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1. O Congresso Nacional, diante do desinteresse da União em instituir o Imposto sobre Grandes Fortunas-IGF, edita Lei Complementar, promulgada pelo Presidente da República, delegando aos Estados a possibilidade de instituírem o aludido imposto. Valendo-se da referida autorização, a Assembleia Legislativa de um Estado, também por lei complementar, institui o IGF e delega à Fundação Estadual de Pesquisa de Mercado e Controle de Riquezas, a função de cobrar e fiscalizar o referido tributo. Alguma dessas Lei Complementares seria juridicamente válida? Fundamente.
Com relação a edição da lei complementar através do Congresso Nacional e a Assembleia legislativa não possuem competência para editar esta lei, pois é inconstitucional, em razão do Art. 153, VII, da CRFB/88, pois compete a União legislar sobre a criação de impostos sobre grandes fortunas. 
Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre: 
VII - grandes fortunas, nos termos de lei complementar.
No que tange a possibilidade de delegar à Fundação Estadual de Pesquisa de Mercado e Controle de Riquezas, a função de cobrar e fiscalizar o referido tributo, está é totalmente contraria ao Art. 7º do CTN.
 Art. 7º A competência tributária é indelegável, salvo atribuição das funções de arrecadar ou fiscalizar tributos, ou de executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas em matéria tributária, conferida por uma pessoa jurídica de direito público a outra, nos termos do § 3º do artigo 18 da Constituição.
2. A União, em razão da queda da arrecadação em decorrência da pandemia, resolve criar um novo imposto por intermédio de Decreto. Dito Decreto seria constitucional? Fundamente.
A criação deste tributo é inconstitucional, por força do Art.150, I da CRFB/88.
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: 
I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça” de igual forma;
3. O Governador do Estado editou um Decreto instituindo a Taxa de Segurança Pública, no valor anual de R$60,00 (sessenta reais) por pessoa maior de 18 (dezoito) anos que resida no Estado por mais de 60 (sessenta) dias no ano, consecutivos ou não, com o objetivo de custear a remuneração dos Policiais Civis e Militares. Aponte todas as inconstitucionalidades dessa taxa.
De acordo com o Art. 150, I da CRFB/88, nenhum dos entes federados tem competência para criar tributos por meio de Decreto.
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça;
4. Imagine que uma Instrução Normativa editada pela Receita Federal do Brasil autorizava expressamente os importadores de mercadoria industrializada no exterior a não-recolherem o Imposto sobre Produtos Industrializados quando da venda, no mercado interno, daquela mercadoria importada, desde que não houvesse se sujeitado a novo processo de industrialização. Então, uma empresa, valendo-se dessa previsão da Instrução Normativa, passou a revender as mercadorias importadas sem a nova incidência do IPI. Contudo, ao submeter a matéria ao crivo do Supremo Tribunal Federal, os Ministros entenderam pela constitucionalidade da tributação do IPI na revenda de mercadoria importada, mesmo que não submetida a novo processo de industrialização pelo importador – portanto, em sentido antagônico ao da Instrução Normativa. Com base nesse novo entendimento, os Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil passaram a cobrar o IPI incidente na revenda da mercadoria importada nos últimos cinco anos. Diante desse cenário, questiona-se: poderiam cobrar dos importadores o IPI devido nas revendas das mercadorias importadas durante o período em que estava vigente a referida Instrução Normativa? Poderiam cobrar juros, multa e correção monetária? Fundamente.
Tendo como base o princípio da irretroatividade não será possível. A lei tributária só vale em relação a fatos geradores ocorridos depois do início da vigência da lei que os houver instituído ou aumentados, já definido no Art. 150, III,alínea a da CRFB/88.
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
III - cobrar tributos:
a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou aumentado;
A União, Estados, Distrito Federal e Municípios não podem cobrar tributos em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou aumentados. 
A retroatividade só seria admitida no caso de favorecer o contribuinte (retroatividade benéfica), art. 106, CTN. A lei será retroativa aplicando-se à fato gerador passando, quando: for expressamente interpretativa, mas a aplicação de penalidade imposta à infração dos dispositivos interpretativos não retroagem; se tratar de ato que não esteja definitivamente julgado: o quando esse ato deixar de ser infração; o quando esse ato deixar de ser tratado; o quando prevista uma penalidade menos severa do que aquela prevista na lei vigente;
O Art.100 do CTN, prevê as normas complementares das leis, dos tratados e das convenções internacionais e decretos. A legislação tributária é justamente a tradução de todas essas normas que regem a relação tributária. 
Art. 100. São normas complementares das leis, dos tratados e das convenções internacionais e dos decretos:
I - os atos normativos expedidos pelas autoridades administrativas;
II - as decisões dos órgãos singulares ou coletivos de jurisdição administrativa, a que a lei atribua eficácia normativa;
III - as práticas reiteradamente observadas pelas autoridades administrativas;
IV - os convênios que entre si celebrem a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios.
Parágrafo único. A observância das normas referidas neste artigo exclui a imposição de penalidades, a cobrança de juros de mora e a atualização do valor monetário da base de cálculo do tributo.
5. Diferencie imposto de contribuição social e elenque quais contribuições sociais não são de competência exclusiva da União.
As contribuições sociais são espécies tributárias com fins específicos fundamentadas no Art. 149, § 2º da CRFB/88.
Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas, observado o disposto nos arts. 146, III, e 150, I e III, e sem prejuízo do previsto no art. 195, § 6º, relativamente às contribuições a que alude o dispositivo.
§ 2º As contribuições sociais e de intervenção no domínio econômico de que trata o caput deste artigo:
I - não incidirão sobre as receitas decorrentes de exportação;
II - incidirão também sobre a importação de produtos estrangeiros ou serviços;
III - poderão ter alíquotas:
a) ad valorem, tendo por base o faturamento, a receita bruta ou o valor da operação e, no caso de importação, o valor aduaneiro;
b) específica, tendo por base a unidade de medida adotada. 
São divididas em 3 subespécies: em sentido estrito (destinadas ao custeio da Seguridade Social); de intervenção no domínio econômico (objetivo de regular algum mercado e corrigir distorções); e de interesse das categorias profissionais ou econômicas (destinadas a instituições como OAB, SESI, SENAI, etc.).
O Imposto se trata de uma quantia em dinheiro paga aos municípios, estados ou União para custeio das despesas de administração e investimento dos governos. A destinação dos recursos recolhidos pelos impostos nem sempre é específica. Podem ser usados como o governo bem quiser. Além disso, boa parte dos impostos que uma empresa paga - IR, IPI e ICMS - são fortemente correlacionados à produtividade ou lucratividade. Conforme define o Art.16 do CTN.
 Art. 16. Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica,relativa ao contribuinte.

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