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Manual de Contabilidade de Gestão I

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Prévia do material em texto

Contabilidade de Gestão 
 
Manual do Curso de Licenciatura de Gestão de Recursos Humanos 
 
ENSINO ONLINE. ENSINO COM FUTURO 
 
 i 
 
 
 
 
INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIA E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA- ISCED 
 
Este manual é propriedade do Instituto Superior de Ciências e Educação a Distância (ISCED), 
e contém reservados todos os direitos. É proibida a duplicação ou reprodução parcial ou 
total deste manual, sob quaisquer formas ou por quaisquer meios (electrónicos, mecânico, 
gravação, fotocópia ou outros), sem permissão expressa de entidade editora (Instituto 
Superior de Ciências e Educação a Distância (ISCED). 
A não observância do acima estipulado o infractor é passível a aplicação de processos 
judiciais em vigor no País. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Instituto Superior de Ciências e Educação a Distância (ISCED) 
Direcção Académica 
Rua Dr. Almeida Lacerda, No 212 Ponta - Gêa 
Beira - Moçambique 
Telefone: +258 23 323501 
Cel: +258 82 3055839 
Fax: 23323501 
E-mail: isced@isced.ac.mz 
Website: www.isced.ac.mz 
 
 
 ii 
 
 
Agradecimentos 
O Instituto Superior de Ciências e Educação a Distância (ISCED) e o autor do presente manual 
agradecem a colaboração dos seguintes indivíduos e instituições na elaboração deste 
manual: 
Pela Coordenação 
Pelo design 
Direção Académica do ISCED 
Direção de Qualidade e Avaliação do ISCED 
Financiamento e Logística 
 
Pela Revisão 
Instituto Africano de Promoção da Educação 
a Distancia (IAPED) 
 
Elaborado Por: dr. Edilton Alfândega – Licenciado em Contabilidade e Auditoria 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 iii 
 
 
Índice 
Visão geral 1 
Benvindo à Disciplina/Módulo de Contabilidade de Gestão l .......................................... 1 
Objectivos do Módulo....................................................................................................... 1 
Quem deveria estudar este módulo ................................................................................. 2 
Como está estruturado este módulo ................................................................................ 3 
Ícones de actividade ......................................................................................................... 5 
Habilidades de estudo ...................................................................................................... 5 
Precisa de apoio? .............................................................................................................. 8 
Tarefas (avaliação e auto-avaliação) ................................................................................ 9 
Avaliação ........................................................................................................................... 9 
TEMA – I: A Contabilidade de Gestão e o Ambiente Empresarial. 11 
UNIDADE Temática 1.1. A Insuficiência da Contabilidade Geral. ................................... 11 
Introução ......................................................................................................................... 11 
Sumário ........................................................................................................................... 17 
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO ..................................................................................... 17 
UNIDADE Temática 1.2. A Contabilidade Analítica de Gestão ....................................... 19 
Introução ......................................................................................................................... 19 
Processo de Produção nas empresas comerciais e industriais ............................. 24 
Organigrama funcional das empresas industriais ................................................. 25 
Sumário.................................................................................................................. 26 
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO ………………………………………………………………………….…………………………..26 
 
 iv 
 
UNIDADE Temática 1.3. A Contabilidade Analítica na Estrutura da Empresa ................ 27 
Introução ......................................................................................................................... 27 
A Contabilidade de Gestão na Estrutura das Empresas ................................................. 28 
Distinções entre a Contabilidade Financeira e a Contabilidade Analítica De Gestão ... 30 
Sumário ........................................................................................................................... 32 
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO ..................................................................................... 33 
UNIDADE Temática 1.4. Distinção Entre uma Empresa Industrial e uma Empresa 
Comercial ........................................................................................................................ 33 
Introução ......................................................................................................................... 33 
Sumário ........................................................................................................................... 39 
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO ..................................................................................... 39 
UNIDADE Temática 1.5. Exercícios desse Tema ............................................................. 40 
TEMA – II Custo. 42 
UNIDADE Temática 2.1. Terminologia de Custo. ............................................................ 43 
Introução ......................................................................................................................... 43 
Sumário ........................................................................................................................... 46 
Exercícios ........................................................................................................................ 47 
UNIDADE Temática 2.2. Classificação de Custos ............................................................ 48 
Introução ......................................................................................................................... 48 
UNIDADE Temática 2.3. O Custo do Produto ................................................................. 51 
Introução ......................................................................................................................... 51 
Exercícios de Auto-Avaliação ......................................................................................... 54 
UNIDADE Temática 2.4. Exercícios Deste Tema. ........................................................... 57 
TEMAIII – Sistemas de Custeio 68 
UNIDADE Temática 3.1. Sistema de Custeio por Ordem de Produção .......................... 68 
Introução ......................................................................................................................... 68 
UNIDADE Temática 3.2. Sistema de Custeio por processo. ............................................ 74 
Introução ......................................................................................................................... 74 
Exercícios de Auto-Avaliação .......................................................................................... 76 
UNIDADE Temática 3.3. Exercícios deste Tema. ............................................................. 88 
Referências Bibliográficas ............................................................................................... 93 
 
 
 1 
 
Visão geral 
Benvindo à Disciplina/Módulo de Contabilidade de 
Gestão l 
Objectivos do Módulo 
Ao terminar o estudo deste módulo de Contabilidade de Gestão I 
deverá ser capaz de: definir o âmbito da contabilidade de gestão, 
nomeadamente, quanto aos métodos de análisedos custos, 
proveitos e resultados da empresa, incluindo orçamento e 
controlo orçamental. Deverá ainda saber calcular o custo de 
produção, valorizar os inventárioos de produtos e apurar o 
resultado do exercício, em custeio de absorção, tanto em 
organizações com custeio por ordem de produção como por 
processo e ter em conta a nova realidade do SNC. 
 
 
Objectivos 
Específicos 
▪ Identificar as principais diferenças e semelhanças entre a 
Contabilidade Financeira e a Contabilidade de Gestão; 
▪ Entender a importância dos padrões éticos de conduta 
numa organização; 
▪ Analisar as alterações provocadas pelo novo Sistema de 
Normalização Contabilística (SNC) sobretudo na 
Contabilidade de Gestão; 
▪ Compreender as várias classificações de custos inerentes 
ao cálculo de custos e à tomada de decisão; 
▪ Relacionar os conceitos de compras de matérias-primas, 
matérias-primas consumidas, custo industrial, custo 
industrial da produção acabada, gasto industrial dos 
produtos vendidos, resultado bruto, resultado operacional, 
 
 2 
 
resultado antes de impostos e resultado líquido do 
período; 
▪ Elaborar a Demonstração de Resultados por Funções de 
acordo com o novo normativo contabilístico (SNC); 
▪ Distinguir custeio por processo e custeio por ordem de 
produção e identificar as situações em que se deve 
adoptar cada um deles; 
▪ Elaborar, em custeio por ordem de produção, quadros de 
resumo das encomendas produzidas e vendidas e dos 
resultados por encomenda; 
▪ Calcular, em custeio por processo, a produção do período 
em unidades equivalentes, utilizando os diferentes 
critérios de valorização de saídas de inventários, e o custo 
de produção acabada e em vias de fabrico. 
 
Quem deveria estudar este módulo 
Este Módulo foi concebido para estudantes do 2º ano do curso de 
licenciatura em Gestao de Recursos Humanos do ISCED. Poderá 
ocorrer, contudo, que haja leitores que queiram se actualizar e 
consolidar seus conhecimentos nessa disciplina, esses serão bem 
vindos, não sendo necessário para tal se inscrever. Mas poderá 
adquirir o manual. 
 
 3 
 
Como está estruturado este módulo 
Este módulo de Contabilidade de Gestão I, para estudantes do 2º 
ano do curso de licenciatura Gestao de Recursos Humanos, à 
semelhança dos restantes do ISCED, está estruturado como se 
segue: 
Páginas introdutórias 
▪ Um índice completo. 
▪ Uma visão geral detalhada dos conteúdos do módulo, 
resumindo os aspectos-chave que você precisa conhecer para 
melhor estudar. Recomendamos vivamente que leia esta 
secção com atenção antes de começar o seu estudo, como 
componente de habilidades de estudos. 
Conteúdo desta Disciplina / módulo 
Este módulo está estruturado em Temas. Cada tema, por sua vez 
comporta certo número de unidades temáticas ou simplesmente 
unidades,. Cada unidade temática se caracteriza por conter uma 
introdução, objectivos, conteúdos. 
No final de cada unidade temática ou do próprio tema, são 
incorporados antes o sumário, exercícios de auto-avaliação, só 
depois é que aparecem os exercícios de avaliação. 
Os exercícios de avaliação têm as seguintes caracteristicas: Puros 
exercícios teóricos/Práticos, Problemas não resolvidos e 
actividades práticas algunas incluido estudo de caso. 
 
 
 4 
 
Outros recursos 
A equipa dos académicos e pedagogos do ISCED, pensando em si, 
num cantinho, recóndito deste nosso vasto Moçambique e cheio 
de dúvidas e limitações no seu processo de aprendizagem, 
apresenta uma lista de recursos didácticos adicionais ao seu 
módulo para você explorar. Para tal o ISCED disponibiliza na 
biblioteca do seu centro de recursos mais material de estudos 
relacionado com o seu curso como: Livros e/ou módulos, CD, CD-
ROOM, DVD. Para elém deste material físico ou electrónico 
disponível na biblioteca, pode ter acesso a Plataforma digital 
moodle para alargar mais ainda as possibilidades dos seus 
estudos. 
 
Auto-avaliação e Tarefas de avaliação 
Tarefas de auto-avaliação para este módulo encontram-se no final 
de cada unidade temática e de cada tema. As tarefas dos 
exercícios de auto-avaliação apresntam duas caracteristicas: 
primeeiro apresentam exercícios resolvidos com detalhes. 
Segundo, exercícios que mostram apenas respostas. 
Tarefas de avaliação devem ser semelhantes às de auto-avaliação 
mas sem mostrar os passos e devem obedecer o grau crescente de 
dificuldades do processo de aprendizagem, umas a seguir a outras. 
Parte das terefas de avaliação será objecto dos trabalhos de 
campo a serem entregues aos tutores/doceentes para efeitos de 
correcção e subsequentemente nota. Também constará do exame 
do fim do módulo. Pelo que, caro estudante, fazer todos os 
exrcícios de avaliação é uma grande vantagem. 
 
 5 
 
Comentários e sugestões 
Use este espaço para dar sugestões valiosas, sobre determinados 
aspectos, quer de natureza científica, quer de natureza diadáctico-
Pedagógica, etc, sobre como deveriam ser ou estar apresentadas. 
Pode ser que graças as suas observações que, em goso de 
confiança, classificamo-las de úteis, o próximo módulo venha a ser 
melhorado. 
 
Ícones de actividade 
Ao longo deste manual irá encontrar uma série de ícones nas 
margens das folhas. Estes icones servem para identificar 
diferentes partes do processo de aprendizagem. Podem indicar 
uma parcela específica de texto, uma nova actividade ou tarefa, 
uma mudança de actividade, etc. 
Habilidades de estudo 
O principal objectivo deste campo é o de ensinar aprender a 
aprender. Aprender aprende-se. 
Durante a formação e desenvolvimento de competências, para 
facilitar a aprendizagem e alcançar melhores resultados, implicará 
empenho, dedicação e disciplina no estudo. Isto é, os bons 
resultados apenas se conseguem com estratégias eficientes e 
eficazes. Por isso é importante saber como, onde e quando 
estudar. Apresentamos algumas sugestões com as quais esperamos 
que caro estudante possa rentabilizar o tempo dedicado aos 
estudos, procedendo como se segue: 
1º Praticar a leitura. Aprender a Distância exige alto domínio de 
leitura. 
 
 6 
 
2º Fazer leitura diagonal aos conteúdos (leitura corrida). 
3º Voltar a fazer leitura, desta vez para a compreensão e 
assimilação crítica dos conteúdos (ESTUDAR). 
4º Fazer seminário (debate em grupos), para comprovar se a sua 
aprendizagem confere ou não com a dos colegas e com o padrão. 
5º Fazer TC (Trabalho de Campo), algumas actividades práticas ou 
as de estudo de caso se existirem. 
IMPORTANTE: Em observância ao triângulo modo-espaço-tempo, 
respectivamente como, onde e quando...estudar, como foi referido 
no início deste item, antes de organizar os seus momentos de 
estudo reflicta sobre o ambiente de estudo que seria ideal para si: 
Estudo melhor em casa/biblioteca/café/outro lugar? Estudo 
melhor à noite/de manhã/de tarde/fins de semana/ao longo da 
semana? Estudo melhor com música/num sítio sossegado/num 
sítio barulhento!? Preciso de intervalo em cada 30 minutos, em 
cada hora, etc. 
É impossível estudar numa noite tudo o que devia ter sido 
estudado durante um determinado período de tempo; Deve 
estudar cada ponto da matéria em profundidade e passar só ao 
seguinte quando achar que já domina bem o anterior. 
Privilegia-se saber bem (com profundidade) o pouco que puder ler 
e estudar, que saber tudo superficialmente! Mas a melhor opção é 
juntar o útil ao agradável: Saber com profundidade todos 
conteúdos de cada tema, no módulo. 
Dica importante: não recomendamos estudar seguidamente por 
tempo superior a uma hora. Estudar por tempo de uma hora 
intercalado por 10 (dez) a 15 (quinze) minutos de descanso 
(chama-se descanso à mudança de actividades). Ou sejaque 
 
 7 
 
durante o intervalo não se continuar a tratar dos mesmos assuntos 
das actividades obrigatórias. 
Uma longa exposição aos estudos ou ao trabalhjo intelectual 
obrigatório, pode conduzir ao efeito contrário: baixar o rendimento 
da aprendizagem. Por que o estudante acumula um elevado 
volume de trabalho, em termos de estudos, em pouco tempo, 
criando interferência entre os conhecimento, perde sequência 
lógica, por fim ao perceber que estuda tanto mas não aprende, cai 
em insegurança, depressão e desespero, por se achar injustamente 
incapaz! 
Não estude na última da hora; quando se trate de fazer alguma 
avaliação. Aprenda a ser estudante de facto (aquele que estuda 
sistemáticamente), não estudar apenas para responder a questões 
de alguma avaliação, mas sim estude para a vida, sobre tudo, 
estude pensando na sua utilidade como futuro profissional, na área 
em que está a se formar. 
Organize na sua agenda um horário onde define a que horas e que 
matérias deve estudar durante a semana; Face ao tempo livre que 
resta, deve decidir como o utilizar produtivamente, decidindo 
quanto tempo será dedicado ao estudo e a outras actividades. 
É importante identificar as ideias principais de um texto, pois será 
uma necessidade para o estudo das diversas matérias que 
compõem o curso: A colocação de notas nas margens pode ajudar 
a estruturar a matéria de modo que seja mais fácil identificar as 
partes que está a estudar e Pode escrever conclusões, exemplos, 
vantagens, definições, datas, nomes, pode também utilizar a 
margem para colocar comentários seus relacionados com o que 
está a ler; a melhor altura para sublinhar é imediatamente a seguir 
à compreensão do texto e não depois de uma primeira leitura; 
 
 8 
 
Utilizar o dicionário sempre que surja um conceito cujo significado 
não conhece ou não lhe é familiar; 
Precisa de apoio? 
Caro estudante, temos a certeza que por uma ou por outra razão, o 
material de estudos impresso, lhe pode suscitar algumas dúvidas 
como falta de clareza, alguns erros de concordância, prováveis 
erros ortográficos, falta de clareza, fraca visibilidade, páginas 
trocadas ou invertidas, etc). Nestes casos, contacte os seriços de 
atendimento e apoio ao estudante do seu Centro de Recursos (CR), 
via telefone, sms, E-mail, se tiver tempo, escreva mesmo uma carta 
participando a preocupação. 
Uma das atribuições dos Gestores dos CR e seus assistentes 
(Pedagógico e Administrativo), é a de monitorar e garantir a sua 
aprendizagem com qualidade e sucesso. Dai a relevância da 
comunicação no Ensino a Distância (EAD), onde o recurso as TIC se 
torna incontornável: entre estudantes, estudante – Tutor, 
estudante – CR, etc. 
As sessões presenciais são um momento em que você caro 
estudante, tem a oportunidade de interagir fisicamente com staff 
do seu CR, com tutores ou com parte da equipa central do ISCED 
indigetada para acompanhar as sua sessões presenciais. Neste 
período pode apresentar dúvidas, tratar assuntos de natureza 
pedagógica e/ou admibistrativa. 
O estudo em grupo, que está estimado para ocupar cerca de 30% 
do tempo de estudos a distância, é muita importância, na medida 
em que permite lhe situar, em termos do grau de aprendizagem 
com relação aos outros colegas. Desta maneira ficar’a a saber se 
precisa de apoio ou precisa de apoiar aos colegas. Desenvolver 
habito de debater assuntos relacionados com os conteúdos 
 
 9 
 
programáticos, constantes nos diferentes temas e unidade 
temática, no módulo. 
Tarefas (avaliação e auto-avaliação) 
O estudante deve realizar todas as tarefas (exercícios, actividades e 
auto−avaliação), contudo nem todas deverão ser entregues, mas é 
importante que sejam realizadas. As tarefas devem ser entregues 
duas semanas antes das sessões presenciais seguintes. 
Para cada tarefa serão estabelecidos prazos de entrega, e o não 
cumprimento dos prazos de entrega, implica a não classificação do 
estudante. Tenha sempre presente que a nota dos trabalhos de 
campo conta e é decisiva para ser admitido ao exame final da 
disciplina/módulo. 
Os trabalhos devem ser entregues ao Centro de Recursos (CR) e os 
mesmos devem ser dirigidos ao tutor/docente. 
Podem ser utilizadas diferentes fontes e materiais de pesquisa, 
contudo os mesmos devem ser devidamente referenciados, 
respeitando os direitos do autor. 
O plágio1 é uma viloção do direito intelectual do(s) autor(es). Uma 
transcrição à letra de mais de 8 (oito) palavras do testo de um 
autor, sem o citar é considerado plágio. A honestidade, humildade 
científica e o respeito pelos direitos autoriais devem caracterizar a 
realização dos trabalhos e seu autor (estudante do ISCED). 
Avaliação 
Muitos perguntam: Com é possível avaliar estudantes à distância, 
estando eles fisicamente separados e muito distantes do 
 
1 Plágio - copiar ou assinar parcial ou totalmente uma obra literária, propriedade 
intelectual de outras pessoas, sem prévia autorização. 
 
 10 
 
docente/turor!? Nós dissemos: Sim é muito possível, talvez seja 
uma avaliação mais fiável e concistente. 
Você será avaliado durante os estudos à distância que contam com 
um mínimo de 90% do total de tempo que precisa de estudar os 
conteúdos do seu módulo. Quando o tempo de contacto presencial 
conta com um máximo de 10%) do total de tempo do módulo. A 
avaliação do estudante consta detalhada do regulamentada de 
avaliação. 
Os trabalhos de campo por si realizaos, durante estudos e 
aprendizagem no campo, pesam 25% e servem para a nota de 
frequência para ir aos exames. 
Os exames são realizados no final da cadeira disciplina ou modulo e 
decorrem durante as sessões presenciais. Os exames pesam no 
mínimo 75%, o que adicionado aos 25% da média de frequência, 
determinam a nota final com a qual o estudante conclui a cadeira. 
A nota de 10 (dez) valores é a nota mínima de conclusão da 
cadeira. 
Nesta cadeira o estudante deverá realizar pelo menos 2 (dois) 
trabalhos e 1 (um) (exame). 
Algumas actividades praticas, relatórios e reflexões serão utilizados 
como ferramentas de avaliação formativa. 
Durante a realização das avaliações, os estudantes devem ter em 
consideração a apresentação, a coerência textual, o grau de 
cientificidade, a forma de conclusão dos assuntos, as 
recomendações, a identificação das referências bibliográficas 
utilizadas, o respeito pelos direitos do autor, entre outros. 
Os objectivos e critérios de avaliação constam do Regulamento de 
Avaliação. 
 
 11 
 
TEMA – I: A Contabilidade de Gestão e o Ambiente Empresarial. 
UNIDADE Temática 1.1. Insuficiência da Contabilidade Geral 
UNIDADE Temática 1.2. A Contabilidade Analítica de Gestão 
UNIDADE Temática 1.3. A Contabilidade Analítica na Estrutura da Empresa 
UNIDADE Temática 1.4. Distinção Entre uma Empresa Industrial e uma 
Empresa Comercial 
UNIDADE Temática 1.5. Exercícios deste tema 
UNIDADE Temática 1.1. A Insuficiência da Contabilidade Geral. 
Introução 
 
A informação contabilística sempre se mostrou imprescindível para o 
controlo e avaliação de desempenho das empresas, daí que a 
contabilidade exerce uma função crucial na medida que prepara 
informação de natureza financeira para os diversos interessados 
(Estado, Investidores, Financiadores, Gestores, Fornecedores, Clientes 
e o Público interessado). 
Mas no que tange à gestão da empresa, necessita-se de informação de 
natureza analítica (de uso exclusivamente interno) que permita aos 
responsáveis pelas diversas áreas controlar e avaliar a eficência e 
eficácia na utilização dos recursos alocados. Neste ambito, observa-se 
uma limitação na Contabilidade Geral na medida que os 
demonstrativos financeiros brindam, de forma global, informaçãode 
natureza financeira, o que não permite ao gestor avaliar de forma 
separada a área pela qual responde. 
Por sua vez, a Contabilidade Analítica (ou de custos), também 
conhecida por Contabilidade Interna visa produzir informação 
específica e a um nível mais elementar para o controle de custos 
resultantes do consumo de recursos (bens e serviços) nos processos 
produtivos. 
 
 12 
 
Ao completar esta unidade, você deverá ser capaz de: 
 
 
Objectivos 
específicos 
 
▪ Dar a conhecer a importância da contabilidade e da informação 
financeira na vida das empresas; 
▪ Apontar as razões que conduzem a existência da Contabilidade de 
Gestão; 
▪ Estabelecer a necessidade das empresas controlarem os movimentos 
dos recursos nelas utilizados. 
 
 
A Insuficiência da Contabilidade Financeira 
A Contabilidade financeira tem mostrado uma maior preocupação em 
fornecer informações para além dos utilizadores internos mas também 
aos utilizadores externos como os credores, accionista e outros que se 
encontram fora da organização. Portanto, sempre foram inevitáveis as 
dúvidas em torno da grandeza desta Contabilidade em fornecer as 
informações indespensáveis à tomada de decisões relativas ao 
planeamento e controlo das actividades empresariais. 
Como sabemos, a empresa é o organismo que reúne um conjunto de 
factores para, mediante determinado processo, obter e trocar 
produtos com outros agentes económicos. São factores todos os 
recursos económicos ou meios de produção: capital e trabalho; 
entende-se por processo todo o conjunto de operações que, utilizando 
uma certa tecnologia, transforma os factores (“ in –puts”) em 
produtos (“ out –puts”). 
Assim, em toda a empresa se desenvolve um ciclo económico que 
compreende as seguinte etapas: 
▪ A captação de recursos financeiros; 
▪ O aprovisionamento de factores, ou seja, a aplicação dos 
 
 13 
 
recursos financeiros em factores produtivos; 
▪ O processo de produção, isto é, a transformação dos factores 
em produtos; 
▪ O armazenamento dos produtos; 
▪ A comercialização dos produtos, finalizada com a sua venda; 
▪ A recuperação dos recursos financeiros, atravês das cobranças. 
Figura 1.1. 
 
 
 
 
 
 
 
Compreende-se perfeitamente que, para a empresa, o 
aprovisionamento de factores (processo de trocas, a montante de 
produção) e a comercialização de produtos (processo de troca, a 
jusante da produção) implicam relações com o exterior (movimento 
externo), ao contrário do que acontece com o processo de produção e 
armazenamento de produtos que dão origem à circulação de valores 
(consumo, modificação, transformação ou conversão em produtos) no 
seio da própria empresa (movimento interno). 
 
Ora, as informações fornecidas pela contabilidade financeira, 
respeitando as relações da empresa com o exterior, e obtidas “ a 
posterior”, pelo tratamento de dados históricos e, portanto, já 
inalteráveis, são veiculadas, fundamentalmente, pelas peças 
contabilísticas: 
Captação 
de 
Recursos 
financeiros 
Aprovisionamento 
de 
factores 
Comercialização 
de 
Produtos 
Movimento Interno 
Processo 
de 
Produção 
Armazenamento 
de 
Produtos 
Cobranças 
Movimento Externo 
 
 14 
 
a) Um balanço – de acordo com o Nabais e Naibais (2010) diz que 
é um quadro que contém informação referente a determinada 
data, acerca dos recursos (Activo) que a empresa utiliza e da 
forma como estão a ser financiados pelos titulares da empresa 
(Capital próprio) e por terceiros (Passivo). 
 
Portanto, Borges et all (2010) diz que a finalidade subjacente a 
elaboração de um balanço é proporcionar informação acerca da 
posição financeira da empresa/entidade que é afectada pelos recursos 
económicos que ela controla, pela sua estrutura financeira, pela sua 
liquidez e solvência, e pela capacidade de se adaptar as alterações no 
ambiente em que opera. 
 
b) Uma demonstração de Resultados durante o período 
contabilístico – este quadro. De acordo com o Nabais & Nabais 
(2010) que evidencia as componentes negativas (Gastos) e 
positivas (Rendimentos) do resultado a um exercício económico 
 
Portanto, de acordo com o Braga (2009), diz que este mapa é 
frequentemente usado como medida de desempenho ou como base 
para outras avaliações, tais como o retorno do investimento ou 
resultado por acção. 
 
c) Uma demonstração das variações no capital próprio – de 
acordo com a Braga (2009), este demonstrativo tem por 
objectivo facilitar a análise das modificações ocorridas nos 
componentes do Património liquido, durante determinado 
período, geralmente exercício social. 
 
d) Uma demonstração dos fluxos de caixa (DFC) durante período 
contabilístico – De acordo com Braga (2009), a DFC evidencia as 
modificações ocorridas no saldo 
 
 15 
 
das disponibilidades (caixa e equivalentes de caixa) da empresa 
em determinado período, através de fluxos de recebimentos e 
pagamentos. Este mapa, a sua importância é caracterizada pela 
necessidade dos utlizadores das DF’s de uma empresa em 
conhecer como ela gera e usa os recursos de caixa e 
equivalentes de caixa, independemente da natureza das suas 
actividades. 
 
Muito naturalmente, estas informações são indespensáveis à gestão 
racional da empresa, pois estes documentos são utilizados para a 
tomada de decisão de elementos externos à empresa, por exemplo: 
▪ Para os Bancos analisarem a sua situação financeira; 
▪ Para os clientes analisarem a sua dimensão e o posicionamento 
no mercado; 
▪ Para o estado aferir da correção dos elementos facultados no 
cumprimento das obrigações da empresa; 
▪ Para o público analisar a sua situação. 
Mas, será que são suficientes? Para já, não poderemos esquecer que, 
no fundo, todas estas informações são tradicionalmente obtidas 
considerando-se a empresa como uma unidade financeira, gestora de 
um capital próprio, pelo que todo o processo da contabilidade 
financeira está orientado para a determinação do excedente 
económico após a remuneração, certa e contratada, dos factores de 
produção, sendo esse excedente (incerto e variável) repartido pelos 
factores ainda não remunerados até ao momento, fundamentalmente 
o capital próprio e o Estado. 
 
Sendo esta a preocupação prioritária da contabilidade financeira, é 
natural que as respectivas informações não satisfaçam as múltiplas e 
diversificadas necessidades da gestão. De facto, a demonstração dos 
resultados, que nos apresenta uma análise condensada e global do 
rédito da empresa, é sem dúvida o seu 
 
 16 
 
documento mais importante para os gestores, mas é evidente que a 
simples classificação dos custos e proveitos por natureza não permite: 
a) Determinar a eficiência da empresa, como unidade financeira; 
b) Analisar as condições internas da exploração, isto é, calcular os 
custos e rendimentos das várias divisões, secções e centros de 
trabalho da empresa, para detectar quaisquer anormalidades e 
promover a sua imediata correção ou seja, para controlar a 
exploração; 
c) Apurar os custos dos produtos fabricados e vendidos e, 
consequentemente, estabelecer bases, adequadas para a 
avaliação das existências, as quais terão de ser contabilizadas, 
necessariamente pelo método do inventário periódico ou 
intermitente; 
d) Apurar as margens dos seus diversos produtos, isto é, as 
diferenças entre os proveitos e os custos de produção 
directamente vinculados à obtenção e venda de cada produto, 
para saber se ganha ou perde em todos ou só em alguns e, 
consequentemente, poder decidir racionalmente quanto aos 
futuros programas de fabrico e vendas (reduzir, manter ou 
aumentar a produção e venda deste ou daquele produto).17 
 
Sumário 
Nesta unidade temática trataou-se do papel da contabilidade para as 
empresas e da razão que conducente à existência da contabilida de 
gestão. Entretanto, sublinha-se que a Contabilidade de Gestão é 
decorrente da insuficiência da Contabilidade Geral na geração de 
informação de natureza interna para efeitos de controle e tomada de 
decisões gerenciais. 
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO 
1. Defina a Contabilidade de Gestão. 
2. Debruce-se sobre a insuficiência da Contabilidade Geral. 
3. No ciclo económico das empresas, quais são as etapas que 
antecedem o processo produtivo? 
4. O que entende por demonstração de resultados? 
5. Aponte, pelo menos duas limitações duma demosntração de 
resultados global. 
 
Solução: 
 
 
 
 
 
 
 18 
 
1. Defina a Contabilidade de Gestão. 
R: é um sistema que visa a produção de informação específica e a um nível mais 
elementar para o controle de custos resultantes do consumo de recursos (bens e 
serviços) nos processos produtivos. 
 
2. Debruce-se sobre a insuficiência da Contabilidade Geral. 
R: A insuficiência da Contabilidade Geral consite no facto desta estar voltada 
para a geração de informação de natureza global que, por si só, não satisfaz os 
objectivos de natureza gerecial nomedamente: controlo e tomada de decisão, daí 
que surge a necessidade de um ramo que produza informação de natureza 
analítica e de uso exclusivamente interno. 
3. No ciclo económico das empresas, quais são as etapas que antecedem o 
processo produtivo? 
R: As etapas que antecedem o processo produtivo no ciclo económico das 
empresas são as seguintes: captação de recursos e aprovisionamento. 
4. O que entende por demonstração de resultados? 
R: demonstração de resultados é o documento contabilístico que evidencia, de 
forma resumida, as componentes negativas e positivas do resultado de um 
determinado período. 
5. Aponte, pelo menos duas limitações duma demosntração de resultados 
global. 
R: As limitações duma demonstração de resultados global consistem no facto de 
não permitir: Apurar os custos dos produtos fabricados e vendidos e, 
consequentemente, estabelecer bases, adequadas para a avaliação das 
existências, as quais terão de ser contabilizadas, necessariamente pelo método 
do inventário periódico ou intermitente; Apurar as margens dos seus diversos 
produtos, isto é, as diferenças entre os proveitos e os custos de produção 
directamente vinculados à obtenção e venda de cada produto, para saber se 
ganha ou perde em todos ou só em alguns e, consequentemente, poder decidir 
racionalmente quanto aos futuros programas de fabrico e vendas. 
 
 
 19 
 
UNIDADE Temática 1.2. A Contabilidade Analítica de Gestão 
Introução 
 
Uma gestão eficiente de qualquer organização deve ter dados 
processados que devem ser cuidadosamente analisados para que 
sirvam de suporte na definição de estratégias que orientam ao alcance 
dos objectivos globais da organização. Para que estes dados sejam 
transformados em informação relevante para efeitos de controlo e 
tomada de decisão gerencial, é necessário que à um nível mais 
elementar seja feito o registo dos recursos consumidos no processo de 
produção, de forma que seja possivel controlar as quantidades 
consumidas e os seus custos. Assim, suportando-se na técnica 
contabilística os gestores podem obter informações que necessitam 
para efeitos de planificação, monitoria e tomada de decisão. 
 
 
Ao completar esta unidade, você deverá ser capaz de: 
 
Objectivos 
específicos 
 
 
▪ Definir a Contabilidade de Gestão; 
▪ Dar a conhecer o âmbito da Contabilidade de Gestão; 
▪ Dar a conhecer os objectivos da Contabilidade de Gestão; 
▪ Identificar as principais funções de uma empresa; 
▪ Estabelecer a diferença entre os ciclos produtivos das empresas 
industriais. 
 
A Contabilidade de Gestão 
Alguns autores denominam a Contabilidade Analítica de Gestão por 
Contabilidade Interna ou de Custos e até por contabilidade industrial, 
consituindo neste caso sinónimo ou sub-ramos da Contabilidade de 
 
 20 
 
Gestão, facto que levou a outros autores a designarem por 
Contabilidade Analítica de Gestão. Esta surge divido a insuficiência da 
Contabilidade Geral, isto é, esta segunda, caracteriza a vivência das 
empresas, coloca-se em todas as vertentes, nomeadamentea nível de: 
▪ Tecnologia; 
▪ Mercado; 
▪ Técnicas de gestão; 
▪ Pessoas. 
Deve-se recordar que o marco histórico do surgimento da 
contabilidade está directamente ligado a necessidade de suprir as 
limitações da memória humana no controle do Património individual e 
ou das famílias. Mais tarde, com a descoberta e o desenvolvimento do 
caminho marítimo levou ao crescimento das actividades comerciais 
passando a contabilidade a ser utilizada como uma técnica de registo 
dos factos comerciais dos mercantelistas de tal forma que este fim 
serviu até ao momento do apogeu da era industrial. 
 
No entanto, no compasso entre a era da actividade comercial até a era 
industrial, a contabilidade geral respondia positivamente as 
necessidades dos seus utilizadores. Portanto, desde o momento em 
que ocorreu a industrialização da actividade económica, os gestores 
das empresas começaram a sentir a insuficiência da Contabilidade 
Geral no fornecimento de determinadas informações, capazes de 
permitir a imediata tomada de decisões económicas, diante de uma 
cada vez menos disponibilidade para analisarem as tais informações, o 
que levou a tornarem-se mais exigentes sobre o tipo de informação 
 
 21 
 
necessária para tomada de decisão. Isto porque, está claro que gestor 
necessita de processos fiáveis, rápidos, económicos e o mais 
automatizado possível que lhe respondam ao maior número de 
questões que se colocam. Estes processos, permitirão ao gestor 
controlar e analisar em que medida as suas decisões se mostram as 
mais correctas, para poderem ser corrigidas ou mantidas. 
 
Assin sendo, a Contabilidade Geral não estando em condições de 
responder a estas perguntas, por uma simples razão, a sua principal 
característica é coligir de forma organizada um vasto conjunto de 
informação, que influencia o património da empresa, permitindo a 
avaliação fiscal do património e o apuramento de um resultado por 
exercício, surge a Contabilidade Analítica com vista a colmatar a falta 
de respostas por parte da Contabilidade Geral às necessidades da 
gestão, prosseguindo os seguintes objectivos: 
a) Calcular o custo dos bens ou dos serviços oferecidos pela 
empesa, com vista à: 
✓ Orientar os preços de venda; 
✓ Valorizar os custos de produção e os produtos acabados; 
✓ Controlar os custos e a eficiência da empresa. 
 
b) Controlar as condições internas de exploração com vista à: 
✓ Acompanhar as operações económicas de transformação 
das matérias-primas em produtos acabados; 
✓ Calcular a rendibilidade dos diversos produtos; 
 
c) Efectuar o control de gestão, de modo a: 
✓ Fornecer dados para o control orçamental; 
✓ Repartir por produtos ou por actividades, o resultados 
global a atingir; 
✓ Estabelecer objectivos departamentais que orientem as 
actividades para atingir o resultado final previsto; 
 
 22 
 
 
d) Efectuar a análise económica e a tomada de decisão: 
✓ Fornecer aos orgãos de gestão a informação necessária a 
um control eficaz e à realização de operações alternativas; 
✓ Preparar programas económicos e financeiros; 
✓ Efectuar calculus de viabilidade comparada. 
 
Deste modo, de acordo com os objectivos, a Contabilidade Analítica de 
Gestão é um instrumento de uso interno, ao serviço da gestão e, 
portanto, um instrumento de apoio a tomada de decisão. Esta 
contabilidade, vai proporcionar a repartição do resultado globalobtido, pelos produtos ou pelos departamentos da empresa. De referir 
que o resultado global é constituido pelos custos e pelos proveitos. 
 
Dai que Santos (2014) afirma que o grande objectivo prosseguido pela 
Contabilidade Analítica, conforme ilustra a figura 1.1. é permitir a 
análise de custos e proveitos, isto é, de resultados, na sua unidade 
mais pequena que possa existir em cada organização, seja um 
produto, uma actividade, uma unidade fabril ou uma secção. 
Figura 1.1: Exemplo de Repartição de Custos para respectiva análise 
 
Fonte: Santos (2014) 
 
Assim, pode-se afirmar que a Contabilidade Analítica tem como 
objecto as operações internas, 
 
 23 
 
realizadas no seio da própria empresa e relacionadas com o seu 
processo de produção. Por outro lado, é ao nível das operações 
elementares que se situam agora os factos a observar, não 
globalmente como na contabilidade financeira, mas em analítica e 
especificamente, de modo a permitir o seu planeamento e controlo. 
 
Convém salientar, finalmente, que a expressão “processo de 
produção” deverá ser entendida no seu mais amplo sentido, 
compreendido quaisquer operações internas, transformadoras ou não, 
que constituam a actividade típica de uma empresa. Quer dizer, em 
toda a empresa existe um processo que converte os factores em 
produto, ainda que essa conversão não implique uma transformação 
física pela qual se obtenham produtos susceptíveis de 
armazenamento, como acontece nas empresas industriais, pois existe 
sempre, e pelo menos, uma transformação de valores. 
 
Assim, a contabilidade analítica não se limita às empresa industriais 
mas tem aplicação em toda a empresa, qualquer que seja a sua 
natureza, nomeadamente nas empresas comerciais e nas empresas 
financeiras. 
 
Ao fim e ao cabo, a contabilidade financeira e a contabilidade 
analítica, em conjunto, permitem-nos conhecer o funcionamento 
integral da empresa. 
Todavia, importa referir que a Contabilidade Analítica constitui um 
sistema de informação que consome recursos, isto é, custa dinheiro e 
horas de trabalho, há necessidada de preparer toda a empresa ( e, em 
particular, a informática e a area financeira) para obter tais 
informações e manter os sistemas a funcionar de forma sistemátoca, 
actualizada e precisa. Desta forma, antes da sua implementação deve-
se antes responder as seguintes questões: 
 
 24 
 
▪ Que informação desejamos ter? 
▪ Com que regularidade? 
▪ Que utilidade tem essa informação? 
▪ Que custo temos que suportar para produzir tal informação? 
 
Concluindo, a grande dificuldade que a empresas enfrentam na 
implementação da Contabilidade Analítica está relacionado com o 
custo de informação versus a utilidade de informação. Contudo, a 
administração da empresa está ciente que quando há necessidade de 
se atender às exigências fiscais de integração e coordenação da 
contabilidade analítica (de custos) com o restante da escrituração 
(com a contabilidade financeira), o subsistema para o gerenciamento 
de custos é imprescindível. 
 
Independemente disso, tal subsistema é vital para a consecução do 
que denominamos sistema de informação contabilístico integrado, no 
qual deverá ser registada a maior parte dos dados quantitativos. 
 
Processo de Produção nas empresas comerciais e industriais 
Embora em todas as empresas se verifique uma circulação interna de 
valores, a verdade é que nas empresas comerciais a função de 
produção se reduz à sua expressão mais simples, podendo dizer-se, 
praticamente, que às compras ( de mercadoria) se sucedem 
directamente as vendas (de mercadorias). 
 
Perante a descontinuidade dos fluxos físicos das entradas (compras) e 
das saídas (vendas), o desenvolvimento harmonioso, regular e 
contínuo do processo de exploração é assegurado pela armazenagem 
das mercadorias. 
 
 
 
APRVISIONAMENTO DISTRIBUIÇÃO 
 Armazém 
De 
Mercadorias 
 Vendas 
 
 25 
 
FÁBRICA 
 
 
 
 
 
Aqui, nas empresas comerciais, apenas importa distinguir as 
mercadorias compradas e as mercadorias vendidas. 
 
Pelo contrário, nas empresas industriais o processo de produção 
assume toda a sua extraordinária importância: entre as compras (de 
matérias) e as vendas (de produtos fabricados) situa-se todo um ciclo 
de transformações, utilizando determinada tecnologia e exigindo 
determinado equipamento fabril. 
 
Aqui, nas empresas industriais, o desenvolvimento regular e contínuo 
do processo de exploração é assegurado pela armazenagem das 
matérias (a montante da produção) e pela armazenagem dos produtos 
fabricados ( a jusante da produção), armazenages que possibilitam a 
utilização óptima dos factores produtivos e permitem o escoamento 
daqueles bens consoante as conveniências. 
 
 
 
 
 
 
Organigrama funcional das empresas industriais 
A contabilidade analítica pressupõe uma organização racional dos 
serviços da empresa, de acordo com a moderna problemática do 
 Compras 
ADMINISTRAÇÃO E FINANCIAMENTO 
 Produção 
em 
Curso 
APRVISIONAMENTO PRODUÇÃO DISTRIBUIÇÃO 
 Compras 
 Armazém 
De 
Mercadorias 
 Consumos 
 Armazém 
De 
Prod. Fab. 
Produções 
ADMINISTRAÇÃO E FINANCIAMENTO 
 
 26 
 
controlo da gestão, devendo apoiar-se no organigrama funcional da 
empresa – esquema ou gráfico que possibilita uma visão imediata da 
sua estrutura e hierarquia funcional, conforme os princípios da 
autoridade e da responsabilidade. 
 
 
Sumário 
Nesta unidade tratou-se essencialmente da noção da Contabilidade de 
Gestão, incluindo a sua função, os seus objectivos e a sua necessidade 
nas empresas industriais, também identificaram-se as principais 
funções das empresas, com maior enfoque para as as empresas 
industriais, visto que é sobre ela que a disciplina está voltada. 
 
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO 
 
 
 27 
 
1. Defina a Contabilidade Analítica de Gestão. 
2. De acordo com o conhecimento adquirido nesta unidade temática, pode 
se afirmar que a Contabilidade Analítica se limita somente às empresas 
industriais? 
3. Aponte os objectivos da Contabilidade Analítica de Gestão. 
 
Solução: 
1. Defina a Contabilidade Analítica de Gestão. 
A Contabilidade Analítica e de Gestão é um instrumento de uso interno, ao 
serviço da gestão, que visa captar dados e processá-los para gerar 
informação útil e de apoio a tomada de decisão. 
2. De acordo com o conhecimento adquirido nesta unidade temática, pode 
se afirmar que a Contabilidade Analítica se limita somente às empresas 
industriais? 
R: A contabilidade analítica não se limita às empresa industriais, pois tem 
aplicação em todas as empresas, qualquer que seja a sua natureza, 
nomeadamente nas empresas comerciais e nas empresas financeiras. 
 
3. Aponte os objectivos da Contabilidade Analítica de Gestão. 
R: A Contabilidade Analítica de Gestão visa alcançar os seguintes objectivos: 
Calcular o custo dos bens ou dos serviços oferecidos pela empesa, 
Controlar as condições internas de exploração, 
Efectuar o control de gestão, 
Efectuar a análise económica e a tomada de decisão. 
 
UNIDADE Temática 1.3. A Contabilidade Analítica na Estrutura da Empresa 
Introução 
 
 
 28 
 
A contabilidade é a única técnica que fornece informações ao serviço 
da empresa enquanto centro de tomada de decisões. A tomada de 
decisões passa pelo processo de colher informações relevantes e para 
encontrar possíveis alternativas de solução e, posteriormente, fazer a 
escolha entre elas. 
A informação fornecida nas demonstrações financeiras, constitui um 
valioso instrumento para que a contabilidade possaauxiliar a 
administração na tomada de decisões, e a adopção desses 
procedimentos levaria gerência eficaz com dados confiáveis e reais. 
Os executivos fazem muitas coisas além de tomar decisões. Só eles, 
porém as tomam. Uma habilidade que se deve ter para administrar é, 
portanto, ser capaz de tomar decisões eficazes. 
 
 
Ao completar esta unidade, você deverá ser capaz de: 
 
 
Objectivos 
específicos 
 
▪ Conhecer o papel da Contabilidade Analítica de Gestão nas empresas; 
▪ Estabelecer a diferença entre a Contabilidade Geral e a Contabilidade 
de Gestão; 
▪ Indicar a importância da Contabilidade Analítica e de Gestão para uma 
empresa. 
 
 
 
A Contabilidade de Gestão na Estrutura das Empresas 
 
A Contabilidade Analitica de Gestão é utilizada na estrutura da 
empresa como ferramenta de auxílio à administração, em todas as 
suas facetas operacionais. 
 
 29 
 
 
Tendo em vista que uma organização é estruturada de forma 
hierárquica, a Contabilidade Gestão deve suprir, atravês da 
informação contabilística gerencial, todas as áreas da Organização. 
Como cada nível da administração dentro da empresa utiliza a 
informação contabilística de maneira diversa, cada qual com um nível 
de agregação diferente, a contabilidade analítica deverá providenciar 
que a informação contabilística seja trabalhada de forma específica 
para cada segmento hierárquico da organização. Isso reflecte na forma 
de utilização da informação contabilística. 
 
 Assim teremos um bloco de informações que suprirão a alta 
administração da organização e toda sua estrutura, que denominamos 
de gerenciamento contabilístico global, objectivando canalizar 
informações que sejam apresentadas de forma sintética, em grande 
agregados, com a finalidade de controlar e planejar a empresa dentro 
de uma visão de conjunto. 
 
Teremos um segundo bloco de informações que suprirão a média 
administração. São informações para canalizar os conceitos de 
contabilidade por responsabilidade. Denominamos esse segmento de 
gerenciamento contabilístico sectorial. 
 
 Finalmente, teremos um terceiro bloco de informações para gerenciar 
cada um dos produtos da organização de forma isolada. Denominamos 
esse segmento da Contabilidade Analítica, de gerencialmento 
contabilístico específico. São informações que descem de um grau 
maior de detalhadamento, a nível operacional. Para todos esses 
segmentos serão trabalhadas informações para planejamento 
estratégico e orçamentário, já que o segundo fundamento da 
Contabilidade analítica é seu enfoque para o futuro. 
 
 30 
 
Distinções entre a Contabilidade Financeira e a Contabilidade 
Analítica De Gestão 
Para melhor perceber a diferença entre a Contabilidade Analítica de 
Gestão com a Contabilidade Financeira, vamos recordar que a 
Contabilidade está dividida em duas grandezas sendo cada uma com 
as suas respectivas características: 
Tabela 1.1. : Característica da Contabilidade Geral e Analitica 
 
Contabilidade Geral Contabilidade Analítica de Gestão 
▪ Externa a nível dos 
documentos; 
▪ Interna a nível dos 
documentos; 
▪ Externa a nível dos 
utilizadores; 
▪ Interna a nível dos 
utilizadores; 
▪ Global; ▪ Pormenorizada; 
▪ Rígida e Uniforme; ▪ Maleável e diversa; 
▪ Factos passados. ▪ Factos presente e para o 
futuro. 
Fonte: Santos (2004) 
 
Relativamente a primeira característica da Contabidade Geral, isto é, 
ao ser externa em termos de documentos recebidos, pretende-se 
dizer que regista todos os fluxos externos recebidos e produz 
informação. Enquanto que em relação ao ser externa ao nível dos 
utilizadores, a segunda característica, está relacionada com os 
documentos produzidos, ao elaborar facturas, recibos, cheques e 
documentos financeiros para apreciação externa. 
 
Quanto a ser rceira característica, de ser global, a contabilidade geral 
regista toda a vivência da empresa, isto é, o conjunto das suas vendas 
e das suas compras durante um ano, a posição das dívidas dos seus 
clientes ou aos seus fornecedores. 
 
 
 31 
 
E ao ser rígida e uniforme, diz respeito as regras existentes, 
devidamente definidas quanto à forma de contabilização de cada 
operação, princípios a respeitar e movimentos a efectuar pela 
generalidade das empresas, por forma a serem compatíveis as 
informações produzidas por cada uma delas. E por fim, a última 
característica, que está relacionada com o registo de factos passados, 
refere-se ao facto das informações patentes nas demonstrações 
financeiras (Balanço, Demonstração de Resultados e Demonstração de 
Fluxo de Caixa) serem apresentadas depois dos factos ocorrerem e 
previligiam uma comparação com os elementos de anos anteriores. 
Pelo que, não transmite dados sobre o presente ou futuro. 
 
E atendendo e considerando as características da Contabilidade 
Analítica, começando pela primeira, que é a de ser interna a nível dos 
documentos, refere-se ao facto desta tratar dos processos de 
transformação dos produtos e seus processos de fabrico. E quanto ao 
ser interna a nível de utilizadores, está mais direccionada aos orgãos 
que tomam decisões no seio da empresa e aos níveis intermédios, 
que servem da informação para preparar melhor a sua actuação. 
 
Quando se refere a Contabilidade Analítica ser pormenorizada, 
pretende dizer que ela reparte as operações globais em parcelas, para 
explicar os diversos indicadores na unidade pretendida, produto, 
unidade produtiva, etc. E quanto ao ser maleável e diversa, quer dizer 
que a contabilidade analítica é adaptada à estrutura orgânica de cada 
empresa e às características da sua actividade. 
 
E por fim, encontramos o facto da contabilidade analítica ser um 
registo de factos presente virado para o futuro, esta avalia o presente 
e fornece indicações sobre o futuro. 
 
 
 32 
 
Sumário 
Nesta unidade temática tratou-se da função e importância da 
Contabilidade Analítica de Gestão para as empresas e se estabeleceu 
as características que diferem a Contabilidade Geral da Contabilidade 
Analítica de Gestão. 
 
 
 
 33 
 
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO 
1. Indique a função da Contabilidade de Gestão na estrutura de uma 
empresa. 
R: A função da Contabilidade Analítica de Gestão é de servir na estrutura da 
empresa como ferramenta de auxílio à administração, em todas as suas 
facetas operacionais. 
2. Aponte algumas características da Contabilidade de Getão estabelecendo 
a diferença com a Contabilidade Geral. 
R: A contabilidade Analítica de Gestão caracteriza-se pelo facto de ser interna 
à nível de geração de documentos e da utilização da informação, enquanto 
que a Contabilidade Geral é externa sob o mesmo ponto de vista. A 
Contabilidade Analítica é pormenorizada e permite analizar cada área da 
organização, enquanto que a Contabilidade Geral é Global. 
3. O que se pretende dizer ao se afirmar que a Contabilidade Analítica é 
pormenorizada? 
R: Pretende-se dizer que ela reparte as operações globais em parcelas, para 
explicar os diversos indicadores na unidade pretendida, produto, unidade 
produtiva. 
 
 
 
 
 
 
 
 
UNIDADE Temática 1.4. Distinção Entre uma Empresa Industrial e uma Empresa 
Comercial 
Introução 
 
 
 34 
 
A tarefa de gestão de uma empresa pode diferir de acordo com a sua 
natureza, pois o ciclo económico de uma unidade comercial é 
diferente numa unidade industrial. Os processos são geralmente mais 
complexos e diversificados nas unidades industriais na medida que se 
envolve a componente de transformação de matérias-primas em 
produtos acabados, o que implica maior alocação de recursos de 
modo que se alcancem os objectivos pretendidos pela organização. 
Assim é fundamentalentender a distinção entre uma empresa 
comercial e uma empresa industrial, embora a Contabilidade Analítica 
de Gestão tenha aplicação nelas independentemente da sua natureza. 
 
 
Ao completar esta unidade, você deverá ser capaz de: 
 
 
Objectivos 
específicos 
 
▪ Definir uma empresa e distinguí-la de uma organização; 
▪ Estabelecer a diferença entre uma empresa comercial e uma empresa 
industrial; 
▪ Conhecer os serviços ligados à gestão de uma empresa industrial. 
 
 
Distinção entre empresa industrial e empresa comercial 
Para destinguir a empresa industrial de uma empresa comercial, é 
necessário antes entender claramente o conceito de empresa. 
Empresa – é um conjunto complexo e estruturado que exige uma 
direcção e organização e que exerce uma actividade remuneradora 
através da produção e/ou distribuição de bens e serviços. O fim 
último da unidade produtiva (individuo, sociedade ou organismo 
publico que crie ou adicione valor) é o lucro ou a satisfação das 
necessidades colectivas, caso se trate de empresas ou cooperativas 
de unidades colectivas de produção 
 
 35 
 
(Nabaias, 1991, Praticas Administrativas). 
 
Segundo o Código Comercial, em vigor em Moçambique, considera-se 
empresa comercial, toda a organização de factores de produção para 
o exercício de uma actividade económica destinada à produção, para 
a troca sistemática e vantajosa, designadamente: da actividade 
industrial dirigida a produção de bens ou serviços; da actividade de 
intermediação na circulação de bens; da actividade agrícola e 
piscatória; das actividades bancária e seguradora; e das actividades 
auxiliares das precedentes. 
 
Empresa Industrial – é uma unidade produtiva combinando os 
factores necessários (matéria-prima, mão-de-obra, encargos gerais de 
fabrico, etc.) à realização de determinado processo de fabrico.2 
 
Em suma, pode-se afirmar que a distinção entre uma empresa 
industrial e uma empresa comercial consiste no facto desta 
compreender apenas tres fases na realização das suas operações, 
nomeadamente: compra de mercadorias, armazenamento e venda; 
enquanto que naquela o processo começa com: a aquisição de 
matérias, armazenamento, transformação em produto acabado e, por 
fim, a venda destes. 
 
 
Empresa comercial: 
 
 
 
 
 
2 BENZINHO, Jorge; RODRIGUES, Marcos. Técnicas de Gestão de Empresas, pag. 9 
Compra de 
Mercadororias 
Aprovisionamento 
de Mercadorias 
Venda de 
Mercadorias 
 
 36 
 
 
 
Empresa Industrial: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Principais Características da Empresa Industrial (o que a destingue da 
empresa comercial): 
Existêcias em: 
▪ Matérias 
- Matéria-prima 
- Matéria subsidiária 
- Acessórios 
Imobilizações: 
▪ Equipamentos 
- Máquinas 
- Ferramentas 
- Outros instrumentos de produção 
 
Organização da Gestão das Empresas Industriais 
Compra de 
Matérias 
Aprovisionamento 
de Matérias 
Venda de Produto 
Acabado 
Transformação de 
Matérias em 
Produto Acabado 
Aprovisionamento 
de Produto 
Acabado 
 
 37 
 
Geralmente, nas empresas industriais os serviços cujos chefes se 
encontram directamente subordinados à Direcção Geral são os 
seguintes: 
1. Serviços Técnicos ou de Produção 
2. Serviços de Aprovisionamento 
3. Serviços Comerciais 
4. Serviços Administrativos 
5. Serviços Financeiros 
 
Funções e Responsabilidades 
1. Direcção Geral (Administradores, Gerentes, Adjuntos e 
Secretários) 
- Decidir, directorização geral, provisões 
- Garantir a coordenação de funções 
- Realizar a fiscalização de todos os serviços 
- Fazer apreciação de resultados 
- Emitir informações diversas. 
2. Serviços Técnicos ou de Produção (Director Técnico, 
Engenheiros, Preparadores, Fiscais) 
- Fazer estudos, experiências e planos 
- Preparação do trabalho 
- Instrução do pessoal 
- Conservação e reparação de equipamentos 
- Determinação de custos dos produtos e serviços. 
3. Serviços de Aprovisionamento (Director de 
Aprovisionamento, Fieis de Armazém) 
 
 38 
 
- Abastecimento de todos os bens e serviços para o 
funcionamento eficaz em quantidade e qualidade desejada 
sempre ao menor custo; 
- Gestão de stocks, ou seja, minimização de custos de 
armazenagem, evitar deterioração de matérias armazenadas, 
racionalizar os movimentos dentre os armazéns: controlar as 
quantidades existentes em cada momento, promover o 
oportuno e correcto fornecimento de matérias adquiridas. 
4. Serviços Comerciais (Director Comercial, Chefe de Vendas) 
- Vendas (publicidade e propaganda) 
- Embalagens e Expedição 
- Distribuição 
5. Serviços Administrativos (Director Administrativo, Guarda-
Livros, Contabilistas, Empregados do Escritório) 
- Correspondência e arquivos 
- Facturação 
- Cáculo 
- Escrituração e estatística 
6. Serviços Financeiros (Director Financeiro, Cobradores) 
- Tesouraria 
- Recebimentos e Pagamentos 
 
 
Organização Funcional de uma Empresa Industrial 
 
 
 
 
 
 
Conselho de Administração 
 
Direcção Geral 
 
 39 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sumário 
Nesta unidade tratou-se da diferença entre as empresas industriais e 
comerciais no que tange as fases do seus ciclos económicos e deu-se a 
conhecer as diferentes áresas da gestão de uma empresa industrial. 
Basicamente se evidenciou que o pricipal elemento que distingue a 
empresa industrial da empresa comercial é o processo de 
transformação de bens. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO 
 
Serviços 
Financeiros 
Serviços 
Comerciais 
Serviços 
Administrativos 
Serviços de 
Aprovisionamento 
Serv. Técnicos/ 
de Produção 
 
 40 
 
1. Defina a empresa industrial. 
Empresa Industrial – é uma unidade produtiva combinando os factores 
necessários (matéria-prima, mão-de-obra, encargos gerais de fabrico, etc.) à 
realização de determinado processo de fabrico 
2. O que destingue a empresa industrial duma empresa comercial? 
R: a diferença entre a empresa industrial e empresa comercial está no facto 
da primeira se dedicar à compra de matérias-primas, transformação das 
matérias-primas em produtos acabados e a sua venda, enquanto que a 
segunda dedica-se esclusivamente à compra e venda de mercadorias. 
3. Quais são as características de uma empresa industrial? 
.R: A empresa industrial apresenta as seguintes característivas: 
Existêcias em: 
▪ Matérias 
- Matéria-prima 
- Matéria subsidiária 
- Acessórios 
Imobilizações: 
▪ Equipamentos 
- Máquinas 
- Ferramentas 
- Outros instrumentos de produção 
 
 
UNIDADE Temática 1.5. Exercícios desse Tema 
1. Qual é a relação entre o Estado de custo, ou seja, a Informação do 
Custo proporcionado pela 
 
 41 
 
Contabilidade de Gestão com as Demonstrações Financeiras da 
Contabilidade Geral? 
2. Quem usa a informação da Contabilidade? 
3. Indentifique os principais utilizaores da Contabilidade Analítica; 
4. Explique as diferenças de informação necessária para os 
utilizadores da Contabilidade Analítica e da Contabilidade Geral; 
5. “As ênfases da contabilidade financeira e gerencial diferem.” 
Explique 
6. Qual é o objecto da Contabilidade Analítica. 
7. Indique se é Verdadeira (V) ou Falsa (F) cada uma das seguintes 
atribuições da Contabilidade Analítica De Gestão: 
RUBRICA V F 
a) Permite orientar os preços de venda. 
b) Permite calcular a rentabiliddae de cada produto 
c) Tem uma orientação para o futuro 
d) Dá-nos o valor global das vendas num determinado ano 
e) Está virado para o interior da empresa 
f) Acompanha as operações económicas de transformação das matérias-primas em produtos acabados 
g) Não permite valorizar os custos de produçãoh) Permite controlar as condições internas de exploração 
i) É caracterizada por relatórios detalhados 
j) É limitada pelos princípios de contabilidade geralmente aceites 
k) Aplica –se apenas nas empresas industriais. 
l) É obrigatória por Lei. 
m) Permite aconselhamento internos para os gestores 
8. Comente a seguinte a frase: 
“....a grande dificuldade que a empresas enfrentam na 
implementação da Contabilidade Analítica está relacionado 
 
 42 
 
com o custo de informação versus a utilidade de informação.” 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TEMA – II Custo. 
UNIDADE Temática 2.1. Terminologia de Custo 
 
 43 
 
UNIDADE Temática 2.2. Classificação de Custos 
UNIDADE Temática 2.3. O Custo de Produto 
UNIDADE Temática 2.4. EXERCÍCIOS deste tema 
UNIDADE Temática 2.1. Terminologia de Custo. 
Introução 
 
Uma das tarefas mais difíceis para um principiante, mesmo para 
alguns veteranos na matéria da Contabilidade de Gestão, é a 
identificação de custo de um recurso consumido ou utilizado na 
produção, destinguindo-o de gastos e despesas, o que nalgumas vezes 
parece se tratar de elementos similares quando na verdade eles 
diferem totalmente. Uma outra questão está voltada à distinção entre 
receita, rendimento e recebimentos. Nesta unidade pretende-se 
elucidar a diferença entre todos esses elementos. 
 
 
Ao completar esta unidade, você deverá ser capaz de: 
 
 
Objectivos 
específicos 
 
 
▪ Definir e identificar um Custo; 
▪ Estabelecer a diferença entre gastos, despesas, desembolsos, 
investimento, depreciação, perdas e desperdícios; 
▪ Estabelecer a diferença entre rendimentos, receitas e recebimentos; 
 
 
 
 
 
Terminologia de Custo 
 
Os Gastos, Custos, Despesas são três palavras que parecem dizer 
respeito a conceitos similares. Nalgumas vezes confundem-se com 
 
 44 
 
Desembolso e, o Investimento também parace ter alguma similaridade 
com eles. 
Esse facto, normalmente faz com que um principiante se veja perdido, 
e às vezes o experiente, embaraçado; por isso, utiliza-se a seguinte 
nomenclatura: 
 
A. DESEMBOLSO - É a saída efectiva de dinheiro ou das contas bancárias 
das empresas, ou seja, entrega a terceiros de parte dos numerários da 
empresa. Os desembolsos ocorrem em virtude do pagamento de 
compras efetuadas à vista ou de uma obrigação assumida 
anteriormente. 
No que tange ao momento da escrituração dos gastos, os desembolso 
podem ocorrer antes (pagamento antecipado), exemplo:- compra de 
matéria prima à vista, em Abril, para gasto ou consumo pela fabrica em 
Maio, no momento (pagamento a vista) exemplo:- pagamento de peças , à 
vista, para uso imediato pela fabrica, ou depois da ocorrência dos gastos 
(pagamento à prazo) exemplo:- compra de matéria prima em Julho que 
serão consumidas pela fábrica no próprio mês, mas cujo pagamento ao 
fornecedor ocorrerá em Setembro. 
B. GASTO - É o consumo genérico de bens e serviços ou, em outras 
palavras, dos factores de produção. Os gastos ocorrem a todo o momento e em 
qualquer sector de uma empresa, seja ela comercial, industrial ou prestadora de 
serviço. 
É importante não confundir gastos com desembolso. 
 
- Desembolso:- saída de dinheiro. Exemplo: Pagamento à fornecedor, 
pagamento de energia elétrica. 
- Gasto Consumido:- são os bens e serviços obtidos por meio de desembolso 
passado, presente ou futuro. Exemplos:- Matéria-prima consumida no 
processo produtivo, energia elétrica consumida na área da produção etc.. 
 
 45 
 
O fim da aplicação do gasto ditará se o mesmo poderá ser classificado em 
custo, despesa, perda ou desperdício. 
1. Custos da Produção/custo industrial - É a soma dos gastos relativos aos bens 
e serviços (recursos) consumidos ou utilizados na produção de outros 
bens/serviços, ou seja, todos os gastos incorridos no processo produtivo 
para a elaboração de um produto. 
Ex: - matéria prima consumida; 
 - materiais auxiliares; 
 - materiais de embalagens; 
 - mão-de-obra directa; 
 - materiais de embalagens 
 - custos gerais de fabricação (depreciação, energia elétrica, água etc..) 
2. Despesas - São gastos relativos aos bens e serviços consumidos para gerar 
receitas e manutenção dos negócios da empresa. Todas as despesas estão 
directamente ou indiretamente associadas à realização de receitas. 
 
C. INVESTIMENTOS - São Gastos incorridos na obtenção de bens – ou 
activos – para uso nas actividades da empresa seja elas na fábrica 
(máquinas, equipamentos ou outros), na área administrativas 
(computadores, móveis, equipamentos ou outros) 
Podemos citar também como investimentos, as aplicações no mercado 
financeiro as aplicações de caráter de especulações, como por exemplo, 
compra de um terreno por um preço baixo para em outra oportunidade 
vendê-lo com maior valor. 
D. DEPRECIAÇÃO - É o reconhecimento contabilístico pelo desgaste de um 
bem, adquirido anteriormente e colocado à disposição da produção, na 
medida que se utiliza para a transformação de matérias primas em 
produtos acabados. 
 
 46 
 
 
E. PERDAS - São gastos anormais ou involuntários que não geram um novo 
bem ou serviços e tampouco geram receitas e são apropriados 
diretamente no resultado do período em que ocorrerem. Esses gastos 
não mantêm nenhuma relação com operação da empresa e geralmente 
ocorrem de fatos não previstos. 
 
Exemplos:- vazamento de materiais líquidos ou gasosos; Material com prazo 
de validade vencido; problemas com equipamentos, greves, enchentes, 
inundações, sinistros etc. 
 
a) DESPERDICIOS – são gastos incorridos no processo produtivo ou de 
geração de receitas e que possam ser eliminados sem prejuízo da 
qualidade ou quantidade de bens, serviços ou receitas gerados. 
Actualmente, o desperdício está sendo classificado como custo ou 
despesas e sua identificação e eliminação é factor determinante do 
sucesso ou fracasso de um negócio. 
 
b) Receita – é a expressão financeira do fluxo real de saída, ou seja, o 
direito financeiro resultante da venda de um bem ou prestação de 
um serviço. 
 
c) Recebimentos – são fluxos de entrada (influxos) de meios líquidos de 
pagamento. 
 
d) Rendimentos – são aumentos nos benefícios económicos, 
decorrentes da produção de bens ou prestação de serviços. 
 
Sumário 
Nesta unidade tratamos fundamentalmente da distinção dalguns 
elementos de óptica financeira e de óptica económica de modo que se 
 
 47 
 
comprenda que elementos integram o custo de um determinado bem 
ou serviço. 
Exercícios 
Classifique os eventos descritos a seguir em Investimento (I), Custo (C), Despesa 
(D) ou Perda (P): 
( ) Compra de matéria-prima 
( ) Consumo de energia eléctrica 
( ) Utilização de mão-de-obra 
( ) Consumo de combustível 
( ) Gastos com pessoal do facturamento (salário) 
( ) Aquisição de máquinas 
( ) Depreciação das máquinas 
( ) Remuneração do pessoal da contabilidade geral (salário) 
( ) Pagamento de honorários da administração 
( ) Depreciação do prédio da empresa 
( ) Utilização de matéria-prima (transformação) 
( ) Aquisição de embalagens 
( ) Deterioração do stock de matéria-prima por enchente 
( ) Remuneração do tempo do pessoal em greve 
( ) Geração de sucata no processo produtivo 
( ) Estrago acidental e imprevisível de lote de material 
( ) Gastos com desenvolvimento de novos produtos e 
processos 
( ) Imposto de circulação de mercadorias e serviços 
( ) Comissões proporcionais as vendas 
. 
 
 
 
 
 
 48 
 
 
UNIDADE Temática 2.2. Classificação de Custos 
Introução 
 
 
Apósa identificação do custo e do seu objecto de custeio, é necessário 
avaliar a sua natureza, a sua identificação à uma actividade, o seu 
comportamento, a sua função, a sua importância e o tempo em que 
foram calculados de modo que se torne simples a sua análise e 
interpretação. Atendendo à cada uma dessas categorias, surgirá uma 
vasta lista de tipologia de custos ligados a gestão de uma organização. 
 
 
 
 
Ao completar esta unidade, você deverá ser capaz de: 
 
 
 
 49 
 
 
Objectivos 
específicos 
 
▪ Identificar os custos associados às funções das empresas; 
▪ Classificar os custos tendo em conta a sua natureza, função, actividade 
e o seu comportamento; 
▪ Identificar os custos directos e indirectos; 
▪ Distinguir o custo do produto do custo do período; 
▪ Reconhecer as componentes do custo industrial. 
 
 
 
 
 
Os custos são classificados tendo em conta a seu propósito que pode 
ser um dos seguintes: 
1. Controle Gerencial 
2. Tomada de Decisões Gerenciais 
 
1. Para o controle gerencial, os custos configuram-se da seguinte 
forma: 
Objecto de referência Configuração do custo 
1. Pelo objecto de referência ou natureza 
econômica. 
1. Elementos 
 Ex: Matéria prima, Mão-
de-obra 
2. De acordo com sua identificação à uma 
actividade, departamento ou produto 
1. Custos diretos. 
2. Custos indiretos 
3. De acordo com seu comportamento 
em relação com o volume de produção. 
1. Custos variáveis. 
2. Custos fixos. 
3. Custos : (Mistos) 
semivariaveis; semifixos 
 
 50 
 
4. De acordo com o tempo em que foram 
calculados ou parâmetro de 
comparação.. 
1. Custos históricos, 
 2.Custos predeterminados 
5. De acordo com a autoridade que se 
tenha sobre a ocorrência de um custo 
1. Custos controláveis 
2. Custos não controláveis 
6. De acordo com a função na que se 
incorrem: 
 
1. Custos de produção 
2. Custos de distribuição 
ou venda. 
3. Custos de administração 
7. De acordo com o tempo em que 
carregam-se ou se enfrentam aos 
ganhos: 
1. Custos de período. 
 2. Custos do produto. 
 
2. Quanto ao propósito de tomada de decisões, os custos classificam-
se da seguinte forma: 
Objecto de referência Configuração do custo 
1. De acordo com sua importância para 
a tomada de decisões: 
1. Custos relevantes. 
2. Custos irrelevantes 
3. De acordo com o tipo de sacrifício 
em que se incorreu. 
1. Custo desembolsavel. 
2. Custo de oportunidade. 
3. De acordo com a mudança originada 
 por um aumento ou diminuição na 
 actividade; 
1.Custos diferenciais para 
um aumento ou diminuição 
na actividade 
2. Custos incrementais. 
 
 
 
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 51 
 
UNIDADE Temática 2.3. O Custo do Produto 
Introução 
 
Em qualquer processo produtivo o objectivo é obter um bem com 
características diferentes das que inicialmente o mesmo apresentava. 
Pois, para o efeito são alocados no processo de transformação 
diversos recursos que somados trazem um valor agregado ao produto, 
o que chamos de custo do produto. É fundamental que este custos 
seja conhecido para diveresos fins, como por exemplo, o de controle, 
o de planificação, e.t.c. Nesta unidade falar-se-á dos elementos que 
integram o custo de um produto e da sua importância para a formação 
do preço de venda. 
 
 
 
 
Ao completar esta unidade, você deverá ser capaz de: 
 
 
Objectivos 
específicos 
 
▪ Conhecer os elementos que integram o custo de produção; 
▪ Determinar o Custo de um produto ou serviço; 
▪ Determinar o Custo Industrial dos Produtos Vendidos; 
▪ Elaborar e analisar a Demonstração de Resultados por Funções. 
 
 
Noções de Produção 
Os processos produtivos apresentam grandes diferenças entre si e os 
custos relevantes diferem de indústria para indústria. Importa, 
portanto, descrever os diferentes ambientes industriais e as 
implicações das diferentes especificidades ao nível dos conceitos de 
custo. 
 
 52 
 
Entendendo fabricação como a elaboração de produtos, ou seja a sua 
transformação, Silva (1991) e Pereira et al (1989) referem que a 
utilização de diversas operações para transformar as matérias-primas 
se define por fabricação complexa em justaposição a fabricação 
simples, quando se exige uma só operação. Se as operações se 
sucederem sem interrupções diz-se tratar-se de fabricação 
ininterrupta; se estiverem separadas por intervalos de tempo trata-se 
de fabricação por fases. 
Há empresas que fabricam um único produto (fabricação uniforme) e 
empresas que fabricam produtos distintos (fabricação múltipla), sendo 
que esta última pode ser conjunta ou disjunta (Silva, 1991). Se os 
diferentes produtos forem obtidos através do mesmo processo de 
fabrico diz-se tratar-se de fabricação múltipla conjunta. Se os produtos 
diferentes são obtidos através de processos de fabrico independentes, 
a fabricação denomina-se de múltipla disjunta. 
 
O custo de um produto é formado por tres elementos essenciais: a 
matéria prima consumida, a mão-de-obra directa e os gastos gerais de 
fabricação. 
1- Matérias-Primas - são as matérias que concorrem directamente 
na materialização do produto final (produto acabado). 
O consumo de matéria prima constitui um custo directo do produto, 
cujo montante dependerá da quantidade consumida e do respectivo 
custo unitário. Este custo unitário poderá incluir o custo de aquisição – 
considerando-se como tal todos os custos suportados até a chegada 
da matéria prima – bem como enventuais custos que se verifiquem 
internamente e que devam ser imputados às matérias antes de se 
regista a sua entrada em armazém. 
A quantidade consumida poderá ser calculada a partir das requisições 
feitas ao armazém de matérias, onde se deverá registar não só a 
quanidade requisitada, mas também o 
 
 53 
 
objecto de custeio em que vai ser incorporada. 
O valor a atribuir às matérias consumidades será função do custo e 
que se econtram registadas em inventário e do critério valorimétrico 
utilizado – FIFO (Firs In, First Out), LIFO (Last In, First Out), CMP (Custo 
Médio Ponderado), o outo que a empresa adopte. Portanto, qualquer 
um deles utiliza a fórmula seguinte,que permite calcular o Inventário 
Final ou Matéria Prima Consumida. 
 
Formula: 
 
 
As compras incluem o preço de factura e todos os gastos verificados 
com a aquisição dessa matéria. 
2- Mão-de-Obra Directa - são remunerações e respectivos encargos 
do pessoal que trabalha directamente na fábrica. 
3- Gastos Gerais de Fabrico/Produção - são todos os restantes 
gastos imputáveis ao processo de fabrico. Estes gastos são comuns, 
pelo que, quando se trata de vários produtos a fabricar, é necessário 
fazer a repartição utilizando vários critérios. 
 
• Custo Primo – é a soma do custo das matérias consumidas com 
a mão-de-obra directa. 
Custo Primo = MP +

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