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Toxoplasmose Felina Informações gerais Doença infecciosa zoonótica causada pelo protozoário coccídeo intracelular Toxoplasma gondii. Felídeos silvestres e domésticos são os únicos hospedeiros definitivos; Forma infectante: oocistos esporulados Hospedeiros intermediários: peixes, anfíbios, repteis, aves e mamíferos. Ciclo biológico Duas fases: Enteroepitelial – apenas nos felinos (de 1° contato*) – oocistos; Extra intestinal – todos os animais, inclusive gatos de 2° contato – taquizoitos, bradizoitos e cistos teciduais. Ciclo intestinal – Quando o gato ingere presas contendo cistos teciduais, as paredes desses cistos são dissolvidas pelos sucos do estomago e intestino delgado, liberando bradizoitos. Estes penetram rapidamente nas células epiteliais do intestino delgado e iniciam uma serie de gerações sexuadas geneticamente determinadas, no qual o gameta masculino fertiliza o gameta feminino (gametogonia). Após esse processo, é formado uma parede ao redor do zigoto, formando o oocisto, os quais são então eliminados juntamente com as fezes no meio externo no estágio não infectante. No ambiente, sob condições de umidade e temperatura adequados, esses oocistos se esporulam entre 1 a 3 dias, tornando-se infectantes. Ciclo estra intestinal – Após a ingestão de oocistos infectantes ou cistos teciduais, ocorre o rompimento da parede externa dessas estruturas por degradação enzimática, liberando as formas infectantes (esporozoítos). Estas logo invadem e se replicam dentro das células próximas, sofrendo uma mudança conformacional e metabólica e se tornando taquizoitos. Em seguida, ocorre a disseminação dos taquizoitos, através do rompimento dessas células infectadas, migrando para o tecido linfoide associado ao intestino e se disseminando, pelos linfáticos, sangue e macrófagos para todos os órgãos. Com o tempo, o hospedeiro adquire imunidade contra o parasito, que é forçado a diminuir seu metabolismo, sofrendo modificações novamente, tornando-se agora bradizoitos, os quais migram para os tecidos e formam cistos, permanecendo por longos períodos. Transmissão Infecção transplacentária Ingestão de oocistos esporulados em alimento ou água Ingestão de cistos teciduais Transfusão sanguínea Transplante de órgãos Acidentes laboratoriais Patogenia Ruptura de células e necrose tecidual Ausência de toxinas Tecidos acometidos comumente: cérebro, pulmão, fígado e pâncreas. Doença crônica – sensibilidades tipo II e IV Sinais clínicos Dependem do local e da extensão dos danos; Fase aguda / fase crônica; Comuns: depressão, anorexia, febre seguida por hipotermia, efusão peritoneal, icterícia e dispneia; Sinais musculares: hiperestesia muscular, dor muscular, arritmias cardíacas, diarreia; Sinais neurológicos: ataxia, andar em círculos, alterações comportamentais, contrações musculares e tremores, convulsões, paresia/paralisia e déficits de nervos cranianos; Sinais oculares: retinocoroidite, hemorragias retinianas, neurite optica, atrofia do nervo optico, anisocoria, cegueira, uveite anterior, hifema, glaucoma, luxação de cristalino e deslocamento de retina; Sinais no neonato: natimorto, desmaios, disfunção de órgãos (hepatomegalia, icterícia, ascite, angustia respiratória, sono excessivo. Diagnóstico Laboratorial Hemograma – anemia arregenerativa, leucocitose neutrofilica, linfocitose, neutropenia, monocitose e eosinofilia Bioquímico – hipoproteinemia, hipoalbuminemia, ALT e AST aumentadas (necrose muscular); bilirrubina aumentada (colangio-hepatite ou lipidose hepática); amilase e lipase aumentados (pancreatite) Citologia Fase aguda – taquizoitos Fluidos peritoneais e torácicos – Melhor conteúdo pra achar Exames de imagem RX – cavidade torácica – efusão pleural e padrões alveolares ou intersticiais difusos Exame de fezes Eliminação durante apenas 1 ou 2 semanas pós 1° exposição Oocistos morfologicamente semelhantes – Hammondia hammondi e Bernositia darlingi Técnica mais adequada – centrifugo-flutuação com sulfato de zinco Sorologia Detecção de IgM – toxoplasmose clínica – titulação maior que 1:64 4x ou mais no título de IgG – infecção ativa ou recente Avaliar junto com sinais clínicos Detecção de anticorpo especifico ou próprio organismo por PCR em liquido cefalorraquidiano ou humor aquoso – método + preciso* Tratamento Clindamicina, 25mg/ kg, VO, BID, durante 2 a 3 semanas. Diagnóstico precoce – prognostico bom Prevenção Não fornecer alimentos cárneos crus ou mal cozidos Evitar o predatismo Limpar diariamente a caixa de areia – água fervente Luvas ao manipular jardim ou areia sanitária
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