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EXAMES CONTRASTADO - 2 - Exames Intervencionistas ANATOMIA DO SISTEMA CIRCULATÓRIO DIVISÕES OU COMPONENTES DO SISTEMA CIRCULATÓRIO O sistema circulatório consiste nos componentes cardiovascular e linfático. A porção cardiovascular inclui coração, sangue e vasos que transportam o sangue. O elemento linfático do sistema circulatório é composto de um fluido aquoso claro chamado linfa, de vasos linfáticos e delinfonodos. Os componentes cardiovasculares e linfáticos diferem em sua função e na maneira de transportar seus respectivos fluidos no interior dos vasos.A divisão cardiovascular ou circulatória sangüínea pode ainda ser dividida em componentes cardíaco (circulação no interior do coração) e vascular (vaso sangüíneo). O componente vascular ou dos vasos é dividido no sistema pulmonar (do coração para o pulmão e vice-versa) e no sistema global ou sistêmico (por todo o corpo). (Ver o quadro do sumário na coluna a baixo) SISTEMA CARDIOVASCULAR O coração é o órgão principal do sistema cardiovascular e funciona como uma bomba para manter a circulação de sangue por todo o corpo. O componente vascular é uma rede de vasos sangüíneos que carrega o sangue do coração para os tecidos corporais e vice-versa. As funções do sistema cardiovascular incluem as ceguetes: 1. Transporte de oxigênio, nutrientes, hormõnios e componentes químicos necessários para a atividade corporal normal. 2. Remoção dos produtos excretados pelos rins e pulmões, 3. Manutenção da temperatura corporal e do balanço de água e eletrólitos. Essas funções são realizadas pelos seguintes componentes sangüíneos: hemácias, leucócitos e plaquetas suspensas no plasma. Componentes Sangüíneos As hemácias, ou eritrócitos, são produzidas na medula vermelha de alguns ossos e transportam oxigênio através da proteína hemoglobina até os tecidos corporais. Os leucócitos são formados na medula óssea e no tecido linfático e defendem o corpo contra infecção e doença. As plaquetas, também originadas da medula óssea, reparam lesões nas paredes dos vasos sangüíneos e promovem a coagulação sangüínea. O plasma, a porção líquida do sangue, consiste em 92% de água e cerca de 7% de proteínas e sais plasmáticos, nutrientes e oxigênio. SUMÁRIO DOS COMPONENTES DO SISTEMA CIRCULATÓRIO Sistema circulatório Sistema cardiovascular 1 Cardíaco (coração) 1 Vascular (vasos) 1 Pulmonar (pulmões) 1 Sistema linfático -Linfa Vasos linfáticos – Linfonodos 1 Sistêmico (corporal) Veia Artéria Coração ] CIRCULAÇÃO SISTÊMICA Artérias os vasos que levam o sangue oxigenado do coração para os tecidos são chamados de artérias. As artérias originadas diretamente do coração são calibrosas, mas são subdivididas e diminuem de tamanho conforme se estendem do coração para as várias partes do corpo. As artérias menores são denominadas arteríolas. Conforme o sangue circula através das arteríolas, ele penetra nos tecidos através das menores subdivisões desses vasos, conhecidas como capilares. Veias o sangue desoxigenado retoma ao coração através do sistema venoso. O sistema venoso estende-se dos capilares venosos até vênulas e veias, aumentando em tamanho conforme se aproxima do coração. - 3 - Exames Intervencionistas SUMÁRIO DA CIRCULAÇÃO SISTÊMICA GLOBAL Veias cavas Aorta (Valva aórtica) Átrio direito Ventrículo esquerdo (Valva tricúspide) (Valva mitral) Ventrículo direito Átrio esquerdo (Valva pulmonar) (Valvas pulmonares) Artérias pulmonares Pulmões Veias pulmonares (Sangue desoxigenado) (Sangue oxigenado) ARTÉRIAS DA CABEÇA E DO PESCOÇO As artérias principais que fornecem o suprimento para a cabeça, conforme visto a partir do lado direito do pescoço, são mostradas na (apenas os vasos do lado direito são identificados nesse desenho). O tronco braquiocefálico bifurca-se em artéria carótida comum direita e artéria subclávia direita. A artéria carótida comum direita ascende até o nível da quarta vértebra cervical para ramificar-se em artéria carótida externa e artéria carótida interna, como já descrito acima. Cada artéria carótida externa supre basicamente a face anterior do pescoço, a face e grande parte do couro cabeludo e as meninges (que cobrem o cérebro). Cada artéria carótida interna supre os hemisférios cerebrais, a hipófise, as estruturas orbitárias, a parte externa do nariz e a porção anterior do cérebro.A artéria vertebral direita origina-se da artéria subclávia direita e passa através dos forames transversos de C6 até C1. Cada artéria vertebral passa posteriormente ao longo da borda superior de C1 antes de sofrer angulação ascendente através do forame magno para penetrar no crânio. Um arteriograma carotídeo comum. Sistema Circulatório Torácico ARTÉRIAS TORÁCICAS A aorta e as artérias pulmonares são as principais artérias localizadas no tórax. As artérias pulmonares suprem os pulmões com sangue desoxigenado (como mostrado anteriormente na. A aorta estende-se do coração até aproximadamente a quarta vértebra lombar e é dividida em porções torácica e abdominal. A porção torácica é subdividida nos quatro segmentos seguintes: 1. Bulbo aórtico (raiz) 2. Aorta ascendente 3. Arco aórtico 4. Aorta descendente O bulbo, ou raiz, fica na extremidade proximal da aorta e é o segmento do qual se originam as artérias coronárias. Estendendo-se do bulbo está a porção ascendente da aorta, que termina aproximadamente na segunda articulação esternocostal e passa a ser o arco. O arco é incomparável em relação aos outros segmentos da aorta torácica pois existem três ramos que se originam nele: a artéria braquiocefálica, a carótida comum esquerda e a artéria subclávia esquerda. Isso é também mostrado no sistema circulatório craniano. Existem muitas variações do arco aórtico. As três variações mais comuns, ocasionalmente vistas na angiografia, são as seguintes: A. Aorta esquerda circunflexa arco normal com aorta descendente direcionada para baixo e para a esquerda. B. Aorta inversa (arco à direita) C. Pseudocoarctação (aorta descendente arqueada) Em sua extremidade distal, o arco aórtico passa a ser a aorta descendente. A aorta descendente estende-se do istmo até o nível da décima segunda vértebra dorsal. Inúmeros ramos arteriais intercostais, brônquicos, esofágicos e frênicos superiores originam-se da aorta descendente. Essas artérias transportam sangue para órgãos que Ihes dão o nome. - 4 - Exames Intervencionistas VEIAS TORÁCICAS As principais veias do tórax são a veia cava superior, a veia ázigos e as veias pulmonares. A veia cava superior leva o sangue transportado do tórax para o átrio direito. A veia ázigos é a principal tributária que traz o sangue do tórax para a veia cava superior. A veia ázigos penetra na veia cava superior posteriormente. O sangue proveniente do tórax penetra na veia ázigos através das veias intercostais, brônquicas, esofágicas e frênicas. Note que uma parte da veia cava superior foi retirada para melhor visualização da veia ázigos e das veias intercostais. As veias pulmonares inferior e superior trazem o sangue oxigenado dos pulmões para o átrio esquerdo, como mostrado anteriormente. A veia cava inferior é responsável pelo retorno venoso do abdome e dos membros inferiores até o átrio direito Sistema Circulatório Abdominal ARTÉRIAS ABDOMINAIS A aorta abdominal é a continuação da aorta torácica. A aorta abdominal é anterior às vértebras e estende-se do diafragma até aproximadamente o nível de L4, onde se bifurca em artérias ilíacas comuns direita e esquerda. Existem cinco ramos principais da aorta abdominal que são de maior interesse na angiografia. Qualquer um desses ramos pode ser seletivamente cateterizado para estudo de um órgão específico. 1. Artéria celíaca 2. Artéria mesentérica superior 3. Artéria renal esquerda 4. Artéria renal direita 5. Artéria mesentérica inferior O tronco do eixo celíaco origina-se na região anteriorda aorta, imediatamente abaixo do diafragma e cerca de 1,5 cm acima da origem da artéria mesentérica superior. Órgãos que recebem suprimento sangüíneo dos três grandes ramos do tronco celíaco são os órgãos hepático, esplênico e gástrico. A artéria mesentérica superior fornece sangue para o pâncreas, para a maior parte do intestino delgado e para porções do intestino grosso (ceco, cólon). (ascendente e metade do cólon transverso). Ela é originada na superfície anterior da aorta, ao nível da primeira vértebra lombar, cerca de 1,5 cm abaixo da artéria celíaca. A artéria mesentérica inferior origina-se da aorta, aproximadamente na terceira vértebra lombar (3 ou 4 cm acima do nível da bifurcação das artérias ilíacas comuns). O sangue é fornecido para porções do intestino grosso (metade esquerda do cólon transverso, cólon descendente, cólon sigmóide e maior parte do reto) através da artéria mesentérica inferior. As artérias renais direita e esquerda que fornecem sangue para os rins originam-se de cada lado da aorta imediatamente abaixo da artéria mesentérica superior, ao nível do disco entre a primeira e a segunda vértebra lombar. A porção distal da aorta abdominal bifurca-se ao nível da quarta vértebra lombar em artérias ilíacas comuns direita e esquerda. Cada artéria ilíaca comum então se divide em artérias ilíacas interna e externa. As artérias ilíacas internas fornecem suprimento sangüíneo para os órgãos pélvicos (bexiga, reto, órgãos reprodutivos e musculatura péllvica. Os membros inferiores recebem sangue das artérias ilíacas externas. A artéria ilíaca externa é significativa na angiografia e é usada para estudar cada membro inferior. VEIAS ABDOMINAIS O retorno venoso das estruturas abaixo do diafragma (tronco e membros inferiores até o átrio direito do coração é feito pela veia cava inferior. Existem várias tributárias da veia cava inferior que são importantes radiograficamente. Essas veias incluem as veias ilíacas comuns direita e esquerda, as veias ilíacas externas e internas, as veias renais e o sistema porta. As ilíacas drenam a área pélvica e os membros inferiores, e as veias renais trazem o sangue dos rins. As veias mesentéricas superior e inferior fazem o retorno venoso dos intestinos delgado e grosso através da veia porta, das veias hepáticas, até a veia cava inferior. SISTEMA PORTA O sistema porta inclui todas as veias que drenam sangue do trato digestivo abdominal e do baço, pâncreas e vesícula biliar. Desses órgãos, esse sangue converge para o fígado através da veia porta. Durante a sua permanência no fígado, esse sangue é "filtrado" e retoma para a veia cava inferior através das veias hepáticas. Existem várias tributárias importantes das veias hepáticas. A veia esplênica é uma grande veia com suas próprias tributárias, que trazem o sangue do baço.A veia mesentérica inferior, que faz o retorno venoso do reto e de partes - 5 - Exames Intervencionistas do intestino grosso, usualmente se abre na veia esplênica, mas, em cerca de 10% dos casos, ela termina no ângulo de união das veias esplênica e mesentérica superior. A veia mesentérica superior traz o sangue do intestino delgado e de partes do intestino grosso. Ela se une com a veia esplênica para formar a veia porta. Sistema Circulatório Periférico ARTÉRIAS DOS MEMBROS SUPERIORES Geralmente considera-se que a circulação arterial dos membros superiores é iniciada na artéria subclávia. A origem da artéria subclávia difere no lado direito em comparação com o esquerdo. À direita, a subclávia origina- se da artéria braquiocefálica, ao passo que a subclávia esquerda é originada diretamente do arco aórtico.A subclávia passa a se chamar artéria axilar, que dá origem à artéria braquial. A artéria braquial bifurca-se para formar as artérias ulnar e radial, aproximadamente ao nível do colo do rádio. As artérias ulnar e radial continuam a ramificar-se até que se unem para formar os dois arcos pai mares (profundo e superficial). Ramos desses arcos fornecem suprimento sangüíneo para a mão e os dedos. VEIAS DOS MEMBROS SUPERIORES sistema venoso dos membros superiores pode ser dividido em duas partes: as veias profundas e superficiais. Elas comunicamse umas às outras em locais freqüentes e desse modo formam dois canais paralelos de drenagem a partir de uma única região. As veias cefálicas e basílicas são as principais tributárias do sistema venoso superficial. Ambas as veias se originam no arco da mão. Anteriormente à articulação do cotovelo está a veia cubital media I (a veia mais comumente usada para coleta de sangue), que se conecta com os sistemas de drenagem superficial do antebraço. A veia basílica superior deságua na grande veia axilar, que drena para a veia subclávia e finalmente para a veia cava superior. A veia basílica inferior une-se à veia cubital media I para prosseguirem até a veia basílica superior. As veias profundas incluem as duas veias braquiais que drenam a veia radial, a veia ulnar e os arcos palmares. As veias braquiais profundas unem-se à veia basílica superficial para formar a veia axilar, que deságua na subclávia e finalmente na veia cava superior. ARTÉRIAS DOS MEMBROS INFERIORES A circulação arterial dos membros inferiores começa na artéria ilíaca externa e termina nas veias do pé . A primeira artéria a penetrar no membro inferior é a artéria femoral comum. A artéria femoral comum divide-se em artéria femoral e artéria femoral profunda. A artéria femoral estende-se distalmente na perna e passa a ser chamada de artéria poplítea ao nível do joelho. Ramos da artéria poplítea são a artéria tibia! anterior, artéria tibial posterior e artéria fibular. A artéria tibial anterior continua como artéria dorsal do pé, com ramos para o tornozelo e o pé. A artéria fibular e a artéria tibial anterior fornecem suprimento sangüíneo para a panturrilha e a superfície plantar do pé. VEIAS DOS MEMBROS INFERIORES As veias dos membros inferiores são similares às dos membros superiores no que diz respeito ao sistema venoso superficial e profundo. O sistema venoso superficial contém as veias safenas magna e parva e suas tributárias e as veias superficiais do pé. A veia safena magna é a veia mais longa do corpo e se estende desde o pé, ao longo da região media! da perna, até a coxa, onde deságua na veia femoral A veia safe na parva origina-se no pé e se estende posteriormente ao longo da perna para terminar no joelho, onde deságua na veia poplítea. As principais veias profundas são as veias tibial posterior, fibular, tibial anterior, poplítea e femoral A veia tibial posterior e a veia fibular unem-se após a drenagem da parte posterior do pé e da perna. A veia tibial posterior estende-se para cima e se une com a veia tibial anterior para tornar-se a veia poplítea ao nível do joelho. A veia poplítea é contínua, proximamente, com a veia femoral, antes de se tornar à veia ilíaca externa. - 6 - Exames Intervencionistas ANGIOGRAFIA CEREBRAL Objetivo Angiografia cerebral é um estudo radiológico dos vasos sangüíneos do cérebro. O objetivo básico da angiografia cerebral é fornecer um "mapa" da vasculatura que facilitará, para os médicos, a localização e o diagnóstico de patologias ou outras anormalidades do cérebro e região do pescoço. Indicações Patológicas As indicações patológicas para a angiografia cerebral incluem as seguintes: Estenose e oclusões vasculares Aneurismas Trauma Malformações arteriovenosas Doença neoplásica Cateterizaçào A abordagem femoral é preferida para a inserção do cateter. O cateter é avançado até o arco aórtico e o vaso a ser estudado é selecionado. Vasos comumente selecionados para angiografia cerebral incluem as artérias carótidas comuns, as artérias carótidas internas, as artérias carótidas externas e as artérias vertebrais. Contraste A quantidade de contraste necessária depende do vaso a ser examinado, mas usualmente varia entre 5 a 10 ml. Imagem Equipamento biplano é preferidopara a angiografia cerebral (Fig. 21 .46). A seqüência de imagem selecionada deve incluir todas as fases da circulação: arterial, capilar e venosa; e tipicamente durará de 8 a 10 segundos.As incidências necessárias dependem dos vasos a serem examinados. A seguir estão vários exemplos. Arteriografia da Carótida Comum Arteriogramas carotídeos estão entre os angiogramas cerebrais mais freqüentemente realizados. Ocasionalmente, antes de um angiograma carotídeo de três vasos ou de quatro vasos, são feitas duas visões radiográficas do pescoço para visualizar cada artéria carótida comum (Figs. 21.47 e 21.48). A artéria carótida comum direita é demonstrada na incidência AP e a posição lateral examina essa artéria e sua bifurcação em artérias carótidas interna e externa. A área de bifurcação é cuidadosamente estudada em busca de doença oclusiva (ver setas). A artéria carótida comum esquerda é estudada de modo similar durante o exame. Arteriografia da Carótida Interna Um segundo arteriograma craniano comum demonstra as artérias carótidas internas. Radiografias representativas da fase arterial de um angiograma da carótida interna esquerda são mostradas nas radiografias das Figs. 21.49 e Na radiografia axial AP, o assoalho da fossa anterior e as cristas petrosas estão superpostos. Isso permite a visualização da bifurcação da artéria carótida interna em artérias cerebrais anterior e média arteriografia com subtação óssea - 7 - Exames Intervencionistas ARTERIOGRAFIA SELETIVA Arteriografia seletiva: opacificação seletiva de uma artéria, por exemplo: arteriografia renal seletiva. Angiografia: visualização da luz do vaso ao injetar contraste radiológico. ANGIOGRAFIA TORÁClCA Objetivo A angiografia torácica demonstra o contorno e a integridade da vasculatura torácica. Aortografia torácica é um estudo angiográfico da aorta ascendente, do arco, da porção descendente da aorta torácica e dos ramos principais. Arteriografia pulmonar é um estudo angiográfico dos vasos pulmonares usualmente realizado para investigar em bóia pulmonar. Como mencionado anteriormente, a angiografia pulmonar é realizada menos freqüentemente devido à disponibilidade de modalidades alternativas. Indicações Patológicas As indicações patológicas para angiografia torácica e pulmonar incluem as seguintes: Aneurismas Anormalidades congênitas Estenose dos vasos Embolia Trauma Cateterização O local de punção preferido para um aortograma torácico é a artéria fernoral. O cateter é avançado até o local desejado na aorta torácica. Procedimentos seletivos podem ser realizados com o uso de cateteres especialmente feitos para o acesso do vaso de interesse. Devido à localização da artéria pulmonar, a veia femoral é o local preferido para inserção do cateter. Ele é avançado ao longo das estruturas venosas, para o interior da veia cava inferior, através do átrio direito do coração até o ventrículo direito e desse para a artéria pulmonar. Ambas as artérias pulmonares são usualmente examinadas. Contraste A quantidade de contraste necessária variará de acordo com o procedimento; no entanto, uma quantidade média para angiografia torácica é de 30 a 50 ml. Para angiografia pulmonar seletiva, a quantidade média é de 25 a 35 ml. Imagem Imagens seriadas para angiografia torácica são obtidas em vários segundos. A taxa e a seqüência de imagens dependem de muitos fatores, incluindo tamanho do vaso, história do paciente e preferência do médico. A respiração é suspensa durante a obtenção da imagem. Aortograma Torácico Devido à estrutura da aorta proximal, uma incidência oblíqua é necessária para visualizar o arco aórtico. Uma AGE a 45° é preferida para evitar a sobreposição de estruturas e para visualizar qualquer anomalia (Figs. 21.51 e 21.52). Isso é feito através da manipulação do braço C, em vez do paciente, até o grau de obliqüidade desejado. Arteriograma Pulmonar A Fig. 21.53 demonstra a fase arterial de um angiograma pulmonar (DSA). A seqüência de imagem é usualmente ampliada durante esse procedimento para visualizar a fase venosa da circulação. - 8 - Exames Intervencionistas AORTOGRAFIA Aortografia refere-se ao estudo angiográfico da aorta, e estudos se letivos referem-se a cateterização de um vaso específico. Cavografia demonstra a veia cava superior e/ou inferior. Indicações Patológicas As indicações patológicas para angiografia abdominal incluem as seguintes: Aneurismas Anormalidade congênita . Sangramento GI Estenose ou oclusão Trauma Cateterização Para um aortograma, a aorta é tipicamente acessada pela artéria femoral. O tamanho e o tipo do cateter necessário dependem da estrutura, mas um cateter pigtoil é geralmente usado devido à grande quantidade de contraste a ser injetado conforme a necessidade para o aortograma. Estudos angiográficos seletivos exigem o uso de cateteres especialmente configurados para acessar o vaso de interesse. Estudos seletivos comumente realizados incluem o tronco celíaco, as artérias renais (Fig.21.58) e as artérias mesentéricas inferior e superior, que são seleciona das durante a investigação de sangramento GI. Um estudo super seletivo envolve a seleção de um ramo do vaso. Um exemplo comum disso é a seleção da artéria hepática ou esplênica, que são dois ramos do tronco celíaco. A cateterização para a cavografia é obtida através da punção da veia femoral. O cateter é então avançado até o nível desejado. Contraste Uma quantidade média de contraste para um aortograma e para um cavograma é de 30 a 40 ml. A quantidade de contraste para estudos seletivos varia, dependendo do vaso a ser examinado. Como em outros procedimentos angiográficos, o contraste de escolha é iodado, hidrossolúvel e não-iônico, com baixa osmolaridade. Imagem As imagens são obtidas o paciente na posição supina; qualquer obliqüidade exigida é obtida através da manipulação do braço C. Imagens seriadas são obtidas tipicamente por vários segundos. A taxa e a seqüência cia de imagens dependem de muitos fatores, incluindo tamanho do vaso, história do paciente e preferência médica. Antes da realização de qualquer estudo arterial seletivo, um angiograma grama abdominal geralmente é obtido, preferivelmente incluindo desde de o diafragma até a bifurcação da aorta. Ramos associados da aorta, como as artérias renais direita e esquerda e as artérias mesentéricas superior e inferior, serão visualizados, como mostrado nas imagens da Fig. 21.59. As seqüências de imagem para estudos seletivos são usualmente estendidas para visualizar a fase venosa. A respiração é suspensa durante a obtenção da imagem. - 9 - Exames Intervencionistas FLEBOGRAFIA Radiografia das veias após a injeção de um meio de contraste. A flebografia clínica foi criada em 1938 por Cid dos Santos com base nos conhecimentos da fisiopatologia da circulação de retomo dos membros e foi-se complicando cada vez mais. E digo, propositadamente, complicando. É que foi necessário idealizar um sem-número de técnicas especificamente destinadas a esclarecer os distúrbios funcionals ou morfológicos que estivessem em causa em cada doente e que a semiologia elementar sugeria. Seguiu-se uma fase de simplificação e, actualmente, com quatro ou cinco técnicas utilizadas selectivamente consegue-se uma avaliação correcta e suficiente da situação flebológica. Contudo, o que não se conseguiu ainda foi eliminar o incómodo das punções no pé, na região poplítea, na virilha etc, e a dor provocada pela colocação dos garrotes condicionantes da circulação. - 10 - Exames Intervencionistas ESPLENOPORTOGRAFIA Opacificação da veia porta bem como da veia esplênica e das outras ramificações da veia porta, por injeção no baço,através da parede abdominal, de substância de contraste. A esplenoportografia é indicada nos casos de cirrose hepática bem como nos de trombose da veia porta. VENOGRAFIA Venografia: estudo das veias. Angiocardiografia: estudo do coração e estruturas associadas. Linfografia: estudo dos vasos linfáticos/linfonodos tenciona ser uma introdução à angiografia e procedimentos intervencionistas, não incluindo a variedade de técnicas, informação e procedimentos disponíveis. CAVERNOSOGRAFIA Exame muito utilizado no passado, tendo por objetivo avaliar radiologicamente, pela injeção intracavernosa de contraste, os corpos cavernosos e a drenagem peniana. Atualmente sua indicação é restrita aos casos de doença cavernosovaso- oclusiva de origem traumática, em pacientes candidatos a cirurgia vascular. - 11 - Exames Intervencionistas Mielografia A mielografia é uma técnica através da qual se tira uma radiografia da medula espinal após uma injecção de um meio de contraste radiopaco na zona que se pretende examinar. A mielografia permitirá analisar as anomalias do interior da coluna vertebral, como uma hérnia discal ou um tumor canceroso. A prática da mielografia encontra-se cada vez mais a perder terrenos para outras tecnologias como o TAC (Tomografia Axial Computadorizada) e a RM (Ressonância Magnética) sendo usada apenas no caso de qualquer uma destas duas não fornecer informação suficiente ou no caso de não poder ser aplicada ao paciente, como no caso da RM caso o paciente tenha algum metal no corpo. http://pt.wikipedia.org/wiki/Medula_espinal http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Injec%C3%A7%C3%A3o&action=edit http://pt.wikipedia.org/wiki/Tomografia_computadorizada http://pt.wikipedia.org/wiki/Resson%C3%A2ncia_magn%C3%A9tica - 12 - Exames Intervencionistas ARTROGRAFIA A artrografia é um exame diagnóstico a base de contraste das articulações sinoviais e das estruturas de tecidos moles relacionadas. Estão incluídas as articulações de quadril, joelho, tornozelo, ombro, cotovelo, punho e a articulação temporo mandibular. Alguns são os caminhos investigativos para diagnóstico das articulações. Tanto a artrografia como a ressonância magnética, dependendo da opção do médico, embora as duas possam ser pedidas, principalmente para joelhos e ombro. A técnica de exame de artrografia é semelhante para todas as articulações com algumas variações, principalmente, devido a diferenças anatômicas. Em exemplos como o de ATM, onde é usado o contraste nos espaços articulares, em posição lateral com boca aberta e fechada. O côndilo mandibular pode ser visto delineado pelo contraste dentro da câpsula articular da ATM. PNEUMOARTROGRAFIA É exame dos espaços articulares com injeção de contraste, pode ser feita em todas as grandes e em muitas das pequenas articulações do corpo. Pode-se injetar material radiopaco e ar, freqüentemente ambos. - 13 - Exames Intervencionistas COLANGIOGRAFIAS PROCEDIMENTOS RADIOGRÁFICOS ESPECIAIS E SUAS INDICAÇÕES Colangiografia Operatória As colangiografias operatórias são realizadas com os seguintes propósitos: 1. Revelar quaisquer colelitos não-detectados previamente (principal finalidade) 2. Investigar a permeabilidade do trato biliar 3. Determinar o estado funcional da papila de Vater 4. Evidenciar pequenas lesões, estreitamentos ou dilatações nos ductos biliares Colangiografia Pós-operatória pelo Tubo T Colangiografias pelo tubo T são realizadas para alcançar o seguinte: 1. Visualizar qualquer resíduo ou cálculo não-deteetados previamente 2. Avaliar o sistema do dueto biliar 3. Evidenciar pequenas lesões, estreitamentos ou dilatações nos duetos biliares 4. Extrair pequenos cálculos do dueto biliar durante o procedimento pelo tubo T utilizando um cateter especial com cesto Colangiografia Trans-hepática Percutânea (CTP) A CTP é realizada nos seguintes casos: 1. Icterícia obstrutiva: Se o paciente está ictérico e suspeita-se de dilatação dos duetos, uma obstrução dos ductos biliares pode ser a causa. A obstrução pode ser devido a cálculo ou estenose biliar 2. Extração do cálculo e drenagem biliar: A CTP permite ao radiologista diagnosticar a condição e, utilizando equipamento especializado, remover o cálculo ou dilatar a porção restrita do trato biliar. O excesso de bile pode ser drenado durante a CTP para descomprimir os duetos biliares Colangiopancreatografia Endoscópica Retrógrada (CPER) O diagnóstico da CPER é realizado para alcançar o seguinte: 1. Investigar a funcionalidade dos duetos biliares/pancreáticos 2. Revelar qualquer cálculo não-detectado previamente 3. Evidenciar pequenas lesões, estreitamentos ou dilatações dos duetos biliares/pancreáticos - 14 - Exames Intervencionistas ANGIOGRAFIA E PROCEDIMENTOS INTERVENClONISTAS ACESSO VASCULAR PARA INJEÇÃO DE CONTRASTE Para visualizar o(s) vaso(s) de interesse, um cateter deve ser introduzido na vasculatura do paciente para que o contraste seja injetado através dele. Um método comumente usado para cateterização é a técnica de Seldinger. Essa técnica foi desenvolvida pelo Dr. Sven Seldinger na década de 1950 e permanece popular até hoje. É uma técnica percutânea (através da pele) e pode ser usada para acessos venosos ou arteriais. Três vasos são tipicamente avaliados para a cateterização: (1) femoral, (2) braquial e (3) axilar. O angiografista fará a seleção com base na presença de um pulso forte e na ausência de doença vascular. A artéria femoral é o local preferido para punção arterial devido ao seu tamanho e à localização facilmente acessível. Se uma punção femoral for contra-indicada devido a enxertos cirúrgicos prévios, presença de aneurisma ou doença vascular oclusiva, a artéria braquial ou axilar pode ser selecionada. A veia femoral seria também o vaso de escolha para acesso venoso. A seguir, a descrição passo a passo da técnica de Seldinger: TÉCNICA DE SELDINGER Passo 1 - inserção da agulha: A agulha, com uma cânula interna, é colocada em uma pequena incisão e avançada de modo a puncionar ambas as paredes do vaso. Passo 2 - colocação da agulha na luz do vaso: A colocação da agulha na luz do vaso é obtida com a remoção da cânula interna e a retirada lenta da agulha até que um fluxo sangüíneo constante retome através da agulha. Passo 3 - inserção do guia metálico: Quando o fluxo sangüíneo desejado retoma através da agulha, a extremidade flexível de um guia metálico é inserida através da agulha e avançada cerca de 10 cm no interior do vaso. Passo 4 - remoção da agulha: Após o posicionamento do guia metálico, a agulha é removida pela retirada dessa por sobre a porção do guia metálico que permanece externamente ao paciente. Passo 5 - condução do cateter até a área de interesse: O cateter é então conduzido sobre o guia metálico e avançado até a área de interesse sob controle fluoroscópico. Passo 6 - remoção do guia metálico: Quando o cateter estiver localizado na área desejada, o guia metálico é removido do interior do cateter. O cateter então permanece em seu posicionamento como uma conexão entre o exterior do corpo e a área de interesse. OUTRAS TÉCNICAS PARA ACESSO VASCULAR Existem duas técnicas menos comuns para acessar vasos que podem ser usadas quando necessário. Uma é chamada de dissecção, a qual exige um pequeno procedimento cirúrgico para expor o vaso de interesse. A segunda técnica é a abordagem translombar, que exige que o paciente seja colocado em decúbito ventral e que uma longa agulha seja \Jassada através do abdome ao nível de - 15 - Exames Intervencionistas T12 ou L2 para o interior da aorta. Essas duas técnicas não são tão comuns e não são ilustradasespecificamente neste capítulo. ANGIOGRAFIA E PROCEDIMENTOS INTERVENClONISTAS ACESSO VASCULAR, cont. Os itens estéreis mostrados na Fig. 21.38 foram colocados pelo radiologista e estão preparados para a punção arterial. O monifoldo de três divisões mostrado no campo estéril nessa fotografia é conectado por extensões de tubos a 1) um transdutor para medição da pressão no vaso, (2) um gotejamento salino heparinizado sob pressão e (3) um contraste apropriado. A seringa adaptada à extremidade inferior do monifoldo permite injeção manual de medicação ou do contraste, e a outra extremidade do monifoldo fixa-se ao cateter posicionado. Os cateteres possuem diferentes formatos em suas extremidades distais a fim de permitir um fácil acesso ao vaso de interesse. O técnico deve estar familiarizado com os tipos, a radiopacidade, os tamanhos, a construção e a forma da ponta dos cateteres e guias metálicos usados. Muitos desses cateteres estão disponíveis (Fig. 21.39). O cateter deve ser lavado com freqüência durante o procedimento para prevenir a formação de coágulos sangüíneos que possam se tornar embólicos. BANDEJA ANGIOGRÁFICA Uma bandeja estéril contém o equipamento básico necessário para uma cáteterização de Seldinger de artéria femoral (Fig. 21 AO). Itens estéreis básicos incluem os seguintes: 1. Hemostatos 2. Solução anti-séptica e esponjas preparadas 3. Lâmina de bisturi 4. Seringa e agulha para anestesia local 5. Bacias e cuba 6. Campos e toalhas estéreis 7. Band-Aids 8. Cobertura do intensificador de imagem estéril CONTRASTE O contraste de escolha é uma substância iodada não-iônica e hidrossolúvel devido à sua baixa osmolaridade e ao risco reduzido de reação alérgica. A quantidade necessária dependerá do vaso a ser examinado. Como em todos os procedimentos que usam contraste, um equipamento de emergência deve estar prontamente disponível, e o técnico deve estar familiarizado com o protocolo em caso de reação alérgica do paciente. Uma escrição completa do contraste está disponível no Capo 17. - 16 - Exames Intervencionistas ANGIOGRAFIA E PROCEDIMENTOS INTERVENClONISTAS IMAGEM Uma vez que o vaso de interesse esteja cateterizado sob orientação fluoroscópica, uma pequena injeção manual de contraste será dada para garantir que o cateter esteja em uma posição precisa (isto é, está na luz do vaso e não cravado contra a parede). Para a série de imagens, um injetor eletromecânico fornece uma quantidade predeterminada de contraste e as imagens são obtidas. A taxa de aquisição de imagens é rápida, freqüentemente na faixa de vários quadros por segundo. A série será revisada para determinar qual série adicional precisa ser feita, se é que precisa. PROTEÇÃO CONTRA RADIAÇÃO Existe um risco potencial no que diz respeito à dose aumentada de radiação para os profissionais de saúde que são membros de uma equipe de angiografia. Isso ocorre devido ao uso de fluoroscopia e à sua proximidade com o paciente e o equipamento durante o procedimento. O uso consciencioso de dispositivos de proteção contra radiação como protetores de chumbo, escudos tireoidianos e óculos de chumbo é necessário. Garantir que o tempo de fluoroscopia é o mínimo absoluto é também vital para redução da dose. Colimação precisa é importante para reduzir a dose para o paciente e para a equipe de angiografia e limitar a quantidade de radiação secundária produzida que irá degradar a qualidade da imagem é também essencial. Protetores de chumbo podem ser suspensos no teto como um modo adicional de proteção ao rosto e aos olhos do angiografista. Além disso, a unidade de angiografia pode possuir filtros especializados de feixes e capacidade de fluoroscopia pulsada para ajudar a assegurar que a dose seja mantida em valores mínimos. CONTRA-INDICAÇÕES Contra-indicações para pacientes que serão submetidos à angiografia incluem alergia ao contraste, função renal prejudicada, distúrbios da coagulação sangüínea ou uso de medicamento anticoagulante e função cardiopulmonar /neurológica instável. RISCOS/COMPLICAÇÕES Procedimentos angiográficos não são isentos de risco para o paciente. Alguns dos riscos e complicações mais comuns são os seguintes: Sangramento no local da punção: Isso pode usualmente ser controla do com aplicação de compressão. Formação de trombos: Um coágulo sangüíneo pode se formar em um vaso e interromper o fluxo para áreas distais. Formação de êmbolo: Um pedaço de placa pode ser desalojado de uma parede do vaso pelo cateter. Um acidente vascular cerebral ou oclusão de outro vaso pode ocorrer. . Dessecação de um vaso: O cateter pode romper a íntima de um vaso. . Infecção do local de punção: Isso é causado pela contaminação do campo estéril. Reação ao contraste: Essa pode ser leve, moderada ou grave (ver Capo 17). Se a artéria braquial ou axilar foi usada para a cateterização, há o risco adicional de dano aos nervos adjacentes e de espasmo arterial. A abordagem translombar também possui riscos adicionais para o paciente, que incluem hemotórax, pneumotórax e hemorragia retroperitoneal. Raramente, uma porção do guia metálico ou do cateter pode quebrar no vaso. O fragmento se torna um êmbolo e o paciente corre muito risco. O fragmento pode ser recuperado usando um tipo especial de cateter (ver p. 694). CUIDADOS APÓS O PROCEDIMENTO Após o procedimento angiográfico, o cateter é removido e compressão é aplicada no local da punção. O paciente permanece em repouso no leito por no mínimo 4 horas, mas a cabeceira da cama/maca deve estar elevada aproximadamente 30°. Durante esse período, o paciente é monitorizado e os sinais vitais e o pulso periférico distal ao local da punção são conferidos regularmente. A extremidade é também avaliada quanto à temperatura, cor e sensibilidade para garantir que a circulação não tenha sido interrompida. Líquidos orais são dados e analgésicos são fornecidos se necessário. Devem ser dadas instruções aos pacientes em caso de sangramento espontâneo no local da punção: aplicar pressão e procurar socorro. Pacientes que sofreram uma abordagem translombar devem seguir condutas similares após o procedimento, com exceção de compressão externa. Nesse caso, o sangramento é controlado internamente, já que sangramento na musculatura periaórtica fornece compressão interna. Avanços recentes incluem o desenvolvimento de dispositivos para fechar cirurgicamente o local de punção de forma percutânea. O dispositivo usado para isso é parte do sistema de introdução de cateter. Na conclusão do procedimento, o vaso é suturado usando o dispositivo especializado fixado. Isso é vantajoso para o paciente, pois reduz o risco de hemorragia e não é necessário que o angiografista comprima a virilha por diversos minutos. Essa técnica é efetiva mesmo se o paciente tomar anticoagulantes. - 17 - Exames Intervencionistas Modificações no Procedimento APLICAÇÕES PEDIÁTRICAS Pacientes pediátricos que necessitam de angiografia geralmente são efetivamente sedados ou estão sob anestesia geral para os procedimentos, dependendo da idade e da condição do paciente. Neonatos provenientes de berçários com terapia especial são cobertos com cobertores aquecidos durante o procedimento para manter a sua temperatura corporal. Parentes e acompanhantes não são usualmente permitidos na unidade de angiografia. No entanto, deve ser dada uma explicação completa a eles sobre o procedimento antes de assinarem o consentimento. Pacientes pediátricos podem sofrer de patologias semelhantes às dos pacientes adultos. No entanto, procedimentos angiográficos, especialmente cateterização cardíaca, são freqüentemente indicados para investigar defeitos congênitos. APLICAÇÕES GERIÁTRICAS Perda do sensório (visão, audição etc.) associada ao envelhecimento pode levar o paciente geriátrico a exigir paciência, assistência e monitorizarão adicionais durante o procedimento. Pacientes geriátricos freqüentemente sentem nervosismoe medo de cair da mesa de exame, que é bastante estreita nas unidades angiográficas. Renovação da confiança e cuidado adicional por parte do técnico durante o procedimento ajudam o paciente a sentir- se seguro e confortável. Um colchão radiolucente para acolchoamento adicional na mesa de exame dará conforto aos pacientes geriátricos. Cobertores adicionais devem estar disponíveis após o procedimento para mantê-los aquecidos. Pacientes idosos podem apresentar tremores ou dificuldade de permanecer imóveis; o uso de alta mA resultará em períodos menores de exposição que ajudarão a reduzir o risco de movimentação nas imagens. ANGIOGRAFIA E PROCEDIMENTOS INTERVENCIONISTAS Equipamento para Estudo Angiográfico SALA DE ANGIOGRAFIA Uma sala de angiografia é equipada para todos os tipos de procedimentos angiográficos e intervencionistas e possui uma ampla variedade de agulhas, cateteres e guias metálicos ao alcance das mãos. É maior do que as salas para radiografia convencional e possui uma pia e área para escovação e uma sala de espera para os pacientes. A sala angiográfica deve ter saídas para oxigênio e aspiração, e equipamento médico de emergência deve estar próximo. EQUIPAMENTOS NECESSÁRIOS Uma unidade angiográfica geralmente exige o seguinte: Uma mesa do tipo ilha que forneça acesso ao paciente por todos os lados. Ela deve ter capacidade flutuante nos quatro sentidos, altura ajustável e um mecanismo de inclinação. Imagem com amplo campo de visão, justificados com fluoroscopia digital com braço C. - 18 - Exames Intervencionistas Sistema de aquisição de imagem digital programável que permita seleção e aquisição de taxa e seqüência de imagem e processamento das imagens. Tubo(s) especializado(s) de raios-X com alta capacidade de carregar calor e rápido esfriamento a fim de atender à necessidade de mA alta, taxas de quadro mais altas e série de aquisição múltipla. (Um sistema biplano é mostrado na Fig. 21.4 1). Injetor eletromecânico para fornecimento do contraste (ver descrição completa na p. 683). Equipamento para monitorizarão fisiológica que permita monitorizar as pressões arterial e venosa do paciente e ECG (especialmente importante para angioplastia e cateterização cardíaca). Método de arquivamento de imagens ligado ao PACS e/ou à impressora a laser.Sistemas mais antigos usam alternadores biplanos de corte do filme (ver Fig. 21.44), mas estão sendo amplamente substituídos pelos sistemas digitais. AQUISiÇÃO DIGITAL Conforme a radiação atravessa o paciente e é detectada pelo intensificador de imagem, este converte a energia dos raios X para luz. Esta é então transmitida para um sistema de televisão que converte a luz em um sinal elétrico e envia esse sinal para um conversar de analógico para digital. O sinal é então digitalizado e enviado para o processador digital de imagem. O processador de imagem permite que o técnico exiba, manipule e armazene as imagens. A imagem digital de um arteriograma carotídeo é mostrada na Fig. 21.42. ANGIOGRAFIA DIGITAL COM SUBTRAÇÃO (DSA) Uma vantagem da tecnologia digital é a capacidade de realizar a angiografia digital com subtração (OSA). O método digital substitui o antigo método fotográfico de subtração de imagem. Com a tecnologia digital, um computador altamente sofisticado "subtrai" ou remove algumas estruturas anatômicas de modo que a imagem resultante demonstre apenas o(s) vaso(s) de interesse contendo o contraste (Fig. 21.43). Uma imagem subtraída aparece como uma imagem inversa e pode visualizar informações diagnósticas não-aparentes em uma imagem convencional não-subtraída. Imagens Pós-processamento Como as imagens são digitais e armazenadas, muitas opções após o processamento estão disponíveis a fim de melhorar ou modificar a imagem. Algumas funções pós-processamento (ex., alteração de pediu ) permitem que o técnico melhore a qualidade da imagem subtraída. A imagem pode ser ampliada (zoom) para se ver estruturas específicas, e analisada quantitativamente para medir distâncias, calcular estenose etc. Muitas outras opções também estão disponíveis. A aquisição digital permite que as imagens sejam arquivadas diretamente para um PACS se disponível, com todas as vantagens inerentes (fácil acesso às imagens pelos especialistas, eliminação de filmes perdidos, visão simultânea de imagens etc.) ANGIOGRAFIA E PROCEDIMENTOS INTERVENCIONISTAS ALTERNADORES BIPLANOS DE FILME No passado, o típico procedimento angiográfico cerebral usava alternadores biplanos de filme em conjunção com dois tubos radiográficos. Eles têm sido amplamente substituídos por equipamento biplano digital, mas alternadores de corte de filme ainda podem ser usados ocasionalmente, e os técnicos devem estar familiarizados corn eles. Um tipo de alternador de corte de filme é mostrado na Fig. 21.44. Cada unidade do alternador de corte do filme deve ser independente da outra, e as duas devem ser colocadas facilmente em ângulo reto entre si. Esse arranjo permite exposição de uma série de radiografias tanto na posição lateral quanto na posição AP com uma única injeção de contraste. O mecanismo interno do alternador de filme move rapidamente o filme desde o compartimento de fornecimento até a área de exposição e finalmente até o depósito receptor. Um selecionador de programa opera o alternador de filme durante exposições seriadas ou únicas, regulando a taxa de filmagem e a duração de cada fase da série. Desse modo, o selecionador de programa - 19 - Exames Intervencionistas controla o número de filmes por segundo e a duração total do tempo em que as exposições devem ser feitas. O selecionador de programa é integrado de modo que o injetar de contraste é sincronizado com o processador de imagem. INJETOR AUTOMÁTICO ELETROMECÂNICO DE CONTRASTE Conforme o contraste é injetado para o interior do sistema circulatório, ele é diluído pelo sangue. O material contrastado deve ser injetado com pressão suficiente para vencer a pressão arterial sistêmica do paciente e para manter uma concentração a fim de minimizar a diluição pelo sangue. Para manter a taxa de fluxo necessária para a angiografia, um injetor automático eletromecânico é usado. A taxa de fluxo é afetada por várias variáveis, como a viscosidade do contraste, o comprimento e o diâmetro do cateter e a pressão de injeção. Dependendo dessas variáveis e do vaso a ser injetado, a taxa de fluxo desejada pode ser selecionada antes da injeção. Um típico injetor digital automático de contraste é mostrado na Fig. 21.45. Todo injetor é equipado com seringas, um dispositivo de aquecimento, um mecanismo de alta pressão e um painel de controle. As seringas de uso comum são descartáveis. Seringas reutilizáveis devem ser facilmente desmontadas para esterilização. O dispositivo de aquecimento aquece e mantém o contraste na temperatura corporal, reduzindo a viscosidade do contraste. O mecanismo de alta pressão é usualmente um dispositivo eletromecânico que consiste em um impulso motor que move o êmbolo da seringa para dentro ou para fora. Aspectos adicionais de um injetor eletromecânico automático além de segurança, onveniência, facilidade de uso e confiabilidade dos parâmetros da taxa de fluxo incluem os seguintes: (1) acendimento de luz quando armado e pronto para injeção; (2) um controle de injeção lento ou manual para remover bolhas de ar da seringa; e (3) controles para impedir a injeção inadvertida ou pressão excessiva ou a injeção de grande quantidade. ANGIOGRAFIA E PROCEDIMENTOS INTERVENCIONISTAS Modalidades ou Procedimentos Alternativos Além dos procedimentos específicos de angiografia listados abaixo, modalidades e procedimentos alternativos estão também disponíveis nos centros de imagem. TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA (Te) Aquisição de volume, reconstrução de imagens subseqüente e equipamentosofisticado fizeram da TC uma valiosa ferramenta na avaliação de vasos. A tomografia computadorizada é usada para estudar aneurismas aórticos e (se as especificações do equipamento permitirem) é útil no diagnóstico de embolia pulmonar. A angiografia por tomografia computadorizada (ATe) é um estudo que fornece imagens das estruturas vasculares em corte transversal e que, dependendo da capacidade do equipamento, podem ser reconstruídas em uma imagem em 3D. A ATC fornece a vantagem da administração intravenosa do contraste, eliminando a necessidade de punção arterial e inserção de cateter. MEDICINA NUCLEAR A tecnologia da medicina nuclear é freqüentemente usada em conjunto com a angiografia na investigação de certas patologias cardiovasculares, algumas das quais incluem embolia pulmonar, sangramento GI, hipertensão renovasculare doença arterial coronariana. A medicina nuclear complementa outras modalidades de imagem, pois fornece basicamente informações fisiológicas mas poucos detalhes anatômicos. ULTRA-SOM (SONOGRAFIA) O papel da ultra-sonografia no estudo cardiovascular tem aumentado. O ultra-som pode ser usado para estudar a permeabilidade dos vasos e demonstrar a formação de trombos, placas ou estenose. Duplex colorido (fluxo Doppler colorido) é também usado, no ultra-som, para demonstrar a presença ou a ausência de fluxo no interior do vaso, a direção do fluxo e, com equipamento mais sofisticado, a velocidade do fluxo. A ecocardiografia fornece imagens detalhadas do coração para a investigação de inúmeras condições cardíacas, incluindo doença valvar, aneurisma, cardiomiopatia, infarto miocárdico e defeitos congênitos. - 20 - Exames Intervencionistas RESSONÂNCIA MAGNÉTICA (RM) A angiografia por ressonância magnética (ARM) fornece imagens altamente detalhadas da vasculatura do paciente. Essa é uma vantagem, já que não é necessário contraste e a punção de vaso é evitada. ANGIOGRAFIA ROTACIONAL Durante a injeção do contraste e durante a obtenção das imagens, o braço C de uma unidade angiográfica é rodado até 1800 ao redor do paciente. A estrutura e o sistema vasculares são visualizados em uma ampla variedade de ângulos com uma única injeção de contraste. As imagens resultantes podem ser executadas digitalmente em um modo cine loop a fim de garantir uma apresentação dinâmica da imagem. O estudo rotacional pode fornecer informação a respeito de quais vasos necessitam de investigação adicional ou do ângulo ótimo do equipamento para usar em estudos posteriores. ANGIOGRAFIA ROTACIONAL TRIDIMENSIONAL (3D) Uma imagem tridimensional (3D) pode ser produzida a partir de dados da imagem adquirida durante uma aquisição rotacional. Os dados são processados por um sofisticado sistema computadorizado e exibidos. Os sistemas de reconstrução 3D de imagens são valiosos na visualização de patologias complexas da vasculatura intracraniana (por exemplo, malformações arteriovenosas ou aneurismas com localização ou características incomuns). Informações obtidas por imagens 3D são freqüentemente úteis no planejamento da abordagem intervencionista para essas patologias. O estudo rotacional 3D está sendo também avaliado para uso em outras áreas, incluindo as regiões torácica e abdominal. ANGIOGRAFIA COM CO2 Como uma alternativa para o contraste iodado, o CO2 está sendo usado em alguns centros para procedimentos selecionados quando agentes contrastados iodados são contra-indicados. Isso pode incluir pacientes com doença cardiopulmonar, diabetes melito ou insuficiência renal. O uso de CO2 como agente contrastado é também indicado para pacientes com história de reação alérgica ao contraste iodado. Injetores especializados em CO2 têm sido desenvolvidos para garantir fornecimento preciso e adequadamente cronometrado do gás para o interior dos vasos a serem examinados. Alguns equipamentos angiográficos possuem programação especializada de imagem digital para otimizar o uso do C02o Certas limitações e riscos estão associados com a angiografia com CO2, mas espera-se que o uso de CO2 como um contraste encontre grande aplicação no futuro. Procedimentos Angiográficos Específicos A próxima parte deste capítulo introduz e descreve rapidamente os sei_ procedimentos angiográficos mais comumente realizados em um típico{ centro de imagem, que são os seguintes: (A rotina específica de cad. um deles será determinada pelas preferências do radiologista ou pc protocolo departamental.) 1. Angiografia cerebral 2. Angiografia torácica 3. Angiocardiografia 4. Angiografia abdominal 5. Angiografia periférica 6. Linfografia As descrições de cada um desses procedimentos incluirão o segui te: Objetivo Indicações patológicas Cateterização Contraste Imagem ANGIOGRAFIA E PROCEDIMENTOS INTERVENCIONISTAS ANGIOCARDIOGRAFIA Objetivo Angiocardiografia refere-se especificamente ao estudo radiológico do coração e estruturas associadas. Arteriografia coronariana é usualmente realizada ao mesmo tempo para visualizar as artérias coronárias. Cateterização cardíaca é um termo mais geral usado para descrever a colocação do cateter no coração, e inclui estudos adicionais aos estudos radiológicos, como obter amostras de sangue para medição da saturação de oxigênio ( oximetria ) e medição das pressões e gradientes hemodinâmicos. É necessário equipamento especializado para monetarização fisiológica para essas medições sensíveis. Para os fins deste texto, focalizaremos o estudo da cateterização cardíaca. - 21 - Exames Intervencionistas Indicações Patológicas As indicações patológicas para angiocardiografia e arteriografia coronariana incluem as seguintes: Doença arterial coronariana e angina Infarto miocárdico Doença valvular Dor torácica atípica Anomalias cardíacas congênitas Outras patologias do coração e da aorta Cateterização Como nos outros angiogramas, a artéria femoral é o local preferido para cateterização. O cateter é avançado até a aorta e ao longo de sua extensão para o interior do ventrículo esquerdo para o ventriculograma esquerdo. Um cateter pígtoíl é usado, pois um grande volume de contraste será injetado. Para o arteriograma coronariano, o cateter é trocado e a artéria coronária é selecionada; as artérias coronárias direita e esquerda são examinadas rotineiramente. Cateteres com formatos especiais são projetados para caber em cada uma das artérias coronárias. Após a injeção do contraste nas artérias coronárias, o cateter é imediatamente removido para evitar oclusão do vaso. Acesso ao lado direito do coração seria obtido através da cateterização da veia femoral e avanço do cateter através das estruturas venosas até que o lado direito do coração seja alcançado. Contraste Aproximadamente 40 a 50 ml de contraste iodado hidrossolúvel não iônico e de baixa osmolaridade são injetados para o ventriculograma. As artérias coronárias exigem tipicamente 7 a 10 ml de contraste por injeção. Imagem A taxa de imagem para angiocardiografia é muito rápida, na faixa de 15 a 30 quadros por segundo, e é mais alta em pacientes pediátricos. Se equipamento biplano estiver disponível para o ventriculograma esquerdo, imagens em incidência AOD e AOE serão obtidas. Se o equipamento é de plano único, uma imagem AOD a 30° será obtida rotineiramente (Fig. 21.54). Usando o ventriculograma, a fração de ejeção pode ser calculada. A fração de ejeção é expressa como uma porcentagem e fornece uma indicação da eficiência da bomba do ventrículo esquerdo (Fig. 21.56). Uma série de imagens oblíquas é obtida para visualização completa das coronárias. Rotineiramente, seis tomadas da coronária esquerda são obtidas, e duas tomadas da coronária direita são obtidas (mais tomadas são obtidas da coronária esquerda, pois na maioria das pessoas ela e seus ramos fornecem o suprimento sangüíneo para a maior parte do coração). O uso de equipamento biplano de imagem é vantajoso, pois reduz a quantidade de contraste necessária,já que duas incidências oblíquas podem ser obtidas simultaneamente. A respiração é suspensa para a aquisição da imagem. As imagens são arquivadas em compacte dísco ou no PACS e, quando executadas, são vistas modo de filmes. ANGIOGRAFIA E PROCEDIMENTOS INTERVENClONISTAS ANGIOGRAFIA ABDOMINAL Objetivo Angiografia abdominal demonstra o contorno e a integridade da vasculatura abdominal. Isso significa que a disposição ou o deslocamento dos vasos abdominais que estão sendo estudados e possíveis obstruções ou roturas de vasos (por exemplo, abaulamento do aneurisma) serão demonstradas. Qualquer deslocamento dos vasos pode indicar uma lesão ocupando espaço. Aortografia refere-se ao estudo angiográfico da aorta, e estudos se letivos referem-se a cateterização de um vaso específico. - 22 - Exames Intervencionistas Cavografia demonstra a veia cava superior e/ou inferior. Indicações Patológicas As indicações patológicas para angiografia abdominal incluem as seguintes: Aneurismas Anormalidade congênita . Sangramento GI Estenose ou oclusão Trauma Cateterização Para um aortograma, a aorta é tipicamente acessada pela artéria femoral. O tamanho e o tipo do cateter necessário dependem da estrutura, mas um cateter pigtoil é geralmente usado devido à grande quantidade de contraste a ser injetado conforme a necessidade para o aortograma (Fig. 21.57). Estudos angiográficos seletivos exigem o uso de cateteres especialmente configurados para acessar o vaso de interesse. Estudos seletivos comumente realizados incluem o tronco celíaco, as artérias renais (Fig.21.58) e as artérias mesentéricas inferior e superior, que são seleciona das durante a investigação de sangramento GI. Um estudo super seletivo envolve a seleção de um ramo do vaso. Um exemplo comum disso é a seleção da artéria hepática ou esplênica, que são dois ramos do tronco celíaco. A cateterização para a cavografia é obtida através da punção da veia femoral. O cateter é então avançado até o nível desejado. Contraste Uma quantidade média de contraste para um aortograma e para um cavograma é de 30 a 40 ml. A quantidade de contraste para estudos seletivos varia, dependendo do vaso a ser examinado. Como em outros procedimentos angiográficos, o contraste de escolha é iodado, hidrossolúvel e não-iônico, com baixa osmolaridade. Imagem As imagens são obtidas o paciente na posição supina; qualquer obliqüidade exigida é obtida através da manipulação do braço C. Imagens seriadas são obtidas tipicamente por vários segundos. A taxa e a seqüência cia de imagens dependem de muitos fatores, incluindo tamanho do vaso, história do paciente e preferência médica. Antes da realização de qualquer estudo arterial seletivo, um angioograma grama abdominal geralmente é obtido, preferivelmente incluindo desde de o diafragma até a bifurcação da aorta. Ramos associados da aorta, como as artérias renais direita e esquerda e as artérias mesentéricas superior e inferior, serão visualizados, como mostrado nas imagens da Fig. 21.59. As seqüências de imagem para estudos seletivos são usualmente estendidas para visualizar a fase venosa. A respiração é suspensa durante a obtenção da imagem. ANGIOGRAFIA E PROCEDIMENTOS INTERVENCIONISTAS ANGIOGRAFIA PERIFÉRICA Objetivo Angiografia periférica é um exame radiológico da vasculatura periférica após a injeção de contraste. Angiografia periférica pode ser um arteriograma (Fig. 21.60), onde a injeção é feita através de um cateter em uma artéria, ou um venograma, onde a injeção é feita no interior de uma veia periférica. Venogramas são raramente realizados nos dias de hoje devido à sensibilidade aumentada do ultra-som (Doppler colorido) para demonstrar patologia, e não serão discutidos nesta seção. Indicações Patológicas As indicações patológicas para angiografia periférica incluem as seguintes: Doença aterosclerótica Estenose ou oclusão dos vasos Trauma Neoplasia Embolia ou trombose - 23 - Exames Intervencionistas Cateterização A técnica de Seldinger é usada para acessar a artéria femoral, ou, alternativamente, para um arteriograma periférico. Para um arteriograma de membro inferior, o cateter é avançado imediatamente superior à bifurcação da aorta. Para um arteriograma de membro superior, o cateter é avançado ao longo da aorta torácica e abdominal. Para um estudo do membro superior esquerdo, a artéria subclávia esquerda é selecionada; para um estudo do membro superior direito, a artéria subclávia direita é selecionada a partir do tronco braquiocefálico. Contraste A quantidade média de contraste necessária para um arteriograma de membro superior é muito menor que para um arteriograma de membro inferior. Isso ocorre devido à diferença no tamanho da parte e pelo fato de o exame de membro superior ser unilateral, ao passo que no membro inferior o exame é bilateral. Imagens: Membro Superior O estudo do membro superior exige o cálculo do tempo do fluxo sangüíneo, e uma técnica similar àquela descrita previamente pode ser usada. A diferença básica entre o estudo do membro superior e inferior é o fato de ele ser unilateral no membro superior, e não bilateral como no membro inferior. Imagens: Membro Inferior Devido à existência de variação no fluxo sangüíneo através de ambos os membros inferiores como resultado da potência e oclusão de vaso, o tempo de circulação deve ser determinado para garantir que o contraste seja visível nos vasos durante o estudo. Diferentes métodos podem ser usados para controlar o tempo do estudo. Isso pode ser feito manualmente controlando a velocidade do movimento da mesa durante a obtenção da imagem, ou a programação pode ser feita por computador. Usando a técnica atual, uma vez que o tempo do fluxo sangüíneo tenha sido e estabelecido, a esa se move na faixa predeterminada e imagens são obtidas na incidência PA. Essas imagens podem então ser reconstruídas para garantir a visualização de todo o membro inferior (Fig. 21.61) ou podem ser vistas individualmente (Fig. 21.62). A respiração é suspensa para obtenção da imagem. ANGIOGRAFIA E PROCEDIMENTOS INTERVENCIONISTAS PROCEDIMENTOS INTERVENCIONISTAS Definição e Objetivos Procedimentos intervencionistas são procedimentos radiológicos que intervêm em um processo de doença, fornecendo um desfecho terapêutico. Relatando simplificadamente, os procedimentos intervencionistas usam técnicas angiográficas para o tratamento da doença, além de fornecerem algumas informações diagnósticas. Essa é uma especialidade que cresce muito rapidamente à medida que os procedimentos intervencionistas vêm se tornando uma ferramenta importante no tratamento de uma lista crescente de patologias. O objetivo desses procedimentos e os benefícios para o paciente e para o sistemas de saúde incluem os seguintes: Técnicas que são minimamente evasivas e de menor risco se comparadas com os tradicionais procedimentos cirúrgicos Procedimentos que são mais baratos que os procedimentos tradicionais médicos e cirúrgicos . Menor tempo de hospitalização para o paciente . Menor tempo de recuperação devido à segurança e à menor invasividade do procedimento Alternativa para pacientes que não podem se submeter à cirurgia Esses procedimentos são usualmente realizados em uma unidade angiográfica, sob a direção de um radiologista. Orientação fluoroscópica é crucial para seguir o trajeto das agulhas e cateteres necessários. - 24 - Exames Intervencionistas O aumento na complexidade do tipo de procedimento intervencionista usualmente realizado tem feito com que muitas unidades angiográficas sejam aperfeiçoadas para alcançar as especificações de salas cirúrgicas. Isso reduzirá o risco de infecção e permitirá o manejo cirúrgico rápido em caso de complicações. Procedimentos intervencionistas podem ser categorizados como procedimentos vasculares ou não-vasculares. PROCEDIMENTOS INTERVENCIONISTASVASCULARES Imobilização Imobilização transcateter é um procedimento que usa uma abordagem angiográfica para criar um êmbolo em um vaso, restringindo desse modo o fluxo sangüíneo. Existem várias indicações clínicas para esse procedimento, incluindo as seguintes: Cessar o afluxo de sangue para um local de patologia. Reduzir o fluxo sangüíneo para uma estrutura e tumor altamente vascularizados antes da cirurgia. Interromper sangramento ativo em um local específico. Fornecer um agente quimioterápico. Exemplos de procedimentos específicos de embolização incluem os seguintes: Embolização da Artéria Uterina Esse é um procedimento usado para tratar fibróides sintomáticos. Embolização da artéria uterina pode reduzir o fibróide e eliminar a dor e o sangramento associados a ele, substituindo assim a histerectomia. Quimioembolização Isso é mais comumente usado para doenças malignas hepáticas. O agente quimioterápico é injetado no interior da vasculatura tumoral. A taxa de sobrevida com esse procedimento é comparável à do tratamento com ressecção cirúrgica mais evasiva. Investigação do uso dessa técnica para outros cânceres localmente avançados (por exemplo, pulmonar, mama, cerebral) está em andamento. Embolização Endovascular Intracraniana com Molas Isso fornece uma alternativa para pacientes com aneurismas cerebrais que são inoperáveis ou de alto risco cirúrgico. Usando microcateteres especial Fig. 21.65 Angiografia (OSA) antes do procedimento de embolização. (Cortesia de Philips Medical Systems.) Fig. 21.66 Angiografia (OSA) depois do procedimento de embolização (oclusão de aneurisma). (Cortesia de Philips Medica! Systems.) mente projeta dos, molas destacáveis são usadas para ocluir completamente o saca e o calo do aneurisma. Cateteres especiais são usados para colocar o agente embólico que pode ser temporário (por exemplo, gelfoam) ou permanente (por exemplo, molas de aço inoxidável), dependendo da aplicação clínica do procedimento. Riscos e Complicações As complicações dos procedimentos de embolização são similares às de outros procedimentos angiográficos e incluem perfuração do vaso, acidente vascular cerebral e hemorragia. Para esses procedimentos, existe o risco adicional de oclusão do vaso inapropriado. Deve-se ter bastante cuidado para evitar que isso ocorra. Exemplos Um exemplo de um procedimento de embolização usado com sucesso para ocluir um aneurisma na artéria comunicante anterior é demonstrado nas Figs. 21.65 e L 1.66 acima (imagens de angiograma digital DSA). A Fig. 21.66 demonstra que o local do aneurisma (ver seta) está completamente ocluído após a realização da microcateterização e nove molas destacáveis foram colocadas no interior do aneurisma. ANGIOGRAFIA E PROCEDIMENTOS INTERVENCIONISTAS Angioplastia Transluminal Percutânea e Colocação de Stent Angioplastia A angioplastia transluminal percutânea (PTA) usa uma abordagem angiográfica e cateteres especializados para dilatar um vaso, estenosado. Um cateter com um balão vazio é avançado no vaso de interesse. Pressões hemodinâmicas proximal e distal à estenose são obtidas e um angiograma pré-angioplastia é realizado. A porção balonada do cateter é colocada na estenose vascular e o balão é inflado. A pressão da insuflação é monitorada por um medidor de pressão a fim de prevenir a rotura vascular, e pode ser necessária mais de uma insuflação. A duração das insuflações é cuidadosamente calculada a fim de eliminar o dano aos tecidos distais devido à oclusão temporária do fluxo sangüíneo. Os passos finais do procedimento incluem a obtenção da pressão arterial proximal e distal à porção dilatada do vaso e um angiograma pós angioplastia. Isso permite que a eficácia do procedimento seja avaliada. Colocação de stent Para auxiliar na manutenção da desobstrução do vaso, um stent pode ser inserido através da área a ser tratada durante a angioplastia. Um stent é um dispositivo metálico, similar a uma gaiola, que é colocado na luz do vaso a fim de fornecer suporte. Ele pode se - 25 - Exames Intervencionistas auto-expandir ou pode ser expandido por balão. O tipo que se auto expande sofre expansão automática quando a cobertura do stent é removida no vaso, e o tipo que se expande por balão (o stent comprimido cobre o balão no cateter) é posicionado durante a fase da angioplastia na qual o balão é inflado. O uso de stents aumenta a duração do efeito terapêutico do procedimento. Esse procedimento é um dos procedimentos intervencionistas mais duradouros e possui aplicação em uma ampla gama de tipos e tamanhos de vasos (por exemplo, artérias coronárias, ilíacas, renais). Riscos e Complicações Os riscos da angioplastia transluminal incluem rotura e perfuração do vaso, embolia, oclusão vascular e dissecção. Colocação de Stent-enxerto Stent-enxerto é uma combinação de stents intervencionistas e enxertos cirúrgicos. As indicações clínicas básicas para a colocação de stentenxerto incluem aneurisma aórtico e injúrias vasculares traumáticas (Fig. 21.67). Esse procedimento oferece uma opção para os pacientes que não são candidatos a procedimentos cirúrgicos e representa menor risco para pacientes que são candidatos à cirurgia. Usa-se a abordagem angiográfica por dissecção, e á fluoroscopia é usada para acompanhar a progressão do cateter. O stent-enxerto se autoexpande após sua inserção através do cateter e sua fixação à parede do vaso através de seus esteios. Embora a colocação de stent-enxerto seja usada há muitos anos na Europa, ensaios clínicos para esse procedimento estão em andamento nos Estados Unidos e no Canadá. Riscos e Complicações As complicações para esse procedimento incluem escape ao redor da enxertia de stent ou migração do dispositivo. Rotura do vaso é também um risco. ANGIOGRAFIA E PROCEDIMENTOS INTERVENCIONISTAS Filtro de Veia Cava Inferior Um filtro de veia cava inferior é indicado para pacientes com embolia pulmonar recorrente ou em pacientes de risco para embolia (por exemplo, após o trauma com fraturas pélvicas e de membros inferiores). Um filtro é colocado na veia cavo inferior para aprisionar êmbolos potencialmente fatais originados nos membros inferiores. Vários filtros projetados estão disponíveis para esse procedimento (Figs. 21.70 e 21.71). A punção de veia femoral ou jugular é usada para obter o acesso até a veia cava inferior. Uma técnica angiográfica é então usada para dispor do filtro pelo cateter. O filtro possui esteios que o ancoram às paredes do vaso. O filtro deve ser colocado inferiormente às veias renais a fim de prevenir trombose dessas. Riscos e Complicações Além das complicações angiográficas usuais (infecção, sangramento etc.), há o risco adicional da migração do filtro para o coração e os pulmões. O filtro pode também sofrer oclusão com o passar do tempo. Inserção de Dispositivos de Acesso Venoso A colocação de dispositivos de acesso venoso tornou-se um procedimento comum nas unidades vasculares e intervencionistas, pois a inserção do cateter pode ser seguida por fluoroscopia. Esses cateteres venosos são usados para administração de quimioterapia ou de grandes quantidades de antibióticos, para exames de sangue freqüentes e para nutrição parenteral total (NPT). Os cateteres podem permanecer no local por vários meses, dependendo do tipo que está sendo usado e da indicação clínica. Os três dispositivos mais comumente inseridos incluem os seguintes: Cateter central inserido perifericamente (acesso PICC) pode permanecer no local por até 6 meses. A extremidade proximal do cateter é posicionada nas proximidades do átrio direito, e a terminação distal permanece exposta e deve ser coberta. . Acesso de Hickman usualmente é usado para NPT e para pacientes com transplante de medula óssea. A ponta do cateter é posicionada nas - 26 - Exames Intervencionistas proximidades do átrio direito, e a terminação distal é colocada em um túnelsob a pele. . Orifício subcutâneo é o mais permanente e o mais caro. A ponta do cateter é posicionada nas proximidades do átrio direito, e o orifício de injeção para quimioterapia fica imediatamente abaixo da parede torácica, Os acessos são inseridos sob condições estritamente assépticas, pois o paciente freqüentemente é imuno comprometido. O acesso ao sistema venoso é usualmente feito através da veia cefálica ou da veia jugular. Riscos e Complicações Complicações incluem infecção, trombose e pneumotórax. Shunt (derivação) Portossistêmico Intra-hepático Transjugular (TIPS) Um shunt portos sistêmico intra-hepático transjugular (TIPS) é um procedimento vascular intervencionista desenvolvido para tratar sangramento por varizes (causadas por hipertensão porta), asciterefratária e cirrose. É útil no tratamento de pacientes com condições que variam de doença hepática em estágio terminal até aqueles que aguardam transplante hepático. Esse procedimento cria uma passagem artificial para permitir que a circulação venosa portal desvie da rota normal através do fígado (Fig.21.72). O sistema porta é acessado através da veia jugular direita. Uma bainha é inserida para proteger os vasos da manipulação da agulha e cateter. Usando orientação fluoroscópica e uma agulha transjugular, a agulha é avançada, acompanhando as estruturas venosas até alcançar a veia hepática. A agulha avança então através de uma veia intra-hepática e do fígado, até a veia porta. Um guia metálico é avançado através da agulha, que é removida, de modo que o cateter com balão (angioplastia) possa ser avançado. O balão no cateter é então inflado para criar um trato através do fígado. Um stent metálico é colocado através do trato que se formou para manter sua desobstrução. Riscos e Complicações Complicações principais do procedimento incluem hemorragia e formação de trombo. Mais tarde, há risco de estenose ou oclusão do TIPS, de modo que o paciente segue em monitorização rigorosa. Incidência aumentada de encefalopatia hepática após esse procedimento também existe, Como grande parte do sangue se desvia do fígado, o sangue contém um nível de toxinas mais alto que o normal. Isso afeta o cérebro e pode causar confusão, desorientação e, em casos extremos, coma. Nos casos graves de encefalopatia hepática, o TIPS pode necessitar de oclusão, Pesquisa está em andamento para encontrar métodos de aumentar a eficácia em longo prazo do TIPS. Suplementos possíveis a este procedimento incluem terapia anticoagulante e o desenvolvimento de uma enxertia de stent. ANGIOGRAFIA E PROCEDIMENTOS INTERVENCIONISTAS Trombólise Se estudos angiográficos diagnósticos demonstrarem que um vaso está bloqueado por um trombo (coágulo), um procedimento trombolítico pode estar indicado. Se os estudos laboratoriais de coagulação sangüínea apoiarem esse procedimento, uma trombólise pode ser realizada, na qual o trombo ou coágulo é destruído (desintegrado). pela passagem de um guia metálico e cateter através do coágulo ou o mais profundamente possível no interior do coágulo. Um agente dissolvente é então injetado através do cateter no interior da região do trombo. Vários tipos de cateteres podem ser usados para isso, como um cateter pulverizador de pulso ou um de infusão (Fig. 21.73). O método de pulverização de pulso envolve a injeção manual com uma seringa, ao passo que o método de infusão geralmente envolve um processo lento de injeção usando uma bomba para infundir lentamente o agente dissolvente em um período de horas ou até vários dias. O cateter pode ser avançado durante esse tempo conforme o trombo estiver sendo dissolvido. Riscos e Complicações Possíveis complicações com esse procedimento são sangramento ou a possibilidade de coágulos parcialmente dissolvidos se moverem para bloquear outros vasos menores. Terapia Infusional A infusão de drogas terapêuticas pode ser através de uma abordagem sistêmica ou superseletiva. A duração do tratamento varia de alguns dias até várias semanas. O tipo de abordagem e a duração da terapia infusional são determinados pela patologia presente, a área a ser tratada, a condição do paciente e os resultados dos métodos terapêuticos prévios. Vaso constritores, vasodilatadores, drogas quimioterápicas e materiais radioativos são empregados na terapia infusional. Vasoconstritores são usados para ajudar no controle do sangramento. Uma - 27 - Exames Intervencionistas droga vasoconstritora comumente empregada é a vasopressina (Pitressin), que pode ser administrada por via intravenosa ou intraarterial. Vasodilatadores são úteis no tratamento de espasmos ou constrições vasculares. Usualmente, o nitroprussiato de sódio é empregado para os espasmos vasculares, e a papaverina acalma a isquemia vascular mesentérica não-oclusiva. A infusão de drogas quimioterápicas é usada em pacientes com doenças malignas avançadas inoperáveis. A porcentagem de pacientes que respondem à quimioterapia varia grandemente. Extração de Corpos Estranhos Vasculares A maioria dos corpos estranhos encontrados no sistema vascular é limitada a cálculos, fragmentos de cateteres vasculares ou guias metálicos, eletrodos de marca-passo e derivações. Alguns instrumentos usados para recuperar os corpos estranhos incluem loop snores, cateteres ureterais com cesto para cálculos e fórceps endoscópicos para agarrar. Para remover os corpos estranhos com um loop snore ou um cateter com cesto, o cateter é inserido além do corpo estranho e é então retirado para agarrar o corpo estranho. Riscos e Complicações Devem-se tomar cuidado para evitar a rotura da íntima vascular durante a remoção de corpos estranhos que estão aderidos ao vaso; estes devem ser removidos cirurgicamente. PROCEDIMENTOS INTERVENCIONISTAS NÃO-VASCULARES Vertebroplastia Percutânea A vertebroplastia percutânea é usada para tratar pacientes que sofrem de dor vertebral e instabilidade causada por osteoporose, metástase vertebral ou angiomas vertebrais. Uma injeção percutânea de cemento acrílico no interior do corpo vertebral sob orientação fluoroscópica contribui para a estabilização da coluna e o alívio prolongado da dor. Riscos e Complicações Complicações incluem escape do conteúdo para estruturas adjacentes, que pode exigir cirurgia de emergência. Uma complicação menos comum é a embolia pulmonar, causando migração do cemento pira dentro das veias perivertebrais. ANGIOGRAFIA E PROCEDIMENTOS INTERVENClONISTAS Colocação de stent no Cólon Usando guias metálicos e cateteres, stents são avançados no interior do cólon sob orientação fluoroscópica (e algumas vezes endoscópica) (Fig. 21.78). Esse procedimento é usado no período pré-operatório para reduzir as complicações pós-operatórias nos casos de obstrução intestinal e como medida paliativa nas estenoses colônicas por doença neoplásica inoperável. A colocação de stent permite a descompressão do intestino obstruído e diminui a gravidade dos sintomas do paciente (Fig. 21.79). . Riscos e Complicações Complicações e riscos do procedimento incluem migração do stent, perfuração e sangramento. Nefrostomia A nefrostomia pode ser realizada por razões diagnósticas ou terapêuticas e é útil no tratamento de diversos tipos de patologia ou distúrbio renal. A nefrostomia é útil como procedimento diagnóstico para avaliação da função renal; urinocultura; biopsia de Brush; teste de Whitaker para determinar a causa da dilatação do trato urinário; nefroscopia; e fracasso na pielografia retrógrada. Razões terapêuticas incluem desvio de cálculo renal, lise química e drenagem de abscesso. Nesse procedimento, um cateter (Fig. 21.80) é introduzido através da pele e do parênquima renal até a pelve renal ou outra área alvo (Fig. 21.81). - 28 - Exames Intervencionistas Após a colocação adequada do cateter, ocorre a intervenção específica como a drenagem ou a remoção do cálculo.
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