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Modelos sociológicos explicativos do crime

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Modelos sociológicos explicativos do 
crime
APRESENTAÇÃO
Os modelos sociológicos explicativos do crime são alternativas às investigações biológicas e 
psicológicas do fenômeno delitual. Ao longo do tempo, essas explicações evoluíram de 
investigações monofatoriais para multifatoriais, constituindo linhas mais definidas entre as 
escolas estrutural-funcionalista de ordem liberal e conflituais de ordem marxista, buscando 
compor avanços dessas duas linhas de investigação.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você compreenderá o conceito de Sociologia Criminal, 
analisará as contribuições das escolas multifatorial e de Chicago, além de distinguir as escolas 
estrutural-funcionalista e conflituais dentro da Sociologia.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Definir a Sociologia Criminal.•
Elencar as contribuições teóricas feitas à Sociologia Criminal pelos 
enfoques multifatoriais e pela escola de Chicago.
•
Descrever as teorias estrutural-funcionalistas e as teorias do conflito 
sob a lente do modelo sociológico.
•
DESAFIO
O assassinato da vereadora Maria José, conhecida por seu trabalho dedicado ao monitoramento 
de um regime de exceção instaurado no município de Rondonópolis, trouxe discussões acirradas 
sobre a possibilidade do envolvimento da polícia no crime em questão.
Procurado pelo jornal de circulação do Estado do Mato Grosso, Diário de Rondonópolis, onde 
se situa o município de Rondonópolis, você foi contratado para responder os seguintes 
questionamentos.
1. Qual a teoria da Sociologia Criminal que explica o fenômeno social-político ocorrido entre a 
vereadora e as autoridades do Município de Rondópolis?
2. Qual a justificativa da teoria em questão para o assassinato?
INFOGRÁFICO
As escolas conflituais marxistas e não marxistas opõem-se ao modelo desenvolvido por 
Durkheim e demais teóricos da escola estrutural-funcionalista.
Neste Infográfico, você poderá ver suas características principais, além das semelhanças e 
diferenças. 
CONTEÚDO DO LIVRO
A Sociologia Criminal é um ramo da Sociologia Jurídica, preocupada com as orígens do delito, 
suas normas e aplicações das mesmas em relação aos agentes criminosos.
No capítulo Modelos sociológicos explicativos do crime, base teórica desta Unidade de 
Aprendizagem, você verá o conceito de Sociologia Criminal, as contribuições da escola 
multifatorial e da escola de Chicago e as distinções entre as escolas estrutural-funcionalista e as 
teorias do conflito.
Boa leitura.
Modelos sociológicos 
explicativos do crime
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 � Definir a sociologia criminal.
 � Elencar as contribuições teóricas feitas à sociologia criminal pelos 
enfoques multifatoriais e pela Escola de Chicago.
 � Descrever as teorias estrutural-funcionalistas e as teorias do conflito 
sob a lente do modelo sociológico.
Introdução
Neste capítulo, você vai conhecer melhor a sociologia criminal, que estuda 
as origens do crime na sociedade, a tipificação dos comportamentos 
criminosos e o seu tratamento pelo Estado. Além disso, você vai se fa-
miliarizar com as principais correntes sociológicas que se dedicaram a 
estudar o crime, como as teorias do conflito e os enfoques desenvolvidos 
pela Escola de Chicago.
A sociologia criminal
A sociologia jurídica é um ramo das ciências sociais dedicado à compreensão 
de fenômenos criadores das leis, sua aplicação e suas consequências em re-
lação aos grupos sociais envolvidos. Nessa perspectiva, encontra-se o ramo 
da sociologia criminal, que se dedica de forma específica à explicação das 
origens do fenômeno do crime na sociedade, à tipificação dos comportamentos 
enquadrados como criminosos em determinada sociedade e ao seu tratamento 
pelo Estado.
Segundo Baratta (2011, p. 21), o objeto da sociologia jurídica é, “[...] por um 
lado, a relação entre mecanismos de ordenação do direito e da comunidade, 
e por outro lado, a relação entre o direito e outros setores da ordem social”. 
Esse autor aponta três modos de ação e de comportamento que configuram 
esse objeto:
 � aquele que tem como consequências normas jurídicas (costumes como 
fonte de direitos, modos de ação e de aplicação do direito); 
 � aquele que será percebido como efeito das normas jurídicas (controle social 
por meio de direito, efetividade, conhecimento e aceitação do direito); 
 � aquele que é posto em relação com modelos de ação e de efeitos das 
normas, abrangendo (a) e (b) — é nesse terceiro ponto de vista que se 
encontra o estudo do interesse na formação do direito como tal, bem 
como a sua aplicação e a reação social ao comportamento desviante.
O controle social do desvio por parte do direito e dos órgãos oficiais de sua 
aplicação, conforme o autor, é estudado pela sociologia empírica, que, como tal, 
“[...] não pode se projetar, como método de observação, para além deles” (BA-
RATTA, 2011, p. 22), e pela sociologia teórica, que, “[...] alcançando um nível 
mais alto de abstração, chega da descrição dos fenômenos (os comportamentos) 
às estruturas e às leis sociais que não são empiricamente observáveis, mas 
que são necessárias para interpretar os fenômenos” (BARATTA, 2011, p. 22). 
Para Baratta (2011, p. 23), portanto, “[...] o objeto da sociologia jurídico-
-penal corresponde às três categorias de comportamento objeto da sociologia 
jurídica em geral”. Molina e Gomes (2010, p. 215), por sua vez, caracterizam 
a criminologia em geral a partir da divisão dessa área em três aproximações 
distintas, sendo elas as aproximações biológicas, psicológicas e sociológicas.
Os autores ensinam que a aproximação biológica trata do “homem de-
linquente”. Assim, busca identificar nas suas partes corporais ou no funcio-
namento dos seus diversos sistemas e subsistemas fatores que o distinguem 
do “homem normal”. A ideia é, a partir disso, explicar a conduta delitiva, 
compreendida como patológica, disfuncional ou fruto de transtorno orgânico. 
Para isso, são utilizadas hipóteses tão variadas quanto as disciplinas e espe-
cialidades que as apontam: antropológicas, biotipológicas, endocrinológicas, 
genéticas, etc. (MOLINA; GOMES, 2010, p. 215).
As orientações psicológicas, em sentido amplo, buscam a explicação do 
comportamento delitivo nos processos psíquicos “anormais” (psicopatologia) 
ou nas vivências subconscientes que têm sua origem no passado remoto do 
indivíduo e que só podem ser captadas por meio da introspecção (psicanálise). 
Elas também creem que o comportamento delitivo em sua gênese (aprendiza-
gem), estrutura e dinâmica tem idênticas características e se rege pelas mesmas 
pautas do não delitivo (teorias psicológicas da aprendizagem).
Modelos sociológicos explicativos do crime2
Por último, as orientações sociológicas “[...] contemplam o fato delitivo como 
‘fenômeno social’, aplicando à sua análise diversos marcos teóricos precisos: 
ecológico, estrutural-funcionalista, subcultural, conflitual, interacionista, 
etc.” (MOLINA; GOMES, 2010, p. 216), lembrando que de qualquer maneira 
a polêmica atual se desenvolve por base do método empírico-científico.
Molina e Gomes (2010) entendem que a moderna sociologia criminal não 
se limita, diferentemente das concepções anteriores, a ressaltar a importância 
do “meio” ou “entorno” na gênese da criminalidade. Ela contempla o fato 
delitivo como “fenômeno social” e pretende explicá-lo em função de um 
duplo entroncamento, o europeu e o norte-americano. O europeu é represen-
tado por Durkheim e o norte-americano, pela Escola de Chicago. De ambos, 
nasceram os diversos esquemas teóricos (teorias ecológicas, subculturais, 
etiquetamento, etc.).
As contribuições teóricas dos enfoques 
multifatoriais e da Escola de Chicago
As escolas da sociologia criminal possuem diferentes métodos de estudo do 
fenômeno delitual. Modernamente, destaca-se a dicotomia entre as esco-
las estrutural-funcionalista e conflitual, que vocêvai estudar mais adiante. 
Contudo, as escolas também fazem distinções importantes entre análises 
multifatoriais e ecológicas, tal como você vai ver a seguir.
As teorias multifatoriais possuem correspondência no trabalho dos autores 
citados por Molina e Gomes (2010, p. 338): Glueck, Burt, Tappan, etc. Seu 
âmbito de investigação predileto é a delinquência juvenil. A esse respeito, 
Molina e Gomes (2010) advertem que nem sempre suas análises servem para as 
demais manifestações da criminalidade. Essa escola utiliza o método empírico 
indutivo, ou seja, observação de determinados fatos e dados e inferência dos 
resultados sem preocupação rigorosa com esquemas preconcebidos. “Para estes 
autores, a criminalidade nunca é o resultado de um único fator ou causa, senão 
da ação combinada de muitos dados, fatores, circunstâncias, etc.” (MOLINA; 
GOMES, 2010, p. 339).
Para Molina e Gomes (2010), no entanto, tratam-se de concepções “socio-
lógicas”, embora utilizem vestígios de aproximações “biológicas” e fatores 
individuais presentes no fato delitual. O exemplo apontado pelo autor para 
caracterizar essa escola é o trabalho realizado pelo casal Glueck, em que foram 
analisados 500 pares de jovens delinquentes e não delinquentes, buscando 
fatores que distinguissem os grupos. Para isso, foram tomados como fatores 
3Modelos sociológicos explicativos do crime
referenciais a família, a escola, o município e a estrutura da personalidade 
(partindo da contemplação de 400 fatores de aproximação); ademais, os jovens 
foram selecionados progressivamente pelo critério do interesse. 
Segundo Molina e Gomes (2010, p. 338–339), os Glueck “[...] concluíram 
que, para a elaboração do prognóstico, os mais relevantes seriam: a vigilância 
do jovem por sua mãe, a maior ou menor severidade com que ela lhe eduque 
e o clima de harmonia ou de desavenças familiares”. Em adição ao trabalho 
do casal, Healy constatou variáveis como males hereditários, anomalias men-
tais, constituição física anormal, conflitos anímicos, mau ambiente familiar, 
amizades inadequadas, frustração de expectativas do indivíduo, condições 
insatisfatórias para o desenvolvimento infantil, etc. Por sua vez, Burton veri-
ficou 170 “condições” que desencadeariam o comportamento não desejado. Já 
Mabel A. Elliot e Francis E. Merril notaram a “[...] acumulação ou concurso de 
uma pluralidade heterogênea de fatos que, talvez por si sós, não motivariam 
aquela [delinquência]” (MOLINA; GOMES, 2010, p. 340). A criança, dizem, 
é capaz de superar talvez um ou dois handicaps (a morte de um de seus pais, 
a pobreza ou uma má saúde, por exemplo). Mas, se a isso se acrescentar o 
desemprego e o alcoolismo do chefe de família, a instabilidade da mãe, o 
subdesenvolvimento anímico da própria criança que deixa cedo a escola para 
trabalhar, as péssimas condições de moradia e as más companhias, aos autores 
parece então que todos os fatores em tal contexto surgem contra a criança. Se 
ela se torna uma delinquente, concluem Eliot e Merril, não costuma ser por 
uma razão única, senão pela acumulação de sete ou mais circunstâncias que 
lhe colocam em desvantagem.
Para Molina e Gomes (2010), ao passo que a aproximação multifatorial 
reúne uma informação realista completa e demonstra a fragilidade dos mo-
delos monofatoriais, trata-se de um “empirismo grosseiro”. Afinal, relaciona 
fatores sem hierarquizá-los, equiparando a relevância de uns e outros. Além 
disso, tampouco explica a influência no comportamento delitivo de cada fato 
investigado. Para o autor, o diagnóstico é condicionado pela seleção prévia 
de fatores que servem de base à investigação, tratando-se de diagnósticos que 
costumam “[...] coincidir sintomaticamente com crenças muito arraigadas nas 
convicções populares” (MOLINA; GOMES, 2010, p. 341).
A Escola de Chicago, por sua vez, é considerada pelos autores como o berço 
da moderna sociologia americana (MOLINA; GOMES, 2010, p. 341). Ela é 
responsável pelo emprego da observação direta e caracterizada pela finalidade 
prática para as quais os estudos se orientavam. Seus principais expoentes são 
Park, Burgess, Mckenzie, Shaw e Mckay. Além disso, ela possui nomenclatura 
própria: é a teoria ecológica e sociológica criminal urbana.
Modelos sociológicos explicativos do crime4
A temática da Escola de Chicago foi a chamada “sociologia da grande 
cidade”. Seus investigadores iniciais eram jornalistas e seus objetos de análise 
eram o desenvolvimento urbano e os fatores da civilização industrial, bem 
como a morfologia da criminalidade nesse novo meio. O cenário estudado pela 
escola é o das grandes cidades norte-americanas, tendo como pano de fundo 
as questões de industrialização, migração, imigração, conflitos culturais e 
outros. Seu objeto de interesse são os grupos e culturas minoritários conflitivos, 
aprofundando-se “desde dentro” o mundo dos desviados, suas formas de vida 
e cosmovisões e analisando os mecanismos de aprendizagem e transmissão 
das culturas desviadas (MOLINA; GOMES, 2010, p. 342).
A primeira teoria da escola, chamada “teoria ecológica”, considerada 
ingênua pelos autores, possui como objeto a “[...] grande cidade como uni-
dade ecológica” (MOLINA; GOMES, 2010, p. 343). Suas teses consistem em 
que “[...] existe um claro paralelismo entre o processo de criação dos novos 
centros urbanos e a sua criminalidade, a criminalidade urbana (claramente 
diferenciada, sob todos os pontos de vista, da que é produzida fora dos núcleos 
urbanos)” (MOLINA; GOMES, 2010, p. 343). Para os autores, a cidade “pro-
duz” delinquência. Além disso, na grande cidade pode-se verificar inclusive 
a existência de zonas ou áreas muito definidas (a gangland, as delinquency 
areas) onde essa delinquência se concentra. 
A explicação da teoria ecológica está no desabilitamento do controle social 
nesses núcleos, em contraste com as áreas residenciais urbanas. Essa situação 
leva à deterioração dos grupos primários (família, etc.), à modificação quali-
tativa das relações interpessoais que se tornam impessoais, à alta mobilidade 
e à consequente perda de raízes no lugar de residência, bem como à crise de 
valores tradicionais trazida pela superpopulação. Para a escola, “A tentadora 
proximidade às áreas comerciais e industriais onde se acumula riqueza e o 
citado enfraquecimento do controle social criam um meio desorganizado e 
criminógeno” (MOLINA; GOMES, 2010, p. 344).
Segundo Molina e Gomes (2010), a investigação mais conhecida da Escola de Chicago é 
a de Thrasher, denominada “The Gang”, que examinou 1.313 quadrilhas que operavam 
em Chicago, caracterizando como gangland o distrito industrial da cidade. Nesse 
sentido, se constatou “[...] que a criminalidade surge nos confins da civilização e em 
zonas que mostram insuficiências nas condições elementares da vida” (MOLINA; 
GOMES, 2010, p. 344).
5Modelos sociológicos explicativos do crime
Para Molina e Gomes (2010), as teorias ecológicas tiveram o mérito de 
chamar a atenção para o impacto do desenvolvimento urbano na gênese 
delitual. No entanto, a contraposição clássica urbana e rural, para eles, 
não interessa hoje como naquela época, porque o que realmente preocupa 
é a moderna “civilização técnica” e suas implicações criminógenas, pro-
blema que transcende o âmbito das grandes cidades. Hoje, esse problema 
pode ser somado à globalização e ao acesso à informação pelos meios de 
comunicação em massa; muito embora as características ambientais não 
possam ser completamente descartadas. Molina e Gomes (2010, p. 345) 
entendem que não se deve exacerbar a “força atrativa” que certas zonas 
possuem, atribuindo a elas um papel “causal”, uma vez que elas atraem 
a criminalidade, mas não a produzem. A análise estritamente ecológica 
deu espaço, nos anos 1950, para estudos da “área social” e para métodos 
estatísticos multivariados.
As teorias estrutural-funcionalistas e as teorias 
do conflito sob a lente do modelo sociológico
As teorias estrutural-funcionalistas e as teorias do conflito são hoje asprincipais correntes da sociologia criminal. Contudo, há uma clara dis-
tinção ideológica entre elas. A escola estrutural-funcionalista é encarada 
como a primeira explicação verdadeiramente sociológica para o fenômeno 
delitual, em contraste com as aproximações biológicas e psicológicas. Já a 
escola conflitual nega esses princípios basilares para construir sua própria 
explicação desse fenômeno.
Segundo Molina e Gomes (2010, p. 349), a teoria da anomia de Durkheim, 
ao lado de outras formulações realizadas por Merton, Cloward e Ohin e das 
teorias sistêmicas, surge no contexto das economias vertiginosamente indus-
trializadas e das profundas mudanças sociais enfrentadas por elas. Nessas 
sociedades, há também o enfraquecimento e a crise dos modelos, normas e 
pautas de conduta.
Segundo os autores, seus “[...] postulados de maior transcendência crimi-
nológica são dois: a normalidade e a funcionalidade do crime” (MOLINA; 
GOMES, 2010, p. 349). Segundo essa escola, o crime seria normal pois não 
teria origem em qualquer patologia individual ou social, mas comporia o 
normal e regular funcionamento de toda e qualquer ordem social. Apareceria 
inevitavelmente unido ao desenvolvimento do sistema social e dos fenômenos 
Modelos sociológicos explicativos do crime6
normais da vida cotidiana. Além disso, seria funcional para a estabilidade e a 
mudança social, como um fio condutor das inovações sociais e da formação 
da anomia como um estado de desenvolvimento social.
Foi Durkheim que concebeu a ubiquidade do fenômeno delitual (podendo 
ocorrer em qualquer estrato social e em qualquer modelo de sociedade), que 
seria derivado das estruturas e fenômenos cotidianos de uma ordem social 
intacta e não necessariamente de uma sociedade “desorganizada” (MOLINA; 
GOMES, 2010, p. 349–350). Para o autor, o delito não é senão uma modali-
dade de conduta “irregular” quanto a uma conduta “regrada”. Nesse sentido, 
a anormalidade não é a ocorrência do delito, mas o incremento ou descenso 
das taxas de criminalidade. Assim, ele postula que “[...] uma sociedade sem 
condutas irregulares seria uma sociedade pouco desenvolvida, monolótica, 
imóvel e primitiva” (MOLINA; GOMES, 2010, p. 350).
Durkheim afirma que o crime cumpre uma função integradora e inovadora 
e deve ser contemplado como produto do normal funcionamento de toda socie-
dade (MOLINA; GOMES, 2010). Para ele, o delinquente não é um indivíduo 
patológico ou antissocial, mas um “[...] fator do funcionamento regular da vida 
social”. Da mesma forma, a pena ou castigo é uma instituição social como 
qualquer outra relação estrutural-funcional (MOLINA; GOMES, 2010). Para 
Durkheim, “[...] o delito fere os sentimentos coletivos, porque o delinquente 
rompe o que é tido socialmente como bom e correto; a pena é, pois, a reação 
social necessária e atualiza aqueles sentimentos coletivos, que correm o risco 
de fragilização” (MOLINA; GOMES, 2010, p. 350). 
Outra característica marcante do trabalho de Durkheim é o conceito de 
anomia. Esse termo pretende expressar a crise, a perda de efetividade ou o 
desmoronamento de normas e valores vigentes em uma sociedade precisamente 
como consequência do seu rápido e acelerado desenvolvimento econômico 
e de suas profundas alterações sociais, que debilitam a consciência coletiva 
(MOLINA; GOMES, 2010, p. 350–351). Você pode considerar, por exemplo, 
as mudanças de valores ocorridas no final do século XX e início do século 
XXI, como a inclusão da diversidade de gêneros, notadamente com o reconhe-
cimento do casamento homossexual, encarado como uma patologia ou mesmo 
contravenção pela sociedade do início do século XX e hoje reconhecido como 
um comportamento normal pelas comunidades científicas e políticas. Além 
disso, as reiteradas discussões e experimentos legiferantes da liberalização 
das drogas anteriormente “ilícitas”, como é o caso da maconha no Uruguai, 
na Holanda e em alguns estados norte-americanos, demonstram a importância 
desse conceito.
7Modelos sociológicos explicativos do crime
Esses reflexos também indicam a evolução do conceito de anomia trazida 
por Merton. Esse autor converteu a teoria da criminalidade para tornar o 
conceito de anomia um sintoma do vazio que se produz quando os meios 
socioestruturais existentes não servem para satisfazer às expectativas culturais 
de uma sociedade (MOLINA; GOMES, 2010, p. 351). 
Baratta (2011) sintetiza a contribuição da teoria estrutural-funcionalista 
por meio da negação do princípio do bem e do mal. Isso representaria a 
virada na direção sociológica, constituindo a primeira alternativa clássica 
à concepção dos caracteres diferenciais biopsicológicos do delinquente. 
Nesse sentido: 
1) As causas do desvio não devem ser pesquisadas nem em fatores bioan-
tropológicos e naturais (clima, raça), nem em uma situação patológica da 
estrutura social. 2) O desvio é um fenômeno normal de toda estrutura social. 
3) Somente quando são ultrapassados determinados limites, o fenômeno do 
desvio é negativo para a existência e o desenvolvimento da estrutura social, 
seguindo-se de um estado de desorganização, no qual todo o sistema de re-
gras de conduta perde valor, enquanto um novo sistema não se afirmou (esta 
é a situação de “anomia”). Ao contrário, dentro de seus limites funcionais, 
o comportamento desviante é um fator necessário e útil para o equilíbrio e o 
desenvolvimento sociocultural (BARATTA, 2011, p. 59–60).
Em contraste com a visão liberal da teoria estrutural-funcionalista, encon-
tram-se as teorias do conflito. Elas deslocam a “normalidade” da atividade 
delitual e apontam para a sua fabricação por meio dos conflitos existentes 
entre determinados grupos que compõem a sociedade. As teorias do conflito 
são classicamente divididas entre teorias marxistas e não marxistas, de acordo 
com seu grau de radicalização ou aproximação com a teoria social da luta de 
classes. Conforme conceitua Baratta (2011, p. 120), não se tratam de teorias de 
médio alcance, mas de uma reformulação das teorias sociais da compreensão 
do fenômeno delitual.
Segundo Molina e Gomes (2010, p. 355), essas teorias possuem uma grande 
tradição na sociologia criminal norte-americana, preocupada especialmente 
com o problema da migração e da imigração, sobretudo com a segunda ge-
ração de imigrantes, cuja cultura originária poderia entrar em conflito com a 
cultura “adotiva”. Assim, diferem das teorias anômicas liberais, que partem 
do pressuposto lógico de uma sociedade monolítica, cujos valores são produto 
de amplo consenso. As teorias do conflito pressupõem a existência de uma 
pluralidade de grupos e subgrupos que, eventualmente, apresentam discre-
pâncias em suas pautas valorativas.
Modelos sociológicos explicativos do crime8
A teoria sociológica do conflito reflete e acompanha a evolução ideológica que iden-
tifica como utópica a organização liberal da sociedade. Dessa forma, repele, como um 
mito do qual é necessário libertar-se, a representação de uma sociedade fechada em si 
mesma e estática, desprovida de conflito e baseada no consenso. É essa a “utopia” da 
qual Ralf Dahrendorf, em um ensaio famoso, convidava a sociologia a sair (BARATTA, 
2011, p. 120–121).
A criminologia positivista parte de quatro pressuposições, sendo elas: 
a ordem social fundamentada no consenso (MOLINA; GOMES, 2010, p. 
356); o direito como representação da tutela dos valores básicos do sistema; 
o Estado como garantidor da sociedade pluralista a partir da aplicação neu-
tra das leis; e a ideia de que os interesses gerais da sociedade estão acima 
dos interesses particulares dos diversos grupos. Já as teorias conflituais 
entendem que é o conflito que garante a manutenção do sistema e promove 
as alterações necessárias para seu desenvolvimento dinâmico e estável. 
O crime, em consequência, é contemplado como expressão dos conflitos 
existentes na sociedade. 
Os postulados da criminologia conflitual são: a dissensão da sociedade 
industrializada; o conflito como estrutura e dinâmica de mudança social;o direito como representação dos valores e interesses de classes ou setores 
dominantes (e não dos interesses gerais da sociedade) e a aplicação da justiça 
penal de acordo com esses interesses; o delito como uma relação desigual e 
injusta de distribuição de poder e riqueza na sociedade (MOLINA; GOMES, 
2010, p. 356).
As teorias não marxistas são representadas pelo trabalho, entre outros, de 
Taft e Sellin, White e Cohen. Para Taft, a criminalidade é produto da mudança 
social. A cultura, “[...] com suas numerosas contradições internas, seria o 
fator criminógeno por excelência”. De fato, “[...] é assim que Taft explica as 
elevadas taxas de criminalidade masculina nos Estados Unidos (acentuação 
do princípio de competitividade, dupla moral, dissolução das instituições 
tradicionais, etc.)” (MOLINA; GOMES, 2010, p. 356–357).
Já Sellin entende que os conflitos não ocorrem em modelos culturais em 
bloco, senão entre as pautas normativas dos diversos grupos e subgrupos 
sociais, cujas valorações são discrepantes (MOLINA; GOMES, 2010, p. 357). 
Dahrendorf, em um “relançamento” do pensamento conflitual, definiu como 
9Modelos sociológicos explicativos do crime
pilares de todo o modelo sociológico a mudança, o conflito e a dominação, 
ao entender que as organizações se consolidam e evoluem pela coação e pela 
pressão de um grupo sobre o outro (MOLINA; GOMES, 2010, p. 357–358). 
Coser, por sua vez, afirma que o conflito é funcional, pois assegura a mudança 
social e contribui para a integração e a conservação da ordem e do sistema 
(MOLINA; GOMES, 2010, p. 357–358).
As teorias conflituais de orientação marxista ortodoxas contemplam o crime 
como função das relações de produção da sociedade capitalista (MOLINA; 
GOMES, 2010, p. 361). Sob diversas denominações, como criminologia crítica, 
criminologia radical, nova criminologia, etc., todas essas teorias têm suas 
raízes no pensamento de Marx e Engels, tendo recebido um valioso impulso 
renovador com a obra de Taylor, Walton e Young e com a National Deviancy 
Conference, organização constituída em 1968 por um grupo de sociólogos 
britânicos que assumem o modelo conflitual do labelling approach, com 
todas as suas implicações.
Para Molina e Gomes (2010, p. 362), as “[...] teorias marxistas do conflito 
apelam para a estrutura ‘classista’ da sociedade capitalista — assim, o conflito 
social é um conflito de ‘classe’ — e concebem o sistema legal como mero 
instrumento a serviço da classe dominante para oprimir a classe trabalhadora”. 
Para elas, a justiça penal é definida como administradora da criminalidade, 
pois não combateria o delito, mas recrutaria a população desviada para sua 
“clientela” natural. Segundo os autores, “[...] até mesmo a criminalidade, 
conforme o pensamento marxista, não é mais que o subproduto final de um 
processo de criação e aplicação de leis orientadas sempre para as classes sub-
metidas” (MOLINA; GOMES, 2010, p. 362). A criminologia radical contesta 
sistematicamente a função legitimadora e conservadora da criminologia atual, 
que não questiona nem critica os processos de definição (criação da lei penal 
de acordo com os interesses da classe dominante).
Sutherland, segundo Baratta (2011, p. 127–128), sintetiza todos os principais 
elementos da criminologia do conflito, sendo eles:
a) a precedência lógica dada ao processo de criminalização sobre o com-
portamento criminoso; 
b) a referência do processo de criminalização e do comportamento cri-
minoso à existência, aos interesses e à atividade dos grupos sociais 
em conflito; 
c) o caráter político que assume todo fenômeno criminal: criminalização, 
comportamento criminalizado e pena são aspectos de um conflito que 
Modelos sociológicos explicativos do crime10
se resolve mediante a instrumentalização do direito e do Estado, ou 
seja, de um conflito no qual o grupo mais forte consegue definir como 
ilegais comportamentos de outro grupo, contrários ao próprio interesse, 
que, assim, é constrangido a agir contra a lei.
Sob o ponto de vista metodológico, os criminólogos marxistas afastam-se 
dos padrões e das técnicas das ciências sociais. Segundo Molina e Gomes 
(2010, p. 362), eles “[...] não aceitam as investigações puramente empíricas e 
optam por um método histórico-analítico”. Esse método permite uma análise 
macrossociológica do fenômeno criminal, “[...] como [do modo com que] o 
processo de acumulação de riqueza afeta os índices de criminalidade”, e 
também uma análise microssociológica, por exemplo, a “[...] incidência das 
interações criminais nos indivíduos que vivem na sociedade capitalista”.
A análise do desenvolvimento histórico institucional da sociedade capita-
lista, no entanto, possui déficit empírico com desmedida carga especulativa 
e com pretensões generalizadoras, que, conforme criticam Molina e Gomes 
(2010), não possuem fundamento algum. Assim, “Que um determinado conflito 
social gere crime ou explique certas manifestações delitivas parece óbvio. De 
qualquer modo, o que não é tão evidente é que todo fato delituoso tenha por 
base um conflito” (MOLINA; GOMES, 2010, p. 363).
Além disso, os teóricos do conflito, segundo os autores, 
[...] com frequência renunciam a estabelecer a difícil, porém lógica relação — 
do ponto de vista científico — entre um determinado conflito, cuja natureza 
e forma deveriam ser mais precisadas, e concretas formas da criminalidade. 
Em seu lugar optam por esvaziar de todo conteúdo o conceito de conflito, 
colocando-o em um abstrato âmbito filosófico-político não suscetível de 
verificação empírica, ou inclusive para supor a existência de um substrato 
conflitual onde este não exista (MOLINA; GOMES, 2010, p. 363).
A dicotomia entre os modelos liberal e conflitual da criminologia persiste 
nos dias atuais, muito embora as suas distinções se atenuem para a cons-
trução de uma criminologia que busque uma integração social com base na 
compreensão da existência dos diferentes conflitos sociais. Como você viu, a 
sociologia criminal é uma escola em construção. Ela desenvolve seu método 
a partir de movimentos históricos de construção e desconstrução de modelos 
para o estabelecimento de distintos métodos e aproximações sobre seu objeto 
de estudo: a gênese, o tratamento e a aplicação do fenômeno delitual e do seu 
controle social.
11Modelos sociológicos explicativos do crime
As teorias conflituais não devem ser confundidas: 
[...] com efeito, para as teorias do conflito não marxistas o crime é 
produto normal das tensões sociais e carece de significado patológico. 
A ordem social, para elas, é constituída de uma pluralidade de grupos, 
segmentos e estratos, que disputam o poder político sem chegar a 
monopolizá-lo por completo. As estruturas de dominação se articulam 
sobre a base de um poder diferenciado, não absoluto, sendo este só um 
dos fatores que inspiram a criação e o processo de aplicação das leis. 
Estas teorias, ademais, situam o conflito em um remoto e abstrato âm-
bito político, desconectado dos modos de produção e da infraestrutura 
socioeconômica da sociedade capitalista.
Pelo contrário, de acordo com a análise criminológica marxista o delito 
é sempre um produto histórico, patológico e contingente da socieda-
de capitalista. Ela contempla a ordem social como confrontação de 
“classes” antagônicas, sendo que uma delas se sobrepõe e explora a 
outra, servindo-se do Direito e da Justiça Penal. O conflito inerente à 
sociedade capitalista, por último, é — para o marxismo ortodoxo — um 
conflito de classes enraizado nos modos de produção e na infraestrutura 
econômica daquela (MOLINA; GOMES, 2010, p. 361).
BARATTA, A. Criminologia crítica e crítica do direito penal: introdução à sociologia do 
direito penal. 6. ed. Rio de Janeiro: Revan, 2011.
MOLINA, A. G.-P.; GOMES, L. F. Criminologia. 7. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 
2010. (Coleção Ciências Criminais, v. 5).
Modelos sociológicos explicativos do crime12
 
DICA DO PROFESSOR
A escola estrutural-funcionalista de Durkheim é consideradaa primeira verdadeiramente 
sociológica da criminologia, abandonando o conceito de delito como patologia biológica ou 
psicológica para desenvolver a criminalidade como característica normal e funcional das 
sociedades.
Nesta Dica do Professor, veremos as principais características dessa escola e do conceito de 
anomia.
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EXERCÍCIOS
1) A Sociologia Jurídica tem três objetos principais de investigação, estando entre eles:
A) os efeitos das normas sociológicas.
B) os costumes como fontes de Direito.
C) os contratos como fontes do Direito.
D) os efeitos das normas de interpretação.
E) as relações entre a vontade do legislador e a literalidade da lei.
2) Para Baratta, o objeto da Sociologia Jurídico-penal corresponde a ______________ 
categorias de comportamento objeto da Sociologia Jurídica em geral.
A) algumas
B) apenas uma das
C) todas
D) apenas duas
E) nenhuma das
3) A teoria ecológica é fruto da escola: 
A) estrutural-funcionalista
B) conflitual-marxista
C) conflitual não marxista
D) escola de Chicago
E) escola multifatorial
4) Para Molina, ao passo que a aproximação multifatorial reúne uma informação 
realista, completa e demonstra a fragilidade dos modelos monofatoriais, trata-se de 
um “empirismo grosseiro”, pois relaciona fatores sem _______________.
A) explicá-los.
B) hierarquizá-los.
C) regrá-los.
D) nomeá-los.
E) equipará-los.
5) Baratta sintetiza a contribuição da teoria estrutural-funcionlista pela negação do 
princípio:
A) da justiça.
B) do bem e do mal.
C) da ordem social.
D) do crime natural.
E) do conflito.
NA PRÁTICA
As explicações sociológicas para o fenômeno delitual compõem um importante elemento das 
discussões jurídicas a esse respeito.
Como exemplo, pode-se citar o uso da escola estrutural-funcionalista para referir a importância 
do processo judicial em relação ao estudo do delito, sendo que o anti-social é exceção segundo 
essa escola.
SAIBA MAIS
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do 
professor:
Abordagens científicas sobre as causas da criminalidade violenta: uma análise da teoria da 
ecologia humana
Este artigo objetiva apresentar seis abordagens científicas que explicam as causas da 
criminalidade violenta: teorias focadas nas patologias individuais, Teoria da Desorganização 
Social, Teoria Estrutural-Funcionalista do Desvio e da Anomia, Teoria da Associação 
Diferencial e do Aprendizado Cultural, Teoria do Controle, Teoria da Ecologia Humana.
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A teoria do conflito e sua importância na concretização do acesso à justiça material
A pesquisa que ora se apresenta tem como objetivo demonstrar que o estímulo à utilização dos 
meios consensuais de solução de conflitos se apresenta como resposta adequada e eficaz para a 
crise de litigiosidade crescente enfrentada pelo Poder Judiciário.
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Émile Durkheim e a análise sociológica do Direito à atualidade e os limites de um clássico
Este artigo pretende analisar as contribuições e os limites da abordagem sociológica de Émile 
Durkheim para a compreensão do Direito. Assim, em primeiro lugar, sublinha a relevância do 
pensamento de Durkheim na configuração da Sociologia Moderna. Para tanto, realiza uma breve 
incursão pela análise de Danilo Martuccelli acerca das matrizes do pensamento sociológico 
sobre a modernidade. 
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