Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CENTRO DE TECNOLOGIA E GEOCIÊNCIAS ELETROTÉCNICA GERAL - TURMA E4 Erick Patrick Leite Gomes Heitor Rennan Interaminense Silva Diego Celestino do Nascimento Silva José Eduardo da Cunha Silva Gabriel José Ferreira dos Santos Memorial Descritivo: Projeto de Instalação Elétrica Residencial Dezembro,2021 Recife,PE 2 SUMÁRIO: 1.INTRODUÇÃO…………………………... …………………………………… 3 2.CÁLCULO DA ILUMINAÇÃO…………. 2.1.Sala…………………………………... 2.2.Suíte Master………………………… 2.3. Resultados…………………………. …………………………………… …………………………………… …………………………………… …………………………………… 4 4 6 7 3.Dimensionamento do cabo de alimentação……………………………….. 3.1.Método de capacidade de corrente……………………………………. 3.2.Método da queda de tensão…….. 3.3.Método do curto-circuito………… 3.4.Resultados…………………………. …………………………………… …………………………………… …………………………………… …………………………………… …………………………………… 7 8 10 11 12 APÊNDICE A………………………………. …………………………………… 14 APÊNDICE B………………………………. …………………………………… 15 3 1.INTRODUÇÃO O Projeto em questão foi introduzido pela professora Maria Antonieta da turma de eletrotécnica da turma-E4, que consiste em fazer um projeto elétrico residencial , aqui vamos detalhar os cálculos do método de iluminação,para 2 cômodos (sala e suíte master), e o dimensionamento do cabo de alimentação, pelos métodos da corrente , queda de tensão e método do curto-circuito. Previamente já foi feito: ● Organizado as posições das tomadas, interruptores e lâmpadas dos demais cômodos; ● Quadro de cargas(apêndice A) e organizado os circuitos; ● Ligar as tomadas,interruptores e lâmpadas ao quadro de cargas; ● O balanceamento de carga das 3 fases(apêndice B). 4 2.Cálculo da iluminação: Métodos dos lúmens O método dos lúmens é um método usado para dimensionar a iluminação em ambientes baseado nas características do espaço e no fluxo luminoso que proporcione um ambiente agradável para o usuário. Munido da equação : ϕ = 𝐸*𝑆µ*𝑑 onde: : É o fluxo luminoso em lúmensϕ E: Iluminância em lux S: Área do ambiente em m² : Fator de utilizaçãoµ d: Fator de depreciação E usando as tabelas adequadas faremos os cálculos para os ambientes a seguir. 2.1- Sala: Dados do ambiente e da instalação ( Iluminância = 35 lux; área = 8,25 m²; pé direito = 3,10 m). A iluminação foi definida como indireta, distância do chão ao foco luminoso de 3,10 m, largura e comprimento 2,75 X 3,00 m, assim usando a tabela da figura seguir encontramos o índice I. figura 1- Tabela de índice do local (JULIO NISKIER,2000) 5 Outro dado que faremos uso é a de que usaremos teto branco e paredes claras, assim podemos checar a reflectância do ambiente através da tabela de reflectância e acharemos 75% e 30% respectivamente. figura 2 - Refletância paredes e tetos (JULIO NISKIER,2000) Com esses dados em mãos e sabendo que usaremos a luminária de número 7, usando a seguinte figura, achando o coeficiente 0,17 e o fator de depreciação 0,70. figura 3 - coeficiente de utilização (JULIO NISKIER,2000) Assim com todos os dados em mãos podemos resolver o fluxo luminoso. ϕ = 𝐸*𝑆µ*𝑑 ⇒ ϕ = 35*8,25 0,17*0,70 = 2426, 47 𝑙𝑢𝑚𝑒𝑛𝑠 6 E por fim o número de lâmpadas, escolhendo uma lâmpada led 18w de potência que tem um fluxo de 1800 lumens. 𝑁 = ϕϕ𝑙â𝑚𝑝𝑎𝑑𝑎 ⇒ 2426 1800 = 1, 348 𝑙â𝑚𝑝𝑎𝑑𝑎𝑠; 𝑎𝑝𝑟𝑜𝑥𝑖𝑚𝑎𝑛𝑑𝑜 = 2 𝑙â𝑚𝑝𝑎𝑑𝑎𝑠 2.2- Suíte master: Dados do ambiente e da instalação ( Iluminação 30 lux; área= 7,7 m²; pé direito= 3,10 m). Repetiremos os passos anteriores com os dados da suíte master, iluminação definida como direta, distância do chão ao foco luminoso de 2,75m, isso se deve ao fato de usarmos a luminária número 6, que por sua vez tem uma distância do teto que pode variar numa faixa de 35 a 45 centímetros, onde encolhemos 35 cm. A largura e comprimento da suíte são 2,75 X 2,80m. Usando a tabela da figura 1 novamente encontramos o índice J. Na suíte será adotada teto branco e paredes claras, portanto pela figura 2 teremos a refletância 75% e 30% respectivamente. com isso e sabendo que usaremos a luminária 6, usando a figura 3 vemos que o coeficiente de utilização é 0,19 e o fator de depreciação é 0,70. Assim com os dados em mãos podemos resolver o fluxo luminoso. ϕ = 𝐸*𝑆µ*𝑑 ⇒ ϕ = 30*7,7 0,19*0,70 = 1736, 84 𝑙𝑢𝑚𝑒𝑛𝑠 E por fim o número de lâmpadas, escolhendo uma lâmpada led 18w de potência que tem um fluxo de 1800 lumens: 𝑁 = ϕϕ𝑙â𝑚𝑝𝑎𝑑𝑎 ⇒ 1736 1800 = 0, 96 𝑙â𝑚𝑝𝑎𝑑𝑎𝑠; 𝑎𝑝𝑟𝑜𝑥𝑖𝑚𝑎𝑛𝑑𝑜 = 1 𝑙â𝑚𝑝𝑎𝑑𝑎𝑠 7 2.3 - Resultados De acordo com o dimensionamento feito nas seções anteriores, ficamos com os seguintes resultados: -Sala: 2 lâmpadas de 18w -Suíte master: 1 lâmpada de 18w O posicionamento das lâmpadas tem que ficar de forma que não cause penumbra nem ofuscamento no cômodo em questão, portanto temos que organizá-las de forma homogênea. Portanto para a sala tivemos 2 lâmpadas para organizá las ,escolhemos posicioná-las de forma que fiquem centralizadas de forma verticalmente,assim medimos a largura que é de 275 cm e colocamos no centro a 150 cm da parede da esquerda e da direita, logo após medimos o comprimento que é de 300 cm e dividirmos por 2 logo 150 cm que será o distanciamento das duas lâmpadas e a metade de 150 cm , que é 75 cm, para a distância das lâmpadas para a parede mais próximas. Já a da suite master como a somente 1 lâmpada basta posicionarmos no meio do cômodo, 137,5 largura e 140 de comprimento das paredes. 3 - Dimensionamento do cabo de alimentação O dimensionamento do cabo de alimentação desse projeto foi realizado levando em consideração os seguintes métodos: Método da Corrente, Método da Queda de Tensão e do Método do Curto-Circuito, como referenciado no livro de Instalações Elétricas Industriais (MAMEDE FILHO, 2007). Os Dados Usados na aplicação dos métodos foram: ● Tipo de isolação: EPR ● Maneira de instalar n° 34, método utilizado como referência B2: Cabo multipolar em canaleta fechada embutida no piso (figura 4); ● Circuito trifásico balanceado; ● Fator de potência :Cos( )=1θ ● Temperatura do solo: 35°C; ● Resistividade do condutor de cobre: ⍴ = 1/56; ● Queda de tensão admitida pelo projeto: Δv = 2%; ● Tensão entre fases: Vff = 380 V; ● Corrente simétrica de curto-circuito trifásica: ICS = 3,5 kA; 8 ● Tempo de eliminação de defeito: Te = 0,3 segundos; ● 3 circuitos trifásico na canaleta. Utilizamos os dados sobre a potência total do projeto de 22962 W (Pc) carregada e a distância do quadro de distribuição até o medidor 12,1349 m (Lc). Figura 4 - Modo de instalação (MAMEDE FILHO,2017) Vamos calcular os 3 métodos e iremos pegar a situação mais crítica e usar a maior seção do condutor calculada dos 3 métodos. 3.1- Método de capacidade de corrente: 1° Passo: Cálculo da corrente nominal (Inm) 𝐼𝑛𝑚 = 𝑃𝑐 3 * 𝑉𝑓𝑓*𝐶𝑜𝑠(θ) = 22962 3 * 380 * 1 ≃ 34, 887 𝐴 2º Passo: Correção da corrente É necessário realizar a correção de temperatura e de agrupamento de circuitos. Com a temperatura ambiente de 35 °C, para um condutor com isolação EPR, encontra-se um fator de correção k1 = 0,89, de acordo com a tabela da figura 5. O valor utilizado é de 3 cabos multipolares para seleção do fator de correção por agrupamento, com um fator k2 = 0,70 obtido segundo a tabela da figura. A corrente corrigida é: 𝐼𝑐 = 𝐼𝑛𝑚𝐾1 * 𝐾2 = 34,887 0,71 * 0,89 ≃ 55, 998 𝐴 Figura 5 - Tabela de fatores de correção para temperatura (MAMEDE FILHO,2017) 9 Figura 6 - Tabela de fatores de correção do agrupamento de circuitos (MAMEDE FILHO, 2017) 3º Passo : Escolha da seção do condutor de fase 10 A partir da tabela da figura, a seção do condutor de fase pode ser obtida a partir da corrente definida após as correções. Como a corrente calculada não tem valor, um valor mais alto é escolhido para garantir a segurança,portanto a bitola pelo método da corrente é de 10 mm² Figura 7 - Tabela de capacidade de condução de corrente de acordo com a seção e o método de referência (MAMEDE FILHO, 2017). 3.2- Método da queda de tensão: Calcularemos para uma queda de tensão de 2%,considerando trifásico, condutor de cobre, comprimento do condutor de 12,1349 m, corrente não corrigida ou nominal de 34,887 A, com esses dados em mãos podemos usar a fórmula do método da queda de tensão e descobrir a bitola. 𝑆𝑐 = 100* 3*ρ*𝐿*𝐼𝑛∆𝑣*𝑉𝑓𝑓 ⇒ 𝑆𝑐 = 100* 3* 156 *12,1349*34,887 2*380 = 1, 722 𝑚𝑚²; 𝑎𝑝𝑟𝑜𝑥𝑖𝑚𝑎𝑛𝑑𝑜 = 2, 5 𝑚𝑚² Pela tabela vemos que a seção de 1,722 mm² não existe, a mais próxima é a seção de 2,5 mm² Figura 8 - Tabela de capacidade de condução de corrente de acordo com a seção e o método de referência (MAMEDE FILHO, 2017). 11 3.3- Método do curto-circuito: Calculando para uma corrente de curto-circuito de 3,5 kA, tempo de eliminação de defeito de 0,3 s Tf=250°C e Ti= 90°C, onde Tf e Ti são valores tabelados específicos para a temperatura de funcionamento limite e adequadas da isolação (EPR) e do condutor. 𝑆𝑐 = 𝑇𝑒*𝐼𝑐𝑠 0,34* 𝑙𝑜𝑔( 234+𝑇𝑓234+𝑇𝑖 ) ⇒ 𝑆𝑐 = 0,3*3,5 0,34* 𝑙𝑜𝑔( 234+250234+90 ) = 14, 587 𝑚𝑚²; 𝑎𝑝𝑟𝑜𝑥𝑖𝑚𝑎𝑛𝑑𝑜 16𝑚𝑚² Como não há uma seção de 14,587 mm² usamos 16 mm² 12 Figura 9 - Tabela de capacidade de condução de corrente de acordo com a seção e o método de referência (MAMEDE FILHO, 2017). 3.4- Resultados: A partir dos 3 métodos obtivemos 3 diferentes valores de seção: -Método de capacidade de corrente (10 mm²) -Método da queda de tensão (2,5 mm²) -Método do curto-circuito (16 mm²) A partir de critérios de segurança escolhemos o método que fornece a maior seção, no nosso caso o método do curto-circuito, por este motivo a seção do condutor será de 16 mm². Com esse resultado em mãos podemos agora descobrir os valores para o neutro e o fio de proteção a partir da seção do condutor. Figura 10 - Tabela da seção do condutor neutro (MAMEDE FILHO, 2017). 13 Figura 11 - Tabela da seção do condutor proteção (MAMEDE FILHO, 2017). Assim temos o nosso resultado final para o dimensionamento do condutor, neutro e da proteção. -Fase (16 mm²) -Neutro (16 mm²) -Proteção (16 mm²) 14 APÊNDICE A - QUADRO DE CARGAS 15 APÊNDICE B-BALANCEAMENTO DAS FASES