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KNORR-CETINA, Karin. 2009[1999]. Epistemic Cultures: How the Sciences Make Knowledge. Boston: Harvard University Press. (Capítulos 1 e 2) Pontos principais: 1. A desunião da ciência De acordo com a autora, não há como falar de uma cultura universal da ciência, há uma diversidade de culturas epistêmicas. Não há como falar, como no passado, que existe apenas um método científico, uma abordagem natural e comum a todas as ciências. Além disso, revela que há uma fragmentação da ciência contemporânea, o que desunifica as ciências naturais. É errado compreender a ciência como algo homogêneo, pois este não daria conta das complexidades das transições sociais. 2. Laboratórios A análise do laboratório abordado na obra vai além do conceito do espaço físico onde são conduzidos os experimentos. A sua importância está ligada À reconfiguração das ordens naturais e sociais, as quais funcionam de maneira distinta em cada campo da ciências, gerando “produtos” diferentes, posturas culturais e sociais. Além disso, os laboratórios permitem que haja reajuste de um experimento, podendo ser manipulado ou podendo ter uma revisão social. 3. Relação Laboratório e Experimento Há três situações que a autora aponta sobre a relação entre laboratório e experimento: a tecnologia de tratamento, de intervenções ou de representação. No primeiro, os objetos estudados no laboratório são relacionados aos fenômenos do mundo real. No segundo, os objetos são processados de maneira parcial desses fenômenos. Já na terceira, são os objetos de eventos de interesse para a ciência.