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2 
 
Dr. Marcio Bontempo 
 
 
 
IMUNIDADE 
 Total 
 
Manual prático e orientação médica para a proteção da 
saúde e resistência do organismo contra vírus e doenças em 
geral 
 
Inclui suplementos e alimentos especiais 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
Sumário 
 
Sobre o autor (por eu mesmo) 
Introdução - um manual de proteção da saúde em época de 
pandemia viral 
O que é imunidade e como funciona o mecanismo de 
defesa do organismo 
Intestinos, função intestinal e imunidade 
Fatores que prejudicam a nossa imunidade 
Fatores, recursos e ações que aumentam a imunidade e 
protegem o organismo 
A origem do conceito de adaptogenicidade e os fármacos 
sintomáticos 
 O advento dos fármacos inteligentes 
Imunomodulação – a chave do equilíbrio imunológico até agora 
mal compreendida 
Os super alimentos campeões da imunidade 
Suplementos nutricionais especiais para elevar a imunidade 
Uma fórmula sinérgica ideal para promover a imunidade e 
proteger o organismo 
A importância da atividade física e a imunidade 
Exercícios simples e eficientes para aumentar a imunidade 
Palavras finais 
Bibliografia 
 
 
 
4 
 
 Sobre o autor, por eu mesmo 
 
Geralmente quando lanço um livro, a editora toma a iniciativa de 
colocar um meu currículo como autor, currículo esse já previamente 
preparado. 
Mas para este livro resolvi em mesmo me apresentar, sem oferecer 
uma lista de formações, cursos, trabalhos, obras, publicações, etc. 
Preferi dirigir-me diretamente ao leitor(a) e me apresentar de modo 
mais pessoal, com alguma informação profissional, mesmo porque, 
quando alguém adquire um livro, sente-se mais confortável com um 
contato mais próximo e com algo mais sobre quem realizou o 
trabalho. 
Eu sou Marcio Bontempo, médico, especialista em saúde pública, 
com pós-graduação em Nutrologia, Practioner em Medicina 
Biomolecular e outras coisas, mas penso que estes dados já são 
suficientes para me apresentar e dar segurança ao leitor sobre o 
tema a ser discorrido adiante, que se refere a essa obscura área da 
medicina que é a imunidade. Além de ter sido Naturopata, antes de 
cursar a medicina convencional, pratiquei a acupuntura e a 
homeopatia. Sou autor de obras relacionadas à saúde e publiquei já 
diversos trabalhos científicos. Toda a minha vida profissional foi 
pautada na busca de um modelo médico mais humano, mais 
inteligente, mais eficiente, menos agressivo e menos ligado a 
interesses obscuros, sejam estes relacionados à indústria 
farmacêutica ou aos lobbies corporativistas da medicina oficial. 
Obviamente tal postura custou-me dezenas de processos éticos e 
por diversas vezes estive à beira de perder meu direito de exercer a 
medicina. Parece que verdades não podem ser ditas, sob o risco de 
sermos classificados como charlatães, ou “pseudocientistas”. Não 
me importo de fato, pois ao longo de 4 décadas exercendo minha 
profissão, sempre tive a minha consciência tranquila, por aplicar e 
respeitar o juramento de Hipócrates, cujo lema principal é a 
compaixão pelos pacientes e a busca do melhor da ciência pelo bem 
e pela saúde das pessoas. E posso até arriscar dizer que sinto-me 
honrado por ter sido perturbado pelo sistema médico vigente, pois a 
história da Medicina mostra que justamente aqueles que mais 
contribuíram para o avanço da ciência médica foram os mais 
5 
 
perseguidos e, muitos execrados, por descobertas que hoje são 
pilares da medicina convencional, como Pasteur; Sommelweiss; 
Samuel Hahnemann; nosso Carlos Chagas (não foi indicado para o 
Premio Nobel de Medicina por inveja de seus pares, no caso 
“ímpares”), talvez o mais injustiçado; Willian Harvey, que demonstrou 
a circulação sanguínea, como ela é hoje conhecida e ensinada, numa 
época em que os médicos juravam de pés juntos que pelas artérias 
não passava sangue, mas ar (de arterium, do latim, canal de ar). 
Os tempos mudaram, mas apesar do avanço científico, persiste a 
refratariedade a ideias e teorias novas, como atavismo medieval, 
vigorando na mente daqueles que tem dificuldade de enxergar a 
dinâmica do universo e da vida. Ocorre, no entanto, que estamos 
diante de um novo paradigma na Ciência em geral, principalmente na 
medicina, onde a visão cartesiana, materialista e analítica, está 
cedendo espaço para o pensamento sistêmico (antes chamado de 
“holístico”). E vivemos grande parte dessa revolução aos avanços da 
Física Quântica, segundo a qual a matérias nada mais é do que 
energia concentrada. Desse modo, depois da fase do divisionismo 
que formou as especialidades médicas, já a visão integral do 
paciente, bem como o entendimento da sincronicidade e 
interdependência das funções do organismo. Novas matérias 
surgiram e algumas antigas passaram a receber atenção e 
comprovação de cientistas com visão mais aberta, como é o caso na 
Naturopatia, da Acupuntura, da Homeopatia, na medicina Chinesa, 
da medicina aiurvédica, da Microscopia de Campo escuro (e sua 
teoria do pleomorfismo), da ozonioterapia (hoje parte da nova e 
eficientíssima ciência da bio-oxidologia), da hipertermia, da 
Radiofrequência, etc. E há muito mais, principalmente nos 
excepcionais avanços da Nutrologia e no conhecimento do 
metabolismo humano. E tudo de tal modo contundente e 
avassalador, que deixa atônitos aqueles que não dominam ou 
possuem a capacidade da visão teleológica, ou sistêmica do 
universo. Estes são exatamente aqueles profissionais que se aferram 
a informações marteladas desde a faculdade (e depois delas por 
revistas e propagandistas de laboratório), ideias e teorias tidas como 
“aceitas pela comunidade científica”, e não evoluem, impedidos pelas 
limitações causadas por um discernimento fraco e estéril. São estes 
que consideram como charlatães os colegas que tem a coragem de 
perscrutar os novos caminhos da ciência. Em sua secular cegueira 
6 
 
(alguns por covardia), não entendem que a Ciência evolui justamente 
porque novas teorias derrubam, as antigas e a velocidade dessa 
evolução depende justamente da intensidade com que o velho é 
substituído pelo novo. Portanto, agarrar-se ao que se chama de 
“praxe” pode representar um atraso, ou um retardo à ciência, ao 
inexorável, numa inútil perda de energia, e produzindo muito dano, 
perseguindo justamente os paladinos do novo tempo. Mas talvez o 
pior dano com essa atitude seja para os próprios pacientes, ou a 
população atendida por semelhantes profissionais, pois além dos 
chamados efeitos colaterais, oriundos de medicamentos (geralmente 
esses profissionais se limitam ao universo limitado da cirurgia ou da 
terapêutica medicamentosa), existem a iatrogenia (doença ou 
problema secundário provocado pelo próprio médico, como o erro 
médico, a imperícia, ou a própria ignorância ou pela falta de 
atualização) e a ineficiência no tratamento, sendo comum vermos 
pessoas sendo submetidas ao uso de medicamentos errados ou 
ineficientes para o caso, como na questão dos anti-inflamatórios que 
não removem a causa da inflamação, ou a antibioticoterapia sem 
cultura e antibiograma prévias, como veremos adiante. 
 
O clichê surrado da “pseudo ciência” 
Curiosamente, quando um médico ou profissional de saúde não 
entende ou não domina um sistema terapêutico, mesmo que repleto 
de evidências, ou praticado em outros países com sucesso e 
oficialmente, tende a classificar o praticante, mesmo que seja 
médico, como adepto da “pseudo ciência”. 
Assim como para se pintar um quadro é necessário talento para se 
realizar uma grande obra, o mesmo acontece na medicina. Alguém 
pode cursar uma faculdade de Belas Artes, mas se não tiver dom, 
poderá pintar, mas seus será apenas um técnico e seus quadros não 
terão a mesma expressão ou qualidade daqueles que nasceram com 
talento para tal. Há artistas e técnicos também na medicina. Aliás, a 
medicina é uma das únicas atividades humanas quepodem ser 
consideradas uma ciência e ao mesmo tempo uma arte. 
Utilizar recursos diferentes de drogas convencionais, como 
nutrientes, nutricêuticos, vitaminas, minerais, fitoterápicos, etc, 
consagrado é procurar cumprir os princípios do Código de Ética 
Médica, que entre os itens existem alguns mais importantes: 
7 
 
Capítulo 1 
I - A Medicina é uma profissão a serviço da saúde do ser humano e 
da coletividade e será exercida sem discriminação de nenhuma 
natureza. 
II - O alvo de toda a atenção do médico é a saúde do ser humano, 
em benefício da qual deverá agir com o máximo de zelo e o melhor 
de sua capacidade profissional. 
V - Compete ao médico aprimorar continuamente seus 
conhecimentos e usar o melhor do progresso científico em benefício 
do paciente. 
E quando qualquer médico é impedido de realizar um sistema 
diagnóstico ou terapêutico seguro, comprovadamente eficiente e 
principalmente realizado amplamente em outros países, o CRM 
comete uma infração ao próprio Código de Ética, nos seguintes 
artigos: 
 
Capítulo II 
É direito do médico: 
I - Exercer a Medicina sem ser discriminado por questões de 
religião, etnia, sexo, nacionalidade, cor, orientação sexual, idade, 
condição social, opinião política ou de qualquer outra natureza. 
II - Indicar o procedimento adequado ao paciente, observadas as 
práticas cientificamente reconhecidas e respeitada a legislação 
vigente. 
 
Comentário: 
 
Em relação ao artigo I, na sua parte final “opinião política ou de 
qualquer outra natureza”, entende-se que o médico, desde que 
com responsabilidade, pode optar por uma linha diagnóstica ou 
terapêutica, sendo que o impedimento a tal decisão implica numa 
infração do órgão em relação ao profissional. 
Em relação ao artigo II, no tocante a “práticas cientificamente 
reconhecidas”, existe uma lacuna em termos de interpretação no 
referido Código, pois diversas técnicas terapêuticas, como a 
8 
 
ozonioterapia, por exemplo, amplamente aplicada na Alemanha, 
na Rússia (regularizada oficialmente em 2007) no Japão, na 
Espanha e em muitos outros países (110, na verdade que são 
signatários da Declaração de Madrid, de 2010), não são aceitas 
ou “permitidas” no Brasil porque profissionais médicos 
desconhecem “pesquisas” ou “experiências”, ou pelo menos 
casuísticas médicas, só porque aqui não as desenvolvemos. 
Nesse caso, a Rússia, a Alemanha, o Japão representam mais do 
que uma “comunidade científica. 
Além disso, a autonomia do médico na escolha do tratamento do 
paciente, segundo a sua consciência e, principalmente em 
situações de exceção (como pandemias), é garantida pelo 
Tratado de Helsinque* e pelo recente edital do Conselho Federal 
de Medicina. 
 
Eu pertenço a uma geração que viveu a naturopatia, a macrobiótica, 
a medicina natural, a explosão da medicina chinesa no Brasil, a 
acupuntura e, assim, tivemos um início diferente do médico 
convencional, começando com uma concepção mais holística da vida 
e da terapêutica, onde o ser humano não é visto como partes, mas 
como uma unidade integrada. Neste âmbito, tínhamos como filosofia 
o entendimento das leis naturais e a cura através do respeito ou da 
aplicação dessas mesmas leis. O segundo é que nós não paramos 
no tempo. Adentramos a faculdade de medicina para ampliar nosso 
conhecimento. Obviamente lá nos deparamos, para nossa surpresa, 
com um mundo completamente diferente, onde a doença era o foco 
(e não a saúde), e onde nunca se falou em “leis naturais”. Aliás, este 
termo soava como uma língua alienígena, dado o formato do ensino, 
assemelhando-se mais a um aprendizado de guerra contra a doença 
do que a compreensão das causas reais pelas quais as doenças 
acontecem, principalmente as degenerativas. Lá vimos como a 
abordagem material, física, supera a visão multidimensional que 
caracteriza as medicinas antigas (muitas modernizadas) e as 
técnicas milenares, tidas como empíricas, às quais estávamos 
acostumados. Mas aí reside a diferença: iniciamos o aprendizado 
médico já com uma visão holística ou sistêmica da vida, enquanto 
nossos colegas começaram praticamente do nada, sem uma 
ideologia como fundamento. O resultado foi que o nosso preparo 
prévio permitiu mais paixão e aprofundamento no conhecimento 
essencial do ser humano e das ciências. Mais tarde, tudo foi sendo 
9 
 
brilhantemente confirmado com o avanço da Física Quântica, com as 
novas revelações de Nikola Tesla, do avanço da medicina 
biomolecular, do advento da Nutrologia (mesmo que ainda limitada 
ao metabolismo), etc. Mas enquanto adeptos da visão sistêmica nos 
maravilhávamos, dia após dia, com as descobertas (principalmente 
com a Magnetrônica de Keppe, que revoluciona a física mostrando 
que não é a energia que sai da matéria, mas o contrário), 
assistíamos, como continua a ocorrer, uma classe médica atônita, 
agarrando-se a especialidades e títulos, como náufragos a uma boia 
em alto mar. 
As atuais gerações médicas, digo, os que tem discernimento 
suficiente, dominam automaticamente esta concepção e trilham por 
caminhos diagnósticos e terapêuticos bem atualizados, incluindo 
terapia nutrológica, ozonioterapia, terapia Neural, Microscopia de 
Campo Escuro, Hipertermia, etc. Disto inferimos que, “juntando as 
partes”, estamos diante do nascimento de uma nova medicina, não 
composta por elementos que podem ser chamados de futuro da 
medicina, mas a medicina do futuro, já. 
Nesse campo, juntamente com a decodificação do genoma humano, 
da epigenética (relação entra as alterações e impactos produzidos 
por fatores ambientais sobre o DNA humano), dos efeitos dos 
alimentos no corpo humano, etc., avançamos em muito no 
entendimento de como funciona o nosso sistema de defesas e o que 
fazer para aprimorá-lo. 
Resolvi, portanto, produzir este livro, que não aborda somente a 
terapêutica e a prevenção, mas procura ensinar o leitor a cuidar de 
si mesmo e dos seus, por meio da ação no que é fundamental: a 
imunidade e as defesas do organismo, através de recursos muito 
simples, mas de imensa eficiência. 
No entendimento e na adoção destas sugestões pode estar a 
diferença entre sua saúde e sua doença. 
E não me refiro apenas a este período de pandemia, mas para 
qualquer doença, em qualquer momento, e para o resto da nossa 
vida. 
 
 
10 
 
Introdução - um manual de proteção da saúde em época de 
pandemia viral 
Como médico e especialista em saúde pública, resolvi escrever este 
livro para evidenciar a importância de uma função orgânica que está 
sendo por demais aludida, mas para a qual quase nada tem sido 
falado ou feito, que é o nosso sistema imunológico. Quem morre de 
COVID 19, são justamente aqueles cujo sistema imunológico falha 
na sua missão de defesa. 
Foi necessária uma pandemia como a atual, a COVID 19, para 
mostrar que morrer ou se curar de uma virose depende da nossa boa 
condição de defesa orgânica, e não exatamente de fármacos ou de 
vacinas. 
Há muitas décadas já existe uma persistente pandemia “mundial” que 
é a gripe comum, provocada pelo vírus da influenza, que tem matado 
3 ou 4 vezes mais pessoas do que o coronavírus, cuja letalidade é, 
portanto, superior ao novo (ou velho) coronavírus, o SARS COV2. 
Mas quase nenhuma autoridade sanitária faz alusão a esse fato 
incontestável. Também, a humanidade está sob forte pressão 
psicológica, com os lockdowns, as notícias de mortes pela COVID 
(não se mostra habitualmente os milhares de casos curados) a 
obrigatoriedade do uso de máscaras e o distanciamento social, 
gerando um tipo de terror generalizado, numa situação que produz 
impacto imunodepressor no cidadão, facilitando ainda mais os 
contágios. 
 A vacinação pode ajudar ou piorar a situação 
E hoje se colocam todas as fichas na vacinação, como se isso fosse 
realmente resolver o problema da pandemia. Para um vírus mutante 
como o atual SARS COV2, uma vacina feita com um material 
genético do mesmo,terá pouco ou nenhum efeito estimulador da 
formação de anticorpos para uma próxima cepa, já alterada na 
cadeia peptídica do RNA. Sendo assim, esse novo vírus, primo do 
“novo” coronavírus, já devidamente informado e protegido das 
imunoglobulinas e ataques das células linfocitárias do nosso sistema 
de defesas, pode até produzir uma nova e mais poderosa pandemia, 
conforme temos já observado. 
A situação que estamos vivendo atualmente em relação a essa 
questão da vacinação para o coronavírus, é tão incerta que os 
11 
 
estudos apenas permitem uma posição de que a vacina “pode” 
funcionar, o que não nos permite uma garantia completa quanto a 
essa eficiência. Sem incluir os riscos de reações alérgicas e 
anafiláticas graves, uma vez que a própria OMS determina que nos 
locais onde for realizada a vacinação, deve existir um a estrutura de 
reanimação cardiorrespiratória e recursos de emergência. 
 Contrair o coronavírus mesmo após tomar a vacina 
Uma informação pouco divulgada sobre a vacina contra o vírus da 
COVID 19, é que existe a possibilidade de uma pessoa ser infectada 
após tomar a dose. Porém, a infecção não ocorre devido ao 
recebimento da vacina, mas porque organismo pode demorar até dez 
dias para produzir os anticorpos. Nesse período, a pessoa pode 
contrair o vírus, já que ainda não está totalmente imunizada. 
A infecção pelo SARS COV2 imuniza mais do que qualquer 
vacina 
Um estudo recente no Reino Unido com 20 mil profissionais de saúde 
que contraíram a COVID 19, mostrou que a infecção produziu cerca 
de 94 % de proteção contra a reinfecção. 
No Brasil, vários sanitaristas e infectologistas temos afirmado o 
mesmo, ou seja, que a infecção pelo novo coronavírus gera 
imunidade superior a qualquer vacinação. O tão esquecido efeito de 
imunização “rebanho” é a melhor e mais natural via para gerar 
proteção de massa contra o SARS COV2. A empresa farmacêutica 
Merck afirmou que "a resposta do próprio sistema imunológico à 
infecção é mais eficaz e duradoura do que a vacina." 
Após extensa pesquisa, a Merk concluiu-se que as vacinas ofereciam 
menos proteção do que apenas contrair o próprio vírus e desenvolver 
anticorpos. 
 
A empresa anunciou que as injeções V590 e V591 foram "bem 
toleradas" pelos pacientes de teste, no entanto, geraram uma 
resposta do sistema imunológico "inferior" em comparação com a 
infecção natural. A empresa afirmou que, em vez de estudar vacinas, 
se concentrará na pesquisa de drogas terapêuticas rotuladas como 
MK-7110 e MK-4482, com o objetivo de proteger os pacientes dos 
danos de uma resposta imune hiperativa ao vírus. 
12 
 
Ratificando a posição da Merk, cientistas alemães afirmaram que a 
vacina UK Oxford / AstraZeneca é menos de 8% eficaz em mais de 
65 anos, o que a torna quase obsoleta para essa faixa etária. 
Notícia (fonte) disponível em: 
 
https://summit.news/2021/01/26/merck-scraps-covid-vaccines-says-its-more-effective-
to-get-the-virus-and-recover/ 
 
 
Os dados cruciais e verdades pouco divulgadas sobre a COVID 
19. 
Menos letal que o vírus da influenza, segundo os dados oficiais da 
Organização Mundial de Saúde, o novo coronavírus infecta apenas 
20% das pessoas que entram de algum modo em contato com o 
vírus, obviamente através de contágio proveniente de uma pessoa 
infectada, ou portador assintomático. E desses 20%, 80% adquirem 
a forma branda da infecção, ou as vezes sintomas similares a um 
simples e frustro resfriado. Dos infectados - o que chama a atenção 
para a importância da resistência orgânica – somente cerca de 20% 
dos pacientes podem evoluir para óbito, porém, desse grupo, apenas 
aqueles que pertencem ao grupo dos imunodeprimidos ou portadores 
de comorbidades correm o risco de morrerem. Desse grupo fazem 
parte idosos em más condições orgânicas, portadores de deficiências 
do sistema imunológico, diabéticos avançados, usuários de drogas 
ou de remédios imunodepressores (câncer, transplantados, etc.), 
grandes obesos, E mesmo assim, os tratamentos aplicados tem 
salvo mais de 60% dos casos de pessoas nessas condições. 
A taxa de letalidade (poder de matar) da COVID 19, inicialmente 
projetada para ser de 10%, hoje está fixada em torno de 2 a 3%. 
Comparada à H1N1, com projeção inicial de letalidade para 6% 
(menor que o do coronavírus), hoje está em torno de 0,4 a 0,5%, 
portanto superior ao COVID 19. 
Benjamin Cowling, professor de Epidemiologia da Universidade de 
Hong Kong, disse à BBC News Mundo, o serviço em espanhol da 
BBC, que a covid-19 é "definitivamente menos grave que outros 
coronavírus". Ele sugere que a taxa de mortalidade pode ser ainda 
menor do que foi levantado até agora, uma vez que se acredita que 
https://summit.news/2021/01/26/merck-scraps-covid-vaccines-says-its-more-effective-to-get-the-virus-and-recover/
https://summit.news/2021/01/26/merck-scraps-covid-vaccines-says-its-more-effective-to-get-the-virus-and-recover/
13 
 
há muitas pessoas infectadas que não foram levadas em conta nas 
estatísticas. 
Segundo Cowling, "A raiva tem uma taxa de mortalidade de 
aproximadamente 95%, enquanto a do Ebola é de 50%. Essas são 
doenças muito graves, definitivamente mais graves que o 
coronavírus". 
 COVID-19 comparada à gripe comum 
De uma maneira geral, os dados fidedignos apontam que o número 
de mortes causadas pela COVID-19 é baixo se comparado à 
mortalidade provocada anualmente pela influenza, a gripe comum. 
Essa informação, no entanto, não é divulgada amplamente pela 
mídia convencional. 
Uma análise dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças 
(CDC) indica que, apenas nos Estados Unidos, 8% da população 
(cerca de 26 milhões de pessoas) é infectada por essa doença todos 
os anos. Dessas, aproximadamente 14 mil morrem devido a 
complicações similares ao que ocorre na COVID 19, ou seja, um 
número muito maior, no entanto, tal informação permanece no 
silêncio. 
Remédios que não combatem diretamente a COVID-19, mas 
melhoram o sistema imunológico. 
 
 Ivermectina 
 
A ivermectina é um conhecido agente anti-helmíntico lançado no final 
da década de 1970 para tratar parasitose de diversos tipos. 
Descobriu-se que ela atua estimulando os canais de ácido gama-
aminobutírico (GABA), provocando hiperpolarização e paralisia do 
organismo infestante. Outra ação detectada da ivermectina é a 
imunomodulação da resposta do hospedeiro, por meio da ativação 
de neutrófilos, do aumento dos níveis de proteína C reativa e da 
interleucina-6,1. Devido a esse fato, recentemente, foi descoberta a 
função antiviral da ivermectina contra certos flavivírus (dengue, 
encefalite japonesa e vírus da encefalite transmitida por carrapatos) 
e o vírus Chikungunya. Desde então, a mesma atividade foi avaliada 
em várias outras infecções virais, e reconhecida a sua potência na 
14 
 
eliminação do coronavírus in vitro. O mecanismo pelo qual esse 
efeito ocorre ainda não foi completamente descoberto, mas a inibição 
do transporte de proteínas virais mediado por importinas α / β1 para 
dentro e para fora do núcleo parece ser a explicação mais adequada, 
explicando as evidências da eficiência da ivermectina contra o SARS 
COV2. 
Um dos estudos sobre a capacidade da ivermectina no combate ao 
coronavírus foi realizado por Caly e colaboradores. Com esta 
pesquisa, os investigadores puderam comentar sobre a 
concentração inibitória 50 (IC50), e também que nenhuma toxicidade 
foi observada para as várias concentrações nas quais a ivermectina 
foi testada. 
Com base na eficácia evidenciada em estudo in vitro, vários estudos 
clínicos foram planejados e iniciados. 
A potência in vitro da ivermectina contra o vírus da Covid-19 é um 
testemunho de que ela pode ser utilizada para controlar os pacientes 
que foram infectados com SARS-CoV-2. 
Comparada com outras opções farmacoterapêuticas para o 
tratamento da infecçãopor Covid-19, a ivermectina parece ser 
superior a elas. Além de um mecanismo de ação diferente, existem 
outras facetas nas quais esse medicamento pode ter vantagens. Por 
exemplo, os efeitos adversos associados à hidroxicloroquina (dano 
retinal irreversível, prolongar o intervalo QT, miopatia, neuropatia) ou 
à combinação de lopinavir + ritonavir (hipertrigliceridemia, 
hipercolesterolemia) não são observados em pacientes que estão em 
ivermectina. Além disso, o tratamento com ivermectina é mais 
econômico do que a combinação de hidroxicloroquina e azitromicina, 
5-6 vezes mais caro. O mesmo pode entendido em relação a 
antivirais patenteados, a preços exorbitantes 
 Algumas referências científicas sobre a Ivermectina 
F.L. Njoo, C.E. Hack, J. Oosting, L. Luyendijk, J.S. Stilma, A. Kijlstra. 
C-reactive protein and interleukin-6 are elevated in onchocerciasis patients after 
ivermectin treatment. 
J Infect Dis., 170 (1994), pp. 663-668 
http://dx.doi.org/10.1093/infdis/170.3.663 | Medline 
E. Mastrangelo, M. Pezzullo, T.D. Burghgraeve, et al. 
http://dx.doi.org/10.1093/infdis/170.3.663
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/8077726
15 
 
Ivermectinia a potent inhibitor of flavivirus replication specifically targeting NS3 
helicase activity: new prospects for an old drug. 
J Antimicrob Chemother., 67 (2012), pp. 1884-1894 
http://dx.doi.org/10.1093/jac/dks147 | Medline 
F.S. Varghese, P. Kaukinen, S. Gläsker, et al. 
Discovery of berberine, abamectin and ivermectin as antivirals against 
chikungunya and other alphaviruses. 
Antiviral Res., 126 (2016), pp. 117-124 
http://dx.doi.org/10.1016/j.antiviral.2015.12.012 | Medline 
T.M. Tessier, M.J. Dodge, et al. 
Viral appropriation: laying claim to host nuclear transport machinery. 
Cells., 8 (2019), pp. 1-23 
 
 Hidroxicloroquina 
A cloroquina e a hidroxicloroquina são fármacos em amplo uso, há 
décadas, em países com pandemia de malária. Também são drogas 
empregadas no tratamento de processos reumáticos e algumas 
doenças autoimunes. 
Recentemente, a hidroxicloroquina demonstrou capacidade na 
limitação da replicação do vírus SARS-CoV-2 in vitro. 
Para a publicação deste livro, identificamos até o momento, um total 
de 09 artigos publicados, sendo 3 ensaios clínicos com tamanho de 
amostra 150; 3 estudos in vitro e 3 relatórios de consenso de 
especialistas. Todos esses estudos foram sugestivos de que a 
cloroquina e a hidroxicloroquina podem tratar infecções por COVID-
19 com sucesso, concluindo-se que a cloroquina e a 
hidroxicloroquina apresentam características antivirais evidentes, 
apontando que essas drogas têm eficácia no tratamento do COVID-
19. 
Os estudos sobre "COVID-19 e seu tratamento podem ser 
encontrados na Organização Mundial da Saúde (OMS), ISI-Web of 
Science, PubMed, EMBASE, Scopus, Google Scholar e registros de 
ensaios clínicos. Além disso, analisamos a prevalência de COVID-19 
em países com pandemia de malária e não pandêmicos. 
http://dx.doi.org/10.1093/jac/dks147
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22535622
http://dx.doi.org/10.1016/j.antiviral.2015.12.012
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26752081
16 
 
Uma das ações da hidroxicloroquina no organismo é elevar o pH do 
citoplasma, alcalinizando o meio e, assim, dificultando ou anulando a 
duplicação vital, já que este depende de um meio mais ácido para 
realizar sua expansão. Simples desse modo. Mas exiswtemn outras 
ações desse fármaco, utilizado há décadas contra várias moléstias 
parasitárias. 
Como a hidroxicloroquina apresenta a possibilidade de alguns efeitos 
colaterais, é necessária orientação médica gabaritada para seu uso. 
 Pesquisas e trabalhos científicos sobre a hidroxicloroquina e a COVID 19 
COVID-19 Pandemic – A Narrative Review of the Potential Roles of 
Chloroquine and Hydroxychloroquine. 
De Barros CM, Almeida CAF, Pereira B, Costa KCM, Pinheiro FA, Maia LDB, 
Trindade CM, Garcia RCT, Torres LH, Diwan S, Boralli VB.Pain Physician. 
2020 Aug;23(4S):S351-S366.PMID: 32942793 Review. 
Chloroquine and Hydroxychloroquine in COVID-19: Practice Implications for 
Healthcare Professionals. 
Mallhi TH, Ahmad A, Butt MH, Misbah S, Khan YH, Alotaibi NH.J Coll 
Physicians Surg Pak. 2020 Oct;30(10):124-128. Doi: 
10.29271/jcpsp.2020.supp2.124.PMID: 33115586 Review. 
Chloroquine and its derivatives in the management of COVID-19: A scoping 
review. 
Pimentel J, Andersson N.Biomedica. 2020 Oct 30;40(Supl. 2):80-95. Doi: 
10.7705/16econhece.5478.PMID: 33152192 Free PMC article. English, 
Spanish. 
 
 Uma pandemia obscura 
Com esta apresentação ou postura, não pretendemos minimizar a 
importância da atual virose, ou da suposta pandemia, mas mostrar 
caminhos para proteger a população. Com a potencialização do 
sistema imunológico. E quando se faz referência ao sistema 
imunológico, deve-se entender que não se está fazendo menção 
especificamente à vacinação. 
Assistimos atualmente a debates e discussões que envolvem 
recursos terapêuticos para a virose vigente, como ivermectina, 
hidroxicloroquina, azitromicina, antivirais, anticoagulantes, 
corticoides, anti-inflamatórios, etc. O mais intrigante é que 
profissionais altamente especializados, como infectologistas, 
https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/32942793/
https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/32942793/
https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/33115586/
https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/33115586/
https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/33152192/
https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/33152192/
17 
 
imunologistas, virologistas, biomédicos e outros, estão envolvidos 
com a questão do “tratamento” da COVID-19 e com a polêmica da 
vacinação, mas quase nada se fala sobre prevenção e imunidade, 
ou, pelo menos, como estimular apropriadamente as defesas 
orgânicas dos doentes e da população. 
De qualquer modo, qualquer que seja a virose, a infecção bacteriana, 
fúngica, tudo depende das condições imunológicas de uma pessoa 
para definir o seu destino. Mas o modelo flexneriano (cartesiano, não 
integrativo) atual de medicina insiste na ênfase na doença e não na 
prevenção ou no fortalecimento dos mecanismos de defesa do 
organismo. Também o modelo tem a postura de aguardar o paciente 
procurar os serviços, quando, ao contrário, através da estratégia da 
Atenção Básica, deveríamos colocar ênfase em procurar o cidadão 
na sua residência. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
18 
 
O que é imunidade e como funciona o mecanismo de 
defesa do organismo 
 
‘O sistema imunológico é como o 
exército que protege seu corpo, 
ou sua terra natal, contra 
invasores.’ 
 Dr. Troy Torgerson. 
O corpo humano é como um país e as células são como 
as pessoas que nele vivem, cada uma com sua função específica, 
seus atributos e ações. Grupos de células podem formar órgãos, 
assim como as pessoas podem formar grupos sociais, como clubes 
esportivos ou ocupações, atividades, etc. 
Assim como um país possui um controle social interno e estruturas 
para defesa contra perigos externos, como as forças armadas, 
também nosso corpo assim o faz através do mecanismo de defesas, 
o sistema imunológico. Quanto aos perigos externos, eles são 
definidos como organismos vivos, tais como bactérias, vírus, fungos 
e parasitas – os chamados patógenos- representam corpos 
estranhos que causam doenças, semelhante à maneira pela 
qual invasores podem adentrar um país e causar danos. 
O sistema imunológico é composto por três níveis distintos de 
defesa: 
A primeira linha de defesa são as barreiras de superfície, como a pele 
e as mucosas, análogas às fronteiras de um país 
A segunda linha de defesa é o sistema imunológico inato, 
semelhante à força policial interna de uma nação. 
A terceira linha de defesa é o sistema imunológico adaptativo, 
semelhante às forças especiais de uma nação, como as forças 
armadas, que avaliam o tipo de inimigoa oferecer perigo. 
 
Tanto a imunidade inata quanto a adaptativa combatem os 
patógenos e suas ações (infecção) simultaneamente, com as 
seguintes diferenças: 
19 
 
O sistema inato responde rapidamente, mas é inespecífico para o 
tipo de patógeno. O sistema adaptativo é mais lento para responder, 
porém é específico. O sistema imune inato ataca 
indiscriminadamente os invasores (chamados antígenos e informa o 
sistema imune adaptativo sobre a natureza específica dos 
patógenos. Neste sistema estão as importantes citocinas, células de 
defesa que, por analogia com um exército, seriam soldados com um 
rádio nas costas, encarregados de avisar onde os outros soldados 
devem ir combater. Elas são responsáveis pelas inflamações, que 
são a reação natural do corpo humano quando existe uma infecção, 
atraindo os glóbulos brancos (os soldados) para as regiões afetadas 
do corpo. 
Com base nessas informações, são criadas proteínas específicas 
(armas) chamados anticorpos, apropriadas para combater a ameaça. 
 
 
 Figura 1 – Quadro apresentando as células do sistema imunológico 
 
 Características das células do sistema imunológico e suas funções 
 
As células do sistema imunológico são como soldados, em constante 
trabalho de proteção contra doenças e combate a agentes 
infecciosos e fazem parte do grupo dos glóbulos brancos do sangue. 
Eles representam apenas 1% das células do sangue de um adulto, 
mas estão presentes em quantidade suficiente para realizar seu 
20 
 
trabalho, pois em cada microlitro de sangue, existem entre 5.000 a 
10.000 de glóbulos brancos. 
Assim como se um país não possuir forças armadas, sem um sistema 
imunológico, nosso organismo estaria exposto ao ataque de 
bactérias, vírus, toxinas e parasitas. 
Presente em todo o corpo, o sistema imunológico se representa por 
muitos tipos de células, órgãos, proteínas e tecidos, cuja função não 
é apenas a de combater patógenos e corpos estranhos, mas localizar 
células mortas e defeituosas. 
 Glóbulos brancos 
Também são chamados de leucócitos. Como soldados e policiais, 
estão em constante patrulha à procura patógenos. Quando eles 
encontram um alvo, começam a se multiplicar e a enviar sinais para 
outros tipos de células para fazer o mesmo. 
Eles circulam no corpo em vasos artérias, veias e vasos linfáticos, 
sendo armazenados em diferentes locais do corpo, chamados órgãos 
linfoides, tais como, o timo, o baço, a medula óssea, os gânglios 
linfáticos, as amídalas, as placas de Peyer nos intestinos, o apêndice 
ileocecal, etc. 
Existem basicamente dois tipos principais de leucócitos, os fagócitos 
e os linfócitos. 
Fagócitos: 
Envolvem e absorvem os patógenos e os decompõem. Entre eles 
estão os seguintes soldados especializados: 
 Neutrófilos – Os soldados rasos. São o tipo mais comum de 
fagócito e sua função é estar no front, atacando principalmente 
as bactérias. 
 Macrófagos – São patrulheiros em busca de patógenos e 
também removem células mortas ou doentes. 
 Monócitos – São espécies de “oficiais”. São do tipo maior e tem 
várias funções, inclusive a de se camuflarem ou de assumirem 
a forma ou função de outros fagócitos. 
 Mastócitos – Além da função de combatentes, são os 
enfermeiros das forças armadas, tendo muitas ações, entre 
elas a de ajudar a curar feridas e recompor tecidos. 
 
21 
 
Linfócitos 
Os linfócitos ajudam o corpo a lembrar-se de invasores anteriores e 
reconhece-los, se voltarem a invadir o organismo. 
Para a hematologia convencional, os linfócitos são produzidos na 
medula óssea, onde permanecem e se desenvolvem nos chamados 
em linfócitos B, enquanto outros se dirigem ao timo, onde e se 
tornam linfócitos T. Esses dois tipos de células têm funções 
diferentes: 
Os linfócitos B produzem anticorpos e ajudam a alertar os linfócitos 
T, enquanto estes destroem células comprometidas no corpo e 
ajudam a alertar outros leucócitos. 
 A resposta imune 
Os linfócitos B secretam anticorpos (imunoglobulinas) que se 
prendem aos antígenos. O sistema imunológico precisa ser capaz de 
reconhecer estruturas próprias do organismo e as estranhas. Isso é 
feito através da detecção de proteínas encontradas na superfície de 
todas as células, ignorando as suas próprias e destruindo as demais. 
Para evitar que o sistema imunológico ataque suas próprias células, 
existem as células T reguladoras, ou imunomoduladoras, que 
suprimem outras células T, controlando todo o mecanismo, 
garantindo que não surjam autoantígenos . Quando esse mecanismo 
falha, ocorrem as doenças autoimunes, como a artrite reumatoide, o 
lúpus eritematoso, a tireoidite de Hashimoto, a Doença Celíaca, e 
uma série muito grande de doenças degenerativas. 
 
A função dos linfócitos B 
Quando os linfócitos B detectam o antígeno, secretam anticorpos, 
que são proteínas especiais, que se prendem a antígenos. Cada 
célula B produz um anticorpo específico para determinado antígeno. 
Por exemplo, um pode criar um anticorpo contra uma bactéria 
causadora de pneumonia, enquanto outro contra o vírus da gripe 
comum. 
Os anticorpos pertencem a um grande grupo de proteínas 
chamadas imunoglobulinas, com diferentes funções na resposta 
imune, tais como: 
http://immunearmy.babraham.ac.uk/glossary#glossary
22 
 
Imunoglobulina G (IgG) – marca os microrganismos para que outras 
células possam reconhecê-los. 
IgM – Tem a função de destruir bactérias. 
IgA – Presente em fluidos, como lágrimas e saliva, onde protege as 
entradas do corpo. 
IgE – Protege contra parasitas e também é responsável por reações 
alergias. 
IgD – Está sempre ligada aos linfócitos B, ajudando-os a iniciar a 
resposta imune. 
Os anticorpos se prendem ao antígeno, mas não o matam, apenas o 
marcam para serem destruídos por outras células, como os fagócitos. 
A função dos linfócitos T 
Há basicamente dois tipos distintos de linfócitos T: 
Auxiliares – Coordenam a resposta imune. Alguns se comunicam 
com outras células e outros estimulam as células B a produzir mais 
anticorpos. Outros atraem mais células T ou macrófagos. 
Citotóxicos) – A atacam outras células, mas particularmente potentes 
no combate aos vírus. Trabalham reconhecendo pequenas partes do 
vírus na porção externa das células infectadas, destruindo-as. 
Células dendríticas 
A Células Dendríticas são aliadas de todas as demais células da 
defesa do organismo. Elas podem ser encontradas no sangue, pele 
e tratos digestivo e respiratório, e fazem parte do sistema 
imunológico, responsáveis pela identificação da infecção e 
desenvolvimento da resposta imune. 
Quando há ameaças essas células são ativas com o objetivo de 
identificar o agente infeccioso e promover a sua eliminação. Portanto, 
se as células dendríticas não funcionarem corretamente, o sistema 
imune tem mais dificuldade para defender o organismo, permitindo o 
desenvolvimento de enfermidades como o câncer, por exemplo. 
23 
 
 
Devido ao fato de capturar a apresentar os antígenos em sua 
superfície na superfície celular, as células dendríticas recebem o 
nome de Células Apresentadoras de Antígeno, ou APCs. 
É a intelligentsia das forças armadas e o serviço de informações e 
espionagem. 
Além de promover a primeira resposta imunológica contra 
determinado agente invasor e garantir a proteção, as células 
dendríticas são essenciais para o desenvolvimento da imunidade 
adaptativa, que é aquela em que são geradas as células de memória, 
evitando que ocorra novamente a mesma doença. 
Tipos de Células Dendríticas 
As células dendríticas podem ser classificadas de acordo com suas 
características de migração, expressão dos marcadores em sua 
superfície, localização e função que desempenham. Existem 
basicamente dois tipos: 
Plasmocitoides – localizados principalmente no sangue e em órgãos 
linfoides, como baço, timo, medula óssea e gânglios linfáticos. Elasatuam especialmente contra os vírus, inclusive com a capacidade de 
produzir Interferon alfa e beta, proteínas responsáveis pela regulação 
do sistema imune, possuindo propriedades antitumorais, além da 
ação antiviral. 
Células Mieloides, que estão localizadas na pele, sangue e mucosa. 
As localizadas no sangue recebem o nome de DC inflamatórias, que 
produzem TNF-alfa, que é um tipo de citocina responsável pela morte 
de células tumorais e pelo processo inflamatório. Aquelas presentes 
nos demais tecidos recebem o nome de DC intersticiais ou da 
mucosa e, quando presentes na pele, são denominadas células de 
Langerhans ou migratórias, pois após a sua ativação, migram através 
da pele até os gânglios linfáticos, local onde apresentam os 
antígenos aos linfócitos T. 
24 
 
 O maravilhoso processo da imunidade 
Depois que um anticorpo é produzido, uma cópia permanece no 
organismo para que se o mesmo antígeno reaparecer, poderá ser 
destruído mais rapidamente. Isso é chamado de imunidade. 
O sistema imunológico de cada indivíduo é diferente, sendo menos 
desenvolvido na infância, mas se fortalecendo, de modo que na vida 
adulta encontra-se plenamente formado e ativo, pois já foi exposto a 
mais antígenos, ou patógenos. Com a senilidade o sistema 
imunológico tende a se enfraquecer. Por esta razão, adolescentes e 
adultos tendem a sofrer menos de doenças infectocontagiosas. 
Há três tipos de imunidade: 
3- Imunidade inata 
É aquela em que nascemos com ela, ou seja, o nível de proteção 
recebido contra invasores durante a fase intrauterina. Essa 
imunidade inclui as barreiras externas do nosso corpo, como a pele 
e as mucosas da garganta e dos intestinos. 
Ela produz uma resposta mais geral e inespecífica. Se o invasor 
conseguir driblar o sistema imunológico inato, entra em ação o 
segundo tipo de imunidade, a imunidade adaptativa ou adquirida. 
2-Imunidade adaptativa 
Essa nos protege contra agentes invasores ao longo da vida, quando 
o organismo é exposto a doenças ou na vacinação, quando ocorre a 
formação de um “banco de dados” com a característica de diferentes 
patógenos. Este tipo de imunidade é chamada de memória 
imunológica, pois o organismo se lembra de inimigos anteriores. 
3-Imunidade passiva 
Trata-se do tipo de imunidade “emprestada” de outra fonte, 
geralmente de curta duração. Como exemplo, um bebê recebe 
anticorpos da mãe através da placenta durante a fase uterina e 
depois pelo leite materno, capaz de proteger o bebê de algumas 
infecções durante os primeiros anos de vida. 
Imunização e vacinação 
A imunização introduz antígenos ou patógenos mortos, 
enfraquecidos, ou com parte do seu material genético em uma 
pessoa, de tal maneira que o indivíduo adoece, além de produzir 
25 
 
também anticorpos. Como o corpo salva cópias dos anticorpos, ele é 
protegido se a ameaça reaparecer. 
Distúrbios do sistema imunológico 
Pela sua complexidade, o sistema imunológico está exposto a 
alterações e defeitos, dada a sua dependência de aspectos 
genéticos, de fatores ambientais e também psíquicos. Os tipos de 
distúrbios imunológicos são classificados em três categorias: 
Imunodeficiências 
Aparecem quando uma ou mais partes do sistema imunológico 
funcionam mal. Elas podem ter várias causas, geralmente ligadas a 
questões relacionadas com a faixa etária, obesidade, desnutrição, 
alcoolismo, uso excessivo de certos medicamentos (corticoides, anti-
inflamatórios, antibióticos, antidepressivos e outros), doenças 
imunodepressoras (AIDS, por exemplo) e outras imunodeficiências 
adquiridas. 
As imunodeficiências também podem ser herdadas, por exemplo, na 
doença granulomatosa crônica, onde os macrófagos se formam de 
modo deficiente. 
Autoimunidade 
Condição em que o sistema imunológico ataca células saudáveis por 
engano, produzindo uma doença autoimune crônica. Neste grupo 
estão o diabetes tipo 1, a doença celíaca, a artrite reumatoide, o lúpus 
eritematoso, a doença de Hashimoto, a psoríase, a doença de 
Graves, etc. 
Na doença autoimune as defesas naturais do corpo se tornam 
hiperativas, atacando tecidos normais, entendendo-os como sendo 
corpos estranhos. 
Hipersensibilidade imunológica 
Quando o sistema imunológico reage exageradamente, danificando 
regiões ou tecidos saudáveis. O grande exemplo é o choque 
anafilático, quando o mecanismo de defesa responde de modo 
intenso e abrupto, podendo ser fatal. 
 
 
26 
 
Curiosidades do sistema imunológico 
Vírus, fungos e bactérias não causam os sintomas das doenças. Eles 
ocorrem como reflexo da ação do sistema imunológico contra os 
micro-organismos. Portanto, é necessário cuidado ao usar recursos 
sintomáticos, como antitérmicos para combater uma febre leve ou 
moderada, pois estaremos inibindo uma ação importante e natural do 
organismo, com a possibilidade de facilitar a vida do germe. 
Como exemplo, no resfriado comum, o sistema imunológico entra em 
ação quando o rinovírus invade as células que revestem o trato 
respiratório superior, produzindo substâncias químicas, como a 
histamina, que dilatam os vasos sanguíneos e aumentam sua 
permeabilidade, permitindo que proteínas e glóbulos brancos 
cheguem às áreas infectados, mas produzindo com isso um processo 
inflamatório dos vasos sanguíneos, determinando formação de 
muco, coriza e congestão nasal. 
 
O sono e a imunidade 
Pesquisas ao longo das últimas décadas apontam claramente que a 
falta de sono (ou o sono curto, ou irregular), diminui a capacidade do 
sistema imunológico. Entre os efeitos está a diminuição da formação 
das células T e as “Natural Killers”. Um estudo de 2012 na revista 
SLEEP mostrou até mesmo as vacinas podem até ser menos 
eficazes para pessoas que dormem menos de seis horas por noite, 
em comparação com as pessoas que dormem uma noite inteira. 
Portanto, o sono regular é vital para evitar doenças. 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://www.livescience.com/22023-sleep-vaccine-response.html
https://www.livescience.com/22023-sleep-vaccine-response.html
https://www.livescience.com/22023-sleep-vaccine-response.html
27 
 
 Intestinos, função intestinal e imunidade 
 O papel e a importância dos Intestinos e para a imunidade 
Atualmente já se sabe que o intestino, além de ser considerado como 
“segundo cérebro”, é o órgão imunológico (linfoide) mais importante 
do organismo, graças à ação da microbiota intestinal e pela presença 
maciça das placas de Peyer, ao longo de toda a mucosa intestinal e 
no apêndice ileocecal. 
A placas de Peyer são pequenas ilhotas imunológicas localizadas 
sob a mucosa do trato gastrointestinal, especificamente na lâmina 
própria do intestino delgado. São regiões onde se concentram 
linfócitos e outras células acessórias, em grande número, 
representando uma poderosa barreira, como linha de defesa contra 
invasores provenientes dos alimentos, líquidos, ou outras formas que 
penetra m pela boca. 
Como amígdalas na faringe e folículos linfoides na submucosa do 
apêndice, as placas de Peyer se assemelham aos gânglios linfáticos, 
quanto à sua estrutura e função. 
Existem dezenas de trilhões de bactérias e outros microrganismos no 
corpo humano, superando em número as nossas próprias células, 
numa proporção absurda de 10 para 1, sendo que a maioria, 
felizmente, é composta de organismos benéficos. Nos intestinos, 
compondo a biota intestinal, existem bactérias amigas que ajudam 
na digestão e ainda sintetizam vitaminas, como a B12 e K, mas a 
principal ação dessas bactérias está na contribuição que exercem na 
manutenção das defesas imunológicas. 
Há bactérias que impedem que microrganismos prejudiciais se 
enraízem em nossos órgãos, epitélios e mucosas. Estas estimulam 
o sistema imunológico para distinguir entre as bactérias causadoras 
de doenças e aqueles antígenos inofensivos. Este mecanismo é 
aquele que impede o desenvolvimento de alergias. 
Também as bactériasamigas atuam na sensibilização do sistema 
imunológico aos antígenos, ajudando a prevenir as doenças 
autoimunes, quando o sistema imunológico ataca os tecidos do 
próprio corpo. 
Curiosamente, essas bactérias, principalmente as que habitam os 
intestinos, também produzem anticorpos úteis e desencadeiam a 
https://www.livescience.com/36217-early-bacterial-exposure-immunity.html
https://www.livescience.com/36217-early-bacterial-exposure-immunity.html
28 
 
expressão de proteínas que fazem com que o sistema imunológico 
repare lesões internas. 
Mesmo conhecendo-se a importância dos intestinos para a saúde em 
geral e para a imunidade em particular, ainda pouco se sabe sobre 
esse órgão e todas as suas funções. Adiante serão apresentados 
mais detalhes sobre os intestinos e os recursos para a sua proteção. 
 
Luz solar e imunidade: 
Saber-se que a luz solar permite que o corpo produza vitamina D. Um 
estudo recente da Nature Immunology sugeriu que as células T não 
se mobilizam se detectam apenas pequenas quantidades de vitamina 
D na corrente sanguínea. Além disso, outras pesquisas sugerem que 
a vitamina D pode induzir a produção de peptídeos antimicrobianos 
na pele, pois esses compostos ajudam a defender o corpo contra 
novas infecções. 
O problema está na exposição solar excessiva, que pode prejudicar 
a imunidade e produzir tumores, principalmente de pele. A Ciência 
atual demonstra que a exposição à luz solar, especificamente a 
radiação ultravioleta (UV), pode suprimir a resposta do sistema 
imunológico a infecções bacterianas, virais e fúngicas. Para suprimir 
o sistema imunológico humano, são necessárias doses de UVR que 
são apenas 30 a 50% do necessário para causar queimaduras 
solares quase imperceptíveis, de acordo com um artigo de 2010 no 
Journal of Investigative Dermatology. 
O ideal é receber a luz solar apenas nas primeiras horas quando o 
sol nasce e antes do ocaso. Nesse período a irradiação UV é menor 
e a presença de radiação infravermelha de onda longa, muito 
benéfica, ao contrário, tem uma ação imunomoduladora salutar. 
 
Álcool e imunidade 
O álcool consumido em excesso reduz o efeito do interferon, uma 
proteína que avisa o sistema imunológico quando uma infecção está 
em progresso, e, ao mesmo tempo, aumenta a atividade de um tipo 
de citocina que produz inflamações. Publicado no periódico Bio Med 
Central Immunology, o estudo afirma que o álcool altera a função 
antiviral e inflamatória dos monócitos. 
29 
 
 
 
 
 
 
 Figura X - As células sanguíneas e do sistema imunológico 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
30 
 
 Fatores que prejudicam a imunidade 
Sendo a resposta imune sensível ao meio ambiente, é necessário 
que os agentes causais dessas alterações sejam conhecidos. Os 
fatores externos envolvidos com a imunidade estão relacionados com 
o stress, a poluição ambiental (monóxido de carbono, chumbo, 
benzeno, enxofre, radiação UV excessiva, etc.), a alimentação 
industrializada e os hábitos insalubres, como tabagismo, alcoolismo, 
consumo de drogas e excesso de medicamentos. 
 O papel do stress e da exaustão suprarrenal na imunodepressão 
Como o nosso corpo é integrado, nenhum sistema ou função é 
isolada, pois tudo é interdependente. Assim, o sistema imunológico 
não age sozinho, mas está intimamente vinculado ao sistema 
nervoso e o sistema endócrino, por meio dos hormônios e 
neurotransmissores cerebrais. Assim, tanto o sistema nervoso 
central (cérebro-espinhal), quanto o sistema nervoso autônomo, 
representado pelos sistemas simpático e parassimpático, influenciam 
diretamente a resposta imune e todo o mecanismo de defesa. 
O sistema imunológico é altamente dependente do sistema nervoso 
central, mas principalmente do sistema nervoso autônomo, 
representado pelos sistemas simpático e parassimpático, que 
trabalham integrados. Quando o parassimpático está muito acirrado 
existe um desequilíbrio simpático em sentido contrário. O estresse 
provoca aumento do estímulo simpático e a produção excessiva de 
granulócitos. Com isso há tendência à redução da imunidade com 
elevação do cortisol resultante. O estresse prejudica os mecanismos 
de compensação, produzindo a exaustão suprarrenal, muito comum 
hoje, o que reduz a capacidade de defesa do organismo. 
Uma hiperexcitação do sistema nervoso simpático aumenta a 
quantidade de granulócitos, fazendo involuir a glândula timo, 
reduzindo a capacidade inata de defesa do organismo, podendo 
também surgir doenças por exacerbação do sistema imunológico 
adquirido (recente), que são as doenças alérgicas. 
Um stress muito forte ocorre na pandemia pelo novo coronavírus 
SARS COV 2, em função do medo que envolve a situação. Sabe-se 
que o confinamento, o distanciamento social, as distorções de 
informações emitidas pela mídia, gerando apreensão desnecessária 
são prejudiciais, funcionam todos como fatores imunodepressores. 
31 
 
A alimentação e hábitos modernos como os piores inimigos da 
imunidade 
Muito mais do que os fatores ligados à poluição aérea a radiação 
solar anômala, está a alimentação industrializada como elemento 
prejudicial, não só à imunidade, mas à saúde humana e animal como 
um todo. São diversos os itens da dieta moderna capazes de 
impactar o organismo, entre eles: 
Açúcar branco – acidificante e desmineralizante, favorece a perda 
mineral, reduzindo a força de resposta imune. Diversos outros 
problemas estão ligados ao consumo excessivo de açúcar branco, 
como o diabetes, a obesidade, as cáries dentárias, a osteoporose e 
vários outros, incluindo o câncer. 
Carnes grelhadas no carvão. 
São três os efeitos da exposição de alimentos animais ao calor 
excessivo da brasa de carvão: 
Peroxidação lipídica – O calor excessivo oxida e satura a gordura da 
carne exposta ao calor, favorecendo a formação de ateromatose, 
obesidade e outros distúrbios metabólicos, que se refletem no 
sistema imunológico, reduzindo a sua eficiência. 
AGEs – Acrônimo para Advanced Glication Ended products (produtos 
derivados da glicação avançada de proteínas). São agentes 
resultantes da exposição da proteína animal ao calor rápido 
excessivo (churrascos feitos na brasa do carvão), capazes de se 
acumular no organismo e indiretamente produzir redução da 
capacidade de defesa do organismo. Um dos efeitos das AGEs é a 
ateromatose, produzindo inflamação crônica. 
Agrotóxicos - Diversos produtos químicos perigosos usados na 
agricultura, além de câncer, podem produzir drástica redução das 
defesas orgânicas, como os organofosforados e organoclorados, o 
Glifosato e todos os itens contendo mercúrio e outros metais 
pesados. 
Álcool – Já é notório e definitivo que o excesso de consumo de álcool 
reduz a resposta imunológica, principalmente pela sua ação 
degradadora do fígado, um dos mais importantes órgãos ligados à 
imunidade. 
32 
 
Aminas heterocíclicas aromáticas – São substâncias mutagênicas e 
carcinogênicas (capazes de produzir câncer), formadas em 
alimentos proteicos submetidos a diferentes métodos de cocção. Há 
diversos estudos epidemiológicos associando a ingestão de carnes 
grelhadas e cânceres em humanos. A cocção de alimentos contendo 
creatinina, como carnes, peixes e aves, sob temperatura acima de 
150º C por mais de dois minutos, gera as aminas heterocíclicas, que 
claramente danificam também o sistema imunológico. 
Frituras e a peroxidação lipídica 
Os óleos vegetais comuns, principalmente os poli-insaturados (soja, 
milho, arroz, canola, e até o de girassol) sofrem alterações estruturais 
quando submetidos ao calor elevado, saturando-se por oxidação 
(peroxidação lipídica). Passam a ser saturados, repletos de 
benzopireno (cancerígeno) e aminas heterocíclicas derivadas dos 
alimentos animais, razão pela qual tornam-se escuros. Assim, 
alteram a função metabólica expondo om organismo a doenças 
perigosas,ao mesmo tempo em que ajudam a reduzir a imunidade. 
Drogas 
Todas as drogas estupefacientes, naturais ou sintéticas, reduzem 
enormemente a capacidade de defesa do organismo, principalmente 
as anfetaminas, a cocaína, a heroína, o crack e similares. Devem ser 
completamente evitados. 
Medicamentos 
Os efeitos colaterais da maioria dos medicamentos, bem como as 
interações medicamentosas (ação conjunta dos mesmos no 
organismo), além de prejudicarem todo o organismo, são 
particularmente agentes imunodepressores. 
Metais pesados 
Derivados dos alimentos industrializados, das bebidas e da água 
potável, metais pesados, principalmente o alumínio, o mercúrio e o 
chumbo, são deletérios para a imunidade, pois interferem no 
mecanismo de produção das células imunológicas e produção de 
anticorpos. 
Radicais livres 
33 
 
Pela sua ação oxidante intensa, os radicais livres, em excesso, têm 
ação impactante na função dos linfócitos, prejudicando a sua 
atividade de defesa do organismo, além de outras ações prejudiciais. 
Refrigerantes 
Pela sua ação acidificante, e pela presença de açúcar em grande 
quantidade, além dos ingredientes artificiais, os refrigerantes estão 
no topo da lista dos itens mais prejudiciais ao sistema imunológico. 
Transgênicos 
Todos os alimentos geneticamente modificados, principalmente a 
soja, o arroz, o milho, causam confusão ao sistema imunológico, uma 
vez que sua estrutura genética não é fácil mente reconhecida pelo 
mecanismo de defesa, podendo produzir alergias ou doenças 
autoimunes. Pouco se sabe ainda sobre todos os possíveis efeitos 
desses grupos de alimentos no organismo. 
Xenobióticos - Plásticos e Bisfenol-A 
Os plásticos da família dos policarbonatos, que são plásticos mais 
duros, utilizados em garrafas, mamadeiras (proibidas recentemente 
pela ANVISA), material para fornos de micro-ondas, além de plástico 
fino para envolver alimentos, todos emitem o temível Bisfenol-A 
(cancerígeno e disruptor endócrino de alto potencial carcinogênico e 
mutagênico) quando submetidos ao calor ou a baixas temperaturas. 
Também estão presentes como revestimento de enlatados e sucos 
em caixas, muitas garrafas de água mineral e nos copos e copinhos 
de cafezinho. Neste caso, o calor do café em contato com o plástico 
do copinho emite substâncias cancerígenas e inflamatórias, além do 
Bisfenol-A. Obviamente terão todos influência negativa sobre o 
sistema de defesa imunológica. 
 A desbiose intestinal e a deficiência imunológica 
A desbiose intestinal é uma condição anômala do ambiente dos 
intestinos em que a função do órgão se altera quando a flora 
bacteriana normal é prejudicada por diversas condições, como 
fermentação excessiva, putrefação intestinal (ambos devido à má 
alimentação), perturbações enzimáticas e pela ação de diversos 
agentes, como antibióticos, corticoides, bactérias, vírus, fungos, etc. 
Nessa condição, a imunidade geral do organismo sofre impacto 
negativo e todo o mecanismo de defesa fica prejudicado. O fato se 
34 
 
agrava ainda mais se considerarmos que modernas pesquisas têm 
apontado os intestinos como corresponsáveis pela formação das 
células sanguíneas, principalmente as hemácias, o que torna os 
intestinos não apenas o “segundo cérebro”, mas um órgão tanto 
linfocitário imunológico, como hematopoiético (formador de sangue), 
talvez mais importante do que a medula óssea. 
A regularização da função intestinal e da boa condição de sua flora, 
através de uma dieta adequada e do uso de prébióticos e probióticos 
(ver adiante) são ações que repercutem tanto na saúde geral do 
organismo quanto na sua imunidade. 
 A importância da boa condição da flora intestinal 
 
O cuidado com a alimentação é fundamental para a boa saúde da 
flora intestinal, mas atualmente, com a poluição alimentar, é 
fundamental a reposição da flora intestinal com lactobacilos, mesmo 
para as pessoas com hábitos saudáveis. 
Lactobacilos acidófilos podem ser facilmente obtidos através do 
consumo de coalhada e iogurte, mas nem todos possuem 
lactobacilos acidófilos, daí ser importante certificar-se disso na 
aquisição de iogurtes e similares. Os iogurtes mais ricos nesse 
microrganismo são os caseiros, preparados por inoculação dos 
fermentos apropriados. Mesmo pessoas com deficiência da enzima 
dissociadora do açúcar do leite, a lactase, podem tolerar bem o 
iogurte. O iogurte é um alimento ativo, fonte de energia vital, 
lactobacilos, cálcio e uma das melhores defesas contra a deficiência 
da vitamina K. Como alimento probiótico (ver adiante), ele aumenta 
as defesas imunológicas estimulando a flora intestinal. O consumo 
diário de duas xícaras de iogurte, chega a aumentar em cinco vezes 
a capacidade imunológica. Mesmo produzido com leite integral, o 
consumo do iogurte auxilia no combate ao “mau” colesterol. 
O Kefir, de leite ou de água, é mais um importantíssimo recurso para 
a saúde dos intestinos e, consequentemente, para o sistema 
imunológico. 
Sobre o kefir e outros probióticos, ver adiante no capítulo referente 
aos suplementos que beneficiam o sistema imunológico. 
 
 
35 
 
Fatores, recursos e ações que aumentam a imunidade e 
protegem o organismo 
Com o advento da física quântica e o avanço da visão sistêmica (haja 
vista a evolução das práticas integrativas de saúde), estamos 
presenciando uma verdadeira revolução de conceitos e de 
percepções, que se refletem na prática terapêutica. 
O modelo médico fundamentado apenas (friso: apenas, ou tão 
somente) em fármacos sintomáticos, ou paliativos, ou seja: em 
“drogas anti alguma coisa” (úteis em emergências), já se mostra 
obsoleto (e prejudicial) há várias décadas, fato reconhecido pela 
Organização Mundial de Saúde, desde a reunião histórica de Alma 
Ata em 1978, quando se estabeleceu definitivamente a importância 
da Medicina Tradicional na promoção e proteção da saúde. 
Assim, o modelo médico e terapêutico mundial está se 
transformando. Cada vez mais os remédios e drogas paliativas 
(corticoides, antibióticos, antidepressivos, hipotensores, diuréticos, 
antialérgicos, antitérmicos, antiarrítmicos, cardiotônicos, etc.) se 
tornam restritas a um universo que atende a urgências e 
emergências específicas e não mais representam recursos capazes 
de promover a saúde. Ao contrário, a necessidade de seu uso é 
reflexo da falta de saúde, ou da sua deterioração. 
Junto com isso, avança uma concepção ontologicamente 
fundamentada numa nova epistemologia, onde o foco na doença se 
transmuta no foco no doente, ou na pessoa... e na saúde. 
Embora ainda a terapêutica e a medicina convencional sejam 98% 
centradas na estratégia de simples eliminação de sinais e sintomas 
como sinônimo de “saúde” (características da ótica cartesiana, 
reducionista e materialista, dita flexneriana, que entende ser a saúde 
apenas a ausência de doenças), a visão sistêmica, que representa o 
novo paradigma da Ciência, entende o homem em seu conjunto, com 
segmentos articulados e interdependentes. 
E foi exatamente esse novo e progressivo entendimento que permitiu 
– e tem permitido – a delineação de novos recursos e caminhos na 
terapêutica, onde se inclui uma nova concepção sobre o 
funcionamento do organismo e como se devem usar recursos 
capazes de promover a saúde através da aplicação de uma lógica e 
intelligentsia diferentes que, embora simples, são de difícil 
36 
 
entendimento para quem tem apenas formação acadêmica 
cartesiana fixa. Estamos nos referindo aos chamados recursos 
adaptogênicos e às ações moduladoras, restauradoras das funções 
e homeostase do corpo humano. Por isso, os adaptogênicos são 
considerados os novos recursos terapêuticos inteligentes. 
Por conceito, adaptogênicos são quaisquer fármacos, drogas, 
plantas, insumos naturais suplementos, alimentos, etc., capazes de 
contribuir para o bom funcionamento de uma ou mais funções do 
organismo. E a imunidadese insere nesse contexto enormemente, 
como é óbvio. 
A origem do conceito de adaptogenicidade e os fármacos 
sintomáticos 
Quando a ONU foi criada, e com ela a Organização Mundial de 
Saúde, era crença geral que as doenças poderiam ser eliminadas do 
planeta através de fármacos. Assim, a tuberculose, a malária, a lepra, 
e as doenças endêmicas, estavam com seus dias contados, 
principalmente com o advento dos antibióticos que, desde a 
penicilina, pareciam a promessa de uma humanidade sem doenças. 
Nessa época a indústria farmacêutica iniciava a sua grande 
ascensão e via nessa política uma forma de plasmar seus interesses. 
Com as décadas, percebeu-se a ilusão dessa ideia. Embora a 
indústria farmacêutica tenha alardeado que a tuberculose, por 
exemplo, teve sua incidência reduzida em todo orbe por causa da 
existência de antibióticos, a verdade é que tal fato se deveu à 
melhoria das condições sanitárias e não à ingestão de 
antibacterianos. E assim sucessivamente com diversas outras 
doenças. Na China de Mao Tsé Tung, quando a medicina tradicional 
chinesa foi relegada a planos inferiores (considerada uma medicina 
sem base científica), e o uso de drogas que faziam parte do arsenal 
terapêutico ocidental se tornou praxe, doenças infecciosas e 
infectocontagiosas (entre elas a blenorragia, que se tornou uma 
praga nesse país). A situação de saúde dos chineses só se modificou 
(e a blenorragia foi erradicada) com a retomada da medicina 
tradicional chinesa e a ação dos populares médicos pés descalços, 
com suas ervas e agulhas. O mesmo sucedeu na Índia, quando os 
ingleses impuseram suas drogas, de suas indústrias químicas 
milionárias e o povo indiano sofreu as maiores calamidades em 
termos de enfermidades. A situação somente voltou ao normal com 
37 
 
a independência, quando a medicina tradicional aiurvédica foi 
amplamente retomada. 
O que se evita comentar é que, ao contrário do projetado, apesar de 
hoje os antibióticos, de fato, salvarem vidas, as bactérias estão cada 
vez mais adaptadas aos mesmos, a ponto de infecções hospitalares, 
com bactérias potencialmente resistentes serem o grande fantasma 
desses nosocômios, ceifando muitas vidas anualmente. 
Porém, mais importante que isso, é o fato de que a estratégia de se 
combater aleatoriamente os sinais sintomas das doenças com 
drogas “anti” alguma coisa, é considerada a causa da explosão das 
doenças crônicas e degenerativas no seio da humanidade. 
Certamente úteis em determinadas situações agudas, as drogas 
“anti” não são geradoras da saúde e seu uso (quando não são 
removidas as causas das enfermidades), prejudica o organismo, seja 
através das interações medicamentosas (quando se misturam no 
organismo gerando a formação de outros compostos imprevisíveis), 
dos temíveis efeitos colaterais (as vezes piores do que a doença a 
ser tratada) e pela poluição que causam no organismo, pois cada 
elemento inserido no corpo humano é uma informação e, como tal, o 
organismo reage ou se adapta a ela, resultando em respostas e 
impactos de difícil relação de causa e efeito. Tal é o caso dos 
corticosteroides e de muitos quimioterápicos antineoplásicos. 
Essa concepção limitada, que impede o profissional de saúde de 
entender que o organismo é um conjunto interdependente, explica 
porque um médico prescreve um antibiótico por via oral e se esquece 
de proteger os intestinos do paciente contra a ação desbiótica do 
fármaco contra a flora saprófita. Tal negligência repercutirá 
certamente em redução da capacidade de defesa do organismo e a 
doença tratada, seja uma amidalite, uma pielonefrite, ou similar, 
reaparecerá com frequência, podendo tornar-se crônica. 
Talvez mais deletério do que não proteger a flora intestinal numa 
antibioticoterapia oral, é prescrever antibióticos aleatoriamente, sem 
se realizar uma cultura e um antibiograma, quando possível. 
Sabendo-se que cada bactéria, e em cada pessoa, é sensível ou 
resistente a um antibiótico, resulta não só como um ato 
inconsequente e irresponsável, mas insano, prescrever antibióticos 
sem se ter certeza se a infecção em curso é provocada por uma 
bactéria sensível a ele. 
38 
 
Pessoalmente considero algo ainda pior do que não proteger a flora 
intestinal na antibioticoterapia oral ou de prescrever esses fármacos 
sem antibiograma, que é prescreve-los para “prevenir” uma infecção. 
Aprendemos desde os primeiros anos de farmacologia que não 
existe antibioticoterapia profilática, ou seja, não há como se ter 
certeza de que se aparecer uma infecção no organismo ela será 
provocada por uma bactéria sensível a um antibiótico prescrito para 
destruí-la. Geralmente não e, por isso, aí estão os casos de 
superinfecções e até de óbitos por erro médico, devido ao uso prévio 
de um antibiótico que de nada vale para a bactéria que surgir. Por 
analogia, seria como mandar soldados para a guerra com balas de 
festim. 
 
Apesar dessas sombrias questões até serem eventualmente 
discutidas nos serviços médicos, essa a prática da antibioticoterapia 
“preventiva” é praxe em todos os serviços. Por isso se diz, 
jocosamente, que alguns médicos prescrevem antibióticos por via 
oral, outros por via intramuscular, outros ainda por via endovenosa, 
mas a maioria por via das dúvidas. 
 
 O advento dos fármacos inteligentes 
 
Descobertas não acontecem por causa da 
medicina. Elas acontecem porque alguém tem 
coragem de tentar. 
 Meredith Grey 
 
Graças à velocidade com que as pesquisas científicas são 
atualmente desenvolvidas e com tantos recursos tecnológicos 
modernos, uma incontável quantidade de informações e experiências 
sérias, com metodologia apropriada, tem sido realizadas em todos os 
pontos do planeta, observando os efeitos, tanto de plantas 
medicinais, quanto de nutrientes concentrados (fitonutrientes), 
aminoácidos, enzimas, microminerais, fármacos e produtos 
bioidênticos, algas, proteínas e outros itens, que não pertencem à 
39 
 
família das drogas sintéticas, mas muito mais ao universo dos 
adaptogênicos. 
O conceito de adaptogenicidade nasceu da percepção unificante da 
medicina oriental, em associação com novos conceitos 
farmacológicos ocidentais. No âmbito da terapêutica com drogas, os 
efeitos se devem à capacidade direta dos componentes de um 
remédio, planta, etc. em oposição aos sinais e sintomas. Já um 
adaptogênico é um modulador capaz de equilibrar o organismo e 
restabelecer sua harmonia, geralmente sem produzir danos, agindo 
como um regulador, e não um antagonista ou opositor. Como 
exemplo, temos a ação da famosa raiz de ginseng, rica em 
saponinas, mas cujo efeito se deve não só a elas, mas também à sua 
energia estrutural intrínseca (tão bem compreendidos hoje pela 
medicina quântica). Há diversos outros recursos adaptogênicos, 
como o alho (capaz de reduzir a pressão arterial sem ser um 
hipotensor, ao mesmo tempo que, mesmo em grandes quantidades, 
não diminui a pressão arterial de uma pessoa normotensa). 
Foi graças ao advento da terapia ortomolecular e da Nutrologia (de 
certo modo, filhas da naturopatia, da medicina natural, com a 
chancela da ciência analítica) que estes conceitos ganharam campo, 
tanto no universo das terapias oficiais quanto naquelas ditas “não 
convencionais”. Outros recursos, geralmente alimentos funcionais ou 
plantas, têm o mesmo efeito modulador, como a babosa (aloe vera), 
a cúrcuma, o gengibre, o noni, os cogumelos comestíveis, o alcaçuz, 
a própolis, etc., cada um no seu campo de ação. Esses produtos 
possuem tanto substâncias farmacologicamente ativas como agem 
segundo sua composição estrutural física e energética. E, 
atualmente, ressurgem no universo da terapêutica universal. 
 
 A revolução na terapêutica e na prevenção 
Esses novos dados que a todo instante nos chegam,se tornam 
disponíveis, principalmente, pelo advento da revolucionária Internet, 
não obstante, encontram uma classe médica que ainda reage de 
modo lento e, porque não dizer, com desconfiança, ou mesmo, em 
alguns círculos mais conservadores, refratariamente. 
Para o bem da medicina e da saúde da humanidade, é necessário 
evitar se colocar refratariamente, utilizando ainda velhos clichês e 
40 
 
estereótipos contra tudo de novo que surge. É bem certo que 
devemos ter estrito cuidado com a adoção de técnicas terapêuticas 
novas, principalmente diante da responsabilidade profissional em nós 
depositada pela sociedade. No entanto, em nome dessa mesma 
confiança, não podemos permitir que esse posicionamento impeça 
de chegar até nós aquilo que é verdadeiramente útil, eficaz e que 
pode representar um recurso capaz de beneficiar os doentes. Isso 
fica mais nítido se entendermos que não estamos nesta obra lidando 
com medicamentos perigosos ou com substâncias não identificadas 
cientificamente, mas com suplementos nutricionais, vitaminas, 
enzimas digestivas de fonte vegetal, ervas não tóxicas, produtos 
biológicos, alimentos concentrados, aminoácidos, etc., capazes de 
promover modificações, complementações e interferências suaves, 
geralmente não farmacológicas, sendo todos elementos geralmente 
inofensivos. 
A sensatez nos ensina a dimensionar adequadamente cada caso em 
tratamento e estabelecer um protocolo ou sistema terapêutico 
inteligente. Muitas vezes, grande parte dos itens aqui apresentados 
podem e devem ser utilizados como auxiliares à prática terapêutica 
convencional, em associação a ela e aos medicamentos geralmente 
adotados pela comunidade médica. Em outros casos, podem 
funcionar como recursos principais, notadamente nas reposições 
vitamínicas e enzimáticas, nas doenças crônicas e degenerativas, 
quando falha o tratamento farmacológico ou não existem recursos 
terapêuticos oficiais. 
Imunomodulação – a chave do equilíbrio imunológico até agora 
mal compreendida 
Por imunomodulação se compreende o ajuste regulatório e funcional 
do sistema imunológico. Ocorre de modo espontâneo num 
organismo saudável, mas pode ser induzida por ação humana. 
A imunomodulação está relacionada com o conceito de homeostase 
e com outros mecanismos de compensação, quando o organismo se 
autorregula para ajustar as respostas aos níveis adaptativos, como a 
regulação da pressão arterial, do equilíbrio hidroeletrolítico, da 
gasometria arterial, do equilíbrio neurovegetativo, etc. 
A imunomodulação constitui parte da imunoterapia, na qual as 
respostas imunes são induzidas, amplificadas, atenuadas ou 
prevenidas de acordo com os objetivos do processo terapêutico, 
https://en.wikipedia.org/wiki/Immune_system
https://en.wikipedia.org/wiki/Homeostasis
https://en.wikipedia.org/wiki/Immunotherapy
41 
 
quando a terapia biológica fundamenta o tratamento de uma 
enfermidade através da ativação ou supressão do sistema 
imunológico. Por exemplo, uma imunoterapia destinada a induzir ou 
amplificar uma resposta imune é classificada como de 
ativação, enquanto as imunoterapias que reduzem ou suprimem são 
classificadas como de supressão. 
Cada vez mais a imunoterapia se amplia entre pesquisadores, 
médicos e empresas farmacêuticas, principalmente para o 
tratamento de vários tipos de câncer. Nesse âmbito, é praxe médica 
mundial o uso da imunomodulação pelo BCG – uma vacina contra a 
tuberculose -, com sucesso no tratamento de alguns tipos de câncer 
de bexiga e de pele (melanomas), bem como do interferon, em outras 
formas de tumores malignos. 
A grande vantagem dos tratamentos imunomoduladores é a menor 
incidência de efeitos colaterais e menor potencial para 
criar resistências bacterianas. 
Alergias 
Alergias são respostas exacerbadas do sistema imunológico a um ou 
mais tipos de alérgenos, ou antígenos externos. A redução dessa 
resposta excessiva é geralmente realizada com a aplicação de anti-
histamínicos ou corticosteroides, que apenas tratam os sintomas 
alérgicos. A imunoterapia atua reduzindo a sensibilidade 
aos alérgenos , diminuindo sua gravidade, por meio da 
dessensibilização aos fatores antigênicos, visando a 
imunomodulação. 
 
As doenças autoimunes e a necessidade da imunomodulação. 
As doenças autoimunes se caracterizam por defeitos congênitos ou 
adquiridos, relacionados à tolerância imunológica central ou 
periférica. Nesse grupo estão doenças como a artrite reumatoide, o 
lúpus eritematoso sistêmico, a tireoidite de Hashimoto, o diabetes 
tipo I e muitas outras. Uma propensão genética geralmente está 
associada ao desenvolvimento da maioria desses distúrbios, mas um 
fator desencadeante externo, ou tumor, pode ser necessário para o 
desencadeamento de uma resposta autoimune. Hoje são conhecidos 
diversos agentes imunossupressores capazes de reduzir os sintomas 
dessas enfermidades, porém produzem efeitos danosos. É a 
https://en.wikipedia.org/wiki/Immune_system
https://en.wikipedia.org/wiki/Immune_system
https://en.wikipedia.org/wiki/Pharmaceutical_industry
https://en.wikipedia.org/wiki/Cancer
https://en.wikipedia.org/wiki/Antimicrobial_resistance
https://en.wikipedia.org/wiki/Antihistamine
https://en.wikipedia.org/wiki/Antihistamine
https://en.wikipedia.org/wiki/Corticosteroids
https://en.wikipedia.org/wiki/Allergen
https://www.sciencedirect.com/topics/medicine-and-dentistry/immunological-tolerance
https://www.sciencedirect.com/topics/medicine-and-dentistry/immunosuppressive-drug
42 
 
imunomodulação a via mais inteligente de tratamento, uma vez que 
seu objetivo em doenças autoimunes é produzir auto tolerância 
sem imunossupressão global, o que resulta em menor risco de 
infecção, de perda de vigilância imunológica, prevenindo o 
desenvolvimento de doenças malignas secundárias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://www.sciencedirect.com/topics/medicine-and-dentistry/immunosuppressive-treatment
https://www.sciencedirect.com/topics/medicine-and-dentistry/immunosurveillance
43 
 
 Os super alimentos campeões da imunidade 
A bem da verdade, todos os sistemas e aparelhos do corpo humano 
funcionam em sua total capacidade, desde que fatores externos e 
internos não lhes prejudiquem. Com o sistema imunológico não 
poderia ser diferente. 
A vida tranquila, em local natural, com água e ar puro, sem poluição 
atmosférica ou sonora, sem preocupações excessivas ou trabalho 
estafante, com uma aclimatação também natural, equilibrada e pura, 
são suficientes para uma saúde em bom estado e as defesas 
orgânicas funcionarem à contento. Entretanto, estas condições são 
raras de serem vistas em conjunto e, mesmo na vida em contato com 
a natureza, existem diversos elementos que prejudicam a nossa 
saúde, principalmente no tocante à alimentação industrializada, 
presente em praticamente todos os lares brasileiros. 
Mas há alguns recursos capazes de proteger e aprimorar nossa 
saúde e nossas defesas orgânicas, e elas são relativamente simples, 
mais ligadas a ali mentos e recursos naturais. Entre eles estão os 
chamados super alimentos 
 
Agrião 
Pela sua composição complexa, o agrião é uma verdura de grande 
ação adaptogênica, capaz, por isso, de modular o sistema 
imunológico. Tem notável poder medicinal e alimentício, pela sua rica 
composição de iodo, ferro, magnésio e vitamina C, além de 
componentes químicos naturais. É até mais rico em ferro que a couve 
e o espinafre, com os talos ricos em iodo. Tem ação estimulante da 
digestão, descongestionante dos brônquios e pulmões 
(expectorante), combate as inflamações, é desintoxicante do sangue, 
estimula os rins na produção de urina e é cicatrizante para úlceras 
internas e externas. Tem emprego no combate à carência de 
vitamina C (como no escorbuto, por exemplo) e de iodo (como no 
bócio, por exemplo). 
Para ser abundantemente consumido cru, em saladas. 
 
Alecrim44 
 
Trata-se de uma planta com notáveis propriedades para a saúde. 
Sendo rico em compostos flavonoides, terpenos e ácidos fenólicos, 
apresenta forte ação antioxidante, também com ação antibiótica e 
antisséptica, além de ser depurativo e diurético. Talvez o alecrim 
(rosmarinus officinalis) seja uma das mais poderosas plantas para a 
modulação e saúde do sistema imunológico. Pode ser usado sobre 
a forma de chá simples das folhas, 3 vezes ao dia. 
Alho 
O alho é conhecido pelas suas excepcionais propriedades medicinais 
desde tempos antigos, porém não havia uma explicação científica 
para esses efeitos. Hoje ele é um dos alimentos mais estudados 
cientificamente, sendo um dos mais importantes alimentos ou 
recursos medicinais adaptogênicos. Seus efeitos medicinais se 
devem-se à presença de componentes como alicina, garlicina, 
polissulfureto de alilo, cálcio, germânio, vitaminas: A, B1, B2 e C, 
óleos essenciais e proteínas. No organismo, os componentes do alho 
têm ação anti-inflamatória, depurativa do sangue, além de combater 
a tosse, é vermífugo, é estimulante do suco gástrico, antitussígeno, 
anticatarral, antisséptico, redutor da pressão arterial (só age para 
quem tem pressão alta), febrífugo, sendo um potente antibiótico 
natural contra vírus, fungos e muitas bactérias. Tem largo emprego, 
portanto, nas doenças catarrais, além de amidalite, otite, difteria e 
reumatismo. É tido como inibidor do câncer devido à alicisteína e ao 
germânio. 
Como adaptogênico é um dos recursos naturais mais potentes 
imunologicamente, pois age em dupla vertente: como um antiviral e 
ao mesmo tempo um forte imunomodulador. 
Deve ser ingerido cru, juntamente com outros alimentos, na 
quantidade mínima de u dente médio por dia, ou mais. 
Arroz integral 
Pelo seu alto teor em nutriente e principalmente em fibras, além da 
sua elevada capacidade desintoxicante, o arroz integral atua como 
formidável auxiliar no mecanismo de defesa do organismo, 
principalmente pela sua ação nos intestinos, o mais importante órgão 
linfoide do corpo humano. 
Deve ser consumido regularmente, bem mastigado, em substituição 
ao arroz branco comum. 
45 
 
Azeite de oliva 
O azeite de oliva puro extra virgem é um grande recurso alimentar e 
ao mesmo tempo um excelente remédio. É rico em óleos insaturados 
(Omega 3. 6 e 9), com efeito laxante e protetor da mucosa do 
aparelho digestivo. Por isso, é considerado um grande protetor das 
funções de defesa do organismo. 
Deve ser consumido sem ser aquecido, em saladas, etc. 
Brócolis 
Um alimento da família das crucíferas, muito rico em compostos 
ativos protetores das células, como sulforafane e carbinol. Contém 
também Clorofila, vitamina A (betacaroteno) e C, ferro, enxofre, 
potássio e cálcio. Tem ação antioxidante (protetor contra o câncer), 
nutritiva, combate as anemias e é calcificante. Um dos mais 
poderosos recursos para a vida do sistema imunológico, que 
depende das boas condições orgânicas para bem desempenhar sua 
função. 
Deve ser consumido levemente cozido, com frequência, pelo menos 
duas vezes por semana. 
Brotos 
Todo grão brotado, como de feijão, alfafa, lentilha, nabo, que tenha 
ativado o mecanismo de brotamento, transforma seu amido em outra 
estrutura, que tem como objetivo formar uma nova planta, dispondo 
a partir de então de um tipo de energia vital, ainda não compreendida 
pela ciência. Sua ingestão transfere esse tipo de energia de alto 
potencial quântico para o organismo, o que se reflete no sistema 
imunológico, potencializando-o e fortalecendo-o. Brotos podem ser 
produzidos em casa, ou adquiridos no comércio afim. Consomem-se 
crus, em saladas, ou o de feijão, que pode ser consumido cozido. 
Camu-camu 
Fruta amazônica de imenso potencial adaptogênico, sendo uma das 
mais ricas frutas em vitamina C conhecida, 20 vezes superior à 
acerola. Por isso, e pela presença de outros nutrientes como 
vitaminas do complexo B, o camu-camu é um excelente 
potencializador das defesas orgânicas, seja na sua forma natural, em 
sucos ou em suplementos em cápsulas. 
46 
 
Cebola 
Contém alicina, sulfeto de alilo, sais minerais, vitaminas A, B1 e C. 
Tem ação desintoxicante, depurativa, estimulante da produção de 
urina (diurética), combate o excesso de colesterol e ácido úrico, é 
expectorante. Por suas propriedades depurativas, a cebola ingerida 
habitualmente, principalmente crua em saladas, é um grande 
coadjuvante no fortalecimento das defesas do organismo. 
Os melhores efeitos são obtidos com o consumo da cebola crua, em 
saladas, etc. 
 
Cenoura 
Contém vitamina A (betacaroteno), vitamina C, vitamina E, vitaminas 
do complexo B, fibras, sais minerais: ferro, cálcio, fósforo, iodo, 
potássio, cobalto, flúor, magnésio, manganês, silício. Contém 
também falcarinol, antioxidante e anticancerígeno. De grande 
capacidade nutricional, a cenoura, com seu betacaroteno, deve ser 
ingerida crua ou cozida, com frequência, para fortalecer o sistema 
imunológico. 
 . 
Chicória 
Verdura rica em clorofila, cálcio, ferro, magnésio e iodo. É digestiva, 
estimula o apetite, estimulante da produção de urina (diurético), 
vermífuga, mineralizante, laxante. Por tudo isso seu consumo regular 
reflete-se em bom estado do sistema imunológico. 
Consumir crua, em saladas. 
 
Coco 
Contém óleos saturados e insaturados (maior quantidade), lecitinas, 
proteínas, sais minerais, açúcares, glicerofosfatos. O coco é calórico, 
nutritivo, mineralizante, a sua água é estimulante da produção de 
urina (diurético), febrífugo, combate as inflamações, estimula o 
apetite, é depurativo do sangue e vermífugo geral (incluindo para a 
solitária). Pela sua ação salutar, tem efeito positivo nas defesas 
orgânicas. Sua água tem forte efeito hidratante e de equilíbrio 
47 
 
hidroeletrolítico, já que possui frutose e sais minerais quase 
semelhantes ao plasma humano. Deve ser consumido regularmente. 
 
Coentro 
O coentro (coriander sativum) pode ser encontrado na forma de 
folhas frescas ou sementes, sendo que ambos possuem 
propriedades importantes para o bom funcionamento do organismo 
e do sistema imunológico. 
Efeito antibacteriano, antiviral e antifúngico 
O coentro possuiu um componente denominado dodecenal, 
responsável pela capacidade antibacteriana da planta, sendo capaz 
de eliminar diversos tipos de bactérias, como é o caso da salmonela. 
Fonte de vitamina C 
O coentro é uma excelente fonte de vitamina C e de outras vitaminas 
essenciais, como o ácido fólico, a vitamina A e o betacaroteno. 
Estudos indicam que somente uma pequena quantidade de folhas e 
sementes de coentro já é suficiente para suprir mais de 1/3 de nossas 
necessidades diárias de vitamina C. 
Além de fortalecer o sistema imunológico, a vitamina C também atua 
na formação de colágeno, nutriente essencial para evitar a flacidez e 
manter a saúde da pele. 
O dodecenal impede a ocorrência de intoxicação alimentar que 
provocada pela maionese feita com ovos, ou contaminada. 
O coentro é um poderoso desintoxicante e depurativo de metais 
pesados do organismo 
Atualmente grande parte dos alimentos naturais consumidos estão 
contaminados com metais pesados devido ao uso de agrotóxicos. E 
não somente os vegetais: alguns peixes, panelas e até mesmo nossa 
água podem estar nos contaminando com metais pesados. 
Nessa situação, o coentro pode ser um aliado, pois ajuda a eliminar 
metais como o alumínio, chumbo e mercúrio do nosso corpo, de 
maneira simples e natural. 
48 
 
Nesse processo, conhecido como quelação, o coentro se liga aos 
metais pesados que estão estocados em células gordurosas e os 
joga para a corrente sanguínea, o que facilita sua eliminação. 
 
Para o controle do peso 
O coentro emagrece e contribui para a manutenção de um peso 
saudável em longo prazo. 
O consumo regular de coentro ajuda a emagrecer por dois motivos: 
Impede o acúmulo de gordura: as folhase as sementes do coentro 
contêm limoneno, uma substância química que age como um 
hormônio natural e dificulta o acúmulo de gordura na região 
abdominal. Isso ocorre porque o limoneno impede a absorção de 
uma parte das gorduras saturadas no sistema digestivo, o que 
permite que elas sejam mais facilmente eliminadas. 
Ajuda a controlar as taxas de glicose 
De acordo com um estudo publicado no Indian Journal of 
Experimental Biology, o coentro ajuda a controlar as taxas de açúcar 
do sangue e também tem um potencial antioxidante, combatendo 
radicais livres. 
Em uma pesquisa feita com animais de laboratório diabéticos, o 
extrato de semente de coentro contribuiu para diminuir 
significativamente os níveis de açúcar e insulina na corrente 
sanguínea. 
O extrato também se mostrou capaz de restabelecer os níveis 
normais de antioxidantes que haviam diminuindo em razão da 
diabetes. Lembrando que os antioxidantes contribuem para a 
prevenção do envelhecimento precoce e de doenças. 
Auxiliar na redução da pressão arterial 
Mais um dos benefícios do coentro é regular os níveis de pressão 
arterial, reduzindo a hipertensão. O coentro é rico em cálcio, 
potássio, magnésio, ferro e manganês, além de quase não conter 
sódio. Graças à presença de ácido palmítico, ácido esteárico e 
ácido ascórbico, o coentro contribui para elevar os níveis do bom 
colesterol (HDL) e diminuir o LDL (mau colesterol); 
49 
 
Cada 100g de coentro possui 521 mg de potássio e apenas 46 mg 
de sódio. 
Além de prevenir as cãibras, o potássio trabalha com o sódio para 
manter equilibrado o nível de água nas células. Enquanto o último 
retém o líquido, o primeiro provoca a excreção. Isso significa que, ao 
contrabalancear o excesso de sódio, o potássio do coentro melhora 
o tônus vascular, reduzindo a pressão arterial. 
O balanço iônico entre as altas concentrações de magnésio e as 
baixas quantidades de sódio ajuda a controlar os batimentos 
cardíacos e diminuir a pressão. 
Melhora a digestão 
As folhas de coentro são utilizadas há séculos pelos povos asiáticos 
para auxiliar no tratamento de males digestivos, como gases, 
náuseas, má digestão e dores abdominais. Isso ocorre devidos às 
propriedades do coentro de estimular o organismo a produzir mais 
enzimas e sucos digestivos, facilitando a digestão e impedindo a 
formação de gases. 
O coentro também estimula o peristaltismo, ou seja, os movimentos 
que facilitam e aceleram a passagem dos alimentos pelo sistema 
digestivo. Isso torna o coentro um laxante suave e natural. Já suas 
folhas desidratadas podem ser utilizadas para combater crises de 
vômito e diarreia. 
Mais um dos benefícios do coentro na digestão é melhorar as 
funções do fígado, um dos órgãos mais importantes para quem 
precisa emagrecer. 
Um tônico do coração 
O coentro apresenta diversos compostos capazes de melhorar os 
níveis de colesterol e prevenir doenças cardíacas, tais como 
antioxidantes, vitaminas, óleos essenciais e fibra alimentar, que 
atuam na diminuição das taxas de LDL (colesterol ruim) e contribuem 
para elevar os níveis do bom colesterol (HDL). 
Outro dos benefício do coentro é impedir a arteriosclerose, o 
enrijecimento das artérias devido ao acúmulo de placas. O coentro 
atua dissolvendo o LDL que está acumulado nas paredes das 
artérias, reduzindo assim o risco de doenças do coração. 
50 
 
Fonte formidável de antioxidantes 
As folhas de coentro fornecem ótimas propriedades antioxidantes, 
como por exemplo a quercetina. 
Os principais benefícios do coentro por conter antioxidantes são 
combater os radicais livres e impedir a degeneração precoce de 
células sadias. Na prática, significa que o coentro pode auxiliar na 
prevenção do envelhecimento precoce e também diminuir o risco de 
algumas doenças degenerativas, como Mal de Alzheimer, e outras 
condições como o câncer e o diabetes. 
Ação como relaxante muscular 
Além de fortalecer o sistema cardiovascular, melhora a digestão e 
previne doenças e atua como um relaxante muscular. 
Ideal para praticantes de esportes e atividades musculares, para 
recuperação após treinos pesados, que produzem excesso de ácido 
lático e dores. O coentro relaxa a musculatura e facilita a 
recuperação muscular. 
Um ansiolítico natural 
Tem propriedade relaxante e tranquilizante natural, que pode ser 
utilizado para tratar a ansiedade e diminuir a tensão causada pelo 
estresse, principalmente pela presença de todas as vitaminas no 
complexo B na sua estrutura 
Anti-inflamatório natural 
O coentro possui atividade anti-inflamatória que o permite aliviar 
dores causadas por condições inflamatórias como artrite e também 
reduzir pequenos inchaços. Essa propriedade também protege o 
sistema nervoso contra os danos causados por doenças 
degenerativas. 
Ação diurética 
Ajuda a combater a retenção de líquidos, por estimular o 
funcionamento dos rins, em ação diurética natural. 
Os melhores efeitos do coentro são obtidos com seu consumo na 
forma crua da folha, como por exemplo em saladas ou em sucos 
onde elas podem ser usadas em grande quantidade, até um maço 
51 
 
por dia. No entanto, mesmo cozido, como tempero em pratos 
especiais, a planta produz efeitos similares. 
Na forma de sementes, usar amassadas para a confecção de um 
chá, que deve ser consumido 3 vezes ao dia, após as refeições. 
Cogumelos 
Pelo seu alto teor em beta-glucanas, compostos de elevada ação 
adaptogênica, protetora do câncer e imunomoduladora, os 
cogumelos comestíveis do tipo comum, ou mais potencialmente 
ainda o fungui, o shitake, o shimeji e alguns outros, representam 
alimentos de suma importância para a imunidade. Os cogumelos 
medicinais não comestíveis, como o Ganoderma lucidum, o 
cogumelo do sol e outros também possuem o mesmo efeito. 
Além da beta-glucana, os cogumelos são ricos em vitaminas do 
complexo B, minerais como o magnésio, o zinco e o cobre, recursos 
também de impacto positivo sobre o sistema de defesas. 
Os cogumelos comestíveis citados devem ser consumidos cozidos 
regularmente e os medicinais, usados como suplementos, na forma 
de cápsulas ou similares, encontráveis no comércio afim. 
Couve 
 
Contém vitamina A, C e principalmente K. além de cálcio, ferro, 
magnésio, manganês e muita clorofila. Tem ação cicatrizante, 
mineralizante, laxante, combate as anemias, combate as 
inflamações, é antisséptica, vermífuga, antitussígena, cicatrizante e 
levemente analgésica. Pela sua riqueza nesses componentes, o 
consumo regular de couve, crua ou cozida, é mais um bom recuso 
para a boa imunidade. 
Cupuaçu 
Originário da Amazônia, o cupuaçu é um fruto que ganhou fama por 
trazer benefícios para a saúde e para a estética. Com sabor agridoce, 
o fruto é composto por uma casca rígida, mas seu interior é macio e 
muito saboroso. Em algumas regiões do país o cupuaçu é conhecido 
como “farmácia em uma fruta”, pois contém polifenóis únicos, 
fitonutrientes e diversos antioxidantes, como Vitamina A e C, ácidos 
52 
 
graxos essenciais, aminoácidos, fósforo, fibras, além das vitaminas 
B1, B2 e B3. 
Recentemente cientistas encontrou dois novos antioxidantes que, até 
então, eram completamente desconhecidos, a deteograndina I e 
teograndina II, potentes protetores celulares antioxidantes e 
imunomoduladores, não encontrados em nenhuma outra planta. 
O cupuaçu é uma arma excelente para regular a homocisteína no seu 
sangue. A homocisteína é um aminoácido que é criado no corpo 
como resultado da oxidação, e é tipicamente inofensivo, desde que 
tenha níveis normais, mas quando em excesso é tóxica para as 
artérias, sendo correlacionada com risco aumentado de Doença 
Cardiovascular e Doença de Alzheimer e a imunodepressão. Esse 
excesso pode ser corrigido com antioxidantes e vitaminas B e o 
cupuaçu tem ambos. Além disso, ele contém outros flavonoides que 
completam a proteção imunológica: 
Quercetina: importante para musculatura cardíacae produção de 
mitocôndrias, aumentando energia para suas células e coração. 
Epicatequina: preserva a função do sistema cardiovascular, 
melhorando os vasos sanguíneos, paredes das artérias e válvulas 
cardíacas. 
Glucuronidas: são compostos que se ligam a toxinas hepáticas e 
auxilia o corpo na sua eliminação. 
Todos os componentes, mas principalmente os compostos de 
polifenóis do cupuaçu são varredores de radicais livres, protetores de 
DNA, que são importantes para regular a resposta inflamatória do 
corpo e manter o sistema imunológico saudável. 
 
Cúrcuma 
A cúrcuma é uma planta originária na Ásia, onde tem sido usada na 
medicina tradicional oriental por mais de 10 mil anos. Também 
chamada de açafrão da terra, ela é um rizoma (caule subterrâneo) 
pertencente à mesma família do gengibre, frequentemente 
confundida com o açafrão, um estigma da flor do crocus sativus, 
planta da família das Iridáceas, é mais aplicada como tempero. A 
cúrcuma sempre fez parte dos recursos medicinais naturais, mas 
53 
 
atualmente com o avanço da tecnologia, suas propriedades estão 
sendo cada vez mais conhecidas e aplicadas. 
A cúrcuma tem atividade imunomoduladora, equilibrando o sistema 
imunológico. Seu componente principal é a curcumina (identificada 
quimicamente como diferuloImetano), seguida da 
demetoxcurcumina e bisdemetoxicurcumina. Óleos essenciais 
(turmona aromática) e o tetrahidrocurcuminoide (THC), seu 
metabolito ativo. Assim a cúrcuma apresenta efeitos principalmente 
antibacterianos, antifúngicos e antiparasitários e, mais atualmente 
descobriu-se sua capacidade de inibir a integrasse, enzima que 
favorece o desenvolvimento do vírus HIV-1. Também foram 
demonstrados efeitos específicos sobre outros tecidos e órgãos, 
como a pele, sistema digestivo e respiratório e fígado. Os cientistas 
concluíram que essas propriedades se devem a diferentes 
mecanismos de ação. A curcumina tem efeitos anti-inflamatórios e 
capacidade imunomoduladora, principalmente alterando o perfil de 
citocinas de linfócitos T auxiliares e atividade hipolipidémica (baixa 
o LDL colesterol, triglicérides e fosfolipídios. 
Estudos atuais demonstram que a substância tem capacidade de 
estabilizar as membranas e para impedir a peroxidação lipídica, um 
processo chave no estabelecimento, progressão e complicações de 
muitas doenças do fígado, rim, enfermidades cardiovasculares, 
neurodegenerativas, bem como no diabetes. Pesquisas mais 
recentes apontam para sua atividade anticancerígena, 
principalmente contra câncer de pele, cólon e duodeno, como 
tratamento e como prevenção para os casos de pessoas suscetíveis. 
Um anti-inflamatório natural potente 
 A cúrcuma é também eficiente nas crises de artrite, pois ajuda a 
reduzir os efeitos dessa doença graças aos efeitos anti-inflamatórios. 
Ela atua sobre a chamada “cascata inflamatória, retardando a 
produção de mediadores inflamatórios por inibição das enzimas 
ciclooxigenase-2 (COX-2) e 5-lipoxigenase (5-LO). Também desativa 
o TNF alfa, pressionando a via de sinalização NF-kB. NF-KB, que 
desempenham um papel fundamental no desencadeamento e 
manutenção de processos inflamatório, associados à artrite 
reumatoide e a numerosos problemas de saúde como asma, 
alergias, aterosclerose, insuficiência cardíaca, outras doenças 
autoimunes (esclerose múltipla, arterites, etc.), AIDS, choque 
54 
 
séptico, sarcoidose, DPOC, diabetes, síndrome do intestino irritável 
(IBS), etc. Além disso, os pesquisadores acreditam que o aumento 
da atividade de NF-kB é uma das principais causas do 
envelhecimento e suas patologias associadas e influencia a 
expectativa de vida. 
Como usar 
Recomenda-se a ingestão da cúrcuma sob a forma de cápsulas 
contendo o pó concentrado do rizoma desidratado. Ideal é ingerir 3 
cápsulas de 600mg por dia, às refeições. A dose em casos 
específicos pode variar segundo a indicação. A curcumina é 
considerada muito segura, mesmo em doses elevadas de doses 
elevadas para a maioria das pessoas. 
 
Gengibre 
O gengibre é considerado um grande alimento funcional e um forte 
recurso adaptogênico, pela sua composição complexa, rica em 
antioxidantes e agentes protetores do sistema imunológico. Um dos 
recursos vegetais mais utilizado pela humanidade, desde os tempos 
mais remotos, e em quase todas as culturas, seja como alimento 
(tempero) ou como remédio. 
Possui resinas e óleos voláteis aos quais se devem as suas 
propriedades estomáquicas e carminativas. O gengibre é muito rico 
em vitamina C. 
O pó, a tintura ou o chá de gengibre são famosos no tratamento de 
viroses de todos os tipos, principalmente nas gripes, resfriados, 
sinusites, rinites, amidalites, afonia, tosse, pneumonias, etc. 
Externamente tem aplicação contra infecções, inflamações da pele, 
das unhas e contra manchas provocadas por parasitas ou fungos. 
Cada 250 mg do pó de gengibre contêm 4% (10 mg) de óleos 
voláteis ricos em princípios ativos, sendo os mais importantes a 
zingiberona, o bisabolene e vários gingeróis. 
É usado sob a forma fresca nos alimentos, ou como pó seco, para 
ser usado em água e sucos. Há também em cápsulas. 
 
Inhame 
55 
 
 
Contém amidos, carboidratos, aminoácidos, mucilagens, fibras 
absorvíveis e não absorvíveis. Como alimento, o inhame é 
notadamente desintoxicante, depurativo, laxante, antirreumático, 
combate o excesso de ácido úrico (antiartrítico). Também é usado 
externamente em cataplasmas. 
 
Lima-da-pérsia (Citrus bergamota) 
 
É a lima amarga. Uma fruta de notáveis poderes medicinais. O suco 
espremido é digestivo diurético, estimulante do apetite e protetor do 
fígado, intestinos, vesícula e bexiga. Um bom auxiliar nos distúrbios 
da próstata. É nutritivo, rico em vitamina C, taninos, bioflavonoides, 
sais minerais. Comida com bagaço, a lima-da-pérsia é um dos 
grandes recursos contra a prisão de ventre, na reeducação intestinal. 
As sementes possuem um óleo de cheiro suave, indicado nas 
perturbações estomacais, combate as cólicas e é vermífugo. 
 
Limão 
 
Um grande remédio da natureza, desde tempos antigos. É rico em 
vitamina C e ácido cítrico, sendo, por isso um fortalecedor das 
defesas orgânicas. O limão contém limoneno que combate 
poderosamente os radicais livres, moléculas associadas ao 
envelhecimento precoce e a várias doenças, incluindo o câncer. O 
ácido ascórbico fortalece os capilares, vasos sanguíneos diminutos, 
e as paredes celulares, sendo agente essencial na formação do 
colágeno, proteína do tecido conjuntivo. A vitamina C presente no 
limão oferece proteção contra o câncer e as doenças cardíacas. O 
ácido cítrico é um recurso natural comprovado contra a artrite e o 
reumatismo. 
 
Maçã 
Contém pectina e outras fibras de importância, vitaminas A, B1, B2, 
C, sais minerais (potássio, fósforo, sódio, ferro), ácido málico e 
56 
 
carboidratos. Como alimento tem ação estimulante da função 
intestinal, é um bom depurativo do sangue, protetor das vias 
respiratórias, laxante, digestivo, antiácido e redutor do excesso de 
colesterol. 
 
Mamão 
Pode ser considerarado o rei dos laxantes do reino vegetal. Contém 
vitamina C, pigmentos (vitamina A ou betacaroteno), vitaminas do 
complexo B, cálcio, fósforo, ferro, potássio, magnésio, fibras, papaína 
e outras enzimas. Tem ação notadamente digestiva, desintoxicante, 
estimulante da produção de urina (diurético), laxante. 
 
Manga 
 
Contém vitamina C, pigmentos (betacaroteno, quercetina), vitaminas 
do complexo B, proteínas, fibras, cálcio, fósforo, ferro, potássio, 
magnésio, enzimas digestivas. Tem ação: nutritiva, digestiva, 
estimulante da produção de urina (diurética), depurativa do sangue, 
laxante e antioxidante (combate os radicais livres, as inflamações e 
os tumores). 
 
Melancia 
 
Possui como alcaloide ativo: cucurbocitrina, principalmente nas 
sementes. A polpa contém açúcares, vitamina C, pigmentos 
(betacaroteno,licopeno), potássio, magnésio. Como alimento tem 
ação estimulante da produção de urina (diurética), refrescante, tônica 
e levemente laxante. 
 
Melão 
 
Contém vitamina C, vitamina A (betacaroteno), potássio, magnésio, 
licopeno. Como alimento tem ação: mineralizante, estimulante da 
57 
 
produção de urina (diurético), depurativa, laxante, antirreumática, 
redutora do ácido úrico. 
 
Misso 
Misso é um produto derivado da fermentação da soja em meio salino, 
tradicional na culinária japonesa. Muito rico em proteínas 
elementares, nutrientes e leveduras que se formam durante o 
processo de fermentação, é um poderoso recurso para a saúde, 
principalmente por sua ação potencializadora das defesas do 
organismo. É consumido geralmente em sopas ou pastas especiais. 
Nabo 
 
O nabo é uma hortaliça que contém muitas enzimas digestivas, 
vitamina C, sais minerais e pigmentos (bioflavonoides). Tem ação 
digestiva, estimulante da produção de urina (diurético), combate o 
excesso de ácido úrico e o reumatismo. Pode ser comido 
regularmente refogado, em sopas ou caldos, etc. ou cru (ralado) em 
saladas, ou conforme indicado no próximo capítulo. 
 
Ovos 
Ovos de qualidade são os naturalmente produzidos por galinhas 
soltas, ou orgânicos. A clara é rica em albumina, proteína que 
compõem o sangue, ao passo que a gema, além de proteínas, é rica 
em vitaminas, principalmente as vitaminas A e D, fortemente 
envolvidas com a imunidade. Além disso a gema do ovo é rica em 
luteína e zeaxantina, compostos de grande ação também sobre o 
sistema imunológico. Não é verdadeira a informação de que o ovos 
de galinha possuem excesso de colesterol, outrossim, são fontes de 
ácidos graxos, incluindo Omega 3 e outros. 
 
Pimentas 
O consumo de pimenta, com moderação, é muito salutar pata as 
defesas orgânicas. 
58 
 
Há basicamente de tipos de pimenta, classificadas por sua 
composição. Aquelas que possuem piperina (gênero piper) ou a 
capsaicina (Gênero capsicum). 
A capsaicina é um componente químico que estimula os termo 
receptores das mucosas e da pele, em de pendência da quantidade 
do princípio ativo. Já a piperina tem ação cáustica direta, irritando a 
área de contato, produzindo efeitos vasodilatadores semelhantes à 
capsaicina, mas de modo quimicamente diferente. 
Foram identificados e isolados cinco componentes naturais da família 
das pimentas. As concentrações dos princípios ativos nas pimentas 
são: Capsaicina (C) 69%; Dihidrocapsaicina (DHC) 22%; 
Nordihidrocapsaicina (NDHC) 7%; Homocapsaicina (HC) 1% e 
Homodihidrocapsaicina (HDHC) 1%, naturais e a Vanilamida de 
ácido n-nonanoico (VNA) sintético. A capsaicina é o mais poderoso 
destes componentes e os químicos. 
Além dos princípios ativos capsaicina e piperina, as pimentas são 
muito ricas em vitamina A, E e C, ácido fólico, zinco e armazenam 
potássio. Têm, por isso, fortes propriedades antioxidantes e 
protetores do DNA celular e imunomoduladoras. 
As pimentas também contêm bioflavonoides, pigmentos vegetais 
carotenoides (como o licopeno das pimentas vermelhas) que 
previnem contra o câncer. 
Apenas 30g de pimenta contêm 70mg de vitamina C, mais que 100% 
das necessidades diárias (RDA), bem como cerca de 70% da RDA 
para a vitamina A, sob a forma de beta caroteno. 
A pimenta tem também seis vezes mais vitamina C do que a laranja. 
28 gramas de pimenta fornecem a quantidade diária de vitamina C 
de que o ser humano adulto necessita. 
 
 Estudos científicos 
 
Pesquisas das últimas décadas têm demonstrado que a capsaicina, 
princípio ativo das pimentas do gênero capsicum, apresenta 
propriedades medicinais comprovadas: atua como cicatrizante de 
feridas, é um poderoso antioxidante, age na dissolução de coágulos 
sanguíneos, previne a arteriosclerose, controla o colesterol, evita 
hemorragias, aumenta a resistência física. 
Experiências vêm comprovando que, tanto a capsaicina quanto a 
piperina (do gênero piper), que causam a sensação de ardor, 
59 
 
possuem três efeitos farmacológicos importantes: anti-inflamatório, 
antioxidante e capacidade de liberar endorfina. Uma vez no 
organismo, elas ativam receptores sensíveis na língua, que 
comunicam estímulos ao cérebro. Diante da sensação de que a boca 
está “pegando fogo”, o cérebro procura “apagá-lo”, liberando a 
endorfina, que causa uma sensação de bem-estar e faz da pimenta 
um alimento aconselhável para quem tem enxaqueca ou dores de 
cabeça crônicas. 
Por ser antioxidante, rica em flavonoides e vitamina C, a pimenta 
pode ainda reduzir o risco de doenças crônicas como câncer de 
próstata, catarata, diabetes e mal de Alzheimer, também pelo seu 
efeito desintoxicante do sangue. 
 
 
 Quebrando alguns tabus sobre a pimenta 
 
Pimentas não são contraindicadas para quem tem hemorroidas, que 
são dilatações de varizes na região do ânus, causada por 
sedentarismo, ingestão de gorduras e problemas cardiovasculares. 
A pimenta não pode causar hemorroidas, apenas agravá-la, se for 
um consumo excessivo. 
 
O consumo de pimenta, usada com moderação não é contraindicada 
para quem sofre de pressão alta. Ela é vasodilatadora arterial e até 
ajuda a combater o problema. 
 
A pimenta tem o poder de irritar mucosas e, por isso, poderia atacar 
o estômago e as hemorroidas, porém, a capsaicina apresenta um 
poder de cicatrização, o que poderia proteger o organismo contra 
esses problemas. O segredo está na quantidade: evitar excessos em 
ambos os casos. 
 
Pólen de flores 
O consumo regular de pólen de flores puro é mis um bom recurso 
para a manutenção da boa imunidade. Ele é um pó de composição 
muito complexa, presente nas inflorescências, comumente extraído 
pelas abelhas, que o utilizam como alimento, como fonte de 
proteínas. Seu uso é antiquíssimo sendo que os médicos egípcios já 
60 
 
conheciam as suas propriedades, ensinadas mesmo por Hipócrates. 
Pólen 
É uma substância amarelada ou cinza, coletada das flores pelas 
abelhas operárias nas primeiras horas da manhã e transportada para 
o interior da colmeia em forma de bolotas, depositadas no interior das 
células de armazenamento. É rico em substâncias gordurosas, 
minerais, vitaminas e enzimas. No pólen existem todos os 
aminoácidos essenciais, carboidratos, lipídios, sais minerais, e as 
vitaminas B, C, D, E e H, além de muitas enzimas digestivas. Seu 
consumo por seres humanos tem efeito comprovado para casos de 
esgotamento do nervosismo e insônia, na melhora e prevenção da 
impotência e astenia sexual, proteção das funções gástricas e 
hepáticas, para melhor o apetite, no crescimento infantil e no 
raquitismo. 
Pela sua riqueza em minerais, enzimas, vitaminas, aminoácidos e 
compostos vitalizantes, o pólen tem ação tônica, sendo também 
usado como estimulante do apetite, ativador estomacal (não é 
contraindicado na úlcera), obesidade, prisão de ventre, diarreia (é um 
normalizador das funções intestinais, por isso pode ser usado em 
ambos os casos). O seu uso empírico contra mal-estar, tensão 
nervosa e diabetes é tradicional. É considerado pela medicina 
popular como um bom recurso contra o desgaste nervoso e o 
estresse, usado também para fortalecer crianças pálidas e doentes. 
Mais recentemente o pólen tem demonstrado utilidade na proteção 
da próstata, principalmente na hipertrofia do órgão (HPB), agindo 
como redutor do volume prostático. 
Pode provocar reações alérgicas em pessoas sensíveis. A dose é 
livre, geralmente 30 a 100 g. por dia. Também o pólen está presente 
em diversas formulações e puro, liofilizado, em cápsulas. 
 
 Rabanete 
Um grande recurso alimentício e medicinal, de efeito protetor do 
sistema imunológico. Contém grande concentração de enzimas 
digestivas, vitamina C, bioflavonoides e outros pigmentos. Tem ação 
digestiva, tônica, estimulante da produção de urina (diurético), além 
de serredutor do excesso de ácido úrico e de colesterol. 
Deve ser consumido cru, em saladas. 
Repolho 
61 
 
Um grande recurso medicinal do grupo dos alimentos crucíferos, de 
grande valor contra o câncer e para estimular o sistema imunológico. 
Contém fortes concentrações de substâncias denominadas 
polifenóis, além de bioflavonoides, cálcio, ferro, fósforo e vitamina C 
(se consumido cru, cozido perde a vitamina C), que conferem ao 
repolho uma ação depurativa, desintoxicante e antioxidante, além de 
nutritiva. 
 
Salsa 
A salsinha comum contém grande concentração de clorofila, 
princípios aromáticos, óleos voláteis, vitamina C, enzimas digestivas, 
cálcio, ferro, magnésio, iodo e fósforo. Como condimento ou em chás 
e sucos tem ação tônica, digestiva, fortificante, estimulante da 
produção de urina (diurética), estimulante do estômago, digestiva, 
expectorante, combate as inflamações e as febres. O chá da raiz 
tem forte ação tônica e vitaminizante. Por tudo isso, seu consumo, ou 
uso em sucos, como componente, será sempre útil para as defesas 
orgânicas. 
 
Soja 
 
É uma leguminosa rica em proteínas, fito estrógenos (isoflavonas – 
ginestina, ginesteina), vitamina A, pigmentos, cálcio, ferro, magnésio, 
iodo, fósforo. Tem ação nutritiva, tônica, fortificante e 
imunomoduladora. Deve-se preferir usar a soja não transgênica e 
orgânica e, mesmo assim, evitar usá-la como se usa o feijão comum. 
Melhor usar a soja na forma de tofu (queijo de soja), ou misso. 
 
Tomate 
Contém potássio, cálcio, magnésio, sódio, cloro e as vitaminas A, B, 
C e P. Recentemente descobriu-se no tomate um pigmento 
antioxidante, o licopeno. Como alimento, o tomate tem ação 
antineurítica, depurativa, tônica, antirraquítica, protetor prostático e 
arterial. É um alimento útil para fortalecer o sistema de defesas. 
 
62 
 
Uva 
Existem muitas variedades de uvas, mas em geral elas contêm 
grande concentração de açúcares (carboidratos), polifenóis, (o mais 
conhecido e ativo é o resveratrol, mais concentrados nas uvas roxas), 
pigmentos bioflavonoides, vitamina C, e sais minerais. Como 
alimento a uva tem ação nutritiva, calórica, antioxidante, tônica, 
depurativa, estimulante da produção de urina (diurética). 
Pela sua composição, a uva é salutar para o sistema imunológico. 
Vinho 
Polifenóis, os principais responsáveis pelos 
bons efeitos do vinho 
 
Já mencionados como componentes da uvas, os polifenóis são 
estruturas microscópicas complexas que dão consistência ao vinho. 
Estão presentes na casca, nas sementes, no engaço e em bem 
menor quantidade na polpa da uva, mais concentrados no vinho que 
no suco e na fruta. São divididos em dois grupos principais, os 
flavonoides, como as antocianinas, a catequina, a quercetina e outros 
pigmentos, e os não flavonoides, como os taninos e os ácidos 
fenólicos. Também do grupo dos compostos fenólicos está o 
resveratrol. Todos estes componentes da uva – e portanto do vinho 
e do suco da uva – já foram descritos anteriormente e possuem ação 
principalmente antioxidante. 
Cientistas como Kinsella e colaboradores (1) descobriram que os 
polifenóis agem inibindo a oxidação dos ácidos graxos que resulta em 
formação de radicais livres, como peróxidos e hidroperóxidos, capazes 
de produzir aterosclerose e trombose. 
Os pesquisadores verificaram que os polifenóis são poderosos 
agentes imunomoduladores, principalmente por serem antioxidantes 
ativos, doando hidrogênio aos radicais livres, e como preventivos, 
impedindo a peroxidação de lipídeos e inibindo enzimas oxidativas. 
Também verificaram que esses compostos podem atuar como 
protetores e regeneradores dos antioxidantes primários do 
organismo como a vitamina C, a vitamina E e o betacaroteno. Desse 
modo, o consumo contínuo e moderado de vinho, bem como a 
ingestão de frutos e vegetais, contendo esses antioxidantes podem, 
efetivamente, inibir as reações oxidativas deletérias aos tecidos, 
agentes das principais enfermidades, principalmente as 
cardiovasculares. 
63 
 
Diversas pesquisas mostram que os polifenóis têm ação antivirórica, 
antisséptica, sendo capazes de prevenir as doenças virais e 
bacterianas, além de retardar o envelhecimento. 
Os polifenóis têm também ação preventiva e curativa sobre as placas 
e cáries dentárias, causadas pelo streptococus mutans. No Japão já 
existem várias patentes de creme dental à base de polifenóis. 
Os polifenóis do vinho atuam como antialérgicos, além de terem ação 
anti-inflamatória bem definida, inclusive nas artrites e processos 
reumáticos. 
 
Resveratrol – a grande vedete 
A maior descoberta relacionada ao vinho (e à uva) foi a de uma 
fitolexina do grupo dos polifenóis estilbenos, o comentado 
resveratrol, ou mais propriamente, trans-resveratrol, que 
quimicamente é o 3, 5, 4 trihidroxitrans-estibeleno. As fitoalexinas, 
como o resveratrol, são compostos produzidos pela uva como defesa 
contra microrganismos, principalmente para proteger-se de fungos, 
ou da radiação ultravioleta. 
A esta substância atribui-se a capacidade de redução da viscosidade 
do sangue e do bloqueio da evolução da aterosclerose, atuando na 
imunidade potencializando a função das células de defesa. 
Os especialistas da Universidade de Carolina do Norte observaram 
que o resveratrol atua sobre um processo genético envolvido na 
inflamação, no desenvolvimento da arteriosclerose ou no bloqueio 
dos vasos sanguíneos, o que mostra as aplicações do composto em 
doenças cardiovasculares. 
Takuo Hashizume, da Universidade do Japão comprovou que 
Durante a Segunda Guerra Mundial, a saúde pública nas regiões 
vinícolas era melhor que nas regiões que não consumiam vinho. 
Certas carências vitamínicas haviam sido evitadas graças ao 
consumo do vinho. 
O vinho tem uma ação anti-inflamatória bem definida devido aos seus 
antioxidantes concentrados e seus componentes são uma real 
barreira às manifestações alérgicas. 
Devido aos seus componentes, o vinho é a bebida mais favorável às 
pessoas do grupo de risco para viroses, principalmente hipertensos, 
diabéticos e obesos. Evidências apontam que pessoas habituadas a 
ingerirem vinho moderadamente estão 30 por cento menos sujeitas a 
acidentes cardiovasculares cerebrais isquêmicos. 
Os efeitos benéficos do uso moderado de vinho já são comprovadas 
pela Organização Mundial da Saúde, como por exemplo os: o 
combate às enfermidades cardiovasculares, à ação bactericida, e 
64 
 
efeito antiviral, a facilidade de digestão e o efeito retardador do 
envelhecimento celular e orgânico. 
 
Condições para que o vinho seja benéfico 
 
Existem hoje centenas de evidências e provas científicas e que o vinho 
pode ser salutar e benéfico à saúde. Porém, é importantíssimo deixar 
bem claro que isto só é possível sob três condições básicas: 
 
Primeira: que o vinho seja ingerido com moderação. 
Segundo: que seu uso seja regular. 
Terceiro: que seja ingerido juntamente com uma refeição. 
 
Os grandes sucos vitalizantes 
Sucos vitalizantes são composições preparadas que incluem frutas, 
legumes, folhas verdes frescas e plantas medicinais frescas. Por 
conter geralmente uma ou mais folhas verdes, o suco chamado 
vitalizante é rico em clorofila, é um alimento bioativo altamente 
recomendável. 
Os sucos combinados têm grande poder desintoxicante e restaurador 
das funções orgânicas, do metabolismo em geral, da respiração 
celular, da função hormonal, da nutrição e do sistema de defesa. 
Dentro do organismo, principalmente nas vias digestivas, as enzimas 
e a clorofila presentes nos sucos reduzem os maus odores, tanto do 
hálito e das fezes como do corpo em geral (axilas, suor, vias genitais, 
pés, etc. Isso ocorre pela capacidade da clorofila em reduzir a 
putrefação causada por bactérias. 
Outra propriedade medicinal da clorofila é a sua capacidade 
cicatrizante e restauradora dos tecidos. 
Os sucos combinados constituem uma grande riqueza nutricional na 
prevenção e na recuperação em casos de anemia.A clorofila está 
presente em todo alimento que foi atingido pelos raios solares. Assim 
como a luz solar controla o cálcio orgânico, as verduras também 
controlam o cálcio do corpo. O suco é rico em fibras, vitaminas do 
complexo B, calorias e micronutrientes como cobre, manganês e 
fósforo. Também é boa fonte de ferro. 
 Vantagens dos sucos 
65 
 
Diferentemente dos chás e extratos vegetais, os sucos não requerem 
os mesmos cuidados em termos de dosagens, tempo de uso, 
frequência, etc., pois não são capazes de produzir intoxicações ou 
de prejudicar o organismo produzindo efeitos indesejáveis. Mesmo 
que contenham plantas medicinais na sua composição, estas são 
frescas e em pequena quantidade, o que fornece poucas 
quantidades de substâncias ativas, o que significa um efeito quase 
homeopático. Também é necessário incluir que são poucas as 
plantas de feito medicinal usadas em sucos, além das frutas, 
verduras e legumes. 
Os sucos têm acesso mais rápido à corrente sanguínea do que os 
alimentos comuns. São meios nutricionais importantes e um dos 
maiores recursos curadores da natureza. Incluir sucos vegetais na 
nossa alimentação é absorver matérias vivas e vitalizantes 
Cuidados 
Todo suco vegetal combinado deve ser tomado imediatamente após 
o preparo. Procurar não guardá-lo em geladeira, salvo em alguns 
casos. Em caso de necessidade utilizar jarra ou recipiente escuro, 
não estocando por mais de 3 horas. 
 Suco básico de água de coco com folhas verdes 
A água de coco é um líquido muito saudável, versátil e barato, ideal 
para o preparo de sucos, principalmente por se levemente adocicado, 
reduzindo-se assim a necessidade de adicionar açúcar ou outros 
adoçantes ao preparado. Basta colocar um pouco de água de coco 
fresca num liquidificador, acrescentar frutas, folhas, ( exemplo: 
maçã, banana, pera, folha de couve, agrião, etc.), bater bem e coar. 
Pode-se acrescentar um pouco de mel se as frutas não adoçarem o 
suco ao seu gosto. 
 
 
 
 
 
 
66 
 
 Suplementos nutricionais especiais para a imunidade 
 
 Probióticos e prébióticos 
 
Suplementos classificados como probióticos são microrganismos 
importantes para a vida orgânica, que vivem em simbiose com outros 
seres microscópicos na flora intestinal. Existem cerca de 100 trilhões 
de bactérias nos intestinos, com aproximadamente 1000 espécies de 
enterobactérias, normais ou patogênicas, como: Escherichia coli, 
Shigella, Proteus, Yersinia, Aerobacter, Serratia, Salmonela, 
Lactobacillus, Bifidubacterium, etc. Estes microrganismos fermentam 
carboidratos e fibras, produzindo ácido láctico, ácido acético, ácido 
succínico, ácido fórmico, ácido graxos de cadeia curta, enzimas 
digestivas (beta-galactosidase) e gases como etanol, gás carbônico. 
As enterobactérias têm a importante função de sintetizar as vitaminas 
do complexo B (incluindo a B12, provando que a maior fonte desta 
vitamina não são os alimentos, mas a síntese intestinal, como 
acontece nos intestinos das vacas). A produção de ácidos pelos 
lactobacilos provoca a redução do pH intestinal, dificultando o 
crescimento de bactérias patogênicas. 
Os lactobacilos, ou probióticos, dependem dos chamados 
prébióticos, que vêm a ser a sua fonte de nutrientes, os carboidratos, 
principalmente polímeros conhecidos como frutooligossacárideos 
(banana, mel, açúcar mascavo, arroz, centeio, tomate, aveia...), 
inulina e lactulose, presentes em alimentos como a chicória, o alho, 
o aspargo, a alcachofra. 
Situações que afetam os intestinos, como fermentações, antibióticos, 
uso excessivo de laxantes, prisão de ventre, etc., causam um 
desequilíbrio na flora intestinal, conhecido como desbiose. 
Os lactobacilos são agentes fundamentais para a ecologia intestinal 
(que repercute na saúde de todo o organismo), mas se reduzidos em 
quantidade podem ser substituídos por bactérias prejudiciais. Dentre 
os microrganismos úteis temos os lactobacilos acidófilos, os 
lactobacilos bifidus, alcalígenes sp, bacillus lentisporus, 
saccharomyces boulardii e outros de menor importância. Dentre 
estes microrganismos, os mais estudados são os lactobacilos 
acidófilos, dos quais existem vários tipos, sendo que os mais comuns 
são: acidophilus, o brevis, o bulgaricus e o plantarum, capazes de 
produzir substâncias de ação antibiótica como a acidofilina, a 
67 
 
lactacidina (acidophilus), a lactobicina (brevis), a bulgarina 
(bulgaricus) e a lactobicina (plantarum). 
A presença de lactobacilos acidófilos nos intestinos aumenta a 
assimilação dos nutrientes, produz enzimas e vitaminas, diminui a 
alergia alimentar, diminui os distúrbios gastrintestinais, diminui a 
formação dos gases e o mau hálito, diminui o colesterol e triglicérides 
do sangue, diminui a incidência do câncer e formação de nitritos, 
além de ser é imunoestimulante. Há recomendação médica para o 
uso de lactobacilos acidófilos para a prevenção da candidíase 
vaginal. 
 
Recomenda-se que para todo tratamento com antibióticos se faça 
uso de probióticos para proteger a flora intestinal e o sistema 
imunológico. 
 
Os pré e probióticos modulam a função do sistema imunológico, 
juntamente com muitos mecanismos adicionais de 
ação. A candidíase (crescimento excessivo de leveduras), tanto 
intestinal, vaginal oral ou sanguínea, é uma condição reconhecida 
como resultante da falência do sistema imunológico. 
Lactobacilos 
O mecanismo de ação dos lactobacilos é extremamente simples. 
Primeiramente, é importante saber que eles não combatem 
diretamente os microrganismos intestinais prejudiciais, mas acabam 
por reduzir o crescimento deles por meio da secreção dos seus 
“antibióticos” já citados, mas principalmente através da competição 
por alimentos. Como são muitos e proliferam-se rapidamente, não 
permitem que sobrem muitos nutrientes ou espaço vital para os 
demais organismos microscópicos. É um tratamento inteligente que 
não agride o organismo. 
As composições com lactobacilos disponíveis tanto nas farmácias de 
manipulação como nos produtos das indústrias farmacêuticas 
cumprem o papel de restabelecer a homeostasia intestinal, sendo 
indicados nos casos de diarreias, uso prolongado de antibióticos, 
quimioterápicos, anti-inflamatórios, produtos oncológicos, intestino 
irritável e colites. 
Embora o iogurte natural sem açúcar contenha lactobacilos, para o 
https://www.sciencedirect.com/topics/medicine-and-dentistry/immune-system-function
https://www.sciencedirect.com/topics/medicine-and-dentistry/candidiasis
68 
 
estímulo do sistema imunológico recomenda-se uma suplementação 
com maior quantidade dos mesmos. 
Como suplemento e como recurso terapêutico auxiliar, lactobacilos 
podem ser encontrados nas farmácias de manipulação sob a forma 
liofilizada, em pó ou nas farmácias comuns. 
Recomendados como auxiliares durante tratamentos com 
antibióticos por via oral, por protegerem a flora intestinal. 
Doses: 
Lactobacillus acidophylus – 200 a 400 milhões de UI (20 a 40 mg). 
Dose máxima diária: 800 milhões de UI ou 80 mg. Dose pediátrica: 
10 a 20 mg/dia. 
Lactobacillus bifidus – 200 a 400 milhões de UI (20 a 40 mg). Dose 
máxima diária: 800 milhões de UI ou 80 mg. Dose pediátrica: 10 a 20 
mg/dia. 
Lactobacillus bulgaricus - 200 a 400 milhões de UI (20 a 40 mg). Dose 
máxima diária: 800 milhões de UI ou 80 mg. Dose pediátrica: 10 a 20 
mg/dia. 
Bacilus laterosporus – 1 milhão de UI, 2 vezes ao dia. Para crianças 
não há dose definida. Melhor utilizar os outros lactobacilos. 
 
A sugestão é a prescrição de todos os lactobacilos em conjunto, uma 
vez que se completam em diversas funções. Na prática, 
prescrevemos uma cápsula que contenha todos os lactobacilos 
juntos, em 3 doses diárias, com exceção do Bacilus laterosporus, que 
deve ser prescrito separadamente. 
 
 Kefir – o rei dos probióticos,da vida intestinal e da imunidade 
O kefir é um alimento antigo, hoje considerado um probiótico por 
conter muitos compostos bioativos, incluindo cerca de 30 cepas de 
bactérias saprófitas benéficas. 
O Kefir é feito a partir de qualquer tipo de leite (geralmente de vaca, 
ovelha, cabra, e até de coco) com a adição de uma matriz básica 
denominada “grão de kefir”, contendo leveduras com aspecto 
gelatinoso, capaz de fermentar o leite. Há também um tipo de kefir 
cultivado em água adocicada, mas o mais comum é o kefir derivado 
do leite. 
69 
 
A ele se atribui a longevidade e saúde dos povos da região, 
considerada das mais longevas da terra. Isso porque na fermentação 
do leite se originam compostos ácidos orgânicos, além de vitaminas 
B1, B12, Vit. K, ácido fólico e biotina. Existem numerosos trabalhos 
científicos comprovando os efeitos benéficos do kefir, 
Uma vez fermentado, o kefir do leite tem um sabor azedo que é um 
pouco semelhante ao sabor do iogurte grego. Quão forte o sabor 
depende de quanto tempo o kefir foi fermentado; um processo de 
fermentação mais longo geralmente leva a um sabor mais forte e 
mais firme e até produz alguma carbonatação, que resulta da 
levedura ativa. O kefir derivado do leite pode ser consumido por 
pessoas intolerantes á lactose, pois o produto é isento desse 
carboidrato. 
 Diferenças com o iogurte: 
 
As culturas de iogurte vêm de cepas termofílicas e precisam ser 
aquecidas para serem ativadas em um fabricante de iogurte. Há 
também cepas mesofílicas também. O kefir vem exclusivamente de 
cepas mesofílicas, que cultivam à temperatura ambiente e não 
necessitam de aquecimento. 
Em termos de quantidades de probióticos, o iogurte contém dois a 
sete tipos de probióticos. Kefir contém 10-34 cepas de probióticos, 
bem como numerosas cepas de leveduras e bactérias benéficas. 
Iogurte contém bactérias transitórias para ajudar a limpar e alinhar o 
intestino, nutrindo as bactérias benéficas. Eles alcançam os 
intestinos mas não ficam retidas. As bactérias do kefir podem se fixar 
nas paredes e colonizar a mucosa para permanecer atuando. Essas 
bactérias e leveduras atacam germes patogênicos e bactérias 
prejudiciais presentes nos intestinos. 
Enquanto o iogurte produz reações em situações de intolerância à 
lactose, o mesmo não ocorre em relação ao kefir de origem láctea. 
Pesquisas publicadas no Journal of the Academy of Nutrition and 
Dietetics mostraram que o kefir até melhora a digestão em adultos 
com má absorção de lactose. Há a opção do feito com leite de coco 
ou água. 
70 
 
Na forma de bebida probiótica o kefir pode ser encontrado no 
comércio específico, mas pode ser feito artesanalmente, na cozinha. 
Existem disponíveis muitas receitas mostrando como fazer grãos de 
kefir e maneiras interessantes de usá-los na culinária, em sopas, 
assados etc. 
 
Uma xícara de kefir de leite integral, adquirido no comércio contem 
em média os seguintes nutrientes: 
160 calorias 
12 gramas de carboidratos 
10 gramas de proteína 
8 gramas de gordura 
390 miligramas de cálcio (30 por cento DV) 
5 microgramas de vitamina D (25 por cento DV) 
90 microgramas de vitamina A (10 por cento DV) 
376 miligramas de potássio (8 por cento DV) 
No Kefir são encontradas as seguintes bactérias e leveduras: 
Kluyveromyces marxianus / Candida kefyr 
Lactococcus lactis subsp. lactis 
Lactococcus lactis subsp. cremoris 
Streptococcus thermophilus 
Lactobacillus delbrueckii subsp. bulgaricus 
Lactobacillus casei 
Kazachstania unispora 
Lactobacillus acidophilus 
Bifidobacterium lactis 
Leuconostoc mesenteroides 
Saccaromyces unisporus. 
 
71 
 
Em um estudo de 2015 publicado em Frontiers in Microbiology, o kefir 
foi reconhecido como uma fonte potencial de probióticos e moléculas 
com várias propriedades saudáveis. Segundo os autores, “suas 
propriedades biológicas sugerem seu uso como antioxidante, agente 
antitumoral, agente antimicrobiano e imunomodulador, entre outras 
funções”. 
Entre os efeitos benéficos do kefir, o estudo apontou o seguinte: 
 Aumenta a imunidade 
A biotina e o folato presentes no produto ajudam a estimular o 
sistema imunológico e proteger as células. Uma cepa probiótica do 
kefir, o Lactobacillus Kefiri, ajuda na defesa contra bactérias nocivas, 
como salmonela e Echerichia. coli. O Kefir também contém outro 
composto poderoso exclusivo, um polissacarídeo insolúvel chamado 
kefiran que demonstrou conter propriedades antivirais para a maioria 
dos vírus conhecidos e propriedades antimicrobianas, capaz de 
combater inclusive a cândida albicans. O kefiran também mostrou 
eficiência na redução do colesterol e na regulação da pressão 
sanguínea. 
Melhora a digestão e a vida intestinal 
O kefir e o iogurte de kefir ajudam a restabelecer o equilíbrio da flora 
intestinal, com efeito contra doenças gastrointestinais como a 
síndrome do intestino irritável, a doença de Crohn, a doença celíaca 
e úlceras gástricas. 
Os probióticos também atuam contra a diarreia disruptiva e outros 
efeitos colaterais gastrointestinais causados por antibióticos e outros 
medicamentos. 
 
 Ação antialérgica 
O consumo regular de kefir ajuda a tratar a inflamação e assim reduz 
o risco de problemas respiratórios, como alergias e asma. De acordo 
com um estudo com animais em imunobiologia, mostrou-se que o 
kefir diminui o acúmulo de muco respiratório em camundongos. 
Os microrganismos vivos presentes no kefir ajudam o sistema 
imunológico a suprimir naturalmente as reações alérgicas e ajudam 
a mudar a resposta do organismo que ocorrem das reações 
72 
 
alérgicas. Alguns cientistas acreditam que muitas reações alérgicas 
respiratórias se devem à falta de bactérias benéficas no intestino. 
Pesquisadores do Vanderbilt University Medical Center revisaram 23 
estudos diferentes com quase 2.000 pessoas, e em 17 desses 
estudos, os indivíduos testados que tomaram probióticos mostraram 
melhoras significativas nos sintomas alérgicos e na qualidade de 
vida. 
 
 Reforça a estrutura óssea 
O kefir feito de laticínios integrais retém níveis de cálcio do leite, mas 
possui compostos bioativos que ajudam a absorver o cálcio no corpo 
e impedir a degeneração óssea. Além disso ele contém a importante 
vitamina K2, vital para melhorar a absorção de cálcio, bem como para 
aumentar a densidade óssea. Os probióticos do kefir melhoram a 
absorção de nutrientes, incluindo fósforo, magnésio (praticamente 
ausente no leite, mas muito concentrado no kefir), e vitamina D. 
 Ação potencialmente anticancerígena 
Foi demonstrado em alguns estudos in vitro que os compostos 
encontrados do kefir contribuem para a apoptose, morte das células 
cancerígenas do estômago. Tal efeito se deve ao bloqueio das 
conversões enzimáticas que promovem o câncer. Um teste in vitro 
realizado pela Escola de Dietética e Nutrição Humana no Macdonald 
Campus da Universidade McGill, no Canadá, mostrou que o kefir 
reduziu as células do câncer de mama em 56%, ao contrário das 
cepas de iogurte, que reduziram o número de células em 14%. 
 
 Efeito benéfico sobre a pele 
Quando a flora intestinal se altera, há perturbações que se refletem 
também na pele, podendo causa vários tipos de problemas como 
acne, psoríase, erupções cutâneas e eczema. O kefir favorece o 
trabalho das boas bactérias com reflexo sobre a pele. Não só ajuda 
com problemas de pele com base sistêmica, mas o também 
queimaduras e erupções cutâneas. Além disso o componente 
kefiran, demonstrou atividade na cicatrização de feridas na pele e 
também proteger para o tecido conjuntivo. 
 
73 
 
Altamente consumido nos países da Europa Oriental, era 
tradicionalmente feito em sacos de pele. A produção em massa de 
kefir começou em meados da década de 1900na Rússia e produziu 
1,2 milhão de toneladas do produto fermentado no final do século XX. 
Hoje, o kefir se tornou um fenômeno mundial. As vendas apenas nos 
EUA pela Lifeway, que representa 97% de todas as vendas de kefir 
nos EUA, registraram um crescimento de US $ 58 milhões em 2009 
para mais de US $ 130 milhões em 2014. 
Além da forma líquida para ser bebida, hoje é bem comum o kefir em 
pó liofilizado. Neste caso em sachês ou em cápsulas. 
Para informações sobre como adquirir o kefir, fazer contato com a 
editora ou o autor. 
 Clorela e spirulina – as bombas de energia vital 
A clorela é uma alga microscópica de água doce, uma das mais 
antigas formas de vida do planeta, com aproximadamente dois 
bilhões de anos. Tanto as clorelas quanto outras formas de algas, 
como a spirulina, são fundamentais para a vida em função da sua 
grande capacidade de fotossíntese. 
Em sua composição básica a clorela apresenta uma porcentagem de 
60% de proteínas e é capaz de produzir 50% mais proteína do que 
qualquer outro ser vivo. Ela possui proporcionalmente mais proteínas 
do que a soja (37%), a carne de vaca (45%), e o trigo (10%). Ela 
contém 8 aminoácidos essenciais e todos os não essenciais; dos 
seres vivos que contêm proteínas ela é o mais completo em termos 
de aminoácidos apresentando apenas uma pequena redução na 
quantidade de metionina. Quanto às vitaminas, a clorela contém uma 
grande quantidade de betacaroteno (protovitamina A), vitamina C, 
vitamina E, vitamina K, vitamina B1,B2,B6, B12, niacina, ácido 
pantotênico, ácido fólico, biotina, colina, inositol, ácido para-amino- 
benzoico (PABA), e outras em menor quantidade. Na sua 
composição mineral a clorela possui é também um dos organismos 
mais completos e ricos, apresentando quantidades consideráveis de 
cálcio, magnésio, zinco, cobre, manganês, ferro, enxofre, iodo, 
fósforo, potássio, cobalto, selênio e outros. Na sua composição, ela 
apresenta também enzimas, ácidos graxos poli-insaturados e uma 
boa carga do importante ácido lipóico, fundamental para o 
crescimento de micro-organismos benéficos. 
74 
 
A clorela é desintoxicante, remineralizante e tem se mostrado como 
uma rica fonte de elementos primários. É indicada no combate ao 
envelhecimento precoce, como estimulante dos mecanismos de 
defesa, sendo uma das mais ricas fontes de betacaroteno. 
Recomenda-se o consumo da clorela como recurso para minimizar 
os efeitos e o impacto negativo do meio ambiente sobre o organismo. 
Recomenda-se também para todos, principalmente para bebês, 
crianças, grávidas, idosos, convalescentes e adolescentes em 
crescimento. 
 Spirulina 
Trata-se de um tipo especial de alga prulicelular de água doce, muito 
rica em clorofila, apresentada como um pó verde e em tudo similar 
aos efeitos da clorela. É uma das maio res fontes vegetais de 
vitamina B12 (contém 2 e ½ vezes mais do que o fígado bovino), 
portanto de interesse para vegetarianos. Uma grande fonte também 
de beta caroteno. 
Estimulante dos mecanismos de defesa 
O sistema imunológico é a função orgânica mais importante 
contra agentes externos, proteínas estranhas e doenças variadas. 
Quando este sistema enfraquece, o organismo torna-se exposto a 
muitos problemas, desde simples resfriados até o câncer. 
Pesquisas alemãs e japonesas do pós-guerra demonstraram a 
capacidade da spirulina de estimular o sistema imunológico. Em 
1973, o Dr. Kojima, provou as propriedades imunoestimulantes da 
spirulina, injetando extratos da mesma em camundongos e 
conseguindo assim que os animais elevassem as quantidades de 
macrófagos. Em 1986, durante um congresso sobre imunologia na 
França, demonstrou-se a relação entre atividades antitumorais e 
estimulação do sistema imunológico. Os pesquisadores concluíram 
que a spirulina possui a propriedade de estimular a atividade dos 
macrófagos e dos linfócitos denominados Killer cells, relacionados 
com a destruição de células anormais. Foi especulada a 
possibilidade de que o efeito antitumoral da spirulina estaria ligado a 
um sinergismo complexo entre macrófagos e linfócitos T. 
Um poderoso restaurador da função gastrintestinal 
75 
 
Tanto as microfibras quanto os próprios elementos 
ativos componentes da spirulina são muito importantes para a 
função digestiva e intestinal. 
Sabe-se também que a spirulina estimula a formação dos 
linfócitos que habitam as placas linfocitárias dos intestinos, 
responsáveis pela destruição das bactérias anaeróbicas ou 
agressivas e outros agentes estranhos. 
O uso de spirulina protege o organismo aumentando a imunidade 
intestinal e geral, combate a obstipação intestinal. Assim, resíduos 
alimentares, matérias fermentativas e toxinas são eliminados mais 
eficazmente não sendo reabsorvidas para o sangue. 
Muitos estudos clínicos e experiências no Japão mostraram 
a eficácia da spirulina no tratamento e na prevenção das 
úlceras gástricas e duodenais graças aos efeitos cicatrizantes de 
contato da clorofila. 
A sabedoria médica de todos os tempos ensina que os intestinos são 
a raiz da vida; quando funcionam corretamente e cumprem bem a 
sua função, a saúde global do corpo e favorecida. Estudos 
em centros de pesquisas japoneses apontaram a profunda relação 
entre o intestino delgado (onde mais de 50% dos nutrientes digeridos 
são absorvidos) e a formação das células vermelhas do sangue. 
Não existem quantidades recomendadas definidas, mas sugere-se a 
dose de 2 a 8 g/dia. Há diversas apresentações no mercado, como 
pós, cápsulas, comprimidos, drágeas, etc. 
 Própolis verde 
A própolis verde é a mesma própolis das abelhas, porém extraída 
de uma resina das folhas da planta alecrim do campo (baccharis 
dracunculifolia). Estudos apontam que esta própolis tem efeitos 
muito superiores que a própolis comum, possuindo maior 
concentração de bioflavonoides ativos e de todos os demais 
componentes. 
 Pesquisas científicas relativas à própolis 
Atividade antiviral 
Ecsanu e colaboradores, em 1981, verificaram a redução da 
mortalidade em ratos infectados pelo vírus A/PR8/34 (HONI), da 
76 
 
influenza, através da administração de extratos hidrolizados de 
própolis. 
Amoros e colaboradores, em 1994, descobriram que a própolis pode 
reduzir titulagens de vírus e a síntese de DNA. Serkedjieva e 
colaboradores confirmaram o mesmo em 1997, observando que um 
componente da própolis isolado, o isopentil ferulato é capaz de inibir 
o vírus A1 Noney Kong da influenza. 
Em 2001, Ito e colaboradores verificaram a efetividade do 
triterpenoide melliferone, do ácido morônico, do ácido anueizônico e 
do ácido betulônico, além de quatro componentes aromáticos - todos 
estes solados de amostras de própolis brasileiro – na inativação do 
vírus HIV e na ativação dos linfócitos H9. 
Por estas evidências, cientistas acreditam ser a própolis verde um 
excelente recurso para a prevenção e tratamento da COVID 19. 
Atividade antifúngica 
 
Em 1979, Kovalik investigou 12 pacientes portadores de sinusite 
crônica causada por Candida albicans. Observando que o fungo 
mostrou-se muito sensível à própolis em 8 casos; em dois casos a 
resposta foi fraca e nula em dois deles. Os pacientes foram tratados 
com emulsões de extratos alcoólicos concentrados de própolis, que 
foram introduzidas diariamente nos seios (sinus) da face através do 
nariz e logo após irrigados com solução salina isotônica. Depois de 
17 dias de tratamento, 9 pacientes haviam se recuperado 
completamente e os demais melhorado muito. 
Em 1982, Pepeljnjak e colabiradores verificaram que extratos puros 
de própolis, numa concentração de 15- 30 mg/ml, foram capazes de 
inibir completamente cepas de Candida albicans, Aspergillus flavus, 
Aspergillus ochraceus, Penicillium viridicatum e Penicillium notatum.Em 2001, Ota e colaboradores estudaram a atividade da própolis 
contra fungos patogênicos em 75 cepas de Cândida sendo: 20de 
Candida albicans, 20 de Candida tropicalis, 20 de Candida krusei and 
15 de Candida guilliermondii, verificando forte ação antifúngica, com 
destruição de praticamente todas as cepas. 
 
77 
 
Atividade antiparasitária e antiprotozoária 
Higashi e de Castro, em 1995, verificaram em testes, que o extrato 
alcoólico e o extrato dimetilsulfóxido DEP) da própolis, foram ativos 
contra o Trypanosoma cruzi (mal de Chagas). Em 1977 , Starzyk e 
colaboradores verificaram que os mesmos componentes foram 
mortais para o Trichomonas vaginalis. 
 
Atividade anti-inflamatória 
Em 1999, Park e Kahng estudaram a ação anti-inflamatória da 
própolis em inflamações crônicas, utilizando ratos com artrite, na 
dose entre 50 a 100 mg diárias, por kg de peso. Diante dos 
excelentes resultados, os autores concluíram que a própolis tem forte 
efeito anti-inflamatório, tanto em inflamações crônicas quanto 
agudas. 
 
Atividade antibacteriana 
Vokhonina e colegas, 1969; Akopyan e colegas, 1970; Grecianu e 
Enciu, 1976 descobriram atividades antibacterianas da própolis 
contra muitos germes Gram positivos e Gram negativos, com ação 
contra bacilos Gram negativos mais limitada. 
Shub e colaboradores, em 1978, inocularam bactérias em placas de 
Petri com agar-agar misturada com própolis de 18 regiões diferentes 
da Rússia, tendo como resultado a inibição de cepas de Bacillus 
cereus e Staphylococcus aureus Grange e Davey, em 1990; Rojas 
Hernandez e colaboradores em, 1993, verificaram a efetividade do 
extrato de própolis contra cepas de bactérias Gram-positivas, como 
Propionibacterium, Arachinia and Eubacterium, além de cepas de 
clostridium (já visto por Kedzia em 1986). Também resultados de 
inibição foram verificados em cepas de Mycobacterium tuberculosis, 
além de confirmarem alguma ação contra bacilos Gram-negativos. 
Aga e colaboradores, em 1994, isolaram três componentes 
antimicrobianos de extratos de própolis brasileiros, identificando-os 
como ácido 3,5 diprenil-4-hidroxicinâmico, o ácido 3-prenil- 4- 
dihidroci- namoloxicinâmico e o 2,2- dimetil -6- carboxietenil- 2H-1-
benzopireno, com forte atividade contra o Bacillus cereus, o 
Enterobacter erogenosa e Artroderma benhamiae. 
78 
 
Takasi e colaboradores em 1994, verificaram que a própolis é capaz 
de inibir o crescimento bacteriano por interferência na sua divisão 
celular, pela desorganização do citoplasma e de desestruturação da 
membrana celular dos germes, fenômenos que os antibióticos mais 
potentes não conseguem fazer 
Ugur e Arslan (2004) investigaram as propriedades antibacterianas e 
antifúngicas do extrato de 45 diferentes tipos de própolis em Mugla, 
Turquia, verificando que vá- rios microrganismos foram sensíveis à 
substância, como a Shigella e o Streptococcus mutans, a Salmonella 
typhi e o Pseudomonas aeruginosa. A pesquisa usou um grupo que 
recebeu antibióticos e outro que recebeu 
própolis, sendo que os resultados apontaram igual resultado em 
ambos os grupos. 
Recomenda-se o uso da própolis verde, que é mais potente e eficaz 
A posologia regular para o extrato de própolis a 30% em de 10m a 20 
gotas, 3 vezes ao dia, em água (ou suco). Em cápsulas: 250 a 500 
mg 3 a 4 vezes ao dia. Para crianças, procurar orientação 
profissional, mas em geral elas toleram bem o extrato alcoólico de 
própolis (melhor o hidroalcóolico, que não incomoda) misturado em 
água e mel, sucos, etc. 
 
Referências científicas da própolis 
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 Minerais 
Minerais são elementos inorgânicos com estrutura cristalina e 
composição química características. São classificados em macro ou 
micro minerais. Macrominerais são elementos de que o corpo 
necessita numa concentração superior a 100 miligramas por dia e 
micro minerais, ou oligoelementos, são minerais que o corpo requer 
numa concentração diária inferior a 100 mg/dia. Entre os macros 
minerais temos o cálcio, o magnésio, o fósforo, o ferro, o iodo, o 
manganês. Entre os micros minerais, estão o cobre, o zinco, o 
selênio, o boro, o cromo, o molibdênio, o tungstênio e outros. 
O corpo humano necessita obter os minerais dos alimentos. 
Atualmente, devido à utilização de adubos químicos e de agrotóxicos, 
da industrialização e conservação artificial dos alimentos, a 
quantidade de minerais nos alimentos é menor, o que exige a sua 
suplementação. Também a presença de compostos 
“sequestradores” de minerais na dieta, como os fitatos e o açúcar 
branco, por exemplo, e devido à perda mineral através do estresse 
moderno, é cada vez mais importante buscar os minerais primários 
através dos suplementos. 
Os minerais estão disponíveis através de quatro formas básicas, 
80 
 
uma, natural, através dos alimentos que os contenha 
especificamente e três através de suplementação: a forma molecular 
(ex.: sulfato de zinco), a forma quelada e a forma iônica. 
A carência de minerais afeta diretamente o sistema imunológico, 
reduzindo a capacidade de defesa do organismo. 
Principais minerais envolvidos com o sistema imunológico: 
Cálcio 
 
O cálcio é um dos minerais mais importantes e talvez o mais 
estudado. Sabe-se que no organismo ele desempenha duas funções 
principais: mecânica e metabólica. Ele atua na sustentação e na 
mobilização, por ser constituinte importante no tecido ósseo; 
metabolicamente ele participar em muitos processos fisiológicos tais 
como a transmissão nervosa, a contração muscular, a coagulação 
sanguínea, a permeabilidade das membranas, as reações imunes e 
de fixação do complemento, a fagocitose, a secreção e ação de 
algumas enzimas e hormônios. Contratura e relaxamento muscular, 
controle de pressão arterial, assim como mediação na transmissão 
nervosa, são outras funções importantes do cálcio. 
Há uma relação direta entre as proporções dos níveis do cálcio, de 
magnésio e de fósforo, de 2 para 1 e de 1 para 3, respectivamente, 
ou seja, há 2 vezes mais cálcio do que magnésio e 3 vezes mais 
fósforo do que cálcio. 
Enquanto a dose diária recomendada de cálcio nos Estados Unidos, 
para um adulto médio é de aproximadamente 1000mg, estima-se 
uma ingestão média de 743mg por dia nos Estados Unidos (530mg 
para pessoas entre 35 -50 anos). Numa pesquisa nos Estados 
Unidos em 1987, nenhum grupo pesquisado de mulheres em 
qualquer faixa etária atingiu o patamar do RDA (média de 501mg). 
Durante a gravidez e lactação as necessidades dosem diárias de 
cálcio são acrescidas de 400 mg (total de 1200 a 1400mg/dia). 
No Brasil o IDR é de 800 mg, tanto para adultos como para crianças. 
É de conhecimento geral atualmente que são necessárias 
quantidades adequadas de vitamina D para que haja uma melhor 
absorção de cálcio. O cálcio quelado(mais usualmente com o 
aminoácido glicina), porém, é muito mais absorvível e utilizável pelo 
organismo, do que qualquer forma molecular combinada (gluconato, 
óxido, carbonato, etc.), uma vez que não se ioniza no processo 
81 
 
digestivo. Sua absorção se dá por transporte ativo como um 
dipeptídio, o que dispensa a utilização da vitamina D. 
O cálcio quelado é utilizado em formulações para o desenvolvimento 
ósseo, gravidez, lactação, para o tratamento da osteoporose, em 
formulações com multiminerais, e em associação com o magnésio 
(2/1) quando se deseja uma harmonia da proporção Ca/Mg no 
organismo. O uso do magnésio associado ao cálcio protege contra o 
excesso de cálcio intracelular, responsável por vários fenômenos 
patológicos. 
O cálcio quelado é preparado em numerosas formulações em doses 
que variam de 200 a 1000mg por dia, dependendo de cada caso 
específico. 
Dose diária recomendada: 800 mg/dia para o cálcio comum e 200 
mg/dia para o cálcio aminoácido quelado. 
Os níveis máximos de segurança determinados pela Secretaria de 
Vigilância Sanitária são os seguintes: 
Adultos: 1.500 mg/dia 
Lactentes: 150 mg/kg de peso corporal até o limite de 1.200 mg. 
Pediátrico: 80 mg/kg de peso corporal até o limite de 1.500 mg. 
 
Cobre 
 
Embora exista em pequenas quantidades no organismo, o cobre é 
um oligoelemento fundamental para a vida. Está presente em 
pequenas quantidades nos alimentos, mas tanto a sua carência 
quanto o seu excesso são prejudiciais ao organismo. 
O cobre participa na estruturação e formação de muitas enzimas tais 
como: ceruloplasmina (transporte do ferro), superóxido desmutase 
(eliminação de radicais superóxido), lisiloxidase (síntese de elastina 
e colágeno) e tirosinase (síntese de melanina). 
O cobre foi recentemente identificado como um elemento essencial 
para aumentar o nível das respostas imunológicas, a resistência ao 
estresse e às doenças de caráter crônico e/ou degenerativo. 
Juntamente com o zinco, é um do micro mineral que mais se perde 
como efeito da espoliação produzida pelo estresse. 
Um balanço apropriado de zinco/cobre está associado a baixos 
índices de doenças coronarianas. Além disso, o cobre é fundamental 
para promover a síntese de hemoglobina, para a formação dos 
tecidos conectivos e dos ossos, para o adequado metabolismo dos 
hormônios da tireoide e catecolaminas (epinefrina e dopamina). 
82 
 
O cobre constituiu-se eficiente antioxidante e varredor de radicais 
livres. Sua atividade pode ser explicada por ser constituinte da 
molécula das enzimas superoxidase e superóxido desmutase. Os 
complexos de cobre de baixo peso molecular eliminam os radicais 
superóxidos apresentando desta maneira potente efeito anti-
inflamatório. Estudos mostraram que dietas pobres em cobre 
provocam elevação de colesterol sérico em animais de laboratório. 
Fisiologicamente o cobre é necessário ao funcionamento da insulina, 
transporte de açúcar e a lipólise. 
Estudos em animais mostram que o cobre quelado é absorvido 
melhor e de forma mais segura que os sais compostos do 
oligoelemento. 
Um estudo sobre artrite reumatoide realizado pelos pesquisadores 
em Pardue, mostrou que o cobre aminoácido quelado aumenta os 
níveis de superóxido desmutase nos glóbulos vermelhos numa média 
de 28% em 21 indivíduos pesquisados. Quelado com lisina 
(aminoácido) o cobre tem uma ação comparável superóxido 
desmutase bovina, na sua atividade inibidora ou "varredora" de 
radicais livres. Quelado com glicina (aminoácido) o cobre é 
usado formulações gerais como coadjuvante nos tratamentos anti-
inflamatórios. 
As doses diárias recomendadas (IDR) como sendo seguras são de 3 
a 5 mg (crianças: 2 mg). Em medicina ortomolecular (biomolecular) 
utiliza-se de 1,5 a 3,0 mg diariamente, do cobre sob a forma 
aminoácido quelada. 
Formulações onde o cobre aparece em doses acima destas, devem 
ser realizadas com cuidado e por profissionais experientes. Os níveis 
máximos de segurança determinados pela Secretaria de Vigilância 
Sanitária são os seguintes: 
Adultos: 9 mg. Lactentes: 0,1 mg/kg de peso corporal até o limite de 
1 mg. Pediátrico: 0,1 mg/kg de peso corporal até o limite de 2 mg. 
 
Cromo 
 
Um oligoelemento presente em pequenas quantidades em alguns 
alimentos. Estudos têm demonstrado que em pessoas normais o 
cromo dietético, não atinge o patamar mínimo e seguro de 50 
mcg/dia. Observações em um grupo de mulheres e homens 
demonstraram uma média de ingestão diária de 33 (3 e 25 (1, abaixo 
das quantidades mínimas para a manutenção de um balanço 
83 
 
saudável. Em outro estudo, relacionou-se a ingestão média de cromo 
por 1000 calorias, obtendo-se uma média de 9-15mcg, o que 
determina uma necessidade de dietas com 3000 a 5000 calorias para 
que se atinja a normalidade na ingestão diária de cromo. 
Vários estudos revelam uma forte associação entre deficiência de 
cromo, doenças cardiovasculares e diabetes. A suplementação com 
cromo tem efeito normalizador da tolerância à glicose (participa do 
Fator de Tolerância à Glicose, ou GTF), assim como a melhora 
significativamente os níveis séricos de lipídios, colesterol total, 
triglicérides e HDL colesterol. Recentes avanços sobre o cromo na 
nutrição revelam efeitos positivos sobre hipoglicêmicos, sobre 
diabéticos que utilizam insulina ou hipoglicemia via oral. 
Um estudo na Finlândia mostrou uma correlação inversa entre a 
morbidade e mortalidade por doenças cardiovasculares e o cromo. 
Assim como uma associação entre cromo sérico e doenças 
coronarianas. A deficiência de cromo é decididamente um fator de 
risco nas doenças ateroscleróticas do coração. 
O cromo corporal diminui com a idade. A absorção de cromo é 
inversamente proporcional a sua quantidade na dieta e se situa em 
torno de 0,4 a 2%. Há aumento da excreção de cromo durante os 
exercícios, no estresse e nos traumatismos e em indivíduos que 
consomem muito açúcar refinado. 
Cresce atualmente a importância da suplementação de cromo, 
devido ao crescimento dos fatores que o reduzem nos alimentos, ao 
estresse moderno, aos produtos desmineralizantes (açúcar branco 
em excesso) e outros. 
As doses fisiológicas diárias necessárias de cromo são de 200 a 600 
mcg, para um IDR, tanto para adultos quanto para crianças, de 200 
mcg. Frequentemente o cromo aparece nos produtos suplementares 
como picolinato de cromo, uma forma molecular de mais fácil 
absorção; no entanto as formas aminoácido queladas e iônicas são 
mais recomendáveis, uma vez que a sua absorção e distribuição no 
organismo é maior. 
Os níveis máximos de segurança determinados pela Secretaria de 
Vigilância Sanitária são os seguintes: 
Adultos: 1.000 mcg 
Lactentes: 10 mcg/kg de peso corporal até o limite de 100 mcg. 
Pediátrico: 10 mg/kg de peso corporal até o limite de 500 mcg. 
 
Ferro 
84 
 
 
Sabemos que o ferro é componente essencial de várias 
metaloproteínas (ex: hemoglobina, mioglobina, co-fatores, enzimas e 
outras). Sua função essencial é o transporte e utilização do oxigênio 
e a sua carência resulta em processos patológicos bastante 
conhecidos e discutidos, como as anemias ferroprivas. 
O organismo de um adulto médio possui de 3 a 5 g de ferro, destes 
500 a 1000 mg são armazenados como estoques não funcionais, 
principalmente na ferritina e na hemossiderina, no fígado, na medula 
óssea, baço e em menor quantidade no tecido muscular. 
Muitos autores colocam a deficiência de ferro como a mais comum 
deficiência nutricional no mundo, afetando pelo menos 1 bilhão de 
pessoas. Pelo menos 58% da população norte americana consome 
menos que o RDA de ferro. 
Um estudo sobre a relação entre as dosagens de ferro em dietas 
médias nos EUA e os valores do RDA por faixa etária determinou que 
os norte-americanos consomem percentualmente as seguintes 
quantidades: 
 
 De 6 a 11 meses.......................79,% do IDR2 anos........................................56,0% do IDR 
 Meninas de 14 a 16 anos..........59,4% do IDR 
 Mulheres 25 a 30 anos..............57,8% do IDR 
 
Nos países do terceiro mundo estes dados são alarmantes. Na 
gravidez, a quantidade total de ferro a ser dirigida ao feto é de 800 
mg. No tempo total da gravidez é apontada uma necessidade de 
suplementação de outros 12-42 mg/d, totalizando uma 
suplementação de 30 a 60 mg de ferro por dia. 
Uma dieta que satisfaça as necessidades mínimas de ferro para uma 
mulher em fase fértil (18mg/d) chegaria a 3000 calorias, acima disto 
podem surgir efeitos indesejáveis. Nos indivíduos que praticam 
esportes, a perda diária normal (1mg/d) pode ser acrescida de mais 
um miligrama através do suor, o que eleva as necessidades mínimas 
apontadas pelo RDA para indivíduos com atividade esportiva para 
20mg/dia. 
No Brasil, um dos problemas com a suplementação de ferro é que a 
forma mais comum de se prescrever ou ingerir o metal é através da 
sua apresentação mais comum, o sulfato ferroso. Geralmente, 
somente 4 a 6 % do ferro ingerido como sulfato ferroso é realmente 
85 
 
absorvido; estudos demonstram que destes, somente metade do 
ferro que chega a ser absorvido a partir do sulfato ferroso é utilizado 
pelo organismo, sendo o resto eliminado através do próprio intestino. 
O aumento de ferro com o intuito de compensar a sua baixa absorção 
e utilização resulta então num estado tóxico para os intestinos, o que 
determina um aumento dos já clássicos efeitos colaterais 
gastrintestinais dos compostos comuns de ferro. Doses entre 3 a 18 
g. podem produzir efeitos tóxicos e a siderose, quando o excesso de 
ferro se deposita no organismo, principalmente no fígado. 
Para contornar estes problemas e suplementar ferro 
adequadamente, utiliza-se o ferro aminoácido quelado. Sob esta 
forma, o ferro tem 360% maior absorção que o carbonato de ferro, 
380% maior absorção que o sulfato ferroso e 490% maior 
absorção que o óxido de ferro. 
Todos os estudos demonstraram que o ferro aminoácido quelado tem 
melhor absorção, utilização e tolerância que o sulfato ferroso utilizado 
comumente receitado. 
Um estudo recente em adolescentes anêmicos, pelo Doutor Piñeda 
no INCAP (Institute of Nutrition for Central America) mostrou que 30 
mg de ferro, como ferro aminoácido quelado, eleva os índices de 
hemoglobina ao mesmo patamar que 120 mg de ferro como sulfato 
ferroso, sem tantos de acúmulos ou excessos. 
A toxicidade do ferro proveniente dos alimentos é praticamente nula, 
mas possível em organismos com distúrbios metabólicos específicos. 
Ao contrário, o ferro férrico, geralmente presente nos suplementos, 
deve ser ministrado com cautela. Há inclusive relatos apontando 
maior incidência de câncer em situações de níveis séricos elevados 
de ferro. 
Compostos de ferro e complexo vitamínico-minerais não devem ser 
prescritos para pacientes que sofrem fortemente de angina pectoris 
ou que já apresentaram infarto do miocárdio. Isto porque o ferro 
existe nos estados férrico e ferroso, sendo que este aparece livre, 
não ligado a proteínas, sendo um importante gerador de radicais 
livres do grupo hidroxila, capazes de lesar as paredes das artérias. O 
ferro férrico, ligado a proteínas, não tem essa mesma capacidade. 
Portanto, em doenças cardiovasculares em geral, é importante evitar 
o contato do organismo doente com o ferro ferroso, ou livre. Há 
trabalhos, contudo, que aconselham a evitar quaisquer suplementos 
que contenham ferro, mesmo férrico, de modo a minimizar a 
exposição ao metal do organismo doente ou predisposto. 
86 
 
Dose: Crianças jovens (4 a 8 anos): 0,6 mg./kg/de peso/dia. 
Lactentes (até 1 ano): 1 a 2 mg./kg/peso/dia. 
Sugestão para um adulto normal, com atividades físicas: 30 mg/dia. 
IDR para adultos: 14 mg. 
Os níveis máximos de segurança determinados pela Secretaria de 
Vigilância Sanitária são os seguintes: 
Adultos: 65 mg. 
Lactentes: 2,0 mg/kg de peso corporal até o limite de 15 mg. 
Pediátrico: 2,0 mg/kg de peso corporal até o limite de 50 mg. 
 
Fósforo 
 
Sabemos que o fósforo é um mineral que desempenha um 
importante papel no metabolismo energético geral e intracelular pois 
participa da molécula do ATP, sob a forma de fosfato. Mais de 80% 
de todo o fósforo orgânico, contudo, está presente nos ossos. 
Pelo fato de ser facilmente obtido através dos alimentos em 
quantidades suficientes, o fósforo não é muito aplicado 
habitualmente nas fórmulas de suplementos, ou da medicina 
ortomolecular (biomolecular). Quando participa, é escolhido 
juntamente com outros minerais em formulações para combater o 
estresse, as deficiências imunológicas, o raquitismo e a piorreia. 
Assim como para o cálcio, o zinco, o cobre, o ferro e o selênio, 
sugere-se prescrever o fósforo sob a forma aminoácido quelada, 
cujas doses diárias sugeridas são de 200 a 400 mg, ou seja, um 
pouco menos do que na forma molecular, não ionizada. 
As necessidades diárias de fósforo para um adulto normal são de 
aproximadamente 1 a 1,5 gr, ou cerca de uma vez e meia as 
necessidades de cálcio, embora o IDR seja de 800 mg, tanto para 
crianças quanto para adultos. 
Os níveis máximos de segurança determinados pela Secretaria de 
Vigilância Sanitária são os seguintes: 
 
Adultos: 1.500 mg. 
Lactentes: 150 mg/kg de peso corporal até o limite de 80 mg. 
Pediátrico: 80 mg/kg de peso corporal até o limite de 1.500 mg. 
 
 Iodo 
 
87 
 
Elemento químico ametálico, da família dos halogênios, de grande 
importância para o corpo humano. Participa da formação dos 
hormônios tireoidianos e a sua carência determina a hipofunção 
desta glândula e o surgimento do bócio. Está presente em diversos 
alimentos como as algas marinhas, o agrião, a salsa, os frutos do mar 
e outros, mas é no sal natural onde está presente em maior 
abundância, sendo a sua principal fonte. Atualmente o sal refinado 
precisa ser acrescido de iodo (iodeto de potássio), uma vez que 
durante a sua industrialização ocorre a perda do iodo natural, 
presente no sal marinho. 
O iodo é utilizado em medicina sob a forma de iodetos. Para uso 
interno é aplicado no tratamento das afecções da tireoide, do 
reumatismo, da arteriosclerose e como fluidificador das secreções 
brônquicas. Para uso externo é utilizado na sua forma sólida (diluída 
em álcool) como antisséptico, antimicótico como corante marcador. 
É necessário em pequeníssimas quantidades, ainda não bem 
determinadas. O seu excesso pode ser tóxico, mas depende de 
muitas variáveis. Nas formulações para suplementação, utiliza-se o 
iodeto de potássio como fonte molecular de iodo, sempre em doses 
fisiológicas baixas. 
IDR – Adultos: 150 mcg. Crianças: 120 mcg. 
Os níveis máximos de segurança determinados pela Secretaria de 
Vigilância Sanitária são os seguintes: 
Adultos: 600 mcg. 
Lactentes: 10 mg/kg de peso corporal até o limite de 100 mcg. 
Pediátrico: 10 mg/kg de peso corporal até o limite de 300 mcg. 
 
Magnésio 
 
O magnésio é um dos componentes do grupo dos macro minerais. 
Ele atua na manutenção da função nervosa e como parte integrante 
de muitas enzimas. É um íon dos mais importantes como elemento 
ligado ao sistema imunológico. A sua redução determina diminuição 
da capacidade de defesa do organismo. Sua deficiência favorece 
também o aparecimento de distúrbios neuromusculares com 
hiperexcitabilidade neuromuscular e distúrbios do comportamento 
tais como: excitabilidade, ansiedade, cefaleia, fadiga mental, 
vertigens. 
Estudos revelam o papel fundamental do magnésio na regulação do 
tônus vascular, prevenindo o espasmo das coronárias, as lesões 
88 
 
cardiovasculares, assim como as taquicardias ventriculares. O uso 
do magnésio protege contra o excesso de cálcio intracelular, 
responsável por vários fenômenos patológicos. 
O organismo humano normalmente possui de20 a 25 gramas de 
magnésio, das quais 50 a 60% se encontram nos ossos; a maior 
parte do magnésio restante se encontra nos músculos e eritrócitos, e 
aproximadamente 1% como magnésio extracelular. O magnésio 
toma parte na síntese e hidrólise do ATP, ativação e estabilização de 
macromoléculas como a ADN e ribossomos, além de ativar e regular 
inúmeras enzimas, tais como a fosfatase alcalina que está envolvida 
no metabolismo do cálcio e do fósforo. 
O magnésio em combinação com o cálcio regula a permeabilidade 
das membranas. Sua concentração nos fluídos extracelulares é 
crítica para a integridade e funcionamento do sistema nervoso, tanto 
na condução do estímulo nervoso, como na sua transmissão através 
da junção mioneural. Os estudos sobre o magnésio em cardiologia 
demonstram a eficiência de sua administração mesmo sem carência 
de magnésio. Entretanto, 75% da população ingere menos que as 
doses recomendadas de magnésio, porque em média uma dieta 
supre de 50 a 67% das necessidades mínimas orgânicas (dados 
sobre a população norte americana). 
O sal marinho natural era antes uma das mais importantes fontes de 
magnésio, mas com a industrialização e o refino, grande parte do 
magnésio é extraída, tornando o produto final, o sal refinado, um 
composto apenas de cloreto e de sódio. Considera-se o refino do sal 
uma das causas da redução do aporte de magnésio no organismo da 
população mundial. Recentemente tem se demonstrado também que 
o consumo excessivo ou regular de açúcar branco tende a reduzir os 
níveis disponíveis de magnésio no sangue. 
É relativamente difícil conhecer a quantidade de magnésio do 
organismo humano. Os testes comuns de sangue não mostram a 
distribuição e a concentração real do magnésio e muitos 
erroneamente acreditam que os níveis orgânicos de magnésio são 
sempre satisfatórios. 
A fonte natural de magnésio são os alimentos, notadamente os frutos 
do mar, as frutas oleaginosas, as leguminosas, as sementes, os 
cereais. 
As doses diárias suplementares de magnésio sugeridas 
correspondem a 500-750mg, mas os compostos deste íon (como o 
cloreto, por exemplo) atuam sobre os intestinos como laxantes. A 
89 
 
melhor forma de se ingerir magnésio suplementar é através da sua 
forma quelada. Quelado com glicina, o magnésio é altamente 
absorvível e não apresenta os indesejáveis sintomas colaterais da 
administração do magnésio no aparelho digestivo. É utilizado nas 
formulações gerais, como relaxante, na prevenção e tratamento das 
doenças cardíacas, no combate à fadiga neuromuscular, no estresse, 
e no tratamento da síndrome pré-menstrual (associado à vitamina 
B6). 
Quelado com ácido aspártico o magnésio (na forma de sal), tem seu 
uso recomendado para melhorar a performance do músculo cardíaco 
e nas formulações antiestresse, oferecendo maior segurança e a 
tolerância. Ver Cálcio e Osteoporose. 
IDR – Adultos: 300 mg. Crianças: 170 mg. 
Os níveis máximos de segurança determinados pela Secretaria de 
Vigilância Sanitária são os seguintes: 
Adultos: 700 mg. 
Lactentes: 10 mg/kg de peso corporal até o limite de 80 mg. 
Pediátrico: 10 mg/kg de peso corporal até o limite de 200 mg. 
 
 
 Manganês 
 
O manganês é um dos micros minerais que participa de inúmeros 
mecanismos metabólicos e bioquímicos, dentre eles, o a regulação 
de vários processos que controlam a homeostase da glicose. Alguns 
autores citam-no como modulador da síntese, secreção e 
degradação da insulina. Outra importante ação do manganês é 
aumentar a mobilização do cálcio intracelular; ele ativa as enzimas 
que inibem os depósitos de cálcio e solubilizam o cálcio depositado. 
Participa de metabolismo cerebral, tanto sua deficiência como os 
estados tóxicos afetam o metabolismo cerebral. O manganês 
juntamente com o cobalto e magnésio, são fundamentais para a 
síntese de ácido hialurônico, constituinte da mucina, que compõe o 
líquido sinovial. Constatou-se que os artríticos possuem seis vezes 
menos manganês que as pessoas normais. 
Além das ações citadas, o manganês ativa as enzimas 
tiaminoquinase, (que viabiliza a ação da tiamina), a glucotransferase 
e a galctiltransferase na formação das glicoproteínas que não se 
formam na ausência de manganês. As glicoproteínas formam parte 
da membrana das células e especificamente acredita-se que são 
90 
 
responsáveis pela defesa celular contra o ataque de vírus e certas 
formas de câncer. 
Acredita-se que o interferon só é produzido na presença de 
manganês. O manganês também está associado à formação do 
tecido conjuntivo e ossos, ao crescimento, ao metabolismo dos 
carboidratos e lipídios, às funções do aparelho reprodutor e ao 
funcionamento cerebral. 
O papel do manganês como antioxidante é cada vez mais 
considerado. Estudos com tumores malignos mostraram quantidades 
diminuídas da enzima superóxido desmutase (SOD), que contém 
manganês, mas não se pode inferir que a deficiência de manganês 
possa desencadear processos degenerativos em seres humanos. 
O manganês parece participar da síntese da dopamina, devido a 
isso, vários estudos atuais estão sendo conduzidos no sentido de 
verificar a eficácia do manganês suplementar na doença de 
Parkinson. Curiosamente, o estágio final da intoxicação pelo 
manganês produz uma sintomatologia semelhante ao 
parkinsonismo. A L-dopa também é a droga usada para o tratamento 
do estado crônico de envenenamento por manganês. 
Considerado importante para o funcionamento normal do cérebro e 
eficaz no tratamento da esquizofrenia e de algumas doenças 
nervosas. Existem relatos, não comprovados cientificamente, da 
eficácia do manganês no tratamento da esquizofrenia. 
Sendo um mineral de tal importância, o manganês é geralmente 
ingerido pela população em quantidades menores do que as 
exigidas. Nos EUA 50% da população não consome quantidades 
apropriadas de manganês. 
Um dos problemas também ligados ao manganês é que ele é 
fracamente absorvido, chegando ao máximo de 3%, enquanto que a 
sua eliminação é alta: 97 a 99%. Isto exige a ingestão de alimentos 
que o contenham (como a aveia integral, o centeio, o trigo sarraceno, 
as frutas e outros), ou a sua suplementação, em doses diárias 
estabelecidas entre 5 a 20 mg. 
A melhor forma de se suplementar o manganês é através das 
preparações queladas, que permite uma absorção 250% maior as 
demais. O aminoácido mais comumente associado ao manganês é a 
glicina, usado em suplementações alimentares, em formulações 
antioxidantes e em todas as formulações onde são requeridas uma 
absorção e uma tolerância maiores. 
IDR – Adultos: 5 mg. Crianças: 3 mg. 
91 
 
Os níveis máximos de segurança determinados pela Secretaria de 
Vigilância Sanitária são os seguintes: 
Adultos: 10 mg. 
Lactentes: 0,1 mg/kg de peso corporal até o limite de 1 mg. 
Pediátrico: 0,1 mg/kg de peso corporal até o limite de 3 mg. 
 
 
 
Potássio 
Metal alcalino, sendo um íon importante para todo o metabolismo. 
No organismo adulto normal a sua concentração é de 42 mEq/Kg, a 
maior parte da qual no espaço intracelular. Trata-se de um cátion 
lábil, facilmente permutável, em concentrações que oscilam nos 
diversos tecidos. Importante o potássio estar presente em 
quantidades equilibradas no corpo humano, pois tanto o seu 
excesso quanto a sua carência determinam problemas sérios. 
Está presente em abundância nas frutas (principalmente na laranja 
e no abacaxi), nos legumes e verduras. Na forma natural encontra-
se sob a forma de cloreto. Deve ser obtido através dos alimentos ou 
nos suplementos (em doses fisiológicas), sendo necessários 
cuidados técnicos se aplicado de modo parenteral. 
 
 
Selênio 
 
O selênio é um importante oligoelemento que atua reduzindo a 
oxidação de pontes sulfídricas das proteínas e na desnaturação do 
colágeno. Alguns trabalhos correlacionam a utilização do selênio na 
prevenção do câncer, principalmente aqueles determinadospor 
agentes carcinogênicos e nas viroses. São descritas ainda algumas 
propriedades cardioprotetoras. 
Em medicina biomolecular o selênio representa um potente 
antioxidante e varredor de radicais livres, por ser parte constituinte 
da glutation peroxidase, enzima que remove eficientemente os 
peróxidos de hidrogênio formados durante a redução metabólica do 
oxigênio (a glutation peroxidase converte os lipoperóxidos em 
substâncias não tóxicas.). Outras enzimas dependentes de selênio 
são encontradas nos órgãos genitais e sua função está relacionada 
com o desenvolvimento e a função do sêmen. A vitamina E e o 
92 
 
selênio são sinérgicos, isto significa que o uso em conjunto produz 
uma maior eficácia do que cada um isoladamente. Está presente 
em numerosos alimentos, principalmente nas frutas oleaginosas e 
nas gorduras animais. 
O selênio tem sido estudado como um agente no tratamento de 
alguns tipos de câncer. 
Zhong em 2001, mostrou o efeito do selenito de sódio sobre células 
do câncer de próstata humano LNCaP. Shen em 2000 mostrou que 
o selênio pode funcionar de dois modos sobre as células cancerosas: 
como antioxidante , aumentando a geração de GSH ou como 
oxidante aumentando a geração de H2O2; quantidades supra 
nutricionais de selênio em uma primeira fase aumentam os níveis de 
GSH como mecanismo de defesa, porém, logo a seguir com a 
continuidade e a permanência do selênio acontece grande produção 
de H2O2 , que acarreta drástica diminuição do GSH e os efeitos 
citotóxicos sobre a célula tumoral. A superóxido desmutase, a 
catalase e a desferroxamina atenuam significantemente os efeitos 
apoptóticos do selênio. 
O selênio é o mais tóxico dos micronutrientes essenciais. 
Concentrações na faixa de 3-4 ppm geram toxicidade crônica. 
A maioria dos trabalhos sugere doses diárias compreendidas entre 
50 e 200mg por dia, para um IDR de 70 mg para adultos e de 30 mcg 
para crianças. 
Os níveis máximos de segurança determinados pela Secretaria de 
Vigilância Sanitária são os seguintes: 
Adultos: 150 mcg. 
Lactentes: 5 mcg/kg de peso corporal até o limite de 50 mcg. 
Pediátrico: 5 mcg/kg de peso corporal até o limite de 100 mcg. 
 
 
Zinco 
 
Um dos mais importantes micro minerais, pois participa da formação 
e função de numerosas enzimas e atua em grande parte dos 
fenômenos biológicos. Um dos componentes fundamentais das 
enzimas ligadas aos processos oxidativos e essencial à ação de 
catalizadores, atuando diretamente no crescimento e funções 
celulares. 
Os alimentos naturais mais ricos em zinco são: grãos, pão integral, 
93 
 
pão de centeio, massas, frutos do mar, vegetais, frutas frescas, 
nozes; mas a quantidade de zinco nos alimentos varia de acordo com 
a qualidade do solo de plantio e dos fertilizantes utilizados. Além 
disso, as fontes vegetais contêm ânions fixadores do zinco e no 
processo de moagem e industrialização dos cereais há considerável 
perda do mineral. 
As primeiras observações de deficiência de zinco foram realizadas 
por Prasad e Halstead, em jovens que se alimentavam, quase quer 
exclusivamente, de pão e cereais, sem proteína animal. 
Descreveram entre vários sinais e sintomas o nanismo e 
hipogonadismo, a ausência ou deficiência de paladar e olfato e ainda 
sinais de cegueira noturna. 
A anidrase carbônica e sua dependência do zinco foi uma das 
primeiras a serem estudadas (1939). É uma enzima encontrada nos 
eritrócitos, desempenhando importante função na homeostase 
acidobásica dos organismos vivos. Entre outras funções o zinco está 
relacionado com o metabolismo dos carboidratos, o metabolismo 
proteico, atividade muscular, a formação e a atuação das plaquetas, 
com a defesa imunológica e na prevenção da aterosclerose. 
A deficiência de zinco causa diminuição da tolerância a carboidratos; 
a deficiência de zinco, provavelmente, toma parte no 
desenvolvimento do diabetes no adulto, caracterizado por uma 
diminuição na sensibilidade à insulina. A deficiência deste elemento 
acarreta também um distúrbio na formação do colágeno, o que 
explicaria seus efeitos benéficos nos processos de cicatrização de 
ferimentos e na recuperação de tecidos quer sofreram queimaduras. 
As observações realizadas em Bangladesh demonstraram que a 
suplementação dos 50 mg de zinco/dia na dieta é benéfica na 
reabilitação nutricional de crianças com desnutrição com desnutrição 
severa. 
O zinco tem, ainda, sido utilizado com sucesso no tratamento da acne 
e em dermatite tipo herpético. Alguns autores têm observado efeitos 
benéficos no tratamento da artrite reumatoide. 
A administração de zinco permite observar uma melhora da 
resistência ao esforço e um aumento da força muscular, talvez 
relacionado à eliminação mais fácil do ácido láctico, formado durante 
a atividade muscular pela desidrogenase láctica (zinco dependente). 
A deficiência de zinco parece provocar problemas na adesão e 
agregação plaquetárias, que são reversíveis com a correção da 
mesma. Em crianças desnutridas, atrofia do timo e uma deficiência 
94 
 
da imunidade humoral têm sido observadas. Após a restauração 
nutricional, quando as proteínas plasmáticas e os níveis de 
corticosteroides retornam ao normal, a atrofia persiste e somente é 
corrigida quando se restabelecem os níveis de zinco. 
Em pacientes sob nutrição parenteral com níveis plasmáticos baixos 
de zinco, anormalidades da imunidade celular são corrigidas pela 
administração de zinco (Allen, 1981). 
O zinco participa da molécula da superóxido desmutase, que protege 
as células contra os efeitos tóxicos do oxigênio. A carência de zinco 
determina uma diminuição da imunidade celular por reduzir a 
atividade da nucleosídeo fosforitase, enzima essencial para a 
atividade dos linfócitos T. 
O Zinco está envolvido nos mecanismos de estresse. Durante estes 
estados observa-se uma maior eliminação urinária de zinco o que 
pode gerar déficits agudos. 
A terapia com uma suplementação de zinco tem se mostrado efetiva 
no tratamento da artrite, por diminuir o edema e a rigidez matinal das 
articulações. Isto ocorre devido a sua ação anti-inflamatória 
estabilizadora das membranas liássicas e moduladoras das 
atividades dos macrófagos. 
A utilização de zinco em pacientes com disfunção glandular tem se 
mostrado importante para a correção e normalização dos valores 
séricos de testosterona e na contagem de espermatozoides, assim 
como nos níveis de L.H em pacientes com hepatomegalia. 
A maior parte do zinco da alimentação, de 10 a 15 mg/dia, é 
absorvida no duodeno, íleo e jejuno. No homem, uma ingestão de 15 
mg/dia parece suficiente de acordo com Turnlund. Pequena parte 
pode ser absorvida no estômago e no cólon. Somente 10 a 40% do 
zinco ingerido é absorvido. O mecanismo de absorção não é 
completamente conhecido. Uma vez absorvido, o zinco liga-se às 
proteínas plasmáticas e é levado ao fígado, onde se liga a proteínas 
fixadoras de metais. 
Algumas substâncias limitam a absorção do zinco; é o caso dos 
fígados e fibras. O fitato, ácido fítico, presente nos vegetais, 
prejudicam a biodisponibilidade do zinco nos mesmos. Outras 
substâncias agem aumentando sua absorção, como a lactose. 
(Fournier, 1971; Grudento, 1982.). O leite de vaca, apesar de mais 
rico em zinco que o humano, não melhora à deficiência de zinco. Isto 
se deve a presença no leite humano de um fixador com baixo peso 
molecular que favorece a absorção; outro fator é a grande quantidade 
95 
 
de cálcio no leite da vaca que interage com a absorção do zinco. 
Algumas causas da deficiência de zinco são o estresse, o alcoolismo 
acentuado, tratamentos com D-Penicilina, nutrição parenteral 
prolongada, síndromes de má-absorção, doenças inflamatórias 
intestinais, síndromes diarreicas, enteropatia perdedora de 
proteínas, síndrome nefrótica, queimados graves, gravidez, 
aleitamento, talassemia, sudorese, alimentação inadequada. 
Estudos indicamque são necessários 12,5 mg de zinco na dieta 
diária, para manter um balanço positivo. Considerando-se que 
apenas 10 a 40 % do zinco ingerido na dieta são absorvidos, 
recomenda-se que a oferta média ao indivíduo adulto seja em torno 
de 15 mg/dia. 
Durante a gravidez há uma necessidade maior de zinco, para que 
haja um desenvolvimento fetal adequado. Recomenda-se por isso 
um acréscimo de 5mg/dia, além das necessidades basais, levando-
se em consideração que muitas das dietas não contém níveis 
suficientes deste mineral. No período de lactação as necessidades 
são ainda maiores, já que a perda através do leite materno é avaliada 
em torno de 3 mg/dia. Recomenda-se, portanto, a adição de 10 
mg/dia de zinco, além daquelas necessidades básicas diárias. 
Nas crianças de 1 a 10 anos, a dose recomendada é de 10 mg/dia; 
no entanto, é necessário observar se o tipo de alimentação apresenta 
quantidade adequada de zinco, se há consumo demasiado de açúcar 
branco (que elimina zinco), ou se há grande consumo de cereais que 
contenham fitato. Nas crianças, em particular, há que se observar as 
perdas por sudorese excessiva e pelo trato gastrointestinal 
(diarreias). 
Em pacientes adultos, suplemento de zinco é sempre necessário em 
suporte nutricional parenteral prolongado. Recomenda-se 0,1 mg 
Zn/kg de peso corpóreo. 
O suplemento diário recomendado por via oral é em torno de 5 a 10 
mg de zinco. Na criança, a aceleração do crescimento tem sido 
observada com doses de 4 a 5 mg de Zn/dia. 
O zinco é muito pouco tóxico e existe boa margem de segurança 
entre as necessidades fisiológicas e as doses tóxicas. 
 
 
 
96 
 
 Vitaminas 
A carência de vitaminas essenciais é uma das principais causas do 
enfraquecimento do sistema imunológico. 
Vitaminas são substâncias orgânicas indispensáveis à manutenção 
das funções metabólicas normais do organismo. A deficiência ou 
ausência de vitaminas na alimentação determina perturbações 
conhecidas como estados carenciais, desvitaminoses, 
hipovitaminoses ou avitaminoses. 
Uma alimentação equilibrada fornece ao organismo as vitaminas de 
que ele normalmente necessita. Contudo em algumas situações, tais 
como em dietas deficientes, perturbações na absorção, necessidade 
aumentada dos tecidos - crescimento, gestação, lactação, trabalhos 
físicos pesados, estresse, hipertireoidismo e presença de radicais 
livres, a administração externa torna-se necessária. 
Assim como es demais nutrientes, as vitaminas podem ser obtidas 
de três fontes: as fontes primárias, fornecidas pelo reino vegetal; as 
fontes secundárias, fornecidas pelo reino animal, e as fontes 
terciárias, representadas pela origem sintética, produzidas em 
laboratórios. 
A maioria das vitaminas disponíveis hoje no comércio (farmácias, 
alimentos industrializados) é de fonte terciária. São inúmeras as 
vantagens dos nutrientes primários, principalmente por serem 
absorvidos e distribuídos mais facilmente, além de não provocarem 
acúmulos, deposições, reações adversas e de se combinarem 
melhor bioquimicamente no metabolismo. 
 
Vitamina A 
 
Denominação usual de pelo menos três compostos: retinol, retinal e 
carotenoides, ou alfa-caroteno, betacaroteno e gama- caroteno. A 
forma ativa da vitamina A é encontrada normalmente na natureza em 
tecidos animais, como no óleo de fígado de bacalhau, na manteiga, 
na gema do ovo, no queijo e no fígado; como protovitamina, é 
encontrada nas frutas e vegetais pigmentados, como o mamão, a 
cenoura, a beterraba, a abóbora e na clorofila. Na sua forma sintética, 
esta vitamina se apresenta como acetato (acetato de vitamina A). 
A vitamina A e os carotenoides são potentes antioxidantes e 
neutralizantes dos radicais livres. 
Esta vitamina apresenta importante efeito farmacodinâmico no 
97 
 
sentido de manter estáveis as funções das atividades enzimáticas e 
do metabolismo. Estudos revelaram que a vitamina A apresenta 
excelente ação antioxidante, em imunodeficiências e como adjuvante 
na terapêutica anticâncer. O retinol e outros similares, estão 
integralmente envolvidos no crescimento e na diferenciação celular. 
Inúmeros experimentos demonstram que a vitamina A tem potente 
poder antioxidante podendo reduzir os riscos de câncer prevenindo 
os danos causados aos tecidos pela oxidação. 
O mecanismo de ação dos efeitos da vitamina A em 
imunodeficiências poderia ser descrito devido a potencialização dos 
linfócitos assim como da atividade dos fagócitos. 
A carência de vitamina A determina redução do crescimento, 
fotofobia, redução da capacidade visual (principalmente noturna), 
cegueira, distúrbios glandulares variados, problemas hepáticos e 
outros. 
O beta caroteno é um pigmento, um tipo de caroteno, como molécula 
precursora da vitamina A. Uma molécula de betacaroteno pode 
fornecer duas moléculas de vitamina A ativa, com ação antioxidante. 
Os carotenoides, principalmente a sua fração (, são potentes 
antioxidantes e neutralizantes dos radicais livres. Apresenta 
importante efeito farmacodinâmico no sentido de manter estáveis as 
funções das atividades enzimáticas e do metabolismo. Estudos 
revelaram que o betacaroteno apresenta excelente ação 
antioxidante, em imunodeficiências e como auxiliar na terapêutica 
anticâncer. 
Diversos estudos e pesquisas aplicando-se concentrações de 
betacaroteno como recurso no tratamento da AIDS foram realizadas 
e outras estão em andamento. Uma delas, intitulada “The Effect of 
Supplemental Beta-Carotene on Immunologic. Indices in Patients 
with AIDS: A Pilot Study “, desenvolvida por David A. Fryburg, 
Rebecca J. Mark, Brigitte P. Griffith, Philip W. Askenase e Thomas F. 
Patterson, da Divisão de Endocrinologia, Metabolismo, imunologia e 
Doenças Infecciosas do Departamento de Medicina Interna da 
Universidade de Yale, New Haven Connecticut, mostram notáveis 
efeitos do pigmento em pacientes portadores da doença por vírus 
HIV. 
Na sua forma sintética (acetato), a vitamina A pode ser tóxica quando 
ingerida em doses elevadas (25.000 a 50.000 U.I./dia), quando pode 
causar envenenamento. Durante a gestação, doses assim elevadas, 
ingeridas por períodos longos, podem provocar efeitos teratogênicos 
98 
 
(alterações cromossômicas do feto). Daí se recomendar utilizar a 
forma “pré”, o betacaroteno, que não produz toxidade na mesma 
proporção da vitamina A sintética em doses maiores que as normais. 
As doses diárias de vitamina A variam entre 5.000 e 10.000 U.I. Em 
tratamentos mais prolongados recomenda-se a utilização do 
betacatoreno. 
IDR: Adultos: 800 mcg (2,666 UI). Crianças: 700 mcg (2,333 UI). 
Os níveis máximos de segurança determinados pela Secretaria de 
Vigilância Sanitária são os seguintes: 
Adultos: 10.000 UI. 
Lactentes: 500 UI/kg de peso corporal até o limite de 5.000 UI. 
Pediátrico: 500 UI/kg de peso corporal até o limite de 10.000 UI. 
Para o betacaroteno: 
Dose terapêutica: 5.000 UI\ Dose diária máxima de 50.000 UI\dia, os 
níveis máximos diários de segurança determinados pela Secretaria 
de Vigilância Sanitária são os seguintes: 
Adultos: 25.000 UI. 
Lactentes: 500 UI/kg de peso corporal até o limite de 5000 UI. 
Pediátrico: 500 UI/kg de peso corporal até o limite de 10.000 UI. 
 
 
 
Vitamina B1 
 
A vitamina B1, também denominada tiamina ou aneurina, 
desempenha importante papel no metabolismo intermediário de 
carboidratos promovendo a liberação de energia (ATP). Regulariza o 
metabolismo dos açúcares e permite a síntese das gorduras a partir 
dos glicídios. 
Sua carência origina distúrbios neurológicos, cardiovasculares e 
gastrintestinais. O bom funcionamento do sistema imunológico 
também está intimamente relacionado com as taxas séricas de 
tiamina. Está largamente presente no córtex dos cereais integrais, 
nas frutas, no lêvedo e na gema de ovo; praticamente ausente na 
carne animal. A sua carência contribuipara o surgimento do beribéri, 
polineurite, edemas, perturbações cardiovasculares e outras 
doenças. Indica-se o seu uso como auxiliar no tratamento de 
perturbações neurológicas, síndromes dolorosas, afecções 
dermatológicas (pelagra, por exemplo) e doenças do fígado. 
O manganês e zinco facilitam a sua utilização pelos tecidos. A 
99 
 
vitamina C intensifica sua ação no sistema nervoso. 
As reservas de tiamina dos tecidos esgotam-se muito facilmente 
devido a sua solubilidade na água, o que torna necessário um 
suprimento continuado e equilibrado desta vitamina. São sugeridas 
doses terapêuticas diárias para hipovitaminoses de 5 a 50 mg diárias, 
dependendo de cada caso. 
IDR: Adultos: 1,4 mg. Crianças: 1 mg. 
Não há produção de efeitos tóxicos quando administrada por via oral, 
pois os excessos são eliminados rapidamente pela urina. 
Os níveis máximos de segurança determinados pela Secretaria de 
Vigilância Sanitária são os seguintes: 
Adultos: 300 mg. 
Lactentes: 10 mg/kg de peso corporal até o limite de 100 mg. 
Pediátrico: 10 mg/kg de peso corporal até o limite de 200 mg. 
 
Vitamina B2 
 
Grupo das vitaminas do complexo B, hidrossolúveis, também 
denominada riboflavina. É componente essencial do flaminato 
mononucletídeo (FN) e do flaminato adenina dinucletídeo (FADA), 
que são enzimas produtoras de energia e atuantes nos processos de 
oxirredução do organismo, assim como no metabolismo de proteínas 
e lipídios. A vitamina B2 é essencial para o crescimento e a 
manutenção da integridade de mucosas e dos tecidos. Sua carência 
provoca redução da acuidade visual, além de opacidade e ulceração 
da córnea. 
Pode ser encontrada principalmente nos cereais integrais, na 
levedura e nos músculos. As doses diárias terapêuticas 
recomendadas estão entre 1 e 5 mg, que inclusive são suficientes 
para a regressão dos sintomas acima mencionados. 
IDR: Adultos: 1,6 mg. Crianças: 1,2 mg. 
Os níveis máximos de segurança determinados pela Secretaria de 
Vigilância Sanitária são os seguintes: 
Adultos:30 mg. 
Lactentes: 5 mg/kg de peso corporal até o limite de 20 mg. Pediátrico: 
3 a 10 mg/dia. 
 
 
Vitamina B3 
 
100 
 
Vitamina do grupo do complexo B e das hidrossolúveis, configurada 
por dois componentes: o ácido nicotínico (niacina) e a sua amida 
(niacinamida). Esta vitamina atua no organismo em diversas reações 
metabólicas; as principais são aquelas envolvidas com a produção 
de energia por fazer parte de duas importantes coenzimas: a I 
adenina dinucletídeo (NADA) e o fosfato de nicotinamida adenina I 
(NADP). Por atuar nos mesmos receptores dos benzodiazepínicos a 
vitamina B3 pode causar sedação. Em certas psicoses, há a 
formação exagerada de dimetiltriptamida, por aumento na síntese de 
radical metila. A vitamina B3 capta estas substâncias formando 
metilnicotinamida, sendo eliminada na urina. 
A carência desta vitamina pode produzir a pelagra e certos tipos de 
demência. A niacina e a nicotinamida podem ser encontradas nas 
leveduras (lêvedo de cerveja, por exemplo), no fígado, nos legumes 
secos, nos grãos dos cereais, sendo mais concentradas nos cereais 
integrais, como o arroz, o trigo, o centeio, o trigo sarraceno, a aveia, 
o milho, o malte e outros. 
Em doses elevadas (farmacodinâmicas, ou em mega doses), a 
nicotinamida inibe a formação da adrenalina em excesso e seus 
derivados metabólicos. Tem indicação no tratamento das demências 
e das neuroses, principalmente provocadas por situações de 
estresse. 
O organismo pode produzir pequena quantidade de nicotinamida a 
partir do triptofano, entretanto insuficientes para as necessidades 
diárias do homem adulto. As doses diárias recomendadas são de 25 
g a 300mg. Ver Niacina. 
IDR: Adultos: 20 mg. Crianças: 13mg. 
Os níveis máximos de segurança são: Adultos: 1.500 a 2.000 mg.\dia 
Lactentes: 20 mg/kg de peso corporal até o limite de 300 mg. 
Pediátrico: 20 mg/kg de peso corporal até o limite de 400 mg. 
 
 
Vitamina B6 
 
Pertence ao grupo das vitaminas hidrossolúveis do complexo B, 
também denominada piridoxina. 
A vitamina B6 intervém em uma série de reações metabólicas, como 
por exemplo a descarbolização da tirosina, da arginina, do ácido 
glutâmico; da desanimação de serina e da treonina; da dissulfuração 
da vitelina e da homocisteína; da conversão do triptofano a ácido 
101 
 
nicotínico. Atua no metabolismo de carboidratos e desempenha 
importante papel no metabolismo do sistema nervoso central por 
descarboxilar o ácido glutâmico para a formação de ácido gama-
aminobutírico (GABA). Ver Vitaminas. 
Está presente nas leveduras (lêvedo de cerveja), nos cereais (mais 
abundantemente nos integrais) e no fígado. 
As doses recomendadas estão entre 10 a 300 mg. 
IDR: Adultos: 2 mg. Crianças: 1,4 mcg. 
Os níveis máximos de segurança determinados pela Secretaria de 
Vigilância Sanitária são os seguintes: 
Adultos: 600 mg. 
Lactentes: 10 mg/kg de peso corporal até o limite de 100 mg. 
Pediátrico: 10 mg/kg de peso corporal até o limite de 200 mg. 
 
 
Vitamina B12 
 
Vitaminas hidrossolúvel do complexo B, também denominada 
cianocobalamina, devido à presença em sua molécula de um grupo 
ciânico ligado ao cobalto. Suas funções biológicas estão 
relacionadas com a síntese de ácidos nuclêicos, na transferência de 
grupos metilas lábeis das reações de transmetilação, na formação de 
mielina no sistema nervoso e participação no metabolismo de 
lipídeos e carboidratos. 
As fontes alimentares mais ricas são os extratos de fígado, mas pode 
ser obtida do reino vegetal a partir da alga clorela, da alga espirulina, 
de complexos processos de síntese orgânica, e da fermentação 
alcalina da soja e de seus derivados e em pequenas quantidades no 
vinho. 
É importante informar que a vitamina B12 é reservada no fígado por 
vários anos. Dietas pobres em vitamina B12 só podem afetar o 
organismo após vários meses ou anos. Recentes pesquisas apontam 
que a principal fonte de vitamina B12 para seres humanos e 
mamíferos em geral, não são exatamente alimentos, mas a síntese 
realizada por bactérias nos intestinos. 
A carência de vitamina B12 produz a anemia perniciosa ou 
macrocítica. As doses recomendadas para adultos variam entre 10 a 
1.000 mcg diárias. Acima desta dose a cianocobalamina torna-se 
progressivamente tóxica. São relatados casos de sensibilidade 
cutânea ao uso da vitamina B12. Doses superiores a 5 mg podem 
102 
 
provocar choque do tipo anafilático. 
IDR: Adultos: 100 mcg. Crianças: 140 mcg. 
Os níveis máximos de segurança determinados pela Secretaria de 
Vigilância Sanitária são os seguintes: 
Adultos: 1.000 mcg. 
Lactentes: 50 mcg/kg de peso corporal até o limite de 500 mcg. 
Pediátrico: 50 mcg/kg de peso corporal até o limite de 1.000 mcg. 
 
Vitamina C 
 
A vitamina C é uma das vitaminas solúveis em água. A sua forma 
natural, ou primária, é o ácido L-ascórbico e na sua forma terciária é 
o ácido ascórbico, sintetizado em laboratório. No item Vitaminas, 
demonstra-se a superioridade biológica da vitamina C primária, em 
relação à terciária. Esta vitamina é fundamental para a vida e está 
envolvida em numerosos processos fisiológicos complexos. Os 
bioflavonoides são considerados formas precursoras primárias da 
vitamina C. 
A vitamina C está intimamente relacionada com biossíntese de 
colágeno, daí a sua importância global na economia orgânica. 
Pesquisas demonstraram que a utilização de ácido L-ascórbico, em 
doses terapêuticas, produz aumento na atividade da enzima lisil-
hidroxilase e na biossíntese total do colágeno. Do ponto de vista 
imunológico promove o aumento da produção de línfócitos e da 
mobilidade dos fagócitos estimulando o sistema de defesa. 
A vitamina C é uma das principais vitaminas da fisiologia humana, 
sendo considerada de primeira ordem para evitar processos 
perioxidativos da meteorização de gorduras e formaçãode radicais 
livres. Na prevenção das doenças cardiovasculares a vitamina C atua 
como antioxidante na cadeia do ácido aracdônico reduzindo os níveis 
plasmáticos de triglicérides e colesterol. Portanto, a vitamina C, 
contando com a sua forma de ácido ascórbico, L-ascórbico ou 
bioflavonoide, é um dos mais poderosos antioxidantes, utilizado pela 
medicina ortomolecular na “varredura” dos radicais livres. 
Vários estudos correlacionam a utilização de vitamina C com a 
redução da incidência de câncer do estômago, da pele, pulmonar e 
renal. Seu mecanismo de ação contra o câncer ainda não foi 
claramente descrito. Acredita-se que a vitamina C possa modificar o 
metabolismo de hidrocarbonetos policíclicos. Ao reagir com radicais 
103 
 
livres (geotrópicos) reduziria sua atividade mutagênica. 
Linnus Pauling. Prêmio Nobel de Medicina, foi um dos mais famosos 
estudiosos da vitamina C, tendo difundido a ideia da utilização de 
doses elevadas (farmacodinâmicas) de ácido ascórbico como 
preventivo das doenças degenerativas e como bloqueador do 
processo do envelhecimento. O Dr. Pauling chegou a ingerir 
pessoalmente doses diárias superiores a 15 g. de ácido ascórbico. 
Segundo informações, o cientista, que morreu nonagenário, sofria de 
câncer desde os seus 50 anos; mas permaneceu assintomático até 
a sua morte. A toxidade da vitamina C (ácido ascórbico) em dose 
elevada é bastante controvertida. Acredita-se que é capaz de 
provocar a precipitação de uratos, oxalatos e cálculos no trato 
urinário. 
Importantes fontes alimentares de ácido ascórbico incluem os 
vegetais folhosos, ervilhas, pimenta, alguns tuberosos (batatas, 
nabos), tomates, frutas cítricas e outras (laranjas, limões, limas, 
grapefruit), morangos, bananas, etc. Atualmente descobriu-se ser a 
fruta brasileira acerola uma das mais ricas fontes de vitamina C do 
planeta. 
Devido à sua solubilidade na água e à sua susceptibilidade à 
degradação (irreversível por oxidação), quando passa então a 
compostos inativos, é possível perderem-se quantidades 
consideráveis de ácido L-ascórbico nos seguintes casos: a) durante 
o cozimento; b) durante os processos de industrialização e 
armazenamento em baixa temperatura antes do processamento; c) 
rápido pré-aquecimento; d) enlatamento; e) secagem; f) 
congelamento. No leite, a vitamina C é também habitualmente 
destruída pela pasteurização. Portanto somente se pode obter em 
quantidades seguras de vitamina C a partir de alimentos crus ou por 
meio de suplementação extra. 
O ácido ascórbico é o componente principal e mais ativo da vitamina 
C, e quimicamente é uma enediol-lactona de um ácido, com 
configuração semelhante à de um açúcar, a L-glicose. Assemelha-se 
a um sal branco, sendo considerado a vitamina C em sua forma 
sintética, já que a vitamina C existente na natureza, na sua forma 
primária, é o ácido L-ascórbico. Trata-se de um ácido relativamente 
forte, inclusive mais do que o ácido acético. 
O ácido ascórbico está amplamente distribuído nos reinos animal e 
vegetal. O ácido ascórbico está presente em todas as células 
vegetais vivas, sendo que as maiores quantidades se encontram em 
104 
 
folhas e flores, ou seja, naquelas porções com grande atividade de 
crescimento. Os tecidos animais contêm quantidades bastante 
reduzidas, as concentrações mais elevadas verificando-se 
geralmente em órgãos de alta atividade metabólica (glândulas 
endócrinas, fígado). Podem-se encontrar quantidades consideráveis 
no leite humano (75 mg/litro) e menos no leite de vaca (22 mg/litro). 
Apenas o homem, outros primatas e as cobaias são, dentre as muitas 
espécies investigadas, incapazes de sintetizar o ácido ascórbico; 
todas as necessidades do homem, com relação à vitamina C, devem, 
por conseguinte, devem ser supridas pela dieta. 
O plasma sanguíneo humano normal contém cerca de 0,6 a 1,5 mg 
de ácido ascórbico por 100 ml. Em condições dietéticas adequadas, 
a concentração nas células vermelhas do sangue é de uma a duas 
vezes e meia a do plasma. Ao passo que nos leucócitos e nas 
plaquetas (“camada branca”) é de 20 a 40 vezes. 
O ácido ascórbico é necessário à atividade funcional de fibroblastos 
e de osteoblastos e consequentemente à formação de fibras 
colágenas e de mucopolissacarídeos do tecido conjuntivo, do tecido 
osteoide, da dentina e do “cimento” intercelular dos capilares. 
Essa necessidade torna-se particularmente crítica no caso de 
reparação de tecidos atingidos, como ocorre por exemplo, na 
cicatrização de ferimentos. Muita das importantes manifestações 
clínicas de deficiência vitamina C, dependem diretamente do 
desenvolvimento anormal destes tecidos. 
A deficiência aguda de vitamina C denomina-se escorbuto e aplica-
se aos aspectos característicos resultantes da incapacidade de 
determinadas células especializadas como os fibroblasto, os 
osteoblastos e os odontoblastos de promoverem o depósito normal 
do colágeno, do tecido osteoide e da dentina, respectivamente. Este 
quadro é revertido com a administração oral de vitamina C ou ácido 
ascórbico. 
A ingestão diária de cerca de 100 mg é suficiente para manter a 
concentração plasmática de ácido ascórbico em torno de 1 mg/100 
ml, no adulto normal. O que se recomenda oficialmente como sendo 
a ingestão mínima diária corresponde a: crianças 30 mg (com menos 
de 1 ano de idade) até 80 mg (adolescência); adultos, 75 mg; 
grávidas, 100 mg; durante a lactação, 150 mg. As necessidades 
aumentam em presença de infecções. 
A administração de grandes quantidades do ácido ascórbica, ao que 
se saiba, não produz efeitos deletérios no homem. 
105 
 
Doses: As doses utilizadas em suplementação nutricional para o 
ácido ascórbico para adultos, estão compreendidas entre 0,5 a 5 g, 
sendo que alguns autores sugerem doses ainda mais elevadas. 
Toxidade: A toxidade do ácido ascórbico em dose elevadas é 
bastante controvertida. Acredita-se que é capaz de provocar a 
precipitação de uratos, oxalatos e cálculos no trato urinário. 
As doses utilizadas em suplementação nutricional para o ácido 
ascórbico estão compreendidas entre 0,5 a 5 g, sendo que alguns 
autores sugerem doses ainda mais elevadas. 
IDR: Adultos: 60 mg . Crianças: 45 mg. 
Os níveis máximos de segurança determinados pela Secretaria de 
Vigilância Sanitária são os seguintes: 
Adultos: 1.000 mg. 
Lactentes: 25 mg/kg de peso corporal até o limite de 300 mg. 
Pediátrico: 25 mg/kg de peso corporal até o limite de 1.000 mg. 
 
Vitamina D 
 
Denominação comum de três principais esteroides: o calciferol 
(vitamina D1), o ergocalciferol (vitamina D2) e o colecalciferol 
(vitamina D3). Eles são originados a partir de precursores 
(protovitamina D) presentes na pele, que ao serem expostos à 
irradiação ultravioleta do sol transformam-se em vitamina D. 
As fontes alimentares da vitamina D são o óleo de fígado de bacalhau 
e de peixes de águas frias (atum, hipoglosso, arenque, etc.), o ovo e 
outros. Ver Vitaminas. 
Existem várias hipóteses descrevendo o mecanismo de ação da 
vitamina D. Acredita-se que esta se fixaria na cromatina ou na 
membrana celular, provocando a liberação de um gene específico, 
com liberação do RN mensageiro, que codificaria a biossíntese de 
proteínas transportadoras de cálcio. Devido a sua ação nos 
mecanismos de absorção de cálcio e fósforo, a vitamina D tem sido 
utilizada na mineralização das matrizes dos ossos (osteosporose e 
crescimento) e em cardiopatias. 
A vitamina D é a mais tóxica das vitaminas, quando ingerida em 
quantidade excessiva. Dose diária de 10 mil a 20 mil UI em crianças 
e 60 mil UI em adultos pode provocar sintomas tóxicos tais como 
hipercalcemia, além de vômitos, dores abdominais, polidipsia, 
poliúra, diarreias e eventualmente desidratação. 
Não existe um consenso científico sobre as quantidades mínimas 
106 
 
diárias de vitamina D necessárias para que o organismo humano 
mantenha a homeostase normalde cálcio e fósforo inorgânico e uma 
mineralização normal dos ossos. Geralmente doses diárias na faixa 
de 400 UI a 600 UI são consideradas ideias para o adulto. No 
tratamento da osteosporose recomendam-se doses que variam de 
500 a 1000 UI/dia de vitamina D2, ou 5 mg\dia de vitamina D3. 
IDR: Adultos: 5 mg ou 200 UI. Crianças: 10 mg ou 400 UI. 
Os níveis máximos de segurança determinados pela Secretaria de 
Vigilância Sanitária são os seguintes: 
Adultos: 800 UI para a vitamina D2 e de 5 mg para a vitamina D3. 
 
 Vitamina E 
 
Ou (-tocoferol. A vitamina E e vários álcoois de estrutura química 
vizinha constituem outro importante grupo de antioxidantes. 
Anteriormente associava-se o seu uso somente a processos 
reprodutivos, tais como a indução à espermatogênese e a fertilidade 
em fêmeas. Atualmente estudos revelam sua potente ação como 
antioxidante, em imunodeficiências, nos processos de 
envelhecimento, em cardiopatias e como coadjuvante no tratamento 
do câncer. 
A vitamina E age protegendo as membranas biológicas dos efeitos 
oxidantes negativos dos radicais livres. Ela introduz-se nos lipídeos 
da camada mais externa, reforçando o tecido conjuntivo e 
favorecendo sua vascularização. Ao reagir com os radicais 
peróxidos, transforma-os em um radical mais estável e menos 
reativo, que pode ser reduzido a um álcool de ácido graxo pela 
glutation-peroxidase. Durante esta reação, a vitamina E toma a forma 
de um radical tocorefol que pode ser reconvertido pela ação da 
vitamina C nas membranas celulares. 
A vitamina E está presente em abundância no germe dos cereais 
integrais (principalmente no óleo de germe de trigo), no óleo de 
amendoim, no azeite de oliva. 
As doses diárias terapêuticas, ou nas hipovitaminoses estão entre 
400 a 800 UI, mas podem ser superiores quando destinada a uma 
ação neutralizadora de radicais livres. 
IDR.: Adultos: 10 mg (15 UI). Crianças: 7 mg (10 UI), como dose de 
reposição fisiológica. 
A Vitamina E usualmente é bem tolerada. Altas doses podem 
provocar diarreia, dor abdominal e outros distúrbios gastrintestinais. 
107 
 
Os níveis máximos de segurança determinados pela Secretaria de 
Vigilância Sanitária são os seguintes: 
Adultos: 1.200 UI. 
Lactentes: 20 UI/kg de peso corporal até o limite de 200 UI, ou 30 
mg\dia. Pediátrico: 20 UI/kg de peso corporal até o limite de 400 UI, 
ou 60 mg\dia. 
 
 
Vitamina K 
 
Assim como a vitamina A e a vitamina C, ou o complexo B, vitamina 
K não é apenas uma vitamina, mas um termo genérico que designa 
um grupo, sendo que as suas formas naturais mais importantes são: 
K1, filoquinona ou fitonadiona e vitamina K2, que corresponde a uma 
família de substâncias chamadas menaquinonas; há também uma 
forma sintética, e a vitamina K3 ou menadiona. 
A letra que designa esta vitamina origina-se da palavra alemã 
koagulation. Embora pouco comentada como suplemento, e uma 
vitamina bastante importante para o organismo. 
A vitamina K tem várias funções biológicas conhecidas e muitas 
ainda desconhecidas. A mais importante é a síntese de vários fatores 
envolvidos na coagulação do sangue, reconhecida pelo papel que 
desempenha na prevenção de sangramentos. Também desempenha 
um papel significativo na mineralização óssea e, portanto, na 
manutenção da cicatrização normal de ossos e fraturas; por esta 
razão, estudos em andamento sugerem que a vitamina K possa ser 
benéfica na prevenção e tratamento da osteoporose pós-
menopausa. 
Um estudo no Japão relatou que, em três mulheres em fase pós-
menopausa com osteoporose, a perda de cálcio foi reduzida em 18 
a 50% pelo tratamento diário com vitamina K. Em um estudo mais 
recente realizado em Londres, foi relatado que dezesseis pacientes 
idosos com osteoporose e fraturas apresentaram níveis sanguíneos 
significativamente reduzidos de vitamina K comparados aos grupos 
de indivíduos com níveis normais. 
 Devido à sua ampla presença nos alimentos, a deficiência de 
vitamina K é incomum, incluindo-se que ela é também sintetizada de 
nos intestinos por bactérias da flora normal. Dentre os grupos de risco 
estão as pessoas que têm problemas de má absorção, que precisam 
de nutrição por via intravenosa, pacientes submetidos à terapia 
108 
 
prolongada com antibióticos orais, que seguem dietas de baixas 
calorias e consumidores de certas drogas como a colestiramina 
(reduz os níveis de colesterol), óleos minerais, anticonvulsivos 
(fenobarbital) e alguns antibióticos (cefalosporinas, por exemplo). Os 
sintomas de deficiência de vitamina K são a fragilidade capilar, 
caracterizada pelas equimoses fáceis e manchas roxas na pele. 
Há muita esperança recente quanto à possibilidade do seu possível 
papel no tratamento e prevenção do câncer. Descobriu-se que a 
vitamina K, especialmente a menadiona, inibe uma série de tumores 
humanos in vitro. Dentre eles estão os tumores de mama, ovário, 
cólon, estômago, rim e pulmão. A atividade da vitamina é comparável 
à de alguns agentes quimioterapêuticos altamente tóxicos. 
Atualmente, alguns testes em seres humanos estão sendo realizados 
usando a vitamina K isolada ou em combinação com outros agentes 
no tratamento de cânceres humanos. 
A vitamina K está amplamente presente nos alimentos e a deficiência 
é rara. Vegetais e laticínios são excelentes fontes. Na verdade, os 
alimentos que contêm lactobacilos, como o iogurte e a coalhada, são 
especialmente recomendados, uma vez que estes microrganismos 
são capazes de produzir a vitamina. 
Nos suplementos nutricionais, a vitamina K está disponível mais 
comumente na sua forma K1, ou filoquinona. 
O IDR de vitamina K para homens é de 80 microgramas, para 
mulheres de 65 microgramas diários e crianças de 30 mcg. Altas 
doses, superiores a 500 microgramas diários, podem causar reações 
do tipo alérgicas, por exemplo, erupções de pele, coceira e rubor. 
Foram relatados problemas hepáticos, embora incomuns, com o uso 
de altas doses desta vitamina. 
Os níveis máximos de segurança determinados pela Secretaria de 
Vigilância Sanitária são os seguintes: 
Adultos: 25 mg. 
Lactentes: 1 mg/kg de peso corporal até o limite de 10 mg. 
Pediátrico: 1 mg/kg de peso corporal até o limite de 25 mg. 
 
Ácido ascórbico 
Ver Vitamina C 
 
Ácido fólico 
 
O ácido fólico entra na constituição de várias enzimas catalizadoras 
109 
 
metabólicas de transferência de unidades, utilizadas em reações de 
metilação. Sua atividade mais importante refere-se à síntese de 
nucleoproteínas. Baixos níveis de ácido fólico no organismo 
ocasionam má formação das células vermelhas, acarretando 
anemias, principalmente megaloblásticas. Em certas ocasiões, a 
deficiência de ácido fólico encontra-se associada à leucemia, aos 
distúrbios mieloproliferativo, a certas doenças crônicas da pele e 
outras doenças debilitantes crônicas. 
É encontrado mais abundantemente nos legumes, verduras e fígado 
fresco. As doses de reposição nas carências, geralmente sugeridas 
estão compreendidas entre 2,5 e 5 mg, para um IDR de 20 mg para 
adultos e de 10 mg para crianças. O ácido fólico não possui efeitos 
tóxicos conhecidos, mesmo quando administrado em altas doses. 
Os níveis máximos de segurança determinados pela Secretaria de 
Vigilância Sanitária são os seguintes: 
Adultos: 20 mg/dia 
Dose pediátrica: 0,1 a 1mg\dia. 
 
 
Ácido pantotênico 
 
Um dos componentes do complexo vitamínico B. O ácido 
pantotênico está presente em todos os tecidos vivos, talvez em sua 
maior parte em forma combinada. A fonte mais rica em ácido 
pantatênico que se conhece, é a geleia real, onde é considerado 
responsável pelo desenvolvimento das abelhas rainhas, a partir das 
larvas. O lêvedo, fígado, rim, ovo, farelo de trigo e de arroz, 
amendoim e ervilhas possuem também quantidades relativamente 
grandes. O leite de vaca, a carne de vaca, de porco, de carneiro e de 
galinha, alguns peixes, otrigo, o centeio, a aveia e as batatas doces, 
possuem-no em quantidades moderadas. Já a maior parte das 
verduras e das frutas constituem fortes mais ou menos pobres da 
vitamina. 
A concentração do ácido pantatênico no sangue total é de 15 a 45 
(média 30) g/100 ml. Componente da coenzima A, está relacionado 
com um certo número de reações metabólicas de importância 
fundamental. O ácido pantotênico parece participar da atividade 
adrenocortical, sendo essencial na produção de hormônios, a partir 
dos acetados ativos (acetil-coA) e do colesterol. 
Os animais com carência de ácido pantotênico apresentam níveis 
110 
 
baixos de colesterol nas suprarrenais, de glicogênio hepático e de 
glicose no sangue. Parece haver uma menor resposta funcional das 
suprarrenais ao estresse no homem, embora ainda não sejam 
totalmente conhecidas as manifestações de carência do ácido 
pantotênico. É possível que, pelo menos em parte, isso se deva à 
sua larga difusão nos alimentos e também por ser sintetizado, ainda 
que em grau limitado, pelas bactérias intestinais. Uma das fontes do 
ácido pantotênico é o pantotenato de cálcio. 
Alguns sintomas atribuídos à carência de outros elementos do 
complexo vitamínico B, podem ser devidos à falta deste fator. 
As exigências do homem com relação ao ácido pantotênico não são 
conhecidas. Recomenda-se a ingestão diária de 5 a 12 mg para 2500 
cal., ou em média, em termos de IDR, de 6 mg para adultos e de 5 
mg para crianças. Esta quantidade deve ser aumentada em presença 
de estresse forte (ex: doenças agudas, queimaduras, ferimento 
grave etc.), em particular quando em uso de antibióticos, devido à 
possível ocorrência de exaustão adrenocortical nos estados de 
carência de ácido pantotênico. É necessário lembrar que o 
consumo excessivo de açúcar refinado exige elementos do complexo 
B (fator desvitaminizante da sacarose concentrada no sangue), 
incluindo o ácido pantotênico. 
Os níveis máximos diários de segurança determinados pela 
Secretaria de Vigilância Sanitária são os seguintes: 
Adultos: 1000 mg. 
Lactentes: 50 mg/kg de peso corporal até o limite de 500 mg. 
Pediátrico: 50 mg/kg de peso corporal até o limite de 1000 mg. 
 
 
 
Biotina 
 
Um tipo de vitamina cristalina, parte do complexo B (C10 H 16 
N2O3)S), essencial para a ativação de muitos sistemas enzimáticos. 
Atua no metabolismo das gorduras e proteínas, além de ser sinérgica 
com as vitaminas B2, B6, a niacina. É encontrada em boa 
quantidade em alimentos como fígado, nozes, castanhas, amêndoas, 
arroz integral, gema de ovo, leite e leveduras. Também é sintetizada 
por bactérias da flora intestinal. A sua absorção, contudo, é reduzida 
em presença da substância denominada avitina, presente na clara do 
ovo (fixadora da biotina), o que pode acarretar deficiências desta 
111 
 
vitamina. Deve-se evitar, portanto o consumo excessivo da clara do 
ovo isolada. As necessidades de biotina são pequenas, mas a sua 
deficiência, conquanto rara, produz eczema de rosto e corpo, 
exaustão extrema, palidez, atrofia das papilas da língua, dores 
musculares e alterações no metabolismo das gorduras. A biotina 
contribui para evitar que o cabelo fique grisalho, ajuda no tratamento 
preventivo contra a calvície, alivia as dores musculares, alivia o 
eczema e a dermatite. 
IDR – Adultos: 150 mcg e crianças: 30 mcg. 
Os níveis máximos de segurança determinados pela Secretaria de 
Vigilância Sanitária são os seguintes: 
Adultos: 2,5 mg. 
Lactentes: 0,125 mg/kg de peso corporal até o limite de 1, 25 mg. 
Pediátrico: 0,125 mg/kg de peso corporal até o limite de 2,5 mg. 
 
 
Colina 
Este é tido como um importante composto orgânico, pertencente ao 
grupo das vitaminas. Ela não é encontrada em grandes quantidades 
nos alimentos vegetais, mas em maior abundância na gema do ovo 
e no fígado; no entanto, os animais herbívoros e os vegetarianos 
podem sintetizar a colina a partir de substâncias simples presentes 
nas frutas comuns, oleaginosas, cereais integrais e verduras. É um 
dos precursores da acetilcolina e como tal, desempenha importante 
papel na transmissão nervosa. Está envolvida no metabolismo dos 
lipídios por ser parte integrante dos fosfolipídios. É importante no 
metabolismo porque a sua carência produz degeneração gordurosa 
do fígado, seguida de cirrose, necrose hemorrágica do córtex renal, 
atraso do crescimento, involução do timo, e redução da secreção 
láctea. 
Em doses concentradas, a colina é utilizada como um dos 
emulsificadores das gorduras e protetores hepáticos, aplicada no 
tratamento da cirrose do fígado e em outras doenças hepáticas, 
assim como na tuberculose e nas atonias intestinais. Atualmente é 
utilizada também no tratamento da demência e de doenças 
neurológicas, mais especificamente nas desordens extrapiramidais. 
Muito utilizada em formulações ortomoleculares e suplementares 
como preventivo das doenças do fígado e do metabolismo. 
As necessidades humanas giram em torno de 25 a 300 mg/dia. 
Sugere-se a dose diária de 200 mg/ dia para adultos e 70 mg/dia para 
112 
 
crianças. Não são citados efeitos tóxicos, mesmo em grandes doses. 
 
Inositol 
 
Um composto orgânico do grupo das vitaminas do complexo B. O 
inositol é um haxálcool derivado do cicloexano, sendo um isômero da 
glicose. Está ligado também ao metabolismo das gorduras, no 
transporte de cátions através da membrana celular e no metabolismo 
das mitocôndrias. É encontrado nos músculos, vísceras e em 
diversas plantas. Pesquisas recentes no campo da bioquímica têm 
apontado o inositol como um agente capaz de reduzir a congestão 
do fígado e proteger os hepatócitos. Participa de inúmeras fórmulas 
suplementares e ortomoleculares. Não são citados efeitos tóxicos de 
doses elevadas. 
As doses recomendadas estão entre 25 e 300 mg./dia. 
 
 
Niacina 
 
Ou ácido nicotínico. É um dos componentes da vitamina B3, que é 
composta também pela niacinamida, uma amida do ácido nicotínico. 
O ácido nicotínico é considerado a protovitamina B3. É utilizado em 
doses altas como vasodilatador nos casos de espasmos de artérias 
cerebrais, retinianas e auditivas. Tem importância também por ser a 
precursora da niacinamida. Ver Vitamina B3 e Niacinamida. 
IDR.: Adultos: 18 mg, Crianças: 13 mg. 
 
 
 Niacinamida 
 
Ou nicotinamina. Juntamente com a niacina, forma a vitamina B3. A 
niacinamida é também chamada de vitamina PP. Utilizada no 
tratamento das demências, neuroses e perturbações psíquicas, 
principalmente derivadas do estresse. Em grandes doses 
(farmacodinâmicas), tem a propriedade de inibir a formação da 
adrenalina (inibe a metilação da noradrenalina) e, 
consequentemente, dos seus derivados tóxicos, o adrenocromo e a 
adrenolutina, capazes de perturbar o equilíbrio neuroendócrino. Ver 
Vitamina B3 e Niacina. 
 
113 
 
 Proteínas e aminoácidos 
 
 Proteínas 
As proteínas e seus elementos estruturantes, os aminoácidos, são o 
principal nutriente para as células do sistema imunológico. 
Proteínas são moléculas grandes e complexas que desempenham 
vários papéis importantes na natureza dos seres vivos e no 
organismo. Elas fazem a maior parte do trabalho nas células e são 
necessárias para a estrutura, função e regulação dos tecidos e 
órgãos do corpo. 
As proteínas são constituídas por centenas ou milhares de unidades 
menores chamadas aminoácidos, que estão ligadas uma à outra em 
cadeias longas. Existem 22 tipos diferentes de aminoácidos que 
podem ser combinados para produzir uma proteína. A sequência de 
aminoácidos determina a estrutura tridimensional única de cada 
proteína e sua função específica. 
As proteínas podem ser descritas de acordo com sua ampla gama de 
funções no corpo, como hormônios, anticorpos, enzimas (protease, 
lipase, amilase), compostos mensageiros (citocinas),compostos 
transportadores (ferritina), componentes estruturais (colágeno, por 
exemplo). 
 
 Colágeno - a proteína estrutural básica 
O colágeno é a principal proteína fibrosa insolúvel na matriz 
extracelular e no tecido conjuntivo, presente em todo o organismo e 
em elevada concentração no nas cartilagens, tendões, ligamentos, 
derme, pele, etc. É a proteína mais abundante no reino animal. 
Existem pelo menos 16 tipos de colágeno, mas 80 a 90 por cento do 
colágeno no corpo consiste nos tipos presentes em tendões e 
cartilagens, além da pele. As moléculas de colágeno se entrelaçam 
para formar fibrilas finas e longas de estrutura semelhante. Há um 
tipo que, ao contrário, forma um retículo bidimensional. Vários outros 
tipos associam-se a colágenos tipo fibril, ligando-os uns aos outros 
ou a outros componentes da matriz. Ao mesmo tempo, pensou-se 
que todos os colágenos fossem segregados por fibroblastos no 
tecido conjuntivo, mas agora sabemos que numerosas células 
114 
 
epiteliais fazem certos tipos de colágenos. Os vários colágenos e as 
estruturas que eles formam servem o mesmo objetivo, para ajudar os 
tecidos a suportar o alongamento. 
O organismo sintetiza normalmente todo o colágeno necessário para 
a sua manutenção, porém, com a idade, stress e pelos efeitos da 
alimentação industrializada e seus antinutrientes característicos 
(açúcar branco, cereais sem fibra, refrigerantes, etc.), existe redução 
dessa produção, o que exige a sua suplementação. 
 Suplementos de colágeno 
No mercado existem vários tipos de suplementos e complementos 
alimentares à base de colágeno, sendo que cerca de 95% deles tem 
como base o colágeno bovino, extraído de patas e articulações dos 
animais. Há suplementos capazes de suprir ou contribuir para a 
produção de colágeno do organismo, os alginatos, derivados de 
algas marinhas (principalmente do agar-agar), que podem ser 10 a 
20 vezes mais potentes que os colágenos bovinos. 
Para a sua absorção adequada, o colágeno de origem bovina deve 
ser hidrolisado, de preferência com um pouco de vitamina C, para 
facilitar a bioabsorção. 
A suplementação diária ideal de colágeno hidrolisado depende da 
idade e da atividade da pessoa, mas em média é de 5 a 15 gramas 
por dia em pó ou cápsulas. 
 
 Proteínas do soro do leite (CPSL) 
 
 
O Concentrado liofilizado de proteínas do soro do leite (CPSL), é um 
suplemento alimentar, derivado do soro do leite bovino, a partir de 
uma composição láctea modificada, cuja fórmula foi desenvolvida 
na Universidade de Logan, Estados Unidos, patenteada pelo 
cientista, Dr. Roy A. Brog. 
Comparado ao leite animal tipo A o CPSL é muito superior 
e mais fácil de digerir, favorecendo um índice de absorção e 
aproveitamento nutritivo ideal ao corpo humano. É um produto 
puro, com um nível de microrganismos e bactérias praticamente 
nulo, quando comparado ao leite animal “in natura “, apresentando 
excelente sabor. 
115 
 
O CPSL é classificado nutricionalmente como um “análogo lácteo “, 
pois a sua composição é, de certo modo, similar à do leite em alguns 
de seus componentes. Quando o leite de vaca é separado em 
coalho e soro liquido, os micro minerais permanecem no soro, e 
quando remove-se o seu conteúdo de água e gorduras para 
a preparação do pó de soro (ou soro desidratado), o resultado 
é um produto com teor concentrado de eletrólitos de leite. Mais 
de 50 % da parte sólida do leite consiste de gordura e 
caseína que são transformados em queijos. Retirando-se esta 
parte sólida o resultante é pó de soro, com alta concentração 
de minerais de traço. As análises mostram que o pó de soro 
possui mais que o dobro de minerais de traço ou eletrólitos 
que o leite em pó. 
Na produção do CPSL, ocorre uma redução de 10 % dos casei natos 
e aumento de 90% de lactoalbuminas, que são proteínas ricas em 
aminoácidos. Há eliminação de lipídios saturados e colesterol e 
redução da lactose, através de processos de ultrafiltração. Há 
produtos no mercado completamente livres de lactose. 
Resumindo, além de proteínas e aminoácidos de elevada 
assimilação, o CPSL contém vitaminas e minerais, carboidratos, 
gorduras leves e enzimas biológicas. Uma colher de sopa de CPSL 
apresenta 25 % das necessidades nutricionais diárias (R.D.A) para 
um adulto comum, não desportista. 
 O produto é indicado como suplemento proteico-nutricional para 
todas as pessoas, de qualquer idade, sem nenhuma contraindicação, 
principalmente para compensar longas jornadas diárias de 
trabalho físico e/ou mental, para estudantes, esportistas, grávidas 
e lactantes, convalescentes, ou para programas de controle ou 
redução de peso (um copo de CPSL contém apenas 90 calorias 
contra 160 do leite tipo “A”). É um importante produto para a nutrição 
infantil. 
A proteína de soro é uma das melhores fontes de aminoácidos 
conhecida, mas é reconhecida também por sua capacidade 
de aumentar a resistência imunológica. A lactoalbumina (a 
principal proteína de soro), foi cientificamente comprovou ser 
2.4 vezes mais nutritiva que a proteína do ovo e 5 vezes 
mais que a caseína em relação a sua capacidade imunológica. 
Estudos confirmam que os aminoácidos da lactalbumina são 
os responsáveis pelo aumento da capacidade imunológica. 
A quantidade sugerida para uso é de 2 a 3 colheres de sopa/dia do 
116 
 
pó de CPSL (misturadas a alimentos, sucos, vitaminas, etc.) para 
adultos não atletas. Desportistas e pessoas fisicamente ativas podem 
utilizar até o dobro da dose. Para crianças, as quantidades para 
consumo podem ser inferiores, mas o ideal é que sejam 
estabelecidas por nutricionistas. O produto não deve ser aquecido 
para evitar a degradação dos nutrientes. 
 
 Aminoácidos 
 
Nome genérico de compostos químicos que possuem as duas 
funções, amino e ácido, que constituem os elementos essenciais das 
proteínas. São fundamentais para a matéria viva e indispensáveis na 
alimentação. Todas as proteínas são formadas por aminoácidos 
ligados entre si por cadeias peptídicas. 
São conhecidos atualmente 22 aminoácidos principais, divididos em 
10 essenciais e 12 não essenciais. A bioquímica moderna entende 
que os primeiros (essenciais) não podem ser sintetizados pelo 
organismo humano, que, no entanto, é capaz de sintetizar os 
aminoácidos não essenciais. Atualmente tem se observado que o 
organismo pode sintetizar. Em situações especiais, até mesmo 
aminoácidos essenciais através de atividades hepáticas especiais. 
Normalmente, o fígado que produz 80 por cento dos aminoácidos 
necessários. 
Os aminoácidos conhecidos até hoje são, por ordem alfabética: 
ácido aspártico, ácido glutâmico, alanina, arginina, cisteína, cistina, 
diiodotirosina, fenilananina, glicina, hidroxilisina, hidroxiprolina, 
histidina, isoleucina, leucina, lisina, metionina, prolina, serina, 
tireonina, tireoxina, tirosina, triptofano e valina. 
 
 Aminoácidos essenciais 
 
São assim considerados os aminoácidos não sintetizados pelo 
organismo em situações comuns; portanto, devem ser obtidos do 
meio exterior, por meio da alimentação ou da suplementação. Os 
aminoácidos essenciais são 10: Ácido glutâmico, alanina, arginina, 
fenilananina, histidina, isoleucina, leucina, metionina, triptofano e 
valina. 
As combinações dos aminoácidos conhecidos formam mais de 
117 
 
50.000 tipos de proteínas classificadas, além de maisde 20.000 tipos 
de enzimas. 
Para uma proteína ser considerada de boa qualidade ela deve conter 
a maior quantidade possível de aminoácidos essenciais, no entanto, 
cada proteína tem um aminoácido predominante. 
Entre numerosas outras funções, os aminoácidos permitem que as 
vitaminas e os minerais possam ser aproveitados e que atuem 
adequadamente nos sistemas bioquímicos, principalmente no 
metabolismo. A carência de qualquer aminoácido pode prejudicar a 
absorção de nutrientes, incluindo outros aminoácidos. 
Hoje, tratamentos com suplementação de aminoácidos têm sido 
relatados como eficazes em numerosas doenças, principalmente 
relacionadas com a estrutura muscular e o metabolismo cerebral. 
Aminoácidos estão disponíveis em diversas formas, seja em pó, 
cápsulas, drágeas, bebidas, etc., sendo que a sua dosagem e 
posologia, variam de um produto para outro, segundo o objetivo e a 
indicação do aminoácido. 
As fontes normalmente utilizadas para a elaboração dos produtos 
comerciais são tecidos animais, levedura, leite bovino ou caprino, 
soro do leite bovino, clara de ovo, albumina, ou proteínas vegetais 
(sendo as da soja, do arroz e do trigo, as mais comuns). Os grãos de 
cereais integrais são mais ricos em triptofano (película), em lisina e 
em ácido glutâmico (no glúten). O arroz integral, além desses, é rico 
em treonina. As frutas oleaginosas, possuem lisina e metionina. Os 
legumes em geral são ricos em metionina e triptofano. A soja é 
particularmente rica em diversos aminoácidos, mas principalmente 
de metionina. 
É hoje comprovadamente possível obter todos os aminoácidos de 
fontes vegetais. A carne bovina é uma fonte de aminoácidos 
atualmente em questão. Ela fornece a maior parte dos aminoácidos, 
no entanto, se a ingestão diária for superior a 1 grama por quilo de 
peso, inicia-se uma elevação prejudicial do metabolismo nitrogenado, 
proporcional à quantidade de carne ingerida. Combinando-se vários 
vegetais e alguns laticínios, ovos e peixes, é possível obter todos os 
aminoácidos necessários para a nutrição humana, e em quantidades 
exigidas para a manutenção de todas as funções corporais, sem o 
inconveniente da elevação dos resíduos nitrogenados. Dietas 
hiperprotêicas à base de carne animal estão relacionadas hoje como 
causa de diversas patologias, como o câncer, as doenças 
cardiovasculares, as doenças reumáticas, o envelhecimento 
118 
 
precoce, a elevação dos radicais livres capazes de provocar 
processos degenerativos em geral. 
Recentemente comprovou-se que a proteína bovina e suína, quanto 
exposta a temperaturas superiores a 90 graus, por mais de 10 
minutos, sofrem uma redução da quantidade de proteínas úteis 
(termolábeis), e elevação das lipoproteínas associadas a ácidos 
graxos saturados e polissaturados. 
Compostos de aminoácidos são hoje comuns no campo da 
suplementação, principalmente em produtos para atletas, 
desportistas em geral, crianças em crescimento e convalescentes. 
A dosificação dos aminoácidos é relativa e depende do objetivo, caso 
e do aminoácido. Atletas podem utilizar doses mais elevadas, mas 
devem obedecer às orientações de profissionais gabaritados. Não é 
costume direcionarmos prescrições de aminoácidos às farmácias de 
manipulação, mesmo porque isso é extremamente dispendioso e 
desnecessário. A maior parte dos produtos comerciais importados 
disponíveis apresentam doses balanceadas e seguras, desde que 
obedecidas as posologias e indicações do fabricante. 
Lembramos que para máxima utilização e eficiência, os aminoácidos 
devem ser ingeridos pelo menos uma hora antes das refeições ou 
com estômago vazio. Para aumentar a utilização dos mesmos, deve-
se ingerir um complexo multivitaminico-mineral que contenha 
vitaminas do complexo B, vitamina C e vitamina E. 
 
A seguir a descrição das propriedades e funções dos principais 
aminoácidos. 
Cada aminoácido aparece em seu nome comum, mas lembramos 
que cada um deles é precedido da letra L. Assim quando grafamos 
“ácido aspártico”, entenda-se “ácido L-aspártico”, que é a forma 
levógira como o ácido aparece primariamente na natureza, ou seja, 
sem modificação química. 
 
Ácido aspártico 
 
Considerado muito útil nos casos de fadiga crônica. Tem capacidade 
de remover o nível de amônia do organismo e é protetor do fígado. 
Ajuda a aumentar a resistência do organismo, sendo um 
neuroexcitante. 
Utilizado com eficácia relativa na recuperação da dependência de 
119 
 
opiáceos. Descobriu-se que este aminoácido é mais útil do que 
algumas drogas psicoativas. 
No passado, as pessoas que tomaram os sais de potássio e 
magnésio do ácido aspártico e se sentiram significativamente mais 
energéticos, deram início à propaganda de que este aminoácido 
eleva os níveis energéticos do organismo. Contudo, há controvérsias 
sobre este efeito. Mesmo assim existem muitos produtos para atletas 
que incluem este aminoácido. 
Não se recomenda o uso deste aminoácido em doses superiores a 
1,5 mg/dia, salvo sob supervisão médica. 
Dose: 500 mg, 3 vezes ao dia. Dose máxima diária: 3.000 mg. 
 
Ácido glutâmico 
 
Como L-glutamato, representa a principal via de biossíntese do ácido 
gama aminobutírico (GABA), que é um neurotransmissor inibidor que 
atua como ansiolítico, relacionado com os benzodiazepínicos. 
Metaboliza açúcares e gorduras, contribuindo no tratamento das 
desordens mentais. 
Dose: 100 mg, 3 vezes ao dia. 
 
Alanina 
 
Participa no metabolismo energético e da glicose; atua na 
hipoglicemia. Atua também no sistema imunológico, reproduzindo os 
linfócitos. Indicada nos cálculos renais junto com a vitamina B6. 
Dose: 250 mg, 3 vezes ao dia. Dose máxima diária: 3.000 mg. 
 
Arginina 
 
Trata-se de um aminoácido somente essencial para crianças em 
crescimento; não é um aminoácido essencial para adultos, mas é 
muito importante e necessário para o metabolismo muscular. 
Estimula a liberação do hormônio de crescimento, atua nas ações de 
desintoxicação do fígado, melhora as respostas do sistema 
imunológico, é importante na espermatogênese e atua em distúrbios 
renais. Utilizado no tratamento auxiliar da infertilidade masculina. 
Existem vários estudos em andamento mostrando desde já que este 
aminoácido tem efeito considerável no aumento da imunidade e 
combate ao câncer. 
120 
 
Desempenha um papel muito significativo também nos processos de 
cicatrização. Ajuda a regular e sustentar os principais componentes 
do sistema imunológico. Tem demonstrado importantes propriedades 
hepatoprotetoras. 
Parece ser capaz de desenvolver os músculos e eliminar as gorduras 
saturadas, daí ser amplamente utilizada em formulações para atletas 
como anabolizante. 
Pode haver deficiência relativa de arginina em casos de traumas 
cirúrgicos e alguma outra forma de estresse. 
Não deve ser utilizado na gravidez, durante a amamentação e em 
pessoas propensas a erupção de herpes. 
Fontes alimentares da arginina são: carne, leite, ovos, queijos, alho, 
ervilhas, grãos e chocolate. 
Dose: 500 a 1000 mg, 3 vezes ao dia. Dose máxima diária: 6.000 mg. 
 
BCAA 
 
Acrônimo de branched chain amino acids ou “cadeia ramificada de 
aminoácidos”, composta comumente pela isoleucina, leucina e 
valina, fundamental para a formação da fibra muscular, para o 
metabolismo dos músculos e para a reposição do desgaste 
proveniente da exigência física. São responsáveis pela formação de 
35% do tecido muscular. São essencialmente anabólicos e muito 
indicados para atletas por terem importante valor na síntese das 
proteínas e por minimizar a quebra das mesmas, ajudando no ganho 
de massa muscular com qualidade e definição. 
Os BCAA‘s são muito utilizados nas composições e suplementos 
para atletas e utilizados no tratamento da artrite. 
 
Carnitina 
 
A carnitina é considerada pela maioria como sendo um aminoácido, 
mas, tecnicamente é um ácido metílico. A carnitina ajuda a regularo 
metabolismo da gordura no coração e nos músculos comuns, 
servindo de transportador de ácidos graxos até a mitocôndria. O 
metabolismo dos ácidos graxos em pessoas obesas tem sido 
melhorado com a suplementação da carnitina. Ela ajuda prevenir o 
acúmulo de gorduras saturadas, aumentando a utilização dos ácidos 
graxos. 
Dose: 500 a 1000 mg, 3 vezes ao dia. Dose máxima diária: 3.000 mg. 
121 
 
 
Cisteína 
 
Aminoácido não essencial, composto orgânico aminado e sulfurado, 
encontrado nos produtos de hidrólise da ceratina. Existe nos tecidos 
em estado livre ou compreendida no glutation (combinação de ácido 
glutâmico, cisteína e glicocola). É importante por ser a matéria prima 
da síntese da taurina (aminoácido) e dos taurocolatos da bile. Tem 
papel importante nos processos de oxirredução, por transformar-se 
reversivelmente em cistina, permitindo que este aminoácido se 
combine com o glutation. Está envolvida na síntese da coenzima A e 
é parte da enzima glutation peroxidase. 
Um dos aminoácidos de ação antioxidante mais potente: juntamente 
com o selênio e a vitamina E, atua na eliminação dos radicais livres; 
além disso age como protetor das células hepáticas e cerebrais 
contra o fumo e o álcool; fluidifica o muco do trato respiratório, 
remove o excesso de cobre do organismo, auxilia na formação da 
queratina que é a principal proteína do cabelo, pele e unhas. atua na 
queda de cabelo e na psoríase. Estudos mostram que a L-cisteína é 
capaz de prolongar significativamente a sobrevida de animais em 
experimentos e possui bons efeitos desintoxicantes. 
Dose: 500 a 1000 mg, 3 vezes ao dia. Dose máxima diária: 4.000 mg. 
 
Fenilalanina 
 
Um dos aminoácidos mais importantes, sendo precursor da tirosina 
e das catecolaminas. É um precursor dos neurotransmissores 
epinefrina e do hormônio de supressão do apetite CCK, por isso, 
pode ser muito útil durante as dietas alimentares de emagrecimento, 
porém, deve ser evitado em grávidas, portadores de hipertensão 
arterial e alterações cardiovasculares. 
Nas suas formas tanto D como L este aminoácido parece produzir 
um efeito parecido com a endorfina, por isso têm-se relatado um 
efeito analgésico principalmente nas dores de cabeça e dores 
crônicas nas costas e no alivio da depressão. 
 A fenilcetoanúria está associada à defeito genético no metabolismo 
da fenilalanina (ausência de enzima fenilalaninahidroxilase). A 
doença está relacionada ao retardamento mental e os níveis de 
fenilalanina na urina dos pacientes é muito superior ao normal; além 
disso, estes pacientes têm drástica perda de vitamina B6. 
122 
 
Dose: 500 a 1.000 mg, 3 vezes ao dia. Dose máxima diária: 4.000 
mg. 
 
Glicina 
 
A glicina é um aminoácido que participa na síntese das purinas e da 
hemoglobina. Age na hiperacidez gástrica diminuindo os efeitos 
colaterais do uso de aspirina. Indicada na gota, na hiperlipidemia, na 
miastenia gravis e na psicose maníaco-depressiva. Usada também 
na depressão bipolar, nas doenças da próstata e em diversas 
alterações do sistema nervoso central. 
É um inibidor neurológico, sendo uma das principais fontes de 
crescimento e desenvolvimento muscular. Auxilia na saúde da 
próstata, ajuda na recuperação da pele e do tecido muscular. 
Com a arginina e a metionina, forma a creatinina. 
Dose: 500 a 1000 mg, 3 vezes ao dia. Dose máxima diária: 3.000 mg. 
 
Histidina 
 
É uma precursora da histamina. É essencial para o crescimento 
principalmente em neonatos e prematuros com deficiência de 
cisteína e imaturidade do fígado em converter a metionina. É 
coadjuvante no tratamento das alergias e da artrite reumatoide. 
Estudos recentes apontam a sua capacidade de reduzir a hiperacidez 
gástrica, além de ser promissora no tratamento da artrite reumatoide, 
sempre em doses mais elevadas. 
A histidina auxilia na produção de células vermelhas saudáveis. 
Também é benéfica para a circulação do sangue em função de seu 
efeito dilatador sobre os vasos sanguíneos. É útil também na 
manutenção da flexibilidade das juntas 
Dose: 250 a 1000 mg, 3 vezes ao dia. Dose máxima diária: 5.000 mg. 
 
Isoleucina 
 
Um dos aminoácidos menos estudados, a isoleucina é um regulador 
da glicose sanguínea e quando utilizada juntamente com a Leucina 
e a Valina ajuda no metabolismo dos músculos. Incrementa a síntese 
da hemoglobina. 
Dose: 500 a 1.000 mg, 3 vezes ao dia. Dose máxima diária:8.000 mg. 
123 
 
 
Leucina 
 
É uma das principais fontes de energia durante exercícios 
prolongados. Também aumenta a síntese e armazenamento de 
proteínas. A leucina faz parte dos aminoácidos de cadeia contínua, 
que são metabolizados somente no tecido muscular, importantes 
componentes de qualquer programa de esportes. 
A leucina aumenta a capacidade de cicatrização óssea, da pele e do 
tecido muscular. É recomendada para as fases pós-cirúrgicas e 
convalescenças. Um excesso deste aminoácido pode causar 
hipoglicemia. 
Dose: 500 a 1.000 mg, 3 vezes ao dia. Dose máxima diária: 12.000 
mg. 
 
Lisina 
 
Fundamental para o crescimento e desenvolvimento dos ossos em 
crianças, ajuda na absorção do cálcio e a manter o balanço 
nitrogenado em adultos. Mais recentemente descobriu-se que a 
lisina, em doses mais elevadas (acima de 1 g./dia) aumenta a 
imunidade aos resfriados e ao herpes devido a sua capacidade de 
formar inúmeros anticorpos. Contribui também para a produção de 
hormônios e das enzimas necessárias à cicatrização dos tecidos. 
A lisina tem importante ação no bloqueio de enzimas que dissolvem 
o colágeno e, por isso, tem emprego como suplemento no câncer e 
nas infecções agudas ou crônicas. 
Atualmente é um recurso utilizado no tratamento do herpes simples, 
por ser um antagonista da arginina, envolvida no desencadeamento 
das crises de herpes em pessoas portadoras. Pela sua ação 
imunoestimulante, tem aplicação no tratamento da infecção pelo HIV. 
Dose: 500 a 1.000 mg, 3 vezes ao dia. Dose máxima diária: 8.000 
mg. 
 
Metionina 
 
Um dos 22 aminoácidos, pertence ao grupo dos 10 essenciais (não 
sintetizados pelos seres humanos). Indispensável ao organismo para 
o equilíbrio bioquímico e o crescimento. Indispensável ao organismo 
para o equilíbrio bioquímico e o crescimento, necessitando ser 
124 
 
reposto diariamente. Empregado como componente nas formulações 
como complemento dietético e por seu efeito protetor da célula 
hepática contra a infiltração gordurosa. Considerado um dos mais 
ativos agentes lipotróficos. Além disso, estimula a síntese de 
glutation, diminui o pH urinário, tua positivamente em alguns tipos de 
depressão, na esquizofrenia e na Doença de Parkinson e também 
como antialérgico. 
Dose: 500 a 1.000 mg, 3 vezes ao dia. Dose máxima diária: 3.000 
mg. 
 
Prolina 
 
Juntamente com a hidroxiprolina, a glicina e a hidroxilisina, forma o 
colágeno. É parte da substância P, que é um tetrapeptídeo (arginina-
prolina-lisina-prolina). 
Dose: 500 a 1.000 mg, 3 vezes ao dia. Dose máxima diária: 3.000 
mg. 
 
Serina 
 
Um dos componentes na formação das esfingomielinas do cérebro. 
Um estimulante do sistema imunológico, elevando os níveis de 
anticorpos. Importante no metabolismo das gorduras e ácidos graxos 
e para o crescimento muscular. Atualmente tem demonstrado 
capacidade no combate à dor. 
Dose: 250 mg, 3 vezes ao dia. Dose máxima diária: 3.000 mg. 
 
Taurina 
 
A taurina age sobre o aparelho cardiovascular, aumentando a 
contratilidade e a excreção de sódio e água. Atua nas retinopatias e 
retinites, na hipertensão arterial, na epilepsia e nos casos de redução 
do ácido clorídrico no estômago. Um importante componente da bílis, 
atua também da nivelação do colesterol. Utilizada atualmente em 
composições para o tratamento da hiperatividade infantil, epilepsia e 
disfunções cerebrais. Tem respeitável ação contra a ansiedade. 
Ajuda a estabilizar e a manter a saúde do cérebro e dosistema 
nervoso. É um dos principais aminoácidos neuroinibidores que reduz 
a transmissão dos impulsos nervosos de uma célula para outra, é 
também importante no metabolismo das gorduras. Indicado na 
125 
 
insônia, nas depressões leves, no estresse, além de ajudar baixar o 
colesterol e os triglicérides. 
Dose: 500 a 1.000 mg, 3 vezes ao dia. Dose máxima diária: 3.000 
mg. 
 
Tirosina 
 
Importante por participar na síntese da epinefrina, dopamina e 
melanina. Considerada eficaz contra a ansiedade, nos distúrbios do 
sono, nas síndromes de abstinência e na desintoxicação de drogas. 
Segundo os novos estudos, pode ser um bom antidepressivo e 
energizador psíquico, capaz de aumentar o desempenho sob 
estresse. A tirosina é usada pelas glândulas tireoide e adrenal para 
a síntese hormonal. A tirosina também auxilia no combate aos 
problemas alérgicos. Atua fortalecendo o músculo cardíaco, controla 
o apetite, melhora a atividade sexual e as funções da hipófise. 
Dose: 500 a 1.000 mg, 3 vezes ao dia. Dose máxima diária: 
100mg/Kg de peso. 
 
Treonina 
 
Importante na síntese do colágeno, da elastina e da proteína do 
esmalte dos dentes. Tem ação no sistema imunológico, no controle 
aos ataques de epilepsia, no parkinsonismo, ajuda a manter o 
balanço proteico. Também age contra a depressão. Contribui para o 
bom funcionamento do fígado, sendo um fator lipotrópico. É 
particularmente útil na produção dos lipídios da membrana celular e 
na promoção de um funcionamento saudável do timo. Utilizado 
atualmente como auxiliar no tratamento da Doença de Parkinson e 
da artrite reumatoide. 
Dose: 500 a 1.000 mg, 3 vezes ao dia. Dose máxima diária: 4.000 
mg. 
 
Triptofano 
 
É um aminoácido muito importante por ser precursor da serotonina, 
da melatonina, e de outros mediadores químicos cerebrais; quando 
os níveis de triptofano estão reduzidos, há menor crescimento 
cerebral, tendência à depressão (redução da serotonina) e 
ansiedade. Ele trabalha em parceria com várias vitaminas do 
126 
 
Complexo B, otimizando as suas ações metabólicas. Eficaz no 
tratamento do estresse, da depressão, dos distúrbios do sono, da 
hiperatividade em crianças, das dores de difícil controle (dores de 
cabeça, dor de dente, dor do câncer). 
Apontado atualmente como útil nos casos de ansiedade alimentar 
com excesso de consumo de alimentos. Parece ser um controlador 
útil do humor e capaz de suprimir os desejos de alimentos, álcool e 
anfetamina. ajudando também na formação muscular. Altas doses 
podem desencadear efeitos colaterais em algumas pessoas. 
Dose: 500 a 1.500 mg, 3 vezes ao dia. Dose máxima diária: 3.000 
mg. 
 
Valina 
 
Assim como a leucina e a isoleucina, contribui para o metabolismo 
muscular e participa do balanço nitrogenado. Atua como um 
estimulante natural dos tecidos e está envolvida com a regeneração 
do tecido. É o principal componente da família de cadeia contínua 
que permite o armazenamento das moléculas que produzem energia. 
É melhor quando usado em conjunto com dois outros a leucina e a 
isoleucina (ver BCAA). 
Dose: 400 a 1.600 mg, 3 vezes ao dia. Dose máxima diária: 6.400 
mg. 
 
Ornitina 
 
Composto aminado considerado por alguns autores como 
pertencente à família dos aminoácidos, relacionada sinergicamente 
com a L-arginina na liberação do hormônio do crescimento (GH). 
Ajuda a estimular o sistema imunológico e tem grande influência na 
energia corporal, ajuda também na regeneração da célula hepática. 
Não deve ser usada em pessoas com tendência à esquizofrenia. 
Dose: 500 a 1.000 mg, 3 vezes ao dia. Dose máxima diária: 3.000 
mg. 
 
 Creatina 
 
Composto orgânico semelhante aos aminoácidos. Sua presença no 
tecido muscular principalmente em sua forma fosforilada (creatina-
127 
 
fosfato) representa uma das principais formas de reserva de energia 
para nutrir os músculos. A síntese biológica da creatina deriva dos 
aminoácidos arginina, glicina e metionina. A arginina é metabolizada 
nos rins, com o auxílio da glicina em guanidinoacetato, que por sua 
vez, é metilado no tecido hepático, pela ação da metionina, 
transformando-se em creatina. 
A suplementação com creatina aumenta a concentração de creatina-
fosfato nos músculos, melhorando a sua performance e capacidade 
muscular nos exercícios de alta intensidade por períodos curtos. 
Aumenta significativamente a força muscular, o volume e o peso dos 
músculos. Uma vez que a captação da creatina pelos músculos 
depende de insulina, preconiza-se sua ingestão com bebidas com 
carboidratos concentrados, cromo e vanádio. 
 
 
 Glutamina 
 
 
A glutamina é um composto aminado, derivado do ácido glutâmico, 
classificado como um aminoácido não essencial (sintetizado pelo 
organismo), encontrado no músculo, perfazendo aproximadamente 
50% de todos os aminoácidos livres. 
Tem muitas funções no organismo, entre elas a desintoxicação da 
amônia, a regulação da síntese proteica, é um precursor do 
nitrogênio, promove a hidratação celular (uma das razões de 
aumentar a massa muscular), estimula a produção do hormônio do 
crescimento, mantém o equilíbrio acidobásico, auxilia no sistema 
imunológico, aumenta a produção de glicogênio no fígado. Portanto 
tem ação anticatabólica e anabólica. É muito utilizada como 
suplemento para atletas. Vem sendo muito estudada em nutrição 
esportiva, como eficiente no combate à síndrome de over treino e ao 
catabolismo muscular, normalmente ocorrido em atletas submetidos 
a grande esforço físico. 
A dose indicada é de 10 a 20 gramas por dia; sendo que o principal 
horário para sua utilização é logo depois do treino. 
 
 
 
128 
 
Uma fórmula sinérgica ideal para promover a imunidade e 
proteger o organismo 
Os alimentos e suplementos já apresentados podem ser escolhidos 
para uso frequente, ou podem ser prescritos por profissional de 
saúde. Quanto aos alimentos de potencial adaptogênico, é fácil 
escolher e deles fazer uso frequente, mas quanto aos suplemento, 
pode haver alguma dúvida, principalmente porque eles podem ser 
escolhidos para uso tanto isoladamente, quanto numa fórmula 
composta por vários deles. Para contribuir, a seguir apresento uma 
fórmula ideal básica – e eficiente - que pode ser usada de modo 
contínuo, para a modulação perene do sistema imunológico, com 
ação tanto preventiva quanto terapêutica, em caso de presença de 
alguma enfermidade provocada por microrganismos. 
 
 Fórmula imunomoduladora e adaptogênica básica: 
 
 Vitamina A................................4.000 U.I. 
 Vitamina C................................500 mg 
 Vitamina D(3)...........................2.000 U.I. 
 Vitamina E................................145 mg 
 Glutamina.....................................227 mg 
 Selênio......................................68 mg 
 Zinco...........................................30 mg 
 Própolis verde..............................900 mg 
 Compostos fenólicos (própolis verde)....2 mg 
 
 Explicando a ação da fórmula 
A ação de cada componente da fórmula já foi devidamente explicada 
anteriormente na explanação de cada item. Nessa fórmula, esses 
componentes, uma vez juntos, completam-se e potencializam-se, 
numa ação sinérgica, promovendo a modulação imunológica e o 
equilíbrio homeostático, com efeitos não somente no sistema de 
defesa, mas em todo o organismo e nas suas diversas funções. 
Essa formulação deve ser usada regularmente para a prevenção de 
viroses de qualquer tipo, representando um grande recurso protetor. 
129 
 
Certamente que uma fórmula terapêutica deve ser prescrita por 
profissional de saúde habilitado e conhecedor da matéria (médico, 
dentista, nutricionista, farmacêutico, enfermeiro padrão), porém, 
essa mesma fórmula já existe pronta, nessa composição, disponível 
no comércio, como resultadode nossas pesquisas e sob nossa 
supervisão médica. 
Para maiores detalhes de como obter o suplemento completo, entrar 
em contato com o autor por e-mail: 
rmbontempo@gmail.com 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
mailto:rmbontempo@gmail.com
130 
 
 A importância da atividade física para a imunidade 
Atualmente a relevância da atividade física para a saúde é notória, 
porém, ao contrário, vale destacar que a vida sedentária é um dos 
piores fatores para a imunidade, pois além dos diversos males que 
provoca, a falta de atividade física reduz drasticamente a capacidade 
de defesa do organismo. A redução do aporte sanguíneo ao cérebro, 
músculos e órgãos ligados à imunidade (intestinos, timo, medula 
óssea, gânglios linfáticos, etc.) diminui a capacidades destes em 
realizar suas funções, principalmente pela redução da oxigenação, 
aumento consequente da concentração de gás carbônico, de ácido 
lático, de toxinas, de radicais livres e sinalizadores inflamatórios. A 
redução das dopaminas e endorfinas, comuns na vida sedentária, 
também tem seu reflexo no sistema de defesas, pois determinam 
impacto no humor e consequentemente na desregulação do sistema 
nervoso autônomo, diretamente envolvido com o mecanismo de 
defesa. Por outro lado, exercícios físicos moderados são essenciais 
para manter a saúde e uma atitude equilibrada diante da vida, 
evitando as causas do estresse e tensão. 
Embora o sedentarismo seja muito prejudicial à saúde como um todo, 
o excesso de atividades físicas pode ser também deletério. A 
regularidade traz mais benefícios à saúde do que a intensidade da 
atividade física. 
Os benefícios comprovados cientificamente da atividade física 
adequada e moderada: 
 Alívio das tensões emocionais 
 Aumento da densidade óssea 
 Aumento da massa muscular 
 Aumento da produção de endorfinas 
 Aumento do dinamismo e da motivação 
 Desenvolvimento da aptidão física 
 Desintoxicação do organismo 
 Diminuição da ansiedade 
 Estímulo ao emagrecimento 
 Melhor oxigenação dos tecidos, mais para cérebro e coração. 
 Melhora da atividade e da função sexual 
 Melhora da composição sanguínea 
131 
 
 Melhora da qualidade do sono 
 Redução da pressão arterial 
 Redução dos radicais livres 
Exercícios simples e eficientes para aumentar as defesas do 
organismo 
Quase sempre é possível se praticar algum tipo de atividade física, 
mesmo que não seja numa academia de ginástica, como dança, arte 
marcial, esporte, natação, etc. Muitas vezes a desculpa da falta de 
tempo é apenas um reflexo da preguiça de se movimentar o corpo. 
Para quem pode, acordar mais cedo e praticar caminhadas, mesmo 
ao redor do quarteirão, contribui enormemente para a saúde. Pode-
se iniciar com caminhadas pequenas e leves, aumentando-se à 
medida em que o organismo se adapte. 
Algumas atividades domésticas também são possíveis, como os 
programas de ginástica fixa disponíveis na televisão, ou mesmo de 
ioga (hatha yoga), associados a exercícios respiratórios (tipo 
pranayama), relaxamento, etc. A prática chinesa do tai-chi-chuan é 
também um grande recurso para o bem estar físico e energético. 
Atualmente a técnica do Pilates tem mostrado excelentes resultados 
na melhoria da condição física e de saúde. 
 Pedalada no ar 
Como dica de atividade física matinal de excelente efeito, 
recomendamos o pedalar no ar, um exercício simples e rápido, capaz 
de ativar a circulação sanguínea e a oxigenação de todo o corpo, logo 
ao se despertar. 
Como praticar 
Iniciar com uma breve extensão da coluna para trás, colocando-se 
um travesseiro numa cadeira e deitando-se de costas sobre ele, com 
cuidado, procurando arquear a coluna, tentando tocar levemente o 
chão. Trata-se da mesma posição que se obtém com o deitar de 
costas sobre a bola grande usada no Pilates. Aliás, o ideal é, se 
possível, adquirir um artefato desses para ter sempre à mão e usar. 
Manter por cerca de 3 minutos. 
Em seguida deitar-se de costas, sempre com a coluna reta, sobre um 
colchonete, ou mesmo na cama, elevando-se as pernas e pedalar 
132 
 
como se fosse numa bicicleta imaginária. Contar 25 pedaladas para 
frente e logo em seguida 25 para trás, elevando-se ao máximo a 
cabeça para forçar os músculos abdominais. Iniciar com a 
quantidade possível de movimentos seguidos. Pode-se começar por 
exemplo com uma sequência de 3 movimentos (cada movimento é 
configurado por 25 pedaladas para frente e 25 para trás) e ir 
aumentando à medida em que o organismo se adapte. Ideal é chegar 
a 10 movimentos todos os dias. 
Este exercício produz resultados excepcionais, com sensação 
agradável de bem-estar. Sua prática toma apenas alguns minutos e 
deve ser realizado logo ao se acordar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
133 
 
 Palavras finais 
Neste trabalho procurei contribuir com minha experiência, meu 
trabalho e minhas reflexões sobre um tema tão complexo, mas 
importante, que é a nossa imunidade. Não posso esconder de que o 
fato de neste período estarmos vivendo uma situação de pandemia 
da COVID 19 é um ensejo para ventilar esse tema, principalmente 
porque o resguardo e a proteção da imunidade tem sido os temas 
menos abordados nesta fase cientificamente obscura do momento. 
Apesar de centenas de estudos ligados aos efeitos da ivermectina, 
da hidroxicloroquina, de antiretrovirais, de antiandrogênicos 
eficientes, etc, para uma das únicas viroses conhecidas que tem 
cura, e além de uma imensa quantidade de sérios profissionais de 
saúde indicarem a prevenção e tratamento precoce para a COVID, 
não temos a pretensão de nos envolvermos nessa questão, 
preferindo uma mais objetiva e livre de tensão, que é a de apontar 
recursos consagrados pela ciência e completamente livres da mínima 
possibilidade de crítica quanto aos seus efeitos no organismo, que é 
o caso das vitaminas, minerais e antioxidantes aqui apontados. 
Assim, não há como, por exemplo, negar a ação potencializadora 
imunológica da vitamina C, cuja carência reduz drasticamente as 
defesas orgânicas. O mesmo pode ser dito quanto às demais 
vitaminas, como a D, a E e a A, além de minerais como o zinco, o 
cobre, o selênio. Sua ação é irrefutável e classicamente concagrada 
por milhares dos tais “estudos científicos”, tão exigidos em relação 
aos medicamentos acima abordados, mas cujo material que os 
comprova não é lido, ou considerado. Mas negar a importância 
desses nutrientes para a imunidade é como ignorar a farmacologia 
mais básica, as primeiras lições da escola médica, odonbtológica, 
biológica ou de qualquer profissão da saúde. Do mesmo modo, 
desconhecer os fatores alimentares e os hábitos modernos que 
depletam ou reduzem a presença ou a ação desses nutrientes (como 
os refrigerantes, o açúcar branco em excesso, as frituras deletérias, 
as gorduras saturadas, o estress, a vida sedentária, o excesso de 
medicamentos, etc.), procurando orientar os pacientes quanto a 
esses males, é como se alienar, esquecer a etiopatogenia das 
doenças e fixar sua terapêutica apenas em recursos sintomáticos, 
que nada resolvem em termos causais. 
 
134 
 
Um fato triste nesta pandemia, para não dizer inaceitável, é que 
estatísticas sérias de grupos médicos fidedignos (ver bibliografia 
científica abaixo) apontam que certa de 30% das mortes atribuídas à 
COVID 19, não são provocadas pelo vírus, mas por erro médico e, 
por não se proteger no sistema imunológic . Por exemplo, prescrever 
corticoides na fase inicial dos sintomas é condenar o paciente a ser 
internado, ou a morrer, pois corticoides são imunodepressores, e 
tudo o que um infectado precisa no início é ter seu sistema de 
defesas super ativo para combater o vírus. Porém, sem que se saiba 
exatamente a causa, corticoides são prescritos praticamente em 
todos os serviços, apesardos avisos dos médicos sensatos. 
Certamente corticoides podem ser prescritos na fase 3, ou 
inflamatória, se necessário. Antes disso é quase certo que o paciente 
poderá piorar e ser internado, entubado, etc. podendo ir a óbito e, ai 
sim, o fato será indevidamente registrado como morte por covid 19. 
Outro fato lamentável é a prescrição de antibióticos (geralmente a 
azitromicina), que são antibacterianos, quando estamos diante de 
uma virose. Na COVID 19, no início, não há pneumonia e sim 
pneumonite, ou seja, não há infecção, mas inflamação. Se houver 
pneumonia por bactérias, será um fato posterior, ou numa 
comorbidade e, ai sim um antibiótico (específico para aquela 
bactéria, após cultura e antibiograma), poderá ser aplicado. E tal 
inflamação não se somente à presença de vírus nas células dos 
alvéolos pulmonares. Eles agem nas hemácias, degradando a 
hemoglobina (hemólise); desse modo ocorre acúmulo de ferro 
(altamente oxidante) nos alvéolos e assim, um tipo de 
microtromboembolia, que densifica a região com acúmulo de 
líquidos (o que leva à dispneia, ou falta de ar). Portanto, não são 
antibióticos que resolverão tal situação, mas anticoagulantes bem 
dosados e aplicados. 
E desde os primeiros dias de faculdade aprendemos que não existe 
antibioticoterapia profilática (ou preventiva), pois cada bactéria é 
sensível ou resistente a este ou aquele antibiótico. Acrescente-se 
que o uso de antibióticos orais prejudica a flora intestinal saprófita, 
reduzindo a capacidade imunológica, também pela inibição da função 
das placas de Peyer dos intestinos. E antibióticos são prescritos sem 
o uso de probióticos, ou agentes protetores da flora intestinal, para 
piorar. 
135 
 
Inexplicavelmente, esqueceram de olhar para o sistema imunológico. 
Fala-se e discute-se sobre tudo, menos como potencializar as nossas 
defesas. A principal função orgânica capaz de nos proteger é 
negligenciada, esquecida. Raras as prescrições contra a covid 19 
onde vemos a presença da importante vitamina C, da vitamina D, do 
zinco, de probióticos e de imunomoduladores adaptagênicos. A maior 
arte dos médicos que assim agem esqueceram as bases da clínica e 
da terapêutica, da fisiopatologia e das noções de metabolismo, de 
imunologia e, enfim, de Medicina! Pouco se fala sobre acidificação 
do organismo, de alimentação industrializada repleta de agentes 
imunodepressores, como o açúcar branco, os refrigerantes, as 
gorduras saturadas, os xenobióticos, os metais pesados, etc. 
Ao invés de estimular a atividade física, as autoridades recomendam 
“ficar em casa”, onde certamente o sedentarismo irá contribuir para 
estados depressivos, tanto mentais quanto imunológicos. 
Portanto, fica aqui a nossa contribuição para que o leitor, 
principalmente se profissional de saúde, amplie e aplique seus 
conhecimentos sobre como resguardar esse relicário precioso, 
núcleo fundamental da nossa saúde, que é o nosso sistema 
imunológico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
136 
 
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