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Radiologia do Abdômen

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SUMÁRIO
1. Radiologia do abdome ............................................. 3
2. Radiografia abdome ................................................. 3
3. Ordenamento da avaliação ................................... 4
4. Distribuição dos gases ............................................. 4
5. Avaliação das vísceras ........................................... 5
6. Estruturas ósseas ..................................................... 7
7. Calcificações ................................................................ 8
8. Sondas ........................................................................12
9. Patologia de alças ....................................................13
10. Patologias vísceras sólidas ...............................15
11. Tomografia de abdome .......................................17
12. Patologias intestinais ...........................................24
13. Patologias hepáticas ............................................30
14. Patologias pancreáticas .....................................38
15. Patologias renais ...................................................42
16. Patologias abdominais vasculares .................48
17. Trauma abdominal ................................................53
Referências bibliográficas ........................................63
3RADIOLOGIA DO ABDOME
1. RADIOLOGIA DO 
ABDOME
Este material tem objetivo de introdu-
zir a avaliação radiológica da cavida-
de abdominal, por meio da demons-
tração dos métodos utilizados e de 
seus achados sugestivos. Nessa pri-
meira parte do material, iremos focar 
nas particularidades da radiografia de 
abdome, abordando suas aplicações 
para diagnóstico e acompanhamento. 
Em sequência, abordaremos a tomo-
grafia computadorizada e seguiremos 
com alguns achados típicos de certas 
patologias. 
2. RADIOGRAFIA ABDOME
Radiografia
A radiografia de abdome é um exame 
que não propicia a melhor sensibili-
dade ou especificidade dentro do ar-
senal de exames de imagem que dis-
pomos atualmente. No entanto, por 
se tratar de um exame de alta dispo-
nibilidade e de baixo custo, deve-se 
entender os sinais presentes nesse 
exame para definir condutas na abor-
dagem ao paciente. 
O exame de radiografia é feito utili-
zando radiação ionizante, que é emi-
tida em direção a região a ser exami-
nada, atravessando o alvo e deixando 
uma impressão na chapa radiográfica 
contraposta à fonte emissora de ra-
diação. Cada estrutura corporal tem 
um nível de absorção de tal radiação, 
formando imagens em tonalidades 
diferentes na radiografia. As estrutu-
ras que contém maior absorção não 
permitem a passagem da radiação 
até a placa de captação, tornando as 
áreas mais claras; enquanto aquelas 
que tem menor captação de radiação, 
permitem a passagem da radiação 
para placa, tornando-a mais escu-
ra. Nesse contexto, a radiografia tem 
aproximadamente 4 tons que variam 
do mais radiopaco (que não permi-
te a passagem da radiação), até o 
mais radiotransparente (que permite 
a passagem da radiação). Estes tons 
são divididos em: tons próximos ao ar, 
mais radiotransparentes; tons próxi-
mos a Gordura; tons próximos a par-
tes moles; e tons próximos a ossos, 
mais radiopacos. 
DENSIDADE ABSORVIÇÃO IMAGEM TERMINOLOGIA
Metal Total Muito Clara Radiopaco
Cálcio Grande Branca Radiopaco
Água (partes moles) Média Cinza Hipotransparente
Gordura Baixa Quase Preta Transparente
Ar Nenhuma Preta Hipertransparente
Figura 1. Quadro de densidades radiológicas, retirado do Radiologia Básica Lange 2ª ed
4RADIOLOGIA DO ABDOME
HORA DA REVISÃO: Anatomia
A cavidade abdominal abriga diversos 
órgãos dos Sistema Digestório, Sistema 
Linfático, Sistema Endócrino e Sistema 
Urinário. Para um entendimento satis-
fatório da radiografia de abdome, deve-
mos relembrar a localização de algumas 
dessas estruturas:
Figura 2. Anatomia Sistema Digestório, retirado 
do site www.planetabiologia.com
Como pode ser visto nessa ilustração da 
vista frontal da cavidade abdominal, há 
grande sobreposição de órgãos na ca-
vidade, de forma que, certos órgãos não 
são visíveis. Dentre os órgãos visíveis 
na vista frontal estão: Fígado, superior-
mente a direita; Estômago, em posição 
central; Baço, superiormente na extre-
midade esquerda da cavidade; Intestino 
Grosso e suas estruturas, situadas peri-
fericamente na cavidade, abaixo dos ór-
gãos supracitados; e Intestino Delgado, 
emaranhado e alocado centralmente na 
cavidade. Dentre os órgãos não visíveis 
podemos citar: Rins, localizados poste-
riormente as Flexuras do Colón direito 
e esquerdo; Pâncreas, alocado profun-
damente ao Estômago; Glândulas Su-
prarrenais, alocadas superiormente aos 
Rins; dentre outros. 
3. ORDENAMENTO DA 
AVALIAÇÃO 
A radiografia de abdome, assim como 
qualquer método de imagem, apre-
senta uma sistematização de avalia-
ção, que visa garantir a análise com-
pleta de todo exame, sendo composto 
pelas fases: 
• Observação da distribuição de ga-
ses nas vísceras ocas e na cavida-
de abdominal
• Avalição de órgãos Sólidos
• Caracterização das estruturas 
ósseas. 
4. DISTRIBUIÇÃO DOS 
GASES
Para uma melhor avaliação da distri-
buição dos gases na cavidade abdo-
minal, é importante estar habituado 
com a distribuição normal dos gases: 
Figura 3. Radiologia de Abdome, retirada do https://
www.sanarflix.com.br
5RADIOLOGIA DO ABDOME
Figura 4. Radiologia de Abdome, retirada https://www.
sanarflix.com.br/
Como podemos observar nas radio-
grafias normais acima, a densidade 
gasosa (radiotransparência) é visível 
dentro da cavidade abdominal, confi-
nada dentro de alças intestinais, e na 
cavidade gástrica. Por conta de sua 
radiotransparência, o meio gasoso 
possibilita a visualização das pregas 
estomacais, haustrações do colón 
e do padrão radiológico conhecido 
como miolo de pão, caracterizado 
pela mistura das fezes com os gases 
intestinais. Quando é possível obser-
var a presença de gás localizado ex-
ternamente às vísceras ocas, se con-
figura o quadro patológico conhecido 
como pneumoperitôneo. 
5. AVALIAÇÃO DAS 
VÍSCERAS 
A segunda etapa da avaliação da ra-
diografia Simples de abdome é com-
posta pela caracterização de vísceras 
sólidas, por meio da visualização de 
suas sombras e de seus limites. Po-
demos visualizar as sombras dos se-
guintes órgãos: Fígado, Baço, Rins e 
Músculo Iliopsoas. 
Figura 5. Radiologia de Abdome, retirada do https://
www.sanarflix.com.br/. 
6RADIOLOGIA DO ABDOME
Figura 6. Vísceras abdominais , retirada do https://
www.sanarflix.com.br/
Também é possível visualizar, na por-
ção inferior da Radiografia, a imagem 
radiológica da Bexiga, preenchida por 
líquido. 
Figura 7. Radiologia pélvica, retirada do site https://
www.sanarflix.com.br/
Figura 8. Radiologia pélvica evidenciando a bexiga, 
retirada do site https://www.sanarflix.com.br/
SE LIGA! LINHA DO MÚSCULO PSOAS
Na radiografia simples, é possível ob-
servar a Linha do Músculo Psoas, deli-
mitada bilateralmente pelos Músculos 
Iliopsoas. Sua importância se deve ao 
fato de seu borramento ser um indicati-
vo, ainda que inespecífico, de processos 
inflamatórios abdominais
Figura 9. Radiologia de Abdome, retirada do site. ht-
tps://www.sanarflix.com.br
7RADIOLOGIA DO ABDOME
Figura 10. Radiologia de Abdome evidenciando a linha 
do psoas, retirada do https://www.sanarflix.com.br/
6. ESTRUTURAS ÓSSEAS 
O último passo da avaliação de uma 
radiografia simples é a observação de 
suas estruturas ósseas, compostas 
pelos ossos pélvicos: Juntas Sacroilí-
acas, Ossos Pélvicos, Articulação do 
Quadril, Ossos Sacro, Cóccix e Fêmur. 
A caracterização de tais estruturas 
é importante em diversos cenários, 
como no contexto de trauma; as-
sim como, na busca por metástases 
ósseas; e na pesquisa de processos 
inflamatórios intestinais, como Crohn 
e Retocolite Ulcerativa, que costu-
mam conduzir a sacroileíte. 
Figura 11. Radiologia pélvica, retirada do site https://
www.sanarflix.com.br/ 
Figura 12. Radiologia pélvica, evidenciando as estrutu-
ras, retirada do site https://www.sanarflix.com.br/8RADIOLOGIA DO ABDOME
SAIBA MAIS: FRATURAS PÉLVICAS
Os mecanismos de trauma dos ossos pélvicos são divididos pelo ATLS em 4 categorias de 
padrão de força: Compressão Lateral, Compressão Anteroposterior, Cisalhamento Vertical e 
Fraturas Combinadas. Cada um desses padrões de trauma leva a uma conformação óssea 
diferente: 
Figura 13. Fraturas Pélvicas, retirada do ATLS 9ª edição
como imagens calcificadas com cen-
tro radiotransparente. 
Figura 14. Calcificações na Radiologia de Abdome, 
retirada do site https://www.sanarflix.com.br/
7. CALCIFICAÇÕES
As calcificações são achados muito 
frequentes nas radiologias de abdo-
me, visto a facilidade de visualização 
dessas estruturas no exame. Deve-
-se ressaltar que ao falarmos sobre a 
presença de calcificações nas radio-
grafias de abdome, é importante res-
saltar que tais achados não são, ne-
cessariamente, patológicos. Existem 
achados como calcificações costo-
condrais e flebólitos, que são fisiolo-
gicamente encontrados no envelheci-
mento. As calcificações costocondrais 
são calcificações normais das car-
tilagens das costelas, visualizáveis 
como calcificações lineares; enquan-
to os flebólitos são calcificações de 
veias escleróticas, que se apresentam 
9RADIOLOGIA DO ABDOME
Figura 15. Calcificações na Radiologia de Abdome, 
retirada do site. https://www.sanarflix.com.br/
Como podemos ver nas imagens aci-
ma, dentre as estruturas calcificadas, 
é possível citar os linfonodos calcifi-
cados, cálculos biliares calcificados 
e clipes cirúrgicos deixados após 
cirurgias. 
As calcificações são bastante co-
muns no Sistema Urinário, existindo 
uma grande variedade de patologias 
que conduzem a formação de tais es-
truturas. Dentre elas, podemos cita os 
cálculos urinários, representados por 
estruturas calcificadas arredondadas, 
que podem estar alocadas em qual-
quer lugar do sistema coletor; além de 
cálculos coraliformes, estruturas com 
morfologia semelhante à pelve renal. 
Ademais, é possível a observação da 
calcificação típica da nefrocalcinose, 
que se apresenta como cálculo amor-
fo, infiltrado no parênquima. 
Figura 16. Cálculo ureteral, retirada do site https://
www.sanarflix.com.br
Figura 17. Cálculo ureteral, retirada do site https://
www.sanarflix.com.br/
10RADIOLOGIA DO ABDOME
Figura 18. Cálculos urinários, retirada do site https://
www.sanarflix.com.br/. 
Figura 19. Cálculos urinários, retirada do site. https://
www.sanarflix.com.br/
Figura 20. Cálculo Coraliforme, retirada do site. https://
www.sanarflix.com.br
Figura 21. Cálculo Coraliforme, retirada do site. https://
www.sanarflix.com.br/
Figura 22. Nefrocalcinose, retirada do site. https://
www.sanarflix.com.br/. 
Figura 23. Nefrocalcinose, retirada do site. https://
www.sanarflix.com.br/ 
11RADIOLOGIA DO ABDOME
Ademais, é possível observar, nas 
radiografias, órgãos inteiros com pa-
drão de calcificação, como pode ser 
visto na calcificação de Aorta decor-
rente da Ateromatose do vaso. Tal 
padrão pode ser visto também na 
Pancreatite Crônica, na qual o parên-
quima pancreático é tomado por cal-
cificações. Além disso, vale destacar 
a rara presença da calcificação das 
Glândulas Suprarrenais, que ocorre 
em decorrência de diversas patolo-
gias, como infecções fúngicas, tuber-
culose e falência adrenal. 
Figura 24. Calcificações no trajeto da Aorta abdominal,, 
retirada do site. https://www.sanarflix.com.br/
Figura 25. Calcificações no trajeto da Aorta abdominal, 
retirada do site. https://www.sanarflix.com.br/
 
Figura 26. Calcificações pancreáticas e no trajeto da Aorta 
abdominal, retirada do site. https://www.sanarflix.com.br/
Figura 27. Calcificações pancreáticas e no trajeto da Aorta 
abdominal, retirada do site. https://www.sanarflix.com.br/
12RADIOLOGIA DO ABDOME
 
Figura 28. Calcificações na Radiologia de Abdome, 
retirada do site. https://www.sanarflix.com.br/
Figura 29. Calcificações nas Glândulas adrenais, retira-
da do site. https://www.sanarflix.com.br/
8. SONDAS 
Após a colocação de sondas e cate-
teres, é comum a realização de radio-
grafias para que haja confirmação do 
posicionamento correto dos disposi-
tivos. Como é possível observar nas 
imagens abaixo:
Figura 30. Sondas nasoenteral, retirada do site. https://
www.sanarflix.com.br/
Figura 31. Sonda nasoenteral com desenho esquema-
tizando as estruturas relevantes, retirada do site. https://
www.sanarflix.com.br/
 
Figura 32. Sonda ureteral. https://www.sanarflix.com.br/
13RADIOLOGIA DO ABDOME
Figura 33. Sonda ureteral com desenho esquemático, 
retirada do site. https://www.sanarflix.com.br/ 
Figura 34. Filtro de veia cava, retirada do site. https://
www.sanarflix.com.br/
Figura 35. Filtro de veia cava, retirada do site. https://
www.sanarflix.com.br/
As sondas nasoenterais são utilizadas 
como uma forma de alimentação pa-
renteral, enquanto o filtro de veia cava 
inferior serve como profilaxia para trom-
boembolismo venoso. No que tange ao 
cateter duplo J, tal dispositivo é coloca-
do para manutenção do fluxo urinário. 
9. PATOLOGIA DE ALÇAS
Quanto a observação das patologias 
intestinais, deve-se ter atenção re-
dobrada na avaliação dos sinais de 
obstrução intestinal, com enfoque 
principal na diferenciação de suas lo-
calizações de origem. As obstruções 
de Intestino Delgado geralmente se 
localizam centralmente e apresentam 
o sinal radiológico conhecido como 
14RADIOLOGIA DO ABDOME
empilhamento de moedas; enquan-
to as obstruções de Intestino Grosso 
se localizam perifericamente e apre-
sentam dilatações mais grosseiras. 
Figura 36. Obstrução Intestino Delgado, retirada do 
site. https://www.sanarflix.com.br/
Figura 37. Obstrução Intestino Grosso, retirada do site. 
https://www.sanarflix.com.br/
SAIBA MAIS: DOENÇA DE CROHN
A Doença de Crohn é uma doença intestinal crônica, de caráter inflamatório, que afeta a mu-
cosa do trato intestinal, tendo como diagnóstico diferencial a Retocolite Ulcerativa. Apesar de 
ser um achado pouco comum, é possível observar na radiografia a presença de ilhas de mu-
cosa, que indicam a presença de Doença de Crohn. Já a Retocolite Ulcerativa tem como acha-
do a ausência de pregas na mucosa intestinal, conhecida como Cólon em cano de chumbo. 
Figura 38. Ilhas de 
mucosa, retirada do site. 
https://www.sanarflix.
com.br/
Figura 39. Ilhas de muco-
sa, retirada do site. https://
www.sanarflix.com.br/
Figura 40. Colón em Cano 
de Chumbo, retirada do site. 
https://www.sanarflix.com.
br/
Figura 41. Colón em Cano 
de Chumbo, retirada do site. 
https://www.sanarflix.com.
br/
15RADIOLOGIA DO ABDOME
10. PATOLOGIAS 
VÍSCERAS SÓLIDAS
Entre as patologias de vísceras sóli-
das, podemos observar a hepatome-
galia, esplenomegalia e nefromegalia, 
por meio da observação dos limites 
desses órgãos, deslocamento do co-
lón ou sobreposição dos órgãos au-
mentados sobre ele. 
Figura 42. Hepatoesplenomegalia, retirada do site. 
https://www.sanarflix.com.br/
Figura 43. Hepatoesplenomegalia, retirada do site. 
https://www.sanarflix.com.br/
Figura 44. Hepatomegalia, retirada do site. https://
www.sanarflix.com.br/
Figura 45. Hepatomegalia, retirada do site. https://
www.sanarflix.com.br/
16RADIOLOGIA DO ABDOME
Figura 46. Nefromegalia, retirada do site. https://www.
sanarflix.com.br/
Figura 47. Nefromegalia, retirada do site. https://www.
sanarflix.com.br/
Além disso, é válido demonstrar o 
principal achado radiológico da ascite, 
que é a presença de um padrão difu-
so de densidade de partes moles. 
Figura 48. Ascite, retirada do site. https://www.sanar-
flix.com.br/
Figura 49. Ascite, retirada do site. https://www.sanar-
flix.com.br/
17RADIOLOGIA DO ABDOME
11. TOMOGRAFIA DE 
ABDOME
A Tomografia Computadorizada (TC) 
é um método de imagem que também 
utiliza radiação ionizante em seu pro-
cesso de obtenção de imagem. Nes-
te exame o paciente adentra em um 
tubo, no qual se localiza a fonte emis-
sora de radiação, que irá irradiar o pa-
ciente em diversos planos, obtendo 
uma imagem tridimensional da área 
pesquisada,após processamento das 
diversas imagens obtidas. Este exa-
me possibilita também a observação 
das estruturas por diversos cortes: 
corte axial, corte sagital e corte coro-
nal. O corte axial é o corte clássico da 
TC, no qual podemos observar diver-
sos níveis da região pesquisada, com 
uma boa visão de suas adjacências. O 
corte sagital é um corte no qual pode-
mos ter visualização de toda a coluna 
vertebral, ramos anteriores da Aorta 
e Bexiga, em suas faces laterais. Já no 
corte coronal, podemos observar uma 
visão próxima ao que encontramos 
classicamente nos atlas anatômicos, 
FLUXOGRAMA 1 – RADIOGRAFIA DE ABDOME
GASES E VÍSCERAS OCAS
ANÁLISE 
VÍSCERAS SÓLIDAS ESTRUTURAS OSSEAS
OBSTRUÇÃO 
INTESTINO DELGADO VISCEROMEGALIAS
ARTICULAÇÕES 
SACROILÍACAS
OBSTRUÇÃO 
INTESTINO GROSSO CALCIFICAÇÕES OSSOS PÉLVICOS
PNEUMOPERITÔNIO
DOENÇA DE CROHN 
FONTE: Radiologia Básica 2ª edição; Fundamentos de Radiologia 3ª edição
18RADIOLOGIA DO ABDOME
com uma excelente visualização dos 
rins, por exemplo. 
Figura 50. Plano Axial da Tomografia, retirada do site. 
https://www.sanarflix.com.br/
Figura 51. Plano Coronal da Tomografia, retirada do 
site. https://www.sanarflix.com.br/
Figura 52. Plano Sagital da Tomografia, retirada do site. 
https://www.sanarflix.com.br/
Quanto as densidades visíveis no 
exame, a Tomografia apresenta se-
melhanças com a Radiografia Sim-
ples, embora consiga ter maior varie-
dade de colorações. Nesse sentido, a 
tabela abaixo estabelece valores de 
atenuação importantes para diferen-
ciação de certas estruturas, e, conse-
quentemente, do diagnóstico dado. 
DENSIDADE ATENUAÇÃO IMAGEM TERMINOLOGIA
Contraste +100 a +1000 Muito Clara Hiperatenuante
Osso 100 Branca Hiperatenuante
Água (partes moles) 0 - 100 Cinza Médio Isoatenuante
Gordura -60 Cinza Escuro Hipoatenuante
Ar -120 a -1000 Preta Hipoatenuante
Figura 53. Quadro de densidades tomográficas, retirado do Radiologia Básica Lange 2ª ed
A realização da Tomografia pode ser 
feita com ou sem contraste, a de-
pender de qual patologia esteja sen-
do pesquisada. Por exemplo, a TC 
não contrastada é a indicação para 
pesquisa de nefrolitíase, visto que 
a utilização de contraste dificulta a 
identificação dos cálculos urinários. 
Já outras patologias necessitam da 
utilização de contraste para melhor 
19RADIOLOGIA DO ABDOME
visualização de estruturas e obser-
vação das propriedades de certos 
achados, como veremos a frente no 
material. A administração de contras-
te pode ser feita de diversas formas: 
Via Oral (VO), Via Retal (VR) ou Via 
Endovenosa (EV). A Via Oral é utiliza-
da com o intuito de observar o trato 
digestivo como um todo, por meio do 
realce deste com contraste; tal méto-
do de administração está em desuso, 
visto que a administração de água 
consegue distender as alças, funcio-
nando como um “realce negativo”. A 
Via Retal é utilizada para observação 
da ampola retal e cólon sigmoide, com 
a finalidade de observação de possí-
veis patologias na região. 
Figura 54. Contraste VO Tomografia, retirada do site. 
https://www.sanarflix.com.br/
Figura 55. Água na Tomografia, retirada do site. https://
www.sanarflix.com.br/
Figura 56. Contraste Retal Tomografia, retirada do site. 
https://www.sanarflix.com.br/
Quanto a Via Endovenosa (ou intra-
venosa), a via mais utilizada, é impor-
tante salientar a presença das fases 
do contraste no organismo, que po-
dem ser divididas em 4 fases tem-
porais, em ordem: Fase Arterial, Fase 
Portal, Fase de Equilíbrio e Fase Ex-
cretora. A Fase Arterial é a primeira 
fase, dando destaque a estruturas 
vasculares arteriais. A Fase Portal é a 
fase posterior, na qual a Veia Porta e 
os componentes venosos se realçam. 
Em sequência, existe a Fase de Equi-
líbrio, no qual o parênquima dos ór-
gãos está equilibrado em relação ao 
realce. Por último, existe a Fase Ex-
cretória, ou Fase de Equilíbrio, na qual 
é possível observar todo o sistema 
coletor urinário. 
20RADIOLOGIA DO ABDOME
Figura 57. Fase Arterial Tomografia, retirada do site. 
https://www.sanarflix.com.br/
Figura 58. Fase Portal Tomografia, retirada do site. 
https://www.sanarflix.com.br/
Figura 59. Fase de Equilíbrio Tomografia, retirada do 
site. https://www.sanarflix.com.br/
Figura 60. Fase excretora Tomografia, retirada do site. 
https://www.sanarflix.com.br/
21RADIOLOGIA DO ABDOME
SE LIGA! VISUALIZAÇÃO DOS RINS
Como dito anteriormente, a visualização 
dos rins é muito favorecida na TC com 
corte coronal, visto que o exame con-
segue demonstrar a anatomia renal em 
detalhes, a partir da observação das fa-
ses de contraste. 
Figura 61. Anatomia Renal, retirada do site. 
https://www.sanarflix.com.br/
Na Fase Arterial da Tomografia, por 
exemplo, é possível diferenciar o Córtex 
Renal em relação a Medula Renal, visto 
que o córtex se cora mais rapidamente 
que a medula. 
Figura 62. Fase Arterial da Tomografia, retirada 
do site. https://www.sanarflix.com.br/
Já na fase tardia, ou excretora, é possi-
bilitada a visualização de todo o sistema 
coletor em realce, visto que, nessa fase, 
o contraste está sendo excretado. 
Figura 63. Fase Tardia Tomografia, retirada do 
site. https://www.sanarflix.com.br
Além disso, também é importan-
te elucidar a respeito das janelas da 
Tomografia Computadorizada. Tais 
janelas são ajustes de contraste e 
brilho, feitas no processamento da 
imagem, que possibilitam a visualiza-
ção de diferentes estruturas no exa-
me. As mais utilizadas na Tomografia 
Abdominal são: janela de partes mo-
les, janela de estruturas ósseas e ja-
nela de parênquima hepático. 
Figura 64. Janela de Partes Moles Tomografia, retirada 
do site. https://www.sanarflix.com.br/
22RADIOLOGIA DO ABDOME
Figura 65. Janela Óssea Tomografia, retirada do site. 
https://www.sanarflix.com.br/
Figura 66. Janela Hepática Tomografia, retirada do site. 
https://www.sanarflix.com.br/
Para o melhor entendimento da To-
mografia Computadorizada, é de vital 
importância a observação de um exa-
me normal, em seus diversos níveis, 
com observação de suas estruturas 
anatômicas. Nos andares superiores 
do abdome, é possível observar o Fí-
gado, Estômago, Baço e Recessos 
Pulmonares, além de estruturas vas-
culares, como Aorta Abdominal e Veia 
Cava Inferior. À medida que os cortes 
vão em direção caudal, outras estru-
turas começam a ser visualizadas, 
como Rins, Suprarrenais, Pâncreas, 
Intestino Delgado e Intestino Gros-
so. A seguir, observe as imagens nos 
planos coronal e sagital identificando 
o nível de visualização das estruturas. 
Figura 67. Tomografia, retirada do site. https://www.sanarflix.com.br/
23RADIOLOGIA DO ABDOME
Figura 68. Tomografia, retirada do site. https://www.sanarflix.com.br/
Figura 70. Tomografia, retirada do site. https://www.sanarflix.com.br/
Figura 69. Tomografia, retirada do site. https://www.sanarflix.com.br/
24RADIOLOGIA DO ABDOME
Figura 71. Tomografia, retirada do site. https://www.sanarflix.com.br/
Figura 72. Tomografia, retirada do site. https://www.sanarflix.com.br/
12. PATOLOGIAS 
INTESTINAIS
Apendicite 
A apendicite é a inflamação aguda do 
Apêndice Vermiforme, que tem sin-
tomatologia clássica com a presen-
ça de dor abdominal em quadrante 
inferior direito, anorexia e febre. Tem 
sua etiologia derivada da obstrução 
do lúmen do apêndice, seja por hi-
perplasia linfoide, corpos estranhos 
ou fecálito, conhecido como apendi-
colito, nesse quadro. Seu diagnóstico 
é basicamente clínico, suplementado 
pela realização de Tomografia Com-
putadorizada, na qual, podem ser en-
contrados os achados clássicos de 
uma inflamação abdominal: aumento 
do tamanho do órgão (diâmetro > 
6mm), com presença de borramen-
to da gordura subjacente; além da 
possível presença do apendicolito. 
Além disso, é importante salientar 
que outro achado marcante se deve 
ao fato de o Apêndice Vermiforme, 
quando inflamado, não se corar com 
o contraste, devido ao espessamento 
25RADIOLOGIA DO ABDOME
da parede. Uma das principais com-
plicações da Apendicite se tratada 
formação de abscessos, que podem 
ser observados na TC como coleções 
com conteúdo de densidade próxima 
a líquidos. 
Figura 73. Apendicite, retirada do site. https://www.
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SE LIGA! DIFERENCIAÇÃO DE ABS-
CESSOS E ALÇAS INTESTINAIS: 
Um dos possíveis equívocos na identifi-
cação de abscessos se deve a dificulda-
de de diferenciação entre tais estruturas 
e alças intestinais. Para sanar tal dúvida, 
é necessária a observação dos outros 
níveis de corte da tomografia. Se a es-
trutura se continua nos outros planos, é 
provável que seja uma alça; porém, se a 
estrutura se limita a alguns planos, ten-
de a ser um abscesso. 
Figura 74. Apendicite complicada, retirada do 
site. https://www.sanarflix.com.br
Diverticulite 
A diverticulite é a inflamação ou in-
fecção dos divertículos, estruturas 
presentes no quadro chamado de di-
verticulose. Os divertículos são sacu-
lações compostas pela mucosa e sub-
mucosa do cólon, que se projetam em 
direção a camada muscular do órgão. 
O quadro de diverticulose é assinto-
mático, enquanto o da diverticulite é 
composto por dor em quadrante infe-
rior esquerdo ou em região suprapú-
bica, desconforto abdominal, febre e 
náuseas; sendo necessária, para con-
firmação do diagnóstico, a realização 
de Tomografia Computadorizada. O 
padrão de imagem dos divertículos 
não inflamados é de bolsas arredon-
dadas ocas, preenchidas por ar, en-
quanto os divertículos inflamados se 
apresentam com os sinais clássicos 
de inflamação: espessamento da pa-
rede intestinal e borramento da gor-
dura adjacente. 
26RADIOLOGIA DO ABDOME
Figura 75. Diverticulite, retirada do site. https://www.
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SE LIGA! DIVERTICULITE 
COMPLICADA 
Uma das possíveis complicações da Di-
verticulite é o quadro conhecido como 
diverticulite complicada, que é composto 
pela lesão da parede intestinal, que leva 
a saída dos gases e fezes na cavidade 
abdominal. Seu aparecimento na Tomo-
grafia Computadorizada se dá pela ob-
servação de pneumoperitônio e da pre-
sença de fezes fora das alças intestinais.
Figura 76. Diverticulite complicada, retirada do 
site. https://www.sanarflix.com.br
Pneumoperitônio 
Como já visto anteriormente neste 
material, a avalição de pneumoperitô-
nio é feita, classicamente, com reali-
zação de Radiografia Simples de Ab-
dome, em incidência anteroposterior. 
Alguns sinais importantes devem ser 
reforçados, como o Sinal de Rigler. 
Tal sinal é observável devido ao des-
taque de estruturas mais claras (alça 
intestinal), quando localizadas entre 
dois meios mais escuros (lúmen in-
testinal e ar na cavidade abdominal). 
Figura 77. Pneumoperitônio, retirada do site. https://
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Figura 78. Sinal de Rigle, retirada do site. https://www.
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27RADIOLOGIA DO ABDOME
Pneumatose
A pneumatose intestinal, presença de 
gás na parede do trato gastrointestinal 
(TGI), é um sinal clínico-radiológico de 
uma série de morbidades intestinais 
que promovem sofrimento ou isque-
mia de alças. Tal quadro é sugerido 
pela observação, na TC, da presença 
de ar periférico dentro da alça intesti-
nal, e confirmado com a observação 
de pequenos pontos hipoatenuantes 
difusos nos ramos hepáticos da Veia 
Porta no Parênquima Hepático. Tais 
estruturas puntiformes representam 
a presença de gases no Sistema Por-
ta, sendo também visualizáveis na 
Radiografia Simples de Abdome.
Figura 79. Radiografia Pneumatose Intestinal na Ra-
diografial, retirada do site. https://www.sanarflix.com.br/
Figura 80. Tomografia Computadorizada com Pneuma-
tose Intestinal, retirada do site. https://www.sanarflix.
com.br/
Obstrução intestinal 
A obstrução intestinal é constituída 
pelo bloqueio mecânico significati-
vo ou total do trato gastrointestinal 
(TGI), tendo como etiologias mais co-
muns a presença de aderências, hér-
nias, tumores ou torções intestinais, 
conhecidas como vólvulos. Tal qua-
dro pode ocorrer tanto no Intestino 
Delgado quanto no Intestino Grosso, 
tendo sua sintomatologia relaciona-
da a parte acometida. Obstruções 
de Intestino Delgado resultam em 
sintomas mais fortes, com ocorrên-
cia de vômitos, cólicas, obstipação e 
dor em região umbilical ou epigástri-
ca; enquanto obstruções de Intestino 
28RADIOLOGIA DO ABDOME
Grosso cursam com sintomatologia 
mais pobre e gradual, composta por 
distensão abdominal e obstipação. O 
diagnóstico de tal morbidade é clíni-
co, com complementação radiológica 
necessária, feita por meio de Radio-
grafia e Tomografia. 
Na obstrução de Intestino Delgado, há 
dilatação de alças intestinais centrais, 
com padrão conhecido como empi-
lhamento de moedas. Enquanto na 
obstrução de Intestino Grosso, há di-
latação de alças intestinais periféri-
cas, com dilatações mais grosseiras.
Além disso, também é mostrada a 
patologia conhecida como vólvulo de 
sigmoide, composta pela torção do 
Cólon Sigmoide, podendo observar a 
presença do sinal do grão de café. 
Figura 81. TC Obstrução Intestino Delgado, retirada do 
site. https://www.sanarflix.com.br/
Figura 82. Radiografia Obstrução Intestino Delgado, 
retirada do site. https://www.sanarflix.com.br/
Figura 83. Radiografia Obstrução Intestino Grosso, 
retirada do site. https://www.sanarflix.com.br/
29RADIOLOGIA DO ABDOME
Figura 84. Radiografia Vólvulo de Sigmoide, retira-
da do site. https://www.sanarflix.com.br/
Figura 85. Vólvulo de Sigmoide, sinal do grão de café. retirada do 
site. https://www.sanarflix.com.br/
FLUXOGRAMA 2
PATOLOGIAS 
INTESTINAIS
APENDICITE DIVERTICULITE PNEUMOPERITÔNIO ABDOME OBSTRUTIVO 
 AUMENTO 
DO ORGÃO
AUMENTO DO 
DIVERTÍCULO SINAL DE RIGLE INTESTINO DELGADO
BORRAMENTO 
DA GORDURA 
ADJACENTE
BORRAMENTO 
DE GORDURA 
ADJACENTE
AR NO RECESSO 
SUBFRÊNICO
 EMPILHAMENTO 
DE MOEDAS E 
POSICIONAMENTO 
CENTRAL
APENDICOLITO DIVERTICULITE COMPLICADA INTESTINO GROSSO
APENDICITE 
COMPLICADA 
DILATAÇÕES 
GROSSEIRAS E 
POSICIONAMENTO 
PERIFÉRICO
VOLVO SIGMÓIDE
SINAL DO 
GRÃO DE CAFÉFONTE: Radiologia Básica 2ª edição; Fundamentos de Radiologia 3ª edição
30RADIOLOGIA DO ABDOME
13. PATOLOGIAS 
HEPÁTICAS
Lesões císticas
Cistos simples
Os cistos simples são as lesões hepá-
ticas mais comuns do fígado, sendo 
caracterizados como lesões arredon-
dadas, preenchidas por conteúdo líqui-
do. Tais lesões são assintomáticas, têm 
origem congênita, evolução benigna e 
podem ser detectadas em qualquer fai-
xa etária, afetando 1-7% da população. 
Seu padrão de aparecimento na Tomo-
grafia Computadorizada é de uma le-
são hipoatenuante, com densidade lí-
quida, que não apresenta realce na TC 
com contraste em nenhuma fase.
Figura 86. Cisto hepático simples, retirada do site. 
https://www.sanarflix.com.br/
Hamartoma 
O hamartoma biliar, também conheci-
do como complexo de Von Meyenburg, 
representa uma má-formação be-
nigna congênita da arquitetura dos 
ductos biliares, que geralmente é as-
sintomática. Seu diagnóstico normal-
mente é insidioso, podendo ser con-
fundido com metástases hepáticas, 
por conta de sua morfologia. Dessa 
forma, sua caracterização em exames 
de imagem deve ser reforçada. Na Ul-
trassonografia, tal lesão se apresenta 
como lesões de pequena dimensão, 
com padrão hiperecogênico. Na TC, 
sua apresentação se assemelha a 
apresentação de um cisto simples, 
devido ao padrão hipoatenuante. To-
davia, tais lesões se diferenciam pelo 
fato de os hamartomas apresentarem 
realce periférico na TC contrastada.
Figura 87. USG Hamartoma Biliar, retirada do site. 
https://www.sanarflix.com.br/
Figura 88. TC Hamartoma Biliar, retirada do site. ht-
tps://www.sanarflix.com.br/
31RADIOLOGIA DO ABDOME
SAIBA MAIS: CLASSIFICAÇÃO DE TODANI 
A classificação de Todani é a classificação mais aceita para a conformação dos cistos biliares, 
sendo composta pelos tipos: 
• Todani Normal – Paciente com padrão normal 
• Todani I – Paciente apresenta cisto alocado na via biliar extra-hepática
• Todani II – Paciente apresenta divertículo de ducto extra-hepático
• Todani III – Paciente apresenta dilatação daporção intraduodenal do ducto biliar comum
• Todani IV – Paciente apresenta cistos nas vias intra-hepáticas e extra-hepáticas 
• Todani V – Paciente apresenta cistos apenas na via intra-hepática – condição também 
conhecida como Doença de Caroli. 
Figura 89. Classificação de Todani, retirada do site. https://www.sanarflix.com.br/
Doença de caroli 
A Doença de Caroli é uma doença he-
pática rara, de caráter genético, com 
padrão autossômico recessivo, carac-
terizada pela dilatação segmentar dos 
ductos biliares intra-hepáticos, que se 
dilatam e formam cistos. Tal doença 
costuma ter seu quadro clínico rela-
cionado com a ocorrência de diversas 
colangites de repetição, geradas pela 
formação de cálculos biliares, promo-
vida pelo acúmulo e redução do fluxo 
de bile. Seu padrão de aparecimento 
em Tomografias conta com a presen-
ça de um sinal radiológico conhecido 
como Central Dot Sign, caracterizado 
pela presença de lesões hipoatenu-
antes com área central de densidade 
hiperatenuada, durante a Fase Portal 
do exame contratado. 
32RADIOLOGIA DO ABDOME
Figura 90. Central Dot Sign, retirada do site. https://
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Figura 91. Doença de Caroli, retirada do site. https://
www.sanarflix.com.br/
Doença policística do adulto 
A Doença Policística Autossômica 
Dominante do Adulto se trata de uma 
anomalia genética rara, que evolui 
com aparecimento de cistos de ta-
manho variável em diversas vísce-
ras sólidas, principalmente Fígado e 
Rins. Seu padrão de aparecimento na 
Tomografia Computadorizada é ca-
racterizado pela presença de cistos 
difusos no parênquima de diversos 
órgãos abdominais.
Figura 92. Doença Policística Autossômica Dominante 
do Adulto, retirada do site. https://www.sanarflix.com.br/
Lesões hipervasculares
Hemangioma 
Os hemangiomas hepáticos são as 
principais lesões benignas que aco-
metem o parênquima hepático, sen-
do compostos pelo enovelamento 
de vasos sanguíneos. Acometem 
cerca 3 - 20% de toda a população, 
sendo múltiplos em 70% dos casos. 
Geralmente, tais lesões são assinto-
máticas. Seu padrão de aparecimen-
to na TC sem contraste é hipoatenu-
ante, enquanto na TC com contraste 
apresenta comportamento singular 
com aparecimento de um realce glo-
buliforme periférico na Fase Arterial, 
que segue em direção centrípeta na 
Fase Portal do exame. Ao adentrar na 
Fase de Equilíbrio, as lesões passam 
a apresentar padrão isoatenuante ou 
hipoatenuante. 
33RADIOLOGIA DO ABDOME
Figura 93. TC sem contraste Hemangioma, retirada do 
site. https://www.sanarflix.com.br/
Figura 94. TC (Fase Arterial) Hemangioma, retirada do 
site. https://www.sanarflix.com.br/
Figura 95. TC (Fase Portal) Hemangioma, retirada do 
site. https://www.sanarflix.com.br/
Figura 96. TC ( Fase de Equilíbrio) Hemangioma, retira-
da do site. https://www.sanarflix.com.br/
Hiperplasia nodular focal 
A Hiperplasia Nodular Focal (HNF) 
é a segunda lesão hepática benigna 
mais comum, com prevalência de 2,5 
– 8%, sendo mais frequente em mu-
lheres (8:1). Tal tumor é considerado 
como uma proliferação hiperplásica 
de hepatócitos secundária a malfor-
mações vasculares, que conduzem a 
modificações de perfusão. Sua apre-
sentação na TC sem contraste é de 
padrão isoatenuante. Porém, na Fase 
Arterial de uma TC contrastada, a le-
são apresenta um padrão conheci-
do como cicatriz central, no qual sua 
periferia é realçada, apresentando 
densidade hiperatenuante, enquan-
to sua porção central não se realça, 
apresentando densidade hipoatenu-
ante. Na Fase Portal da Tomografia, 
o padrão da periferia da lesão volta a 
ser isoatenuante, enquanto a porção 
central se mantém hipoatenuante. Já 
ao adentrar na Fase de Equilíbrio, a 
porção periférica da lesão permane-
ce isoatenuante, enquanto a cicatriz 
34RADIOLOGIA DO ABDOME
central se realça, tomando densidade 
hiperatenuante. 
Figura 97. TC sem contraste HNF, retirada do site. 
https://www.sanarflix.com.br/
Figura 98. TC (Fase Arterial) HNF, retirada do site. 
https://www.sanarflix.com.br/
Figura 99. TC (Fase Portal) HNF, retirada do site. ht-
tps://www.sanarflix.com.br/
Figura 100. TC (Fase de Equilíbrio) HNF, retirada do 
site. https://www.sanarflix.com.br/
Adenoma hepático 
O Adenoma Hepático é a terceira 
neoplasia benigna mais comum do 
Fígado, apresentando aparecimento 
mais comum em mulheres do que em 
homens (4:1), sendo relacionado ao 
uso de anticoncepcionais orais com 
estrogênio. Geralmente, tais tumores 
se apresentam assintomáticos e úni-
cos (70 – 80% dos casos), tendo bom 
prognóstico. Seu aparecimento na TC 
não contrastada é de padrão hipoa-
tenuante. Porém, na TC contrastada, 
em Fase Arterial, apresenta padrão 
hiperatenuante, que começa a se 
mostrar isoatenuante a partir da Fase 
Portal, mostrando-se com densida-
de isoatenuante completa na Fase de 
Equilíbrio. 
35RADIOLOGIA DO ABDOME
Figura 101. TC sem contraste Adenoma, retirada do 
site. https://www.sanarflix.com.br/
Figura 102.TC (Fase Arterial) Adenoma, retirada do 
site. https://www.sanarflix.com.br/
Figura 103.TC (Fase Portal) Adenoma, retirada do site. 
https://www.sanarflix.com.br/
Figura 104.TC (Fase de Equilíbrio) Adenoma, retirada 
do site. https://www.sanarflix.com.br/
Carcinoma hepatocelular 
Em relação ao Carcinoma Hepatoce-
lular (CHC), lesão maligna mais pre-
valente do Fígado, devemos estar 
atentos a maior incidência relaciona-
da a pacientes cirróticos e pacientes 
infectados pelos vírus da Hepatite B 
e C. Geralmente, tais tumores apre-
sentam sintomatologia inespecífica, 
com presença de dor abdominal no 
quadrante superior direito com pre-
sença de massa, perda ponderal e 
deterioração clínica aguda. O padrão 
de aparecimento de tais tumores em 
Tomografias Computadorizadas sem 
contraste é de densidade hipo ou iso-
atenuada. Já em TC contrastadas, na 
Fase Arterial, tais lesões se realçam 
bem, em um padrão conhecido como 
Wash In. Porém, nas Fases Portal e 
de Equilíbrio, a lesão perde o realce, 
adquirindo densidade hipoatenuante, 
em um processo denominado Wash 
Out. Além disso, é relativamente co-
mum a presença de uma pseudocáp-
sula envolvendo o tumor. 
36RADIOLOGIA DO ABDOME
Figura 105. TC sem contraste CHC, retirada do site. 
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Figura 106. TC (Fase Arterial) CHC, retirada do site. 
https://www.sanarflix.com.br/
Figura 107. TC (Fase Venosa) CHC, retirada do site. 
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Figura 108. TC (Fase Equilíbrio) CHC, retirada do site. 
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Padrão cirrótico 
A Cirrose é uma doença hepática 
constituída por um processo de fibro-
se hepática, sendo caracterizada pela 
presença de nódulos de regeneração 
cercados por fibrose. Tal patologia 
conduz ao quadro chamado de Hi-
pertensão Portal, caracterizado pela 
estase sanguínea no Sistema Porta, 
que pode evoluir com ascite. Sua vi-
sualização na Tomografia é possível 
com a observação de um fígado atro-
fiado, com limites serrilhados, envolto 
por ascite, observável por sua den-
sidade líquida. Além disso, como si-
nal de Hipertensão Portal, é possível 
observar aumento do calibre do Hilo 
Esplênico. 
37RADIOLOGIA DO ABDOME
Figura 109. TC Cirrose, retirada do site. https://www.
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Figura 110. TC Cirrose, retirada do site. https://www.
sanarflix.com.br/
Padrão esteatose 
A Esteatose Hepática é uma doença 
caracterizada pelo excesso de lipídios 
nas células do Fígado, os hepatócitos. 
Tal condição pode ter diversas etiolo-
gias, como a hepatopatia alcoólica e a 
esteatohepatite decorrente da gesta-
ção. Seu padrão de aparecimento na 
TC é feito com base na comparação 
das densidades hepáticas e esplêni-
cas. Na esteatose hepática, o Fígado 
se apresenta com parênquima hipo-
atenuante em relação ao Baço. Já na 
USG, a comparação deve ser feita em 
relação ao Rim Direito. O Fígado este-
atótico se apresenta hiperecóico em 
relação ao parênquima renal. 
Figura 111. TC Esteatose hepática, retirada do site. 
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Figura 112. USG Esteatose hepática,retirada do site. 
https://www.sanarflix.com.br/
38RADIOLOGIA DO ABDOME
14. PATOLOGIAS 
PANCREÁTICAS
Pancreatite aguda
A pancreatite aguda é a inflamação 
aguda do Pâncreas, caracterizada 
pela lesão auto digestiva da glândula, 
efetuada pelas enzimas pancreáticas, 
que danificam o parênquima, causan-
do inflamação. Sua sintomatologia in-
clui dor em faixa localizada no abdo-
me superior, febre, náusea e vômitos. 
Apresenta etiologia derivada, em 
aproximadamente 70% dos casos, 
de coledocolitíase e alcoolismo. Tal 
quadro tem diagnóstico clínico e la-
boratorial, porém é importante a rea-
lização de uma Tomografia Computa-
dorizada para avaliação de possíveis 
complicações. O padrão de imagem 
da Pancreatite Aguda na TC, assim 
como o de qualquer patologia infla-
matória, se apresenta com a presença 
de dois sinais clássicos: densificação 
FLUXOGRAMA 3 
PATOLOGIAS 
HEPÁTICAS
LESÕES CISTICAS LESÕES HIPERVASCULARES CIRROSE ESTEATOSE
 CISTOS SIMPLES HEMANGIOMA
ASCITE, FIGADO 
SERRILHADO, 
AUMENTO DO HILO 
ESPLÊNICO
TC: FÍGADO MAIS 
ESCURO QUE BAÇO
HAMARTOMA HIPERPLASIA NODULAR FOCAL 
USG: FÍGADO MAIS 
CLARO QUE RIM 
DIREITO
DOENÇA DE CAROLI ADENOMA HEPATICO
DOENÇA 
AUTOSSÔMICA 
DOMINANTE DO 
ADULTO 
FONTE: Radiologia Básica 2ª edição; 
Fundamentos de Radiologia 3ª edição
CARCINOMA 
HEPATOCELULAR
39RADIOLOGIA DO ABDOME
(também conhecida como borra-
mento) da gordura adjacente, que se 
apresenta mais hiperatenuante; e o 
aumento das dimensões do órgão. 
Além disso, é comum observar dila-
tação do ducto pancreático. 
Figura 113. Pancreatite Aguda, retirada do site. https://
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Como complicações pode apresen-
tar a formação de um pseudocisto 
pancreático ou a condição conhecida 
como pancreatite necrotizante. O 
pseudocisto pancreático se apre-
senta, na TC, como um achado arre-
dondado, preenchido por conteúdo 
líquido. Enquanto a pancreatite ne-
crotizante tem padrão de imagem, 
na Tomografia, de parênquima com 
densidade hipoatenuante, próxima a 
faixa líquida, caracterizando necrose 
pancreática. 
Figura 114. Pseudocisto Pancreático, retirada do site. 
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SAIBA MAIS: CRITÉRIO DE BALTHAZAR
A classificação radiológica conhecida como Critérios de Balthazar utiliza os achados da To-
mografia Computadorizada, como grau da lesão e área de necrose, para dar uma visão prog-
nóstica da Pancreatite Aguda.
PONTOS GRAU DE LESÃO NA TC
0 Normal
1 Aumento difuso do pâncreas
2 Alterações intrínsecas do pâncreas + alterações na gordura peri-pancreática
3 Presença de uma coleção mal definida
4 Presença de duas ou mais coleções líquidas mal definidas
40RADIOLOGIA DO ABDOME
PONTOS GRAU DE NECROSE
0 0%
2 <30%
4 30-50%
6 >50%
 
Figura 115. Pancreatite Crônica, retirada do site. ht-
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Adenocarcinoma 
O Adenocarcinoma de Pâncreas é o 
tipo mais comum de tumor maligno 
do Pâncreas, correspondendo a 90% 
dos tumores pancreáticos. Sua locali-
zação mais comum ocorre na região 
da cabeça do Pâncreas. Sua sinto-
matologia geralmente é inespecífica 
e fraca, com presença de dor e perda 
ponderal; porém, devido a sua locali-
zação habitual, o tumor pode condu-
zir ao quadro de icterícia pela obstru-
ção das vias biliares. Os achados na 
TC incluem lesões com padrão hipoa-
tenuante, com localização na cabeça 
SOMA DOS PONTOS COMPLICAÇÕES (%)
0-3 0
4-6 35
7-10 92
Tabelas Critérios de Balthazar
Pancreatite crônica
A Pancreatite Crônica é a inflamação 
do Pâncreas, com padrão de fibrose e 
dano estrutural permanente, que leva 
ao declínio da funcionalidade do ór-
gão. Dentre os fatores de risco para 
tal patologia se encontram o alcoo-
lismo, tabagismo e histórico de pan-
creatite aguda. Apresentam como 
sintomas dor abdominal pós-prandial 
em região epigástrica e insuficiência 
pancreática. Seu diagnóstico é difícil, 
visto que, geralmente, a sintomato-
logia da doença é gradual e os exa-
mes laboratoriais nem sempre estão 
alterados. Nesse sentido, a realização 
de exames de imagem facilita muito 
o diagnóstico da patologia. O padrão 
de imagem encontrado na TC é de um 
Pâncreas com dimensões reduzidas, 
devido a atrofia, calcificações difusas 
e dilatação do ducto pancreático 
41RADIOLOGIA DO ABDOME
do órgão, que podem levar a com-
pressão das vias biliares, conduzindo 
a uma dilatação do ducto pancreático 
e vias biliares. 
Figura 116. Adenocarcinoma Pancreático, retirada do 
site. https://www.sanarflix.com.br/
FLUXOGRAMA 4
FONTE: Radiologia Básica 2ª edição; Fundamentos de Radiologia 3ª edição
PANCREATITE AGUDA
RADIOGRAFIA 
PANCREÁTICAS
PANCREATITE CRÔNICA ADENOCARCINOMA
 AUMENTO DO ORGÃO ATROFIA DO ORGÃO LESÃO HIPOATENUANTE
BORRAMENTO DA 
GORDURA ADJACENTE CALCIFICAÇÕES
LOCALIZAÇÃO NA CABEÇA 
DO PÂNCREAS
PANCREATITE 
NECROTIZANTE
DILATAÇÃO DO DUCTO 
PANCREÁTICO 
DILATAÇÃO DAS 
VIAS BILIARES
42RADIOLOGIA DO ABDOME
15. PATOLOGIAS RENAIS
Nefrolitíase 
A nefrolitíase é uma patologia carac-
terizada pela presença de cálculos no 
trato urinário. Tal patologia pode ser 
dividida em nefrolitíase obstrutiva, 
quando conduz a obstrução das vias 
urinárias; e não obstrutiva, quando há 
a presença de cálculos que não obs-
truem o sistema coletor. Tais cálculos 
são estruturas mineralizadas, logo, de 
fácil visualização em diversos méto-
dos de imagem. Os sintomas dessa 
morbidade são: cólica renal, disúria, 
náuseas, vômitos, hematúria e febre, 
decorrente de possível infecção se-
cundária. Seu diagnóstico é feito com 
base na clínica, exames laboratoriais 
e de imagem. Para o diagnóstico de 
imagem, podem ser utilizadas as 
técnicas de Radiografia Simples de 
Abdome, Urografia Excretora, Ultras-
sonografia ou Tomografia Compu-
tadorizada, que representa o melhor 
exame para detecção. 
Na Radiografia Simples, é possível 
observar a estrutura do cálculo uriná-
rio em seu trajeto no sistema coletor. 
Tal método apresenta uma sensibili-
dade de apenas 20% no diagnóstico, 
visto que é limitada à visualização de 
cálculos relativamente grandes. 
Figura 117. Radiografia Nefrolitíase, retirada do site. 
https://www.sanarflix.com.br/
A Urografia Excretora é uma modali-
dade de Radiografia que visa avaliar 
as vias urinárias, por meio da avalia-
ção do sistema coletor durante a ex-
creção de contraste pelo sistema re-
nal, após administração de contraste 
endovenoso. Tal exame possibilita a 
visualização da dilatação das vias uri-
nárias, além de possibilitar a visuali-
zação de cálculos. Apresenta sensibi-
lidade de 60% 
43RADIOLOGIA DO ABDOME
Figura 118. Urografia excretora, retirada do site. https://
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Quanto a Ultrassonografia, é possível 
observar a presença de cálculo por 
meio da presença de uma figura hipe-
recóica, que apresenta uma sombra 
acústica bem definida. Além disso, 
com a utilização do recurso Doppler, 
é possível observar a formação de um 
padrão de imagem conhecido como 
Twinkling Artifact, caracterizado 
pelo aparecimento de cores alterna-
tivas no exame, demonstrando apa-
recimento de achado com superfície 
reflexiva. Tal exame apresenta sensi-
bilidade para detecção de cálculos de 
apenas 24%, sendo solicitado com o 
propósito principal de visualização de 
dilatações no sistema coletor. 
Figura 119. USG Nefrolitíase, retirada do site. https://
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Figura 120. Twinkle Nefrolitíase, retirada do site. ht-
tps://www.sanarflix.com.br/
No que tange a Tomografia Compu-
tadorizada, deve-se ressaltar que o 
exame deve ser feito sem utilização 
de contraste, para facilitar a visualiza-
ção do cálculo. Tal método possibilita 
a visualização de todo o sistema co-
letor, demonstrando o padrão obser-
vado na nefrolitíase com os possíveis 
achados de dilatação do sistema co-
letor e visualização do cálculo urinário.
44RADIOLOGIA DO ABDOME
Figura 121. TC Nefrolitíase, retirada do site. https://
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Pielonefrite
A Pielonefrite é a infecção dos Rins, 
geralmente causada pela transição 
de bactérias advindas do trato uriná-rio inferior, como uma complicação de 
uma Infecção do Trato Urinário (ITU) 
Baixa. Apresenta sintomatologia ca-
racterística, composta pela presença 
de sinal de Giordano positivo, febre, 
calafrios e disúria. Seu diagnóstico é 
tipicamente clínico e laboratorial, po-
rém pacientes com quadros frequen-
tes de pielonefrite devem realizar 
exame de imagem em busca de com-
plicações. Os principais exames utili-
zados são Tomografia Computadori-
zada Contrastada e Ultrassonografia 
com uso do recurso Doppler. 
Na TC contrastada em Fase Portal, o 
padrão de imagem de uma Pielone-
frite pode ser visto por meio de uma 
área hipoatenuante em relação ao 
parênquima hepático, que está re-
alçado pelo contraste. Além disso, é 
possível observar o padrão típico de 
inflamação, composto pelo aumento 
do órgão e borramento da gordura 
subjacente. 
Figura 122. TC Pielonefrite, retirada do site. https://
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Figura 123. TC Pielonefrite, retirada do site. https://
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45RADIOLOGIA DO ABDOME
Na Ultrassonografia com uso de Do-
ppler, é possível diagnosticar Pielo-
nefrite por meio da observação de 
área que demonstra redução do fluxo 
sanguíneo. Tal fenômeno ocorre devi-
do ao fato de a cápsula renal, quando 
inflamada, dificultar o retorno venoso. 
Figura 124. USG Pielonefrite, retirada do site. https://
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SAIBA MAIS: COMPLICAÇÕES DA PIELONEFRITE 
Como dito anteriormente, o principal propósito da indicação de exames de imagem para pa-
cientes com quadro de pielonefrite é a busca por possíveis complicações, como a formação 
de abscessos renais e pielonefrite enfisematosa. Os abscessos renais podem ser vistos 
na Tomografia Computadorizada, por meio de uma coleção líquida adjacente ao parênquima 
renal. Já a pielonefrite enfisematosa é observável tanto na TC quanto na USG. Na TC, é pos-
sível observar aumento expressivo das dimensões renais, acrescido à presença de achados 
hipoatenuantes, representativos de gás em seu parênquima. Já na USG, o padrão de imagem 
é composto por figuras hiperecóicas, que apresentam sombra acústica mal definida, sendo 
representativa de gás nos rins.
Figura 125. TC Pielonefrite enfi-
sematosa, retirada do site. https://
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Figura 126. USG Pielonefrite enfi-
sematosa, retirada do site. https://
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Figura 127. Abcesso renal, retira-
da do site. https://www.sanarflix.
com.br/
46RADIOLOGIA DO ABDOME
são benignas, sendo as mais comuns 
os angiomiolipomas; enquanto lesões 
sem gordura macroscópica visível 
tendem a ser malignas. O próximo 
passo na avaliação consiste em ob-
servar o padrão das lesões malignas 
para enquadrá-las em infiltrativas 
ou expansivas, que tendem a ter pior 
prognóstico. As lesões infiltrativas 
apresentam um padrão que aden-
tra, ou seja, se infiltra no parênquima 
renal, sendo uma representação co-
mum de linfomas; enquanto as lesões 
expansivas apresentam morfologia 
globuliforme, sendo o Carcinoma de 
Células Renais (CCR) a principal etio-
logia de tais tumores. 
Massas renais 
Ao tratarmos sobre massas ou tu-
mores renais, é fundamental ter em 
mente a importância da subdivisão 
de seus tipos com base na imaginolo-
gia da Tomografia Computadorizada, 
como é possível observar no fluxogra-
ma abaixo. O início da caracterização 
das lesões deve ser a respeito de sua 
possível malignidade. Assim, lesões 
que apresentam densidade de gor-
dura em sua conformação geralmente 
MASSAS 
RENAIS
BENIGNA MALIGNA
INFILTRATIVA LOBULADA/EXPANSIVA
Figura 128. Tumor Renal Benigno, 
retirada do site. https://www.sanar-
flix.com.br/
Figura 129. Tumor Expansivo, reti-
rada do site. https://www.sanarflix.
com.br/ 
Figura 130. Tumor infiltrativo, retirada do 
site. https://www.sanarflix.com.br/
47RADIOLOGIA DO ABDOME
SE LIGA! Papel dos exames de imagem. 
O papel dos exames de imagem, em 
se tratando de lesões renais malignas, 
não é apenas de classificação em subti-
pos de lesão, sendo de vital importância 
para o estadiamento de tumores renais, 
por meio da observação de estruturas 
subjacentes, como vasos ou outras par-
tes do sistema coletor. 
FLUXOGRAMA 6
FONTE: Radiologia Básica 2ª edição; Fundamentos de Radiologia 
3ª edição
NEFROLITÍASE
PATOLOGIAS 
RENAIS
PIELONEFRITE TUMORES RENAIS
RADIOGRAFIA
SENSIBILIDADE 60% TOMOGRAFIA BENIGNOS
USG 
SENSIBILIDADE 28% USG DOPPLER MALIGNOS EXPANSIVOS
TOMOGRAFIA 90% PIELONEFRITE COMBINADA MALIGNOS INFILTRATIVOS
NEFROLITIASE 
COMPLICADA
Figura 131. Tumores Renais, retirada do site. 
https://www.sanarflix.com.br/
48RADIOLOGIA DO ABDOME
16. PATOLOGIAS 
ABDOMINAIS 
VASCULARES
Aneurismas aórticos 
Aneurismas aórticos são dilatações 
anormais da Artéria Aorta, ocasiona-
das pelo enfraquecimento da camada 
média da parede arterial. Tem como 
principais etiologias hipertensão, 
aterosclerose e doenças do tecido 
conjuntivo. Podemos dividir tal mor-
bidade em duas classes: aneurisma 
fusiforme (principal tipo de aneuris-
ma), representado por um alargamen-
to circunferencial da parede arterial/ e 
aneurisma sacular, representado por 
evaginações localizadas na parede 
da artéria.
Figura 132. Aneurismas, retirada do site. https://www.
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Tal patologia tem como sítios mais co-
muns a Aorta Abdominal e Torácica, 
apresentando clínica assintomáti-
ca, com diagnóstico feito de manei-
ra insidiosa, por meio da realização 
de Tomografias Computadorizadas 
Contrastadas em Fase Arterial. Seu 
padrão de imagem na TC é visualiza-
do pela dilatação da Aorta, com a pre-
sença de estrutura conhecida como 
Trombo Mural ou Laminar, que não 
é realçada com o contraste. Além dis-
so, é possível observar calcificações 
na Aorta, representativas de placas 
de ateromatose calcificadas, localiza-
das na camada íntima. Ademais, na 
Tomografia é possível identificar si-
nais de complicação de aneurismas, 
como o extravasamento de contras-
te, que representa um indicativo de 
sangramento ativo; além de presença 
de coleção de densidade líquida no 
retroperitônio, que indica acúmulo de 
sangue. 
Figura 133. Aneurisma de Aorta Abdominal, retirada 
do site. https://www.sanarflix.com.br/
49RADIOLOGIA DO ABDOME
Figura 134. Aneurisma com Trombo Mural identificado, 
retirada do site. https://www.sanarflix.com.br/
Figura 135. Aneurisma, retirada do site. https://www.
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HORA DA REVISÃO: CAMADAS 
AÓRTICAS
A organização histológica da Aorta é di-
vidida em 3 camadas: Camada Íntima, 
Camada Média e Camada Externa. A 
camada íntima é constituída por tecido 
epitelial pavimentoso simples, o endo-
télio. Enquanto a camada média, túnica 
mais espessa, é composta por células 
musculares lisas entrepostas entre lâmi-
nas elásticas. Por fim, a camada externa, 
ou adventícia, tem como composição te-
cido conjuntivo frouxo. 
Figura 136. Túnicas Arteriais, retirada do site. https://
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Dissecção 
Para o entendimento da dissecção 
aórtica, é necessário entendimen-
to prévio das camadas histológicas 
do vaso e das patologias da cama-
da íntima. Dentre essas doenças se 
destacam o hematoma intramural e 
a dissecção da aorta, que são con-
sideradas espectros de uma mesma 
doença. O hematoma é constituído 
por uma coleção sanguínea restrita à 
parede arterial, provocado por uma le-
são de estruturas denominadas Vasa 
Vasorum. Enquanto na dissecção, há 
uma rotura na camada íntima, criando 
um caminho alternativo ao fluxo san-
guíneo, o lúmen falso. Dessa forma, a 
diferença entre os dois quadros se dá 
pela presença de uma lesão da cama-
da íntima na dissecção. 
50RADIOLOGIA DO ABDOME
Figura 137. Diferenciação de dissec-
ção de aorta e hematoma intramural. 
The Role of Imaging in Aortic Dissec-
tion and Related Syndromes. Ragaven-
dra R, et al. 
Figura 138. Dissecção de aorta, retirada do site. https://
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Dissecção de 
aorta
Hematoma 
intramural
A classificação de tal patologia pode 
ser feita por meio de dois sistemas: 
Classificação de Stanford e DeBakey. 
A classificaçãode Stanford divide as 
dissecções em Tipo A, que acometem 
Aorta Ascendente, unicamente ou 
em conjunto com a Aorta Torácica; e 
Tipo B, que acometem apenas Aorta 
Descendente. Enquanto a Classifica-
ção de DeBakey divide as dissecções 
em Tipo I, com dissecções localizadas 
na Aorta Ascendente e Descenden-
te; Tipo II, com patologias localizadas 
apenas na Aorta Ascendente; e Tipo 
III, com morbidades localizadas na 
Aorta Descendente. 
51RADIOLOGIA DO ABDOME
O aspecto de imagem de 
uma dissecção aórtica 
na Tomografia Compu-
tadorizada é dado pela 
observação de um lúmen 
verdadeiro, geralmente 
menor e hiperatenuado, 
e um lúmen falso, geral-
mente menor e hipoate-
nuado, separados por um 
septo constituído pela 
túnica íntima, conhecido 
como Flap. 
Figura 139. Dissecção aórtica, retirada do site. https://www.sanarflix.com.br/
CLASSIFICAÇÃO DAS DISSECÇÕES AÓRTICAS
DeBakey TIPO I TIPO II TIPO III
CLASSIFICAÇÃO TIPO A TIPO B
NORMAL
52RADIOLOGIA DO ABDOME
Obstrução
A obstrução da Aorta é uma pato-
logia circulatória séria, com diversas 
etiologias possíveis, como a ateros-
clerose e o tromboembolismo arterial, 
que cursa com redução do fluxo ar-
terial, levando a isquemia das regiões 
supridas. Sua sintomatologia varia 
de acordo com a etiologia, mas ge-
ralmente os pacientes cursam com 
sintomas isquêmicos de diversas re-
giões. Sua observação na Tomografia 
Computadorizada em Fase Arterial é 
demonstrada pela ausência de realce 
no vaso. 
Artéria normal Artéria aterosclerótica 
estreitada
Figura 140. Aterosclerose, retira-
da http://www.drraphaelprins.com.br/
areadeatuacao/doenca-arterial-periferica/
Figura 141. Obstrução Aórtica, retirada do site. ht-
tps://www.sanarflix.com.br/
53RADIOLOGIA DO ABDOME
17. TRAUMA ABDOMINAL
Organização geral 
No trauma abdominal, os exames de 
imagem têm importante papel na to-
mada de decisões, visto que, a par-
tir da observação dos órgãos aco-
metidos e dos padrões de lesão, é 
possível definir qual a conduta a ser 
tomada. Como em qualquer situação 
de trauma, existem fluxogramas para 
guiar a tomada de decisões, como o 
apresentado abaixo, no qual são de-
monstradas as condutas para exa-
mes diagnósticos, intervenções cirúr-
gicas ou tratamentos conservadores.
FLUXOGRAMA 7
FONTE: Radiologia Básica 2ª edição; Fundamentos de Radiologia 3ª edição
ANEURISMA
PATOLOGIAS 
VASCULARES
DISSECÇÃO OBSTRUÇÃO
FUSIFORME DOENÇAS DA CAMADA INTIMAL
ATEROMATOSE, 
TROMBOEMBOLISMO 
ARTERIAL
SACULAR LÚMEN FALSO E VERDADEIRO 
NÃO CONTRASTAÇÃO 
DO VASO
TROMBO MURAL CLASSIFICAÇÃO DE STANFORD
DILATAÇÃO DA AORTA
54RADIOLOGIA DO ABDOME
SE LIGA! PROTOCOLO DE CONTRASTE
Em situações de trauma, a utilização de contraste para o exame 
de Tomografia Computadorizada deve seguir um protocolo, de-
monstrado abaixo: 
Protocolo 
de TCMD
Contraste VO Desnecessário
Contraste vesical 
(250ml diluído a 5 – 10%) Se suspeita de lesão na bexiga
Contraste IV
Dose: 1 – 2ml/kg
Vel injeção: 4 – 5ml
Imprescindível
Fases:
• Sem contraste
• Arterial
• Portal
• Equilíbrio
ALTS, 10ª ed.
TRAUMA 
ABDOMINAL 
FECHADO
INSTÁVEL 
hemodinamicamente Sinais de peritonite
ESTÁVEL 
hemodinamicamente 
TC DE ABDOME
Lesão de órgão sólido
Lesão de víscera oca
Considerar possibilidade 
de tratamento 
conservador 
FAST ou LPD
V X
LAPAROTOMIA
Procurar outra 
causa de instabilidade
55RADIOLOGIA DO ABDOME
Quanto aos possíveis padrões de lesão 
encontrados na Tomografia Computa-
dorizada após um trauma abdominal, 
temos: Laceração, que apresenta as-
pecto linear, geralmente partindo da 
borda do órgão em direção ao parên-
quima; Hematoma Subcapsular, que 
se apresenta como uma meia-lua em 
volta do órgão acometido, com den-
sidade sanguínea; Hematoma, que é 
um acúmulo de sangue envolto pelo 
parênquimado órgão, apresentando 
densidade padrão de líquidos; e Con-
tusão, que pertence ao mesmo es-
pectro de lesão dos hematomas, visto 
que se apresenta como uma área hi-
poatenuante envolta por parênquima 
normal, porém com densidade dife-
rente da densidade de líquidos. Além 
disso, também existem outros sinais, 
que são indicativos de maior gravidade 
que podem modificar a conduta para 
abordagens cirúrgicas, como o Hemo-
peritônio, representado pela presença 
de sangue na cavidade abdominal, em 
padrão de imagem que lembra a asci-
te, porém com conteúdo de densidade 
sanguínea; Pneumoperitônio, repre-
sentado pela presença de ar na cavida-
de abdominal fora de alças intestinais; 
Desvascularização, que representa 
uma lesão vascular, na qual podemos 
observar a obstrução do vaso respon-
sável pela irrigação do órgão e pela is-
quemia deste; e Sangramento Ativo, 
representado pelo escape de contraste 
em regiões onde não existem vasos. O 
aspecto de imagem destas lesões está 
demonstrado na imagem abaixo: 
Figura 142. Padrões de lesão no trauma abdominal, retirada do site. https://www.sanarflix.com.br/
56RADIOLOGIA DO ABDOME
FAST 
O FAST (Focused Assessment with 
Sonography in Trauma) é um exa-
me de ultrassonografia feito no con-
texto de trauma, com o objetivo de 
uma rápida avaliação dos espaços 
peritoneais e epicárdicos em busca 
de locais de acúmulo de sangue. Tal 
método é feito em 4 janelas: Espaço 
Hepatorrenal, Espaço Esplenorrenal, 
Espaço do Fundo de Saco (Pélvico) e 
Espaço Pericárdico.
SE LIGA! Não se esqueça que na USG, 
líquidos se mostram hiperecóicos.
Espaço hepatorrenal
Figura 143. FAST, retirada do site. https://www.sanarflix.com.br/
Espaço esplenorrenal
Figura 144. FAST, retirada do site. https://www.sanarflix.com.br/
57RADIOLOGIA DO ABDOME
Espaço pericárdico
Figura 145. FAST, retirada do site. https://www.sanarflix.com.br/
Espaço pélvico
Figura 146. FAST, retirada do site. https://www.sanarflix.com.br/
58RADIOLOGIA DO ABDOME
Trauma esplênico 
Em traumas abdominais fechados, o 
órgão mais comumente lesionado é o 
Baço, sendo 75% de suas lesões tra-
tadas com tratamento conservador. 
Os traumas nesse órgão resultam, 
em sua maioria, em lesão parenqui-
matosa com ou sem rotura capsular. 
Os principais tipos de lesão de baço 
são: Hematoma, Laceração, Fratura e 
Desvascularização. 
CATEGORIA LESÃO
I
Avulsão capsular, laceração <1cm
Hematoma subcapsular <10% área 
de superfície
II
Laceração de profundidade de 1 a 3cm
Hematoma subcapsular 10-50% área 
ou central <5cm
III
Laceração de profundidade > 3cm
Hematoma subcapsular >50% da 
área, central > 5cm, ou em expansão
IV
Laceração envolvendo de vasos hila-
res ou segmentares com desvascula-
rização >25%
V
Laceração completa do baço
Lesão vascular hilar com desvascula-
rização completa
*Categorias em destaque necessitam de intervenção 
cirúrgica. Tabela retirada do site. https://www.sanarflix.
com.br/
Figura 147. Laceração e contusão do Baço. Retirada 
do site. https://www.sanarflix.com.br/
Figura 148. Trauma Esplênico, retirada do site. https://
www.sanarflix.com.br/
Figura 149. Trauma Esplênico, retirada do site. https://
www.sanarflix.com.br/
SE LIGA! Apesar da grande quantidade 
de informações presentes nas tabelas 
para caracterização das lesões no Trau-
ma Abdominal, existe certo padrão para 
guiar a interpretação de tais classifica-
ções. Deve-se sempre buscar entender 
3 pontos primordiais em tais tabelas: 1 – 
Padrão de lesão; 2 – Extensão da Lesão; 
3 – Mudanças de condutas possíveis 
Trauma hepático 
O segundo órgão mais lesado durante o 
Trauma Abdominal Fechado é o Fígado, 
sendo que o seu lobo direito é acometi-
do cerca de 3 vezes mais do que o lobo 
esquerdo (75 – 25%). Seu padrão de 
lesão mais frequente é lesão parenqui-
matosa com ou sem rotura capsular. Os 
principais padrões de lesão são: Hema-
toma, Laceração e Desvascularização. 
59RADIOLOGIA DO ABDOME
CATEGORIA LESÃO
I
Avulsão capsular, laceração <1cm
Hematoma subcapsular <10% área 
de superfície
II
Laceração de profundidade de 1 a 3cm
Hematoma subcapsular 10-50% área 
ou central <10m
III
Laceração de profundidade > 3cm
Hematoma subcapsular >50% da 
área, central > 10cm,ou em expansão
IV
Laceração envolvendo de 25-75% de 
um lobo hepático ou de 1 a 3 seg-
mentos do mesmo lobo
V
Laceração envolvendo >75% de um 
lobo hepático ou > 3 segmentos do 
mesmo lobo
Lesão vascular venosa
VI Avulsão vascular
*Categorias em destaque necessitam de intervenção cirúr-
gica. Tabela retirada do site. https://www.sanarflix.com.br/
Figura 150. Trauma Hepático, retirada do site. https://
www.sanarflix.com.br/
Figura 151. Trauma Hepático, retirada do site. https://
www.sanarflix.com.br/
Trauma renal 
Os rins são acometidos em cerca de 
10% dos traumas contusos ou pe-
netrantes. Para realização de Tomo-
grafia Computadorizada no Trauma 
Renal, o paciente deve se enquadrar 
em alguma das indicações a seguir: 
Hematúria Macroscópica; Hematú-
ria Microscópica, com Pressão Arte-
rial Sistólica menor que 90mmHg; ou 
Hematúria Microscópica, com lesões 
associadas. Os principais achados da 
TC no Trauma Renal são: Contusão, 
Hematoma, Laceração, Lesão Vascu-
lar e Hematoma Subcapsular.
CATEGORIA LESÃO
I
Contusão ou Hematoma subcapsular 
(não expansivo)
II
Laceração < 1cm
Hematoma perirrenal
III
Laceração > 1cm sem extensão ao 
sistema coletor ou extravasamento
IV
Laceração do cortex à medula e sis-
tema coletor
Lesão da artéria ou veia renal com 
hematoma
Trombose arterial segmentar
V
Lacerações com destruição renal; 
lesão do hilo com desvascularização, 
rotura arterial ou oclusão
*Categorias em destaque necessitam de intervenção 
cirúrgica. Tabela retirada do site. https://www.sanarflix.
com.br/
60RADIOLOGIA DO ABDOME
Figura 152. Trauma Renal- Contusão, retirada do site. https://www.sanarflix.com.br/
Figura 153. Trauma Renal- Hematoma subcapsular, retirada do site. https://www.sanarflix.com.br/
Figura 154. Trauma Renal-Laceração, retirada do site. https://www.sanarflix.com.br/
61RADIOLOGIA DO ABDOME
Figura 155. Trauma Renal- Infarto subsegmentar, retirada do site. https://www.sanarflix.com.br/
Trauma vesical
O trauma vesical geralmente é in-
vestigado quando ocorre fratura de 
ossos pélvicos. Seu padrão de lesão 
se divide em lesões intraperitoneais e 
extraperitoneais. As lesões extraperi-
toneais são identificadas por extrava-
samento do meio de contraste confi-
nado ao espaço perivesical na pelve 
extraperitoneal; enquanto as lesões 
intraperitoneais ficam restritas a pe-
riferia da bexiga, dentro da cavidade 
intraperitoneal. 
CATEGORIA LESÃO
1
Contusão vesical
Lesão da mucosa
2
Rotura intraperitoneal
Lesão do teto vesical com a bexiga 
distendida
3
Lesão intersticial
Lesão intramural com serosa intacta
4
Rotura extraperitoneal simples (a) ou 
complexa (b)
Determinada por fragmentos ósseos
5
Rotura combinada (intra e 
extraperitoneal)
*Categorias em destaque necessitam de intervenção 
cirúrgica. Tabela retirada do site. https://www.sanarflix.
com.br/
Figura 156. Trauma Vesical, retirada do site. https://
www.sanarflix.com.br/
62RADIOLOGIA DO ABDOME
Figura 157. Trauma Vesical, retirada do site. https://
www.sanarflix.com.br/
Figura 158. Trauma Vesical, retirada do site. https://
www.sanarflix.com.br/
TRAUMA 
ABDOMINAL
FAST
TRAUMA HEPÁTICO TRAUMA RENAL
TRAUMA ESPLÊNICO TRAUMA VESICAL
ESPAÇO 
HEPATORRENAL
ESPAÇO 
ESPLENORRENAL
ESPAÇO VESICAL
ESPAÇO PERICÁRDICO
HEMATOMA
LACERAÇÃO
FRATURA
DESVASCULARIZAÇÃO
ROTURA 
INTRAPERITONEAL
ROTURA INTERSTICIAL
ROTURA 
EXTRAPERITONEAL
ROTURA COMBINADA
HEMATOMA
LACERAÇÃO
DESVASCULARIZAÇÃO
CONTUSÃO
HEMATOMA
LACERAÇÃO
LESÃO VASCULAR ALTS, 10ª ed.
63RADIOLOGIA DO ABDOME
REFERÊNCIAS 
BIBLIOGRÁFICAS 
CHEN, Michel Y. M.; POPE, Thomas L.; OTT, David J.. Radiologia Básica. 2 ed. Porto Alegre: 
Artmed, 2012
 BRANT, W.; HELMS, C. A. Fundamentos de Radiologia: diagnóstico por imagens. 3. ed. 
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2009
JUNQUEIRA, L. C.; CARNEIRO, J.; ABRAHAMSOHN, P. Histologia básica: texto e atlas. 13. 
ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017.
NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
64RADIOLOGIA DO ABDOME

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