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Alterações da Temperatura Corporal

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 Faixa estreita: 36° ± 0,6° C; 
 Resulta da diferença entre: 
 Produção de calor: metabolismo dos órgãos vitais de áreas mais internas 
(vísceras e músculos). É distribuído para o corpo através do sistema 
circulatório; 
 Perda de calor: através da pele. 
 Difere quantas às regiões corporais: 
 Temperatura central (intracraniana, intratorácica e intra-abdominal): 
mais altas; 
 Temperatura periférica (oral e axilar): mais baixas; 
 Estão integradas por regiões termorreguladoras do SNC – Centro 
Termorregulador (CT) “termostato”. 
Receptores termossensíveis: vasos sanguíneos e pele 
 
Centro termorregulador 
 
Mecanismos de perda ou ganho de calor 
  Atividade muscular: tremores; 
  Liberação hormonal: tiroxina, GH e testosterona; 
  Atividade do sistema nervoso simpático; 
 Efeito termogênico da digestão, absorção e armazenamento. 
 
 
 
 
 
 Produção e conservação de calor; 
Resposta Corporal Mecanismo de Ação 
Vasoconstrição periférica Fluxo sg na área central 
Piloereção  Superfície exp. da pele 
Postura “encolhida”  Superfície exp. da pele 
Calafrios  Atividade muscular 
 Produção de epinefrina  Metabolismo (imediato) 
 Produção de hormônio tiroidiano  Metabolismo (longo prazo) 
 
 Perda de calor. 
Resposta Corporal Mecanismo de Ação 
 
Vasodilatação periférica 
Fluxo sg da área central para a 
periférica com dissipação de calor 
através da radiação, condução e 
convecção 
Sudorese  Perdas através da evaporação 
 
 Radiação (ondas de calor) – 60%; 
 Evaporação – 22%; 
 Condução para o ar (correntes de ar – convecção) – 15%; 
 Condução para objetos – 3%. 
 Ritmo circadiano:  0,5° C à tarde; 
 Gravidez; 
 Período pós prandial; 
 Período ovulatório ( 0,6° C). 
 Elevação da temperatura corporal que excede as variações normais diárias 
(0,6° C); 
 Pela manhã: 36,5° C à tarde ≥ 37, 1° C. 
 
 
 É decorrente da ação dos pirógenos elevando o nível do centro termorregulador 
através do  PGE2; 
 Pirógenos qualquer substância que cause febre; 
 Efeitos positivos: 
 Não é completamente entendido; 
 Seleção natural nos animais capazes de produzir febre; 
  Função imune por linfoproliferação de linfócitos T; 
 Inibição de muitos agentes infecciosos. 
 Efeitos deletérios: 
 Descompensação de doença pulmonar ou cardíaca (ex: idosos com 
confusão, taquicardia e taquipnéia).  1° C -> 7% do metabolismo basal; 
 Lesão celular em temperaturas > 42,2° C -> acidose, hipóxia e 
hipercalcemia. Por isso a maioria das febres não ultrapassam 40,5° C 
devido a um efeito protetor do SNC de liberação criógenos. 
 Causas de febre: 
 Doenças infecciosas: mais frequente em todas as faixas etárias; 
 Doenças neoplásicas: linfomas, leucemias, hipernefroma, hepatomas; 
 Doenças do tecido conjuntivo: LES; 
 Embolias pulmonares, IAM; 
 Doença do sistema nervoso: traumatismo craniano, AVE, medular e febre 
neurogênica. 
 Exógenos: microrganismos íntegros ou produtos (LPS), toxinas (enterotoxina do 
S. aureus e toxinas do Streptococcus do grupo A e B). Ação direta CT; 
 Endógenos: microrganismos (bactérias, fungos, vírus), processos inflamatórios, 
trauma, necrose tecidual, estimulam macrófagos a liberar citocinas pirogênicas – 
(IL-1, IL-6, TNFα). Ação indireta CT; 
 Pirógenos endógenos – resposta da fase aguda: 
 Febre; 
 Alterações neuroendócrinas; 
 Alterações hematopoéticas; 
 Alterações metabólicas; 
 Alterações hepáticas. 
 Astenia; 
 
 
 Anorexia; 
 Taquicardia; 
 Taquipnéia; 
 Sudorese; 
 Calafrios; 
 Mialgias; 
 Artralgias; 
 Náuseas; 
 Vômitos; 
 Sonolência; 
 Cefaleia; 
 Delírio; 
 Convulsões. 
 Geralmente para cada  1° C ->  10 – 20 pulsações; 
 Algumas situações clínicas em que isso não ocorre. 
 Bradicardia relativa ao aumento da febre: sinal de Faget. EX: febre tifoide, 
febre amarela, febre medicamentosa, febre factícia; 
 Taquicardia desproporcional a febre. EX: miocardite aguda, embolia 
pulmonar. 
 1° Fase (ou prodrômica): cefaleia, astenia, mal estar, mialgias; 
 Súbito paciente se lembra da febre e geralmente acompanha sinais e 
sintomas da síndrome febril, principalmente calafrios. EX: pneumonia 
bacteriana; 
 Gradual muitas vezes não se lembra da febre predominando outro 
sintoma (cefaleia, inapetência, sudorese). EX: hepatite viral. 
 2° Fase: extremidades frias, pálidas, piloereção, calafrios, tremores; 
 3° Fase: sensação de calor e pele quente e úmida, “flushing”; 
 4° Fase: sudorese (defervescência); 
 Intensidade: 
 
 
 Depende da causa: infecções bacterianas produzem mais pirógenos; 
 Capacidade de reação do indivíduo: idoso, imunossuprimidos, 
granulocitopênicos: menor capacidade; 
 Uso de medicamentos que interfiram na resposta da febre (antitérmicos, 
anti-inflamatórios, glicocorticoide); 
 Leve ou febrícula até 37,5° C; 
 Moderada 37,5° C a 38,5° C; 
 Alta ≥ 38,5° C; 
 Hiperpirexia ≥ 40,5° C. 
 
 
 Padrões febris periódicos que tem utilidade clínica: 
 Os da malária em área endêmica; 
 A febre da Neutropenia cíclica; 
 Febre de Pel-Ebstein. 
 
 
 Elevação não controlada da temperatura corporal; 
 Não tem a participação do centro termorregulador; 
 Exposição de calor exógeno ou  produção de calor; 
 Exposição de calor exógeno – intermação: 
 Relacionadas ao exercício físico: atletas, militares, trabalhadores; 
 Não relacionadas ao exercício físico: extremos de idade, obesidade, ICC, 
displasia ectodérmica, sequela de queimadura, drogas que  sudorese. 
 Aumento de atividade metabólica: 
 Tireotoxicose, feocromocitoma; 
 Drogas inibidoras da MAO, antidepressivos tricíclicos e anfetaminas; 
 Drogas ilícitas: cocaína, metilenodioximetanfetamina (NDMA), LSD. 
 Hipertermia maligna: doença genética relacionada a anestésico; 
 Síndrome neuroléptica maligna ou a retirada de drogas dopaminérgicos; 
 Síndrome da serotonina; 
 TCE, AVE, tumores, infecções. 
 Histórica clínica: ambientes quentes, exercícios vigorosos, uso de 
medicamentos; 
 Ausência da síndrome febril; 
 Pele quente sem sudorese. 
 Efeito direto da injúria tissular induzidas pelo stress do calor; 
 Resposta inflamatória local e sistêmica com falência multissistêmica com a 
coagulação de proteínas e agregados; 
 Quadro grave podendo ser rapidamente fatal. 
 Câimbras de calor (espasmos dolorosos lentos dos músculos mais intensa / 
utilizados pela sudorese profunda e perda eletrolítica. Desidratação grave – 
náuseas, vômitos, cefaleia, fotofobia, fadiga, palidez); 
 
 
 Síncope de calor (perda súbita da consciência secundária à vasodilatação 
cutânea e subsequente hipotensão sistêmica e cerebral. Midríase, pele fria e 
úmida); 
 Exaustão pelo calor ou “heat stroke” (fraqueza, sede, sintomas 
neuropsicológicos como ansiedade, cefaleia, vertigem, parestesias, histeria, 
dificuldade de concentração e confusão mental. Pode evoluir para síncope ou 
choque térmico); 
 Choque térmico: é uma emergência médica, iniciando-se subitamente por 
sintomas neurológicos difusos semelhantes aos observados na exaustão térmica 
evoluindo para inconsciência, coma e falência orgânica múltipla, com a 
coagulação intravascular disseminada. A pele estará quente e seca, a 
temperatura geral // acima de 41° C e a mortalidade é alta. 
 Febre: 
  Produção de PGE2 (bloqueio da ciclooxigenase); 
 Tratamento da causa. 
 Hipertermia: 
 Resfriamento físico (esponjas frias, ventiladores, banhos de gelo, 
hidratação venosa); 
 Retirar a causa. 
 Febre que coincide com a administração do medicamento e desaparece com 
a sua retirada; 
 Pode ser febre ou hipertermia; 
 Temperaturas são acima de 38,9° C; 
 Bom estado geral, variação diurna, bradicardia relativa; 
 Febre por hipersensibilidade é mais comum. Nesse caso a febre precede efeitos 
adversos mais importantes que surgirão. 
 
 
 
 Temperatura central < 35° C; 
 Acidental: exposição prolongadaao frio (atmosférica ou submersão); 
 Alteração termorregulação + exposição ambiental relativamente fria. EX: 
desnutrição, alcoolismo, drogas que alterem o sensório, doenças 
cardiovasculares, vasculares, medular, peri-operatória; 
 Hipotermia grave: 
 ACV:  PA; ondas de Osbone ou em J(A) ECG que se aprofundam com a 
gravidade. Quando  para 32° C, há FA -> FV (~28° C) -> parada 
cardíaca aos 21° C; 
 Sistema respiratório: alteração da FR e pode haver complicações graves 
como atelectasia e broncopneumonia; 
 SNC: depressão progressiva -> confusão -> letargia -> ... 
 TGI: paralisia intestinal e da função hepática (<32° C); 
 Sangue:  viscosidade a cada  da temperatura de 1° C e transtornos da 
coagulação.

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