Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Semiologia Veterinária 31 de março de 2022 → alterações em outros sistemas podem refletir no digestório e vice versa Cavidade Oral • Checar por deposito de cálculos Cães pequenos e gatos: colocar dedos atrás dos caninos para abrir a boca – existem abridores de boca também para exames em animais sedados ou anestesiados (encaixar caninos na depressão) • Chegar região de palato, coloração da mucosa, umidade • Observar se tem tônus de língua • Iluminação para facilitar visualização Orofaringe • Não e possível avaliar no animal acordado, normalmente ele é sedado e a análise é feita com o laringoscópio Esôfago: inspeção e palpação • Porção cervical, torácica e pequena porção abdominal • Pode ser analisado com diagnóstico de imagem, passando sonda e fluoroscopia (ver todo processo de deglutição, funcionamento do contrátil) Exame físico: entender e palpar com mão espalmada Palpar: Cárdia ou esfíncter esofágico inferior → Inspeção e palpação das glândulas salivar, sublingual, parótida (abaixo da orelha, protegida pela musculatura) e zigomática (aumento da zigomática leva a protrusão do globo ocular e terceira pálpebral) Estômago Localizado a esquerda, protegido pelo gradil costal: não é palpável normalmente, talvez se ele tiver acabado de comer • Mão espalmada à esquerda da cartilagem chifoide, apertando ao interior do gradil Fígado • Distribuído por toda a cavidade, mas é mais acessível pelo lado direito • Não é palpável normalmente, somente quando está com hepatomegalia. Em caso de cirrose, o fígado involui e também não é palpável Palpação: colocar mãos dentro do gradil costal, inserindo 1-2 falanges Abdômen: exame Palpação: ver se o animal apresenta sensibilidade = abdominalgia (epigástria, mesogástrica ou hipogástrica) Inspeção do abdômen: aumento, forma, assimetria Auscultação: borborinhos • Posicionar de forma dorso ventral e crânio caudal também • Alterações de motilidade Percussão: crânio caudal e dorso ventral • Figado = órgão parenquimatoso • Intestino = ingesta e gás (som submaciço ou claro) • 11º a 12º espaço intercostal Prova do baloteamento: colocar mao de um mãos lados da cavidade abdominal e dar um toque • Caso tenha liquido, é possível sentir propagação no toque • Dependendo do animal (se for magro), é possível ver a propagação na musculatura (não indicado em animais obesos pois a gordura pode ter esse efeito também) Capoteio: chacoalhar câmara para ouvir movimentação dos órgãos Abdominocentese - punção abdominal: Exame físico em pequenos Semiologia do sistema digestório Semiologia Veterinária 31 de março de 2022 • Ponto de referência: cicatriz umbilical – um ou dois dedos pra cima ou abaixo, selecionando de acordo com o que o animal apresenta • Antes: tricotomia e assepsia Utensílio para punção: • Não usar agulha pelo risco de perfuramento • Cateter: usar mandril para furar pele e musculatura, observar preenchimento, segurar mandril e evoluir cateter • Torneira de três vias: encaixar no cateter e começar processo de drenagem, encaixar seringa e coletar líquido Em caso de cirrose → equipo de fluidoterapia. Conectar diretamente no cateter, colocar em bolsa de soro vazia e drena o líquido até que haja conforto respiratório. Evita-se retirar todo liquido pois ele pode conter um pouco de proteína e se espera que o paciente consigda reabsorver o restante Abdômen: regiões Regiões: 12 espaços intercostais (13 costelas) → Epigastro - Distribuição: fim do diafragma ao fim do espaço intercostal, do 9º/11º ao 12º - Órgãos presentes: estomago, fígado, porção terminal do esôfago, baço, rim do cão (esquerdo é mais caudal), adrenal (colo cranial do rim) - Posição preferida: em pé, pois deitar afeta localização dos órgãos → Mesogastro - Distribuição: final do rebordo costal até borda da pelve - Órgãos presentes: intestino delgado e grosso: alças do colo ascendente, transverso e descendente + ureter (não palpavel) Na fêmea: ovários e cornos uterinos (não palpável) – somente em caso de piometra fechada - Palpação: mão espalmada apoiada em parte da cavidade e outra em movimento de presse Colocar a mão e deixar o animal se acostumando a temperatura e presença dela. Começar a fazer massagem para identificar tensão abdominal e sensibilidade - Posição preferida: decúbito lateral → Hipogastro - Distribuição: pelve - Órgãos presentes: bexiga, alças intestinais do delgado e grosso em pouca quantidade Em macho: próstata, - Palpação: presse deitada (mãos horizontais) ou, em animais pequenos, com mão em pinça *A mão de exploração é sempre a dominante Reto e anus - Observar região: sujidade (diarreia: coloração, textura, composição) - Sensibilidade do períneo: região entre o anus e o testículo/a vulva Períneo: sensibilidade, tamanho, glândulas adeanais (5 e 7 horas), esfíncter anal Suspeita de alteração → palpação digital: 1. Palpação na região de glândula 2. Palpação da mucosa retal 3. Sentir osso do assoalho da pelve e, ao chegar ao fim, observar se já aumento da próstata Pontos importantes: ! Lubrificação !! Próstata aumentada: dificuldade na hora de urinar, projeção no final do assoalho da pelve, fezes em fita ou dificuldade em defecar Sonda gástrica Pode ser de lavagem (descontaminção) ou de alimentação (inserida já dentro do Semiologia Veterinária 31 de março de 2022 estomago, com animal anestesiado em procedimento cirúrgico) Utilização: inserida pela boca com o animal desacordado (se não ele pode mastigar e formar corpo estranho) Medição: a quantidade que será inserida no animal a partir da extremidade transparente • Da boca, realizando o trajeto do sistema até a cartilagem chifoide (estará dentro do estômago) • Marcar ponto com esparadrapo • Entubar traqueia para evitar liquido pulmonar Sonda nasoesofágica - utilizar sonda gástrica ou uretral, de acordo com o calibre desejado Medição: do nariz ao 7º/8º espaço intercostal (contar de trás pra frente), marcar com esparadrapo ou caneta Posição: animal em decúbito esternal, inclinar cabeça com 30/40° Inserção: sonda lubrificada com gel de lidocaína (pode colocar com gotas também em cães) animal acordado para deglutir a sonda • As vezes é necessário inclinar o nariz para passar a sonda • Colocar dois esparadrapos para fixar no topo da cabeça. Enrolar o restante do fio e prender com faixa. • Colocar colar elisabetano para o animal não tirar Teste da sonda: • Apertar o tórax com fim do fio dentro de um copo de água externamente → se aparecer água, está no pulmão • Colocar seringa e puxar. Caso tenha vácuo, é certeza que está no esôfago, mas caso encha de ar, então está no pulmão • Solução salina estéril na seringa: se tossir está no pulmão, se deglutir está no esôfago Observações: • Sempre mandar para o raio X antes de realizar procedimento para ter certeza que a sonda está posicionada bem, não está dobrada e usar como prova caso o tutor alegue que ela foi colocada de forma errada • Sonda muito fina, quando o animal vomita, pode ter retroversão e o líquido ir para as vias respiratórias • Antes e depois de alimentar, o tutor precisa lavar a sonda com água (quantidade calculada)
Compartilhar