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Abordagem sindrômica da Febre

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Abordagem sindrômica das 
doenças febris agudas 
 
Controle fisiológico da temperatura 
• Depende do ponto de ajuste do hipotálamo 
•Temperatura normal: 36,5°C ~ 37,5°C 
• Ambiente frio 
→ Vasoconstrição dos capilares 
→ Cessa secreção de suor 
→ Pilo ereção 
• Ambiente quente 
→ Capilares dilatam 
→ Maior secreção de suor 
 
Parâmetros Normais 
• Oco axilar: 35,5 a 37°C 
• Retal: 36 a 37,5°C 
 Sinal de Lenander – Patológico 
• Temp. Retal >1° comparado a Temp. Axilar 
• Sugestivo de apendicite 
 
Intensidade – Febre (Temp. axilar) 
• Febre leve/febrícula: Até 37,5° C 
• Febre moderada: 37,5°C a 38,5°C 
• Febre Alta/elevada: acima de 38,5°C 
 
Intensidade - Hipotermia (Temp. axilar) 
• Leve: 32 a 35°C 
• Moderada: 30 a 32°C 
• Grave: Abaixo de 30°C 
Fisiopatologia da febre 
• Ocorre pela ação de fatores pirogênicos sobre o centro 
termorregulador do hipotálamo: 
 
↑Limitar térmico ► Respostas metabólicas de produção e 
conservação de calor ► Tremores, Vasoconstrição periférica 
► ↑metabolismo basal 
 
• Vias: 
Via Humoral 1 
Fatores exógenos (principalmente microrganismos) 
ativam receptores de TLR-4 (receptor do tipo Toll 4 que 
detecta bactérias gram-negativas) na barreira 
hematocefálica. 
Esses pirógenos exógenos estimulam os leucócitos a 
liberar pirógenos endógenos como IL-1 e o TNF que aumentam 
aas enzimas responsáveis pela conversão de ácido 
araquidônico em prostaglandina 
No hipotálamo, a prostaglandina ativa receptores do 
núcleo pré-optico elevando o ponto de ajuste hipotalâmico. 
Via Humoral 2 
• Indireta: Citocinas ativam receptores TLR-4 na barreira 
hematocefálica ► Via humoral 1 
• Direta: Citocinas atuam diretamente no núcleo pré-optico 
aumentando o ponto de ajuste do hipotálamo. 
• 
 
Abordagem da síndrome febril 
• Fundamental aferir temperatura corporal para confirmar 
suspeita de febre 
• Caracterizar a febre: 
• Início: súbito (geralmente acompanha demais 
sintomas da síndrome febril) ou gradual (prevalece 
sudorese, cefaleia e inapetência) 
• Intensidade 
• Duração ( aguda ou prolongada >10dias) 
• Cronologia dos sintomas/sinais 
• Evolução (curva térmica) 
• Importante na anamnese: Medicamentos, patologias 
concomitantes, viagens a áreas endêmicas de doenças 
infecciosas, exposição sexual, esplenectomia (retirada do 
baço) ... 
A síndrome febril 
Sintomas sistêmicos: 
• Astenia, inapetência e cefaleia 
• Mialgia, artralgia, calafrios e sudorese 
• Taquicardia, taquipneia e taquisfigmia 
• Oligúria, dor no corpo 
• Náuseas e vômito 
• Delírio, confusão mental e convulsões 
*Sinal: Posição fetal devido sensação de frio. 
 
Tipos de febre 
Contínua: Temperatura sempre acima do normal com 
variações de até 1°C 
Ex.: Febre tifóide e pneumonia. 
 
Irregular(séptica): Altos picos intercalados com 
temperaturas baixas ou períodos de apirexia. Sem caráter 
cíclico. 
Ex.: Sepse 
 
Remitente: Temperatura sempre acima do normal com 
variações acima de 1°C. Sem período de apirexia. 
Ex.: Pneumonia, tuberculose e sepse 
 
Intermitente: Intercalam-se períodos de temperatura alta 
com períodos de apirexia. Terçã (um dia com e outro sem); 
Quartã (Um dia com e dois sem) 
Ex.: Malária, infecção urinária, linfoma... 
 
Recorrente(ondulante): Episódios de febre separados por 
longos intervalos de apirexia (dias ou semanas). 
Ex.: Linfomas e tumores 
 
Malária associada a febre intermitente 
Malária 
• Plasmodium falciparum : Febre terça maligna 
• P. vivax : Febre terçã benigna 
• P. malarie : Febre quartã benigna 
• P. ovale : Febre terçã benigna 
 
Os picos febris da malária estão relacionados com a 
finalização do ciclo esquizogônico do parasita como 
 consequência ao rompimento das hemácias e liberação do 
seu conteúdo. 
• Fase 1: início súbito; sensação de frio e calafrios, 
tremores, náuseas, vômitos, palidez e “pele frio”. Duração 
de 1 a 2 horas. 
• Fase 2: Pico de temperatura (39-41°C). Calor 
intenso, delírios, náuseas e vomito. Duração entre 2 e 8 
horas. 
• Fase 3: Queda da temperatura, sudorese 
abundante e sono. Duração de 3 horas. 
 
Dissociação pulso temperatura 
 
# Sinal de Faget 
• Febre alta + Bradicardia 
• Sugestivo de Febre amarela 
 
Febre de origem indeterminada 
• Clássica 
Febre > 38,3°C com duração de mais de 3 semanas. 
Impossibilidade de estabelecer diagnóstico por 3 consultas 
ou 2 dias de internação hospitalar. 
• Nosocomial (“hospitalar”) 
Febre > 38,3°C em pacientes internados com ausência de 
infecção ou doença incubada á admissão. 
Pelo menos 3 dias de internação 
• Neutropênica 
Febre > 38,3°C em pacientes com neutrófilos <500 ou com 
expectativa de queda. 
• Associada a HIV 
Febre > 38,3°C em várias ocasiões em pacientes infectados 
pelo vírus HIV. 
 
Diagnóstico 
• Basicamente clínico: Aferição de temperatura + principais 
sintomas 
•Anamnese e exame físico ditarão a conduta 
Tratamento 
• Tratar causa base 
• Reduzir outros sintomas, evitar complicações e reduzir 
demanda metabólica 
 
• Tomada de condutas quando temperatura axilar >37,8°C 
• Hiperpirexia: >41,5°C 
 
• Medidas não farmacológicas 
•Compressa com água na cabeça 
•Banho em água morna 
• NÃO se agasalhar ou agasalhar criança 
 
• Medicamentos 
→ Dipirona 
Ação antitérmica e analgésica. 
NÃO possui ação anti-inflamatória 
→ Paracetamol 
Ação antitérmica, anti-inflamatória e analgésica 
Risco de hepatotoxidade se uso >4g/dia 
→ AAS 
Ação antitérmica, anti-inflamatória e analgésica. 
Contraindicado em caso de dengue e história de hipersensibilidade. 
Cautela se história de sangramento por úlcera péptica, outros 
sangramentos e trombocitopenia.

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