em que foi pensada e desenvolvida a Coleção SIC 
Principais Temas para Provas, cujo material didático, preparado por profis-
sionais das mais diversas especialidades médicas, traz capítulos com inte-
rações como vídeos e dicas sobre quadros clínicos, diagnósticos, tratamen-
tos, temas frequentes em provas e outros destaques. As questões ao final, 
todas comen tadas, proporcionam a interpretação mais segura possível de 
cada resposta e reforçam o ideal de oferecer ao candidato uma preparação 
completa.
Um excelente estudo!
Índice
Capítulo 1 - Avaliação da função hepática ... 15
1. Introdução ...................................................................16
2. Exames laboratoriais ............................................... 16
3. Exames de imagem .................................................. 19
4. Avaliação global e prognóstico ...........................20
Resumo ............................................................................ 22
Capítulo 2 - Anatomia cirúrgica do fígado...23
1. Introdução .................................................................. 24
2. Anatomia topográfi ca ............................................ 26
3. Suprimento sanguíneo ............................................27
4. Drenagem venosa .................................................... 29
5. Drenagem linfática .................................................. 30
6. Inervação.................................................................... 30
7. Segmentação hepática de Couinaud .................. 30
8. Ressecções hepáticas ..............................................32
Resumo .............................................................................35
Capítulo 3 - Cirrose hepática e suas 
complicações ......................................................37
1. Introdução .................................................................. 38
2. Etiologia da cirrose .................................................. 38
3. Quadro clínico ...........................................................40
4. Classifi cação .............................................................40
5. Diagnóstico ................................................................ 42
6. Complicações ........................................................... 42
7. Outras complicações ............................................... 49
8. Tratamento ............................................................... 49
Resumo ............................................................................ 50
Capítulo 4 - Hipertensão portal ..................... 51
1. Introdução .................................................................. 52
2. Etiologia .......................................................................53
3. Fisiopatologia ............................................................ 54
4. Quadro clínico ........................................................... 54
5. Diagnóstico .................................................................57
6. Tratamento ................................................................ 59
Resumo ............................................................................64
Capítulo 5 - Tumores e abscessos hepáticos ....65
1. Abscessos hepáticos ............................................... 66
2. Tumores benignos de fígado ................................ 70
3. Neoplasias malignas de fígado .............................75
Resumo ........................................................................... 83
Capítulo 6 - Transplante hepático ................ 85
1. Introdução .................................................................. 86
2. Seleção de pacientes .............................................. 86
3. Indicações ................................................................... 86
4. Contraindicações ..................................................... 87
5. Avaliação pré-transplante..................................... 87
6. Seleção do doador ...................................................88
7. Técnica cirúrgica .......................................................88
8. Imunossupressão ....................................................90
9. Complicações .............................................................90
10. Seguimento pós-transplante ..............................93
Resumo ............................................................................ 94
Capítulo 7 - Icterícia obstrutiva .....................95
1. Introdução .................................................................. 96
2. Metabolismo da bilirrubina .................................. 96
3. Causas ........................................................................ 96
4. Aspectos clínicos ..................................................... 98
5. Diagnóstico ................................................................ 99
Resumo .......................................................................... 102
Capítulo 8 - Afecções da vesícula e vias 
biliares ...............................................................103
1. Litíase biliar ..............................................................104
2. Colelitíase ................................................................. 105
3. Colecistite aguda .................................................... 108
4. Colecistite acalculosa ............................................ 112
5. Colecistite enfi sematosa ..................................... 113
6. Síndrome de Mirizzi ............................................... 114
7. Íleo biliar ..................................................................... 115
8. Coledocolitíase ........................................................ 116
9. Pólipo da vesícula biliar ......................................... 119
10. Câncer da vesícula biliar ..................................... 121
Resumo ..........................................................................124
Questões:
Organizamos, por 
capítulo, questões 
de instituições de 
todo o Brasil.
Anote:
O quadrinho ajuda na lembrança futura 
sobre o domínio do assunto e a possível 
necessidade de retorno ao tema. 
Questões
Cirurgia do Trauma
Atendimento inicial ao politraumatizado
2015 - FMUSP-RP
1. Um homem de 22 anos, vítima de queda de moto em ro-
dovia há 30 minutos, com trauma de crânio evidente, tra-
zido pelo SAMU, chega à sala de trauma de um hospital 
terciário com intubação traqueal pelo rebaixamento do 
nível de consciência. A equipe de atendimento pré-hos-
pitalar informou que o paciente apresentava sinais de 
choque hipovolêmico e infundiu 1L de solução cristaloide 
até a chegada ao hospital. Exame físico: SatO2 = 95%, FC = 
140bpm, PA = 80x60mmHg e ECG = 3. Exames de imagem: 
raio x de tórax e bacia sem alterações. A ultrassonografia 
FAST revela grande quantidade de líquido abdominal. A 
melhor forma de tratar o choque desse paciente é:
a) infundir mais 1L de cristaloide, realizar hipotensão 
permissiva, iniciar transfusão de papa de hemácias e en-
caminhar para laparotomia
b) infundir mais 3L de cristaloide, aguardar exames labo-
ratoriais para iniciar transfusão de papa de hemácias e 
encaminhar para laparotomia
c) infundir mais 3L de cristaloide, realizar hipotensão 
permissiva, iniciar transfusão de papa de hemácias e 
plasma fresco congelado e encaminhar para laparotomia
d) infundir mais 1L de cristaloide, iniciartransfusão de 
papa de hemácias e plasma fresco congelado e encami-
nhar o paciente para laparotomia
Tenho domínio do assunto Refazer essa questão
Reler o comentário Encontrei dificuldade para responder
2015 - SES-RJ
2. Para avaliar inicialmente um paciente com traumatis-
mo cranioencefálico, um residente utilizou a escala de 
Glasgow, que leva em conta:
a) resposta verbal, reflexo cutâneo-plantar e resposta 
motora
b) reflexos pupilares, resposta verbal e reflexos profundos
c) abertura ocular, reflexos pupilares e reflexos profundos
d) abertura ocular, resposta verbal e resposta motora
Tenho domínio do assunto Refazer essa questão
Reler o comentário Encontrei dificuldade para responder
2015 - UFES
3. A 1ª conduta a ser tomada em um paciente politrau-
matizado inconsciente é:
a) verificar as pupilas
b) verificar a pressão arterial
c) puncionar veia calibrosa
d) assegurar boa via aérea
e) realizar traqueostomia
Tenho domínio do assunto Refazer essa questão
Reler o comentário Encontrei dificuldade para responder
2015 - UFG
4. Um homem de 56 anos é internado no serviço de 
emergência após sofrer queda de uma escada. Ele está 
inconsciente, apresenta fluido sanguinolento não coa-
gulado no canal auditivo direito, além de retração e 
movimentos inespecíficos aos estímulos dolorosos, está 
com os olhos fechados, abrindo-os em resposta à dor, e 
produz sons ininteligíveis. As pupilas estão isocóricas 
e fotorreagentes. Sua pontuação na escala de coma de 
Glasgow é:
a) 6
b) 7
c) 8
d) 9
Tenho domínio do assunto Refazer essa questão
Reler o comentário Encontrei dificuldade para responder
2015 - UFCG 
5. Um homem de 20 anos foi retirado do carro em cha-
mas. Apresenta queimaduras de 3º grau no tórax e em 
toda a face. A 1ª medida a ser tomada pelo profissional 
de saúde que o atende deve ser:
a) aplicar morfina
b) promover uma boa hidratação
c) perguntar o nome
d) lavar a face
e) colocar colar cervical
Tenho domínio do assunto Refazer essa questão
Reler o comentário Encontrei dificuldade para responder
2014 - HSPE
6. Um pediatra está de plantão no SAMU e é acionado 
para o atendimento de um acidente automobilístico. 
Ao chegar ao local do acidente, encontra uma criança 
de 5 anos próxima a uma bicicleta, sem capacete, dei-
tada no asfalto e com ferimento cortocontuso extenso 
no crânio, após choque frontal com um carro. A criança 
está com respiração irregular e ECG (Escala de Coma de 
Glasgow) de 7. O pediatra decide estabilizar a via aérea 
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Comentários:
Além do gabarito o�cial divulgado pela instituição, nosso 
corpo docente comenta cada questão. Não hesite em 
retornar ao conteúdo caso se sinta inseguro. Pelo 
contrário: se achá-lo relevante, leia atentamente o 
capítulo e reforce o entendimento nas dicas e nos ícones.
Comentários
Cirurgia do Trauma
Atendimento inicial ao politraumatizado
Questão 1. Trata-se de paciente politraumatizado, ins-
tável hemodinamicamente, com evidência de hemope-
ritônio pelo FAST. Tem indicação de laparotomia explo-
radora, sendo que a expansão hemodinâmica pode ser 
otimizada enquanto segue para o centro cirúrgico.
Gabarito = D 
Questão 2. A escala de coma de Glasgow leva em con-
ta a melhor resposta do paciente diante da avaliação da 
resposta ocular, verbal e motora. Ainda que a avaliação 
do reflexo pupilar seja preconizada na avaliação inicial do 
politraumatizado, ela não faz parte da escala de Glasgow.
Gabarito = D 
Questão 3. A 1ª conduta no politraumatizado com rebai-
xamento do nível de consciência é garantir uma via aérea 
definitiva, mantendo a proteção da coluna cervical.
Gabarito = D
Questão 4. A pontuação pela escala de coma de Glasgow 
está resumida a seguir:
Abertura ocular (O)
Espontânea 4
Ao estímulo verbal 3
Ao estímulo doloroso 2
Sem resposta 1
Melhor resposta verbal (V)
Orientado 5
Confuso 4
Palavras inapropriadas 3
Sons incompreensíveis 2
Sem resposta 1
Melhor resposta motora (M)
Obediência a comandos 6
Localização da dor 5
Flexão normal (retirada) 4
Flexão anormal (decor-
ticação) 3
Extensão (descerebração) 2
Sem resposta (flacidez) 1
Logo, o paciente apresenta ocular 2 + verbal 2 + motor 4 = 8.
Gabarito = C
Questão 5. O paciente tem grande risco de lesão térmica 
de vias aéreas. A avaliação da perviedade, perguntando-
se o nome, por exemplo, é a 1ª medida a ser tomada. Em 
caso de qualquer evidência de lesão, a intubação orotra-
queal deve ser precoce.
Gabarito = C 
Questão 6. O tiopental é uma opção interessante, pois é 
um tiobarbitúrico de ação ultracurta. Deprime o sistema 
nervoso central e leva a hipnose, mas não a analgesia. É 
usado para proteção cerebral, pois diminui o fluxo sanguí-
neo cerebral, o ritmo metabólico cerebral e a pressão in-
tracraniana, o que é benéfico para o paciente nesse caso.
Gabarito = A
Questão 7. Seguindo as condutas preconizadas pelo 
ATLS®, a melhor sequência seria:
A: via aérea definitiva com intubação orotraqueal, man-
tendo proteção à coluna cervical.
B: suporte de O2 e raio x de tórax na sala de emergência.
C: garantir 2 acessos venosos periféricos, continuar a 
infusão de cristaloides aquecidos e solicitar hemoderi-
vados. FAST ou lavado peritoneal caso o raio x de tórax 
esteja normal.
D: garantir via aérea adequada e manter a oxigenação e 
a pressão arterial.
E: manter o paciente aquecido.
Logo, a melhor alternativa é a “c”. 
Gabarito = C
Questão 8. O chamado damage control resuscitation, que 
deve ser incorporado na próxima atualização do ATLS®, 
está descrito na alternativa “a”. Consiste na contenção 
precoce do sangramento, em uma reposição menos 
agressiva de cristaloide, mantendo certo grau de hipo-
tensão (desde que não haja trauma cranioencefálico as-
sociado), e no uso de medicações como o ácido tranexâ-
mico ou o aminocaproico.
Gabarito = A
Questão 9. O tratamento inicial de todo paciente poli-
traumatizado deve sempre seguir a ordem de priorida-
des proposta pelo ATLS®. A 1ª medida deve ser sempre 
garantir uma via aérea pérvia com proteção da coluna 
cervical. Nesse caso, a fratura de face provavelmente in-
viabiliza uma via aérea não cirúrgica, e o paciente é can-
didato a cricotireoidostomia. Após essa medida, e garan-
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Capítulo 9 - Anatomia e fisiologia do 
pâncreas ............................................................127
1. Anatomia ................................................................... 128
2. Anatomia microscópica ........................................ 131
3. Anomalias pancreáticas ........................................132
4. Fisiologia exócrina ..................................................133
5. Fisiologia endócrina ...............................................135
Resumo ...........................................................................135
Capítulo 10 - Pancreatite aguda .................. 137
1. Introdução ................................................................ 138
2. Etiologia .................................................................... 138
3. Quadro clínico e diagnóstico...............................140
4. Complicações ..........................................................143
5. Fatores de prognóstico ........................................143
6. Tratamento ...............................................................145
Resumo .......................................................................... 148
Capítulo 11 - Pancreatite crônica .................149
1. Definições ................................................................. 150
2. Etiologia .................................................................... 150
3. Patogenia ................................................................. 150
4. Quadro clínico e diagnóstico ............................... 151
5. Complicações............................................................153
6. Tratamento ...............................................................155
7. Pancreatite autoimune ..........................................1578. Pancreatite hereditária ........................................159
Resumo .......................................................................... 160
Capítulo 12 - Tumores pancreáticos e 
neuroendócrinos ............................................. 161
1. Introdução .................................................................162
2. Adenocarcinoma de pâncreas ............................162
3. Tumores de papila duodenal ...............................169
4. Lesões císticas ......................................................... 171
5. Tumores neuroendócrinos ...................................175
Resumo .......................................................................... 182
Capítulo 13 - Afecções do baço.....................183
1. Introdução ................................................................ 184
2. Abscesso esplênico ............................................... 184
3. Cistos esplênicos .....................................................185
4. Esplenectomia ....................................................... 186
Resumo .......................................................................... 188
Avaliação 
da função 
hepática
José Américo Bacchi Hora
Neste capítulo, serão abordados os principais exames 
(laboratoriais e de imagem) para a avaliação da função 
hepática. Entendê-los é fundamental para um adequado 
diagnóstico diferencial entre patologias do fígado, das 
vias biliares e até mesmo de outros órgãos e que pos-
sam repercutir no trato hepatobiliar. Quanto aos exames 
laboratoriais, as enzimas hepatocelulares, aspartato 
aminotransferase (AST ou TGO) e alanina aminotrans-
ferase (ALT ou TGP), servem para quantificar a lesão aos 
hepatócitos e tendem a se normalizar quando cessa o 
estímulo agressor. A ALT é praticamente encontrada só 
no fígado, enquanto a AST está presente também em 
músculos, ossos, rins, eritrócitos etc. As enzimas cana-
liculares relacionam-se a lesão nos ductos hepáticos e 
colestase, sendo representadas pela fosfatase alcalina, 
ou FA (presente também em ossos, adrenais, placenta, 
rins e pulmões), e pela gamaglutamiltransferase, ou 
GGT (que pode se elevar por álcool e barbitúricos), além 
da 5’-nucleotidase, portanto não devem ser analisadas 
isoladamente. Quanto à interpretação de produtos da 
excreção hepática, os níveis totais de bilirrubina repre-
sentam um balanço entre a produção e a excreção 
hepática, sendo as bilirrubinas plasmáticas divididas em 
direta (conjugada e hidrossolúvel) e indireta (não conju-
gada e lipossolúvel); devido às suas múltiplas interações 
com as diversas funções do fígado (captação, conju-
gação e excreção), podem oferecer uma visão geral da 
função do órgão. Quanto aos ácidos biliares, acredita-
-se que o prurido comumente observado nas icterícias 
obstrutivas decorra da deposição desses ácidos na pele 
e os níveis séricos podem estar aumentados nas coles-
tases. Os produtos de síntese hepática, como albumina 
plasmática (na deficiência, podem manifestar-se clinica-
mente por perda da massa muscular e fadiga) e fatores 
de coagulação (fatores vitamina K-dependentes II, VII, 
IX e X), na alteração da função hepática costumam cau-
sar alargamento no tempo de protrombina. Quanto aos 
marcadores de doenças congênitas e autoimunes, os 
principais são anticorpo antimitocôndria (cirrose biliar 
primária), transferrina sérica (hemocromatose), ceru-
loplasmina (doença de Wilson) e anticorpo antimúsculo 
liso (hepatite autoimune). Sobre os exames de imagens, 
são úteis do clínico ao cirurgião, e os mais importantes 
na avaliação hepática são a ultrassonografia (1º exame 
em casos de icterícia) com e sem Doppler, tomografia de 
abdome com contraste (hipertensão portal, tumores e 
abscessos hepáticos), ressonância (tumores e diagnós-
tico diferencial) e cintilografia (tumores). Dentre as 
classificações de gravidade de doença hepática, a mais 
conhecida é a de Child-Pugh, com pontuação de 3 a 15, 
considerando bilirrubina total, encefalopatia, ascite, TP 
(INR) e albumina. A nova classificação MELD considera 
níveis de bilirrubina e creatinina, o INR e a etiologia da 
doença hepática. 
1
sic gastroenterologia16
1. Introdução
Ao depararmos com um paciente com algum grau de disfunção he-
pática, haverá uma série de exames de imagem, enzimas e sorologias 
a partir dos quais se deverá realizar o diagnóstico. Os aspectos da 
anamnese e do exame físico são de suma importância, mas, nos casos 
de doença hepática, é essencial a correta interpretação dos exames 
complementares. 
2. Exames laboratoriais
Enzimas hepatocelulares, bilirrubinas, proteínas plasmáticas e outras 
substâncias são frequentemente utilizadas para o estudo complemen-
tar do paciente com doença no fígado e serão discutidas separada-
mente (Tabela 1).
Tabela 1 - Resumo da relevância dos principais exames de função hepática
Avaliação de agressão aos 
hepatócitos AST (TGO) e ALT (TGP)
Avaliação da função de sín-
tese hepática
Tempo de protrombina e albu-
mina (e bilirrubinas – exames que 
denominados “função hepática” ver-
dadeiramente)
Avaliação da excreção 
hepática (e lesão/agressão 
canalicular)
FA, GGT e 5’-nucleotidase
Avaliação global Bilirrubinas
AST: aspartato transaminase; TGO: Transaminase Glutâmico-Oxalacética; 
ALT: alanina transaminase; TGP: Transaminase Glutâmico-Pirúvica; FA: Fos-
fatase Alcalina, GGT: gamaglutamiltranspeptidase.
A - Enzimas hepáticas 
Há 2 grandes grupos de enzimas utilizados na avaliação hepática: as 
hepatocelulares e as canaliculares.
a) Hepatocelulares
As enzimas hepatocelulares, aspartato aminotransferase (AST ou TGO) 
e alanina aminotransferase (ALT ou TGP), servem para quantificarmos 
a lesão aos hepatócitos. Como estão presentes em grande quantidade 
no interior dessas células, sempre que estas são lesadas, os níveis sé-
ricos se elevam. Altos níveis séricos (>500UI/L) geralmente estão as-
sociados a hepatites agudas ou isquemia hepática. Já as elevações 
moderadas podem ser encontradas nos casos de hepatites crônicas e 
obstrução biliar. A ALT eleva-se mais do que a AST nos casos de hepati-
tes virais e na esteato-hepatite não alcoólica (NASH), enquanto o nível 
da AST é, em geral, 2 vezes o da ALT nas hepatopatias alcoólicas. 
Dica
A ALT é praticamente 
encontrada apenas no 
fígado, enquanto a AST 
está presente também 
em músculos, ossos, rins, 
eritrócitos etc. 
Deve-se notar que os níveis dessas enzimas estão tipicamente eleva-
dos na presença de agressão aos hepatócitos e, portanto, costumam se 
normalizar quando cessa o estímulo agressor.
b) Canaliculares
As enzimas canaliculares estão relacionadas a lesão nos ductos hepá-
ticos e colestase. São representadas pela FA e pela GGT, além da 5’-nu-
avaliação da função hepática 17
cleotidase. A FA está presente nas células superficiais dos canalículos 
biliares e se eleva precocemente nas colestases e na lesão ou prolifera-
ção de células ductais, geralmente 4 vezes seu valor normal. Pelo fato 
de estar presente em vários outros tecidos orgânicos (ossos, adrenais, 
placenta, rins e pulmões), deve ser avaliada em conjunto com altera-
ções de outras enzimas hepáticas, ou com a separação das isoenzimas 
hepáticas e extra-hepáticas. A 5’-nucleotidase é uma enzima canalicu-
lar específica do fígado, com localização canalicular e padrão de eleva-
ção paralelo ao da FA. A GGT também se apresenta alta nos casos de 
colestase e lesão canalicular, mas tem seus níveis elevados com a inges-
tão de algumas substâncias estimuladoras do citocromo P450, como o 
álcool e os barbitúricos, mesmo na ausência de alterações na excreção 
hepática.
Pergunta
2011 - SES-RJ
1. Um famoso médico recebeu, em 
seu consultório, o pai de um co-
lega de faculdade que clinicava 
no interior. Este, em seu enca-
minhamento, dizia não dispor de 
exames para esclarecer se estava 
diante de doença óssea ou hepá-
tica, dúvida nascida da análise de 
uma rotina laboratorial. O próprio 
médico colheu amostra de sangue 
para estudos adicionais, tendo 
um dosestudos apontado para 
hepatopatia, pois havia aumento 
significativo de:
a) deoxipiridinolina
b) 5’-nucleotidase
c) hidroxiprolina
d) telopeptídio C
Resposta no final do capítulo
B - Produtos de excreção hepática
a) Bilirrubina
A bilirrubina é um produto de degradação do núcleo heme, principal-
mente da hemoglobina. No seu metabolismo, diversas etapas depen-
dem do fígado, como captação, conjugação e excreção biliar (Figura 1), 
de modo que as bilirrubinas também podem oferecer uma visão geral 
da função do órgão. Devido à sua associação à hemólise, ao transporte 
plasmático e à própria função hepática, as alterações de seus níveis 
séricos devem ser analisadas individualmente. Em geral, seus níveis to-
tais representam um balanço entre a produção e a excreção hepática.
Figura 1 - Metabolismo da bilirrubina
As bilirrubinas plasmáticas são divididas em 2 frações: direta (conju-
gada e hidrossolúvel) e indireta (não conjugada e lipossolúvel). Devido 
às suas múltiplas interações com as diversas funções do fígado (capta-
ção, conjugação e excreção), as bilirrubinas também podem oferecer 
uma visão geral da função do órgão. 
A elevação da fração indireta de bilirrubinas pode estar relacionada ao 
aumento de sua disponibilidade (hemólise e eritropoese deficiente), à 
Hipertensão 
portal
Fábio Carvalheiro
Eduardo Bertolli
Allan Garms Marson
Yeda Mayumi Kuboki
Neste capítulo, serão discutidas a Hipertensão Portal (HP) 
e suas complicações, como a hemorragia digestiva alta. 
Esse assunto pode ser cobrado em provas de Cirurgia, Clí-
nica Médica e Epidemiologia, principalmente quando a 
etiologia é esquistossomótica. O sistema porta é o único 
do nosso corpo contido entre sinusoides (do pâncreas, 
baço, intestinos, vesícula biliar, fígado) e percorre um sis-
tema sem válvulas. A veia porta é responsável por 75% do 
fluxo sanguíneo do fígado e a artéria hepática apenas 25%, 
porém fornecendo 60% do oxigênio consumido pelo órgão. 
A pressão portal normal é de 10 a 15cm de água e na HP 
pode chegar a 25 a 30cm de água. A HP, em sua maioria, 
decorre da resistência ou obstrução ao fluxo sanguíneo 
no sistema porta e pode ser classificada em pré-hepática, 
intra-hepática (pré-sinusoidal, sinusoidal e pós-sinusoi-
dal) e pós-hepática. A causa mais comum de HP no Brasil 
é a cirrose hepática por vírus, álcool ou outras condições 
e, em alguns estados do Nordeste, a esquistossomose em 
sua forma hepatoesplênica. O gradiente de pressão entre 
veia porta e veia cava varia entre 1 e 5mmHg, sendo que 
variações acima desses níveis já são consideradas HP por 
definição, porém, clinicamente, esta só se torna significativa 
quando o gradiente excede os 10mmHg, com o surgimento 
de circulação colateral exuberante, sobretudo de varizes 
esofágicas, sendo o sangramento das varizes decorrentes 
da HP visualizado quando o gradiente é superior a 12mmHg. 
As manifestações clínicas podem ser de acordo com a etio-
logia da HP ou com as 4 maiores consequências clínicas: 
circulação colateral portossistêmica (alteração mais carac-
terística da HP), esplenomegalia (indolor e visualizada em 
até 80%), encefalopatia hepática (associada a cirrose) e 
ascite, estes 2 últimos critérios de gravidade na classifica-
ção de Child-Pugh. O desenvolvimento da HP é o 1º passo 
para retenção de líquido no quadro de cirrose. O diagnós-
tico pode se dar de 2 maneiras: sinais clínicos das patologias 
que cursam com a condição, no Brasil principalmente a cir-
rose hepática e a esquistossomose, ou complicação aguda 
em paciente sem conhecimento prévio da afecção, como em 
casos de hemorragia digestiva alta ou peritonite bacteriana 
espontânea. A determinação da severidade da hepatopatia 
se dá pela classificação de Child-Pugh, que leva em conta 
dados clínicos e laboratoriais, que se pontuam e resultam 
em uma soma. O método mais acurado para o diagnóstico 
de HP é o gradiente de pressão da veia hepática, obtido a 
partir da passagem de cateter com balão por fluoroscopia 
na veia hepática, aferindo-se a pressão da mesma ocluída 
pelo balão do cateter e depois com fluxo livre pelo balão 
desinsuflado, fazendo a relação entre ambas, que quando 
≥6mmHg define a síndrome. Deve-se em seguida fazer 
endoscopia digestiva alta para investigação e classificação 
de varizes esofágicas. Os sinais clínicos são classicamente 
4
Rodrigo Biscuola Garcia
Rafael Izar Domingues da Costa
Lúcia C. Barcellos Kunen
os estigmas de hepatopatia crônica, como icterícia, varizes 
de parede abdominal, eritema palmar, ginecomastia, atro-
fia testicular, ascite e esplenomegalia. Quando submetidos 
a exames laboratoriais, há evidências de disfunção hepá-
tica, como alargamento da razão normatizada internacional 
(INR), aumento de bilirrubinas, hipoalbuminemia e sinais de 
hiperesplenismo. O que diferencia o paciente com esquistos-
somose daquele com cirrose é que o primeiro tem a função 
hepática preservada, sem ascite (presente raramente em 
casos tardios da esquistossomose), peritonite bacteriana 
espontânea, encefalopatia ou distúrbios de coagulação. O 
tratamento no paciente esquistossomótico é a derivação 
ou shunt do fluxo portal para circulação sistêmica, deriva-
ção seletiva esquerda com anastomose esplenorrenal distal 
(com erradicação do parasita prévia à cirurgia) e esplenecto-
mia. O objetivo do tratamento no paciente cirrótico é evitar 
a hemorragia digestiva de alta morbimortalidade, respon-
sável por 1/3 dos óbitos nesse grupo. No sangramento 
agudo, a endoscopia deve ser feita nas primeiras 12 horas, 
e, se sangramento confirmado, é indicada ligadura elástica 
como 1ª escolha terapêutica (escleroterapia nos casos em 
que tecnicamente não é possível realizar a ligadura ou esta 
não é disponível). Aos indivíduos com varizes de esôfago, 
indicam-se profilaxia primária com betabloqueadores não 
seletivos e ligadura endoscópica. Na ascite o tratamento é 
de abstinência alcoólica, dieta hipossódica, diuréticos (espi-
ronolactona e furosemida) e paracentese de alívio em casos 
avançados. Na encefalopatia hepática, o tratamento é 
embasado na redução ou inibição na produção de amônia 
intestinal ou aumento na remoção de amônia com admi-
nistração de lactulose.
sic gastroenterologia52
1. Introdução
O sistema porta inicia-se nos sinusoides do pâncreas, do baço, dos in-
testinos e da vesícula biliar e percorre um sistema sem válvulas for-
mado pela veia porta e suas tributárias, mesentéricas superior e 
inferior e esplênica, chegando aos sinusoides hepáticos, sendo o único 
sistema do nosso corpo contido entre sinusoides.
Anatomicamente, a veia porta tem entre 6 e 6,5cm de extensão e até 
0,8cm de diâmetro, formada pela junção das veias mesentérica supe-
rior e esplênica, sendo que esta recebe a veia mesentérica inferior. Em 
sua fisiologia, o fígado recebe cerca de 1.500mL de sangue a cada mi-
nuto, sendo a veia porta responsável por 75% desse fluxo e a artéria 
hepática, apenas 25%, porém fornecendo 60% do oxigênio consumido 
pelo órgão. 
Figura 1 - Sistema porta 
A pressão portal normalmente é baixa, em torno de 10 a 15cm de água pela baixa resistência dos sinusoides 
hepáticos, sofrendo influência de respiração, postura e pressão intra-abdominal e elevando-se anormal-
mente quando há resistência ao fluxo sanguíneo no sistema, podendo chegar a níveis superiores a 25 a 30cm 
de água que definem Hipertensão Portal (HP).
hipertensão portal 53
2. Etiologia
A HP, em sua maioria, decorre da resistência ou obstrução ao fluxo san-
guíneo no sistema porta, proporcionando uma classificação anatômica 
quanto ao local da obstrução em relação ao fígado (Tabela 1). Mais rara-
mente, pode decorrer de aumento anormal do fluxo sanguíneo portal, 
como em casos de fístulas arteriovenosas, da artéria hepática para a 
veia porta.
Tabela 1 - Classificação conforme o local de acometimento
Categorias Exemplos
Pré-hepática
- Trombose de veia porta;
- Trombose de veia esplênica (causada 
por pancreatite crônica): suspeitar 
quando paciente sem sinais de hepa-
topatiae com sinais de HP, parti-
cularmente hemorragia por varizes 
gástricas;
- Esplenomegalia volumosa (provoca 
um fluxo hiperdinâmico);
- Fístula arteriovenosa esplâncnica.
Intra-hepática
Pré-sinusoidal
- Esquistossomose;
- Fibrose portal não cirrótica idiopática;
- Sarcoidose;
- Cirrose biliar primária;
- Malignidade.
Sinusoidal
- Cirrose hepática;
- Hepatite crônica.
Pós-sinusoidal
Doença veno-oclusiva (deposição de 
fibronectina em torno das veias cen-
trais dos lóbulos)
Pós-hepática
- Insuficiência cardíaca congestiva;
- Síndrome de Budd-Chiari (trombose 
de veias pós-hepáticas);
- Obstrução da veia cava inferior.
Pergunta
2015 - SES-GO 
1. A hipertensão portal pode ter 
diversas etiologias. Levando em 
conta a fisiopatologia da doença 
e a localização anatômica da re-
sistência ao fluxo portal, qual das 
etiologias a seguir é responsável 
por hipertensão portal intra-he-
pática, pré-sinusoidal?
a) trombose da veia porta
b) síndrome de Budd-Chiari
c) cirrose alcoólica
d) esquistossomose
Resposta no final do capítulo
A obstrução ao fluxo sanguíneo ocorre tanto no espaço porta como nos 
sinusoides e nas veias hepáticas. A fibrose portal causada evolutiva-
mente pela doença compromete o espaço portal, assim como os nódu-
los de regeneração alteram o fluxo das veias hepáticas, somando-se às 
alterações estruturais para aumento da resistência vascular.
Na cirrose também se observa alteração da microcirculação hepática, 
com anastomoses intra-hepáticas entre ramos das veias porta e hepá-
tica e entre ramos da veia porta e da artéria hepática, assim como capi-
larização dos sinusoides, como tentativa de facilitar o fluxo sanguíneo.
Outra causa da HP, a mais comum em alguns estados do Nordeste, é 
a esquistossomose em sua forma hepatoesplênica. Nessa patologia, 
a presença de ovos, vermes e granulomas nos espaços portais causa 
processo inflamatório que resulta em fibrose desse espaço (fibrose de 
Symmers), obstruindo os ramos venosos intra-hepáticos da veia porta.
Em oposição ao paciente cirrótico, o portador da esquistossomose tem 
o parênquima hepático preservado, assim como o fluxo sanguíneo to-
 
Dica
A causa mais comum de 
HP no Brasil é a cirrose 
hepática por vírus, álcool 
ou outras condições.
sic gastroenterologia54
tal, dependente do aporte arterial, sendo a HP pré-sinusoidal na maio-
ria, com componente de bloqueio intra-hepático dos ramos portais e de 
hiperfluxo pela esplenomegalia.
3. Fisiopatologia
O fluxo sanguíneo no sistema porta e sua resistência vascular consti-
tuem um equilíbrio que determina a pressão desse sistema, fazendo 
que esta possa aumentar nos casos de resistência ou obstrução vas-
cular ou aumento real do fluxo sanguíneo. Na maioria dos casos, o au-
mento da resistência é responsável pela HP, visto que o sistema tem 
capacidade de adaptar-se às variações de pressão, podendo esta lo-
calizar-se em qualquer segmento do eixo esplenoportal, da circulação 
intra-hepática e da drenagem venosa supra-hepática.
O gradiente de pressão entre veia porta e veia cava varia entre 1 e 
5mmHg, sendo que variações acima desses níveis já são consideradas 
HP por definição, porém, clinicamente, esta só se torna significativa 
quando o gradiente excede os 10mmHg, com o surgimento de circula-
ção colateral exuberante, principalmente de varizes esofágicas.
O sangramento das varizes decorrentes da HP é visualizado quando o 
gradiente é superior a 12mmHg.
Pergunta
2014 - UFF
2. Assinale o fármaco que dimi-
nui o fluxo sanguíneo esplâncnico 
indiretamente, pela redução dos 
níveis de outros fatores, como 
glucagon, peptídio vasoativo in-
testinal e substância P, e não por 
vasoconstrição direta, sendo hoje 
considerado de escolha no trata-
mento de hemorragia aguda por 
varizes:
a) vasopressina
b) propranolol
c) nadolol
d) 5-mononitrato de isossorbida
e) octreotida
Resposta no final do capítulo
4. Quadro clínico
As manifestações clínicas apresentam-se em alterações específicas de 
cada doença de base, ou em 4 maiores consequências clínicas.
A - Circulação colateral portossistêmica
É a de alteração mais característica da HP, resultante de anastomoses 
naturais entre vasos do sistema portal e da circulação sistêmica, ge-
rando dilatação de veias do plexo hemorroidário, da parede abdominal 
e da junção esofagogástrica. O surgimento das veias dilatadas na pa-
rede abdominal, próximas à cicatriz umbilical (“cabeça de medusa”), é 
um importante sinal clínico de HP (Figura 2).
Ao exame clínico, sopro venoso pode ser evidenciado na região do epi-
gástrio ou mesogástrio, denotando circulação intensa nos vasos umbili-
cais e paraumbilicais no ligamento falciforme e na região periumbilical, 
acentuado na inspiração, na sístole ou com o paciente em pé. 
Figura 2 - Circulação colateral na parede abdominal (“cabeça de medusa”)
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L.
 3
R 3
Provas
- ALBERT EINSTEIN - Hospital Albert Einstein
- AMP - Associação Médica do Paraná
- AMRIGS - Associação Médica do Rio Grande do Sul
- CERMAM - Comissão Estadual de Residência Médica do Amazonas
- CREMESP - Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo
- EMESCAM - Escola Superior de Ciências da Santa Casa de 
Misericórdia de Vitória
- FESP-RJ - Fundação Escola de Serviço Público
- FHEMIG - Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais
- FMJ - Faculdade de Medicina de Jundiaí
- FMUSP - Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo
- FMUSP-RP - Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo 
de Ribeirão Preto
- FURB - Universidade Regional de Blumenau
- HC-ICC - Hospital do Câncer - Instituto do Câncer do Ceará
- HCPA - Hospital de Clínicas de Porto Alegre
- HCV-PR - Hospital da Cruz Vermelha Brasileira - Filial do Paraná
- HECI - Hospital Evangélico de Cachoeiro de Itapemirim
- HFA - Hospital das Forças Armadas - DF
- HFAG - Hospital da Força Aérea do Galeão
- HFMO-SP - Hospital Francisco Morato de Oliveira
- HIVS - Hospital Infantil Varela Santiago
- HMOB - Hospital Municipal Odilon Behrens
- HMRN - Hospital Militar do Rio Grande do Norte
- HMSJ - Hospital Municipal São José
- HNMD - Hospital Naval Marcílio Dias
- HPM-MG - Hospital da Polícia Militar de Minas Gerais
- HSPE-SP* - Hospital do Servidor Público Estadual
- HSPM-SP - Hospital do Servidor Público Municipal
- HUEC - Hospital Universitário Evangélico de Curitiba
- IAMSPE - Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público 
Estadual
- IASERJ - Instituto de Assistência dos Servidores do Estado do Rio 
de Janeiro
- IFF - FIOCRUZ - Instituto Fernandes Figueira
- IMPARH - Instituto Municipal de Pesquisas, Administração e 
Recursos Humanos de Fortaleza
- INCA-RJ - Instituto Nacional do Câncer
- IOG - Instituto de Olhos de Goiânia
- IPSEMG - Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de 
Minas Gerais
- PM-MG - Polícia Militar de Minas Gerais
- PUC-PR - Pontifícia Universidade Católica do Paraná
- PUC-RS - Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
- SANTA CASA-BH - Santa Casa de Misericórdia de Belo Horizonte
- SANTA CASA-SP - Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São 
Paulo
- SES-DF - Secretaria de Estado da Saúde do Distrito Federal
- SES-GO - Secretaria de Estado da Saúde de Goiás
- SES-PE - Secretaria de Estado da Saúde do Pernambuco
- SES-RJ - Secretaria de Estado da Saúde do Rio de Janeiro
- SES-SC - Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina
- SÍRIO-LIBANÊS - Hospital Sírio-Libanês
- SURCE - Seleção Unificada para Residência Médica do Estado do 
Ceará
- SUS-BA - Sistema Único de Saúde da Bahia
- SUS-CE - Sistema Único de Saúde do Ceará
- SUS-SP - Sistema Único de Saúde de São Paulo
- UCPEL - Universidade Católica de Pelotas
- UEL - Universidade Estadual de Londrina
- UERJ - Universidade Estadual do Rio de Janeiro
- UERN - Universidade do Estado do Rio Grande do Norte
- UFAL - Universidade Federal do Alagoas
- UFAM - Universidade Federal do Amazonas
- UFC - Universidade Federal do Ceará
- UFCG- Universidade Federal de Campina Grande
- UFES - Universidade Federal do Espírito Santo
- UFF - Universidade Federal Fluminense
- UFG - Universidade Federal de Goiás
- UFJF - Universidade Federal de Juiz de Fora
- UFMS - Universidade Federal do Mato Grosso do Sul
- UFPE - Universidade Federal de Pernambuco
- UFPR - Universidade Federal do Paraná
- UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro
- UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte
- UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina
- UMC - Universidade de Mogi das Cruzes
- UNAERP - Universidade de Ribeirão Preto
- UNCISAL - Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas
- UNESP - Universidade Estadual Paulista
- UNIAMRIGS - Universidade Corporativa AMRIGS
- UNICAMP - Universidade de Campinas
- UNIFESO - Centro Universitário Serra dos Órgãos
- UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo
- UNIRIO - Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro
- UNITAU - Universidade de Taubaté
* Em 2010, 2011 e 2013, a instituição não divulgou seu caderno de 
provas. As questões destes anos são baseadas nos temas e nos 
casos abordados nas provas.
QUESTÕES
Cap. 1 - Avaliação da função hepática ........................... 5
Cap. 2 - Anatomia cirúrgica do fígado ........................... 5
Cap. 3 - Cirrose hepática e suas complicações ...........8
Cap. 4 - Hipertensão portal ............................................. 11
Cap. 5 - Tumores e abscessos hepáticos .................... 14
Cap. 6 - Transplante hepático ........................................ 18
Cap. 7 - Icterícia obstrutiva............................................. 21
Cap. 8 - Afecções da vesícula e vias biliares ..............23
Cap. 9 - Anatomia e fi siologia do pâncreas ...............29
Cap. 10 - Pancreatite aguda ...........................................30
Cap. 11 - Pancreatite crônica ..........................................35
Cap. 12 - Tumores pancreáticos e neuroendócrinos ...38
Cap. 13 - Afecções do baço ............................................. 44
Outros temas ...................................................................... 44
COMENTÁRIOS
Cap. 1 - Avaliação da função hepática .........................45
Cap. 2 - Anatomia cirúrgica do fígado .........................45
Cap. 3 - Cirrose hepática e suas complicações ........ 48
Cap. 4 - Hipertensão portal ............................................52
Cap. 5 - Tumores e abscessos hepáticos ....................56
Cap. 6 - Transplante hepático ........................................62
Cap. 7 - Icterícia obstrutiva.............................................66
Cap. 8 - Afecções da vesícula e vias biliares ..............69
Cap. 9 - Anatomia e fi siologia do pâncreas ...............76
Cap. 10 - Pancreatite aguda ........................................... 77
Cap. 11 - Pancreatite crônica ......................................... 84
Cap. 12 - Tumores pancreáticos e neuroendócrinos....88
Cap. 13 - Afecções do baço ..............................................95
Outros temas .......................................................................95
Índice 
 
 
 
Ga
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en
te
ro
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- 
 
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R 3
Questões
Gastroenterologia
Avaliação da função hepática
2014 - UFPI - CLÍNICA CIRÚRGICA
1. Na avaliação pré-operatória de um homem de 55 anos 
com hérnia umbilical, encontraram-se baixos níveis de 
transaminase e relação aspartato–alanina transamina-
se (AST/ALT) >2. Isso sugere:
a) hepatite alcoólica
b) hepatite A
c) hepatite B
d) hepatite C
e) cirrose
Tenho domínio do assunto Refazer essa questão
Reler o comentário Encontrei difi culdade para responder
2012 - UFSC - CLÍNICA CIRÚRGICA
2. Com relação à alfafetoproteína, assinale a alternativa 
correta:
a) pode estar aumentada nos pacientes com hepatites 
B e C
b) está muito elevada nos pacientes com colangiocarci-
noma hepático
c) tem valor diagnóstico no carcinoma da vesícula
d) tem valor prognóstico no carcinoma da junção das 
vias biliares
e) é exame que diferencia seminoma de carcinoma
Tenho domínio do assunto Refazer essa questão
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2012 - UFRN - CLÍNICA CIRÚRGICA
3. No pré-operatório de pacientes portadores de cirrose 
é importante a avaliação da função hepática, pelo siste-
ma de pontuação Child-Pugh. Um paciente que apresen-
ta bilirrubinemia entre 2 e 3mg/dL; albuminemia entre 
2,8 e 3,5g/L; tempo de protrombina entre 4 e 6 segun-
dos; encefalopatia estágio zero e ascite leve, é classifi -
cado como:
a) Child-Pugh D
b) Child-Pugh A
c) Child-Pugh C
d) Child-Pugh B
Tenho domínio do assunto Refazer essa questão
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Anatomia cirúrgica do fígado
2016 - SES-RJ - CLÍNICA CIRÚRGICA
4. Durante uma trissegmentectomia à direita devido a 
metástase hepática colorretal, os segmentos remanes-
centes são: 
a) I e IV 
b) I, II e III 
c) II, III e IVa 
d) V, VI, VII e VIII 
Tenho domínio do assunto Refazer essa questão
Reler o comentário Encontrei difi culdade para responder
2016 - HNMD - CLÍNICA CIRÚRGICA
5. O fígado direito é dividido em um setor anterior e um 
posterior. Os segmentos do setor anterior do fígado di-
reito são:
a) V e VIII
b) V e VII
c) VI e VIII
d) IV e V
e) V e VI
Tenho domínio do assunto Refazer essa questão
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2016 - HNMD - CLÍNICA CIRÚRGICA
6. Os limites do triângulo de Calot são defi nidos por:
a) ducto hepático comum, artéria cística e fígado
b) ducto cístico, ducto hepático comum e fígado
c) ducto cístico, artéria hepática comum e borda inferior 
do fígado
d) ducto hepático comum, artéria hepática direita e fígado
e) ducto cístico, infundíbulo da vesícula e fígado
Tenho domínio do assunto Refazer essa questão
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2016 - UFG - CLÍNICA CIRÚRGICA 
7. O fígado é dividido anatomicamente pelo ligamento 
falciforme em lobos direito e esquerdo, enquanto, fun-
cionalmente, é dividido em fígado direito e esquerdo 
transversalmente pelos ramos portais e longitudinal-
mente pelas veias hepáticas. Dessa forma, o fígado di-
reito corresponde aos segmentos:
a) V, VI, VII e VIII
b) VI, VII e VIII
sic gastroenterologia6 R3
 Gastroenterologia - Questões
R3
c) IV, V, VI, VII e VIII
d) IV, V, VI e VII
Tenho domínio do assunto Refazer essa questão
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2016 - SES-PE - CLÍNICA CIRÚRGICA
8. O lobo caudado:
a) é também conhecido como segmento II (2) do fígado
b) é visualizado entre o pedículo hepático e a veia cava 
inferior na tomografia 
c) fica, geralmente, atrofiado nas cirroses avançadas
d) tem seu retorno venoso drenado pela veia hepática 
esquerda
e) é irrigado pela artéria hepática acessória, ramo direto 
da aorta
Tenho domínio do assunto Refazer essa questão
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2016 - UFPI - CLÍNICA CIRÚRGICA
9. A linha de Cantlie é uma: 
a) linha no segmento IV que separa esse segmento em 
IV-A e IV-B
b) linha que separa o colédoco da placa hilar
c) linha que separa o setor anterior do setor posterior 
no lobo esquerdo
d) linha que separa o fígado direito do esquerdo (da ve-
sícula até a veia supra-hepática média)
e) linha que separa os lobos direito e esquerdo, coinci-
dindo com o ligamento falciforme
Tenho domínio do assunto Refazer essa questão
Reler o comentário Encontrei dificuldade para responder
2016 - UESPI - ACESSO DIRETO/CLÍNICA CIRÚRGICA
10. A trissegmentectomia hepática corresponde à res-
secção dos seguintes segmentos: 
a) I, II, III
b) II, III, IV
c) V, VI, VII, VIII
d) IV, V, VI, VII, VIII
e) somente o segmento IV
Tenho domínio do assunto Refazer essa questão
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2015 - UFF - CLÍNICA CIRÚRGICA
11. Tanto o colo da vesícula como o ducto cístico contêm 
pregas de mucosas orientadas espiralmente, as quais 
são conhecidas como valvas de:
a) Mascagni
b) Heister
c) Callotd) Bud
e) Hartmann
Tenho domínio do assunto Refazer essa questão
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2015 - UFF - CLÍNICA CIRÚRGICA
12. A causa mais comum de hemobilia é:
a) biópsia percutânea do fígado
b) trauma hepático fechado
c) trauma hepático penetrante
d) trauma iatrogênico do fígado e da árvore biliar
e) rotura de hemangioma hepático
Tenho domínio do assunto Refazer essa questão
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2014 - UERJ - CLÍNICA CIRÚRGICA
13. Durante a realização das hepatectomias esquerdas, 
deve-se realizar a exposição adequada da base da veia 
hepática esquerda, onde há sua inserção na veia cava 
inferior. Essa exposição é facilitada ao ser executada a 
secção completa do ligamento:
a) da veia cava inferior
b) hepatoduodenal
c) hepatocaval
d) venoso
Tenho domínio do assunto Refazer essa questão
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2014 - UERJ - CLÍNICA CIRÚRGICA
14. Um paciente de 54 anos foi submetido a retossig-
moidectomia por adenocarcinoma há 2 anos. Apresenta 
aumento dos níveis do CEA, e a tomografia evidenciou 
4 lesões hepáticas hipovasculares, a maior de 8cm, 
acometendo o terço proximal das veias hepáticas direi-
ta e média, 2 de 2cm no segmento 2 e outra de 4cm no 
segmento 3. A volumetria mostrou que o setor lateral 
esquerdo somado ao lobo caudado representa 19% do 
volume total do fígado. O tratamento adequado para o 
caso relatado, e que apresenta o melhor resultado onco-
lógico, é a hepatectomia direita:
a) estendida em 2 tempos
b) com ressecções não anatômicas do 2 e 3
c) estendida e ressecções não anatômicas do 2 e 3
d) com ablação por radiofrequência do setor lateral es-
querdo
Tenho domínio do assunto Refazer essa questão
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2014 - UFF - CLÍNICA CIRÚRGICA
15. A lobectomia hepática esquerda envolve a ressecção 
dos segmentos:
a) I, II, III
b) II, III, IV
c) III, IV, V
d) IV, V, VI
e) V, VI, VII
Tenho domínio do assunto Refazer essa questão
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2014 - INCA - ACESSO DIRETO/CLÍNICA CIRÚRGICA
16. Um paciente, submetido a colectomia por adeno-
carcinoma de sigmoide há 1 ano, apresentou metástase 
única no fígado, sendo indicada e realizada hepatecto-
mia direita. Os segmentos ressecados, de acordo com a 
classificação de Couinaud, foram:
 
 
 
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s
gastroenterologia 7
R 3
a) I, II, III, IV
b) IV, V, VI, VII, VIII
c) V, VI, VII, VIII
d) V, VI, VIII
Tenho domínio do assunto Refazer essa questão
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2014 - UFES - CLÍNICA CIRÚRGICA
17. Durante a colecistectomia por videocirurgia, a iden-
tifi cação e a ligadura ou clipagem da artéria cística pas-
sam pela sua abordagem dentro do triângulo cisto-he-
pático ou triângulo hepatobiliar, o qual é delimitado por:
a) colédoco, ducto cístico e artéria cística
b) vesícula biliar, ducto hepático comum e borda hepática
c) borda superior do duodeno, colédoco e artéria hepática
d) ducto cístico, ducto hepático comum e borda hepática
e) ducto hepático comum, artéria hepática e veia porta
Tenho domínio do assunto Refazer essa questão
Reler o comentário Encontrei difi culdade para responder
2013 - AMP - CLÍNICA CIRÚRGICA
18. A extensão do peritônio parietal que faz ponte entre 
a fáscia perirrenal e a parte posterior do fígado e que 
cobre o polo superior do rim direito é chamada de:
a) ligamento hepatorrenal
b) fáscia de Gerota
c) ligamento redondo do fígado
d) ligamento falciforme
e) peritônio parietal
Tenho domínio do assunto Refazer essa questão
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2012 - UERJ - ACESSO DIRETO/CLÍNICA CIRÚRGICA
19. Tendo agendado uma hepatectomia parcial em pa-
ciente com cistoadenocarcinoma lobar, o cirurgião re-
comendou ao interno do leito que revisse a anatomofi -
siologia do fígado. No dia da intervenção, enquanto mu-
dava de roupa no vestiário, começou a fazer perguntas 
sobre o tema e logo notou que o jovem discípulo desde-
nhara o seu conselho, visto que, acerca do suprimento 
sanguíneo, ele sequer sabia que:
a) a pressão portal gira em torno de 50% da pressão na 
artéria hepática
b) a artéria hepática contribui com pouco mais de 60% 
do afl uxo de sangue
c) a veia portal é responsável por aproximadamente 
75% do fl uxo para o órgão
d) o sangue venoso transporta cerca de 25% dos nu-
trientes que chegam a ele
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2012 - UFF - CLÍNICA CIRÚRGICA
20. Quando se procede à hepatectomia direita em pa-
ciente com metástase hepática colorretal, retiram-se os 
seguintes segmentos do fígado:
a) II, III, IV
b) I, V, VI, VII, VIII
c) I, II, III, IV
d) IV, V, VI, VII
e) V, VI, VII, VIII
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2011 - SES-SC - CLÍNICA CIRÚRGICA
21. Com relação à vascularização hepática, assinale a al-
ternativa correta:
a) o lobo caudado apresenta drenagem venosa da veia 
cava por meio de veias acessórias
b) a artéria hepática comum ramifi ca-se, na grande 
maioria das vezes, em artéria hepática direita e es-
querda
c) a artéria cística geralmente origina-se da artéria he-
pática esquerda
d) a veia porta é formada pela junção das veias mesen-
téricas superiores e inferiores
e) as veias supra-hepáticas direita, esquerda, média e 
magna são responsáveis pela drenagem venosa he-
pática
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2011 - SES-SC - CLÍNICA CIRÚRGICA
22. Assinale a alternativa correta a respeito da anato-
mia hepática:
a) o segmento 4 subdivide-se em 4A, 4B e 4C
b) o segmento 8 localiza-se entre as veias supra-hepáti-
cas média e direita
c) o ligamento falciforme está entre os segmentos he-
páticos 4 e 5
d) o fígado está subdivido em 8 segmentos mais o lóbulo 
caudado
e) os ligamentos falciforme, triangular, coronal e trans-
versal são responsáveis pela sustentação do fígado 
na cavidade abdominal
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2011 - UFG - CLÍNICA CIRÚRGICA
23. Analise a Figura a seguir:
A ressecção operatória dos segmentos hepáticos, em 
destaque na Figura, é:
a) setorectomia anterior direita
sic gastroenterologia8 R3
 Gastroenterologia - Questões
R3
b) segmentectomia anterior direita
c) bissegmentectomia medial direita
d) bissegmentectomia posterior direita
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2011 - UFG - CLÍNICA CIRÚRGICA
24. A Figura a seguir ilustra detalhes da vascularização 
arterial de órgãos do sistema digestório:
É notória, na Figura, uma variação anatômica na vascu-
larização:
a) do fígado
b) do estômago
c) da vesícula biliar
d) do baço
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2011 - UFG - CLÍNICA CIRÚRGICA
25. Que artéria não é ramo da hepática?
a) hepática própria
b) gástrica direita
c) gástrica esquerda
d) gastroduodenal
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Cirrose hepática e suas complicações
2016 - UNITAU - ACESSO DIRETO/CLÍNICA CIRÚRGICA
26. Na hipertensão portal por cirrose alcoólica, com 
varizes esofágicas sangrantes, qual é o melhor procedi-
mento, após estabilização hemodinâmica?
a) cirurgia de Warren
b) derivação esplenorrenal proximal e esplenectomia
c) desconexão ázigo-portal e esplenectomia
d) derivação portocava
e) ligadura elástica endoscópica e betabloqueador
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2016 - INCA - CLÍNICA CIRÚRGICA
27. O paciente com cirrose pode ser avaliado utilizando-
-se a classificação de Child-Pugh, que estratifica o risco 
cirúrgico de acordocom, exceto: 
a) níveis alterados de albumina 
b) níveis alterados de bilirrubina 
c) grau de ascite 
d) níveis alterados de fosfatase alcalina 
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2016 - UNIRIO - CLÍNICA CIRÚRGICA
28. A peritonite primária ou espontânea está relaciona-
da com:
a) pneumonite recorrente
b) infarto do miocárdio
c) infarto esplênico
d) diálise peritoneal
e) nasofaringite
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2016 - HEVV - ACESSO DIRETO/CLÍNICA CIRÚRGICA
29. Assinale a alternativa errada: 
a) pacientes hepatopatas crônicos candidatos à cirurgia 
para tratamento de obesidade extrema são melhor 
tratados pela gastrectomia vertical 
b) a escala MELD é calculada usando bilirrubina, INR e 
ascite 
c) hipertensão portal é definida como pressão esplênica 
maior que 15mmhg 
d) o melhor tratamento para paciente de 42 anos de ida-
de com Cirrose Child B e um único carcinoma hepato-
celular de 4cm no lobo direito é transplante hepático 
e) o fígado tem duplo suprimento sanguíneo: 25% pela 
artéria hepática e 75% pela veia porta
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2016 - UFSC - ACESSO DIRETO/CLÍNICA CIRÚRGICA
30. Com relação a peritonite primária bacteriana espon-
tânea, é correto afirmar que: 
a) sempre pode ser detectada uma causa intra-abdo-
minal 
b) os micro-organismos mais comuns são E. coli em adul-
tos e S. pneumoniae em crianças 
c) o exame do líquido ascítico revela flora polimicro-
biana 
d) o exame do líquido ascítico revela menos do que 250 
polimorfonucleares 
e) se não há crescimento bacteriano na cultura, a ascite 
é chamada de leucopênica 
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R 3
Comentários
Gastroenterologia
Avaliação da função hepática
Questão 1. Analisando as alternativas:
a) Correta. Os níveis de AST e ALT na hepatite alcoólica são 
tipicamente menores do que 300UI/L, com uma elevação 
desproporcional da AST comparada à ALT (razão ≥2).
b) Incorreta. As anormalidades laboratoriais na hepati-
te A incluem grandes elevações das aminotransferases 
(>1.000UI/L), sendo a ALT comumente mais alta do que 
a AST.
c) Incorreta. Na fase aguda da hepatite B, as eleva-
ções nas transaminases são maiores do que 1.000 a 
2.000UI/L, sendo a ALT maior do que a AST. Já na fase 
crônica os exames podem ser normais, mas a maioria 
possui elevação leve a moderada das transaminases.
d) Incorreta. Há grande variabilidade nos níveis de ami-
notransferases na hepatite C crônica, sendo rara a apre-
sentação de doença aguda. Mais de 1/3 dos pacientes têm 
ALT normal, sendo que o restante possui elevação leve. 
e) Incorreta. A AST e a ALT são usualmente moderada-
mente elevadas no paciente com cirrose, sendo a AST 
mais frequentemente elevada do que a ALT. Muitas for-
mas de hepatite crônica, com exceção da alcoólica, têm 
razão AST/ALT menor que 1.
Gabarito = A
Questão 2. Analisando as alternativas:
a) Correta. A alfafetoproteína pode estar aumentada 
nas hepatopatias como a viral aguda e crônica, hepatite 
alcoólica, cirrose em atividade e em outros tumores ma-
lignos (embrionários e metastáticos). 
b) Incorreta. Não se eleva no colangiocarcinoma. 
c) Incorreta. Não tem valor diagnóstico no carcinoma de 
vesícula.
d) Incorreta. Não tem valor diagnóstico e nem prognósti-
co no carcinoma da junção das vias biliares. 
e) Incorreta. No seminoma também há o aumento de al-
fafetoproteína. Desse modo, não consegue diferenciar o 
seminoma de carcinoma.
Gabarito = A
Questão 3. Alternativa “d” correta: o paciente é Child B. 
Fez 9 pontos: Bilirrubina = 2/ albumina = 2/ tempo de pro-
trombina = 2/ encefalopatia ausente = 1/ ascite leve = 2.
Sistema de pontuação Child-Pugh.
1 2 3
Bilirrubina <2g/dL 2 a 3 >3
Albumina >3,5 3,5 a 2,8 <2,8
Tempo pro-
trombina <4s 4 a 6s >6s
Ascite Ausente Leve a mo-derada
Moderada a 
severa
Encefalopatia Ausente Leve (graus I e II)
Severa (graus 
III e IV)
- Child A: 5 a 6 pontos;
- Child B: 7 a 9 pontos;
- Child C: >10 pontos.
Gabarito = D
Anatomia cirúrgica do fígado
Questão 4. A trissegmentectomia direita, ou hepatec-
tomia direita estendida, implica a hepatectomia direita 
(segmentos V, VI, VII e VIII) mais a retirada do segmento 
IV. Portanto, os segmentos remanescentes são o I, II e III.
Gabarito = B
Questão 5. O plano da veia hepática direita subdivide o 
lobo direito do fígado em anterior (V e VIII) e posterior 
(VI e VII).
(A) Visão anterior e (B) visão posterior do fígado
Gabarito = A
sic gastroenterologia46 R3
Gastroenterologia - Com
entários
R3
Questão 6. O triângulo de Calot (a seguir) é limitado pelo 
ducto hepático comum medialmente, ducto cístico late-
ralmente e borda inferior do lobo hepático direito supe-
riormente.
Gabarito = B
Questão 7. O plano da veia hepática direita subdivide o 
lobo direito do fígado em anterior (segmentos V e VIII) e 
posterior (segmentos VI e VII).
(A) Visão anterior e (B) visão posterior do fígado
Gabarito = A
Questão 8. Analisando as alternativas:
a) Incorreta. O segmento I (lobo caudado ou lobo de Spie-
gel) é considerado à parte. Diferente dos demais, recebe 
sangue portal tanto do ramo direito quanto do esquerdo 
da veia porta e, frequentemente, tem uma própria e pe-
quena veia hepática conectando diretamente à veia cava 
inferior.
b) Correta. O lobo caudado localiza-se atrás do pedículo 
hepático e sobre a veia cava inferior.
c) Incorreta. Na cirrose avançada, o lobo caudado se 
atrofia menos do que o lobo hepático direito.
d) Incorreta. 
e) Incorreta. O lobo caudado é irrigado pelas artérias he-
páticas direita e esquerda.
Gabarito = B
Questão 9. A linha de Cantlie é uma linha imaginária que 
passa medialmente à vesícula biliar e vai até a veia cava 
inferior, dividindo o fígado em lobos direito e esquerdo.
Gabarito = D
Questão 10. A trissegmentectomia direita, ou hepatecto-
mia direita estendida, implica a hepatectomia direita (seg-
mentos V, VI, VII e VIII) mais a retirada do segmento IV.
Gabarito = D
Questão 11. Analisando as alternativas:
a) Incorreta. O linfonodo de Mascagni ou de Lund é o 
linfonodo-sentinela da vesícula biliar.
b) Correta. As válvulas de Heister são pregas espirais na 
mucosa proximal do ducto cístico.
c) Incorreta. O triângulo hepatobiliar ou de Calot é o es-
paço anatômico entre o ducto hepático comum medial-
mente, o cístico lateralmente e a borda hepática supe-
riormente.
d) Incorreta. Existe o linfonodo de Lund. 
e) Incorreta. Bolsa de Hartmann corresponde ao infundí-
bulo da vesícula biliar.
Gabarito = B
Questão 12. Ainda que todas as situações listadas pos-
sam causar hemobilia, a causa mais comum é o trauma 
iatrogênico de fígado e árvore biliar, principalmente 
após manipulação cirúrgica ou endoscópica.
Gabarito = D
Questão 13. Analisando as alternativas:
a) Incorreta. O ligamento venoso também pode ser cha-
mado de ligamento da veia cava inferior. 
b) Incorreta. O ligamento hepatoduodenal é formado 
pela artéria hepática, pela veia porta e pelos ductos bi-
liares extra-hepáticos.
c) Incorreta. A veia cava inferior está localizada acima da 
glândula adrenal, mais profundamente no fígado. O seu 
lado direito é coberto por um ligamento fibroso, chama-
do hepatocaval, que se estende entre a borda posterior 
do fígado e a borda posterior da veia cava. 
d) Correta. O ligamento venoso (a veia umbilical obli-
terada) corre junto ao ligamento redondo, ao longo da 
face anterior do lobo caudado, e liga-se à veia hepática 
esquerda, que mais frequentemente desemboca na veia 
cava inferior, como um tronco único, mas que pode ser 
independente em alguns casos. Na hepatectomia es-
querda, o ligamento gastro-hepático é dividido, e a dis-
secção continua até o ligamento venoso, o qual é disse-
cado na sua entrada na veia hepáticaesquerda.
Gabarito = D
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gastroenterologia 47
R 3
Questão 14. Analisando as alternativas:
a) Correta. Alguns consensos defi nem irressecabilida-
de de metástases hepáticas se doença extra-hepática 
intratável, não apto para cirurgia, ou envolvimento de 
mais de 70% do fígado ou 6 segmentos. Em situações 
extremas, em que há múltiplas metástases em ambos 
os lobos hepáticos, ressecção em 2 tempos é a melhor 
solução. A recomendação é que primeiramente se realize 
a exérese do parênquima hepático que se pretende pre-
servar; é uma ressecção poupadora do lobo em que há 
menos doença (geralmente o esquerdo). Esperam-se de 
4 a 6 semanas e realiza-se a hepatectomia direita esten-
dida, que envolve a ressecção do lobo hepático direito 
(segmentos V, VI, VII, VIII) e do lobo caudado (segmento 
I), ao longo de segmento IV. Indicação comum é a de le-
são hepática direita, como colangiocarcinoma ou metás-
tases de câncer colorretal, estendendo-se medialmente 
ao segmento hepático esquerdo.
b) e c) Incorretas. Margens tumorais negativas são mais 
prováveis usando técnicas anatômicas do que não ana-
tômicas; ressecções não anatômicas podem ser neces-
sárias para manejar malignidades em que o volume he-
pático residual será insufi ciente seguindo a ressecção 
anatômica.
d) Incorreta. Ablação com radiofrequência ou criocirur-
gia é às vezes aplicada após ressecção macroscópica in-
completa das metástases hepáticas de câncer colorretal 
ou se há pequenas lesões achadas incidentalmente e que 
são cirurgicamente inacessíveis.
Gabarito = A
Questão 15. Analisando as alternativas:
a) Incorreta e b) Correta. O plano da fi ssura umbilical (li-
gamento falciforme) divide o lobo esquerdo em segmen-
to medial (IV) e segmento lateral (II e III). O segmento I 
(lobo caudado ou lobo de Spiegel) é considerado à parte. 
A hepatectomia esquerda signifi ca a retirada dos seg-
mentos II a IV (com ou sem a retirada do segmento I).
c), d) e e) Incorretas. O plano da veia hepática direita sub-
divide o lobo direito do fígado em anterior (V e VIII) e 
posterior (VI e VII). Assim, a hepatectomia direita corres-
ponde à retirada dos segmentos V a VIII. 
Gabarito = B
Questão 16. A segmentação hepática, proposta por Cou-
inaud em 1957, divide o fígado em 8 segmentos indepen-
dentes, com sua própria irrigação e drenagens venosa e 
biliar. O plano da veia hepática direita subdivide o lobo 
direito em anterior (segmentos V e VIII) e posterior (seg-
mentos VI e VII). O plano da fi ssura umbilical (ligamento 
falciforme) divide o lobo esquerdo em segmento medial 
(segmento IV) e segmento lateral (segmentos II e III). O 
segmento I (lobo caudado ou lobo de Spiegel) é conside-
rado à parte.
Gabarito = C
Questão 17. O triângulo hepatobiliar ou de Calot é um 
reparo anatômico utilizado para identifi car estruturas 
importantes durante a colecistectomia, sendo limitado 
pelo canal cístico, pelo ducto hepático comum e pela bor-
da inferior do fígado. As artérias hepática e cística estão 
localizadas dentro do triângulo.
Gabarito = D
Questão 18. Analisando as alternativas:
a) O ligamento hepatorrenal é a extensão do peritônio 
parietal que faz ponte entre a fáscia perirrenal e a parte 
posterior do fígado, e que cobre o polo superior do rim 
direito.
b) A fáscia de Gerota é a camada de tecido conectivo en-
capsulando os rins e as glândulas suprarrenais.
c) O ligamento redondo do fígado é formado pela obli-
teração da veia umbilical no feto e começa na cicatriz 
umbilical, percorrendo a linha mediana e se fi xando ao 
fígado abaixo do ligamento falciforme, até a veia porta 
esquerda.
d) O ligamento falciforme é aquele que prende o fígado à 
parede abdominal anterior.
e) O peritônio parietal é a camada do peritônio que re-
veste a parede abdominal.
Gabarito = A 
Questão 19. Analisando as alternativas:
a) Incorreta. A pressão portal é em torno de 10mmHg e a 
pressão média arterial é em torno 90mmHg. 
b) Incorreta. Somente 30% do suprimento hepático são 
realizados pela artéria hepática. 
c) Correta. A veia porta é responsável por cerca de 70% 
do suprimento sanguíneo hepático. 
d) Incorreta. O sangue venoso (veia porta) transporta 
cerca de 40% de oxigênio e nutrientes. A artéria hepáti-
ca transporta 60% do sangue oxigenado.
Gabarito = C 
Questão 20. O fígado é dividido anatomicamente em lo-
bos hepáticos direito e esquerdo através do ligamento 
falciforme. Existe outra divisão que é funcional e baseia-
-se no fl uxo sanguíneo arterial, fl uxo sanguíneo portal, 
drenagem biliar e drenagem hepática. Divide funcional-
mente o fígado em lobos hepáticos direito e esquerdo. 
Lobo hepático I: caudado; IV: quadrado: lobo hepático 
esquerdo: II e III; lobo hepático direito: V, VI, VII e VIII. 
Na hepatectomia direita realiza-se a ressecção do lobo 
hepático direito funcional. 
Gabarito = E
Questão 21. A veia porta é responsável por 75 a 80% do 
fl uxo sanguíneo hepático, e o restante é atribuído à ar-
téria hepática. É formada pela junção das veias mesen-
térica superior e esplênica, dorsal ao colo do pâncreas. 
O tronco portal se divide em 2 ramos na fi ssura portal, 
o direito e o esquerdo. A artéria hepática nasce do tron-
sic gastroenterologia48 R3
Gastroenterologia - Com
entários
R3
co celíaco e passa ao longo da margem superior do pân-
creas em direção ao fígado. Seu principal ramo (artéria 
gastroduodenal) a divide em artéria hepática comum e 
artéria hepática própria. No ligamento hepatoduodenal 
(onde se localiza medialmente ao ducto biliar e anterior-
mente à veia porta), ramifica-se em artérias hepáticas 
direita e esquerda. A drenagem venosa é feita pelas 
veias supra-hepáticas direita, média e esquerda. O lobo 
caudado drena diretamente para a veia cava.
Gabarito = A
Questão 22. O plano da veia hepática direita subdivide 
o lobo direito do fígado em anterior (V e VIII) e poste-
rior (VI e VII). Portanto, considerando o fígado em sua 
posição anatômica, a borda direita é formada pelos seg-
mentos VIII (superiormente) e V (inferiormente). Já o pla-
no da veia porta subdivide o lobo direito em superior e 
inferior (formando os 4 segmentos – V a VIII). Tal plano 
também subdivide o segmento medial esquerdo em su-
perior (IVa) e inferior (IVb).
O plano da fissura umbilical (ligamento falciforme) divi-
de o lobo esquerdo em segmentos medial (IV) e lateral 
(II e III). O segmento I (lobo caudado ou lobo de Spiegel) 
é considerado à parte. Diferentemente dos outros seg-
mentos, ele recebe sangue portal tanto do ramo direito 
quanto do esquerdo da veia porta, e, frequentemente, 
uma própria e pequena veia hepática conectando-se di-
retamente à VCI. 
Gabarito = B
Questão 23. Pelo consenso da IHBPA de Brisbane, 2000, 
com relação à terminologia da anatomia hepática e de 
suas ressecções, a cirurgia é chamada setorectomia an-
terior direita.
Gabarito = A
Questão 24. Observa-se a distribuição normal do tron-
co celíaco, com a artéria hepática comum originando a 
artéria hepática própria e a artéria gastroduodenal. 
Entretanto, há uma 2ª artéria hepática, ramo da artéria 
mesentérica superior. 
Gabarito = A
Questão 25. A artéria hepática comum é um ramo do 
tronco celíaco e emite os seguintes ramos: artéria hepá-
tica própria, artéria gástrica direita e artéria gastroduo-
denal. A artéria gástrica esquerda também é um ramo 
do tronco celíaco.
Gabarito = C
Cirrose hepática e suas complicações
Questão 26. O tratamento cirúrgico no cirrótico com 
sangramento por varizes esofágicas deve ser evitado 
antes do transplante hepático, e, nos casos de hemorra-
gia incontrolável ou ressangramentos, deve-se preferir 
a derivação portossistêmica por radiologia interven-
cionista pelo TIPS (Transjugular Intrahepatic Portosys-
temic Shunt) às derivações cirúrgicas portocavas ou 
mesentérico-cavas, por apresentar menor morbidade 
e não interferir no procedimento cirúrgico posterior de 
transplante. A desconexão ázigo-portal associada à es-
plenectomia está indicada aosesquistossomóticos com 
hipertensão portal, assim como a cirurgia de Warren 
(derivação seletiva esplenorrenal distal). O shunt não 
seletivo esplenorrenal proximal não é indicado nesses 
casos. No sangramento agudo por varizes esofágicas, a 
endoscopia deve ser realizada nas primeiras 12 horas, e, 
se sangramento confirmado, é indicada ligadura elástica 
como 1ª escolha terapêutica. Aqueles que já apresenta-
ram hemorragia digestiva alta devem ser encaminhados 
a um serviço de transplante hepático, pois esse é o único 
tratamento efetivo, e a mortalidade é elevada nos res-
sangramentos. Até com o transplante, deve-se realizar o 
tratamento endoscópico, além de utilizar bloqueadores 
beta-adrenérgicos (propranolol) e protetores gástricos.
Gabarito = E
Questão 27. Segue a classificação de Child-Pugh:
Critérios
Escore numérico
1 2 3
Ascite Ausente Leve a moderada Tensa
Encefalopatia Ausente 1 a 2 3 a 4
Bilirrubina (mg/
dL) <2 2 a 3 >3
Albumina (g/dL) >3,5 3,5 a 2,8 <2,8
INR <1,7 1,7 a 2,3 >2,3
Classes 
funcionais Pontuações Descrições
A 5 a 6 Doença hepática menos grave
B 7 a 9 Doença hepática modera-damente grave
C 10 a 15 Doença hepática mais grave
Gabarito = D 
Questão 28. A grande maioria daqueles com peritonite 
bacteriana espontânea tem cirrose avançada. Ascite re-
lacionada a malignidade e ascite cardíaca pode se tornar 
infectada, mas isso é raro, assim como ascite nefrótica. 
Peritonite associada a diálise peritoneal pode ocorrer, 
mais comumente por contaminação por patógenos cutâ-
neos; as causas seriam manipulação do cateter, presença 
de fluido não fisiológico na cavidade peritoneal e remo-
ção constante de macrófagos e citocinas. 
Gabarito = D
	Sem nome
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	Sem nome

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