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Prof. Eng. Vicente Oliveira Vicente Oliveira Engenharia Corrosão Prof. Eng. Vicente Oliveira Vicente Oliveira Engenharia Corrosão O principal mecanismo de proteção dos revestimentos é a barreira, podendo também proteger por inibição anódica ou por proteção catódica. O tempo de proteção de um revestimento depende de fatores tais como: • Forças de coesão e adesão • Espessura • Permeabilidade à passagem do eletrólito • Tipo de proteção (barreira, anódica, catódica) Revestimentos Prof. Eng. Vicente Oliveira Vicente Oliveira Engenharia Corrosão Classificação dos Revestimentos • Revestimentos metálicos • Não metálicos Inorgânicos • Orgânicos • Revestimentos Metálicos • Eletrodeposição • Imersão a quente • Aspersão térmica/metalização • Difusão/cementação • Deposição química • Deposição por evaporação a vácuo • Deposição por explosão • Cladeamento Prof. Eng. Vicente Oliveira Vicente Oliveira Engenharia Corrosão Prof. Eng. Vicente Oliveira Vicente Oliveira Engenharia Corrosão Revestimentos Não Metálicos Inorgânicos • São películas não metálicas inorgânicas entre o meio corrosivo e o metal • Os mecanismos de corrosão são por barreira e por inibição anódica Tipos de revestimentos: • Anodização • Consiste em tornar mais espessa a camada protetora passivante existente em certos metais, especialmente o alumínio • A oxidação se dá por meio de banhos oxidante ou banhos eletrolíticos • Cromatização • Reação da superfície metálica com soluções ligeiramente ácidas contendo cromatos. • A camada de cromatos é passivante aumentando a resistência à corrosão Prof. Eng. Vicente Oliveira Vicente Oliveira Engenharia Corrosão • Fosfatização • Adição de uma camada de fosfatos PO4 −2 (de zinco, ferro e manganês) à superfície metálica. • A camada de fosfato inibe processos corrosivos • Pode ser excelente base para pintura quando a camada é fina e uniforme Prof. Eng. Vicente Oliveira Vicente Oliveira Engenharia Corrosão • Deposição de argamassa de cimento, com espessura de 3 a 6mm, sobre o metal. • Usado na parte interna de tubulações, sendo aplicado por centrifugação • Em tubulações de grande diâmetro usa-se um reforço com tela metálica • Utilizado para o transporte de água salgada, de refrigeração, tubulações de água de incêndio e água potável Revestimentos com argamassa de cimento Prof. Eng. Vicente Oliveira Vicente Oliveira Engenharia Corrosão Revestimentos com vidro • Colocação de uma camada de vidro sobre o metal. • Esta camada é aplicada sob a forma de esmalte e fundida em fornos apropriados • É uma película de alta resistência química Prof. Eng. Vicente Oliveira Vicente Oliveira Engenharia Corrosão Revestimento com Material Cerâmico • Colocação de camada de cerâmicos, geralmente silicoso, de alta resistência a ácidos • Utilizado principalmente para revestimentos de pisos e canais de efluentes Prof. Eng. Vicente Oliveira Vicente Oliveira Engenharia Corrosão • São revestimentos de natureza orgânica que são colocados entre a superfície metálica e o meio corrosivo • Os principais revestimentos orgânicos são classificados como: • Pintura industrial • Revestimentos com plásticos reforçados • Revestimentos com borrachas • Revestimentos para tubulações enterradas ou submersas Revestimentos Orgânicos Prof. Eng. Vicente Oliveira Vicente Oliveira Engenharia Corrosão Os revestimentos metálicos são usados com diferentes propósitos: 1- Função decorativa (ouro, prata, níquel, cromo) 2- Resistência à oxidação em contatos elétricos (estanho, prata, ouro) 3- Endurecimento superficial (cromo) 4- Resistência à corrosão (cromo, níquel, alumínio, zinco, zinco-alumínio) Os revestimentos anticorrosivos podem ter suas ações protetoras explicadas por fatores como: • Formação de películas protetoras de óxidos, hidróxidos e outros compostos, pela reação com oxidantes do meio corrosivo (alumínio, níquel, cromo, zinco). • Os metais usados nos revestimentos apresentam resistência ao ataque ácido em meios não-aerados (estanho, chumbo, zinco e cádmio) Revestimentos Metálicos Prof. Eng. Vicente Oliveira Vicente Oliveira Engenharia Corrosão As técnicas usadas mais frequentemente para aplicação dos revestimentos metálicos são: • Cladização ou cladeamento • Eletrodeposição • Imersão a quente • Aspersão térmica • Deposição em fase gasosa (CVD / PVD) • Deposição por soldagem Revestimentos Metálicos Técnicas de aplicação Prof. Eng. Vicente Oliveira Vicente Oliveira Engenharia Corrosão • Método de revestimento para controle da corrosão, largamente adotado na indústria química. • O revestimento pode ser aplicado por laminação conjunta a quente de chapas do metal- base e do revestimento, pelo processo de explosão ou ainda por solda. • No processo a explosão, a cladização ocorre em decorrência do efeito de aquecimento intenso e da forte prensagem resultante da explosão que é feita sobre as chapas a serem unidas. • Na maior parte das vezes, somente o lado em contato com o meio corrosivo é revestido. • O conjunto chapa de metal-base + revestimento é chamado de clad. • A espessura do metal de revestimento varia entre 2 e 4mm. Cladização ou Cladeamento Prof. Eng. Vicente Oliveira Vicente Oliveira Engenharia Corrosão Prof. Eng. Vicente Oliveira Vicente Oliveira Engenharia Corrosão • É largamente aplicado para revestimento de vasos de pressão, reatores e tanques de armazenamento. • O aço-carbono dá ao equipamento as propriedades mecânicas necessárias e o aço inoxidável ou ligas (níquel, etc) fornece a resistência ao meio corrosivo, não havendo necessidade de usar grandes espessuras de materiais metálicos de custo elevado. • O alclad é um produto formado por ligas de alumínio revestidas por alumínio metálico (puro). Prof. Eng. Vicente Oliveira Vicente Oliveira Engenharia Corrosão • É um processo largamente usado para a obtenção de revestimentos de espessura pequena e livre de poros. • Aplica-se camadas finas e econômicas de metais de custo elevado, ou seja, evitando desperdícios por “overcoating”. • Geralmente deposita-se ouro, prata, cobre, estanho, níquel, cádmio, cromo e zinco. • O material a ser protegido é colocado como cátodo em uma cuba eletrolítica, onde o eletrólito contém sal do metal a ser usado no revestimento, podendo o anodo ser também o metal a ser depositado. Eletrodeposição https://www.youtube.com/watch?v=jdM78LVN1i8&t=348s https://www.youtube.com/watch?v=jdM78LVN1i8&t=348s Prof. Eng. Vicente Oliveira Vicente Oliveira Engenharia Corrosão 𝐶𝑎𝑡𝑜𝑑𝑜 (−): 𝑀𝑛+ + 𝑛𝑒 → 𝑀 (𝑀 = 𝐶𝑢,𝑁𝑖, 𝑍𝑛, … ) 𝐴𝑛𝑜𝑑𝑜 (+): 2𝑂𝐻− → 𝐻2𝑂 + ½𝑂2 + 2𝑒 Processo com anodo insolúvel Processo com anodo solúvel • A espessura da película e suas propriedades dependem da • densidade de corrente aplicada, • concentração de sais, • temperatura do banho, • presença de aditivos e • natureza do metal base (catodo). 𝐶𝑎𝑡𝑜𝑑𝑜 − : 𝑀𝑛 + + 𝑛𝑒 → 𝑀 (𝑀 = 𝐴𝑔, 𝐴𝑢,… ) 𝐴𝑛𝑜𝑑𝑜 + : 𝑀 → 𝑀𝑛 + + 𝑛𝑒 Prof. Eng. Vicente Oliveira Vicente Oliveira Engenharia Corrosão Imersão a quente • Processo de revestimento metálico que se obtém por imersão do material metálico em um banho de metal fundido. • Processo largamente usado para revestimento do aço com zinco, alumínio e ligas alumínio-zinco. Também pode ser usados para estanho e cobre. https://www.youtube.com/watch?v=7tpGfpJj2kk https://www.youtube.com/watch?v=ixgchD6BzvU https://www.youtube.com/watch?v=7tpGfpJj2kk https://www.youtube.com/watch?v=ixgchD6BzvU Prof. Eng. Vicente Oliveira Vicente Oliveira Engenharia Corrosão Esquema dos Processos de Imersão a quente e Eletrolítico Prof. Eng. Vicente Oliveira Vicente Oliveira Engenharia Corrosão Imersão a quente Aços Aluminizados: • O aço aluminizado é obtido pela imersão a quente do aço em banho de alumínio puro ou alumínio contendo 5 a 10% de silício, fundido a 6500C. • Obtém-se uma camada protera de Al ou Al-Sie uma camada intermediária (alloy layer) Al-Fe ou Al-Fe-Si. Aços Galvanizados: • A aço galvanizado convencional é obtido pela imersão a quente do aço em banho de zinco puro com cerca de 0,20 de Alumínio, fundido a cerca de 4600C. • Pode ainda conter elementos como chumbo e antimônio. • Forma-se uma camada protetora de zinco puro (externa) e uma camada de ligação intermediária de Zn-Fe-Al. Cordoalha de Aço Aluminizada 30% IACS HS Prof. Eng. Vicente Oliveira Vicente Oliveira Engenharia Corrosão Aços Galvanizados com ligas Zn-Al • O aço galvanizado com liga Zn-Al pode ser obtido pelo mesmo processo que na galvanização convencional, sendo obtido pela imersão a quente do aço em banho de zinco-alumínio, podendo conter silício. • Os revestimentos comerciais mais conhecidos são: Galfan: Aço revestido com liga 5%Al-Zn Galvalume: Aço revestido com liga 55%Al-Zn. 90 Zn 10 Al GalfanGalvalume Prof. Eng. Vicente Oliveira Vicente Oliveira Engenharia Corrosão Aços Galvanizados Convencionais Resistência à corrosão • A perda de zinco é proporcional ao tempo Prof. Eng. Vicente Oliveira Vicente Oliveira Engenharia Corrosão Aços Aluminizados • Perda do revestimento é reduzida com o tempo. Prof. Eng. Vicente Oliveira Vicente Oliveira Engenharia Corrosão Aços Galvanizados com liga 55Al-Zn 55%Al-Zn consumo decresce com o tempo. Prof. Eng. Vicente Oliveira Vicente Oliveira Engenharia Corrosão Aços Galvanizados com liga 55Al-Zn (Microestrutura). Prof. Eng. Vicente Oliveira Vicente Oliveira Engenharia Corrosão Cromatização • Processo em que o revestimento obtido é produzido em soluções contendo cromatos ou ácido crômico. • Este revestimento pode ser feito sobre metal ou sobre camadas de óxidos ou de fosfatos. • Quando feito sobre metal, o objetivo é o de aumentar a resistência à corrosão ou oxidação branca, além de melhorar a aderência de tintas quando os metais forem alumínio, magnésio e suas ligas. • Quando feito sobre a fosfatização, é utilizado como vedante de poros suplementando a proteção promovida pelos fosfatos. Revestimentos não-metálicos – Inorgânicos Prof. Eng. Vicente Oliveira Vicente Oliveira Engenharia Corrosão • Processo em que camadas de fosfato sobre diversos substratos metálicos, como: ferro, alumínio, zinco, cádmio e magnésio. • A principal função deste tipo de camada é ampliar a eficiência das outras camadas protetoras aplicadas. • Isto é conseguido pelo aumento da porosidade (rugosidade) que permite otimizar o ancoramento de camadas orgânicas aplicadas sobre a superfície. Fosfatização Prof. Eng. Vicente Oliveira Vicente Oliveira Engenharia Corrosão A pintura de superfícies tem como principais finalidades: • Estética • Visual (identificação por cores) • Identificação de fluidos em tubulações • Impedir incrustações em cascos de embarcações • Impermeabilização • Permitir absorção de maior ou menor quantidade de radiação solar • Redução da rugosidade superficial • Aumento da resistência à corrosão Revestimentos não-metálicos – Orgânicos Pintura Prof. Eng. Vicente Oliveira Vicente Oliveira Engenharia Corrosão Constituição das tintas • A tinta é composta de resina, solvente, pigmentos e aditivos. • As principais formas de aplicação de pintura são: • Imersão simples • Pintura eletroforética • Aspersão • Trincha • Rolos (coaters) Prof. Eng. Vicente Oliveira Vicente Oliveira Engenharia Corrosão Imersão simples • Processo em que se mergulha a peça a ser revestida em um “banho” de tinta contida em um recipiente. Vantagens: - Minimização de perdas (somente perde solvente) - Facilidade de operação - Não requer pessoal especializado - Recobrimento de toda a superfície da peça Desvantagens: - Espessura irregular - Acabamento superficial irregular Prof. Eng. Vicente Oliveira Vicente Oliveira Engenharia Corrosão Pintura eletroforética • Processo que mantém o princípio de imersão, entretanto, as tintas possuem uma formulação especial que permite a sua polarização. • As peças são conectadas a retificadores e estabelece-se entre a peça e a tinta uma diferença de potencial, de modo que a tinta seja atraída pela peça. • Obtém-se camadas uniformes entre 20 e 40 μm. • Processo usado para peças pequenas e grandes, como carrocerias nas montadoras. Aspersão • Processo que utiliza pistolas e ar comprimido para forçar a tinta a passar por pequenos orifícios onde encontra o forte jato de ar. A tinta é “atomizada” sobre a superfície que se deseja revestir. Vantagem / desvantagem: - Pintura com ótimo aspecto estético - Exige aplicadores treinados ou equipamentos automatizados. Prof. Eng. Vicente Oliveira Vicente Oliveira Engenharia Corrosão Trincha • Processo de aplicação de tintas que ocorre pela imersão parcial da trincha num reservatório e aplicação direta na superfície a ser revestida. Deve-se cuidar para que somente a ponta das cerdas seja imersa, trazendo a quantidade adequada de tinta e evitando desperdícios. Vantagens: - Método eficiente para pintura de tubulações de pequeno diâmetro - Não requer operadores treinados Desvantagens: - Pobre acabamento superficial - Baixo rendimento Prof. Eng. Vicente Oliveira Vicente Oliveira Engenharia Corrosão Rolos (Coil Coating Lines) – Linhas de Pintura Contínuas • Processo de pintura em que a tinta líquida está posicionada em bandejas de alimentação. A partir de um conjunto de rolos aplicadores, um de captação (parcialmente imerso na tinta) que transfere a tinta para o segundo (o aplicador) e este, por sua vez, aplica a tinta em tiras de aço, alumínio ou outro metal. Vantagens: - Excelente aderência das tintas devido a pré-tratamentos; - Uniformidade e controle da espessura de tinta aplicada - Produção de tiras revestidas em larga escala - Resistência à corrosão superior aos demais processos Prof. Eng. Vicente Oliveira Vicente Oliveira Engenharia Corrosão Considerações Finais
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