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EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA 1ª VARA CÍVIL DA COMARCA DA CAPITAL – ESTADO DO RIO DE JANEIRO
PROCESSO N° 123456-78.2018.8.19.0001
FLORENTINA CRAVO, já devidamente qualificada nos altos da ação de ANULAÇÃO DO NEGÓCIO JURÍDICO, que lhe move MARINA MELO, já qualificada, vem respeitosamente perante Vossa Excelência, por intermédio de seu advogado com endereço profissional no (ENDEREÇO COMPLETO), onde pretende, para fins do artigo 77, V, receber intimações e notificações, interpor a presente
CONTESTAÇÃO
Pelos motivos de fato e de direito que a seguir expõe:
I. DAS PRELIMINARES
I.1 – DA ILEGITIMIDADE PASSIVA
Antes de abordar o mérito da demanda em questão, incumbe-nos tratar de questões preliminares, tal como a ilegitimidade passiva da ora peticionante.
A autora ajuizou ação em face da ré Florentina Cravo, objetivando a anulação do negócio jurídico realizado no dia 18 de março de 2018. No fato alegado na inicial, esclarece a autora que teria realizado a doação do sítio localizado na rua dos Bobos, 0, Rio de Janeiro/RJ, que possui valor de mercado de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais) para o orfanato Florzinha Feliz, em virtude de ter sofrido coação a realizar o exposto ato jurídico. 
Ante o acontecimento, verifica-se que, no negócio jurídico em pauta, integraram como partes a Autora como doadora e o Orfanato Florzinha Feliz como donatário. Tendo em vista se tratar a ré de pessoa estranha ao negócio jurídico objeto desta demanda, resta evidente que, a ré não é legítima para preencher o polo passivo deste pleito.
Dessa forma, tendo em vista que a ré não é integrante da relação jurídica, requer o acolhimento da preliminar de ilegitimidade passiva nos termos dos artigos 337, XI, 338, 339 do Código de Processo Civil. Bem como, requerimento que se intime a parte autora a prosseguir com a citação do Orfanato Florzinha Feliz sob pena de extinção do processo sem resolução do mérito, nos moldes do artigo 485, VI do Código de Processo Civil. 
I.2 – DA COISA JULGADA
Cabe acrescentar ainda que, a presente demanda se refere a segunda ação proposta pela autora em face da ré, com os mesmos fundamentos e objetivo. Sendo a primeira proposta em 10 de abril de 2015, tramitou perante a 2ª Vara Cível da Comarca da Capital do Rio de Janeiro. O processo de número (NÚMERO DO PROCESSO) foi julgado improcedente, e havendo o mesmo transitado em julgado.
A vista disso, diante da ocorrência da coisa julgada material e processual, cumpre a extinção do exposto processo nos termos do artigo 485, V do Código de Processo Civil. 
II. DO MÉRITO
II.1 – PREJUDICIAL DE MÉRITO - DECADÊNCIA
Não fosse suficiente a ilegitimidade da parte ré, o mérito encontra-se prejudicado pela decadência, em razão da doação do sítio ter sido realizada pela autora no dia 18 de março de 2012, sendo a demanda distribuída apenas em 21 de janeiro de 2018. Quando o artigo 178, I do Código Civil, estabelece que o prazo decadencial para demandar a anulação de negócio jurídico é de quatro anos, no caso de coação, quando esta cessar. 
Ora, a autora da ação pediu demissão do cargo que ocupava no dia (DIA) de abril de 2012, ou seja, ainda que tivesse ocorrido algum tipo de coação, o que se destaca que NÃO OCORREU, teria a coação cessado no dia que a autora se desligou do cargo. Tendo em vista este fato, é incontestável que ao analisar o prazo de quatro anos estabelecido pelo artigo ora citado, fica claro que a autora decaiu do seu direito no dia (DIA) de abril de 2012, uma vez que apenas propôs a ação em 21 de janeiro de 2018. 
Neste Caso, nos termos do artigo 487, II do Código de Processo Civil, deve haver a extinção do processo com resolução do mérito em virtude da decadência apontada.
II.2 – DA INEXISTÊNCIA DE COAÇÃO
A parte autora alega em sua fundamentação da presente demanda, que sofreu coação por parte da ré para a realização da doação do sítio. Cabe evidenciar que de fato a ré aconselha que seus funcionários pratiquem atos de caridade, e no que se refere a parte autora, essa situação de fato ocorreu, tendo em conta que as duas são praticantes da mesma religião. Todavia, jamais houve coação por parte da ré para com seus funcionários para realizarem tais atos, fica claro esta fundamentação ao analisar que os funcionários que não compactuam da mesma religião, e não realizam doações ao orfanato dirigido pela ré, permanecem em seus cargos sem qualquer constrangimento. 
Outrossim, é certo que a autora recebia mensalmente o salário de R$ 15.000,00 (quinze mil reais), apesar disso, a ré jamais coagiu a autora para a realização de doações, ficando claro que esta fez por vontade própria, tendo em vista que era da mesma religião da ré.
Cabe ressalta ainda que, em abril de 2012, mês posterior a doação, a autora pediu demissão por ter aceitado proposta de emprego realizada pela concorrente em fevereiro de 2012, em razão do melhor salário, com isso, pode-se entender que a autora não realizou a doação por medo de ser demitida, uma vez que já pretendia aceitar a proposta de emprego oferecida pela concorrência meses antes da realização da doação.
Diante do que foi mencionado não fica caracterizado coação, nos termos do artigo 153 do Código Civil. 
III. DO PEDIDO
1- Que seja acolhida a preliminar de ilegitimidade passiva, julgando o processo sem resolução de mérito, com fundamento no artigo 337, XV, 339 do Código de Processo Civil. Requerendo que a parte autora seja intimada a prosseguir com a citação do Orfanato Florzinha Feliz sob pena de extinção do processo nos termos do artigo 485, VI, do Código de Processo Civil;
2- Que seja acolhida a preliminar de coisa julgada, nos termos do artigo 485, V do Código de Processo Civil, requer a ré a extinção da referida demanda; 
3- Se afastada a preliminar, que seja acolhida a prejudicial de mérito, referente a decadência julgando extinto o processo com resolução de mérito; 
4- Ultrapassada as preliminares e a prejudicial de mérito, requer seja determinada a data da Audiência de Conciliação e, no mérito; 
5- Requer sejam julgados improcedentes todos os pedidos contidos na petição inicial, com a consequente condenação da autora ao pagamento das custas judiciais e honorários advocatícios no máximo legal. 
IV. PROVAS
Requer a produção de todas as provas admitidas em direito, especialmente documental, testemunhal assim como depoimento pessoal da autora. 
Termos em que, pede deferimento.
(Local), (Dia), (Mês), (Ano).
Nome do Advogado
OAB (Sigla do Estado)

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