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Clínica de Grandes Animais III (Ruminantes - Resumo)

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Resumo de CLINICA DE GRANDES III 
Tempos Operatórios/cirúrgicos
Diérese: acesso cirúrgico, secção, separação, afastamento.
Hemostasia: Temporária ou definitiva
Síntese: restabelecer a forma e a função dos tecidos que foram submetidos à diérese.
Esses três são fundamentais para auxiliar no preparo para a cirurgia.
Diérese Cruente
Incisão: sufixo= tomia
· Secção de tecidos: Incisão única e magistral
· Incisão em um só tempo
· Não trocar a direção da lâmina
· Evitar corte biselado (lâmina perpendicular), mão inclinada para direita ou esquerda e assim vai fazer uma incisão obliqua chama-se de corte biselado, o certo é segurar em uma angulação da mão com o tecido da pele de mais ou menos de 30 a 40 graus, ou segurar a lâmina com a mão como se fosse uma caneta
· Bordos anfractuosos (corte torto) não podem acontecer, porque pode gerar infecção, complicações no pós operatório
· Divulsão ou descolamento:
Afasta tecidos sem secção (secção: ex a tesoura entra fechada no tecido e abre e fecha a tesoura no tecido para cortar, secção não é nada mais do que cortar o tecido), e a divulsão é afastar o tecido, então você entra com a tesoura no tecido e abre para afastar o subcutâneo por ex, mas não para cortar o tecido.
· Tesouras metzenbaum reta e metzenbaum curva
· Formação de fístula
Fistulação: sufixo ostomia
Na fistulação: comunica o Lumen da traqueia com o meio ambiente
Comunicação órgão oco com o meio exterior
Ex: rumenostomia, esofagostomia.
· Arrancamento: manobra manual de rompimento
Feixes vásculo- nervosos ou pedículos (são lugares onde podem ser feitos arrancamentos, já que não são todos os lugares que podem ser feitos arrancamentos)
Desvantagem: Cria superfície irregular, a superfície vai ficar irregular ( pode facilitar a fixação do coágulo)
· Curetagem 
Eliminar tecidos indesejáveis; ativa cicatrização
· Debridamento (tesoura ou bisturi)
Remover bridas (tecido conjuntivo)
· Escarificação (superficial)
Raspar, colheita de material
Bisturi ou cureta
· Exérese ou Ressecção: sufixo Ectomia
Eliminação/remoção de parte ou totalidade de determinada estrutura ou órgão
Ex: tecido de granulação exuberante; saco herniário, orquiectomia, enterectomia; gastrectomia.
· Punção: sufixo= centese
Penetração em um compartimento ou cavidade para drenagem de coleções líquidas ou gasosas (hemotórax, timpanismo ruminal, pleurisia...) ou ainda coleta de material para análise.
Ex: abdominocentese, cistocentese; ruminocentese; artrocentese
Material: agulha, cateter, trocáter
· Punço-incisão: é a mistura de uma punção com uma incisão (ex: abcesso)
Punção com material cortante, seguido por pequena incisão
Drenagem de abcessos, oto-hematomas
Material: bisturi, lancetas, agulhas
· Osteotomia (fratura)
Corrigir desvios óssos
Diérese incruenta
· Laser cirúrgico
· Criobisturi
· Bisturi eletrocirúrgico: 
Vantagens: diminui perda sanguínea, diminui tempo cirúrgico, diminui material cirúrgico no local de incisão, 
Desvantagem: retardo na cicatrização, aumenta as chances de infecção.
Contra- indicações: éter, ciclopropano, álcool e gases intestinais.
Hemostasia
Manobras para impedir a circulação (hemostasia definitiva)
ou impedir a circulação do sangue em uma determinada área por um tempo limitado (hemostasia temporária).
Hemorragia Consequências:
· Ameaça a vida ou a pronta recuperação do paciente
· Dificulta a visualização das estruturas
· Retarda a cicatrização
· Favorece a infecção
Hemostasia Temporária: 
· Compressão digital momentânea
· Compressão com compressa estéril 
· Ligadura ou pinçamento transitório 
· clampes atraumáticos, fios ou fitas cirúrgicas
· Garrote ou Torniquete
· Posição anti-hemorrágica
· Distensão de tecidos
Usa-se:
· Pinça buldogue: clampes atraumáticos (impede o sangramento temporariamente)
· Fios ou fitas cirúrgicas (não danificam o vaso)
Obs: Miotenectomia é a Rececção do Tendão e porção muscular.
Hemostasia Definitiva
· Ligadura ou transfixação com fios de sutura
· Pinçamento e torção com pinças hemostáticas
· Coagulação térmica
· Subst. De aplicação local
· Emasculador
· Coagulação elétrica (Cautério): para artérias de até 1mm e veias de até 2mm
· Coagulação monopolar: caneta de manipulação-> corpo do paciente-> placa terra (para ter os dois polos, o da caneta e placa terra, pq só assim a caneta funciona) (técnica mais usada no dia a dia)
· Coagulação bipolar: pinça baioneta-> entre as pontas de pinça e o paciente (usada mais para cirurgias minimamente invasivas)
· Uso inadequado do eletrocautério: Hemorragia retardada, queimaduras graves, incêndio e explosão, retardo na cicatrização
Uso inadequado do eletrocautério
· Hemorragia retardada
· Queimaduras graves
· Retardo na cicatrização
· Infecção
· Incêndio e explosão
Paramentação Cirúrgica
Ordem:
1. Instrumentador
2. Auxiliar
3. Cirurgião
Essa é a sequência lógica de trabalho, mas não é obrigatória
Preparo:
· Cuidado com hidratação e jejum;
· Utilizar pijama cirúrgico/ roupa limpa (mangas curtas); sapatos cômodos e limpos;
· Retirar todos adereços (brincos, pulseiras, anéis, colares), piercings expostos devem ser cobertos;
· Unhas curtas e limpas (unhas que não dê para ver o branco da unha pelos dedos), esmalte (que esteja craquelando não pode).
Primeiro coloca a touca, a máscara (amarra ela por cima da touca), e depois vai higienizar as mãos e antebraços (por isso é importante usar pijama de manga curta para não molhar e depois contaminar o avental cirúrgico depois).
Obs.: Se estiver a campo: pode pedir para abrir e fechar a torneira para você, e jogar o clorexidine nas suas mãos por exemplo.
Degermação/desinquinação das mãos e braços:
· Efeito mecânico da escova: (contato da escova com os braços, da ponta do dedo para os cotovelos e nunca voltar por exemplo da palma das mãos para os dedos) (levar os microrganismos o mais longe possível das mãos) + Efeito antisséptico (quanto maior o tempo em contato com a nossa pele, maior o efeito/efetividade)
· Usar a escova em um braço e mão e depois ir para o outro braço e só depois enxaguar os dois braços e mãos. (quanto mais deixar o clorixidine agindo na pele, melhor é)
· Respeitar sequência: tempo/ número de escovações
Deixar agindo de 2 a 3 minutos o clorixidine na pele, número de escovações: 20/30 escovações nos dedos, escovar sempre até as pontas dos dedos até os cotovelos.
· Iniciar nas unhas e terminar acima do cotovelo/ pré lavagem.
· Divisão por regiões: 1. Unhas e extremidades dos dedos, 2. Face palmar dos dedos; 3. face dorsal dos dedos; 4. espaços interdigitais; 5. Palma da mão; 6. Dorso da mão; 7. primeira parte do antebraço; 8. segunda parte do antebraço até acima do cotovelo.
· Manter sempre as mãos mais elevadas que os antebraços/cotovelos
· Não voltar com a escova para uma região já degermada
· Utilizar os cotovelos para abrir e fechar a torneira ou método automático
· Realizar toda a sequência de degermação em um braço e deixar o antisséptico agindo (NÃO enxaguar!!!) enquanto realiza a degermação do outro braço.
· Para a lavagem das mãos: antissépticos: PVP-I degermante, Clorexidine degermante
· Enxaguar um braço e depois o outro;
· Secagem da mão e antebraço respeitando a mesma sequência da desinquinação (pontas dos dedos para o cotovelo)
· Utilizar uma compressa estéril para cada antebraço ou dividir em 2 áreas a compressa (parte superior/parte inferior; virar o lado)
· Vestir o avental sem contaminação (manusear através dos cordões/velcro que serão atados atrás do pescoço OU segurar na parte interna do avental)
· Calçar as luvas cirúrgicas sem contaminação (manusear através da parte interna das luvas)
· Manter- se protegido de eventuais contatos com pessoas ou objetos até o momento de iniciar a cirurgia.
Obs.: você fez a antissepsia das mãos controlando a quantidades de microrganismos, e não deixou ela estéril porque para deixar a sua mão estéril deveria colocar ela na autoclave kkkkk.
Instrumentos de diérese 
· Bisturi – cabos n 3 (lâminas maiores e 4 laminas menores)
Lâminas:
Tesoura
Seguindo a imagem que vem antes dessa a cima são tesouras standard:fina- fina reta, romba- fina reta, romba- romba reta.
· O cabo é muito mais longo que a ponta, sendo usada muito na divulsão. Além de que a tesoura metzenbaum NÃO tem a classificação:
fina- fina reta ou curva, romba- fina reta ou curva, romba- romba reta ou curva.
· Tem uma outra tesoura chamada de Mayo ou tesoura mayo, parece a standard mas tem a lamina um pouco mais lisa, tendo a classificação: fina- fina reta ou curva, romba- fina reta ou curva, romba- romba reta ou curva.
Pinças de dissecção com dente de rato ou anatômica (a diferença entre elas é a ponta)
Instrumentais de hemostasia
Auto estática
-Auto estática.
-Vai ter a crile reta ou curva
É difícil diferenciar a kelly da crile, a kelly não tem a ranhura no final, só tem na ponta, e a crile tem a ranhura até o final.
Diferença da crile e halsted: a crile é mais robusta, a ponta é maior.
A diferença é que vai ter um dente de rato na ponta, e ela ajuda na ficção.
Instrumentos de exposição
É utilizado muito em pequenos animais no acesso abdominal. Depois da incisão da pele e da divulsão do subcutâneo
Afastadores de farabeuf (é manual, ou seja, alguém vai precisar ficar segurando ele)
Afastadores de Volkman (é manual, ou seja, alguém vai precisar ficar segurando ele)
Afastador auto estáticos (ou seja, ninguém precisa ficar segurando)
Usado mais para cirurgia torácica, ajuda no afastamento da região intercostal e consegue expor as vísceras que estão dentro da cavidade;
Auto estático e é mais delicado que o finochetto essa é a diferença.
Instrumentos especiais
Usado para fixar o pano de campo na pele, fixa na união do pano de campo (porque normalmente usa-se 4 panos de campos).
Pinça de Foerster
-Pinça de Foerster usado para antissepsia. Essa pinça de um cabo longo para não encostar nada como braço/ avental no animal.
-Essa pinça doyen, pode usar no local de uma função manual, está associada a cropostase (estase/parar as fezes), essa pinça interrompe o fluxo das fezes.
-Ela pinça o intestino (usada para fazer enterectomia por exemplo).
Instrumentos de síntese
Obs.: A forma certa de escrever é Mathieu, a prof se confundiu na hora de escrever.
Disposição do instrumental na mesa
O instrumentador segura pelo cabo para dar o instrumento para o cirurgião.
Neoplasias em grandes animais
Definição: 
· proliferação anormal e descontrolada em determinado tecido
· Crescimento progressivo
· Perda de diferenciação
· lipoma benigno: no intestino (ñ é um rim KKKKK), a origem dele é do mesentério (vem do intestino), pode associar a cólica (porque causa cólica, o intestino delgado pode se prender nesse lipoma). E pode aparecer outro depois (recidivar), sendo benigno não tem infiltração nem metástase.
Faz uma ressecção, faz uma ligadura e retira o lipoma.
Como descrever uma lesão: classificação
Ex: múltiplas lesões, com aspecto acizentado, formação com formato circular/arredondado, localizado em região peri ocular, acometendo principalmente a região superior
Sarcoide equino 
· Neoplasia benigna;
· Localmente agressiva;
· Alto índice de recidiva (mesmo fazendo retirada com margem de retirada); 
Classificações:
· Oculto (não ve a formação em si, mas percebe o sintoma como: lagrimejar, o animal em áreas muito claras, fica piscando toda hora, ducto nasolacrimal sempre entupido)
· Verrucoso (lembra couve flor kkkk)
· Fibroblástico
· Nodular (lembra nódulos)
· Misto (quando mistura dois dos citados acima)
Obs.: Origem do sarcoide: não é uma certeza, mas dizem que o sarcoide associado ao papiloma vírus, usa-se um antiviral como o aciclovir e as vezes funciona.
· Diagnóstico: histopatológico (coleta fragmento e manda para o laboratório)
· Tratamento:
· BCG (imunomodulador): melhora resposta imune
· Papiloma vírus (aciclovir: antiviral)
· Excisões (é a mesma coisa que ressecção) cirúrgica/ criocirugia
· Eletroquiomioterapia
· Quimioterápicos tópicos (Imicmoid): passar no local da lesão.
Melanoma
· Neoplasia originária dos melanócitos
· Características geralmente benigna
· Nódulos cutâneos pigmentados
· 90% cutânea; 10% acomete mucosas, a invasão de mucosa faz o animal ficar om dificuldade de defecar (disquesia), porque dói, resseca as fezes; visceral (abdômen: rim, bexiga, fígado com melanoma (mucosa pálida, emagrecer)
· Tratamento: Cimetidina (anti H2; imunomodulador): 2,5- 4 mg/kg, e depois pode pensar em ressecção (cirúrgico).
· Obs.: cavalo tordilho com lesão na base cauda períneo desconfiar de melanoma.
Carcinoma de células escamosas
· Comum na espécie equina e bovina;
· Pele despigmentada;
· Prevalência aumenta devido a exposição de luz solar; (animal que fica em locais sem sombra alguma, muito exposto ao sol)
· Tem pré disposição a recidiva;
Locais mais comuns:
· Pálpebras (terceira pálpebra porque não tem proteção contra radiação solar), animal lacrimejando muito; edema;
· Prepúcio (presença de secreção (esmegma acumulado) é um fator predisponente)
· Vulva (é uma região exposta ao sol)
Tratamento: ressecção cirúrgica (retirada cirúrgica) (Se tiver espaço trabalhar com uma boa margem de segurança) e mandar o material para o histopatológico.
enucleação depende se tiver acometimento de globo ocular porque não tem como fazer com margem de segurança.
Obs.: Tratamento prévio para diminuir o tamanho por exemplo no prepúcio não responde muito bem.
Papilomatose
· Papiloma vírus;
· Acomete mais animais jovens por serem imunossuprimidos, condições de estresse porque imunossuprime;
· Lesões verrucosas disseminadas no corpo (mais em barbela, pescoço);
· Grandes e pequenos ruminantes;
· Autolimitante; benigno; infectocontagioso;
· Passa por fômites: escova de pentear, panos;
Tratamento: Melhorar o estado geral do paciente (melhorar o estado imune, dar uma ração de boa qualidade, deixar o animal isolado separar dos outros, hidratar o animal, suplemento vitamínico, mineral) e Hemoterapia (Coletar o sangue do animal intra venoso e aplica intra muscular, para estimular o sistema iminue) ou a auto vacina (coletar a lesão, e mandar para o laboratório) , já melhora o quadro do paciente.
Hematúria enzoótica bovina
Causada pela ingestão de uma planta toxica (samambaia), a samambaia geralmente cresce porque não tem pasto (nordeste na época de estiagem).
· Síndrome hemorrágica: ingeriu uma grande quantidade (superior a 10g/kg de pesos vivo) em poucos meses, esse animal pode ter uma intoxicação aguda, tendo uma síndrome hemorrágica, o animal pode vir a óbito por ficar muito anêmico, pode ter um choque hemorrágico;
Tem hematúria 
· Hematuria enzoótica: tem a urina sanguinolenta, mas provavelmente não vai vir a óbito por causa disso; 
· Tumores das vias digestivas superiores: ingestão baixa, mas por muito tempo (Quadro crônico), carcinoma nas vias digestivas (região de palato, base da língua, epiglote, palato mole, laringe, faringe) superiores e também na bexiga, não acomete estomago nem rumem 
Diagnóstico
· Identificação: porque pode ter correlação, com cor de pele, alimentação, predisposição da espécie, idade, pelagem;
· Anamnese: perguntar: quanto tempo que começou, como evoluiu, fez algum tratamento?
· Exame Físico: geral e específico, descrever lesões
· Citológico
· Histopatológico
· Sorológico
· Exames de imagem
Obs.:Ovino não tem sarcoide verrucoso
Ectima contagioso = dermatite pústular (popularmente chamado de boqueira)
· pequenos ruminantes (frequente em caprinos e ovinos);
· é uma zoonose;
· passa muito fácil de um animal para o outro;
· agente etiológico é o Parapoxvirus;
· é uma doença viral, altamente contagiosa
Para identificar as doenças/lesões:
Identificação
· Sexo: predisposição somente correlacionada a anatomia;
· Neoplasia testicular, peniana (machos)
· Neoplasia uterinas, ovariana (fêmea)
Exame Físico
• Emagrecimento progressivo
• Nódulos que crescem
• Feridas que não cicatrizam
• Sangramentos de qualquer intensidade
• Apatia
• Perda de apetite
• Tenesmo, disfagia, dispneia...
Exames complementares
• Exames de imagem:
• Radiografia
• Ultrassonografia
• Endoscopia
• Ressonância magnética
· Citologia: procedimentode baixo custo, pouco invasivo e pouco doloroso.
· Exame preliminar não garante, mas sugere um diagnóstico
· Histopatológico (É O EXAME)
· Biopsia (É A COLETA)
· incisional (retirada de uma parte)
· excisional (retirada completa da formação).
• Post-mortem (muitas vezes o histopatológico acaba sendo um exame post-mortem);
• Sorologia (é uma possibilidade para diagnóstico para papiloma, só que como o diagnóstico é simples, acaba não sendo feito);
Diagnóstico:
· Exame físico geral e especifico (palpar a região, fazer tricotomia)
· Descrever lesões
Tratamentos possíveis
· Ressecção cirúrgica (margem de segurança);
· Crioterapia;
· Imunoterapia:
· BCG: Aplicação de solução de bacilo de Calmette-Guérin (BCG), no volume de 1ml/cm³.
· Autovacina: usados em papiloma e melanoma (estimulo imunológico)
· Quimioterápicos:
· Imicmoid
· Aciclovir
· Radioterapia (não é comum)
· Implantes de radiações ionizantes são colocados nas lesões.
· É uma técnica usada para massas recorrentes ou tumores de difícil acesso
· principalmente perioculares
Pitiose
Afecção cutânea geralmente crônica, causada por um fungo aquático Pythium insidiosum, solta zoósporos biflagelados na água que são atraídos para o pelo dos animais e penetram feridas preexistentes, causando lesões cutâneas progressivas, granulomatosas e ulcerativas.
Cavalos que tem acesso a água (lagoas, rios);
Diagnóstico diferencial: histopatológico;
Afecções de Esôfago em Grandes Animais 
Divisão anatômica (esôfago é dividido em três partes):
· Esôfago cervical (Corresponde a 50%) ruminantes e equinos;
· Esôfago torácico;
· Esôfago Abdominal (comunicação com o cárdia, entrada no estômago isso em equinos, mas em ruminantes é parecido);
Trajeto do esôfago 
Primeiro 1/3 = dorsal à traqueia
Logo depois vai para o lado Esquerdo à traqueia
Depois vai para a Porção torácica = ventral à traqueia
É importante saber por conta de casos de afeções cirúrgicas
São 4 camadas que o esôfago tem:
Mucosa (está em contato com o lúmen) – equinos e bovinos são parecidos, submucosa – equinos e bovinos são parecidos, camada muscular (muito desenvolvida no equino e menos desenvolvida no bovino), camada fibrosa ou túnica adventícia- é a camada mais externa (é mais desenvolvida no equino)
Obs: Animal obstruído por corpo estranho (engoliu o caroço de uma manga por exemplo): em equinos tendem a parar na região cervical a curvatura não deixa o corpo estranho progredir mais, mas se o corpo estranho parar no esôfago torácico (menos comum), acaba sendo um problema maior, por ali estar na base do coração podendo gerar um problema cardíaco.
Obstrução esofágica
· Compactação intraluminal (principal, é alimentar, ou seja, animais que vão comer alimento que não é adequado para ele)
· Milho (não é para cavalo comer)
· Feno (sem umidade, não é adequado para equinos)
· Fibras muito grosseiras (não é adequado para equinos)
· Caroço, pinha, frutas cítricas (laranja, limão, tangerina- ruminantes eles comem muitas de uma vez, se fosse só uma não teria tanto problema, e já que eles quase não mastigam podem obstruir, mas em equinos pode ocorrer também, principalmente potros que gostam de brincar), frutas como manga e abacate por terem caroço muito grande e vai obstruir porque não passa.
· Obstrução alta (esôfago cervical)
· Situação urgência/ emergencial (abdômen muito distendido, na ausculta- escuta muita presença de gás – fazer ruminocentese – punção do rumem- e se não atender rápido o animal pode romper a víscera) - No ruminante pode causar timpanismo agudo (não consegue mais eructar, eliminar as gazes);
· O animal continua comendo, e o alimento começa a acumular por não conseguir passar, vai ter inflamação na região, e de repente o conteúdo começa a voltar pelo o esôfago, chegando na laringe e podendo obstruir respiratória, e como no cavalo não vai voltar pela boca, devido a comunicação vai voltar pela cavidade nasale o cavalo vai ficar asfixiado sendo uma emergência, podendo até morrer;
Mas fora isso o animal desidrata, tem uma sudorese intensa;
· Fatores predisponentes: recuperação anestésica (o animal não vai triturar bem o alimento), após atividade física intensa (após atividade física intensa, o cavalo tem que se acalmar primeiro, porque numa prova tem uma liberação de adrenalina muito alta, e aí ele precisa estar calmo para comer calmamente), mastigação inadequada; idosos, jovens, fatores comportamentais estenose.
· Então no Ruminante é importante: timpanismo, e no equino é importante a asfixia;
Sinais e Sintomas:
· Disfagia, tosse;
· Sialorreia; (equino-muita saliva na cavidade oral/nasal)
· Timpanismo ruminal;
· Regurgitação nasal e oral;
· Dilatação esofágica proximal/ cranial à obstrução (da para ver no animal)
· Apetite aumentado (ingere o alimento achando que vai aliviar), mas depois evolui para anorexia;
· Hipovolemia (desidratação); desequilíbrio AB (ácido básico);
· Olhar apreensivo (comum em bovino)
Obs.: Bovino e equino não vomitam, mas pode ter o retorno do alimento pela cavidade nasal e oral, por tem muito conteúdo acumulado
Diagnóstico
· Exame físico/ histórico
· esofagoscopia (permite ver o que tem, e dependendo do que estiver la, por exemplo: um capim, dissolve aquele bolo alimentar com água) 
· Raio x, ultrassom (não são bons para esse caso), mas o raio x pode ser feito simples ou contrastado (região esôfago cervical e torácico) pode ajudar para ver onde que está obstruído;
TRATAMENTO
Tratamento emergencial: traqueostomia, fluidoterapia e em ruminantes rumenocentese
Tratamento conservativo: compactação alimentar (ex: capim e tals, nesses casos não envolve um corpo estranho, ou seja, não tem caraço)
· Manipulação suave com a sonda nasogástrica ou endoscópio + massagem externa, 
· Relaxamento musculatura: Xilazina; Acepromazina; Atropina e
· Ocitocina (animal tem que estar bem hidratado para ser feito)
· AINE: meloxicam; flunixie meglumine, firocoxib 
Tratamento Cirúrgico: Corpo estranho
· Esofagotomia: abertura do esôfago para retirada do corpo estranho
· Esofagostomia distal: abertura do esôfago para retirada do corpo estranho e fecha o esôfago (sutrura), abertura no esôfago para por exemplo manter ele sondado, distal para o alimento não passar por onde foi feito a retirada o corpo estranho, mesmo que depois tenha que cicatrizar ali também epois , vai cicatrizar bem mais fácil.
· Complicações: obstrução respiratória, pneumonia aspirativa, ruptura do esôfago, estenose ou divertículo esofágicos
Obs: Emergencial; traqueostomia
Esôfago cervical: sedação e anestesia local, ou anestesia geral;
Esôfago torácico: anestesia geral inalatória, com ventilação controlada
ABORDAGENS CIRÚRGICAS
- ESÔFAGO CERVICAL: acesso lateral E- ventral à jugular
(esofagostomia), ou acesso médio ventral (terço médio cervical);
- ESÔFAGO TORÁCICO: toracotomia com ressecção de costela;
Esofagotomia:
 pode ser feito com animal em pé (posição quadruepetal)
Acesso médio ventral; terço médio da região cervical depois afastar o musculo externohiódeo e externotireóideo, e encontrando o esôfago fazer uma incisão longitudinal (10 cm em animais adultos, menor em animais menores) em 2 planos: camadas externa ou inelástica: muscular e adventícia e a camada interna ou elástica: mucosa e submucosa;
Esofagostomia:
Acesso lateral esquerda – ventral à jugular (para fixar a sonda é melhor para o animal não tirar)
Esofagorrafia:
2 planos
· Interna (mucosa e submucosa): padrão swift (o fio/sutura fica dentro do lumen esofágico para não ter problemas), (fio inabsorvível ou absorvível sintéticos
(Ex: Polipropileno 2-0; Poliglatictina 0)
· Externa (muscular e adventícia): padrão simples separado (fio inabsorvível ou absorvível)
sintéticos Ex Nylon 0).
Pós operatório:
- Dreno (48 hs); Jejum e Nutrição Parenteral (48 hs) e o dreno é opcional (Ajuda porque fica um pouco de espaço morto, para diminuir o espaço morto)
Ruptura esofágica
Pode até mesmo ser uma complicação da obstrução esofágica 
Poe acontecer: fistula para fora e começa a drenar o conteúdo para fora (comunica com o meio ambiente) ou não tem fistulação (então tem queabrir e drenar o conteúdo acumulado no subcutâneo, e vai apodrecer podendo formar um flegmão, abcesso, necrosar pode gerar um quadro de sepse importante)
Etiologia: trauma externo, feridas perfurantes, obstrução
crônica, perfuração por ingestão de corpo estranho, e infecções
adjacentes ao esôfago (tromboflebite séptica por exemplo, pode evoluir para uma infecção local e pode perfurar o esôfago);
Sinais Clínicos: fístula com drenagem de saliva e ingesta;
edema, enfisema subcutâneo, sem drenagem = flegmão / infecção local, sinais sistêmicos (febre, prostração, piora de coloração de mucosa, anorexia, tremor muscular por dor);
Tratamento
· Fechamento primário: < 12 horas (quando não passou de 12 horas, sutura o esôfago, a não ser que esteja muito lacerado);
· >12 horas: cicatrizar por segunda intenção 
· abertura ventral à laceração → drenagem (se não tiver fistulado): lavar com soro, antisséptico diluído 
· alimentação por sonda nasogástrica / esofagostomia;
· antibióticos, anti-inflamatório, curativos.
Complicações
Estenose e Divertículo esofágicos 
secundários à trauma interno ou externo (obstrução prolongada), ruptura
esofágica e após esofagotomias; esofagites não específicas;
Caso de divertículo esofágico: faz uma incisão, um debridamento da porção mais externa do esôfago e depois sutura (faz no sentido tranverssal)
Um sinal clássico do divertículo é um aumento de volume na região de pescoço do lado esquerdo.
Cirurgias de Cabeça
Mochação e Descorna
Obs: ruminante não tem chifre e sim corno (epitélio germinativo, tecido queratinizado. Animal jovem ainda não tem a fusão com o crânio, tendo uma comunicação com o seio frontal.
Mochação: é um processo muito melhor, tecido ainda não tem comunicação com o crânio conseguindo bloquear o crescimento do epitélio germinativo. É feito uma técnica (substancias químicas/temperatura) que esse tecido para de crescer/depositar queratina.
Ideal é fazer no animal jovem.
Depois de 3 a 4 semanas não adianta mais querer fazer a mochação, porque já começa a ter a junção com o crânio.
Descorna: amputa o corno do animal, e sutura a pele para ter uma cicatrização nessa região. 
Mas se fala em complicação porque existe uma comunicação com o seio frontal, então se o animal tem uma infecção, essa infecção pode acometer o seio frontal.
Mochação e Descorna
 Indicações / Objetivos:
• Terapêuticos: fraturas (menos comum); mais comum: diminuir comportamento agressivo, diminuição de lesões, traumáticas, facilitar manejo e alimentação
• Diferenças:
• Mochação ou Amochamento: destruição das células queratogênicas (epitélio germinativo), essas células queratogênicas ainda não estão fundidas ao crânio
• Descorna: amputação cirúrgica do corno formado e fundido. fazer a analgesia (o bloqueio regional do nervo cornual, com deposito de lidocaína (3 ml) e faz um cordão anestésico (ao redor do corno), depende do animal usa 10/15 ml de lidocaína)
Mochação ou Amochamento:
Vantagens:
• Mais fácil; menor risco de infecção/sinusite; sem hemorragia; bem estar
animal
 Cauterização Química:
• Ideal até 1 semana de vida
• Tricotomia; proteção da pele, círculo de contenção (para a pasta não escorrer); uso de luvas, aplica a Pasta cáustica sobre o botão cornual
e Acompanhamento 30 minutos porque tem animal que vai tentar tirar pois dá um leve ardor;
Cauterização Térmica (calor):
• Idade ideal: 1 à 2 semanas / 5 à 10 mm (passou de um centímetro, a cauterização térmica pode não ser eficiente);
Dói bem mais que a cauterização química
• Tricotomia / Antissepsia / Anestesia (bloqueio regional, anestesia do nervo cornual, ramificação do nervo zigomático temporal);
• Pressão do ferro incandescente com movimentos circulares pressão adequada (5 segundos de aplicação)
• Cauterização da pele ao redor do botão (epitélio germinativo) / remoção da
pele central evitar complicações (não aplicar por muito tempo do ferro incandescente, para não ter queimaduras, e nem deixar por pouco tempo demais);
Bezerros a 1 a 4 meses de idade: mochador de Barnes
Não tem garantia que vai resolver, já que pode recidivar. E fazer a analgesia (o bloqueio regional do nervo cornual)
Descorna Plástica/Cosmética/ Cirurgica
• Sedação; Bloqueio do nervo cornual; Cordão anestésico infiltrativo
• Posicionamento (quadrupetal, ou deitado) então tem que fazer Contenção (se ele está de pé, usar tronco de contenção, se for deitado caprichar na sedação com Xilazina e contem com peias e cordas para que ele não levante durante a cirurgia), o bloqueio regional do nervo cornual, com deposito de lidocaína (3 ml) e faz um cordão anestésico (ao redor do corno), depende do animal usa 10/15 ml de lidocaína, Tricotomia; antissepsia, pano de campo de ser para colocar, e luva estéril, depois faz:
· Incisão de pele em formato de elipse com pontas alongadas (para garantir que você possa fazer a sutura depois); divulsão;
· Hemostasia,
· Amputação do corno,
· limpeza com gaze úmida,
· sutura interrompida (ponto simples separado, wollf, sultan), para não ter o risco do animal soltar toda a sutura;
Descorna plástica
• Pós Operatório:
• 2 hs/ 12 hs/ 24 hs (olhar para ver se está sangrando o curativo, inchou, não quer comer, está agitado, tudo isso não é normal, o normal é ele estar tranquilo)
• Curativo local
• ATB sistêmico e tópico
• AINEs (oxitetraciclina por 5 a 7 dias), evitar proclongar muito AINE porque pode dar ulcera de abomaso, porque o anti inflamatório altera a fisiologia disterio, produção de muco, reparação celular, se o animal tiver bem no 3 dia já tira o AINE. 
Durante a cirurgia ter sangramento nasal é normal (porque o seio frontal e cavidade nasal se comunicam), mas depois da segunda hora não tem que ter sangramento nasal!
Enucleação do Globo Ocular (equinos e ruminantes)
• Definição:
• Extirpação/Remoção do globo ocular, junto com as estruturas que estão ao redor dele;
Exenteração ocular: Remoção cirúrgica das margens das pálpebras,
membrana nictitante, conjuntiva e a remoção do globo ocular. (retira mais componentes da orbita, mais musculaturas).
Técnicas: Transpalpebral ou Subconjuntival
Indicações:
• Cegueiras associadas à dor; neoplasia intraocular (pálpebras e de córnea); Traumatismos não operáveis em órbita ou globo ocular; Infecções intraoculares severas; Exposição a irritantes químicos; Miíases.
• Preparo pré operatório:
· Jejum, sedação, contenção, tricotomia e antissepsia da região periocular, bloqueio locoregional (com lidocaína) (retrobulbar (chega no nervo óptico, pela lateral do olho ou pela rima medial ; pálpebras ( superior e inferior) forame supra-orbitário )
São duas técnicas de enucleação: transpalpebral e 
subconjuntival – divulsiona embaixo da conjuntiva, preservando muito tecido, as pálpebras e terceira pálpebras ficam preservadas (não faz a tarsorrafia (ou seja, não faz sutura, é utilizada quando não tem neoplasia) 
Enucleação Transpalpebral
• usada na transpalpebral: Tarsorrafia (sutura a pálpebra superior na inferior, fechando o globo ocular, sendo bom quando o olho está muito contaminado (+ Cantotomia Lateral), (incisão nos campos dos olhos) = expor tecidos periorbitais),
• Incisão circular palpebral ao redor da Rima Ocular
• Dissecção da musculatura extraocular (evitar tração excessiva no
nervo óptico)
• Isolar nervo óptico do tecido retrobulbar (atenção neoplasias);
• hemostasia; pinçar e ligar nervo óptico e
mm retrator bulbar (pinça Mixter)
• Secção do pedículo óptico
• Hemostasia e lavagem com solução estéril
• Sutura musculatura remanescente (ponto cruzado, sultan)
• Sutura de pele com PSS, fio inabsorvível sintético, tam 1 ou 2
• Manter compressa de hemostasia em ruminantes (2 dias, para absorver o sangue, deixar a ponta da compressa para fora e depois de dois dias puxa a compressa para fora), dreno raro
• ATB sistêmico (7 dias), AINEs (3 dias, se der para reduzir para 2 dias reduz); profilaxia para tétano (mesmo se ele tiver vacinado, melhor reforçar a vacina); curativo
• Retirar pontos de 2 à 3 semanas
Técnicas Cirúrgicas Genital Machos Ruminantes
Preparo de rufião
Rufião: (Bovinos, caprinos e ovinos, tambémpodem ser preparados para serem rufiões)
• macho excitador para a detecção do cio;
• libido destacada; adequado estado de saúde (pois ele vai entrar em contato com vários animais);
• incapacidade de promover a fecundação (para ele não ser um reprodutor);
Possibilidades cirúrgicas
· Interrompam a emissão de espermatozoides
· Deferentectomia (é igual a vasectomia)
· Epidimectomia
São cirurgias menos invasivas, o animal pós cirurgia praticamente tem uma vida normal
· Vantagem: Impossibilidade de fecundação
· Desvantagens: Exteriorização do pênis, pode ocorrer trauma durante a monta, copula e DST.
· Impedem a cópula (multiladoras)
· Vantagem: Não transmite DST, menor chance de traumas durante a monta
· Desvantagens: Dor associada à excitação e monta, Vida útil como rufião curta (diminuição da libido, por conta da dor, tendo uma vida útil de 6 meses)
Não é recomendado fazer essas duas técnicas (Mutiladoras) abaixo segundo a lei (desde 2008), mas não é proibido pela lei, recomenda- se fazer as técnicas que interrompam a emissão de espermatozoides como a Deferentectomia e Epidimectomia.
· Desvio lateral do pênis
· Fixação da flexura sigmóide
Deferentectomia (ectomia= ressecção) (não é mutiladora)
Remoção parcial de uma porção do ducto deferente
Deferentectomia = Vasectomia
Vasectomia
· decúbito lateral ou dorsal (sedação com Xilazina e contém o animal, para manter o bovino tranquilamente deitado no chão); anestesia local após tranquilização e contenção, e anestesia local); 2 acessos cirúrgicos (porque são dois ductos deferentes um associado ao testículo esquerdo e o outro associado ao testículo direito); 
· incisão de pele vertical (5 cm) sobre o cordão espermático (é uma estrutura tubular de 2 a 3 cm), pré escrotal (palpar a estrutura testicular para sentir epidídimo e corsão espermático), cranial ao escroto, colocar o afastador para visualizar melhor as estruturas, fazer a incisão sobre túnica vaginal;
· palpar e identificar ducto deferente (consistência firme e bem fino)
· ligaduras (fio não absorvível, nylon ou polipropileno) e ressecção (5 cm para impedir que o animal volte a ser fertil) de porção do ducto deferente (vas deferens); dermorrafia, não é necessário fechar a tunic vaginal por cima, porém caso queira, pode sim (vai da conduta medica de cada vet), pode ser fechada com um padrão simples continuo, com um fio delicado. Mas pode simplesmente só fechar a pele.
· Pós: atb por 5 dias e espermograma (3 semanas depois da cirurgia, para ver se tem a presença de espermatozoides ou não, no ejaculado desse animal, faz após três semanas porque as vezes alguns espermatozoides podem ter passado pelo ducto deferente e estão acumulados e na hora do ejaculado pode notar espermatozoides, mas após de três semanas não é para ter mais espermatozoides), ver como ele fica nos primeiros dias (Se tem febre ou não, dor ou não, se está se alimentando bem, se já está tendo vida normal)
Obs.: não é uma cirurgia mutiladora, porque está retirando um segmento do ducto deferente, impedindo a passagem dos espermatozoides, o animal vai conseguir copular normalmente, e pode transmitir doenças sexualmente transmissíveis.
Epididimectomia (Caudal), (não é mutiladora)
Ressecção parcial da cauda do epidídimo
• anestesia local após tranquilização (não precisa de anestesia geral)
Animal em posição quadrupedal (usar tronco de contenção se não tiver, pode fazer com animal decúbito lateral ou dorso lateral)
• palpar para sentir a cauda do epidídimo e segura o testículo e faz a incisão de pele e de túnica vaginal na região ventral do escroto (bem em cima da cauda do epidídimo, dissecção da cauda do epidídimo, para separar ele do corpo do epidídimo (divulsão); 
• Fazer uma ligadura e ressecção da cauda do epidídimo, pode fazer a túnica vaginal (porque cicatriza sozinha, ou pode suturar quando o animal é muito grande), mas não é obrigatório, para fechar a pele usa sutura interrompida (Ou ponto simples separado ou wolff) para não ter o risco de soltar todo os pontos
• Dermorrafia; ATB 5 dias e espermograma depois de 3 semanas
Obs: a posição da cauda de epidídimo muda de espécie para espece
Fixação da flexura sigmoide (mutiladora)
Flexura sigmoide = S peniano, região do pênis do animal, que é como se tivesse uma curvatura e na hora que o animal expõe o pênis, essa curvatura se desfaz. Quando faz a fixação do S peniano impede o animal de expor o pênis.
· Anestesia: local e tranquilização
· Decúbito dorsal ou lateral
· Antes de fazer a incisão, palpar para localizar a flexura sigmoide e depois Incisão caudal ao escroto: 5 a 10 cm (depende do tamanho do animal)
· Localização do pênis e flexura sigmoide (divulsionando e traciona a flexura sigmoide e exteriorizar ela)
· Suturas fixando (fio absorvível ou fio não absorvível, a sutura interrompida/wolff/sultan para não abrir todos os pontos juntos caso isso ocorra) a flexura sigmoide e assim o animal não tem mais a exteriozação peniana
Desvio Lateral do Pênis e Prepúcio (mutiladora)
É uma cirurgia bem cruenta, geralmente no pós operatório o animal tem muita dor.
Essa técnica abre um novo caminho para a passagem do pênis 
· 6 – 12 meses (evitar fazer em animais muito novos porque eles ainda estão crescendo e como nessa técnica abre um novo caminho para o pênis, as vezes tem que fazer um acerto na cirurgia mais tarde, porque o espaço que foi deixado não foi o ideal, por isso esperar até o animal fazer um ano de idade);
· Anestesia: local e tranquilização;
· Decúbito lateral ou dorsal;
· Remoção de um círculo de pele (8 cm) onde será o futuro
· prepúcio-desvio de 30 º à 45 º (porque se não tem animais que mesmo assim conseguem copular);
· Fechamento do orifício prepucial (sutura) ou sonda o animal para não ter o extravasamento de urina durante a cirurgia e incisão circular ao redor do
· prepúcio prolongada pela linha média, divulsionar o subcutâneo até conseguir fazer uma dissecção do pênis;
· Dissecção e hemostasia até porção distal da flexura Sigmoide;
· Abertura de túnel SC a partir do futuro orifício;
· Cobertura do pênis (com luva/compressa estéril para não causar lesão/inflamação peniana) e tração pelo túnel;
· Sutura interrompida na linha média e novo prepúcio;
· Pode colocar dreno por ficar com muito espaço morto (que pode causar bastante edema);
· Pós operatório pode até fazer corticoide por um dia;
Ao invés de fazer a abertura de túnel no subcutâneo pode rebater a pele (através de duas incisões), porem a desvantagem é que vai dar inflamar mais, e vai causar mais edema no pós operatório.
Orquiectomia (castração)
Indicações:
• Manejo para criação (pastagens, qualidade da carne, caso vai deixar vários machos juntos);
• Criptorquidia;
• Orquites recorrentes;
Técnica fechada: sem abertura da túnica vaginal (é totalmente indicada)
Mas pode fazer a aberta, escolhe uma ou outra pode ser por escolha pessoal, e como a manipulação da túnica vaginal o animal sente mais, opta-se por fazer a técnica fechada porque as vezes a anestesia local o animal ainda está sentindo, então faz a fechada porque manipula menos o animal.
Baixas chances de hemorragia porque a estrutura vascular é muito menos desenvolvida, bem diferente de um equino
Preparo: jejum, sedação, anestesia local
Técnica Cirúrgica:
• Incisão circular (do segmento distal), seguida de secção cutânea;
• Divulsão do SC ao redor dos testículos sem a abertura da túnica vaginal
Técnica Fechada
• Transfixação ou ligadura do funículo espermático+ ducto deferente
recobertos pela túnica;
• segurar e fazer Secção distal à hemostasia definitiva (para assim ele não entrar na cavidade), e observa se a hemostasia foi efetiva.
Pós operatório: SEMPRE cicatriza por segunda intenção, porque se dar ponto cria muito espaço morto/ edema/ acumulo de exsudato, tem animal que criar infecção depois, tem animal que não consegue expor o pênis depois, o prepúcio fica inflamado
Fazer curativo local, antibiótico, anti inflamatório.
Traqueostomia
· Procedimento emergencial (acidente ofídico, reações anafiláticas) ou eletivo (obstrução de esôfago);
· Novo trajetopara o ar inspirado;
· Controle da contaminação (as vezes não da tempo de fazer a tricotomia, antissepsia)
· Procedimento eletivo
· Asfixia
Técnica Cirúrgica
· Animal em posição quadrupedal ou em decúbito dorsal;
· Área: transição entre o terço cranial e o terço médio traqueal
· (palpar o anel traqueal)
· Tricotomia, antissepsia e anestesia local (se tiver tempo na hora, ou seja, se não for uma emergência);
· Incisão de pele e subcutâneo sobre a linha média ventral (10 cm se for um animal menor faz uns 7 cm);
· Dissecção (não secciona o musculo só afasta) dos músculos esternohioideos (musculo esterno tireóideo e musculo hioideo), e exposição dos anéis traqueais
· Incisão do ligamento anular paralela aos anéis traqueais (1/3 à ½ da circunferência da traqueia);
Atenção: pinçar o segmento traqueal excisado (Para segurar o fragmento, e assim ele não entrar no lúmen traqueal) 
· Colocação de traqueotubo caso não tenha um traqueotubo coloca so parte de fora da seringa, sem o ebulo e corta a ponta dela (potro seringa de 10 ml, cavalo 20 ml por exemplo) (para ter um garantir que o animal continue respirando);
· Ressecção de pequenos segmentos dos anéis traqueais adjacentes, criando abertura elíptica; 
Pós operatório:
· Após realização de procedimentos emergenciais:
· Tricotomia, antissepsia...
· Antimicrobianos? Não é obrigatório porque é uma cirurgia contaminada já (sistema respiratório já contaminado), a limpeza e troca do traqueotubo já é o suficiente, mas caso o animal esteja imunossuprimido, é um potro, dar antimicrobiano;
· Limpeza da ferida
· Limpeza do traqueotubo e desinfecção 
· Antes de tirar o traqueotubo, fazer um teste - tapar o traqueotubo para testar se o animal vai respirar pela cavidade nasal (lembrar que o cavalo não respira pela boca), se ele respirar (pode até tossir um pouco) normal, pode tirar o traqueotubo. Depois não suturar a região porque é muito contaminado, e cicatriza por segunda intenção, fazer a limpeza diária. 
Laparotomias e Celiotomia em ruminantes
Celiotomia: Abertura da cavidade abdominal;
Celiotomia pela linha média ventral -> incisão na linha alba, o animal vai estar em decúbito e vai ter que estar em jejum (necessário para o lúmem digestório (ou seja, todos os compartimentos do estomago) do animal estarem vazios de conteúdo 
Laparotomia (esse acesso é o preferencial para ruminantes, porque é o mais vantajoso): Abertura da cavidade abdominal pelo flanco, a laparotomia é um tipo de Celiotomia;
· Direita ou Esquerda: considerar a anatomia, no lado esquerdo está o rúmen, tem o sistema reprodutivo (vulva, vagina, ovário esquerdo, cérvix e acesso ao útero), cesariana é feita pelo lado esquerdo. É mais fácil acessar pelo lado esquerdo porque entra na cavidade e desloca cranialmente o rúmen e já encontra o útero, no lado direito tem o intestino delgado (Duodeno, jejuno, íleo) que atrapalha demais. No lado esquerdo desloca o rúmen e fica mais fácil de localizar o órgão que você quer acessar.
· O omento maior, recobre uma porção do rumen, não recobrindo o reticulo 
Anatomia cirúrgica abdômen esquerdo
Ruminotomia -> para acessar o reticulo (através da laparotomia esquerda), esvazia o rúmen para conseguir acessar pelo saco dorsal do rúmen para chegar até o reticulo através da comunicação entre o rúmen e o reticulo 
muito feita para caso de corpo estranhos que foram engolidos, o corpo estranho acaba parando no reticulo por conta do posicionamento.
 O animal praticamente não mastiga primeiramente, ele deglutiu, o alimento vai para o rúmen depois vai para o reticulo, e uma parte do alimento volta para o esôfago e cavidade oral através da regurgitação, ai sim o animal vai mastigar. 
Então, um corpo estranho pelo peso, acaba indo para o reticulo e ficando lá, o reticulo tem uma mucosa que parece um favo de mel, e o corpo estranho acaba ‘’grudando’’ lá. 
Obs.: Reticulo está ali naquela parte com o círculo azul
Reticulo fica próximo ao diafragma (linha vermelha do lado esquerdo do círculo azul), e fica próximo também do coração
O baço é aquele desenho roxo escuro.
Reticulo pericardite acesso através da laparotomia esquerda: é um corpo estranho por exemplo metálico que perfurou a parede do reticulo, passou pelo diafragma e chegou à região cardíaca, e acumulou o pericárdio cardíaco; 
Reticulo peritonite acesso através da laparotomia esquerda: peritonite causada por uma lesão na parede do reticulo (perfuração e contaminação da cavidade abdominal);
Anatomia cirúrgica abdômen direito 
Omaso, orifício omaso abomasal, fígado, pequena projeção do reticulo 
O abomaso acaba ficando em risco de se deslocar por não ter a cobertura do omento.
Piloro abomasal, duodeno (passa por fora do omento, sendo o primeiro segmento do intestino, segmento descendente do duodeno), ceco, porção do reto e anus.
O que não é possível ver por estar coberto pelo o omento é: segmento ascendente do duodeno, jejuno (é bem longo), íleo que se comunica com o ceco, depois do ceco intestino grosso (Colón, descente, ascendente), e o reto.
Lembrar que os ruminantes no cólon têm as voltas centrípetas (vã opara dentro) e depois as voltas centrífugas (que vão para fora).
Não é frequente ruminantes terem lesões frequentemente no intestino delgado/ grosso, pode acontecer uma torção, intussuscepção, mas não é o mais frequente
O mais comum é ter lesões associadas ao rúmen, reticulo, omaso ou abomaso, por esse motivo por laparotomia permite que realize ou resolva a maior parte de afecções que esses animais apresentam.
Lembrar que o abomaso é o mais similar ao estomago das outras espécies domesticas, porque no abomaso tem ação enzimática.
Estrutura digestória de um pequeno ruminante
Indicações:
· Laparotomia Esquerda: DAE (Abomasopexia); Rumenotomias; Reticuloperitonites traumáticas; cesarianas;
· Laparotomia Direita: exploratória; DAE e DAD (Abomasopexia e Omentopexia), ID; IG;
· Celiotomia Ventral: explorar e exteriorizar alças intestinais, Cesarianas; DAE ou DAD (abomasopexia);
DAE: deslocamento do abomaso para esquerda: o abomaso passa por debaixo do rúmen, e começa ocupar o abdômen do lado esquerdo
DAD: deslocamento do abomaso para direita: o abomaso assume uma porção mais dorsal no abdômen, desloca geralmente por timpanismo (acumulo de gás), ou por vólvulo (distende tanto que ele chega a torcer e obstrui o piloro) o animal piora clinicamente mais rápido;
No caso de deslocamento, não adianta só reposicionar o abomaso, tem que fazer uma fixação dele (abomasopexia- sutura de ancoragem (Sutura na parede abomasal) depois passa o fio para fora do abdômen e deixa o abomaso fixado na parede ventral do abdômen, podendo ser tanto pelo lado direito quando esquerdo).
Piloropexia (fixação do piloro do omento) – tem que acessar pelo lado direito, para fixar na musculatura, não adianta querer fazer pelo lado esquerdo porque o piloro do abomaso fica no lado direito.
Deslocamento do abomaso, vai decidir o lado de acesso pelo tipo de fixação que eu quero fazer – for fixar o piloro ou o omento tem que ser do lado direito, uma abomasopexia, pode escolhe entre: laparotomia esquerda ou direita ou Celiotomia ventral;
Vantagens
· Laparotomia: menor risco e custo anestésico; não há necessidade de jejum prévio; sem recuperação anestésica; animal fica em posição quadrupedal;
· Celiotomia Ventral: melhor acesso e exteriorização do ID e IG, sem risco de mudança de decúbito ou acidentes no tronco (já que o animal vai estar anestesiado e entubado);
Preparo pré cirúrgico 
· Restaurar equilíbrio hidroeletrolítico; Rumenocentese (punção ruminal), Analgesia, Sondagem Ruminal (as vezes pode até evitar de precisar fazer uma ruminocentese);
Lembrar: que o animal vai estar com dor a dias, o animal com dor abdominal fica prostado, muito tempo deitado, para de comer, por isso pode passar desapercebido. Pode ter um animal em acidose ou alcalose metabólica, então tem que reequilibrar o animal com fluidoterapia; 
Não fazer laparotomia esquerda porque as chances de acertar o rúmen de um animal distendido é grande, mas punção ruminal podefazer sim.
Obs.: Cuidado com o uso de opioides prolongados porque pode levar a perda de peristaltismo.
Laparotomias
· Analgesia paravertebral /L invertido– o ideal é associar as duas técnicas;
· Epidural- mas a desvantagem, é que o animal vai acabar querendo deitar, depende o tipo e dose dos medicamentos que você usa;
Pode fazer epidural mais analgésica com opioide e geralmente ele fica em pé
A epidural é mais feita quando o animal já está deitado
· Em pequenos ruminantes a epidural é usada porque geralmente deita eles para cirurgia;
· Tricotomia e limpeza área de 30 cm ao redor do local de incisão;
Incisão cirúrgica - laparotomia
1. Paracostal – usada quando o bovino é muito grande e precisa acessar o reticulo; 
2. perpendicular alta (é o acesso mais utilizado); o acesso pelo lado direito é feito pelo perpendicular alto, sempre;
3. perpendicular baixa (usado para cesariana, quando animal está deitado), é onde o útero está posicionado;
4. obliqua (usado para cesariana, animal que está quadrupedal);
O tamanho da incisão, depende do tamanho do animal e da cirurgia que vai ser feita:
Cesariana: 35 - 40 cm, para conseguir exteriorizar o útero e o feto
Laparotomia: depende do tamanho do animal, bovino adulto: 20 – 25 cm, bezerro/pequeno ruminante: 10 – 15 cm;
Laparotomia
· Incisão de pele: 10 –25 cm (depende da espécie e tamanho do animal)
· Hemostasia
· Divulsão SC
· Incisão das três camadas musculares:
· Oblíquo abdominal externo,
· Oblíquo abdominal interno e abdominal transverso
· Incisão Peritônio (Cuidado para não perfurar o rúmen que vem logo abaixo do peritônio);
Laparorrafia
3 planos de sutura:
· Primeiro plano de sutura: Peritônio + músculo abdominal transverso: Simples Contínuo; Sultan
· Segundo plano de sutura: mm obliquo abdominal interno e externo + SC: Simples Contínuo, Sultan ancorado no plano anterior (no primeiro plano de sutura, para não criar um espaço morto, se não fizer vai criar seroma/liquido, facilita a ocorrência de míiase);
· Terceiro plano de sutura: Pele: PSS (Ponto simples separado), Wolff, ponto festonado;
Sutura em 8: fazer a sutura em um plano só, já pegando as três camadas: pele, subcutâneo e musculatura.
A desvantagem é: comunica a pele do abdominal com a pele do animal, podendo complicar a cicatrização de pele, provavelmente o animal vai ter uma peritonite, causando uma infecção abdominal;
Na pele pode usara AGRAAF (grampo de pele)
Vantagem: rápido de fazer;
Desvantagens: tem que ter o equipamento especifico para retirar o AGRAAF da pele, causa eversão dos bordos (facilitando a ocorrência de míiase, contaminação);
Celiotomia Ventral (raro usar esse acesso, usa mesmo laparotomia)
• Paramediana: paralela à linha média (Pode usar para cesariana, explorar intestino delgado, grosso);
• Paramamária: dorsal à veia mamária (Pode usar para cesariana, explorar intestino delgado, grosso);
Celiotomia paramediana
Com o acesso paramediano, acaba seccionando o musculo ao meio, podendo ter uma dificuldade de cicatrização depois.
 
Obs.: Acesso pela linha alba/média: união de aponeurose dos músculos (músculos oblíquos, abdominal transverso se juntam com o músculo reto abdominal). Quando eu faço a incisão pele a linha alba, não secciono a musculatura pelo meio.
Nos ruminantes evita a linha média por conta da vascularização associada a glândula mamária por isso que desloca a incisão tanto para o lado direito tanto para lado esquerdo, seccionando o musculo ao meio, mas a desvantagem é a dificuldade de cicatrização dessa musculatura depois.
Celiorrafia paramediana
· Primeiro plano: Peritônio + bainha interna (padrão de sutura continua);
· Segundo plano: Musculo reto abdominal + bainha externa (padrão de sutura interrompido: Wolff ou Sultan)
· Terceiro plano: Pele
Ruminotomia
Indicações
· Dilatações Rumenais/ Rumenais não responsivas ao tratamento conservativo: Retirar/extrair conteúdo ruminal -> Rumenotomia:
· Timpanismo (Espumoso); alcalose ruminal severa; empanzinamento;
· CE- Corpo estranho
· Indigestões Traumáticos -> acesso ao reticulo (laparotomia esquerda) -> rumenotomia:
· Reticulite simples; Reticulo – peritonite; Retículo – pericardite;
 Obs.: indigestão vagal – dilata o rúmen, o que pode ser confundido com timpanismo;
	Ruminotomia
Técnica Cirúrgica 
· Laparotomia esquerda
· Sutura de ancoragem temporária (fixação da serosa rumenal à pele – pontos simples continuo); ou
· Extra – peritonialização do rúmen,
· Incisão longitudinal do rúmen com bisturi/tesoura
Obs.: Ancoragem do rúmen temporária ou Extra – peritonialização do rúmen são feitas para não cair conteúdo dentro da cavidade abdominal
Ancoragem temporária
Passa a agulha pela pele e na serosa, não precisa ir até o lúmen do rúmen, e faz o padrão de sutura escolhido. (wolff, simples continuo, tanto faz).
Obs.: tanto faz o fio que vai usar, só usa fio estéril, o padrão de sutura também tanto faz
Obs.: Caso não queira usar a ancoragem temporária, pode usar um afastador (chamado de porta retrato), mas é mais agressivo para parede do rúmen;
 Ou bastidor de plástico, mas a desvantagem é que ele pode sair do lugar, e pode cair conteúdo dentro da cavidade abdominal; 
Extra- Peritonialização
Sutura entre o peritônio e a serosa (pode fazer sero muscular) ruminal.
Essa técnica, é definitiva, vai criar uma aderência com o passar do tempo, e não prejudica a função do tempo.
Essa técnica também é uma escolha do cirurgião.
É errado falar que está fazendo essa técnica para evitar um deslocamento/torção do rúmen 
Rumenotomia
Técnica Cirúrgica: usado para:
· Drenagem do conteúdo ruminal 
· Exploração intraluminal (musculatura ruminal e reticular)
· Extração de Corpo estranho
Depois faz a:
· Rumenorrafia (fechamento do rúmen):
· Dois planos, sempre o segundo plano invaginante para evitar o extravasamento de conteúdo (pode ser o Cushing), o primeiro plano pode ser ponto simples contínuo 
Por último:
· Laparorrafia (fechamento da cavidade abdominal)
Deslocamento de abomaso
Introdução
Deslocamento do abomaso à esquerda (DAE) Etiologia
Dilatação e deslocamento do abomaso à direita (DAD) similar com
Vôlvulo abomasal - geralmente é uma evolução do DAD diferentes sintomas
· DAE (80% dos casos); DAD associada aos vôlvulos; 
· Distopia abomasal de alta incidência 
· Vacas leiteiras, grande profundidade abdominal
· Puerpério: pós parto (DAE), uma vaca que acabou de parir tem mais chance do deslocamento do abomaso por conta da involução uterina;
· Hipomotilidade abomasal; 
Fazer a palpação retal pode me ajudar a perceber que o rúmen está deslocado para o meio do abdômen, e que está sentindo uma estrutura no local do rumen que é o abomaso.
Sinais Clínicos e Exame Físico 
· Anorexia, recusam concentrado (cetose- hálito com cheiro de acetona), fezes escassas ou ausentes;
· Hipomotilidade/Atonia rumenal
· Distensão abdominal:
· Dorsal esquerda = DAE – aumento de volume do lado esquerdo
· Dorsal direita = DAD - aumento de volume do lado direito
· Percussão auscultatória - Percute enquanto ausculta, acaba sendo especifico para o deslocamento do abomaso a esquerda, porque na hora que executa esse exame, escuta um ruido chamado de timbre metálico/ pingue;
· Queda da produção leiteira; arqueamento de coluna
· Perda de status corporal gradual; prostração; apatia
· Taquicardia, taquipneia, mucosas hipocoradas ou congestas, desidratação; morte súbita;
Omentopexia; Piloropexia
· Laparotomia direita (Acesso perpendicular alto/ paracostal)
· Explorar cavidade
· Drenagem gasosa (Se o abomaso estiver deslocado para lado direito, geralmente quando faz isso, o abomaso já volta para o local normal dele, e lembrar que sempre tem que fixar depois, pela omentopexia ou piloropexia)
· Reposicionamento abomasal 
· Identificação duodeno, mesoduodeno, piloro e prega espessa omento maior
Piloropexia – traciona o piloro até o acesso da cavidade, e sutura ele no acesso que foi aberto, depois garantindo que não vai ter recidiva;
Obs.: Se só reposicionar tem 90% de recidiva
Omentopexia- sente onde o omentoé mais fixo, traciona essa porção do omento e suturar junto ao peritônio com o musculo abdominal transverso (pode fazer ponto simples continuo, ou ponto simples interrompido), usa fio absorvível (poliglactina, poliglecaprone, categut cromado, porque tem maior tempo de degradação tamanho 1 ou 2);
Abomasopexia
· Laparotomia Direita ou esquerda (para o lado que ele está deslocado)
· Sucção conteúdo abomasal
· Curvatura maior do abomaso = sutura festonada contínua da 10 cm;
· Fio absorvível (Poliglactina, Polglecaprone, Categut Cromado), tamanho 1 e 2 
· Reposicionamento abomasal
· Progressão ventral com agulha ocultac(para não perfura o intestino do animal); perfurar parede abdominal; manutenção ancoragem por 4 semanas;
Técnica Cirúrgicas:
Fechadas: Toggle (reposicionar o abomaso sem abrir a cavidade abdominal, animal anestesiado, funciona mais quando o abomaso não está muito distendido, e é feito um rolamento do animal e é confirmado através de um ultrassom se o abomaso está no local, a vantagem é que não abre o animal) e Sutura fechada
Abertas: 
Animal em pé:
Flanco esquerdo - faz a abomasopexia
Flanco direito - faz omentopexia ou piloropexia ou abomasopexia
Decúbito dorsal:
Paramediana ventral abomasopexia
Pós operatório (rumenotomia; omentopexia; abomasopexia)
· Antimicrobiano sistêmico
· AINES (não fazer uso exacerbado, por esses animais tem tendencia a ter ulcera de abomaso, diminui a produção de muco, altera o processo cicatricial), faz só no primeiro e segundo dia, muda para dipirona
· Curativo local
· Acompanhamento clínico, fluidoterapia; transfaunação de liquido ruminal
Complicações: peritonites, estenose funcional (oclusão lúmen piloro), recidiva omentopexia (faz ultrassom para confirmar, mas depois que houve aderência de pele não vai ocorrer mais recidiva), deiscência sutura de pele.

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