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Exames Contrastado

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EXAMES CONTRASTADO 
 
 
- 2 - 
Exames Intervencionistas 
 
ANATOMIA DO SISTEMA CIRCULATÓRIO 
 
 
DIVISÕES OU COMPONENTES DO SISTEMA CIRCULATÓRIO 
 
O sistema circulatório consiste nos componentes cardiovascular e linfático. A porção cardiovascular inclui coração, 
sangue e vasos que transportam o sangue. 
O elemento linfático do sistema circulatório é composto de um fluido aquoso claro chamado linfa, de vasos 
linfáticos e delinfonodos. Os componentes cardiovasculares e linfáticos diferem em sua função e na maneira de 
transportar seus respectivos fluidos no interior dos vasos.A divisão cardiovascular ou circulatória sangüínea pode 
ainda ser dividida em componentes cardíaco (circulação no interior do coração) e vascular 
(vaso sangüíneo). 
O componente vascular ou dos vasos é dividido no sistema pulmonar (do coração para o pulmão e vice-versa) e no 
sistema global ou sistêmico (por todo o corpo). (Ver o quadro do sumário na coluna a baixo) 
 
 
SISTEMA CARDIOVASCULAR 
 
O coração é o órgão principal do sistema cardiovascular e funciona como uma bomba para manter a circulação de 
sangue por todo o corpo. O componente vascular é uma rede de vasos sangüíneos que carrega o sangue do 
coração para os tecidos corporais e vice-versa. As funções do sistema cardiovascular incluem as ceguetes: 
 
1. Transporte de oxigênio, nutrientes, hormõnios e componentes químicos necessários para a atividade corporal 
normal. 
 
2. Remoção dos produtos excretados pelos rins e pulmões, 
 
3. Manutenção da temperatura corporal e do balanço de água e eletrólitos. 
 
Essas funções são realizadas pelos seguintes componentes sangüíneos: hemácias, leucócitos e plaquetas suspensas 
no plasma. 
Componentes Sangüíneos As hemácias, ou eritrócitos, são produzidas na medula vermelha de alguns ossos e 
transportam oxigênio através da proteína hemoglobina até os tecidos corporais. 
Os leucócitos são formados na medula óssea e no tecido linfático e defendem o corpo contra infecção e doença. As 
plaquetas, também originadas da medula óssea, reparam lesões nas paredes dos vasos sangüíneos e promovem a 
coagulação sangüínea. 
O plasma, a porção líquida do sangue, consiste em 92% de água e cerca de 7% de proteínas e sais plasmáticos, 
nutrientes e oxigênio. 
 
SUMÁRIO DOS COMPONENTES DO SISTEMA CIRCULATÓRIO 
 
Sistema circulatório 
Sistema cardiovascular 1 Cardíaco (coração) 1 Vascular (vasos) 1 Pulmonar (pulmões) 1 Sistema linfático -Linfa 
Vasos linfáticos – Linfonodos 1 Sistêmico (corporal) Veia Artéria Coração ] 
 
 
 
CIRCULAÇÃO SISTÊMICA 
 
Artérias os vasos que levam o sangue oxigenado do coração para os tecidos são chamados de artérias. As artérias 
originadas diretamente do coração são calibrosas, mas são subdivididas e diminuem de tamanho conforme se 
estendem do coração para as várias partes do corpo. As artérias menores são denominadas arteríolas. Conforme o 
sangue circula através das arteríolas, ele penetra nos tecidos através das menores subdivisões desses vasos, 
conhecidas como capilares. 
Veias o sangue desoxigenado retoma ao coração através do sistema venoso. O sistema venoso estende-se dos 
capilares venosos até vênulas e veias, aumentando em tamanho conforme se aproxima do coração. 
 
 
 
 
 
- 3 - 
Exames Intervencionistas 
SUMÁRIO DA CIRCULAÇÃO SISTÊMICA GLOBAL 
Veias cavas Aorta 
 
(Valva 
aórtica) 
Átrio direito 
Ventrículo 
esquerdo 
(Valva 
tricúspide) 
 
(Valva 
mitral) 
Ventrículo 
direito 
 
Átrio 
esquerdo 
(Valva 
pulmonar) 
 
(Valvas 
pulmonares) 
Artérias 
pulmonares 
Pulmões 
Veias 
pulmonares 
(Sangue 
desoxigenado) 
 
(Sangue 
oxigenado) 
 
 
ARTÉRIAS DA CABEÇA E DO PESCOÇO 
As artérias principais que fornecem o suprimento para a cabeça, conforme visto a partir do lado direito do pescoço, 
são mostradas na (apenas os vasos do lado direito são identificados nesse desenho). O tronco braquiocefálico 
bifurca-se em artéria carótida comum direita e artéria subclávia direita. A artéria carótida comum direita ascende 
até o nível da quarta vértebra 
cervical para ramificar-se em artéria carótida externa e artéria carótida interna, como já descrito acima. Cada 
artéria carótida externa supre basicamente a face anterior do pescoço, a face e grande parte do couro cabeludo e 
as meninges 
(que cobrem o cérebro). Cada artéria carótida interna supre os hemisférios cerebrais, a hipófise, as estruturas 
orbitárias, a parte externa do nariz e a porção anterior do cérebro.A artéria vertebral direita origina-se da artéria 
subclávia direita e passa através 
dos forames transversos de C6 até C1. Cada artéria vertebral passa posteriormente ao longo da borda superior de 
C1 antes de sofrer angulação ascendente através do forame magno para penetrar no crânio. Um arteriograma 
carotídeo comum. 
 
Sistema Circulatório Torácico 
ARTÉRIAS TORÁCICAS 
A aorta e as artérias pulmonares são as principais artérias localizadas no tórax. As artérias pulmonares suprem os 
pulmões com sangue desoxigenado (como mostrado anteriormente na. A aorta estende-se do coração até 
aproximadamente a quarta vértebra lombar e é dividida em porções torácica e abdominal. A porção torácica é 
subdividida 
nos quatro segmentos seguintes: 
1. Bulbo aórtico (raiz) 
2. Aorta ascendente 
3. Arco aórtico 
4. Aorta descendente 
O bulbo, ou raiz, fica na extremidade proximal da aorta e é o segmento do qual se originam as artérias coronárias. 
Estendendo-se do bulbo está a 
porção ascendente da aorta, que termina aproximadamente na segunda articulação esternocostal e passa a ser o 
arco. O arco é incomparável em relação aos outros segmentos da aorta torácica pois existem três ramos que se 
originam nele: a artéria braquiocefálica, a carótida comum esquerda e a artéria subclávia esquerda. Isso é também 
mostrado no sistema circulatório craniano. Existem muitas variações do arco aórtico. As três variações mais 
comuns, ocasionalmente vistas na angiografia, são as seguintes: 
A. Aorta esquerda circunflexa arco normal com aorta descendente direcionada para baixo e para a esquerda. 
B. Aorta inversa (arco à direita) 
C. Pseudocoarctação (aorta descendente arqueada) 
Em sua extremidade distal, o arco aórtico passa a ser a aorta descendente. A aorta descendente estende-se do 
istmo até o nível da décima segunda vértebra dorsal. Inúmeros ramos arteriais intercostais, brônquicos, esofágicos 
e frênicos superiores originam-se da aorta descendente. Essas artérias transportam sangue para órgãos que Ihes 
dão o nome. 
 
 
 
- 4 - 
Exames Intervencionistas 
 
VEIAS TORÁCICAS 
As principais veias do tórax são a veia cava superior, a veia ázigos e as veias pulmonares. A veia cava superior leva 
o sangue transportado do tórax para o átrio direito. A veia ázigos é a principal tributária que traz o sangue do tórax 
para a veia cava superior. A veia ázigos penetra na veia cava superior posteriormente. O sangue proveniente do 
tórax penetra na veia ázigos 
através das veias intercostais, brônquicas, esofágicas e frênicas. Note que uma parte da veia cava superior foi 
retirada para melhor visualização da veia ázigos e das veias intercostais. 
As veias pulmonares inferior e superior trazem o sangue oxigenado dos pulmões para o átrio esquerdo, como 
mostrado anteriormente. A veia cava inferior é responsável pelo retorno venoso do abdome e dos membros 
inferiores até o átrio direito 
 
Sistema Circulatório Abdominal 
ARTÉRIAS ABDOMINAIS 
A aorta abdominal é a continuação da aorta torácica. A aorta abdominal é anterior às vértebras e estende-se do 
diafragma até aproximadamente o nível de L4, onde se bifurca em artérias ilíacas comuns direita e esquerda. 
Existem cinco ramos principais da aorta abdominal que são de maior interesse na angiografia. Qualquer um desses 
ramos pode ser seletivamente cateterizado para estudo de um órgão específico. 
1. Artéria celíaca 
2. Artéria mesentérica superior 
3. Artéria renal esquerda 
4. Artéria renal direita 
5. Artéria mesentérica inferior 
O tronco do eixo celíaco origina-se na região anteriorda aorta, imediatamente abaixo do diafragma e cerca de 1,5 
cm acima da origem da artéria mesentérica superior. Órgãos que recebem suprimento sangüíneo dos três grandes 
ramos do tronco celíaco são os órgãos hepático, esplênico e gástrico. 
A artéria mesentérica superior fornece sangue para o pâncreas, para a maior parte do intestino delgado e para 
porções do intestino grosso (ceco, cólon). (ascendente e metade do cólon transverso). Ela é originada na superfície 
anterior da aorta, ao nível da primeira vértebra lombar, cerca de 1,5 cm abaixo da artéria celíaca. A artéria 
mesentérica inferior origina-se da aorta, aproximadamente na terceira vértebra lombar (3 ou 4 cm acima do nível 
da bifurcação das artérias ilíacas comuns). O sangue é fornecido para porções do intestino grosso (metade 
esquerda do cólon transverso, cólon descendente, cólon sigmóide 
e maior parte do reto) através da artéria mesentérica inferior. As artérias renais direita e esquerda que fornecem 
sangue para os rins originam-se de cada lado da aorta imediatamente abaixo da artéria mesentérica superior, ao 
nível do disco entre a primeira e a segunda vértebra lombar. A porção distal da aorta abdominal bifurca-se ao nível 
da quarta vértebra lombar em artérias ilíacas comuns direita e esquerda. Cada artéria ilíaca comum então se divide 
em artérias ilíacas interna e externa. As artérias ilíacas internas fornecem suprimento sangüíneo para os órgãos 
pélvicos (bexiga, reto, órgãos reprodutivos e musculatura péllvica. 
Os membros inferiores recebem sangue das artérias ilíacas externas. A artéria ilíaca externa é significativa na 
angiografia e é usada para estudar cada membro inferior. 
 
VEIAS ABDOMINAIS 
O retorno venoso das estruturas abaixo do diafragma (tronco e membros inferiores até o átrio direito do coração é 
feito pela veia cava inferior. Existem várias tributárias da veia cava inferior que são importantes radiograficamente. 
Essas veias incluem as veias ilíacas comuns direita e esquerda, as veias ilíacas externas e internas, as veias renais 
e o sistema porta. 
 As ilíacas drenam a área pélvica e os membros inferiores, e as veias renais trazem o sangue dos rins. As veias 
mesentéricas superior e inferior fazem o retorno venoso dos intestinos delgado e grosso através da veia porta, das 
veias hepáticas, até a veia cava inferior. 
 
SISTEMA PORTA 
O sistema porta inclui todas as veias que drenam sangue do trato digestivo abdominal e do baço, pâncreas e 
vesícula biliar. Desses órgãos, esse sangue converge para o fígado através da veia porta. Durante a sua 
permanência no fígado, esse sangue é "filtrado" e retoma para a veia cava inferior através das veias hepáticas. 
Existem várias tributárias importantes das veias hepáticas. A veia esplênica é uma grande veia com suas próprias 
tributárias, que trazem o sangue do baço.A veia mesentérica inferior, que faz o retorno venoso do reto e de partes 
 
 
- 5 - 
Exames Intervencionistas 
do intestino grosso, usualmente se abre na veia esplênica, mas, em cerca de 10% dos casos, ela termina no ângulo 
de união das veias esplênica e mesentérica superior. A veia mesentérica superior traz o sangue do intestino 
delgado e de partes do intestino grosso. Ela se une com a veia esplênica para formar a veia porta. 
 
Sistema Circulatório Periférico 
 
ARTÉRIAS DOS MEMBROS SUPERIORES 
Geralmente considera-se que a circulação arterial dos membros superiores é iniciada na artéria subclávia. A 
origem da artéria subclávia difere no lado direito em comparação com o esquerdo. À direita, a subclávia origina-
se da artéria braquiocefálica, ao passo que a subclávia esquerda é originada diretamente do arco aórtico.A 
subclávia passa a se chamar artéria axilar, que dá origem à artéria braquial. A artéria braquial bifurca-se para 
formar as artérias ulnar e radial, aproximadamente ao nível do colo do rádio. As artérias ulnar e radial continuam 
a ramificar-se até que se unem para formar os dois arcos pai mares (profundo e superficial). Ramos desses arcos 
fornecem suprimento sangüíneo para a mão e os dedos. 
 
VEIAS DOS MEMBROS SUPERIORES 
 sistema venoso dos membros superiores pode ser dividido em duas partes: as veias profundas e superficiais. 
Elas comunicamse umas às outras em locais freqüentes e desse modo formam dois canais paralelos de 
drenagem a partir de uma única região. As veias cefálicas e basílicas são as principais tributárias do sistema 
venoso superficial. Ambas as veias se originam no arco da mão. Anteriormente à articulação do cotovelo está a 
veia cubital media I (a veia mais comumente usada para coleta de sangue), que se conecta com os sistemas de 
drenagem superficial do antebraço. A veia basílica superior deságua na grande veia axilar, que drena para a 
veia subclávia e finalmente para a veia cava superior. A veia basílica inferior une-se à veia cubital media I para 
prosseguirem até a veia basílica superior. As veias profundas incluem as duas veias braquiais que drenam a 
veia radial, a veia ulnar e os arcos palmares. As veias braquiais profundas unem-se à veia basílica superficial 
para formar a veia axilar, que deságua na subclávia e finalmente na veia cava superior. 
 
ARTÉRIAS DOS MEMBROS INFERIORES 
A circulação arterial dos membros inferiores começa na artéria ilíaca externa e termina nas veias do pé . A 
primeira artéria a penetrar no membro inferior é a artéria femoral comum. A artéria femoral comum divide-se 
em artéria femoral e artéria femoral profunda. A artéria femoral estende-se distalmente na perna e passa a ser 
chamada de artéria poplítea ao nível do joelho. Ramos da artéria poplítea são a artéria tibia! anterior, artéria 
tibial posterior e artéria fibular. A artéria tibial anterior continua como artéria dorsal do pé, com ramos para o 
tornozelo e o pé. A artéria fibular e a artéria tibial anterior fornecem suprimento sangüíneo para a panturrilha e 
a superfície plantar do pé. 
 
VEIAS DOS MEMBROS INFERIORES 
As veias dos membros inferiores são similares às dos membros superiores no que diz respeito ao sistema 
venoso superficial e profundo. O sistema venoso superficial contém as veias safenas magna e parva e suas 
tributárias e as veias superficiais do pé. 
A veia safena magna é a veia mais longa do corpo e se estende desde o pé, ao longo da região media! da 
perna, até a coxa, onde deságua na veia femoral A veia safe na parva origina-se no pé e se estende 
posteriormente ao longo da perna para terminar no joelho, onde deságua na veia poplítea. 
As principais veias profundas são as veias tibial posterior, fibular, tibial anterior, poplítea e femoral A veia tibial 
posterior e a veia fibular unem-se após a drenagem da parte posterior do pé e da perna. A veia tibial posterior 
estende-se para cima e se une com a veia tibial anterior para tornar-se a veia poplítea ao nível do joelho. A veia 
poplítea é contínua, proximamente, com a veia femoral, antes de se tornar à veia ilíaca externa. 
 
 
- 6 - 
Exames Intervencionistas 
ANGIOGRAFIA CEREBRAL 
Objetivo 
Angiografia cerebral é um estudo radiológico dos vasos sangüíneos do cérebro. O objetivo básico da angiografia cerebral é 
fornecer um "mapa" da 
vasculatura que facilitará, para os médicos, a localização e o diagnóstico de 
patologias ou outras anormalidades do cérebro e região do pescoço. 
Indicações Patológicas 
As indicações patológicas para a angiografia cerebral incluem as seguintes: 
Estenose e oclusões vasculares 
Aneurismas 
Trauma 
Malformações arteriovenosas 
Doença neoplásica 
Cateterizaçào 
A abordagem femoral é preferida para a inserção do cateter. O cateter é 
avançado até o arco aórtico e o vaso a ser estudado é selecionado. Vasos 
comumente selecionados para angiografia cerebral incluem as artérias 
carótidas comuns, as artérias carótidas internas, as artérias carótidas 
externas e as artérias vertebrais. 
Contraste 
A quantidade de contraste necessária depende do vaso a ser examinado, 
mas usualmente varia entre 5 a 10 ml. 
Imagem 
Equipamento biplano é preferidopara a angiografia cerebral (Fig. 21 .46). 
A seqüência de imagem selecionada deve incluir todas as fases da 
circulação: arterial, capilar e venosa; e tipicamente durará de 8 a 10 
segundos.As incidências necessárias dependem dos vasos a serem 
examinados. A seguir estão vários exemplos. 
Arteriografia da Carótida Comum 
Arteriogramas carotídeos estão entre os angiogramas cerebrais mais 
freqüentemente realizados. 
Ocasionalmente, antes de um angiograma carotídeo de três vasos ou 
de quatro vasos, são feitas duas visões radiográficas do pescoço para 
visualizar cada artéria carótida comum (Figs. 21.47 e 21.48). A artéria 
carótida comum direita é demonstrada na incidência AP e a posição lateral 
examina essa artéria e sua bifurcação em artérias carótidas interna e 
externa. A área de bifurcação é cuidadosamente estudada em busca de 
doença oclusiva (ver setas). A artéria carótida comum esquerda é estudada 
de modo similar durante o exame. 
Arteriografia da Carótida Interna 
Um segundo arteriograma craniano comum demonstra as artérias carótidas 
internas. Radiografias representativas da fase arterial de um angiograma da 
carótida interna esquerda são mostradas nas radiografias das Figs. 21.49 e 
 Na radiografia axial AP, o assoalho da fossa anterior e as cristas 
petrosas estão superpostos. Isso permite a visualização da bifurcação da 
artéria carótida interna em artérias cerebrais anterior e média 
 
arteriografia com subtação óssea 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- 7 - 
Exames Intervencionistas 
 
 
ARTERIOGRAFIA SELETIVA 
 
Arteriografia seletiva: opacificação seletiva de uma artéria, por exemplo: arteriografia renal seletiva. 
 
 
Angiografia: visualização da luz do vaso ao injetar contraste radiológico. 
 
 
ANGIOGRAFIA TORÁClCA 
Objetivo 
A angiografia torácica demonstra o contorno e a integridade da vasculatura 
torácica. Aortografia torácica é um estudo angiográfico da aorta ascendente, 
do arco, da porção descendente da aorta torácica e dos ramos principais. 
Arteriografia pulmonar é um estudo angiográfico dos vasos pulmonares 
usualmente realizado para investigar em bóia pulmonar. Como mencionado 
anteriormente, a angiografia pulmonar é realizada menos freqüentemente 
devido à disponibilidade de modalidades alternativas. 
Indicações Patológicas 
As indicações patológicas para angiografia torácica e pulmonar incluem as 
seguintes: 
Aneurismas 
Anormalidades congênitas 
Estenose dos vasos 
Embolia 
Trauma 
Cateterização 
O local de punção preferido para um aortograma torácico é a artéria fernoral. 
O cateter é avançado até o local desejado na aorta torácica. Procedimentos 
seletivos podem ser realizados com o uso de cateteres especialmente feitos 
para o acesso do vaso de interesse. 
Devido à localização da artéria pulmonar, a veia femoral é o local preferido 
para inserção do cateter. Ele é avançado ao longo das estruturas venosas, 
para o interior da veia cava inferior, através do átrio direito do coração até 
o ventrículo direito e desse para a artéria pulmonar. Ambas as artérias 
pulmonares são usualmente examinadas. 
Contraste 
A quantidade de contraste necessária variará de acordo com o procedimento; 
no entanto, uma quantidade média para angiografia torácica é de 30 a 50 ml. 
Para angiografia pulmonar seletiva, a quantidade média é de 25 a 35 ml. 
Imagem 
Imagens seriadas para angiografia torácica são obtidas em vários segundos. 
A taxa e a seqüência de imagens dependem de muitos fatores, incluindo 
tamanho do vaso, história do paciente e preferência do médico. 
A respiração é suspensa durante a obtenção da imagem. 
Aortograma Torácico Devido à estrutura da aorta proximal, uma incidência 
oblíqua é necessária para visualizar o arco aórtico. Uma AGE a 45° é 
preferida para evitar a sobreposição de estruturas e para visualizar qualquer 
anomalia (Figs. 21.51 e 21.52). Isso é feito através da manipulação do 
braço C, em vez do paciente, até o grau de obliqüidade desejado. 
Arteriograma Pulmonar A Fig. 21.53 demonstra a fase arterial de um 
angiograma pulmonar (DSA). A seqüência de imagem é usualmente 
ampliada durante esse procedimento para visualizar a fase venosa da 
circulação. 
 
 
 
- 8 - 
Exames Intervencionistas 
 
 
 
 
AORTOGRAFIA 
 
Aortografia refere-se ao estudo angiográfico da aorta, e estudos se 
letivos referem-se a cateterização de um vaso específico. Cavografia 
demonstra a veia cava superior e/ou inferior. 
Indicações Patológicas 
As indicações patológicas para angiografia abdominal incluem as seguintes: 
Aneurismas 
Anormalidade congênita . Sangramento GI 
Estenose ou oclusão 
Trauma 
 
Cateterização 
Para um aortograma, a aorta é tipicamente acessada pela artéria femoral. 
O tamanho e o tipo do cateter necessário dependem da estrutura, 
mas um cateter pigtoil é geralmente usado devido à grande quantidade de 
contraste a ser injetado conforme a necessidade para o aortograma. 
 
 
 
 
Estudos angiográficos seletivos exigem o uso de cateteres especialmente configurados para acessar o vaso de interesse. 
Estudos seletivos comumente realizados incluem o tronco celíaco, as artérias renais (Fig.21.58) e as artérias mesentéricas 
inferior e superior, que são seleciona das durante a investigação de sangramento GI. Um estudo super seletivo envolve a 
seleção de um ramo do vaso. Um exemplo comum disso é a seleção da artéria hepática ou esplênica, que são dois ramos 
do tronco celíaco. A cateterização para a cavografia é obtida através da punção da veia femoral. O cateter é então 
avançado até o nível desejado. 
 
Contraste 
Uma quantidade média de contraste para um aortograma e para um cavograma é de 30 a 40 ml. A quantidade de 
contraste para estudos seletivos varia, dependendo do vaso a ser examinado. Como em outros procedimentos 
angiográficos, o contraste de escolha é iodado, hidrossolúvel e não-iônico, com baixa osmolaridade. 
 
Imagem 
As imagens são obtidas o paciente na posição supina; qualquer obliqüidade exigida é obtida através da manipulação do 
braço C. Imagens seriadas são obtidas tipicamente por vários segundos. A taxa e a seqüência cia de imagens dependem 
de muitos fatores, incluindo tamanho do vaso, história do paciente e preferência médica. Antes da realização de qualquer 
estudo arterial seletivo, um angiograma grama abdominal geralmente é obtido, preferivelmente incluindo desde de o 
diafragma até a bifurcação da aorta. Ramos associados da aorta, como as artérias renais direita e esquerda e as artérias 
mesentéricas superior e inferior, serão visualizados, como mostrado nas imagens da Fig. 21.59. 
As seqüências de imagem para estudos seletivos são usualmente estendidas para visualizar a fase venosa. A respiração é 
suspensa durante a obtenção da imagem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- 9 - 
Exames Intervencionistas 
 
 
 
 
FLEBOGRAFIA 
 
 
 
 
 
Radiografia das veias após a injeção de um meio de 
contraste. 
 
 
 
 
A flebografia clínica foi criada em 1938 por Cid dos Santos com base nos conhecimentos da fisiopatologia da circulação de 
retomo dos membros e foi-se complicando cada vez mais. E digo, propositadamente, complicando. É que foi necessário 
idealizar um sem-número de técnicas especificamente destinadas a esclarecer os distúrbios funcionals ou morfológicos que 
estivessem em causa em cada doente e que a semiologia elementar sugeria. Seguiu-se uma fase de simplificação e, 
actualmente, com quatro ou cinco técnicas utilizadas selectivamente consegue-se uma avaliação correcta e suficiente da 
situação flebológica. Contudo, o que não se conseguiu ainda foi eliminar o incómodo das punções no pé, na região 
poplítea, na virilha etc, e a dor provocada pela colocação dos garrotes condicionantes da circulação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- 10 - 
Exames Intervencionistas 
 
 
 
 
ESPLENOPORTOGRAFIA 
 
 
 
 
 
Opacificação da veia porta bem como da veia esplênica e 
das outras ramificações da veia porta, por injeção no baço,através da parede abdominal, de substância de contraste. 
A esplenoportografia é indicada nos casos de cirrose 
hepática bem como nos de trombose da veia porta. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
VENOGRAFIA 
 
Venografia: estudo das veias. 
Angiocardiografia: estudo do coração e estruturas associadas. Linfografia: 
estudo dos vasos linfáticos/linfonodos tenciona ser uma introdução à 
angiografia e procedimentos intervencionistas, não incluindo a 
variedade de técnicas, informação e 
procedimentos disponíveis. 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAVERNOSOGRAFIA 
 
Exame muito utilizado no passado, tendo por objetivo avaliar radiologicamente, pela injeção intracavernosa de contraste, 
os corpos cavernosos e a drenagem peniana. Atualmente sua indicação é restrita aos casos de doença cavernosovaso-
oclusiva de origem traumática, em pacientes candidatos a cirurgia vascular. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- 11 - 
Exames Intervencionistas 
 
 
 
Mielografia 
A mielografia é uma técnica através da qual se tira uma radiografia da medula espinal após uma injecção de um meio de 
contraste radiopaco na zona que se pretende examinar. A mielografia permitirá analisar as anomalias do interior da coluna 
vertebral, como uma hérnia discal ou um tumor canceroso. 
A prática da mielografia encontra-se cada vez mais a perder terrenos para outras tecnologias como o TAC (Tomografia 
Axial Computadorizada) e a RM (Ressonância Magnética) sendo usada apenas no caso de qualquer uma destas duas não 
fornecer informação suficiente ou no caso de não poder ser aplicada ao paciente, como no caso da RM caso o paciente 
tenha algum metal no corpo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Medula_espinal
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Injec%C3%A7%C3%A3o&action=edit
http://pt.wikipedia.org/wiki/Tomografia_computadorizada
http://pt.wikipedia.org/wiki/Resson%C3%A2ncia_magn%C3%A9tica
 
 
- 12 - 
Exames Intervencionistas 
 
ARTROGRAFIA 
A artrografia é um exame diagnóstico a base de contraste das articulações sinoviais e das estruturas de 
tecidos moles relacionadas. Estão incluídas as articulações de quadril, joelho, tornozelo, ombro, cotovelo, punho e a 
articulação temporo mandibular. 
Alguns são os caminhos investigativos para diagnóstico das articulações. Tanto a artrografia como a 
ressonância magnética, dependendo da opção do médico, embora as duas possam ser pedidas, principalmente para 
joelhos e ombro. 
A técnica de exame de artrografia é semelhante para todas as articulações com algumas variações, 
principalmente, devido a diferenças anatômicas. Em exemplos como o de ATM, onde é usado o contraste nos 
espaços articulares, em posição lateral com boca aberta e fechada. O côndilo mandibular pode ser visto delineado 
pelo contraste dentro da câpsula articular da ATM. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PNEUMOARTROGRAFIA 
 É exame dos espaços articulares com injeção de contraste, pode ser feita em todas as grandes e em muitas das 
pequenas articulações do corpo. Pode-se injetar material radiopaco e ar, freqüentemente ambos. 
 
 
 
 
 
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Exames Intervencionistas 
 
COLANGIOGRAFIAS 
PROCEDIMENTOS RADIOGRÁFICOS ESPECIAIS E SUAS INDICAÇÕES 
Colangiografia Operatória 
As colangiografias operatórias são realizadas com os seguintes propósitos: 
1. Revelar quaisquer colelitos não-detectados previamente (principal finalidade) 
2. Investigar a permeabilidade do trato biliar 
3. Determinar o estado funcional da papila de Vater 
4. Evidenciar pequenas lesões, estreitamentos ou dilatações nos ductos biliares 
 
 
Colangiografia Pós-operatória pelo Tubo T 
Colangiografias pelo tubo T são realizadas para alcançar o seguinte: 
1. Visualizar qualquer resíduo ou cálculo não-deteetados previamente 
2. Avaliar o sistema do dueto biliar 
3. Evidenciar pequenas lesões, estreitamentos ou dilatações nos duetos biliares 
4. Extrair pequenos cálculos do dueto biliar durante o procedimento pelo tubo T utilizando um cateter especial com cesto 
Colangiografia Trans-hepática Percutânea (CTP) 
A CTP é realizada nos seguintes casos: 
1. Icterícia obstrutiva: Se o paciente está ictérico e suspeita-se de dilatação dos duetos, uma obstrução dos ductos biliares 
pode ser a causa. A obstrução pode ser devido a cálculo ou estenose biliar 
2. Extração do cálculo e drenagem biliar: A CTP permite ao radiologista diagnosticar a condição e, utilizando equipamento 
especializado, remover o cálculo ou dilatar a porção restrita do trato biliar. O excesso de bile pode ser drenado durante a 
CTP para descomprimir os duetos biliares 
Colangiopancreatografia Endoscópica Retrógrada (CPER) 
O diagnóstico da CPER é realizado para alcançar o seguinte: 
1. Investigar a funcionalidade dos duetos biliares/pancreáticos 
2. Revelar qualquer cálculo não-detectado previamente 
3. Evidenciar pequenas lesões, estreitamentos ou dilatações dos duetos biliares/pancreáticos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Exames Intervencionistas 
 
ANGIOGRAFIA E PROCEDIMENTOS INTERVENClONISTAS 
 
ACESSO VASCULAR PARA INJEÇÃO DE CONTRASTE 
Para visualizar o(s) vaso(s) de interesse, um cateter deve ser introduzido 
na vasculatura do paciente para que o contraste seja injetado através dele. 
Um método comumente usado para cateterização é a técnica de Seldinger. 
Essa técnica foi desenvolvida pelo Dr. Sven Seldinger na década de 
1950 e permanece popular até hoje. É uma técnica percutânea 
(através da pele) e pode ser usada para acessos venosos ou arteriais. 
Três vasos são tipicamente avaliados para a cateterização: 
(1) femoral, (2) braquial e (3) axilar. O angiografista fará a seleção com 
base na presença de um pulso forte e na ausência de doença vascular. 
A artéria femoral é o local preferido para punção arterial devido ao seu 
tamanho e à localização facilmente acessível. Se uma punção femoral 
for contra-indicada devido a enxertos cirúrgicos prévios, presença de 
aneurisma ou doença vascular oclusiva, a artéria braquial ou axilar 
pode ser selecionada. A veia femoral seria também o vaso de escolha 
para acesso venoso. 
A seguir, a descrição passo a passo da técnica de Seldinger: 
 
TÉCNICA DE SELDINGER 
Passo 1 - inserção da agulha: A agulha, com uma cânula interna, é 
colocada em uma pequena incisão e avançada de modo a puncionar ambas 
as paredes do vaso. 
Passo 2 - colocação da agulha na luz do vaso: A colocação da agulha 
na luz do vaso é obtida com a remoção da cânula interna e a retirada lenta 
da agulha até que um fluxo sangüíneo constante retome através da agulha. 
Passo 3 - inserção do guia metálico: Quando o fluxo sangüíneo desejado 
retoma através da agulha, a extremidade flexível de um guia metálico é 
inserida através da agulha e avançada cerca de 10 cm no interior do vaso. 
Passo 4 - remoção da agulha: Após o posicionamento do guia metálico, a 
agulha é removida pela retirada dessa por sobre a porção do guia metálico 
que permanece externamente ao paciente. 
Passo 5 - condução do cateter até a área de interesse: O cateter é então 
conduzido sobre o guia metálico e avançado até a área de interesse sob 
controle fluoroscópico. 
Passo 6 - remoção do guia metálico: Quando o cateter estiver localizado na 
área desejada, o guia metálico é removido do interior do cateter. O cateter 
então permanece em seu posicionamento como uma conexão entre o 
exterior do corpo e a área de interesse. 
 
 
 
OUTRAS TÉCNICAS PARA ACESSO VASCULAR 
Existem duas técnicas menos comuns para acessar vasos que podem ser 
usadas quando necessário. Uma é chamada de dissecção, a qual exige um 
pequeno procedimento cirúrgico para expor o vaso de interesse. A segunda técnica é a abordagem translombar, que exige 
que o paciente seja colocado em decúbito ventral e que uma longa agulha seja \Jassada através do abdome ao nível de 
 
 
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Exames Intervencionistas 
T12 ou L2 para o interior da aorta. Essas duas técnicas não são tão comuns e não são ilustradasespecificamente neste 
capítulo. 
 
 
ANGIOGRAFIA E PROCEDIMENTOS INTERVENClONISTAS 
 
 
ACESSO VASCULAR, cont. 
Os itens estéreis mostrados na Fig. 21.38 foram colocados pelo radiologista 
e estão preparados para a punção arterial. O monifoldo de três divisões 
mostrado no campo estéril nessa fotografia é conectado por extensões de 
tubos a 
1) um transdutor para medição da pressão no vaso, 
(2) um gotejamento salino heparinizado sob pressão e 
(3) um contraste apropriado. A seringa adaptada à extremidade inferior do monifoldo permite injeção manual de medicação 
ou do contraste, e a outra extremidade do monifoldo fixa-se ao cateter posicionado. Os cateteres possuem diferentes 
formatos em suas extremidades distais a fim de permitir um fácil acesso ao vaso de interesse. O técnico deve estar 
familiarizado com os tipos, a radiopacidade, os tamanhos, a construção e a 
forma da ponta dos cateteres e guias metálicos usados. Muitos desses cateteres estão disponíveis (Fig. 21.39). 
O cateter deve ser lavado com freqüência durante o procedimento para prevenir a formação de coágulos sangüíneos que 
possam se tornar embólicos. 
 
 
 
 
BANDEJA ANGIOGRÁFICA 
Uma bandeja estéril contém o equipamento básico necessário para uma 
cáteterização de Seldinger de artéria femoral (Fig. 21 AO). Itens estéreis 
básicos incluem os seguintes: 
1. Hemostatos 
2. Solução anti-séptica e esponjas preparadas 
3. Lâmina de bisturi 
4. Seringa e agulha para anestesia local 
5. Bacias e cuba 
6. Campos e toalhas estéreis 
7. Band-Aids 
8. Cobertura do intensificador de imagem estéril 
CONTRASTE 
O contraste de escolha é uma substância iodada não-iônica e hidrossolúvel devido à sua baixa osmolaridade e ao risco 
reduzido de reação alérgica. A quantidade necessária dependerá do vaso a ser examinado. Como em todos os 
procedimentos que usam contraste, um equipamento de emergência deve estar prontamente disponível, e o técnico deve 
estar familiarizado com o protocolo em caso de reação alérgica do paciente. Uma 
escrição completa do contraste está disponível no Capo 17. 
 
 
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Exames Intervencionistas 
ANGIOGRAFIA E PROCEDIMENTOS INTERVENClONISTAS IMAGEM 
 
Uma vez que o vaso de interesse esteja cateterizado sob orientação fluoroscópica, uma pequena injeção manual de 
contraste será dada para garantir que o cateter esteja em uma posição precisa (isto é, está na luz do vaso e não 
cravado contra a parede). Para a série de imagens, um injetor eletromecânico fornece uma quantidade 
predeterminada de contraste e as imagens são obtidas. A taxa de aquisição de imagens é rápida, freqüentemente na 
faixa de vários quadros por segundo. A série será revisada para determinar qual série adicional precisa ser feita, se é 
que precisa. 
 
PROTEÇÃO CONTRA RADIAÇÃO 
 
Existe um risco potencial no que diz respeito à dose aumentada de radiação para os profissionais de saúde que são 
membros de uma equipe de angiografia. Isso ocorre devido ao uso de fluoroscopia e à sua proximidade com o 
paciente e o equipamento durante o procedimento. O uso consciencioso de dispositivos de proteção contra radiação 
como protetores de chumbo, escudos tireoidianos e óculos de chumbo é necessário. Garantir que o tempo de 
fluoroscopia é o mínimo absoluto é também vital para redução da dose. 
Colimação precisa é importante para reduzir a dose para o paciente e para a equipe de angiografia e limitar a 
quantidade de radiação secundária produzida que irá degradar a qualidade da imagem é também essencial. 
Protetores de chumbo podem ser suspensos no teto como um modo adicional de proteção ao rosto e aos olhos do 
angiografista. Além disso, a unidade de angiografia pode possuir filtros especializados de feixes e capacidade de 
fluoroscopia pulsada para ajudar a assegurar que a dose seja mantida em valores mínimos. 
 
CONTRA-INDICAÇÕES 
Contra-indicações para pacientes que serão submetidos à angiografia incluem alergia ao contraste, função renal 
prejudicada, distúrbios da coagulação sangüínea ou uso de medicamento anticoagulante e função cardiopulmonar 
/neurológica instável. 
 
RISCOS/COMPLICAÇÕES 
Procedimentos angiográficos não são isentos de risco para o paciente. Alguns dos riscos e complicações mais comuns 
são os seguintes: 
Sangramento no local da punção: Isso pode usualmente ser controla do com aplicação de compressão. 
Formação de trombos: Um coágulo sangüíneo pode se formar em um vaso e interromper o fluxo para áreas distais. 
Formação de êmbolo: Um pedaço de placa pode ser desalojado de uma parede do vaso pelo cateter. Um acidente 
vascular cerebral ou 
oclusão de outro vaso pode ocorrer. . Dessecação de um vaso: O cateter pode romper a íntima de um vaso. . 
Infecção do local de punção: Isso é causado pela contaminação do campo estéril. 
Reação ao contraste: Essa pode ser leve, moderada ou grave (ver Capo 17). 
Se a artéria braquial ou axilar foi usada para a cateterização, há o risco adicional de dano aos nervos adjacentes e de 
espasmo arterial. A abordagem translombar também possui riscos adicionais para o paciente, que incluem 
hemotórax, pneumotórax e hemorragia retroperitoneal. 
Raramente, uma porção do guia metálico ou do cateter pode quebrar no vaso. O fragmento se torna um êmbolo e o 
paciente corre muito risco. O fragmento pode ser recuperado usando um tipo especial de cateter (ver p. 694). 
 
CUIDADOS APÓS O PROCEDIMENTO 
Após o procedimento angiográfico, o cateter é removido e compressão é aplicada no local da punção. O paciente 
permanece em repouso no leito por no mínimo 4 horas, mas a cabeceira da cama/maca deve estar elevada 
aproximadamente 30°. Durante esse período, o paciente é monitorizado e os sinais vitais e o pulso periférico distal ao 
local da punção são conferidos regularmente. A extremidade é também avaliada quanto à temperatura, cor e 
sensibilidade para garantir que a circulação não tenha sido interrompida. Líquidos orais são dados e analgésicos são 
fornecidos se necessário. 
Devem ser dadas instruções aos pacientes em caso de sangramento espontâneo no local da punção: aplicar pressão 
e procurar socorro. 
Pacientes que sofreram uma abordagem translombar devem seguir condutas similares após o procedimento, com 
exceção de compressão externa. Nesse caso, o sangramento é controlado internamente, já que sangramento na 
musculatura periaórtica fornece compressão interna. 
Avanços recentes incluem o desenvolvimento de dispositivos para fechar cirurgicamente o local de punção de forma 
percutânea. O dispositivo usado para isso é parte do sistema de introdução de cateter. Na conclusão do 
procedimento, o vaso é suturado usando o dispositivo especializado fixado. Isso é vantajoso para o paciente, pois 
reduz o risco de hemorragia e não é necessário que o angiografista comprima a virilha por diversos minutos. Essa 
técnica é efetiva mesmo se o paciente tomar anticoagulantes. 
 
 
- 17 - 
Exames Intervencionistas 
 
Modificações no Procedimento 
 
APLICAÇÕES PEDIÁTRICAS 
Pacientes pediátricos que necessitam de angiografia geralmente são efetivamente sedados ou estão sob anestesia 
geral para os procedimentos, dependendo da idade e da condição do paciente. Neonatos provenientes de berçários 
com terapia especial são cobertos com cobertores aquecidos durante o procedimento para manter a sua temperatura 
corporal. 
Parentes e acompanhantes não são usualmente permitidos na unidade de angiografia. No entanto, deve ser dada 
uma explicação completa a eles sobre o procedimento antes de assinarem o consentimento. 
Pacientes pediátricos podem sofrer de patologias semelhantes às dos pacientes adultos. No entanto, procedimentos 
angiográficos, especialmente cateterização cardíaca, são freqüentemente indicados para investigar defeitos 
congênitos. 
 
APLICAÇÕES GERIÁTRICAS 
Perda do sensório (visão, audição etc.) associada ao envelhecimento pode levar o paciente geriátrico a exigir 
paciência, assistência e monitorizarão adicionais durante o procedimento. Pacientes geriátricos freqüentemente 
sentem nervosismoe medo de cair da mesa de exame, que é bastante estreita nas unidades angiográficas. 
Renovação da confiança e cuidado adicional por parte do técnico durante o procedimento ajudam o paciente a sentir-
se seguro e confortável. 
Um colchão radiolucente para acolchoamento adicional na mesa de exame dará conforto aos pacientes geriátricos. 
Cobertores adicionais devem estar disponíveis após o procedimento para mantê-los aquecidos. 
Pacientes idosos podem apresentar tremores ou dificuldade de permanecer imóveis; o uso de alta mA resultará em 
períodos menores de exposição que ajudarão a reduzir o risco de movimentação nas imagens. 
 
ANGIOGRAFIA E PROCEDIMENTOS INTERVENCIONISTAS 
Equipamento para Estudo Angiográfico 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SALA DE ANGIOGRAFIA 
Uma sala de angiografia é equipada para todos os tipos de procedimentos angiográficos e intervencionistas e possui 
uma ampla variedade de agulhas, cateteres e guias metálicos ao alcance das mãos. É maior do que as salas para 
radiografia convencional e possui uma pia e área para escovação e 
uma sala de espera para os pacientes. A sala angiográfica deve ter saídas para oxigênio e aspiração, e equipamento 
médico de emergência deve estar próximo. 
 
 
 
 
 
 
EQUIPAMENTOS NECESSÁRIOS 
Uma unidade angiográfica geralmente exige o seguinte: 
Uma mesa do tipo ilha que forneça acesso ao paciente por todos os lados. 
Ela deve ter capacidade flutuante nos quatro sentidos, altura ajustável e 
um mecanismo de inclinação. 
Imagem com amplo campo de visão, justificados com fluoroscopia digital 
com braço C. 
 
 
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Exames Intervencionistas 
Sistema de aquisição de imagem digital programável que permita seleção e aquisição de taxa e seqüência de 
imagem e processamento das imagens. Tubo(s) especializado(s) de raios-X com alta capacidade de carregar calor e 
rápido esfriamento a fim de atender à necessidade de mA alta, taxas de quadro mais altas e série de aquisição 
múltipla. (Um sistema biplano é mostrado na Fig. 21.4 1). Injetor eletromecânico para fornecimento do contraste 
(ver descrição completa na p. 683). Equipamento para monitorizarão fisiológica que permita monitorizar as pressões 
arterial e venosa do paciente e ECG (especialmente importante para angioplastia e cateterização cardíaca). Método 
de arquivamento de imagens ligado ao PACS e/ou à impressora a laser.Sistemas mais antigos usam alternadores 
biplanos de corte do filme (ver Fig. 21.44), mas estão sendo amplamente substituídos pelos sistemas digitais. 
 
AQUISiÇÃO DIGITAL 
Conforme a radiação atravessa o paciente e é detectada pelo intensificador de imagem, este converte a energia dos 
raios X para luz. Esta é então transmitida para um sistema de televisão que converte a luz em um sinal elétrico e 
envia esse sinal para um conversar de analógico para digital. O sinal é então digitalizado e enviado para o 
processador digital de imagem. O processador de imagem permite que o técnico exiba, manipule e armazene as 
imagens. A imagem digital de um arteriograma carotídeo é mostrada na Fig. 21.42. 
 
 
 
 
 
ANGIOGRAFIA DIGITAL COM SUBTRAÇÃO (DSA) 
Uma vantagem da tecnologia digital é a capacidade de realizar a angiografia 
digital com subtração (OSA). O método digital substitui o antigo método 
fotográfico de subtração de imagem. Com a tecnologia digital, um 
computador altamente sofisticado "subtrai" ou remove algumas estruturas 
anatômicas de modo que a imagem resultante demonstre apenas o(s) 
vaso(s) de interesse contendo o contraste (Fig. 21.43). Uma imagem 
subtraída aparece como uma imagem inversa e pode visualizar 
informações diagnósticas não-aparentes em uma imagem convencional 
não-subtraída. 
Imagens Pós-processamento Como as imagens são digitais e armazenadas, muitas opções após o processamento 
estão disponíveis a fim de melhorar ou modificar a imagem. Algumas funções pós-processamento (ex., alteração de 
pediu ) permitem que o técnico melhore a qualidade da imagem subtraída. A imagem pode ser ampliada (zoom) 
para se ver estruturas específicas, e analisada quantitativamente para medir distâncias, calcular estenose etc. Muitas 
outras opções também estão disponíveis. A aquisição digital permite que as imagens sejam arquivadas diretamente 
para um PACS se disponível, com todas as vantagens inerentes (fácil acesso às imagens pelos especialistas, 
eliminação de filmes perdidos, visão simultânea de imagens etc.) 
 
 
 
 
 
ANGIOGRAFIA E PROCEDIMENTOS INTERVENCIONISTAS 
 
ALTERNADORES BIPLANOS DE FILME 
No passado, o típico procedimento angiográfico cerebral usava alternadores 
biplanos de filme em conjunção com dois tubos radiográficos. Eles têm sido 
amplamente substituídos por equipamento biplano digital, mas alternadores 
de corte de filme ainda podem ser usados ocasionalmente, e os técnicos 
devem estar familiarizados corn eles. 
Um tipo de alternador de corte de filme é mostrado na Fig. 21.44. Cada 
unidade do alternador de corte do filme deve ser independente da outra, 
e as duas devem ser colocadas facilmente em ângulo reto entre si. Esse 
arranjo permite exposição de uma série de radiografias tanto na posição 
lateral quanto na posição AP com uma única injeção de contraste. 
O mecanismo interno do alternador de filme move rapidamente o filme 
desde o compartimento de fornecimento até a área de exposição e finalmente 
até o depósito receptor. Um selecionador de programa opera o alternador 
de filme durante exposições seriadas ou únicas, regulando a taxa de filmagem 
e a duração de cada fase da série. Desse modo, o selecionador de programa 
 
 
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Exames Intervencionistas 
controla o número de filmes por segundo e a duração total do tempo em que 
as exposições devem ser feitas. O selecionador de programa é integrado de 
modo que o injetar de contraste é sincronizado com o processador de imagem. 
 
 
 
 
INJETOR AUTOMÁTICO ELETROMECÂNICO DE CONTRASTE 
Conforme o contraste é injetado para o interior do sistema circulatório, ele é diluído pelo sangue. O material contrastado 
deve ser injetado com pressão suficiente para vencer a pressão arterial sistêmica do paciente e para manter uma 
concentração a fim de minimizar a diluição pelo sangue. 
Para manter a taxa de fluxo necessária para a angiografia, um injetor automático eletromecânico é usado. A taxa de fluxo 
é afetada por várias variáveis, como a viscosidade do contraste, o comprimento e o diâmetro do cateter e a pressão de 
injeção. Dependendo dessas variáveis e do vaso a ser injetado, a taxa de fluxo desejada pode ser selecionada antes da 
injeção. 
Um típico injetor digital automático de contraste é mostrado na Fig. 21.45. 
Todo injetor é equipado com seringas, um dispositivo de aquecimento, um 
mecanismo de alta pressão e um painel de controle. As seringas de uso 
comum são descartáveis. Seringas reutilizáveis devem ser facilmente 
desmontadas para esterilização. O dispositivo de aquecimento aquece e 
mantém o contraste na temperatura corporal, reduzindo a viscosidade do 
contraste. O mecanismo de alta pressão é usualmente um dispositivo 
eletromecânico que consiste em um impulso motor que move o êmbolo da 
seringa para dentro ou para fora. 
Aspectos adicionais de um injetor eletromecânico automático além de segurança, onveniência, facilidade de uso e 
confiabilidade dos parâmetros da taxa de fluxo incluem os seguintes: (1) acendimento de luz quando armado e pronto 
para injeção; (2) um controle de injeção lento ou manual para remover bolhas de ar da seringa; e (3) controles para 
impedir a injeção inadvertida ou pressão excessiva ou a injeção de grande quantidade. 
 
 
 
ANGIOGRAFIA E PROCEDIMENTOS INTERVENCIONISTAS 
 
Modalidades ou Procedimentos Alternativos 
Além dos procedimentos específicos de angiografia listados abaixo, modalidades e procedimentos alternativos estão 
também disponíveis nos centros de imagem. 
 
 
TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA (Te) 
Aquisição de volume, reconstrução de imagens subseqüente e equipamentosofisticado fizeram da TC uma valiosa 
ferramenta na avaliação de vasos. A tomografia computadorizada é usada para estudar aneurismas aórticos e (se as 
especificações do equipamento permitirem) é útil no diagnóstico de embolia pulmonar. 
A angiografia por tomografia computadorizada (ATe) é um estudo que fornece imagens das estruturas vasculares em 
corte transversal e que, dependendo da capacidade do equipamento, podem ser reconstruídas em uma imagem em 
3D. A ATC fornece a vantagem da administração intravenosa do contraste, eliminando a necessidade de punção 
arterial e inserção de cateter. 
MEDICINA NUCLEAR 
A tecnologia da medicina nuclear é freqüentemente usada em conjunto com a angiografia na investigação de certas 
patologias cardiovasculares, algumas das quais incluem embolia pulmonar, sangramento GI, hipertensão 
renovasculare doença arterial coronariana. A medicina nuclear complementa outras modalidades de imagem, pois 
fornece basicamente informações fisiológicas mas poucos detalhes anatômicos. 
 
ULTRA-SOM (SONOGRAFIA) 
O papel da ultra-sonografia no estudo cardiovascular tem aumentado. O ultra-som pode ser usado para estudar a 
permeabilidade dos vasos e demonstrar a formação de trombos, placas ou estenose. Duplex colorido (fluxo Doppler 
colorido) é também usado, no ultra-som, para demonstrar a presença ou a ausência de fluxo no interior do vaso, a 
direção do fluxo e, com equipamento mais sofisticado, a velocidade do fluxo. A ecocardiografia fornece imagens 
detalhadas do coração para a investigação de inúmeras condições cardíacas, incluindo doença valvar, aneurisma, 
cardiomiopatia, infarto miocárdico e defeitos congênitos. 
 
 
 
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Exames Intervencionistas 
RESSONÂNCIA MAGNÉTICA (RM) 
A angiografia por ressonância magnética (ARM) fornece imagens altamente detalhadas da vasculatura do paciente. 
Essa é uma vantagem, já que não é necessário contraste e a punção de vaso é evitada. 
ANGIOGRAFIA ROTACIONAL 
Durante a injeção do contraste e durante a obtenção das imagens, o braço C de uma unidade angiográfica é rodado 
até 1800 ao redor do paciente. A estrutura e o sistema vasculares são visualizados em uma ampla variedade de 
ângulos com uma única injeção de contraste. As imagens resultantes podem ser executadas digitalmente em um 
modo cine loop a fim de garantir uma apresentação dinâmica da imagem. O estudo rotacional pode fornecer 
informação a respeito de quais vasos necessitam de investigação adicional ou do ângulo ótimo do equipamento para 
usar em estudos posteriores. 
 
ANGIOGRAFIA ROTACIONAL TRIDIMENSIONAL (3D) 
Uma imagem tridimensional (3D) pode ser produzida a partir de dados da imagem adquirida durante uma aquisição 
rotacional. Os dados são processados por um sofisticado sistema computadorizado e exibidos. 
Os sistemas de reconstrução 3D de imagens são valiosos na visualização de patologias complexas da vasculatura 
intracraniana (por exemplo, malformações arteriovenosas ou aneurismas com localização ou características 
incomuns). Informações obtidas por imagens 3D são freqüentemente úteis no planejamento da abordagem 
intervencionista para essas patologias. O estudo rotacional 3D está sendo também avaliado para uso em outras 
áreas, incluindo as regiões torácica e abdominal. 
 
ANGIOGRAFIA COM CO2 
Como uma alternativa para o contraste iodado, o CO2 está sendo usado em alguns centros para procedimentos 
selecionados quando agentes contrastados iodados são contra-indicados. Isso pode incluir pacientes com doença 
cardiopulmonar, diabetes melito ou insuficiência renal. O uso de CO2 como agente contrastado é também indicado 
para pacientes com história de reação alérgica ao contraste iodado. 
Injetores especializados em CO2 têm sido desenvolvidos para garantir fornecimento preciso e adequadamente 
cronometrado do gás para o interior dos vasos a serem examinados. Alguns equipamentos angiográficos possuem 
programação especializada de imagem digital para otimizar o uso do C02o 
Certas limitações e riscos estão associados com a angiografia com CO2, mas espera-se que o uso de CO2 como um 
contraste encontre grande aplicação no futuro. 
 
 
 
 
Procedimentos Angiográficos Específicos 
A próxima parte deste capítulo introduz e descreve rapidamente os sei_ procedimentos angiográficos mais 
comumente realizados em um típico{ centro de imagem, que são os seguintes: (A rotina específica de cad. um deles 
será determinada pelas preferências do radiologista ou pc protocolo departamental.) 
1. Angiografia cerebral 2. Angiografia torácica 3. Angiocardiografia 
4. Angiografia abdominal 
5. Angiografia periférica 
6. Linfografia 
As descrições de cada um desses procedimentos incluirão o segui te: 
Objetivo 
Indicações patológicas 
Cateterização 
Contraste 
Imagem 
 
 ANGIOGRAFIA E PROCEDIMENTOS INTERVENCIONISTAS 
 
ANGIOCARDIOGRAFIA 
 
Objetivo 
Angiocardiografia refere-se especificamente ao estudo radiológico do coração e estruturas associadas. Arteriografia 
coronariana é usualmente realizada ao mesmo tempo para visualizar as artérias coronárias. 
Cateterização cardíaca é um termo mais geral usado para descrever a colocação do cateter no coração, e inclui estudos 
adicionais aos estudos radiológicos, como obter amostras de sangue para medição da saturação de oxigênio ( oximetria 
) e medição das pressões e gradientes hemodinâmicos. É necessário equipamento especializado para monetarização 
fisiológica para essas medições sensíveis. Para os fins deste texto, focalizaremos o estudo da cateterização cardíaca. 
 
 
- 21 - 
Exames Intervencionistas 
 
Indicações Patológicas 
As indicações patológicas para angiocardiografia e arteriografia coronariana incluem as seguintes: 
Doença arterial coronariana e angina Infarto miocárdico 
Doença valvular 
Dor torácica atípica 
Anomalias cardíacas congênitas 
Outras patologias do coração e da aorta 
 
Cateterização 
Como nos outros angiogramas, a artéria femoral é o local preferido para 
cateterização. O cateter é avançado até a aorta e ao longo de sua extensão 
para o interior do ventrículo esquerdo para o ventriculograma esquerdo. 
Um cateter pígtoíl é usado, pois um grande volume de contraste será 
injetado. Para o arteriograma coronariano, o cateter é trocado e a artéria 
coronária é selecionada; as artérias coronárias direita e esquerda são 
examinadas rotineiramente. Cateteres com formatos especiais são 
projetados para caber em cada uma das artérias coronárias. 
Após a injeção do contraste nas artérias coronárias, o cateter é 
imediatamente removido para evitar oclusão do vaso. 
Acesso ao lado direito do coração seria obtido através da cateterização da veia femoral e avanço do cateter através das 
estruturas venosas até que o lado direito do coração seja alcançado. 
 
Contraste 
Aproximadamente 40 a 50 ml de contraste iodado hidrossolúvel não iônico e de baixa osmolaridade são injetados para 
o ventriculograma. As artérias coronárias exigem tipicamente 7 a 10 ml de contraste por injeção. 
 
Imagem 
A taxa de imagem para angiocardiografia é muito rápida, na faixa de 15 a 
30 quadros por segundo, e é mais alta em pacientes pediátricos. 
Se equipamento biplano estiver disponível para o ventriculograma esquerdo, 
imagens em incidência AOD e AOE serão obtidas. Se o equipamento é de 
plano único, uma imagem AOD a 30° será obtida rotineiramente (Fig. 21.54). 
Usando o ventriculograma, a fração de ejeção pode ser calculada. A fração de ejeção é expressa como uma 
porcentagem e fornece uma indicação da eficiência da bomba do ventrículo esquerdo (Fig. 21.56). Uma série de 
imagens oblíquas é obtida para visualização completa das coronárias. Rotineiramente, seis tomadas da coronária 
esquerda são obtidas, e duas tomadas da coronária direita são obtidas (mais tomadas são obtidas da coronária 
esquerda, pois na maioria das pessoas ela e seus ramos fornecem o suprimento sangüíneo para a maior parte do 
coração). 
O uso de equipamento biplano de imagem é vantajoso, pois reduz a quantidade de contraste necessária,já que duas 
incidências oblíquas podem ser obtidas simultaneamente. A respiração é suspensa para a aquisição da imagem. 
As imagens são arquivadas em compacte dísco ou no PACS e, quando executadas, são vistas modo de filmes. 
 
ANGIOGRAFIA E PROCEDIMENTOS INTERVENClONISTAS 
 
 
 
 
 
 
ANGIOGRAFIA ABDOMINAL 
 
Objetivo 
Angiografia abdominal demonstra o contorno e a integridade da 
vasculatura abdominal. Isso significa que a disposição ou o deslocamento 
dos vasos abdominais que estão sendo estudados e possíveis obstruções ou roturas de vasos (por exemplo, 
abaulamento do aneurisma) serão demonstradas. Qualquer deslocamento dos vasos pode indicar uma lesão ocupando 
espaço. 
Aortografia refere-se ao estudo angiográfico da aorta, e estudos se letivos referem-se a cateterização de um vaso 
específico. 
 
 
- 22 - 
Exames Intervencionistas 
Cavografia demonstra a veia cava superior e/ou inferior. 
 
Indicações Patológicas 
As indicações patológicas para angiografia abdominal incluem as seguintes: 
Aneurismas 
Anormalidade congênita . Sangramento GI 
Estenose ou oclusão 
Trauma 
 
Cateterização 
Para um aortograma, a aorta é tipicamente acessada pela artéria femoral. 
O tamanho e o tipo do cateter necessário dependem da estrutura, 
mas um cateter pigtoil é geralmente usado devido à grande quantidade de 
contraste a ser injetado conforme a necessidade para o aortograma 
(Fig. 21.57). 
Estudos angiográficos seletivos exigem o uso de cateteres especialmente configurados para acessar o vaso de interesse. 
Estudos seletivos comumente realizados incluem o tronco celíaco, as artérias renais (Fig.21.58) e as artérias 
mesentéricas inferior e superior, que são seleciona das durante a investigação de sangramento GI. Um estudo super 
seletivo envolve a seleção de um ramo do vaso. Um exemplo comum disso é a seleção da artéria hepática ou 
esplênica, que são dois ramos do tronco celíaco. A cateterização para a cavografia é obtida através da punção da veia 
femoral. O cateter é então avançado até o nível desejado. 
 
 
Contraste 
Uma quantidade média de contraste para um aortograma e para um cavograma é de 30 a 40 ml. A quantidade de 
contraste para estudos seletivos varia, dependendo do vaso a ser examinado. Como em outros procedimentos 
angiográficos, o contraste de escolha é iodado, hidrossolúvel e não-iônico, com baixa osmolaridade. 
 
Imagem 
As imagens são obtidas o paciente na posição supina; qualquer obliqüidade 
exigida é obtida através da manipulação do braço C. Imagens seriadas 
são obtidas tipicamente por vários segundos. A taxa e a seqüência 
cia de imagens dependem de muitos fatores, incluindo tamanho do vaso, 
história do paciente e preferência médica. 
Antes da realização de qualquer estudo arterial seletivo, um angioograma 
grama abdominal geralmente é obtido, preferivelmente incluindo desde 
de o diafragma até a bifurcação da aorta. Ramos associados da aorta, como as artérias renais direita e esquerda e as 
artérias mesentéricas superior e inferior, serão visualizados, como mostrado nas imagens da Fig. 21.59. 
As seqüências de imagem para estudos seletivos são usualmente estendidas para visualizar a fase venosa. A respiração 
é suspensa durante a obtenção da imagem. 
 
ANGIOGRAFIA E PROCEDIMENTOS INTERVENCIONISTAS 
 
ANGIOGRAFIA PERIFÉRICA 
 
Objetivo 
Angiografia periférica é um exame radiológico da vasculatura periférica 
após a injeção de contraste. Angiografia periférica pode ser um 
arteriograma (Fig. 21.60), onde a injeção é feita através de um cateter 
em uma artéria, ou um venograma, onde a injeção é feita no interior de 
uma veia periférica. Venogramas são raramente realizados nos dias de 
hoje devido à sensibilidade aumentada do ultra-som (Doppler colorido) 
para demonstrar patologia, e não serão discutidos nesta seção. 
Indicações Patológicas 
As indicações patológicas para angiografia periférica incluem as seguintes: 
Doença aterosclerótica 
Estenose ou oclusão dos vasos 
Trauma 
Neoplasia 
Embolia ou trombose 
 
 
- 23 - 
Exames Intervencionistas 
 
Cateterização 
A técnica de Seldinger é usada para acessar a artéria femoral, ou, alternativamente, para um arteriograma periférico. 
Para um arteriograma de membro inferior, o cateter é avançado imediatamente superior à bifurcação da aorta. 
Para um arteriograma de membro superior, o cateter é avançado ao longo da aorta torácica e abdominal. Para um 
estudo do membro superior esquerdo, a artéria subclávia esquerda é selecionada; para um estudo do membro superior 
direito, a artéria subclávia direita é selecionada a partir do tronco braquiocefálico. 
 
Contraste 
A quantidade média de contraste necessária para um arteriograma de 
membro superior é muito menor que para um arteriograma de membro 
inferior. Isso ocorre devido à diferença no tamanho da parte e pelo fato 
de o exame de membro superior ser unilateral, ao passo que no membro 
inferior o exame é bilateral. 
 
Imagens: Membro Superior 
O estudo do membro superior exige o cálculo do tempo do fluxo sangüíneo, 
e uma técnica similar àquela descrita previamente pode ser usada. A 
diferença básica entre o estudo do membro superior e inferior é o fato de 
ele ser unilateral no membro superior, e não bilateral como no membro 
 inferior. 
 
Imagens: Membro Inferior 
Devido à existência de variação no fluxo sangüíneo através de ambos os 
membros inferiores como resultado da potência e oclusão de vaso, o tempo 
de circulação deve ser determinado para garantir que o contraste seja 
visível nos vasos durante o estudo. Diferentes métodos podem ser usados 
para controlar o tempo do estudo. Isso pode ser feito manualmente controlando a velocidade do movimento da mesa 
durante a obtenção da imagem, ou a programação pode ser feita por computador. 
Usando a técnica atual, uma vez que o tempo do fluxo sangüíneo tenha sido e estabelecido, a esa se move na faixa 
predeterminada e imagens são obtidas na incidência PA. Essas imagens podem então ser reconstruídas para garantir a 
visualização de todo o membro inferior (Fig. 21.61) ou podem ser vistas individualmente (Fig. 21.62). A respiração é 
suspensa para obtenção da imagem. 
 
ANGIOGRAFIA E PROCEDIMENTOS INTERVENCIONISTAS 
 
PROCEDIMENTOS INTERVENCIONISTAS 
Definição e Objetivos 
Procedimentos intervencionistas são procedimentos radiológicos que 
intervêm em um processo de doença, fornecendo um desfecho terapêutico. 
Relatando simplificadamente, os procedimentos intervencionistas usam 
técnicas angiográficas para o tratamento da doença, além de fornecerem 
algumas informações diagnósticas. 
Essa é uma especialidade que cresce muito rapidamente à medida que os 
procedimentos intervencionistas vêm se tornando uma ferramenta importante 
no tratamento de uma lista crescente de patologias. 
O objetivo desses procedimentos e os benefícios para o paciente e para o 
sistemas de saúde incluem os seguintes: 
Técnicas que são minimamente evasivas e de menor risco se comparadas com os tradicionais procedimentos 
cirúrgicos 
Procedimentos que são mais baratos que os procedimentos tradicionais 
médicos e cirúrgicos . Menor tempo de hospitalização para o paciente . 
Menor tempo de recuperação devido à segurança e à menor invasividade 
do procedimento 
Alternativa para pacientes que não podem se submeter à cirurgia 
Esses procedimentos são usualmente realizados em uma unidade 
angiográfica, sob a direção de um radiologista. Orientação fluoroscópica 
é crucial para seguir o trajeto das agulhas e cateteres necessários. 
 
 
- 24 - 
Exames Intervencionistas 
O aumento na complexidade do tipo de procedimento intervencionista usualmente realizado tem feito com que 
muitas unidades angiográficas sejam aperfeiçoadas para alcançar as especificações de salas cirúrgicas. 
Isso reduzirá o risco de infecção e permitirá o manejo cirúrgico rápido em caso de complicações. 
Procedimentos intervencionistas podem ser categorizados como procedimentos vasculares ou não-vasculares. 
 
PROCEDIMENTOS INTERVENCIONISTASVASCULARES 
 
Imobilização 
 
Imobilização transcateter é um procedimento que usa uma abordagem angiográfica para criar um êmbolo em um 
vaso, restringindo desse modo o fluxo sangüíneo. Existem várias indicações clínicas para esse procedimento, 
incluindo as seguintes: 
Cessar o afluxo de sangue para um local de patologia. Reduzir o fluxo sangüíneo para uma estrutura e tumor 
altamente vascularizados antes da cirurgia. 
Interromper sangramento ativo em um local específico. Fornecer um agente quimioterápico. Exemplos de 
procedimentos específicos de embolização incluem os seguintes: 
Embolização da Artéria Uterina Esse é um procedimento usado para tratar fibróides sintomáticos. Embolização da 
artéria uterina pode reduzir o fibróide e eliminar a dor e o sangramento associados a ele, substituindo assim a 
histerectomia. 
Quimioembolização Isso é mais comumente usado para doenças malignas hepáticas. O agente quimioterápico é 
injetado no interior da vasculatura tumoral. A taxa de sobrevida com esse procedimento é comparável à do 
tratamento com ressecção cirúrgica mais evasiva. Investigação do uso dessa técnica para outros cânceres 
localmente avançados (por exemplo, pulmonar, mama, cerebral) está em andamento. 
Embolização Endovascular Intracraniana com Molas Isso fornece uma alternativa para pacientes com aneurismas 
cerebrais que são inoperáveis ou de alto risco cirúrgico. Usando microcateteres especial 
Fig. 21.65 Angiografia (OSA) antes do procedimento de embolização. (Cortesia de Philips Medical Systems.) 
Fig. 21.66 Angiografia (OSA) depois do procedimento de embolização (oclusão de aneurisma). (Cortesia de Philips 
Medica! Systems.) 
mente projeta dos, molas destacáveis são usadas para ocluir completamente o saca e o calo do aneurisma. 
Cateteres especiais são usados para colocar o agente embólico que pode ser temporário (por exemplo, gelfoam) ou 
permanente (por exemplo, molas de aço inoxidável), dependendo da aplicação clínica do procedimento. 
Riscos e Complicações As complicações dos procedimentos de embolização são similares às de outros 
procedimentos angiográficos e incluem perfuração do vaso, acidente vascular cerebral e hemorragia. Para esses 
procedimentos, existe o risco adicional de oclusão do vaso inapropriado. Deve-se ter bastante cuidado para evitar 
que isso ocorra. 
Exemplos Um exemplo de um procedimento de embolização usado com sucesso para ocluir um aneurisma na 
artéria comunicante anterior é demonstrado nas Figs. 21.65 e L 1.66 acima (imagens de angiograma digital DSA). 
A Fig. 21.66 demonstra que o local do aneurisma (ver seta) está completamente ocluído após a realização da 
microcateterização e nove molas destacáveis foram colocadas no interior do aneurisma. 
 
ANGIOGRAFIA E PROCEDIMENTOS INTERVENCIONISTAS 
 
Angioplastia Transluminal Percutânea e Colocação de Stent Angioplastia 
A angioplastia transluminal percutânea (PTA) usa uma abordagem 
angiográfica e cateteres especializados para dilatar um vaso, estenosado. 
Um cateter com um balão vazio é avançado no vaso de interesse. 
Pressões hemodinâmicas proximal e distal à estenose são obtidas e um 
angiograma pré-angioplastia é realizado. A porção balonada do cateter 
é colocada na estenose vascular e o balão é inflado. A pressão da 
insuflação é monitorada por um medidor de pressão a fim de prevenir a 
rotura vascular, e pode ser necessária mais de uma insuflação. A duração 
das insuflações é cuidadosamente calculada a fim de eliminar o dano aos 
tecidos distais devido à oclusão temporária do fluxo sangüíneo. 
Os passos finais do procedimento incluem a obtenção da pressão arterial 
proximal e distal à porção dilatada do vaso e um angiograma pós 
angioplastia. Isso permite que a eficácia do procedimento seja avaliada. 
Colocação de stent Para auxiliar na manutenção da desobstrução do vaso, 
um stent pode ser inserido através da área a ser tratada durante a 
angioplastia. Um stent é um dispositivo metálico, similar a uma gaiola, 
que é colocado na luz do vaso a fim de fornecer suporte. Ele pode se 
 
 
- 25 - 
Exames Intervencionistas 
auto-expandir ou pode ser expandido por balão. O tipo que se auto 
expande sofre expansão automática quando a cobertura do stent é 
removida no vaso, e o tipo que se expande por balão (o stent comprimido 
cobre o balão no cateter) é posicionado durante a fase da angioplastia 
na qual o balão é inflado. O uso de stents aumenta a duração do efeito 
terapêutico do procedimento. 
Esse procedimento é um dos procedimentos intervencionistas mais duradouros e possui aplicação em uma ampla 
gama de tipos e tamanhos de vasos (por exemplo, artérias coronárias, ilíacas, renais). Riscos e Complicações Os 
riscos da angioplastia transluminal incluem rotura e perfuração do vaso, embolia, oclusão vascular e dissecção. 
Colocação de Stent-enxerto 
Stent-enxerto é uma combinação de stents intervencionistas e enxertos 
cirúrgicos. As indicações clínicas básicas para a colocação de stentenxerto 
incluem aneurisma aórtico e injúrias vasculares traumáticas (Fig. 21.67). 
Esse procedimento oferece uma opção para os pacientes que não são 
candidatos a procedimentos cirúrgicos e representa menor risco para 
pacientes que são candidatos à cirurgia. 
Usa-se a abordagem angiográfica por dissecção, e á fluoroscopia é usada 
para acompanhar a progressão do cateter. O stent-enxerto se autoexpande 
após sua inserção através do cateter e sua fixação à parede do vaso 
através de seus esteios. Embora a colocação de stent-enxerto seja 
usada há muitos anos na Europa, ensaios clínicos para esse procedimento 
estão em andamento nos Estados Unidos e no Canadá. 
Riscos e Complicações As complicações para esse procedimento incluem 
escape ao redor da enxertia de stent ou migração do dispositivo. Rotura 
do vaso é também um risco. 
 
ANGIOGRAFIA E PROCEDIMENTOS INTERVENCIONISTAS 
Filtro de Veia Cava Inferior 
Um filtro de veia cava inferior é indicado para pacientes com embolia 
pulmonar recorrente ou em pacientes de risco para embolia (por exemplo, 
após o trauma com fraturas pélvicas e de membros inferiores). Um filtro é 
colocado na veia cavo inferior para aprisionar êmbolos potencialmente fatais 
originados nos membros inferiores. Vários filtros projetados estão 
disponíveis para esse procedimento (Figs. 21.70 e 21.71). 
A punção de veia femoral ou jugular é usada para obter o acesso até a veia 
cava inferior. Uma técnica angiográfica é então usada para dispor do filtro 
pelo cateter. O filtro possui esteios que o ancoram às paredes do vaso. 
O filtro deve ser colocado inferiormente às veias renais a fim de prevenir 
trombose dessas. 
Riscos e Complicações Além das complicações angiográficas usuais 
(infecção, sangramento etc.), há o risco adicional da migração do filtro para 
o coração e os pulmões. O filtro pode também sofrer oclusão com o passar 
do tempo. 
Inserção de Dispositivos de Acesso Venoso 
A colocação de dispositivos de acesso venoso tornou-se um procedimento comum nas unidades vasculares e 
intervencionistas, pois a inserção do cateter pode ser seguida por fluoroscopia. Esses cateteres venosos são 
usados para administração de quimioterapia ou de grandes quantidades de antibióticos, para exames de sangue 
freqüentes e para nutrição parenteral total (NPT). Os cateteres podem permanecer no local por vários meses, 
dependendo do tipo que está sendo usado e da indicação clínica. Os três dispositivos mais comumente inseridos 
incluem os seguintes: 
 
 
Cateter central inserido perifericamente (acesso PICC) pode 
permanecer no local por até 6 meses. A extremidade proximal do cateter 
é posicionada nas proximidades do átrio direito, e a terminação distal 
permanece exposta e deve ser coberta. 
. Acesso de Hickman usualmente é usado para NPT e para pacientes 
com transplante de medula óssea. A ponta do cateter é posicionada nas 
 
 
- 26 - 
Exames Intervencionistas 
proximidades do átrio direito, e a terminação distal é colocada em um túnelsob a pele. 
 
. Orifício subcutâneo é o mais permanente e o mais caro. A ponta do cateter é posicionada nas proximidades do 
átrio direito, e o orifício de injeção para quimioterapia fica imediatamente abaixo da parede torácica, Os acessos 
são inseridos sob condições estritamente assépticas, pois o paciente freqüentemente é imuno comprometido. O 
acesso ao sistema venoso é usualmente feito através da veia cefálica ou da veia jugular. 
Riscos e Complicações Complicações incluem infecção, trombose e 
pneumotórax. 
 
Shunt (derivação) Portossistêmico Intra-hepático Transjugular (TIPS) 
Um shunt portos sistêmico intra-hepático transjugular (TIPS) é um procedimento vascular intervencionista 
desenvolvido para tratar sangramento por varizes (causadas por hipertensão porta), asciterefratária e cirrose. É útil 
no tratamento de pacientes com condições que variam de doença hepática em estágio terminal até aqueles que 
aguardam transplante hepático. Esse procedimento cria uma passagem artificial para permitir que a circulação 
venosa portal desvie da rota normal através do fígado (Fig.21.72). 
O sistema porta é acessado através da veia jugular direita. Uma bainha é inserida para proteger os vasos da 
manipulação da agulha e cateter. Usando orientação fluoroscópica e uma agulha transjugular, a agulha é 
avançada, acompanhando as estruturas venosas até alcançar a veia hepática. A agulha avança então através de 
uma veia intra-hepática e do fígado, até a veia porta. Um guia metálico é avançado através da agulha, que é 
removida, de modo que o cateter com balão (angioplastia) possa ser avançado. O balão no cateter é então inflado 
para criar um trato através do fígado. Um stent metálico é colocado através do trato que se formou para manter 
sua desobstrução. 
Riscos e Complicações Complicações principais do procedimento incluem hemorragia e formação de trombo. 
Mais tarde, há risco de estenose ou oclusão do TIPS, de modo que o paciente segue em monitorização rigorosa. 
Incidência aumentada de encefalopatia hepática após esse procedimento também existe, Como grande parte do 
sangue se desvia do fígado, o sangue contém um nível de toxinas mais alto que o normal. Isso afeta o cérebro e 
pode causar confusão, desorientação e, em casos extremos, coma. Nos casos graves de encefalopatia hepática, o 
TIPS pode necessitar de oclusão, Pesquisa está em andamento para encontrar métodos de aumentar a eficácia em 
longo prazo do TIPS. Suplementos possíveis a este procedimento incluem terapia anticoagulante e o 
desenvolvimento de uma enxertia de stent. 
ANGIOGRAFIA E PROCEDIMENTOS INTERVENCIONISTAS 
 
Trombólise 
Se estudos angiográficos diagnósticos demonstrarem que um vaso está 
bloqueado por um trombo (coágulo), um procedimento trombolítico pode 
estar indicado. Se os estudos laboratoriais de coagulação sangüínea 
apoiarem esse procedimento, uma trombólise pode ser realizada, na qual o 
trombo ou coágulo é destruído (desintegrado). pela passagem de um guia 
metálico e cateter através do coágulo ou o mais profundamente possível no 
interior do coágulo. 
Um agente dissolvente é então injetado através do cateter no interior da 
região do trombo. Vários tipos de cateteres podem ser usados para isso, 
como um cateter pulverizador de pulso ou um de infusão (Fig. 21.73). 
O método de pulverização de pulso envolve a injeção manual com uma 
seringa, ao passo que o método de infusão geralmente envolve um processo 
lento de injeção usando uma bomba para infundir lentamente o agente 
dissolvente em um período de horas ou até vários dias. O cateter pode ser 
avançado durante esse tempo conforme o trombo estiver sendo dissolvido. 
Riscos e Complicações Possíveis complicações com esse procedimento 
são sangramento ou a possibilidade de coágulos parcialmente dissolvidos 
se moverem para bloquear outros vasos menores. 
Terapia Infusional 
A infusão de drogas terapêuticas pode ser através de uma abordagem 
sistêmica ou superseletiva. A duração do tratamento varia de alguns dias 
até várias semanas. O tipo de abordagem e a duração da terapia infusional 
são determinados pela patologia presente, a área a ser tratada, a condição 
do paciente e os resultados dos métodos terapêuticos prévios. Vaso 
constritores, vasodilatadores, drogas quimioterápicas e materiais radioativos 
são empregados na terapia infusional. 
Vasoconstritores são usados para ajudar no controle do sangramento. Uma 
 
 
- 27 - 
Exames Intervencionistas 
droga vasoconstritora comumente empregada é a vasopressina (Pitressin), 
que pode ser administrada por via intravenosa ou intraarterial. 
Vasodilatadores são úteis no tratamento de espasmos ou constrições 
vasculares. Usualmente, o nitroprussiato de sódio é empregado para os 
espasmos vasculares, e a papaverina acalma a isquemia vascular 
mesentérica não-oclusiva. 
A infusão de drogas quimioterápicas é usada em pacientes com doenças 
malignas avançadas inoperáveis. A porcentagem de pacientes que 
respondem à quimioterapia varia grandemente. 
 
 
 
 
Extração de Corpos Estranhos Vasculares 
A maioria dos corpos estranhos encontrados no sistema vascular é limitada a cálculos, fragmentos de cateteres 
vasculares ou guias metálicos, eletrodos de marca-passo e derivações. Alguns instrumentos usados para recuperar 
os corpos estranhos incluem loop snores, cateteres ureterais com cesto para 
cálculos e fórceps endoscópicos para agarrar. Para remover os corpos estranhos com um loop snore ou um cateter 
com cesto, o cateter é inserido além do corpo estranho e é então retirado para agarrar o corpo estranho. 
Riscos e Complicações Devem-se tomar cuidado para evitar a rotura da íntima vascular durante a remoção de 
corpos estranhos que estão aderidos ao vaso; estes devem ser removidos cirurgicamente. 
 
PROCEDIMENTOS INTERVENCIONISTAS NÃO-VASCULARES 
 
Vertebroplastia Percutânea 
A vertebroplastia percutânea é usada para tratar pacientes que sofrem de dor vertebral e instabilidade causada 
por osteoporose, metástase vertebral ou angiomas vertebrais. Uma injeção percutânea de cemento acrílico no 
interior do corpo vertebral sob orientação fluoroscópica contribui para a estabilização da coluna e o alívio 
prolongado da dor. 
 
Riscos e Complicações 
Complicações incluem escape do conteúdo para estruturas adjacentes, que pode exigir cirurgia de emergência. 
Uma complicação menos comum é a embolia pulmonar, causando migração do cemento pira dentro das veias 
perivertebrais. 
 
 
ANGIOGRAFIA E PROCEDIMENTOS INTERVENClONISTAS 
 
Colocação de stent no Cólon 
Usando guias metálicos e cateteres, stents são avançados no interior do 
cólon sob orientação fluoroscópica (e algumas vezes endoscópica) 
(Fig. 21.78). Esse procedimento é usado no período pré-operatório para 
reduzir as complicações pós-operatórias nos casos de obstrução intestinal 
e como medida paliativa nas estenoses colônicas por doença neoplásica 
inoperável. A colocação de stent permite a descompressão do intestino 
obstruído e diminui a gravidade dos sintomas do paciente (Fig. 21.79). . 
 
Riscos e Complicações Complicações e riscos do procedimento incluem 
migração do stent, perfuração e sangramento. 
 
Nefrostomia 
A nefrostomia pode ser realizada por razões diagnósticas ou terapêuticas 
e é útil no tratamento de diversos tipos de patologia ou distúrbio renal. A 
nefrostomia é útil como procedimento diagnóstico para avaliação da função 
renal; urinocultura; biopsia de Brush; teste de Whitaker para determinar a 
causa da dilatação do trato urinário; nefroscopia; e fracasso na pielografia 
retrógrada. Razões terapêuticas incluem desvio de cálculo renal, lise 
química e drenagem de abscesso. 
Nesse procedimento, um cateter (Fig. 21.80) é introduzido através da pele 
e do parênquima renal até a pelve renal ou outra área alvo (Fig. 21.81). 
 
 
- 28 - 
Exames Intervencionistas 
Após a colocação adequada do cateter, ocorre a intervenção específica 
como a drenagem ou a remoção do cálculo.

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