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Trabalho_Amédica Latina e Sustentabilidade

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UNIVERSIDADE DO VALE DO RIO DOS SINOS
ATIVIDADE ACADÊMICA DE AMÉRICA LATINA, DESENVOLVIMENTO E SUSTENTABILIDADE
TRABALHO 1 
1. Como o bem viver indígena (sumak kawsay) trazido no material de apoio pode tensionar o nosso modo de viver e que valores de vida se colocam como prioridade?
O bem viver nos convida a olhar a vida de uma nova perspectiva, a se valoriza as coisas mais simples, possibilitando viver em plenitude, ressignificando muitas coisas que, pelo estilo de vida que temos, passam despercebidas.
Duas coisas são centrais: o sentido de pertença à natureza e o sentido da comunidade: Para construir o Bem Viver (sumak kawsay), devemos pensá-lo para todos, ou seja, para o coletivo, a onde as injustiças, os privilégios, a desigualdade não caibam, diferentemente do modelo capitalista em que estamos inseridos, que concentra os bens e as riquezas em uma amostra da sociedade, promovendo a desigualdade social. Conforme afirma Esperanza Martínez (2010):
O sumak kawsay é conjugado no plural. Para os povos indígenas, a plenitude é construída na comunidade, diferentemente do culto ao individualismo próprio do capitalismo. A consciência da responsabilidade individual é importante, mas não suficiente. Para que seja realmente transcendente, requerem-se mudanças coletivas. Mudanças que recuperem os saberes, superem as desigualdades, construam-se na diversidade e no respeito. Que reconheçam, por exemplo, que, na regeneração e na manutenção da vida, são as mulheres, as agricultoras e as índias que mantêm esses ciclos em condições de absoluta desigualdade.
Já a natureza, é enxergada apenas como fonte de exploração, da onde buscamos insumos para satisfazer as nossas "necessidades". E o bem viver nos leva a retomar essa relação de nós mesmos com a natureza, cujos vínculos não estão quebrados, fazendo-nos perceber que ela está viva e que sua riqueza está em sua biodiversidade com as infinitas possibilidades de interação.
Desta forma, o Sumak Kawsay é a harmonia sociocultural entre o indivíduo e o coletivo, e a harmonia entre os seres humanos e a natureza da qual somos parte integrante.
2. Qual o sentido que tem o conceito de "olhar enviesado" trazido na coluna de Milton Santos? Comente.
A utilização desse conceito "olhar enviesado", está fazendo uma crítica de como a questão negra é tratada de forma ambígua no Brasil.
Desde o início da história econômica no país, os negros são tratados com desigualdade. No período escravocrata foram vistos como objeto (máquina de trabalho e produto mercantil de grande valor), desprovidos da condição humana, sendo peça central dentro do processo produtivo e somente após a assinatura da Lei Áurea, a escravidão foi abolida. No entanto, após este ocorrido não se teve nenhuma preocupação voltada para a inserção dos negros na sociedade, a onde se enxerga os reflexos desse período, até os dias atuais. 
Quando Milton Santos afirma - no vídeo disponibilizado no módulo - brasileiros integrais, é nele que devemos estar independentes da nossa origem étnica, sem sermos olhados enviesadamente em função da origem étnica, ele se refere justamente a essa “herança” na qual os negros foram sujeitados na época da escravidão, pois mesmo com os seus direitos assegurados na constituição federal do Brasil: Artigo 5º. Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes”, os reflexos da desigualdade são visíveis e inquestionáveis até os dias de hoje.
3. Como pessoal, política e socialmente podemos enfrentar propositivamente o preconceito e a exclusão racial e social? Como podemos exercitar este "colocar-se no lugar do outro"?
Acho que o exercício de se colocar no lugar do outro é essencial diante do preconceito e a exclusão racial e social e mais do que isso, a posição que temos nessas situações, que tem grande impacto perante a causa.
Apesar das iniciativas de promoção da igualdade racial terem conquistado mais espaço na sociedade, ainda assim, não é possível afirmar que a luta acabou, mas sim que estamos no caminho certo para um mundo melhor, sendo necessário que essas iniciativas tenham continuidade e ampliação, produzindo a consciência na população. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os negros representam 70% do grupo abaixo da linha da pobreza e isso só mostra a disparidade entre os negros e os brancos, devido todo o contexto histórico. Diante desse fato, como já disse Milton Santos, a luta dos negros só terá eficácia se for envolvido todos os brasileiros, inclusive os negros, mas não só eles.

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