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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS – UFAL CAMPUS DA ARAPIRACA
DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
REAVALIAÇÃO
Disciplina: Federalismo e Relações Intergovernamentais
Profº.Dr. Bruno Setton Turma: A
Data: 21/09/2021
Aluna: Ewellyn Larysse Cardoso Costa
1. Apresente e comente sobre os três fatores pelos quais está fundamentada a descentralização.
R: A descentralização encontra-se fundamentada na eficiência do uso dos recursos financeiros, haja vista a transferência do poder fiscal para outros entes federativos, fazendo com que os governos estaduais e municipais, que possuem necessidades e preferências locais de bens e serviços, utilizem de maneira mais eficaz os recursos públicos. A descentralização está associada também à manutenção da democracia, pois quando ela ocorre, há uma diminuição no tamano do Estado central, o que é essencial para uma autorregulação político-administrativo. E por fim o fator geográfico, pois para um país de dimensões continentais como o Brasil, é mais fácil para governos subnacionais, do que o central, atender às demandas de certo tipo de bens e serviços públicos por parte da população local.
2. Comente sobre os dois modelos de descentralização apresentados na disciplina.
R: O primeiro modelo, chamado também de distributivo, defende a descentralização de atribuições da União para outros subníveis do governo, delegando tão somente os agentes – Estados e Municípios – que efetivarão as metas dadas pela União. Isto é, a descentralização como um federalismo “central”, fazendo com que a União desenvolvesse as políticas de gastos governamentais e o sistema tributário, distribuindo uma parcela dos tributos arrecadados e traçando metas nacionais, fazendo com que as sub-esferas federativas precisassem segui-las, atribuindo essas “normas” de cima para baixo, focando na relação entre “valores e participação” e ressaltando que o sistema aumenta a participação das comunidades locais na política e na administração pública, mas sem saber das especificidades de cada esfera subnacional in loco. Principal-agente: o principal delega atribuições para o agente, e este deve prestar contas para o principal, como forma de controle. Ou seja, a União ou Estados delegam atividades aos municípios e transferem recursos, e municípios devem prestar contas do que foi executado e dos recursos gastos.
 O segundo modelo, também chamado de alocativo, procura entender o processo de descentralização, não da perspectiva do governo central fixador de metas, mas sim da ótica dos próprias agentes descentralizados (Estados e Municípios) fazendo com quê os recursos que são transferidos e arrecadados passem a ter uma eficiência alocativa, como por exemplo levando em consideração o conhecimento do ente público e político das necessidades para com os cidadãos do seu Município. O Modelo da eleição pública local: corresponde à tomada de decisão por parte dos e atribui maior autonomia aos municípios. Neste modelo, os cidadãos possuem capacidade de fiscalizar mais de perto e premar ou punir seus representantes por meio da eleição.
3. A microeconomia define o comportamento free rider como sendo aquele em que um ou mais agentes econômicos acabam usufruindo de um determinado benefício proveniente de um bem, sem que tenha havido uma contribuição para a obtenção de tal. Por esse comportamento é um problema em nosso pacto federativo? Explique.
R: Esse problema surge na provisão de um bem público, já que o mesmo tem como características a não rivalidade e a não exclusividade, ou seja, a ele não pode ser atribuído um direito de propriedade. Dessa forma, “os indivíduos não têm incentivos a pagar tanto quanto o bem realmente vale para ele”. E é justamente por isso que a provisão de bens públicos é menor que a socialmente desejada.
4. Em um sistema de federalismo fiscal é comum ocorrerem diferenças entre a receita tributária e os gastos dos diferentes níveis de governo. Diante dessa afirmação comente quais são a razoes para o desequilíbrio vertical.
R: As razões para o desequilíbrio vertical se dá entre os diferentes níveis de governo. Para exemplificar, quando os estados (ou municípios) apresentam falta de recursos frente a suas despesas, o governo central apresenta excesso de recursos. Algumas razões: a falta de uma clara definição das responsabilidades sobre os gastos. Assim, os níveis de governo acabam concorrendo na oferta dos serviços públicos, podendo acarretar em diferenças entre os gastos e a receita tributária; a maior concentração das receitas tributárias no governo federal e da descentralização das despesas entre os demais níveis de governo. Essa situação aconteceria porque, em geral, se admite que o governo federal é a esfera de governo que pode arrecadar a maior parte dos tributos de maneira mais eficiente, enquanto as despesas devem ser descentralizadas entre os demais níveis de governo; A terceira e principal razão para o desequilíbrio vertical é a existência de um conjunto de externalidades que aparecem em um sistema de federalismo fiscal.
5. Em se tratando de tributação, três problemas são comuns em federações. Quais são eles? Comente sobre cada um.
R: O primeiro trata da carga tributária ótima para cada nível de governo: Os governos devem tributar a renda ou o consumo, qual a estrutura de alíquotas do imposto sobre o consumo, o sistema tributário deve ter que grau de progressividade;
 O segundo é o da definição das competências tributárias entre os níveis de governo. A tributária de um determinado nível de governo contempla três dimensões: o poder de legislar sobre os tributos de sua competência; constituir uma administração tributária responsável pela arrecadação dos impostos; e manter sob sua guarda ( ou compartilhar com outros níveis de governo) os recursos arrecadados.
 O terceiro é o das externalidades sobre os gastos e as receitas que surgem num sistema federal de governos isto é, quando um governo altera sua política de gastos ou promove alterações do lado da receita tais mudanças têm efeitos não só sobre suas contas, mas também sobre os gastos e as receitas de outro governo.

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