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Afecções do esôfago e estômago. Afecções do esôfago 1. Atresia esofágica e Fístulas traqueoesofágicas Epidemiologia - 1:2500 a 3000 nascidos vivos. - 1,26 meninos : 1 menina. Etiologia: - Anomalias cromossômicas 6-10% - Anomalias associadas (AE Sindrômica). ● Anorretal. ● Cardíaca. ● Traqueoesofágica. ● Renal. ● Membros ou Extremidades. Classificação Diagnóstico - Pré-natal: ● USG: Polidrâmnio; Bolha gástrica ausente oou pequena; Estômago pequeno e esôfago cervical dilatado. ● RNM: Não visualização do esôfago torácico - Pós-natal: ● Testar permeabilidade esofágica com sonda: Polidrâmnio; VACTREL. ● Acúmulo de saliva boca/esôfago proximal (suspender dieta oral) ● RX de tórax com sonda 10fr: Identifica atresia e ideia do tamanho do coto ● RX com esôfago dilatado por ar: Presença de ar no estômago significa fístula distal; Ausência de ar AE sem fístula distal (associação com long-gap) ● Dúvida diagnóstica: RX com pouco contraste (risco de aspiração). - Exames complementares: ● Broncoscopia: identificação de fístula distal e possível proximal ● Ecocardiografia antes da cirurgia ● USG renal ● RX de coluna ● Consulta Geneticista Tratamento pré operatório - Serviço terciário: UTI NEO + CIPE - SOG 10fr em esôfago proximal com aspiração contínua - Decúbito lateral e com cabeceira elevada - Bom acesso vascular - Monitorização contínua - IOT + VM se desconforto respiratório - Ventilação baixa pressão e alta frequência (evita distensão gástrica) - Ligadura da fístula com reparação primária retardada - Gastrostomia de emergência com descompressão gástrica se muito instável - Aspiração de Venturi - Correção cirúrgica ● Toracotomia ou toracoscopia (direita extra-pleural). ● Anastomose primária. - Tratamento da atresia de esôfago sem fístulas traqueoesofágicas ● Gastrostomia dupla para descompressão e alimentação: estômago pequeno. ● Reconstrução esofágica ➔ Comprimento. ➔ Distância entre os cotos (corpos vertebrais) ◆ Estudo contrastado / Toracoscopia (ideal). ➔ Algumas semanas - 3 meses. ➔ Manter aspiração contínua do coto proximal. ● Evitar esofagostomia cervical. ● Técnicas de alongamento esofágico. ● Substituição esofágica. - Manobras para alongamento do esôfago na atresia esofágica de hiato-longo ● Manobras não operatórias (em combinação com anastomose primária retardada). ➔ Crescimento espontâneo; ➔ Dilatação por sondas; ◆ Proximal ◆ Proximal e distal ◆ Magnético ● Manobras operatórias ➔ Uso do esôfago nativo ◆ Mobilização da bolsa superior. ◆ Miotomia da bolsa superior. ◆ Alongamento da dobra da bolsa superior. ◆ Alongamento extratorácico multiencenado da bolsa proximal. ➔ Uso da toracoscopia ◆ Mobilização da bolsa inferior ◆ Miotomia da bolsa inferior ◆ Miotomia da bolsa superior e inferior ➔ Suturas de tração ◆ Colocação toracoscópica. ➔ Distensão hidrostática da bolsa inferior ➔ Alongamento da curvatura menor - Tratamento pós operatório: ● Ventilação mecânica + Relaxamento muscular por 5 dias (anastomose com tensão). ● Drenagem torácica (opcional) ● Alimentação precoce com sonda orogástrica Complicações - Fístula anastomótica. - Deiscência da anastomose esofageana - Estenose anastomótica - Recidiva da fístula traqueoesofágica ● Tosse durante alimentação ● Apneia ● Episódios de cianose ● Infecções respiratórias repetidas - Traqueomalácia: normalmente na região da fístula - Distúrbio peristáltico - Refluxo gastroesofágico - Câncer esofágico - Disfunção da corda vocal (lesão do laríngeo recorrente). 2. Fenda laríngea e laringotraqueoesofágica Epidemiologia - Raras (1:10.000 - 20.000 nascidos vivos). - Comunicação na linha média da laringe, traqueia, brônquios, faringe e esôfago superior. - Malformações associadas. Quadro clínico: - Assintomáticos a grave insuficiência respiratória e cianose - Rouquidão é comum - Dieta oral agrava sintomas - Pneumonia aspirativa recorrente Diagnóstico - RX contrastado. - Traqueobroncoscopia. Tratamento: de acordo com o tipo e anomalias associadas - Dieta por sonda nasogástrica - Medicação anti refluxo - GMT + VAR. 3. DRGE Epidemiologia: - Frequente em RN e lactentes - 60-65% com resolução espontânea aos 2 anos (sem tratamento). Patológica: - Desnutrição significativa - Crescimento inadequado (consumo calórico ineficiente). - Complicações respiratórias - Risco à vida: precisa de intervenção clínica e /ou cirúrgica. Fisiopatologia - Incompetência das barreiras antirrefluxo. - Passagem do conteúdo gástrico para o esôfago ● Ânsia de vômito → Aumento espasticidade → Aumento da pressão abdominal. ● Deglutição deficiente → Engasgos / Sufocação → Aumento intermitente da pressão abdominal ● Desenvolvimento de hérnia de hiato → Predispõe mais à DRGE. - DRGE → esofagite com inflamação crônica → ùlcera → cicatriz e estenose. Anomalias congênitas que predispõem a DRGE: - Atresia esofágica com ou sem fístula: Peristaltismo anormal / EEI incompetente. - Atresias duodenais e do intestino delgado proximal. - Hérnia diafragmática congênita: Anormalidades anatômicas do hiato e do esôfago. - Gastrosquise / Onfalocele. Consequências do refluxo: - Esofagite erosiva - estenose - Esôfago de Barrett (pré-maligna). ● Epitélio escamoso substituído por colunar com metaplasia. - Complicações pulmonares ● Doença reativa das vias aéreas ● Pneumonia - Desnutrição (incapacidade de manter a ingesta calórica adequada). - Episódios de apneia (crises com risco à vida). Clínica - Regurgitação persistente (mais comum). - Irritabilidade / Choro apesar de consolo (causada pela dor - refluxato ácido) - Dor retroesternal / Pirose (mais velhos). - Disfagia (estenose e distúrbio de motilidade esofágica por inflamação). - Sintomas obstrutivos e dor (estenose). - Sintomas respiratórios: ● Tosse crônica ● Sibilância ● Sufocação ● Apneia ● Síndrome da morte súbita do lactente ● Bronquite / pneumonia (por aspiração do refluxato) ● Laringoespasmo / broncoespasmo (estímulo pela acidificação da mucosa) - apneia e sufocação (confunde com asma). ● Hemorragia (incomum): enterorragia ou melena. Diagnóstico: - História clínica (determinar a necessidade de terapia). - Estudo contrastado do esôfago - estômago - duodeno (determina anatomia do esôfago e jejuno gástrico, clareamento do esôfago e da motilidade esofágica e gástrica). - Phmetria 24hs: não indicado para casos não complicados - Manometria esofágica (raro uso na pediatria) - Endoscopia Digestiva Alta (ocasionalmente necessária) Tratamento - Individualizado. - Considera: ● Idade. ● Informações anatômicas ● Intensidade da doença e ambiente social - Tratamento não operatório é a terapia inicial na maioria. - Tratamento clínico ● Medidas posturais e alimentação: ➔ Redução do volume (sem privação calórica). ➔ Dieta pobre em gordura. ➔ Exclusão de chocolate, café, chá, bebidas gaseificadas e pratos condimentados. ➔ Posição semiereta sentada (aproximadamente 45º). ● Terapia farmacológica ➔ Se persistir sintomas apesar de medida postural e dietética ➔ Aumento do peristaltismo esofágico, pressão do EEI, esvaziamento gástrico e diminuição da produção gástrica de ácido. ◆ Procinéticos: cisaprida e metoclopramida não são seguros. ◆ Redução da acidez: antagonistas dos receptores histamina 2 (ranitidina) ou IBPs (omeprazol na esofagite intensa e casos refratários). - Tratamento cirúrgico ● Indicações ➔ Após falha no tratamento clínico: crescimento insatisfatório: atraso do crescimento ou falta de ganho de peso apropriado. ➔ Esofago de barret ➔ Hérnia de hiato ● Fundoplicatura Nissen ● Gastrostomia. 4. Lesão esofágica por corpo estranho Epidemiologia - CE mais frequente: Moeda - Risco de lesão grave: Bateria botão (perfuração menos 6 horas). - 10-20% complicações: ● Fístula aorto-esofágica. ● Perfuração. ● Estenose esofágica. ● Fístula traqueoesofágica. ● Dificuldade respiratória. - Locais de estreitamento fisiológico do esôfago. Clínica: - Mais Assintomáticas que os adultos. - Mais sintomas respiratórios. - Suspeitar quando: ● Salivação excessiva. ● Recusa de alimentos. ● Tosse inexplicável. ● Engasgos.Diagnóstico: - Raio X de tórax em AP e P. Tratamento: Remoção endoscópica 5. Lesão esofágica por substância química Epidemiologia - Em 2010: 50% crianças menores de 6 anos ● Média idade 3,7 anos. ● 60% Masculino. - Ingestões acidentais. - Produtos de limpeza doméstica. - Extensão da lesão: ● Composição da substância. ● Volume. ● Concentração. ● Duração do contato. Fases da lesão: - Necrose liquefativa. - Fase de reparação (5 dias a 2 semanas) Parede esofágica mais fina, risco de perfuração. - Retração cicatricial (após 2 semanas) Possível formação de estenose esofágica. Clínica - Assintomático. - Náuseas. - Vômitos. - Disfagia. - Odinofagia. - Salivação. - Dor abdominal. - Dor torácica. - Estridor. Apresentação: - História da ingesta. - Lesões na face e orofaríngeas . - Peritonite. - Mediastinite. - CIVD. - Choque. Obs: A ausência de sintomas ou lesões na orofaringe não exclui lesão esofágica, já a presença de 3 ou mais sintomas é preditor de lesão esofágica grave. Tratamento: - Inicial: Manejo das vias aéreas e reanimação. - Obs: ● Laringoscopia direta (edema de laringe). ● Não induzir vômito (exposição adicional à substância). ● Rx de abdome e tórax (procura de sinais de perfuração). ● Tc de tórax (casos selecionados). ● Avaliação endoscópica (24-48hs). Classificação da lesão cáustica - Avaliação endoscópica - 1° grau: superficiais (edema e eritema): Mucosa esofágica se transforma, mas não forma estenose. - 2° grau: envolvem mucosa, submucosa e muscular (ulceração profunda e tecido de granulação): Ocorre deposição de colágeno e contração (estenose pode ocorrer). - 3° grau: lesões transmurais (ulcerações profundas com esôfago enegrecido): Pode resultar em perfuração esofágica). Contra indicações para a endoscopia: - Choque. - Insuficiência respiratória. - Peritonite. - Mediastinite. - Evidência de perfuração. - Não realizar depois de 5 dias (Fase de reparação – Esôfago fino – Risco de perfuração). Tratamento: a depender do grau - Grau 1 e 2a: ● Alimentação oral permitida. ● Alta após desaparecimentos dos sintomas. - Grau 2b e 3: ● Observar por 24-48hs. ● Fase aguda: ATB / Corticóides / inibidor de bomba de próton (sem protocolo). ● Passagem de sonda para alimentação por EDA. ● Em seguida, avançar a dieta. ● RX contrastado em 21 dias (estenose). ➔ Estenose = dilatação gradual / Refratário = Ressecção cirúrgica. - Tratamento cirúrgico: ● Falha no tratamento endoscópico. ● Malignização. ● Estenoses longas. ● Estenoses estreitas. ● Complicação tardia: carcinoma esofágico. ● Vigilância a longo prazo. 6. Estenoses esofágicas São estenoses benignas: - Esofagite de refluxo (curtas e no 1/3 inferior do esôfago). - Ingestão de corrosivos (longas irregulares). - Cicatrização anastomótica (discretas e curtas): DRGE pode agravar. Clínica - Vômitos. - Déficit de crescimento. - Doença pulmonar concomitante. - Hérnia hiatal (pode estar presente). Diagnóstico - Raio X contrastado - EED. Tratamento - Medicamentos: inibidor de bomba de próton. - Suporte nutricional. - Otimização respiratória. - Dilatação EDA (velas e balão). - Fundoplicatura. - Ressecção da estenose e interposição de enxerto. 7. Estenose congênita do esôfago Epidemiologia: - Raro (1 em 25.000 a 50.000 nascidos vivos). - 1/3 associada com atresia de esôfago (terço distal). Variações histopatológicas: - Remanescentes traqueobrônquicos. - Diafragmas membranosos. - Fibrose difusa da muscular e submucosa. Clínica: - Maioria assintomática ao nascimento. - Início dos sintomas: 4 a 10 meses de vida (introdução de comida sólida) ● Vômitos. ● Disfagia. ● Déficit do crescimento. ● Sintomas respiratórios (10%). Diagnóstico: - Esofagograma: ● Estenose abrupta ou cônica. ● Comum na junção terço médio e distal. - Avaliação adicional: ● Phmetria e EDA (excluir DRGE associada a estenose e esofagite). - Dilatação (sem benefício a longo prazo). Tratamento: - EDA: Dilatação (sem benefício a longo prazo). - Cirúrgico: ● Ressecção da estenose (toracotomia e toracoscopia E). ● Anastomose término terminal. 8. Perfuração do esôfago Epidemiologia - Raro / Potencialmente fatal. Etiologia: - Lesões iatrogênicas (80%): ● Inserção de sondas. ● Dilatações de estenose (mais comum / esôfago torácico). ● Intubação orotraqueal. - Resultado de ingestão de corpos estranhos/substâncias cáusticas. - Espontâneas. - Infecciosas. - Traumáticas. Fisiopatologia 1. Propagação da infecção e inflamação para o mediastino. 2. Mediastinite. 3. Empiema. 4. Abscesso. ** Sépsis o RN: mais comum junção faringoesofágica (porção mais estreita). Clínica - Dificuldade respiratória. - Disfagia. - Febre. - Dor torácica. - Enfisema subcutâneo. Diagnóstico - Rx de tórax AP + P: ● Pneumotórax. ● Derrame pleural. ● Enfisema subcutâneo. ● Pneumopericárdio. ● Pneumomediastino. - Esofagograma com contraste. - TC de tórax: ● Pneumomediastino. ● Derrame pleural. ● Espessamento da parede esofágica. Tratamento: Tamanho da lesão e Estado clínico do paciente - Maioria abordagem conservadora agressiva: ● ATB largo espectro • SNG (se possível) – alimentação durante cicatrização / Nutrição parenteral. ● Drenagem torácica (se pneumo-hidrotórax). - Cirurgia exploratória é necessária quando houver deterioração clínica do paciente; refluxo esofageano persistente apesar do tratamento; derrame pleural volumoso ou grande. ● Reparo primário (quando reconhecido em 24h): ➔ Rafia em plano único com reforço (pericárdio, pleura, estômago, diafragma ou omento). ● Perfuração extensa e friável: não sustenta suturas. ➔ Esofagostomia cervical + gastrostomia. ➔ Drenagem + gastrostomia (cura espontânea). - Morbimortalidade: Atraso no diagnóstico e tratamento (mortalidade 4%). - Complicações: pulmonar (pneumonia e atelectasia). 9. Duplicação do esôfago Epidemiologia: - Congênito / Raro (1 em 8 000 nascidos vivos). - 10-15% das duplicações GI. Clínica - Sintomas respiratórios. - Vômitos. - Regurgitação. - Possível massa cervical. Diagnóstico - Esofagograma com contraste. Tratamento: - Ressecção cirúrgica. 10. Acalasia Desordem crônica da motilidade esofágica com peristaltismo esofágico ausente ou pobre. - Falha do EEI em relaxar durante a deglutição. Etiologia específica desconhecida: - Associação com síndromes (Trissomia 21 / Sd. Triplo A). Quadro clínico: depende da idade - RN e lactentes: ● Regurgitação frequente. ● Asfixia. ● Pneumonia. ● Retardo no crescimento. - Crianças mais velhas (semelhante ao adulto): ● Disfagia. ● Vômitos. ● Perda de peso: frequentemente atribuídos DRGE (que persiste após medicação) Diagnóstico: - Esofagograma contrastado: Sinal do “bico de pássaro”. - Esofagomanometria: ● Elevada pressão do EEI. ● Incapacidade de relaxamento do esfíncter durante a deglutição. ● Contrações peristálticas não progressivas, de baixa amplitude ou ausentes no esôfago. Tratamento: - Doença de base sem cura. - Objetivo: ● Reduzir pressão do EEI para facilitar esvaziamento. ● Melhorar sintomas. - Agentes farmacológicos: ● Nitratos ou bloqueadores do canal de cálcio (efeito temporário). - Injeção intraesficteriana de Botox (recidiva). - Dilatação mecânica (recidiva). - Esofagomiotomia. Risco 16x maior de desenvolver câncer esofágico após tratamento. Indicações e contraindicações de substituição esofágica Indicações - Atresia de esôfago longo-gap - Falha no reparo primário da atresia de esôfago - Estenoses relacionadas com refluxo ou lesões corrosivas Contraindicações - Insuficiência vascular com necrose da interposição (mais grave) - Jejuno ou cólon - Deiscência anastomótica (tensão ou isquemia) - Estenoses - Ulceração por refluxo e estase Afecções do estômago 1. Estenose Hipertrófica do Piloro. Epidemiologia - 1 a 4 em 1000 nascidos vivos - 4 meninos : 1 menina - Fatores de risco ● História familiar ● Gênero ● Idade materna mais baixa ● Primogênito ● Padrões de alimentação materna Etiologia - Desconhecida - Provável multifatorial com influências ambientais Clínica: - Vômitos não biliosos - Neonato a termo entre 2 a 8 semanas - Desidratação(queda do estado geral e sonolência) - Distúrbio metabólico - Ondas peristálticas epigástrio e quadrante superior esquerdo - Oliva pilórica palpável em 72-89% Diagnóstico: - USG (GS) ● Espessura muscular 4mm ou mais. ● Canal pilórico de 16mm ou mais - EED ● Quando achados do USG são duvidosos - Diagnósticos diferenciais: ● RGE ● Gastroenterite ● Hipertensão intracraniana ● Transtornos metabólicos ● Causas anatômicas ➔ Membrana pré-pilórica. ➔ Cisto de duplicação do intestino primitivo. ➔ Tumores gástricos. ➔ Tumor que cause compressão gástrica extrínseca. Tratamento - Compensação clínica - Exames laboratoriais (eletrólitos e gasometria) - Reposição volêmica - Correção de distúrbios hidroeletrolíticos (alcalose metabólica hipoclorêmica e hipocalêmica) - Descompressão gástrica para evitar aspiração - Cirurgia: Piloromiotomia Complicações: - Perfuração da mucosa - Infecção de ferida operatória - Hérnia incisional - Vômitos pós-op persistentes (refluxo) - Miotomia incompleta - Lesão duodenal 2. Atresia Pilórica Epidemiologia: - Raro (1:100 000 nascidos vivos). - Associação a outras anomalias congênitas (40%). Quadro clínico - Sintomas de obstrução gástrica. Diagnóstico - RX abdome em bolha única - Estudo contrastado. Classificação: ● Tipo I: membrana mucosa ou tecido obstruindo a luz ● Tipo II: Canal pilórico é um cordão sólido ● Tipo III: existe um espaço entre o estômago e o duodeno Tratamento: Cirúrgico. 3. Perfuração Gástrica Causas - Perfuração espontânea do RN (prematuros) - Perfuração iatrogênica por instrumentação - Doença ulcerosa péptica (raro) - Trauma Clínica: - Distensão abdominal - Sinais de sepse ou choque Diagnóstico - Rx de abdome (pneumoperitônio). Tratamento: - Cirúrgico. 4. Doença ulcerosa péptica Epidemiologia - Raro em crianças. - Associação com H. pylori. Tratamento: redução da acidez - Erradicação H. pylori: IBP + Amoxicilina + Claritromicina (Metronidazol) - Cirurgia para complicações: ● Perfuração ● Obstrução de saída gástrica 5. Duplicação gástrica Epidemiologia - Raro - Em geral na grande curvatura - Lesão raramente se comunica com a luz do órgão - 1⁄2 descobertas no período neonatal Quadro clínico - Vômitos - Recusa alimentar - Massa epigástrica Tratamento cirúrgico (Associação com anormalidades dos ductos pancreáticos). 6. Microgastria Epidemiologia - Raro. - Geralmente associada a outras anomalias: ● VACTREL. ● Fenda traqueoesofágica. ● Má rotação. ● Asplenia - Alimentação via jejunal. Cirurgia: ampliação gástrica. 7. Membrana pré-pilórica Etiologia desconhecida: - Congênita. - Processo inflamatório Obstrução do esvaziamento gástrico Diagnóstico: - Rx contrastado Tratamento - Reposição volêmica - Cirurgia - Tratamento endoluminal no futuro 8. Volvo gástrico Etiologia: - Causa primária: ● Ligamentos gástricos frouxos - Causa secundária ● Hérnia paraesofágica ● Hérnia diafragmática Sintomas mais comuns: - Dor abdominal aguda. - Náuseas intratáveis - Impossibilidade de passar a sonda gástrica Clínica: - Obstrução gástrica intermitente ou completa - Isquemia - Dor - Sangramento Tratamento: - Reposição volêmica - Descompressão gástrica - Cirurgia (Gastropexia) 9. Corpo estranho e Bezoar Corpo estranho: - Não constitui problema se passou pelo esôfago - Exceção: baterias - Remoção com EDA Bezoar - Causa incomum de obstrução gástrica e dor abdominal crônica - EDA quando pequenos - Cirurgia
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