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1 Universidade Nove de Julho – São Bernardo do Campo Beatriz de Paula | @plannedmed | FISIOPATOLOGIA I - Neoplasia = novo crescimento = neoplasmas. - Tumor = originalmente usado para chamar o edema causado pela inflamação, mas atualmente o termo se iguala a neoplasia. - Oncologia = estudo dos tumores e neoplasmas. - Uma neoplasia é uma massa anormal de tecido, cujo crescimento é excessivo e não coordenado com aquele dos tecidos normais, e persiste da mesma maneira excessiva após a interrupção do estímulo que originou as alterações. - Uma neoplasia pode ser definida como um distúrbio do crescimento celular que é desencadeado por uma série de mutações adquiridas que afetam uma única célula e sua progênie clonal. - As mutações causais fornecem às células neoplásicas uma vantagem de sobrevivência e de crescimento, resultando em proliferação excessiva que é independente de sinais fisiológicos de crescimento (autônoma). - Todos os tumores apresentam dois componentes básicos: 1) células neoplásicas clonais – que constituem o parênquima tumoral; 2) estroma reativo – feito de tecido conjuntivo, vasos sanguíneos e numerosos variáveis de células do sistema imune inato e adaptativo. - A classificação dos tumores e seu comportamento são baseados principalmente no componente parenquimatoso, mas seu crescimento e disseminação são criticamente dependentes do seu estroma. - Em alguns tumores, o tecido conjuntivo é escasso e a neoplasia é, então, macia e carnosa. - Em outros, as células do parênquima estimulam a formação de um estroma colagenoso e abundante, referido como desmoplasia. - Alguns tumores desmoplásicos são duros como pedra ou cirróticos (como em alguns cânceres de mama feminino). - Um tumor é benigno quando seus aspectos micro e macroscópicos são considerados relativamente inocentes, significando que ele permanece localizado, não se disseminará para outras áreas e geralmente pode ser removido por cirurgia geral. - A partir disso é compreensível que o paciente sobreviva, porém os tumores benignos podem causar morbidade significativa e até serem fatais. - Os tumores benignos são designados usando o sufixo -OMA ao nome do tipo de célula a partir do qual se origina. - São os tumores de células mesenquimais que que geralmente seguem essa regra. - Exemplos: tumor benigno originado nos tecidos fibrosos = fibroma; tumor benigno cartilaginoso = condroma. - A nomenclatura dos tumores epiteliais benignos é mais complexa, alguns são classificados de acordo com suas células de origem, outros no padrão microscópico e outros em sua arquitetura macroscópica. - O termo ADENOMA é aplicado a uma neoplasia epitelial benigna derivada de glândulas, apesar de poderem, ou não, formar estruturas glandulares. - Portanto, uma neoplasia epitelial benigna que surja de células dos túbulos renais que crescem 2 Universidade Nove de Julho – São Bernardo do Campo Beatriz de Paula | @plannedmed | FISIOPATOLOGIA I na forma de numerosas glândulas pequenas agrupadas é denominado ADENOMA. - Existem neoplasia benignas epiteliais que produzem projeções visíveis e invisíveis (macro e microscópicas), que são semelhantes a dedos ou verrucosas e que surgem a partir da superfície epitelial, são chamadas como PAPILOMAS. - As que formam grandes massas císticas, como no ovário, são chamadas como CISTADENOMAS. - Quando uma neoplasia, benigna ou maligna, produz uma projeção macroscópica (visível) acima da superfície mucosa, (na luz gástrica ou colônica, por exemplo), denomina-se PÓLIPO. - Caso o pólipo possua tecido glandular, ele é chamado de PÓLIPO ADENOMATOSO. A = pólipo colônico – um pólipo adenomatoso (glandular) se projeta para a luz colônica e se liga à mucosa por um pedículo distinto. B = aspecto macroscópico de vários pólipos colônicos. - São referidos coletivamente como câncer. - Podem invadir as estruturas adjacentes e se disseminar para áreas distantes (metastatizar), levando à morte. - A designação “maligno” sempre levanta uma bandeira vermelha, mas podem ser tratados cirurgicamente ou com quimio e radioterapia se descobertos precocemente. - Os tumores malignos que surgem em tecidos mesenquimais sólidos são chamados SARCOMAS (por exemplo: condrossarcoma, fibrossarcoma, leiomiossarcoma, rabdomiossarcoma). - Os tumores malignos que surgem de células formadoras se sangue são as LEUCEMIAS ou LINFOMAS (tumores de linfócitos e seus precursores). - Os tumores malignos com origem nas células epiteliais, derivados de qualquer uma das três camadas germinativas, são denominados CARCINOMAS – câncer que surge na epiderme de origem ectodérmica, câncer surge nas células dos túbulos renais derivados da mesoderme e nas células do revestimento do trato gastrointestinal derivados da endoderme. - CARCINOMA DE CÉLULAS ESCAMOSAS = é um câncer em que as células tumorais lembram o epitélio escamoso estratificado. - ADENOCARCINOMA = é um câncer em que as células epiteliais neoplásicas crescem em um padrão glandular. - Alguns cânceres podem ser compostos por células de origem tecidual desconhecida, sendo designado como um TUMOR MALIGNO INDIFERENCIADO. - Na maioria das neoplasias, benignas ou malignas, as células parenquimatosas se assemelham entre si. - A diferenciação de um único clone neoplásico cria um tumor misto, como o tumor misto de glândula salivar. - Esses tumores apresentam componentes epiteliais esparsos em meio a um estroma mixoide, que pode conter cartilagem ou osso. 3 Universidade Nove de Julho – São Bernardo do Campo Beatriz de Paula | @plannedmed | FISIOPATOLOGIA I - Esse tumor misto da glândula parótida contém células epiteliais formando ductos e estroma mixoide que se assemelha a cartilagem. - São denominados ADENOMA PLEOMÓRFICO, pois surgem de um único clone capaz de produzir tanto células epiteliais quanto mioepiteliais. - Os tumores geralmente apresentam células de uma única camada germinativa. - Porém, o tumor chamado TERATOMA, contém células maduras ou imaturas ou tecidos de mais de uma camada germinativa, podendo ser até das 3. - O teratoma se origina de células totipotentes (que são capazes de diferenciarem-se em todos os tecidos que formam o corpo humano), normalmente presente nos ovários e nos testículos ou nos restos embrionários anormais na linha média. - Por sua capacidade de diferenciação, podem gerar neoplasias que contêm desordenadamente osso, epitélio, músculo, gordura, nervo e outros tecidos. - Por exemplo: TERATOMA CÍSTICO OVARIANO (CISTO DERMOIDE), ele se diferencia em linhagens ectodérmicas para criar um tumor cístico revestido de pele e repleto de pelos, glândulas sebáceas e dentes. A = aspecto macroscópico de um teratoma cístico aberto do ovário – observe a presença de cabelo, material sebáceo e dentes. B = uma visão microscópica de um tumor semelhantes mostra a pene, glândulas sebáceas, células adiposas e um feixe de tecido neural (na seta). - Tumores benignos e malignos podem ser distinguidos a partir de características anatômicas e histológicas. - Os tumores malignos tendem a crescer mais rapidamente, mas existem exceções. DIFERENCIAÇÃO E ANAPLASIA - DIFERENCIAÇÃO = refere-se à extensão com que as células do parênquima neoplásico se assemelham às células parenquimatosas normais correspondentes (morfológica e funcionalmente). - A falta de diferenciação é denominada ANAPLASIA. - Em geral, os tumores benignos são BEM DIFERENCIADOS. - A célula neoplásica de um tumor benigno de adipócitos (lipoma) pode ser tão semelhante à célula normal que se torna impossível reconhecer o tumor através da análise microscópica das células individuais. Somente o crescimento dessas células formando uma4 Universidade Nove de Julho – São Bernardo do Campo Beatriz de Paula | @plannedmed | FISIOPATOLOGIA I massa distinta revela a natureza neoplásica da lesão. - Exemplo de um leiomioma do útero. Esse tumor benigno bem diferenciado contém feixes entrelaçados de células musculares lisas neoplásicas que são praticamente idênticas na aparência em relação as células musculares lisas normais no miométrio. - Exemplo de tumor benigno (adenoma) de tireoide. Observe os folículos normais (bem diferenciados) da tireoide preenchidos de coloide. - As neoplasias malignas exibem grande diferenciação das células parenquimatosas, a maioria exibe alterações morfológicas que traem sua natureza maligna. - Em geral, os tumores malignos são POUCO DIFERENCIADOS/INDIFERENCIADOS. - Mas existem exceções. - Certos adenocarcinomas bem diferenciados da tireoide formam folículos de aspecto normal, já alguns carcinomas de células escamosas contêm células que parecem idênticas às células epiteliais escamosas normais. - Dessa forma, a distinção dos tumores malignos bem diferenciados e os tumores benignos pode ser bastante sutil. - Existem também tumores que exibem pouca ou nenhuma evidência de diferenciação (indiferenciados). - Entre essas duas extremidades de diferenciação existem também os tumores que são moderadamente indiferenciados. - Tumor maligno (adenocarcinoma) do cólon. Observe que, comparado com as glândulas normais bem diferenciadas, características de um tumor benigno, as glândulas cancerígenas apresentam formato e tamanho irregulares e não se assemelhando às glândulas colônicas nromais. Esse tumor é considerado diferenciado porque a formação da glândula pode ser observada. As glândulas malignas invadiram a camada muscular do cólon. - Carcinoma de células escamosas bem diferenciado da pele. As células tumorais são 5 Universidade Nove de Julho – São Bernardo do Campo Beatriz de Paula | @plannedmed | FISIOPATOLOGIA I bem semelhantes às células epiteliais escamosas normais, com pontes intercelular e ninhos de pérolas de ceratina (seta). - Tumor anaplásico mostrando a variação no tamanho e na forma da célula e do núcleo. A célula de destaque no campo central possui um fuso tripolar anormal. - Neoplasia malignas que são compostas por células pouco diferenciadas (mesma coisa que indiferenciadas) são denominados ANAPLÁSICAS. - A falta de diferenciação (anaplasia) está associadas a muitas alterações morfológicas: 1) PLEOMORFISMO = células cancerígenas sempre mostram pleomorfismo – uma variação no tamanho e na forma. Portanto, as células dentro de um mesmo tumor não são uniformes, mas variam desde células pequenas indiferenciadas, até células tumorais gigantes. - Uma célula tumoral gigantes pode apresentar um único núcleo gigante polimórfico ou dois ou mais grandes núcleos hipercromáticos. - Tumor pleomórfico do músculo esquelético (rabdomiossarcoma). Observe o pleomorfismo celular e nuclear marcado, os núcleos hipercromáticos e as células gigantes tumorais. 2) MORFOLOGIA NUCLEAR ANORMAL = os núcleos são desproporcionalmente grandes para a célula. - A forma do núcleo é variável e irregular e a cromatina está agrupada de forma desordenada com uma coloração mais escura (hipercromática). - Nucléolos anormais grandes também são observados. 3) MITOSES = são indicativas de crescimento celular rápido. Assim, as células em mitoses são muito observadas em tecidos normais que apresentam rápida renovação (como o revestimento epitelial do intestino e as proliferações não neoplásicastais como as hiperplasias). - Presença de mitose não significa que um tumor seja maligno ou que o tecido seja neoplásico. - A característica importante de malignidade são as figuras mitóticas atípicas, bizarras, com fusos tripolares, quadripolares ou multipolares. 4) PERDA DE POLARIDADE = a orientação das células anaplásicas é significativamente alterada. - Grandes massas de células tumorais crescem de maneira desorganizada. 5) OUTRAS ALTERAÇÕES = células tumorais em crescimento precisam de suprimento sanguíneo, mas o estroma vascular é escasso para essas células, resultando em grandes áreas centrais de necrose isquêmica nos tumores malignos de crescimento rápido. 6 Universidade Nove de Julho – São Bernardo do Campo Beatriz de Paula | @plannedmed | FISIOPATOLOGIA I - As neoplasias benignas e carcinomas bem diferenciados de glândulas endócrinas secretam hormônios característicos de sua origem. - Esses níveis aumentados de hormônios no sangue servem para detectar e acompanhar esse tumores. - Por exemplo: carcinomas de células escamosas bem diferenciados da epiderme sintetizam creatina e carcinomas hepatocelular bem diferenciados produzem bile. - As células altamente anaplásicas e indiferenciadas, não importa qual seja seu tecido de origem, perdem sua semelhança com as células normais das quais se originam. - Alguns tumores podem apresentar inesperadas funções. - Por exemplo: os carcinomas broncogênicos podem produzir corticotropina, um hormônio semelhante ao da paratireoide, insulina, glucagon e outros hormônios, o que pode dar origem às síndromes paraneoplásicas. - Os tumores anaplásicos de rápido crescimento possuem menor probabilidade de apresentarem atividade funcional especializada. - TUMORES BENIGNOS = células bem diferenciadas, ou seja, que se assemelham às células normais de origem. - TUMORES MALIGNOS = as células podem ser menos ou mais diferenciadas, mas algum grau de distúrbio de diferenciação sempre está presente. METAPLASIA - Substituição de um tipo celular por outro tipo celular. - Quase sempre é encontrada em associação com os processos de dano, reparo e regeneração teciduais. - É o tipo celular amis adaptado a alguma alteração do ambiente. - Por exemplo: o refluxo gastresofágico danifica o epitélio escamoso do esôfago, levando à sua substituição por epitélio glandular, mais adaptado a um ambiente ácido. DISPLASIA - Crescimento desordenado. - Encontrada principalmente em epitélios. - Caracterizada por alterações que incluem a perda da uniformidade das células individuais e perda da sua orientação arquitetural (a arquitetura do tecido é desordenada). - Células displásicas podem exibir pleomorfismo (várias formas) considerável e núcleos hipercromáticos grandes. -- Quando as alterações displásicas são marcantes e envolvem toda a espessura do epitélio, mas não a lesão não penetra na membrana basal, é considerada uma NEOPLASIA PRÉ-INVASIVA, denominada CARCINOMA IN SITU. - Quando as células tumorais rompem a membrana basal, diz-se que o tumor é INVASIVO. - Displasias leves a moderadas podem ser completamente reversíveis. - Embora a displasia possa ser uma precursora da transformação maligna, ela nem sempre progride para o câncer. - Nem todos os epitélios metaplásicos são displásicos. 7 Universidade Nove de Julho – São Bernardo do Campo Beatriz de Paula | @plannedmed | FISIOPATOLOGIA I A = carcinoma in situ. O epitélio é completamente substituído por células displásicas atípicas. Não há diferenciação ordenada de células escamosas. A membrana basal está intacta e não há nenhum tumor no estroma subepitelial. B = mostra falha de diferenciação normal, pleomorfismo nuclear e celular marcado e várias figuram mitóticas que se estendem em direção à superfície. - O crescimento dos cânceres é acompanhado por infiltração progressiva, invasão e destruição do tecido circundante. - Os tumores benignos crescem como massas expansivas coesas que permanecem em seu local de origem e não possuem capacidade para se infiltrar, invadir ou formar metástase em áreas distantes. - Os tumores benignos crescendoe se expandem lentamente e geralmente desenvolvem um contorno de tecido fibroso comprimido, algumas vezes referido como uma cápsula que se os separam do tecido hospedeiro. - Essa encapsulação não evita que o tumor cresça, mas cria um plano tecidual que torna o tumor bem definido, facilmente palpável, não fixo e removível cirurgicamente. - Exceção: hemangiomas, são neoplasia compostas por vasos sanguíneos entrelaçados e não são encapsulados, o que pode fazer com que seja irressecáveis. - Fibroadenoma de mama. Pequeno tumor castanho encapsulado demarcado do tecido mamário mais branco. - Vista microscópica do Fibroadenoma de mama. A capsula fibrosa (à direita) delimita o tumor do tecido. - Já os tumores malignos são pouco demarcados e não há um plano de clivagem bem definido. - Alguns tumores malignos de crescimento lento podem formar uma cápsula fibrosa aparente, que pode empurra a frente tumoral em direção às estruturas normais adjacentes. - São chamadas massas pseudoencapsuladas, que mostram fileiras de células penetrando a margem e infiltrando as estruturas ao lado, padrão de crescimento em forma de caranguejo. - Corte de um carcinoma ductal invasivo de mama. A lesão fica retraída, infiltrando a substâncias mamária circundante, e se mostra dura como pedra mediante a palpação. 8 Universidade Nove de Julho – São Bernardo do Campo Beatriz de Paula | @plannedmed | FISIOPATOLOGIA I - Vista microscópica de pequeno aumento de câncer de mama invasivo. Observe as bordas infiltrantes irregulares sem uma cápsula bem definida e intensa reação estromática. - A capacidade de invasão é a característica mais confiável para diferenciar um tumor maligno de um tumor benigno. - A maioria dos tumores malignos não reconhece limites e é esperado que penetrem a parede do cólon ou do útero ou perfurem superfícies cutâneas. - Isso torna sua ressecção difícil ou impossível, sendo necessário remover uma margem considerável de tecidos aparentemente normais adjacentes, a fim de garantir a remoção completa. - Os cânceres epiteliais in situ mostram características citológicas de malignidade sem a invasão da membrana basal. Isso pode ser considerado uma etapa anterior do câncer invasivo, com o tempo, penetrarão a membrana basal e invadirão o estroma subepitelial. - É definida pela propagação de um tumor para áreas que são fisicamente descontínuas com o tumor primário. - Marca um tumor maligno. - A invasividade dos tumores malignos permite que penetrem vasos sanguíneos, linfático e cavidade corpóreas, promovendo oportunidade para a disseminação. - Todos os tumores malignos podem formar metástase. - A probabilidade um tumor primário formar metástase está correlacionada à falta de diferenciação, invasão local agressiva, crescimento rápido e tamanho grande. - Porém, alguns tumores bem diferenciados, pequenos e de crescimento lento também podem formar metástase. - A disseminação dos cânceres pode ocorrer através de três vias: 1) Implante direto nas cavidades ou superfícies corpóreas; 2) Disseminação linfática; 3) Disseminação hematológica. IMPLANTE EM CAVIDADES E SUPERFÍCIES CORPÓREAS - Pode ocorrer sempre que uma neoplasia maligna penetra em um campo aberto natural sem barreiras físicas. - A cavidade peritoneal é o local mais frequentemente envolvido. - Essa implantação é característica de carcinomas que se originam nos ovários, e que se espalham para superfícies peritoneais que se 9 Universidade Nove de Julho – São Bernardo do Campo Beatriz de Paula | @plannedmed | FISIOPATOLOGIA I tornam recobertas por uma pesada camada vítrea do tumor maligno. - Carcinoma de cólon invadindo o tecido adiposo pericolônico. DISSEMINAÇÃO LINFÁTICA - O transporte através dos vasos linfáticos é a vida mais comum para a disseminação dos carcinomas. - O padrão de acometimento dos linfonodos segue as rotas naturais de drenagem linfática. - Como os carcinomas de mama geralmente surgem nos quadrantes superiores externos, eles geralmente se disseminam primeiro para os linfonodos axilares. - Já os cânceres dos quadrantes internos drenam para os linfonodos ao longo das artérias mamárias internas. - Linfonodo axilar com carcinoma de mama metastático. Observe os agregados de células tumorais dentro da substância do linfonodo e do sinusóide linfático dilatado. - É importante uma biópsia dos LINFONODOS SENTINELAS, que é o primeiro linfonodo em uma cadeia linfática regional que recebe o fluxo da linfa quem vem do tumor primário. - O mapeamento desse linfonodo pode ser feito com corantes. DISSEMINAÇÃO HEMATOGÊNICA - Nessa disseminação vascular, diversos fatores influenciam os padrões de distribuição das metástases. - As artérias são menos prontamente invadidas do que as veias. - Com a invasão venosa, as células produzidas pelo sangue seguem o fluxo venoso de drenagem do local da neoplasia, enquanto as células tumorais se detêm no primeiro leito capilar que encontram. - O fígado e os pulmões estão mais frequentemente envolvidos em tal disseminação, porque toda a drenagem da área portal flui para o fígado e todo o sangue da veia cava flui para os pulmões. - Um fígado cravejado com câncer metastático. 10 Universidade Nove de Julho – São Bernardo do Campo Beatriz de Paula | @plannedmed | FISIOPATOLOGIA I - Metástase pulmonar. Um adenocarcinoma do cólon formou um nódulo metastático no pulmão. - DEPÓSITOS SECUNDÁRIOS = METÁSTASE.