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APG S5P2

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Doença Arterial Obstrutiva 
Periférica 
 
 
As artérias responsáveis pela irrigação dos 
membros inferiores são derivadas da artéria 
aorta descendente abdominal, que se bifurca, 
originando duas artérias ilíacas comuns (direita 
e esquerda). 
Na região pélvica, as artérias ilíacas comuns de 
cada um dos lados, se bifurcam formando dois 
troncos principais: Artéria ilíaca interna e Artéria 
ilíaca externa. 
A artéria ilíaca interna vai ser a grande 
responsável pela irrigação das estruturas 
pélvicas, enquanto a externa se direciona para 
o membro inferior, dando origem a artéria femoral 
superficial. 
A artéria femoral superficial segue irrigando até 
a região do joelho, onde dá origem a artéria 
poplítea. 
A partir daí, segue se dividindo no sentido 
descendente, dando origem aos ramos mais 
distais, são eles: 
 Artéria tibial posterior; 
 Artéria tibial anterior; 
 Artéria fibular; 
 Artéria Dorsal do pé; 
Objetivos – APG S5P2: 
1. Revisar o sistema arterial dos membros 
inferiores. 
2. Compreender a etiologia e a 
fisiopatologia da Doença Arterial 
Obstrutiva Periférica (DAOP). 
3. Conhecer os fatores de risco da DAOP. 
4. Identificar as manifestações clínicas e 
os agravamentos da DAOP. 
5. Discorres acerca do diagnóstico e 
tratamento. 
6. Avaliar as consequências da doença 
na vida socioeconômica do paciente. 
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 Artéria arqueada; 
 Artéria metatarsal dorsal; 
 Artéria plantar lateral; 
 Artéria plantar medial; 
 Artéria digital dorsal; 
 
A Doença Arterial Obstrutiva Periférica (DAOP) 
tem por definição o acometimento da aorta e de 
seus ramos. 
A aterosclerose é a principal causa de doença 
arterial obstrutiva periférica (DAOP) dos membros 
inferiores. 
Nas pequenas artérias, as placas 
ateroscleróticas podem ocluir gradualmente as 
luzes dos vasos, comprometendo o fluxo 
sanguíneo e causando lesão isquêmica. 
Diversos processos patológicos levam à 
obstrução arterial, provocando sintomas de 
insuficiência arterial devido à redução do fluxo 
sanguíneo. 
A aterosclerose inicia-se frequentemente nas 
origens ou nas bifurcações das artérias. 
O acúmulo de material lipídico e fibroso, ou seja, 
a formação de uma placa aterosclerótica, 
estreita o lúmen do vaso. Além do acúmulo de 
placas, surgem trombos que agravam a oclusão 
arterial. Eventualmente a placa obstrutiva pode 
tornar-se instável e romper-se, causando 
hemorragia intraplaca ou trombose, ocluindo 
completamente a artéria. 
Com a progressão da aterosclerose, ocorrem 
oclusões segmentares das artérias que suprem as 
extremidades. Os tecidos distais à oclusão 
experimentam isquemia, embora sua atividade 
dependa da localização, da extensão do 
processo oclusivo e do desenvolvimento de rede 
colateral. 
Os fatores de risco mais frequentes na DAOP são 
os mesmos relacionados a aterosclerose: idade 
avançada, tabagismo, diabetes, dislipidemia, 
hipertensão arterial e histórico de doença 
cardiovascular. 
Claudicação Intermitente: 
- Sintoma típico; 
- Resulta da redução do aporte de fluxo 
sanguíneo para o tecido muscular esquelético 
dos membros inferiores durante o exercício. 
- Seu início é geralmente gradual e com 
frequência não é percebido por muitos adultos 
idosos que podem atribuir seus sintomas à artrite 
ou à idade. 
- Descrita como a sensação dolorosa associada 
com a marcha. 
- A sensação de dor na claudicação é 
progressiva quando o paciente caminha, mas 
diminui rapidamente no repouso. 
- A localização mais comum é na panturrilha, 
provocada pela obstrução da artéria femoral 
superficial. 
Dor em Repouso: 
- Quando a distância útil da marcha se torna 
pequena ou nula, instala-se a dor em repouso 
ou de decúbito. 
- Em geral, provoca edema do membro e pode 
precipitar o início de um distúrbio trófico (úlcera 
ou gangrena). 
- Esta dor frequentemente é contínua e de 
grande intensidade, caracteriza o agravamento 
da isquemia, encaminhando-se para necrose ou 
ulceração. 
Úlcera Isquêmica e Gangrena: 
- Se o paciente suportar sua dor em repouso, 
eventualmente pode surgir necrose isquêmica. 
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- Quando ocorrem essas alterações, 
praticamente o indivíduo não consegue 
caminhar. 
Neuropatia Isquêmica: 
- Se a isquemia for grave e de longa duração, o 
paciente pode desenvolver dor ao longo da 
distribuição de um nervo sensorial periférico. 
- Pode ocorrer na ausência de ulceração ou 
gangrena e é frequentemente descrita como 
sensação de formigamento, dormência ou 
queimação. 
Atrofia por Desuso: 
- Pacientes com quadros graves de isquemia, 
que são sedentários, podem apresentar 
considerável perda de massa muscular nos 
membros inferiores. Esta condição pode dificultar 
a reabilitação após a reconstrução arterial dos 
membros inferiores. 
Impotência: 
- Trata-se de impotência de erecção por 
dificuldade de perfusão. 
Obs: Claudicação intermitente dos membros 
inferiores, impotência sexual e ausência de pulsos 
femorais caracterizam a síndrome de Leriche. 
Fraqueza Muscular e Rigidez Articular: 
- Em situações de grave isquemia, a fraqueza 
muscular inevitavelmente ocorre por causa da 
atividade ambulatorial diminuída e da atrofia 
associada. 
Arteriografia por punção direta: 
Detecta o número de artérias com qualquer 
segmento opacificado. 
Muito utilizado como ferramenta diagnóstico-
terapêutica. 
Índice tornozelo-braquial (ITB): 
Rastreamento da DAOP assintomática; 
É calculado pela divisão do maior valor da 
pressão sistólica de uma das artérias do 
tornozelo pelo valor da pressão sistólica da 
artéria braquial. 
 
Ecografia-Doppler: 
É o mais empregado, por ser método não 
invasivo; 
Permite fornecer informações cada vez mais 
precisas sobre a geometria das lesões, a 
estrutura física da parede arterial, as relações 
anatômicas, o conteúdo arterial e, sobretudo, 
sobre o regime circulatório ao nível da lesão e a 
distância, no território irrigado. 
Baixo custo; 
Oximetria percutânea 
- Controle do peso, do tabagismo, do etilismo, 
do sedentarismo, da hipertensão e do colesterol; 
- Uso de antigregantes plaquetários: ticlopina ou 
clopidogrel e aspirina oral; 
- Endarterectomia: Desobstrução do fluxo 
sanguíneo arterial; 
- Revascularização endovascular (balão da 
artéria e angioplastia com stent); 
 
REFERÊNCIAS: 
MIRANDA, F.; COVRE, M.; PRESTI, C. Doença 
arterial periférica obstrutiva de membros 
inferiores - diagnóstico e tratamento. Projeto 
Diretrizes SBACV, 2015. Disponível em: 
https://sbacvsp.com.br/wp-
https://sbacvsp.com.br/wp-content/uploads/2016/05/daopmmii.pdf
4 
 
content/uploads/2016/05/daopmmii.pdf. Acesso 
em: 21 mar. 2022. 
Moodle USP: e-Disciplinas. Disponível em: 
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/5930037
/mod_resource/content/1/Doen%C3%A7a%20arte
rial%20perif%C3%A9rica.pdf. Acesso em: 21 mar. 
2022. 
MOTA, THAMIRYS DE CARVALHO et al. Doença 
arterial obstrutiva periférica: revisão integrativa. 
Uningá Journal, v. 53, n. 1, 2017. Disponível em: 
http://revista.uninga.br/index.php/uninga/article/
view/1402. Acesso em: 21 mar. 2022. 
 
PROBLEMA S5P2: 
 
https://sbacvsp.com.br/wp-content/uploads/2016/05/daopmmii.pdf
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/5930037/mod_resource/content/1/Doen%C3%A7a%20arterial%20perif%C3%A9rica.pdf
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/5930037/mod_resource/content/1/Doen%C3%A7a%20arterial%20perif%C3%A9rica.pdf
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/5930037/mod_resource/content/1/Doen%C3%A7a%20arterial%20perif%C3%A9rica.pdf
http://revista.uninga.br/index.php/uninga/article/view/1402
http://revista.uninga.br/index.php/uninga/article/view/1402

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