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MÉTODOS DE COMBATE A CORROSÃO

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FUNDAÇÃO TÉCNICO-EDUCACIONAL SOUZA MARQUES 
FACULDADE DE FILOSOFIA, CIÊNCIAS E LETRAS 
CURSO: QUÍMICA – BACHAREL EM ORIENTAÇÃO TECNOLÓGICA 
DISCIPLINA: CORROSÃO - CÓDIGO: QUI60352 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MÉTODOS DE COMBATE À CORROSÃO 
 
 
 
 
 
ÍCARO HILÁRIO ANTUNES ALVES 
MATRÍCULA: QO210003 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RIO DE JANEIRO 
 31.03.2022 
 
 
por 
ÍCARO HILÁRIO ANTUNES ALVES 
MATRÍCULA: QO210003 
 
 
 
 
 
 
 
 
MÉTODOS DE COMBATE À CORROSÃO 
 
 
 
Trabalho apresentado à disciplina de 
Corrosão como requisito parcial para 
obtenção do Grau de Qualificação 1 
(GQ1). 
 
 
 
 
Orientador: Prof. Esp. Paulo Bonan Assis 
Especialista em Metodologia do Ensino Superior 
 
 
 
 
 
 
 
RIO DE JANEIRO 
31.03.2022
 
 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
Figura 1. Pilha eletroquímica. (GENTIL, 1996). ........................................................ 5 
Figura 2. Diagrama de polarização com ação de inibidor anódico. (A) sem 
inibidor (b) com inibidor. (GENTIL, 1996). ................................................................ 6 
Figura 3. Diagrama de polarização com ação de inibidor catódico. (a) sem 
inibidor (b) com inibidor. (GENTIL, 1996). ................................................................ 7 
Figura 4. Inibidores orgânicos utilizados em decapagem ácida. (GENTIL, 1996).
 ....................................................................................................................................... 8 
Figura 5. Esquema do mecanismo de proteção catódica (GENTIL, 1996) .......... 10 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
file:///C:/Users/Pichau/Google%20Drive/Faculdade/3º%20período/7º%20-%20Corrosão/MÉTODOS%20DE%20COMBATE%20A%20CORROSÃO.docx%23_Toc99059339
file:///C:/Users/Pichau/Google%20Drive/Faculdade/3º%20período/7º%20-%20Corrosão/MÉTODOS%20DE%20COMBATE%20A%20CORROSÃO.docx%23_Toc99059339
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 4 
1.1. INIBIDORES DE CORROSÃO .............................................................................. 5 
1.1.1. Inibidores anódicos ....................................................................................... 6 
1.1.2. Inibidores catódicos ...................................................................................... 7 
1.1.3. Inibidores de adsorção ................................................................................. 8 
1.1.4. Utilização dos inibidores .............................................................................. 8 
1.2. PROTEÇÃO CATÓDICA ....................................................................................... 9 
1.3. PROTEÇÃO ANÓDICA ....................................................................................... 10 
1.4. REVESTIMENTOS PROTETORES .................................................................... 11 
1.4.1 Revestimentos Metálicos ............................................................................. 11 
1.4.2. Revestimentos Não-Metálicos Inorgânicos .............................................. 12 
1.4.3. Revestimentos Orgânicos .......................................................................... 13 
1.4.3.1. Tintas ...................................................................................................... 13 
1.4.3.2. Polímeros ............................................................................................... 14 
CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................ 16 
REFERÊNCIAS ........................................................................................................... 17 
4 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
A corrosão é definida como a deterioração de um material, geralmente 
metálico, por ação física, química ou eletroquímica, sendo por esforços 
mecânicos ou atrelado ao ambiente. Atenta-se que a corrosão, ou deterioração, 
não ocorre somente em materiais metálicos, tal processo pode ocorrer em não 
metálicos, tais como, o concreto, a borracha, polímeros, a madeira, etc. A 
corrosão do cimento Portland, empregado ao concreto, é causada pela ação do 
sulfato; a perda da elasticidade da borracha é ocasionada pela oxidação por 
ozônio, e a madeira exposta à solução de ácidos perde sua resistência, devido 
à hidrólise da celulose. Tal deterioração leva a alterações indesejáveis do 
material, sendo, desgaste, transformação químicas ou modificações físicas, 
tornando o material inadequado para devido uso. 
 
A corrosão química é uma deterioração por um composto químico sobre 
determinado material, caracterizando o que chamamos de reação REDOX, 
dividindo em dois processos de corrosão: a oxidação e a corrosão. A oxidação é 
uma reação gás-metal, com uma formação de uma película de óxido, enquanto 
a corrosão propriamente dita, é o ataque do ambiente, sendo um processo 
eletroquímico espontâneo, que ocorre em meio aquoso. 
 
Já, na corrosão eletroquímica, quando um metal ou liga está em contato 
com um eletrólito, ocorre simultaneamente dois tipos de reações, as reações 
anódicas e as catódicas, onde, nas reações anódicas ocorre a oxidação e nas 
catódicas a redução, causando nesse caso, a deterioração de um determinado 
metal. Fortificando os conceitos de eletroquímica, dizemos que um eletrólito é 
qualquer meio que em sua composição possui íons dissolvidos que conduzem 
eletricidade. Enquanto, um eletrodo, é um condutor metálico. 
 
Seguindo fundamentos da Pilha de Daniell, a transferência dos elétrons da 
região anódica, região onde ocorre a oxidação, para a catódica, região em que 
5 
 
 
 
ocorre a redução, é feita por meio de um condutor metálico, e a transferência de 
ânions e cátions na solução fecha o circuito elétrico. 
 
Figura 1. Pilha eletroquímica. (GENTIL, 1996). 
1.1. INIBIDORES DE CORROSÃO 
A fim de evitar a corrosão, deve-se sempre considerar variáveis 
dependentes do material metálico, a forma de emprego e do meio corrosivo. Com 
esse estudo, podemos diminuir a taxa de corrosão dos materiais metálicos, e os 
métodos práticos adotados podem ser citados da seguinte forma: 
• Métodos Baseados na Modificação do Processo 
• Métodos Baseados na Modificação do Meio Corrosivo 
• Métodos Baseados na Modificação do Metal 
• Métodos Baseados nos Revestimentos Protetores 
Em síntese, os métodos de combate à corrosão eletroquímica são descritos por 
utilização de ligas metálicas resistentes à corrosão, revestimentos protetores, 
inibidores de corrosão e proteção catódica e anódica. 
De todos esses métodos para obter o controle da corrosão, os chamados, 
inibidores de corrosão, são considerados um dos melhores métodos para 
proteção contra a corrosão. Esse inibidor é uma substância, que em certas 
concentrações, eliminam o desenvolvimento dessa deterioração. Os inibidores 
são divididos em composição e comportamento, têm-se então: 
Em estrutura: inibidores orgânicos e inorgânicos; 
6 
 
 
 
Em comportamento: oxidantes, não-oxidantes, catódicos, anódicos e de 
adsorção; 
Como as classificações dos inibidores orgânicos, inorgânicos, oxidantes e não-
oxidantes são bem evidentes, daremos destaque aos inibidores anódicos, 
catódicos e de adsorção. 
1.1.1. Inibidores anódicos 
Os inibidores anódicos reprimem as ações anódicas, ou seja, impedem a 
reação do ânodo. A reação ocasiona um filme aderente e insolúvel na superfície 
do metal, obtendo o que chamamos de polarização anódica. O processo de 
polarização é descrito como modificações no potencial do eletrodo resultante na 
polarização provocada pela mudança do valor potencial, ou seja, fazendo com 
que o potencial anódico desloca no sentido do catódico e vice-versa. 
 
Figura 2. Diagrama de polarização com ação de inibidor anódico. (A) sem inibidor (b) com 
inibidor. (GENTIL, 1996). 
Como exemplo de inibidoresanódicos, podemos citar os carbonatos, silicatos, 
boratos e fosfatos, pois formam produtos insolúveis com ação protetora quando 
reagem com íons metálicos Mn+. Tendo como exemplo os carbonatos, podemos 
descrever tal reação. 
CO3
2-
+2 H2→2OH
-
+ H2CO3 
Continuando a reação, o íon OH- reage com o íon metálico Mn+, inicialmente 
formado na oxidação do anodo. 
Mn+ nOH- → M(OH)n 
7 
 
 
 
Os mais utilizados como inibidores anódicos estão os cromatos, que 
mesmo em concentrações baixas de cromato, presentes em águas ou soluções 
salinas, ocasiona uma redução na taxa de corrosão. O cromato possui um custo 
baixo e uma facilidade de aplicação, de controle e proteção, porém devido à 
poluição de despejos industriais, ele vem sendo substituído, e o argumento de 
substituição se consolida por ser uma substância tóxica e altamente oxidante, 
causando diversos problemas aos seres humanos. Tais problemas podemos 
citar sendo, dermatites, úlceras, alergias, perfuração do septo nasal, etc. Porém 
em soluções diluídas, como é feito no controle da corrosão, a devida segurança 
industrial é suficiente para impedir tais efeitos nocivos. 
1.1.2. Inibidores catódicos 
Já estes inibidores, atuam reprimindo reações catódicas. Ao reagirem com 
a área catódica, produzem compostos insolúveis, que impedem o transporte do 
oxigênio e a condução de elétrons. Como exemplo de tais inibidores temos: 
sulfatos de zinco, de magnésio e de níquel, pois tais íons com as hidroxilas 
formam hidróxidos insolúveis: Zn(OH)2, Mg(OH)2 e Ni(OH)2, paralisando o 
processo de corrosão. 
 
Figura 3. Diagrama de polarização com ação de inibidor catódico. (a) sem inibidor (b) com 
inibidor. (GENTIL, 1996). 
Os inibidores catódicos são considerados os mais seguros, visto que, costuma-
se fazer a combinação de inibidores anódicos e catódicos. Tal como exemplo, 
utiliza-se sais de zinco e polifosfatos em água de sistemas de refrigeração. 
 
8 
 
 
 
1.1.3. Inibidores de adsorção 
São películas protetoras, chegam a formar películas anódicas e catódicas 
que interferem toda reação eletroquímica. Como exemplo, podemos citar os 
coloides, sabões de metais pesados e substâncias orgânicas com átomos de 
oxigênio, nitrogênio ou enxofre, aldeídos, aminas, ureia, e tiouréia substituída. 
Em alguns casos, o oxigênio funciona como inibidor de adsorção, produzindo o 
que chamamos de passivação, sendo descrita como uma modificação do 
potencial de um eletrodo devido a formação de uma película de produto de 
corrosão. Como exemplo de passivação temos o cromo, níquel, titânico, aço 
inox, chumbo que se passiva em ácido sulfúrico, etc... 
 
1.1.4. Utilização dos inibidores 
a) Decapagem ácida: tem como objetivo de remover carepas de laminação, 
óxidos e outros compostos originados pela corrosão. Essa reação traz alguns 
inconvenientes, como, o consumo excessivo do ácido, consumo do metal e a 
possibilidade de fragilização do metal por hidrogênio. Por isso, utiliza-se 
inibidores orgânicos, tais como, a tiouréia, derivados aminados e álcool 
propargílico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Para evitar também a fragilização do metal por hidrogênio, utiliza-se o propinol e 
o 2,3-diiodo-2-propr-en-1-ol, para evitar tal deterioração. 
b) Limpeza de caldeiras 
Figura 4. Inibidores orgânicos utilizados em decapagem ácida. (GENTIL, 
1996). 
9 
 
 
 
Adiciona-se inibidores de ácido clorídrico, para solubilizar incrustações calcárias, 
com objetivo de evitar o ataque as tubulações pelo ácido, pois com a eliminação 
do carbonato de cálcio aderido nas paredes, temos a oxidação do ferro, então 
deve-se ao máximo evitar a possibilidade corrosiva do Fe. 
CaCO3 + 2HCl → CaCl2 + H2O + CO2 
Seguidamente, 
Fe + 2HCl → FeCl2 + H2 
c) Indústria petrolífera 
O uso de inibidores na indústria petrolífera é larga escala, onde permitem o 
emprego de material metálico mais barato, consequentemente diminui-se o 
custo do equipamento construído. 
A seguir, podemos citar outros exemplos da utilização dos inibidores na indústria 
petrolífera: 
• Sistemas de refrigeração: tais como, polifosfatos, ácidos fosfino, fosfono, 
nitrito de sódio e cromato; 
• tubos condensadores: tubos de ligas de cobre são protegidos de sulfato 
ferroso (FeSO4); 
• tubulações de água potável: utilizando silicato de sódio, misturas de silicato e 
polifosfato; 
• polimento de metais: adiciona-se o propionato de ditio-bis-esterial para evitar 
a oxidação do metal polido; 
• proteção de cobre: utiliza-se 2-mercaptobenzotiazol em equipamentos 
industriais; 
• proteção de alumínio: é usado metassilicato de sódio em meios neutros e 
básicos. 
1.2. PROTEÇÃO CATÓDICA 
A proteção catódica é uma técnica para o combate da corrosão de 
instalações metálicas submersas, enterradas e em contato com eletrólitos. É 
muito utilizada pela indústria petrolífera. A virtude dessa técnica se descreve por 
apresentar um controle seguro e que dura por tempo indeterminado, onde 
instalações submersas e enterradas não podem ser inspecionadas 
periodicamente, por exemplo, o revestimento de estruturas metálicas aéreas, há 
certa dificuldade pra inspecionar tais estruturas. A corrosão de estruturas 
10 
 
 
 
enterradas ou submersas se dá pelo aparecimento de áreas anódicas e 
catódicas, ocasionando um fluxo de corrente elétrica, da área anódica para a 
área catódica e esse fluxo segue pelo contato metálico dessas regiões. Como 
dita a corrosão eletroquímica, há um fluxo do eletrólito e do metal, então os 
cátions saem do ânodo ao mesmo tempo o fluxo de elétrons segue em direção 
do ânodo para o cátodo. 
Para evitar essa corrosão eletroquímica e efetuar a proteção catódica, elimina-
se as áreas anódicas, afim de existir somente áreas catódicas, eliminando a 
corrosão. 
Em síntese, na proteção catódica um dos métodos utilizados tem-se o 
fundamento de proteger o metal a ser corroído conectando-o a um metal de 
sacrifício, atuando como ânodo. Como podemos ver na figura 5, apresentando 
dois polos catódicos, não há interação eletroquímica. 
 
Figura 5. Esquema do mecanismo de proteção catódica (GENTIL, 1996) 
1.3. PROTEÇÃO ANÓDICA 
Esse método ocorre com a formação de uma película protetora por corrente 
anódica externa. Basicamente, usa-se a passivação anódica como proteção, 
pois possibilita uma polarização, ocorrendo imediatamente a passivação do 
metal. Dito isso, metais que tem a capacidade de se passivar, são compostos 
formadores de peliculares, tendo cada um, uma corrente necessária para ocorrer 
tal proteção. Com isso, é necessário o emprego de um instrumento que coordene 
uma corrente adequada para realizar esse método, afim de deixar na faixa do 
11 
 
 
 
potencial de passivação correta. Esse instrumento é chamado de potenciostato, 
que mantém automaticamente o potencial de passivação. 
A utilização dessa proteção é muito usada em reatores de sulfonação, 
tanques de armazenamento de ácido sulfúrico, onde esse método de proteção 
promete forte segurança contra meios corrosivos. 
1.4. REVESTIMENTOS PROTETORES 
Os revestimentos protetores são películas aplicadas sobre a superfície do 
metal, para que não ocorra o contato da superfície com um meio corrosivo. O 
mecanismo principal se dá por barreira, onde protege-se por inibição anódica ou 
catódica. No quesito de qualidade, o tempo de proteção depende do tipo de 
revestimento utilizado, da sua espessura e da permeabilidade à passagem do 
eletrólito através da película. Onde, se a proteção acontece somente por 
barreira, assim que o eletrólito chegar a superfície metálica iniciará a 
deterioração, se houver, um mecanismo adicional, adicionando a inibição 
catódica ou anódica, haverá um tempo de proteção maior. 
 
1.4.1 Revestimentos Metálicos 
Consiste na aplicação de uma película metálica entre o meio corrosivo e o 
metal de proteção. Os mecanismos de proteção podem ser: formação de 
produtos insolúveis, por barreira, porproteção catódica, entre outros. Os 
processos de revestimentos metálicos utilizados são: 
 
a) Cladização: por esse processo, os clads, que são obtidos por chapas de um 
metal, são usados para revestir e proteger outro metal. Os clads mais utilizados 
são os de aço inoxidável e titânio sobre aço carbono. 
 
b) Deposição por imersão a quente: através desse processo, tem-se a obtenção 
de superfícies com zinco e estanho. A famosa galvanização, é oriunda desse 
processo de imersão à quente, sendo um banho de zinco no material a ser 
revestido. 
 
c) Metalização: é o processo onde se deposita sobre uma superfície diversas 
camadas de metais. Funde-se o metal e o mesmo é pulverizado. Por metalização 
12 
 
 
 
são obtidos revestimentos com zinco, alumínio, chumbo, estanho, cobre e 
diversas ligas; 
 
d) Eletrodeposição: baseia-se na deposição de metais, que se encontram na 
forma iônica. A superfície a ser revestida é colocada no cátodo de uma célula 
eletrolítica. Por eletrodeposição é comum utilizar com cromo, níquel, ouro, prata, 
estanho e cádmio, para realizar o revestimento. 
 
e) Deposição química: consiste na deposição de metais por meio de um 
processo de redução química. Utiliza-se como metal de revestimento o cobre e 
o níquel, sendo denominados como cobre e níquel químicos. 
 
1.4.2. Revestimentos Não-Metálicos Inorgânicos 
Consistem na colocação de uma película não-metálica inorgânica entre o 
meio corrosivo e o metal de proteção. Os mecanismos de proteção são por 
barreira e por inibição anódica. 
 
a) Anodização: consiste em tomar mais espessa a camada protetora passivante, 
onde o revestimento feito em alumínio, é um exemplo desse processo. 
 
b) Cromatização: consiste na reação da superfície metálica com soluções 
levemente ácidas contendo cromatos. Os cromatos passivantes fornecem a 
proteção da superfície do metal a ser protegido; 
 
c) Fosfatização: consiste na adição de uma camada de fosfatos à superfície 
metálica; 
 
d) Revestimento argamassa de cimento: consiste na colocação uma camada 
argamassa cimento, sobre superfície metálica. O revestimento interno com 
cimento é empregado em tubulações para transporte de água no geral. O 
revestimento com cimento e areia é uma opção adequada para o transporte de 
água salgada. 
 
13 
 
 
 
e) Revestimento com vidro: consiste em colocação uma camada sobre superfície 
camada e fundida em fornos apropriados. Consegue-se uma película de alta 
resistência química. 
 
f) Revestimento esmalte vítreo: consiste colocação uma camada esmalte fundida 
em fornos apropriados. 
 
g) Revestimento com material cerâmico: na colocação uma camada de material 
cerâmico, geralmente silicoso, de alta resistência a ácidos. Muito utilizado para 
o revestimento de pisos e canais de efluentes. 
 
1.4.3. Revestimentos Orgânicos 
Consiste na aplicação de um composto orgânico entre o metal a ser 
protegido e o meio corrosivo. Divide-se os revestimentos orgânicos em tintas e 
polímeros. 
1.4.3.1. Tintas 
Além de ser um revestimento protetor, oferece outros benefícios em 
paralelo, como: 
• finalidade estética; 
• sinalização; 
• identificação de fluidos em tubulações; 
• impermeabilização. 
A fim de facilitar a fabricação das tintas, controlar a viscosidade e ainda 
auxiliar na aplicação de tal revestimento, solventes são empregados, onde são 
substâncias puras, em sua maioria orgânicas. 
Na indústria de tintas, os solventes mais utilizados são: 
• Hidrocarbonetos alifáticos: nafta e aguarrás; 
• Hidrocarbonetos aromáticos: xileno e tolueno; 
• Ésteres: acetato de etila, acetato de butila e acetato de isoproprila 
• Álcoois: etanol, butanol, e álcool isopropílico; 
• Cetonas: acetona, metiletilcetona e cicloexanona; 
• Glicóis: etilenoglicol 
14 
 
 
 
Com o intuito de aplicar as tintas como revestimento, são utilizados os seguintes 
processos, imersão, aspersão, ou a rolo. 
1.4.3.1.1. Imersão 
A imersão é dividida em dois processos, imersão simples e pintura eletroforética. 
a) Imersão simples: baseia-se no banho de tinta, onde mergulha-se a peça 
metálica na tinta. 
b) Pintura eletroforética: tem fundamentos da eletroforese, onde há uma 
migração de íons em um campo elétrico. As tintas são formuladas de maneira 
especial, afim de permitir uma polarização. Esse processo de revestimento, há 
uma atribuição de uma diferença de potencial entre a tinta e a peça mergulhada, 
onde a tinta é atraída para a peça. 
1.4.3.1.2. Aspersão 
Usa-se equipamentos especiais e ar comprimido para aplicar a tinta em finos 
orifícios. Esse tipo de aplicação de tinta é divido em quatro processos: aspersão 
simples, a quente, sem ar e eletrostática. 
a) Aspersão simples: é a aplicação feita com uso de ar comprimido, utilizando, 
pistolas, um compressor, mangueiras e reservatórios; 
b) Aspersão a quente: a tinta é aquecida antes de realizar o procedimento de 
aplicação 
c) Aspersão sem ar: utiliza-se uma pistola de alta pressão hidráulica; 
d) Aspersão eletrostática: atribui-se um diferencial de potencial entre a peça e a 
tinta, fazendo que as partículas de tinta sejam atraídas para a peça. 
1.4.3.1.3. Rolo 
A aplicação é feita em superfícies planas e áreas grandes, onde apresenta um 
ótimo rendimento de tinta. A desvantagem é a dificuldade de controlar a 
espessura da película aplicada. 
 
1.4.3.2. Polímeros 
Por apresentarem peso reduzido, facilidade em transportar e instalação e 
a resistência a agentes corrosivos, os polímeros são muito utilizados na indústria, 
podemos citar os mais usados a seguir: 
• Politetrafluoretileno (PTFE) 
• Policlorotrifluoretileno 
15 
 
 
 
• Polietileno 
• Cloreto de polivinila (PVC) 
• Polipropileno 
Há certo destaque par ao cloreto de polivinila, o PVC, onde é bastante utilizado 
para tubulações de água potável e decapagem ácida. 
 
16 
 
 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
A fim de conclusão, os métodos de combate à corrosão são processos e técnicas 
muito utilizadas nas indústrias químicas, petrolíferas, mecânicas, entre outras. Nesse 
caso, a corrosão ocorre em diversos tipos de materiais, sejam metálicos ou não, e 
em alguns materiais que não apresentam uma resistência elevada. Juntamente, com 
a segurança industrial e com o estudo os processos corrosivos, previnem a 
deterioração de tubulações, fornos, caldeiras e máquinas, evitando diversos acidentes 
que podem atingir ao trabalhador, a indústria e a população em geral. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
 
REFERÊNCIAS 
 
BIBLIOGRÁFICAS: 
GENTIL, Vicente. Corrosão. 3º. ed. Rio de Janeiro - RJ: Editora LTC Livros 
Técnicos e Científicos S/A, 1996. 
 
ARAÚJO, G. M. de. “Segurança na armazenagem, manuseio e transporte de 
produtos perigosos; gerenciamento de emergência química.” Rio de Janeiro: 
Gerenciamento Verde, 2005. 
 
DUTRA, A.; NUNES, L. Proteção catódica – Técnica de combate à corrosão. 5ª 
ed. Rio de Janeiro: Interciência, 2011. 
 
GAMELLI, Enori. Corrosão de materiais metálicos e sua caracterização. Rio de 
Janeiro: LTC, 2001. 
 
MEIO E-BOOK: 
GERVARSIO, J. P. K. Proteção Catódica – Efeito Combate à Corrosão 
Eletroquímica. Disponível em: http://sulgas.usuarios.rdc.puc-
rio.br/Prot_Catodica_Parte1.pdf. Acesso em 13 de março de 2022. 
 
 
 
 
 
http://sulgas.usuarios.rdc.puc-rio.br/Prot_Catodica_Parte1.pdf
http://sulgas.usuarios.rdc.puc-rio.br/Prot_Catodica_Parte1.pdf

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