apostila_do_curso_cuidados_com_recem_nascido_

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Sumário 
 
DIREITOS E DEVERES DA GESTANTE E DO RN .................................................. 4 
DOCUMENTAÇÃO ...................................................................................................... 6 
INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 8 
ESCOLHENDO AS ROUPAS DO BEBÊ ..................................................................... 9 
VISITAS ....................................................................................................................... 12 
AMAMENTAÇÃO DO RN ......................................................................................... 13 
CUIDADOS COM A MAMA ...................................................................................... 20 
POSICIONAMENTO PARA AS MAMADAS ........................................................... 22 
ARROTO ...................................................................................................................... 23 
REGURGITAÇÃO ....................................................................................................... 23 
CÓLICA ....................................................................................................................... 26 
HIDRATAÇÃO ............................................................................................................ 27 
FUNCIONAMENTO INTESTINAL ........................................................................... 27 
SONO NO RN .............................................................................................................. 28 
CHORO ........................................................................................................................ 30 
CUIDADOS COM O COTO UMBILICAL ................................................................ 32 
ESPIRROS E SOLUÇOS ............................................................................................. 33 
VACINAÇÃO .............................................................................................................. 34 
BANHO ........................................................................................................................ 36 
SEGURANDO O BEBÊ NO BANHO ......................................................................... 40 
BANHO DE BALDE ................................................................................................... 44 
TROCA DE FRALDAS ............................................................................................... 45 
ASSADURAS .............................................................................................................. 47 
LIMPEZA DO NARIZ, OUVIDOS E OLHOS ........................................................... 48 
FEBRE NO RN ............................................................................................................ 49 
MANCHAS, ESPINHAS E DESCAMAÇÕES ........................................................... 51 
SAPINHO ..................................................................................................................... 53 
 ...................................................................................................................................... 53 
MOLEIRA NO RN ....................................................................................................... 53 
PELE AMARELADA – ICTERÍCIA .......................................................................... 55 
MANCHAS .................................................................................................................. 57 
MÃOS E PÉS ARROXEADOS ................................................................................... 58 
 
 
TUMEFAÇÃO DA MAMA ......................................................................................... 58 
GÊMEOS ...................................................................................................................... 59 
QUANDO CHAMAR O PEDIATRA? ........................................................................ 61 
REFERÊNCIAS ........................................................................................................... 67 
 
 
 
 
 
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DIREITOS E DEVERES DA GESTANTE E DO RN 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FONTE: Cobbis 
 
Para a chegada do RN na nova casa à gestante deve preparar um lugar seguro e 
limpo, para está nova fase da família. Preparando roupas de cama e banho para a 
criança. 
Um dos itens importantes para o enxoval do RN é o mosquiteiro no berço, pois 
evita que o RN seja picado por mosquitos transmissores de dengue e malaria. 
Um detalhe importante na gestação é que a gestante deve e tem o direito de 
conhecer o local onde terá o bebê antes do parto, ficando mais tranquila e adaptada com 
o ambiente hospitalar. 
Outro direito dos pais que trabalham com carteira assinada é o direito á licença 
pelo nascimento do RN. A partir de 2010 entra em vigor a lei que dá direito a gestante 
de seis meses de licença-maternidade, que pode ser iniciada um mês antes do parto. A 
empresa não é obrigada a prorrogar a licença maternidade de quatro para seis meses 
sendo uma opção facultativa. A funcionária e a empresa devem entrar em um acordo e 
se a mesma estiver disposta a conceder o benefício deve se cadastrar no Programa 
Empresa Cidadã. 
O pai tem direito a cinco dias de licença após o nascimento do bebê, estes dias 
podem ser utilizados para fazer o registro de nascimento e ajudar a mãe nos primeiros 
cuidados com o bebê. 
A participação do pai na hora do parto é um direito garantido pela Lei nº 11.108 
de 2005. Sendo assim, verifique se a maternidade ou hospital já cumprem está lei 
 
5 
 
garantindo a presença do pai antes, durante e depois do parto. É importante ressaltar 
que o pai não é uma visita e sim o acompanhante da gestante em todos os 
procedimentos. 
• É muito importante que a mãe já separe todos os documentos necessários a ser 
entregues no hospital ou maternidade como: 
 
- Cartão Gestante; 
- Carteira de identidade; 
- Certidão de Nascimento ou de Casamento. 
 
A gestante também deve deixar separados alguns itens importantes que devem 
ser levados a maternidade ou hospital como: 
 
- Roupas para o bebê e para a própria gestante. 
- Artigos de higiene. 
 
A gestante deve ter recebido durante o pré-natal as informações necessárias 
sobre o parto. A gestante deve ter conhecimento que as contrações ocorrem com 
intervalos regulares e que a dor começa das costas e se espalha para o quadril e para a 
barriga. Também é importante ter conhecimento que a bolsa d’ água pode romper antes 
ou no momento do parto e a gestante deve observar a cor e o cheiro do líquido para 
informar ao seu médico. 
Na chegada ao hospital o médico vai escutar o coração do bebê, contar quantas 
vezes o útero se contrai e fazer toque vaginal para ver como está à dilatação do colo do 
útero. Com isso, o médico avalia se está na hora do bebê nascer. Dependendo do 
resultado, a gestante vai para o quarto ou para a sala de pré-parto até que se complete a 
dilatação do colo do útero. 
O Parto realizado na maternidade deve ser realizado por um médico obstetra e 
assistido por um neonatologista que receberá o RN. Quando é realizado o parto normal 
a gestante tem o direito de receber medicamentos para diminuir a dor durante o 
procedimento. Algumas maternidades já usam cadeira de parto, banheiras e mesa 
inclinada, que são mais confortáveis para a gestante. 
Todo hospital ou maternidade tem o dever de oferecer a gestante o direito de 
fazer o exame para o HIV e receber medicamento durante a gestação e o parto. No parto 
 
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da gestante soropositiva o bebê receberá imediatamente após o nascimentoe durante as 
seis primeiras semanas de vida (42 dias) a medicação necessária. O Rn deverá ser 
encaminhado para o serviço de saúde especializado para crianças expostas ao HIV, o 
mesmo receberá alta da maternidade com consulta agendada nesse serviço, que fará os 
testes de acordo com determinações do Ministério da Saúde. 
Durante o parto o vírus da AIDS pode ser transmitido da mãe para o filho. Se a 
gestante não realizou o teste para o HIV/AIDS durante a gestação, o teste rápido deve 
ser realizado no momento do parto. 
A gestante soropositiva deve receber medicação injetável na hora do parto e não 
pode amamentar devido ao risco do vírus ser transmitido pelo leite materno ao RN. 
Na maternidade o alojamento conjunto é um direito da mãe e do bebê. Para a 
identificação a mãe e o bebê recebem uma pulseira com o nome da mãe (Ex: Rn de 
Fulana de Tal). 
Se mãe e bebê estão bem, vão para o alojamento conjunto, onde o bebê fica o 
tempo todo junto da mãe, podendo contar com a orientação dos profissionais de saúde. 
Quando o bebê nasce prematuro a mãe também tem direito ao Alojamento conjunto 
enquanto o RN permanece recebendo os cuidados da UTI. Quando o bebê prematuro 
não consegue sugar o peito da mãe, o leite materno pode ser retirado e dado com uma 
sonda orogástrica ou por copinho até ele conseguir mamar. 
A mãe também pode doar o leite para o banco de leite da maternidade, ajudando 
outros bebês. Mães que receberam a alta também podem doar leite, verifique se há 
postos de coleta no município ou na região. 
 
DOCUMENTAÇÃO 
 
 Quanto à documentação o cartório não pode cobrar pelo Registro Civil e pela 
primeira via da Certidão de Nascimento. O Serviço de Saúde onde o bebê nasceu deve 
oferecer a Declaração de Nascido Vivo, para que os pais possam fazer o Registro Civil e 
receber a Certidão de Nascimento do bebê. 
Segundo a UNICEF, para fazer o Registro Civil da criança, pais casados 
precisam apresentar a Certidão de Casamento e se não forem casados é necessário a 
presença do pai como declarante ou sua autorização escrita. Se a mãe for à declarante e 
o pai não reconhecer a paternidade, constará somente o nome da mãe na Certidão de 
Nascimento. 
 
7 
 
Antes de dar alta à mãe e ao bebê o hospital deve fornecer: A Caderneta de 
Saúde da Criança preenchida com os dados do parto e nascimento. A maioria dos 
hospitais faz o Registro 7 Civil antes da alta do bebê. 
A Caderneta de Saúde da Criança começa a ser preenchida onde o bebê nasceu e 
acompanha a criança até os 10 anos de idade. Na Caderneta de Saúde da Criança, são 
anotados o nome da criança, a data, local do nascimento, peso, comprimento, medida da 
cabeça, vacinas recebidas e tipo de parto. 
O direito à saúde está previsto na Constituição e deve ser garantido pelo Sistema 
Único de Saúde, com o cartão da Gestante e o Cartão da Criança os pais podem 
acompanhar o crescimento e o desenvolvimento do bebê pelas anotações da Caderneta 
de Saúde da Criança. A família deve conservar e guardar a Caderneta de Saúde da 
Criança e essa deve ser levada sempre que a criança for à Unidade de Saúde ou a 
campanhas de vacinação. 
A Mãe e o RN soropositivos possuem direitos a exames, remédios e 
acompanhamento da Equipe de Saúde. 
 
PÓS- PARTO 
 
A mulher após o parto tem um sangramento que se torna claro com o tempo e 
também pode sentir cólica quando o bebê chora e quando suga o mamilo. 
Após 10 dias do parto a mulher deve voltar ao serviço de Saúde para avaliar o 
processo de cicatrização dos pontos e a condição das mamas. O colo do útero também 
deve ser avaliado pelo profissional da saúde devido a infecções que ocasionam dor na 
parte de baixo da barriga, febre, sangramento e corrimento com mau cheiro. 
Os pais também devem estar atentos para os acidentes que possam vir a ocorrer 
com o RN, pois a maioria dos acidentes ocorre no local onde o RN fica. Os pais devem 
providenciar que o local onde o RN dorme esteja limpo e longe do chão para evitar 
umidade e insetos. O leito do RN deve ficar longe do fogão, lamparinas e velas para 
evitar queimaduras. 
A família deve sempre estar atenta com as crianças maiores que podem derrubar 
o RN do colo, da cama ou da rede. Nunca coloque o RN para dormir na mesma cama 
que crianças maiores ou com os pais, já ocorreram casos de sufocamento devido o 
cansaço das mamadas e da rotina exigida pelas mães. 
Outro item de segurança importante (que também abordaremos no decorrer do 
 
8 
 
curso) é o banho. A mãe deve segurar o RN durante o banho para que ele não 
escorregue e a 8 temperatura da água deve ser verificada para evitar queimaduras. 
Vamos apreender estes e outros cuidados importantes durante a vida do RN no 
decorrer do nosso curso. 
 
INTRODUÇÃO 
FONTE: Cobbis. 
 
O bebê é considerado recém-nascido desde que nasce até os 28 dias de vida. 
Neste período a criança fica totalmente dependente da mãe criando fortes laços de 
afetividade. 
Neste curso traremos informações sobre o choro, sono, banho, umbigo, visitas, 
vacinação e diversos outros itens importantes para mães e pais de primeira viagem que 
desejam conhecer e compreender o comportamento dos recém-nascidos. Este curso 
também pode ser direcionado aos profissionais de saúde que trabalham diretamente com 
recém-nascidos. 
Iniciando esta compreensão os pais devem saber que na sala de parto um 
neonatologista acompanha o nascimento do recém-nascido e o pediatra acompanhará o 
restante do desenvolvimento do bebê. O Pediatra é muito importante nestes primeiros 
anos de vida, sendo uma peça fundamental que irá acompanhar a família orientando e 
assegurando o desenvolvimento físico e intelectual do bebê. Durante o primeiro ano de 
vida o bebê deve ir ao pediatra pelo menos uma vez por mês. 
 
 
 
9 
 
ESCOLHENDO AS ROUPAS DO BEBÊ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FONTE: Gettyimages. 
 
Uma grande dúvida das mães ao deixarem a maternidade é como vestir o bebê. 
A mãe muitas vezes coloca no RN várias roupas, independente do clima, o que causa 
desconforto para o bebê. 
Para não cometer este erro é importante saber que o recém-nascido deve vestir 
roupas de acordo com a temperatura do ambiente, mas sem exageros. Mantas, toucas e 
agasalhos podem sufocar a criança, portanto, é preciso diminuir o volume de roupas. 
Para passear, pode-se agasalhar melhor o nenê, evitando-se deixá-lo com roupas de lã 
ou flanela em ambientes aquecidos. 
Quando o tempo estiver muito quente e abafado, deixe a criança com pouca 
roupa ou apenas de fraldas. No inverno, evite as correntes de ar frio e mantenha a 
criança bem agasalhada, lembrando que a pele sensível e fina da criança sente mais as 
alterações de temperatura. Se a criança está suando ou muito irritada, pode ser sinal de 
que está com calor ou muito agasalhada. Espirros e soluços pode ser sinal de frio. Fique 
atenta a esses sintomas e aprenda a conhecer as necessidades do seu bebê. 
Na hora de escolher a roupa do seu Bebê é importante observar o tecido 
utilizado na fabricação da roupa e sua composição. Muitos tecidos não são apropriados 
para a pele fina e delicada do bebê, podendo ocasionar alergias e assaduras. 
Para o RN é muito importante levar em consideração o conforto que o tecido 
 
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deve oferecer ao bebê. Existem tecidos que podem trazer desconforto, pois pinicam e 
não são confortáveis deixando o bebê irritado e chorão. 
Os tecidos que devem ser procurados pelas mães na hora de montar o enxoval 
são as malhas e o algodão. Entre a malha mais utilizada destaca-se o Suedeni, uma 
malha bastante firme e encorpada e muito suave ao toque. 
Outro item importante na escolha de peças para o enxoval é a facilidade com que 
se veste a roupa, o ideal é que a roupa seja fechada à frente ou de lado tornando-a mais 
prática e evitando que o bebê se machuque ou sinta-se desconfortáveis com botões. 
Como a criança estáem constante crescimento muitas mães acabam comprando 
roupas em tamanho maior para que possam ser utilizadas por mais tempo. Ao fazer isso, 
assegure-se que esta não irá atrapalhar os movimentos do bebê devido ao seu tamanho. 
Nos primeiros meses de vida os bebês crescem rapidamente e engordam 
aproximadamente um quilo por mês. Nessa fase, não vale a pena comprar roupinhas e 
sapatinhos muito caros. Por mais que sejam lindinhos e super fofos, eles só irão servir 
para os bebês por um curto espaço de tempo. Não seja compulsiva!!! 
Para ajudar a evitar está compulsão segue um exemplo de lista para o enxoval do 
seu bebê: 
• 6 macacões de tricot (linha ou lã); 
• 6 macacões (malha ou algodão); 
• 6 pagões com gola; 
• 6 conjuntos tipo pagão; 
• 2 casacos (linha ou lã); 
• 2 xales (linha ou lã); 
• 6 pares de meias. 
 
É muito importante antes de ir às compras verificarem em que época do ano seu 
bebê irá nascer, assim você poderá optar por macacões curtos ou compridos, ou ainda de 
malha fina, linha ou lã. Não se preocupe com os sapatinhos nos primeiros meses, afinal, 
eles só servirão de enfeite. 
 
• 3 jogos de lençóis para berço; 
• 1 protetor de berço; 
• 1 edredom; 
• 1 saia de berço; 
 
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• 2 jogos de carrinho (moisés/cesto); 
• 1 capa para cesto; 
• 1 cobertor; 
• 1 manta para berço; 
• 1 colcha de piquet para berço; 
• 1 moisés; 
• 1 protetores de carrinho; 
• 1 trocador; 
• 1 cesto de higiene 
• 4 cueiros; 
• 4 toalhas com capuz; 
• 8 toalhas fraldas para banho; 
• 15 fraldas de boca; 
• 4 babadores pequenos. 
 
Nos dias atuais a maioria das mães utiliza fraldas descartáveis, mesmo assim é 
importante que faça parte do enxoval meia dúzia de fraldas de pano, pois elas também 
servem como babador. 
É importante levar para a maternidade a quantidade adequada de roupas, sem 
exageros. Escolha roupas confortáveis, simples e bonitas. 
Segue um exemplo de kit básico e útil para as futuras mamães, da internação até 
o dia da alta. 
 
Para o bebê: 
• 6 macacões com botões na frente; 
• 3 casaquinhos; 
• 6 conjuntos pagãos; 
• 6 calças com pezinhos; 
• 1 cobertor de algodão; 
• 1 xale de linha ou lã. 
 
Para mamãe: 
 
• 1 robe; 
 
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• 4 camisolas ou pijamas abertos na frente; 
• 1 par de chinelos; 
• 3 sutiãs de amamentar; 
• 1 caixa de protetor absorvente para o peito; 
• 3 a 6 calcinhas mais altas e confortáveis, de preferência de algodão; 
• 1 cinta ou calcinha-cinta; 
• 2 pares de meia; 
• Sacos plásticos para roupa suja. 
• Nécessaire com: pasta e escova de dente, sabonete, escova ou pente, 
condicionador, xampu, desodorante sem perfume e dois pacotes de absorvente para 
fluxo intenso. 
 
É muito importante evitar os itens abaixo ao escolher as roupas para os RN: 
• Decotes sem abertura lateral, meias e calças com elásticos fortes; 
• Golas grandes, costuras grossas e/ou feitas com fio acrílico, pois podem 
provocar comichão; 
• Laços, cordões, fios, fitas ou quaisquer outros acessórios que o bebê 
possa desprender e colocar na boca ou se possam enrolar no pescoço do bebê; 
• Se não estiver demasiado frio, não é necessário usar gorro; 
• Não usar cachecóis, pois além de serem perigosos, aumentam a 
probabilidade de o bebê se constipar. 
 
MITOS E VERDADES 
 
Muita gente acha que RN é friorento, está informação é um MITO. O RN possui 
na verdade a mesma sensibilidade térmica que os adultos. Quanto menor o bebê maior 
acúmulo de calor por excesso de agasalho. Quando o RN sua, é sinal para a mãe 
observar, pois os bebês têm poucas glândulas sudoríparas. Aqueles que necessitam de 
maiores cuidados são os prematuros porque ainda não possuem controle térmico. 
 
VISITAS 
 
 Durante o primeiro mês, não é recomendado que a criança saia de casa. A 
 
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família deve evitar levá-la a lugares tumultuados e fechados. Nem pensar em passeios 
pelo shopping e 16 lugares com ar-condicionados. 
As visitas de parentes e amigos sempre acontecem neste momento de muita 
alegria que é a chegada de um novo membro a família. Porém, as visitas muitas vezes 
podem vir acompanhadas de bactérias, de infecção e este contato deve ser evitado com 
o recém-nascido, devido à grande vulnerabilidade a essas doenças. 
Para não ser indiscreta ou considerada chata prefira que estas visitas aconteçam 
em lugares abertos e arejados. 
O quarto do recém-nascido as portas e janelas não devem ser mantidas fechadas 
o dia todo. A criança não se resfria com correntes de ar e sim com contato com pessoas 
doentes (resfriadas, faringites...). A casa deve estar sempre bem ventilada e higienizada 
é imprescindível que pessoas que tenham contato direto com o RN lavem as mãos com 
frequência. Isso porque o vírus fica presente no ar e nas mãos. 
Nos primeiros meses de vida o isolamento e a prevenção são fundamentais para 
que seu bebê se torne sadio. 
 
 
AMAMENTAÇÃO DO RN 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A amamentação é um elo fundamental do relacionamento mãe-bebê e deve 
sempre ser estimulada. Muitas mães por falta de informações optam por não amamentar 
seus filhos o que é muito ruim, porque o leite materno preenche todas as necessidades 
do RN até o sexto mês de vida, diminuindo os riscos de infecção e aumentando sua 
 
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imunidade. 
O que podemos afirmar é que a glândula mamária é muito sensível ao sistema 
nervoso e para que tudo corra corretamente é preciso manter a serenidade e controlar a 
ansiedade durante a amamentação. 
O leite materno só aparece no terceiro ao quarto dia após o parto, a primeira 
secreção que começa a sair estimulada pela sucção (sugar do RN) é o colostro 
produzido pelo hormônio prolactina é de grande valor nutricional. O colostro é o 
alimento de transição entre o sangue que alimentou o feto durante a gestação e o leite. 
Este apresenta cor amarelada e é espessa. 
A mãe deve tomar alguns cuidados para que consiga alimentar seu bebê até o 
sexto mês de vida como é o recomendado. 
 
Estes cuidados são: 
* tomar bastante líquido; 
* limpar os seios apenas com água morna; 
* oferecer os dois seios em cada mamada; 
* não prolongar a mamada em mais de 15 minutos em cada seio; 
* Só utilizar o leite não materno em último caso. 
 
Não podemos deixar de citar que a mamada imediata após o parto é muito 
importante porque logo depois do parto a produção do hormônio já acontece. O bebê ao 
sugar libera oxitocina que aumenta as contrações uterinas da mamãe expulsando com 
maior facilidade a placenta. O sugar joga na corrente sanguínea da mãe a prolactina que 
estimula o leite e libera endorfina que diminui as dores do parto. 
A mamada imediata, como já citada aumenta a imunidade do RN através de 
germes e bactérias da própria mãe que contamina e protege o bebê de infecções. Outro 
benefício importante é a regulação da temperatura que ocorre devido ao contato da pele 
da mãe com a pele do RN evitando que acorra uma hipotermia (queda de temperatura). 
 
Existe uma série de recomendações que a gestante deve tomar durante a 
gestação: 
• A gestante deve tomar sol, no início da manhã ou final da tarde, com os 
seios descobertos; 
• A gestante deve sempre usar sutiã para sustentar o peso das mamas; 
 
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• A gestante não deve usar cremes, pomadas, sabão ou sabonete nos 
mamilos; 
• Durante a gestação a gestante não deve espremer o peito para retirar 
colostro, tal atitude pode estimular a contração do útero; 
 
 
Atenção: 
 
À gestante HIV positivo não pode amamentar, tendo sua lactação inibida logo 
após o parto por enfaixamento ou uso de inibidor de 
lactação. A mãe soropositiva deve receber apoio da equipe 
da saúde e das pessoas em que confia para se sentir 
descriminada. 
O UNICEF preconiza ser desejável que, ao 
amamentar o bebê, o ambiente seja aconchegante e 
tranquilo. Se a mãe procurar criar esse ambiente de 
amamentaçãoajudará no crescimento e desenvolvimento emocional do bebê. 
 
 
www.nucleobemnascer.com.br/.../doar-leite.jpg 
 
 Não há dúvidas que amamentar é um ato de coragem, doação e amor. Em razão 
disso, os médicos e especialistas enfatizam e incentivam o aleitamento materno. 
A amamentação é muito importante, até as mães com câncer de mama podem 
amamentar desde que estejam clinicamente estáveis, e não estejam recebendo 
quimioterapia ou radioterapia. 
As mães com próteses de silicone no seio precisam consultar um médico para 
avaliar seu caso. Algumas técnicas cirúrgicas empregadas podem ser fatores limitantes 
na amamentação. Isso acontece quando o mamilo é removido na cirurgia. Porém as 
mulheres que não tiveram seus nervos e condutores lácteos cortados, não terão 
problemas em amamentar. 
A maior parte das doenças maternas não impede a amamentação. Entretanto, em 
algumas situações, como quando a mãe é infectada pelo vírus HIV como já 
descrevemos é orientada a não amamentar o seu filho. Estima-se que a possibilidade de 
 
16 
 
a mãe soropositiva transmitir o vírus para a criança pela amamentação é de 
aproximadamente 14%, quando a mãe já está infectada pelo HIV; e de 29%, caso ela se 
infecte durante o período de amamentação. 
As mães que não podem amamentar devem lembrar que o momento de alimentar 
o bebê continua sendo extremamente importante para o desenvolvimento da criança e 
deverá ser aconchegante, tranquilo, de troca de carinho. 
E para provar que nada é impossível para uma mãe, já existem até casos de mães 
adotivas que conseguiram amamentar seus bebês. 
Alguns casos especiais com estímulo da sucção do 
bebê e, eventualmente, farmacológica, a mãe 
adotiva consegue amamentar seu bebê, ao menos 
parcialmente. 
FONTE: Cobis 
 
 
 
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Após passada a fase de adaptação a mãe perceberá que seu bebê tem um jeito 
próprio de mamar. O comportamento dos bebês deve ser considerado na avaliação da 
mamada, pois pode interferir no seu desempenho. 
Estudos indicam que bebês mais agitados, como os "excitados inefetivos", 
precisam ser acolhidos e acalmados antes de serem colocados ao peito. Outros bebês, 
como os "gulosos", precisam de um período de tempo maior, antes de começarem a 
sugar, pois precisam estimular todos os sentidos. Isso traduz um início de interação 
importante, que exige intimidade entre mãe e filho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FONTE: Cobbis 
 
Tipo de recém-nascido segundo o modo de mamar (Fonte: Sociedade 
Brasileira de Pediatria): 
• Robusto - Corpulento e voraz. Suga violenta e rapidamente. Extrai 
grande quantidade de leite, fere frequentemente o bico do seio. 
• Nervoso – Agarra, solta o bico do seio e resmunga. Há necessidade de 
acalmá-lo, levando-o pacientemente ao seio, diversas vezes. 
• Indiferente - Não se interessa por sugar. Se o leite é pouco ou muito, é o 
mesmo para ele. 
• Guloso - Saboreia ruidosamente as primeiras gotas que Ihe caem na 
boca. 
 
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• Folgado - Mama um pouco e descansa. Depois torna a mamar e vai 
assim, folgadamente, até terminar. 
Os Pediatras já chegaram à conclusão que o peso não é indicativo de saúde para 
a criança. 
Os pais acabam tendo tendência de ficar preocupados quando a criança nasce 
com pouco peso. O importante é perceber que cada criança possui suas características 
muito próprias, determinados por uma série de antecedentes. 
 
 
O peso ideal para bebês nascidos no termo por uma gestação normal é de 2,5 a 4 
quilos, dentro dos parâmetros de normalidade. O bebê só necessita de cuidados 
especiais quando apresenta abaixo de 2,5 ou acima de 4 quilos. 
Os bebês nos primeiros dias de vida podem perder até 5% do peso total devido à 
eliminação da urina e, dos excrementos acumulados durante a gestação. 
O ganho de peso do bebê depende também do tipo de alimentação que o bebê 
está recebendo, os bebês alimentados artificialmente engordam porque esta alimentação 
é constante 22 mantendo a quantidade de nutrientes fundamentais ao RN. 
Nos primeiros três meses o bebê pode engordar até 200 gramas por semana. O 
importante é a criança manter o peso estável e equilibrado. Devido a isso, é 
aconselhável pesar o bebê uma vez por mês. 
Quando se inicia a alimentação sólida no quarto mês, o bebê engorda 
lentamente. Já no primeiro ano a criança triplica o peso do seu nascimento e pode 
aumentar 25 cm de altura. 
 
 
www.amigasdoparto.org.br/.../Bebe/MonoWandy.jpg 
 
 
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Idade Meninos Meninas 
Peso (g) Altura 
(cm) 
Peso (g) Altura 
(cm) 
1º Mês 4.250 55 4.050 54 
 
 
 
 
 
FONTE: Álbum do Bebê. Edição e Impressão: Tilibra S/A Indústria Gráfica. 
 
 
2º Mês 5.000 57 4.800 55 
3º Mês 5.750 61 5.500 60 
4º Mês 6.350 62 6.100 61 
5º Mês 6.950 63 6.700 62 
6º Mês 7.550 64 7.300 63 
7º Mês 8.000 66 7.750 65 
8º Mês 8.450 68 8.200 67 
9º Mês 8.900 69 8.650 68 
10º Mês 9.350 71 9.100 70 
11º Mês 9.650 73 9.400 72 
12º Mês 9.800 - 10.300 75 9.600 - 10.110 72 
15º Mês 10.600 77 10.400 76 
18º Mês 10.800 - 
11.000 
80 10.600 - 
10.800 
79 
2 anos 12.000 - 
12.200 
85 11.800 - 
12.000 
84 
 
20 
 
CUIDADOS COM A MAMA 
 
A preparação das mamas deve acontecer ainda durante a gestação. É nessa fase 
que as mamães de primeira viagem devem começar a aprender tudo o que envolve o 
aleitamento. 
Existem algumas técnicas que podem ser usadas para fortalecer o bico do peito e 
estimular as glândulas mamárias. Tudo para evitar problemas na hora da amamentação, 
a gestante deve lavar o bico do peito apenas com água, não utilizando sabonetes para 
que ocorra uma hidratação natural. 
A gestante também deve tomar banho de sol para preparar o seio para a 
amamentação. Esta exposição ao sol deve durar de 10 a 15 minutos todos os dias antes 
das 10 da manhã ou depois das 3 da tarde, o sol ajuda a deixar a pele mais resistente 
para o ato da amamentação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FONTE: Getty imagem 
 
As mulheres com o bico do seio invertido devem fazer uma massagem 
específica para estimular a saída do bico para fora. Após a identificação do tipo do 
mamilo são realizados exercícios manuais chamados de exteriorização que consistem na 
manipulação destes mamilos para facilitar o aleitamento materno. Os exercícios devem 
ser realizados a partir do segundo trimestre de gestação. Esses exercícios são feitos 
 
21 
 
durante o banho, as unhas devem ser cortadas para evitar ferimentos na região. 
O primeiro exercício consiste em posicionar os dois dedos indicadores no limite 
(final) da borda da aréola e realizar movimentos esticando a pele, no sentido horizontal. 
Realizar movimentos repetidamente por cerca de cinco a dez vezes e depois fazer o 
mesmo exercício de esticar, agora no sentido vertical. 
O segundo exercício consiste em pegar o mamilo entre os dedos e torcê-lo de 
forma lenta e suave de um lado para o outro. Esse exercício deve ser repetido diversas 
vezes durante o dia. 
Durante a gestação também é importante ter conhecimento de algumas 
patologias que podem ocorrer devido à gestação. Uma das patologias que podem 
ocorrer durante este período é a mastite, uma inflamação das glândulas mamárias 
causada pelo acúmulo de leite e acontece com maior frequência no pós-parto, 
principalmente na primeira gestação. A mastite pode ocorrer em uma mama ou nas duas 
e as características são mamas vermelhas, endurecidas, doloridas e quentes. 
 
 
 
A melhor maneira de evitar está inflamação é evitar o acúmulo de leite nas 
mamas. O leite que sobre na mama após a mamada deve ser retirado ordenando os seios 
manualmente ou se as estiver bastante ingurgitada deve-se massagear os seios no 
chuveiro na água morna amolecendo a auréola para retirar o leite. Deve ser realizada 
uma massagem prévia na auréola e no restante da mama com a mão espalmada e depois, 
deve segurar o seio com o polegarem cima do bico e o indicador embaixo e fazer um 
movimento de ‘aperta e solta’. 
A retirada do leite deve ser feita manualmente, evitando as bambinhas para não 
causar mais traumas mamilares. 
 
 
22 
 
 
FONTE: William Santos/ CoordCOM UFRJ. 
 
O tratamento da mastite é feito normalmente com anti-inflamatórios, antibióticos 
e compressas quentes. 
A amamentação nestes casos não precisa ser interrompida. Se a amamentação do 
seio com mastite causar dor intensa a mamada deve ser iniciada no seio saudável ao 
mesmo tempo em que deixa sair o leite do seio doente. 
 
POSICIONAMENTO PARA AS MAMADAS 
 
 
Para que a pega seja correta, a boca do bebê deve envolver a maior parte 
possível da aréola e não apenas o mamilo, para isso o bebê deve abrir bastante a boca, 
isso pode ser feito por meio do estímulo do reflexo de busca do bebê ao tocar 
suavemente o mamilo em sua boca. 
Na pega correta a boca do bebê fica bem aberta, com as bochechas 
arredondadas, o seu queixo encosta na mama e o lábio inferior encontra-se voltado para 
fora. Na pega incorreta ocorre o oposto: A boca da criança não está muito aberta, seu 
queixo não encosta na mama, seu lábio superior está voltado para frente e o inferior para 
dentro. Consequentemente a mama fica mais estirada o que tende a ser desconfortável e 
facilita o surgimento de fissuras. 
A amamentação deve ser uma prática prazerosa para a mãe e o bebê, a partir do 
momento que a mãe sente dor é necessário avaliar quais os fatores que possam estar 
prejudicando a prática em ser realizada adequadamente. 
 
23 
 
 
 
FONTE: Gettyimages. 
 
Muitas vezes, a mãe possui muita sensibilidade na região areolar, por isso é tão 
importante o preparo dos mamilos durante a gestação por meio de exercícios, dos 
banhos de sol para fortalecer o local, a utilização do próprio colostro para massagear e 
hidratar a aréola e mudanças mais frequentes de posição ao amamentar para evitar 
lesões e fissuras. 
 
ARROTO 
 
Para que a criança consiga arrotar após a amamentação. Coloque-a em posição 
vertical e apoiada em seu peito e suavemente bata nas costas. A criança só pode ser 
deitada após arrotar e mesmo após arrotar a posição de barriga para cima deve ser 
evitada para evitar o refluxo. 
Quando a criança arrota pode vir um pouco de leite o que é normal a mãe não 
deve assustar. Existem crianças que não arrotam, pois possuem dificuldade em expelir o 
ar. Neste caso a criança ficará desconfortável e um pouco irritada, insista tentando 
várias posições até que ela arrote. Caso a criança não arrotou e encontra-se tranquila é 
que não há necessidade de arrotar. 
 
REGURGITAÇÃO 
 
A regurgitação pode ocorrer e é comum após as mamada. A regurgitação 
 
24 
 
consiste na devolução de pequenos volumes alimentares de leite. O leite volta sem ter 
sofrido ação do suco gástrico. 
A intensidade da regurgitação varia para cada criança. A regurgitação pode ter 
diversas causas, sendo a principal à maneira como o bebê pega o peito que deve ser 
realizada de forma que o bebê não engula muito ar. O ar deglutido em excesso ao sair 
do estômago (pela boca) traz consigo o leite, provocando a regurgitação. 
Outra causa de regurgitação, menos frequente que a anterior é devida ao mau 
funcionamento de uma válvula que existe na entrada do estômago chamada cárdia. 
Normalmente esta válvula se fecha após a passagem do alimento, impedindo sua volta 
para a boca através do esôfago. Entretanto, em algumas crianças a válvula não funciona 
bem e permanece aberta mesmo com o estômago cheio. Assim que a criança se deita ou 
quando a pressão abdominal aumenta (quando tosse, por exemplo) a criança regurgita. 
Se a regurgitação tiver um volume maior passa a se chamar vômito. Esta 
situação chama-se refluxo gastroesofágico e pode prejudicar o ganho de peso e causar 
problemas respiratórios no bebê. 
No processo de refluxo, o esôfago caracteriza-se como um tubo muscular que 
conduz os alimentos da boca ao estômago. Na sua parte inferior existe um esfíncter que 
se abre para a passagem do alimento e se fecha para que o alimento não volte. Quando o 
esfíncter é fraco ou 32 imaturo, ele não segura o alimento no estômago, que acaba 
voltando para o esôfago na forma de regurgitação ou vômito. 
Esta regurgitação só é considerada refluxo quando a quantidade, frequência e 
duração do episódio são exageradas. A maioria dos bebês apresenta refluxo 
gastroesofágico por causa da imaturidade do esfíncter esofagiano, sendo chamado de 
refluxo fisiológico, isto é, que faz parte do desenvolvimento infantil. 
Em 80% dos casos, o refluxo tende a regredir a partir dos seis meses de vida 
coincidindo com a introdução dos alimentos sólidos e a condição de uma postura 
corporal mais ereta. 
O refluxo gastroesofágico é considerado patológico quando os episódios de 
vômitos e regurgitações não melhoram depois dos seis meses de vida, mesmo com 
alterações na postura e dieta. Nessa fase, a criança não ganha peso ou o perde, parando 
de crescer e produzindo uma esofagite (inflamação do esôfago). 
Além desses problemas, a criança apresenta sintomas como irritabilidade, choro 
persistente, dificuldade para dormir, recusa de alimentos ou complicações relacionadas 
ao nariz, ouvido, seios da face e garganta. 
 
25 
 
Em casos mais graves, a criança pode apresentar uma 
apneia (parada respiratória) ou aspirar ao próprio refluxo 
(chegar aos pulmões), progredindo para uma pneumonia 
aspirativa. 
O refluxo tem cura e pede alguns cuidados no 
cotidiano das crianças. Estes cuidados incluem a manutenção 
do leite materno e o posicionamento do bebê após as 
mamadas, deve-se deixar a criança no colo “em pé” para 
arrotar depois de alimentada por pelo menos meia hora antes 
de deitá-la. 
 
 
 
farm4.static.flickr.com 
 
A cabeceira do berço ou da cama da criança deve ficar elevada para que a ação 
da gravidade ajude o esvaziamento gástrico. 
Os casos mais sérios são tratados com medicação que auxiliam também no 
esvaziamento gástrico e neutralizam a acidez da substância do estômago. A indicação 
de cirurgia hoje é pequena devido ao bom desempenho dos medicamentos e dos 
cuidados na vida diária. 
 
 
http://www.jcmoveis.com.br 
 
 
 
26 
 
CÓLICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
Os RNs apresentam cólicas com frequência nos três primeiros meses de vida e 
causam muito choro no bebê e irritação nos bebês. 
As cólicas podem ser causadas por inúmeros motivos como: 
• A imaturidade do sistema digestivo. Nos RNs o sistema digestivo ainda 
não está totalmente desenvolvido e a digestão acelera o funcionamento dos intestinos, 
provocando espasmos causando as cólicas. 
• A Deglutição de ar que ocorre devido à rapidez ao sugar o seio materno 
ou um orifício grande demais no bico da mamadeira faz a criança engolir ar, 
provocando gases, causando cólicas. Isso pode ser evitado colocando o bebê para arrotar 
após as mamadas. 
• A cólica pode ser causada em reação a um determinado nutriente que 
entra na alimentação da mãe ou no preparo da mamadeira. Ingredientes ricos em ferro 
ou a proteína do leite ingerida pela mãe (chocolates, queijos, etc.) podem provocar essa 
reação. O leite em pó pode prender o intestino da criança e provocar gases e cólicas. 
A mãe pode ajudar a evitar as cólicas evitando que o bebê inspire ar durante as 
mamadas e fazendo com que o bebê arrote após as mamadas. 
 
Buscando evitar as cólicas podem ser realizadas massagens abdominais, 
realizando a elevação dos joelhos do bebê contra o abdômen ou deitando o bebê de lado 
(posição que auxilia no esvaziamento do estômago). Outra opção é colocar o bebê de 
barriga para baixo na sua barriga para diminuir a dor. 
No caso de gazes e para diminuir as cólicas a mãe pode colocar o bebê de costas, 
realizando a flexão das perninhas contra a barriga. Outro fato que pode também auxiliar 
para evitar ou diminuira cólica é posicionar o bebê de bruços no colchão duro sem 
travesseiro com as 35 mãozinhas para cima da cabeça. 
 
27 
 
Se nada disso funcionar um chá morno de erva-doce (sem açúcar) quebra as 
moléculas de gás facilitando a eliminação dos gases. Às vezes, uma fralda umedecida 
com chá morno de camomila sobre a barriga pode ajudar. 
Para prevenção das cólicas as mães que estão amamentando devem evitar: 
• Álcool, cigarros e cafezinho que pode causar cólicas mais intensas. 
• Respeitem os horários das mamadas - dar o peito ou a mamadeira para 
acalmá-lo piora as cólicas pela formação de mais gases. 
• Evite ficar nervosa, a ansiedade e insegurança são sentidas pelo bebê o 
que causa mais cólicas. 
 
HIDRATAÇÃO 
 
 
O RN não deve receber nenhum outro alimento a não ser o leite materno. Os RN 
não devem nos primeiros meses ingerir chás e água. 
O leite já contém todos os nutrientes necessários para a criança se desenvolver. 
 
FUNCIONAMENTO INTESTINAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A constipação raramente acontece nos RNs que se alimentam no seio materno. O 
RN que se alimenta no seio evacua várias vezes durante o dia nas primeiras semanas. Os 
RNs que se alimentam de fórmulas lactes evacuam apenas uma vez por dia e a 
consistência tende a ser mais firme. Alguns bebês devido à fórmula defecam a cada três 
dias o que não é um problema desde que as fezes não estejam duras demais. 
 
28 
 
No início, as fezes dos RNs nascidos possuem a aparência bem escura, grudentas 
com aparência de graxa. Estas fezes iniciais são chamadas de meconiais, posteriormente 
tornam-se esverdeadas com muco e depois se tornam amareladas e pastosas. 
Consideramos que a criança está com prisão de ventre quando demora dois ou 
três dias para evacuar e a aparência das fezes é dura e ressecada. 
Algumas crianças podem apresentar junto às fezes sangramento, se isso 
acontecer procure a orientação do seu pediatra. 
É muito importante a mãe conhecer os sintomas e entender o ritmo intestinal de 
seu bebê. Alguns bebês reclamam e fazem força para defecar e isso não é sintoma de 
constipação. 
Para os bebês que já comem outros alimentos é normal encontrar: Irritabilidade, 
dor de barriga, abdômen duro ao toque e dor de barriga que melhora depois de fazer 
cocô. 
A prisão de ventre pode estar associada à ingestão insuficiente de líquido ou a 
própria criança começa a segurar as fezes associando-a com algo doloroso. O médico 
com certeza 38 saberá identificar a causa e lhe ensinar como proceder em ambos os 
casos, não tome medidas tentando aliviar o desconforto de seu bebê sem orientações. 
No caso de bebês que tomam fórmula de leite em pó, o pediatra pode trocar a 
marca ou o tipo do leite para observar se o problema resolve. Para bebês que já comem 
alimentos sólidos, o pediatra pode recomendar mamão papaia ou recomendam deixar a 
ameixa de molho num copo d'água durante a noite e depois dar a água ao bebê. 
Existem algumas medidas que podem ser tomadas pelas mães para auxiliar no 
funcionamento intestinal do bebê: 
• Realizar movimentos com as pernas do bebê, como se estivesse 
pedalando. O movimento estimula o intestino e ajuda a eliminar as fezes. 
• Se a criança já come outros alimentos evite alimentos como: arroz, 
banana, maçã, etc. 
Tenha em mente que tudo é uma fase de adaptação. Se seu bebê já come outros 
alimentos o organismo está aprendendo a lidar com a nova comida. Com o tempo o 
intestino retornará ao ritmo adequado. 
 
SONO NO RN 
 
 
29 
 
O recém-nascido normalmente dorme muito porque o sono ajuda o bebê a 
relaxar e produzir alguns hormônios importantes para o seu desenvolvimento e para o 
crescimento. Mas, cada criança cria seus próprios hábitos dormindo entre as mamadas 
ou permanecendo acordados. 
Existem bebês que devido à agitação possuem dificuldade em pegar no sono o 
que tira a paciência de muitos pais. Nestas ocasiões deve ser transmitida muita 
tranquilidade pelos pais ao bebê, a mãe deve criar uma rotina diária para que o RN 
assimile e não tenha dificuldade de dormir. 
A rotina pode constar de atividades como, brincadeiras que deixarão o bebê 
cansado e, em seguida a mãe poderá dar um banho morno, para relaxar a musculatura. 
Mas, atenção o banho ou qualquer atividade não pode realizar-se logo após as mamadas, 
no decorrer dos módulos explicaremos o porquê desse cuidado. 
O recém-nascido dorme em geral de 15 a 20 horas por dia. O ambiente onde a 
criança dorme deve ser arejado, silencioso e com iluminação adequada. O RN deve ter 
seu próprio quarto, pois os pais não devem acostumar à criança a dormir em outros 
locais. O costume de dormir com os pais ou no quarto deles é um hábito muito difícil de 
ser revertido. 
Antes do RN começar a dormir verifique se a fralda está limpa e confortável, o 
mesmo cuidado deve-se ter com as roupas utilizadas. Ou seja, o conforto é essencial 
para uma boa noite de sono de seu filho. 
Desse modo, o RN deve ser colocado no berço para dormir evitando ficar com 
ele no colo embalando. Fique do lado do berço transmitindo tranquilidade, nesta hora 
uma música de ninar é bem-vinda. 
O posicionamento no berço também é muito importante. Estudos mostram que a 
morte súbita está diretamente ligada ao posicionamento do RN em decúbito ventral 
(barriga para baixo) que favorece que a criança engula o vômito. O posicionamento 
correto do RN é de decúbito dorsal (barriga para cima) ou de decúbito lateral direito (de 
lado direito) o que favorece o esvaziamento gástrico evitando o refluxo. 
 
 
30 
 
 
 
Mitos e verdades 
Algumas pessoas acreditam que alimentar a criança à noite atrapalha o sono. 
Isso é MITO na verdade o estômago trabalha da mesma forma. O recém-nascido tem 
que mamar de três em três horas conforme orientação dos neonatologistas e pediatras. 
Caso o RN acorde durante a noite chorando não o retire do berço, o choro 
normalmente pode ter sido algum susto. Neste caso o RN só precisa de uma mão para 
lhe acalmar e as cantigas de ninar para que consiga voltar a dormir. 
Se a mãe tira o RN do berço ele associa o choro ao colo o que tornará um ato 
frequente durante a noite desta família. O sono é um momento muito afetivo e a rotina 
proporciona estabilidade tanto para os pais como para a criança. 
 
CHORO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O choro do recém-nascido expressa a sensação de desconforto. O choro é a 
forma de comunicação do RN, na sua chegada no parto já anuncia o nascimento por 
meio do choro. 
No ato do nascimento o choro possui funções importantes como abrir os 
pulmões para começar a funcionar. O ato de chorar também ajuda a expelir os fluidos 
 
31 
 
das vias respiratórias para que possam começar a absorver o oxigênio que deve entrar 
após esta desobstrução. 
O choro aflige muito os pais em casa, é complicado para um casal de primeira 
viagem conseguir interpretar o choro do seu filho. Nos primeiros dias os pais devem 
saber que o choro está relacionado com alguma necessidade seja sono, fome, roupas 
apertadas etc. 
Existem alguns gestos que nos ajuda a identificar a necessidade de cada choro. 
Um choro que a criança começa a passar a mão pelo rosto, fica manhoso e coça a 
cabeça é sinal de choro devido ao sono. Já quando o RN chora de fome geralmente 
chupa o dedo e faz o movimento de abrir e fechar a mão. Devemos destacar que estes 
movimentos não são regras, mais são os gestos manifestados em geral. 
Quando o RN chora porque está com a fralda suja é muito normal a criança 
começar a se contorcer porque se sente incomodado. Também são comuns bebês que 
ficam muito tempo na mesma posição (o corpinho começa a doer) ou está com uma 
roupa apertada que chore. O choro de dor normalmente é alto e incontrolável. 
No choro causado pela cólica à criança franze a testa e o abdômen apresenta-se 
abaulado ou "estufado". Quando o choro está relacionado ao medo ou a um surto, écomum os olhinhos ficarem arregalados. Isso pode acontecer em razão a um susto com 
uma pessoa desconhecida, com um barulho e muitos outros fatores. Normalmente após 
alguns dias as mães já conseguem interpretar o significado de cada choro e consegue 
uma interação perfeita com o RN. 
Quando o RN chora por manha sempre tem algum motivo e geralmente é por se 
sentir desamparado. A criança se acostuma com o colo e quando é colocado no berço se 
sente sozinho. O mais importante é passar segurança e criar um ambiente agradável para 
receber o seu bebê. 
O que acontece muitas vezes é que a ansiedade dos pais e o excesso de atenção 
face ao choro podem sobrecarregar o hipersensível sistema nervoso do bebê e prolongar 
a crise de choro. 
Alguns pediatras afirmam que quanto mais os pais tentarem acabar com o choro, 
mais os bebês vão chorar e quanto mais o bebê chorar poderá surgir os famosos gases. 
Os episódios de choro e cólicas devem ser observados. Caso as cólicas 
aumentem em sua intensidade e duração os pais devem buscar orientação do pediatra 
porque pode ser decorrente da alergia ao leite e ou refluxo do ácido do estômago para o 
esôfago. 
 
32 
 
 
CUIDADOS COM O COTO UMBILICAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
Um cuidado muito importante e que gera muita dúvida entre os pais são os 
cuidados com o umbigo ou com o coto umbilical. O coto umbilical (umbigo) cai entre o 
quinto e o décimo quarto dia de vida. Os pais de primeira viagem ficam assustados e até 
impressionados com a aparência do coto umbilical, como é chamado esse pedacinho do 
cordão que fica preso ao bebê nos primeiros dias de vida. 
Alguns recém-nascidos apresentam o umbigo mais grosso e gelatinoso o que 
pode retardar a queda. Este retardo da queda do umbigo ou até mesmo a queda próximo 
ao décimo quarto dia pode ocasionar discreto sangramento, o que não deve alarmar os 
pais e não requer cuidados especiais. 
O cuidado que os pais devem ter com o coto umbilical é de envolvê-lo com uma 
gaze umedecida em álcool. O umbigo e/ou o coto umbilical deve ser limpo 3x por dia 
com álcool ou outro antisséptico indicado pelo seu pediatra durante uma semana. Esta 
limpeza deve ser bem realizada porque o coto umbilical é uma porta para infecções. 
Ao contrário de que muitas mães pensam está limpeza não causa dor no recém-
nascido porque o umbigo não possui terminações nervosas. Para realizar a limpeza 
levante o coto umbilical e limpe bem com a gaze ou cotonete. A limpeza deve continuar 
da mesma forma mesmo depois da queda do umbigo e não devem ser realizados 
curativos fechados no coto umbilical como faixas, gazes ou curativos sobre o umbigo. 
No banho o coto umbilical deve ser bem limpo com água e sabão. 
O coto umbilical deve ficar exposto ao ar para que seque mais rapidamente, 
mantendo o umbigo sempre seco ele cairá naturalmente. 
Os pais devem estar atentos a sinais de secreção purulenta ou vermelhidão ao 
redor do umbigo. Se isto ocorrer à criança deve ser levada imediatamente ao pediatra. 
 
33 
 
 
 
 
Estas faixas utilizadas antigamente também causavam dificuldade do RN 
respirar. A faixa causa uma compressão abdominal que dificulta o trabalho dos 
músculos respiratórios podendo causar também refluxos durante a mamada. 
 
 
 
ESPIRROS E SOLUÇOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://casasaudavel.files.wordpress.com/2009/01/bebe-baixa.jpg>. 
 
Soluços em recém-nascidos são muito comuns, pois os movimentos do 
diafragma ainda não estão bem coordenados, um dos motivos também é a imaturidade 
do sistema digestivo. 
Mas os soluços também podem ser sintomas de que o bebê esteja passando frio. 
 
 
 
 
Há alguns anos usavam-se faixas para fechar o umbigo, pois 
acreditavam que ajudava a cair o umbigo e evitava que o 
umbigo ficasse para fora. Isto é mentira, o umbigo só ficará 
saltado em casos de hérnias e os curativos fechados causam 
uma alta umidade do local e proporciona um prazo maior para 
a queda do coto 
 
34 
 
Sendo assim, verifique se os pezinhos e mãozinhas estão geladas. Quando o soluço 
acontece devido ao frio o RN normalmente está descoberto ou na hora do banho. Estes 
soluços não provocam nenhum mal e cessam espontaneamente. 
Os espirros ocorrem frequentemente e não devem ser atribuídos a resfriados. 
Qualquer coisa afeta a mucosa do nariz do bebê: ar quente, ar frio, perfumes, roupas 
recém-lavadas podem causar espirros nos recém-nascidos. 
Depois de três ou quatro meses os espirros dos RN diminuem. Também é 
comum a ressonância durante a respiração, um barulho semelhante ao ronco. Isso 
acontece porque seu bebê ainda não respira pela boca, mas apenas pelo nariz, que nesses 
primeiros dias tem uma capacidade pequena para inspirar e expirar. 
 
 
VACINAÇÃO 
 
 
 
A vacina oferece ao recém-nascido, imunização, protegendo a criança contra 
doenças causadas por bactérias ou vírus. 
A vacina é produzida através dos micro-organismos que causam as doenças e 
assim proporciona ao indivíduo anticorpos já conhecidos das doenças, inibindo o 
desenvolvimento da doença. 
Portanto, seguir corretamente o calendário de vacinação infantil desde o 
nascimento é o princípio básico para a preocupação com a saúde do recém-nascido. 
Já é comprovado que as vacinas são mais eficazes no controle das doenças do 
 
35 
 
que a medicação usada para a cura, além de ser um método mais barato para controle da 
saúde pública. Quanto maior o uso das vacinas, menor o número de casos de doenças, 
menor a quantidade de antibiótico usada e, assim, menor o número de micro-
organismos mutantes resistentes ao remédio. 
Após o nascimento do bebê a mãe já recebe uma lista de vacinação infantil. 
Primeiramente o bebê toma a vacina contra Hepatite B e com dois meses se toma à 
tetravalente, a VORH e a VOP. Com nove meses se toma a vacina contra a febre 
amarela. Com um ano é preciso aplicar a tríplice viral. Com quinze meses é preciso à 
tríplice bacteriano. Algumas delas precisam ser aplicadas até mesmo em três doses, para 
reforçar realmente o organismo. 
Algumas vacinas novas serão incluídas no calendário, mas o Governo ainda não 
confirmou todas as datas. Além das vacinas que devem ser tomadas todos os anos, as 
pessoas podem conferir também qual o tempo certo de vacinar o seu filho. 
Segue abaixo o calendário de vacinação recomendado pela Associação Brasileira 
de Imunização – 2009 
 
 
36 
 
 
http://www.sbim.org.br/sbim_calendarios2008_crianca.pdf 
 
BANHO 
 
 
O banho é uma questão que traz muita insegurança aos pais. O fato do RN 
parecer frágil, mole e escorregadio passa aos pais o medo de deixá-lo escorregar ou 
afogá-lo. Na verdade o banho no bebê não é difícil, o que atrapalha é apenas a 
insegurança. O banho deve ser dado desde o nascimento. 
O banho deve ser diário e, nos dias mais quentes, pode ser repetido várias vezes, 
sempre com água morna e limpa, usando sabonete comum (O sabonete deve ser 
adequado ao pH natural da pele do bebê). 
Não existe um horário correto para definir o banho, mas o correto é que seja 
realizado no período mais quente do dia, perto do almoço. Ressaltando mais uma vez, 
 
37 
 
nunca após as mamadas. 
O banho deve ser realizado de preferência no horário em que a mãe esteja 
disponível, deve ser um momento de tranquilidade que fortalece o vínculo mãe e filho. 
Os primeiros banhos em casa não precisam ser demorados. Basta que o recém-nascido 
fique na banheira tempo suficiente para tirar a sujeirinha e a pele descamada que se 
acumula no corpo. 
A água para o banho deve ser morna, a mãe deve verificar a temperatura antes 
de colocar o RN. O primeiro passo para o banho é lavar primeiro a cabeça para depois 
lavar o corpo. Depois do banho é necessário enxugar bem principalmente nas regiões de 
dobras para evitar as assaduras. Devem ser evitados o uso de óleos industrializados e 
talco na pele do bebê (o talco pode provocar rinitealérgica). 
 
Mito e verdade: 
 
Sempre escutamos os mais antigos dizer que não se pode tomar banho após 
comer. Isto é VERDADE porque quando o estômago se enche, a circulação sanguínea 
fica mais lenta no cérebro. É por isso que após as refeições mais pesadas as pessoas 
sentem certa sonolência. Sendo assim, não é o contato com a água que perturba a 
digestão e sim o esforço que um banho demanda. Se tratando de bebês, que costumam 
fazer uma grande farra na hora do banho os riscos aumentam, mas só se tiverem 
comido. 
Um item importante durante o banho é que o recém-nascido não pode ficar 
muito tempo exposto à friagem, sem roupinhas, nem antes e nem depois do banho. 
Também não pode ficar esperando na banheira enquanto a mãe corre para pegar a toalha 
que esqueceu dentro do armário. Por isso, os pais devem organizar o espaço e deixar 
tudo o que vão usar bem à mão. 
Coloque todos os produtos para o banho ao seu alcance. No trocador, deixe a 
roupinha que o bebê irá vestir, as fraldas, gaze e o algodão. O ideal é que o bebê possa 
tomar banho e se trocar no mesmo ambiente, para evitar mudanças de temperatura. 
Cheque se todos os itens estão separados e se a temperatura da água está boa antes de 
tirar a roupinha do bebê. 
Lembre-se que o ambiente deve estar com janelas e portas fechadas para evitar 
correntes de ar, mesmo nos dias mais quentes. O banho precisa ser diário, apesar de se 
sujarem pouco. Em geral, o melhor é dar o banho antes das mamadas para evitar que ele 
 
38 
 
regurgite. Algumas mães preferem dar logo antes do horário que o bebê costuma 
dormir. 
A pessoa que vai dar o banho no bebê deve estar com as unhas bem curtas, pois 
a pele do bebê é muito fina e qualquer arranhão pode machucar a criança. Tire anéis, 
pulseiras e relógios e lave bem as mãos antes de começar. 
O contato com a água pode ser uma surpresa para o RN e acabar assustando. 
Para que isto não ocorra segue dicas para serem seguidas para a preparação do banho do 
RN: Prepare o local do banho. Já separe a roupa limpa, a tolha (macia), a banheira (a 
banheira deve sempre ser higienizada após o banho) e o sabão neutro. 
• Para encher a banheira, primeiro deve ser colocada a água fria e depois a 
quente, até atingir a temperatura ideal. Antes de colocar o bebê, misture bem a água por 
toda a banheira e jamais acrescente água fria ou quente quando o RN já estiver lá 
dentro. Não é preciso encher demais a banheira, mas se você colocar pouca água ela vai 
esfriar rapidamente. O ideal é que haja água suficiente para o bebê flutuar. Uma boa 
medida é que o nível da água bata no umbigo da criança. 
• Prepare a água em uma temperatura de +/- 34 graus para que fique 
morna. Deixe a banheira em um nível baixo e teste a temperatura da água com seu 
cotovelo. Ela deve estar agradável. A temperatura da água é um fator muito importante. 
Crianças se queimam a temperaturas menores do que adultos por causa da pele mais 
fina e do tamanho da massa corporal. 
• Coloque o RN no seu colo só de fralda e enrolado em uma toalha sente-
se do lado da banheira. Incline a cabeça dele sobre a banheira e lave a cabeça e o rosto 
sem colocá-lo dentro da água. Não use nenhum sabão na face, apenas água limpa. Passe 
a mão delicadamente nos olhinhos para tirar toda a sujeira. Finalize essa etapa secando a 
cabeça e o rostinho. Isso é muito importante para evitar que a água entre no ouvido. 
• Com a cabeça ainda apoiada em seu braço esquerdo desembrulhe o RN e 
coloque-o com cuidado na água. Com a mão direita lave o bebê. 
• Para lavar o corpinho, o bebê deve ficar imerso na água e virado de 
frente. Comece a limpar com água e sabão neutro, o peito, a barriga, as perninhas, o 
umbigo e os bracinhos. Depois de ensaboar levemente, vá jogando pequenas porções de 
água. Vire a criança de costas e repita o mesmo processo na parte de trás. Não esfregue 
o sabonete diretamente na pele do bebê. 
 
 
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• Com cuidado retire o RN da água, embrulhando-o rapidamente em uma 
toalha (macia). 
• Seque o RN com delicadeza, principalmente as dobrinhas. 
• Vista o RN com roupas macias, folgadas e confortáveis. 
 
Como já citado é muito interessante que o banho seja dado sempre na mesma 
hora, para criar desde cedo uma rotina diária. 
Há anos, os bebês esperavam alguns dias para ter a experiência do primeiro 
banho, pois os pediatras recomendam a higiene a seco até a queda do coto umbilical. 
Porém, em muitas maternidades atualmente o recém-nascido entra na banheirinha logo 
depois do parto. Hoje, o primeiro banho dado na maternidade já é com muita água 
morna e sabonete neutro, justamente para remover as secreções do parto, que podem 
ocasionar contaminação. 
Algumas regiões do corpo do recém-nascido precisam de atenção especial 
durante o banho, como as partes que ficam em contato com a fralda, os genitais, as 
mãos, os pés. É verdade que nos primeiros dias de vida, o bebê não se suja muito, mas 
alguns cantinhos do seu corpo acumulam sujeira e o felpo da roupa. Portanto, não se 
esqueça de lavar bem as dobrinhas, as axilas, o pescoço, entre os dedos e a parte de trás 
da orelha. Em todos os banhos a faxina precisa ser completa. 
Dependendo das condições do recém-nascido alguns médicos recomendam que 
nos primeiros dias de vida, o bebê tome o banho a seco. Está indicação ocorre para os 
bebês de extremo baixo peso, os que necessitam de cuidados especiais ou aqueles que 
estejam instáveis. 
Para o banho a seco deve-se começar a higiene pela cabeça do bebê, enquanto 
ele 5ainda está vestido. Para limpar a face, use apenas um algodão ou gaze embebida 
com água morna. Nessa hora, instintivamente, o recém-nascido deixa os olhinhos bem 
fechados e você poderá passar o algodão úmido por toda a pele, tirando a sujeira dos 
olhos. Para limpar o nariz, use um cotonete com água morna esterilizada e passe 
delicadamente nas bordas da narina. 
O cabelo do recém-nascido pode acumular crostas que eventualmente ficam 
grudadas ao couro cabeludo depois do parto. Um pouquinho de óleo próprio para bebê 
pode ajudar na remoção dessas crostas. Para lavar a cabecinha, use sabão líquido neutro 
ou xampu e enxágue com pequenas porções de água morna inclinando a cabeça sobre 
uma bacia. 
 
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Somente depois de finalizar a limpeza da face e cabeça você deve passar para o 
corpinho. Não há necessidade de tirar toda a roupa de uma vez. Primeiro, tire apenas a 
parte de cima e, ainda com o algodão, limpe braços, peito, barriga e costas com sabão 
neutro e água morna. 
Depois passe para a parte de baixo. Tire a fralda da criança e faça a higiene da 
mesma forma. Lembre-se de passar o algodão úmido em todas as dobrinhas do bebê. 
 
SEGURANDO O BEBÊ NO BANHO 
 
Para você ter firmeza para segurar o recém-nascido, o ideal é que a banheira 
fique em uma altura agradável para você e que esteja bem acomodada para não forçar a 
coluna. Dessa forma, você terá mais segurança ao manipular o bebê. 
A maneira como você vai segurar o pequenino durante o banho é importante por 
três motivos: precisa ser confortável para o bebê, prática para quem banha e, 
principalmente, segura para não oferecer nenhum risco como, por exemplo, o bebê 
escorregar durante o banho. 
Portanto, a criança precisa ficar presa com conforto. 
A melhor forma de conseguir isso é passando o seu braço esquerdo pelas costas 
da criança e prendendo embaixo de seu bracinho esquerdo, de modo que a cabeça fique 
apoiada no seu antebraço. Tenha o cuidado de segurar firme, porém, não exagere na 
força. Muitos pais, com medo de deixar o RN cair acabam apertando mais do que 
devem. 
Para colocar o bebê na água, apoie o bumbum e a as coxas do bebê na sua mão 
direita e só solte quando ele já estiver se sentindo seguro e confortável na banheira. 
Nessa posição, você vai ficar com o braço e a mão direita totalmente livre para ensaboar 
e enxaguar o bebê. 
Quando terminar de banhara parte da frente é hora de virar de bruços. Para isso, 
use a sua mão direita que está livre para girar o bebê de modo que o seu braço esquerdo 
passe a apoiar o peito e o rosto da criança. Nessa posição, sua mão esquerda vai ficar 
presa embaixo do bracinho direito. 
 
 
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Alguns bebês nascem cabeludos, outros bem carequinhas. Não importa qual o 
caso de seu RN ele pode e deve lavar a cabeça todos os dias até um ano de idade. Esse 
cuidado faz parte da higiene diária, especialmente nos primeiros meses de vida, quando 
ele deve estar impecavelmente limpo para evitar doenças e contaminações. 
É natural que o couro cabeludo do bebê fique oleoso nos primeiros dias. Isso 
acontece devido à ação de um hormônio, o androgênio, que a criança recebe ainda na 
barriga da mãe. Não use nenhum produto que resseque o couro cabeludo do bebê. A 
tendência é que essa oleosidade vá sumindo aos poucos, naturalmente. 
Se o recém-nascido apresentar crostas no couro cabeludo, não se assuste. Isso 
também é normal. São resíduos que ficam grudados na cabeça após o parto. Nos 
 
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primeiros banhos do bebê você pode usar um pouco de óleo infantil para amolecer essas 
crostas antes de aplicar o xampu. 
Para lavar o cabelo do bebê você poderá usar uma pequena quantidade de xampu 
infantil ou sabonete líquido neutro, que não irritam os olhos da criança. Nessa idade não 
é preciso esfregar ou massagear a cabecinha, apenas passe a mão levemente sobre a 
penugem. Enxágue bem os fios até tirar todo resíduo do produto. Para secar, apenas 
pressione levemente uma toalha macia sobre a cabeça. 
Depois de um bom banho, os bebês precisam ficar bem enxutos. A toalha dos 
pequeninos deve ser muito macia, para não machucar a pele, e estar bem sequinha. 
O enxoval de banho do bebê deve ser de uso exclusivo, os modelos com capuz 
são ótimos para manter todo o corpo quente e protegido de friagens. As toalhas-fralda 
são uma boa opção por ter melhor absorção do que as toalhas felpudas. 
Ao tirar o RN da banheira, envolva-o rapidamente na toalha. Para enxugá-lo, 
apenas aperte a toalha contra o corpinho, sem esfregar a pele. 
Os fios de cabelo do recém-nascido são geralmente bem fininhos, como uma 
penugem. Até completar um ano de idade, ele permanece ralinho e precisa ser 
cuidadosamente penteado. Mesmo aqueles que têm bem poucas quantidades de fios 
precisam desembaraçar os cabelinhos quando saem do banho. 
Para pentear os fios de cabelo utilize escova de cerdas macias naturais, sem 
receio de machucar a moleira, sempre de maneira suave. Se o RN tiver uma quantidade 
grande de fios, evite deitá-lo no berço com o cabelo muito molhado, a umidade no 
couro cabeludo pode causar micoses. 
As fivelinhas, laços e elásticos nos cabelos de meninas abaixo de seis meses 
deve ser evitado. Depois dessa idade é preciso tomar cuidado com os acessórios, pois a 
criança pode retirar colocar na boca e se machucar. 
Conforme o bebê vai crescendo, os pais devem perceber que o banho tem outras 
funções além de limpar. O banho pode ser usado para relaxar, acalmar ou até refrescar o 
bebê, tudo depende do tipo de banho que é dado. 
No verão, por exemplo, um banho com água fresquinha é uma boa opção quando 
o bebê está inquieto. Se ele já tomou um banho completo no dia, nesse segundo banho 
pode apenas se distrair na banheira com seus brinquedos. 
O banho também pode ser relaxante para RN inquietos antes de dormir. Um 
banho quentinho e demorado à noite, antes do bebê dormir, tem o poder de acalmar e 
relaxar. O ideal é que a temperatura da água seja semelhante a do corpo materno, em 
 
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torno de 36 ºC. Apenas deixe a criança com o corpo imerso na banheira e, se quiser, 
coloque uma música instrumental ou com sons da natureza bem baixinha. Ao finalizar, 
saia da banheira e vá direto para o berço. 
Para não judiar do bebê, durante o inverno os banhos devem ser dados nos 
horários mais quentes do dia, perto da hora do almoço. Mesmo no frio, a temperatura da 
água não pode estar muito quente, pois resseca a pele do bebê. Se o dia estiver gelado, 
uma boa dica para manter o bebê aquecido é colocar uma toalhinha molhada com água 
morna na barriga durante o banho. Mas, o banho nunca deve ser esquecido mesmo no 
frio. 
Os pais podem saber facilmente se a criança está com frio: as mãos e pés ficam 
roxos e a face pálida. Nesse caso, acelere o banho, enxugue bem e vista a criança o mais 
rápido possível, começando pela parte de cima para que o tórax fique aquecido. 
Mesmo no auge do verão, a água da banheira precisa estar morna, na 
temperatura do corpo da criança. O simples fato de estar na água será suficiente para 
refrescá-la e retomar o conforto. Lembre-se que no verão a criança tende a desenvolver 
mais problemas na pele como micoses, alergias e assaduras. Mantê-la sempre seca e 
limpinha é muito importante nessa época. Redobre os cuidados nas partes do corpo 
onde a criança transpira mais, como pescoço, axilas e dobrinhas. E quando a criança se 
mostrar impaciente e desconfortável, lembre-se que um banho pode resolver o 
problema. 
As brincadeiras ajudam no desenvolvimento psicomotor da criança. Já que o 
banho tem que ser diário, é bom que a criança aguarde ansiosa por essa diversão. Então, 
nada melhor do que aproveitar esse momento para brincar com o bebê e fazer o banho 
virar uma grande atração. 
Existem centenas de brinquedinhos próprios para o banho. Escolha os modelos 
de borracha, que os bebês possam morder à vontade, e bem coloridos para atrair a 
atenção. Ensine o bebê a pegar o brinquedo, afundar, jogar. Sempre que possível, chame 
o pai ou os irmãos mais velhos para participar. Enquanto a mãe dá o banho, o papai e os 
irmãozinhos podem estimular o aprendizado do pequenininho. 
Durante a brincadeira, segure firme o bebê. Às vezes, eles se empolgam e podem 
escorregar na banheira com um movimento brusco do corpo. Fique atento também para 
não deixar a água com sabão espirrar nos olhos da criança. 
Não podemos esquecer que o recém-nascido deve vestir roupas de acordo com a 
temperatura do ambiente, mas sem exageros. Mantas, toucas e agasalhos podem sufocar 
 
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a criança, portanto, é preciso diminuir o volume de roupas. Para passear, pode-se 
agasalhar melhor o nenê, evitando-se deixá-lo com roupas de lã ou flanela em ambientes 
aquecidos. 
Quando o tempo estiver muito quente e abafado, deixe a criança com pouca 
roupa ou apenas de fraldas. No inverno, evite as correntes de ar frio e mantenha a 
criança bem agasalhada, lembrando que a pele sensível e fina da criança sente mais as 
alterações de temperatura. Se a criança está suando muito ou muito irritada, pode ser 
sinal de que está com muito calor ou muito agasalhada. Espirros e soluços pode ser sinal 
de frio. Fique atenta a esses sintomas e aprenda a conhecer as necessidades do seu bebê. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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BANHO DE BALDE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Já está virando uma mania entre as mães dar banho nos RN dentro de um balde. 
Muitos especialistas e pediatras afirmam que o RNs ficam mais confortáveis e seguros 
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no balde. 
Esta segurança ocorre porque o formato do balde é semelhante ao útero materno. 
O banho de balde se assemelha a um banho de ofurô. Sabe-se que o banho no 
balde ajuda o bebê a relaxar, reduz as cólicas nos recém-nascidos e ainda deixa as noites 
de sono mais tranquilas. 
Os fabricantes destes baldes afirmam que o mesmo é produzido para que a mãe 
utilize a partir dos primeiros dias de vida até os seis meses. A água como na banheira 
deve estar morna em uma temperatura agradável para o RN (em torno de 36°C). 
O banho de balde tem efeito relaxante, analgésico e transmite limites ao corpo 
do bebê, lhe proporcionando uma organização sensorial.Outro grande benefício é que a 
água do banho no balde demora menos tempo para esfriar, devido a superfície em 
contato com o ar ser menor. 
Para o banho no balde, o bebê só precisa de apoio no bumbum, nas costas e ou 
na cervical. O bebê flutua e devido a isso precisa apenas de um apoio. 
No banho de balde a altura da água depende do tamanho do bebê, mas deve estar 
limitada à altura dos ombros da criança. 
O balde utilizado deve ser específico para esta especialidade, sendo fabricado 
com materiais atóxicos, com base antiderrapante e bordas arredondadas. 
 
TROCA DE FRALDAS 
 
Os bebês possuem um reflexo chamado de gastrocólico, quando o estômago se 
enche automaticamente a evacua. Desta maneira fica mais fácil para os pais se 
orientarem quanto à troca das fraldas, esta pode ser realizada após as mamadas. 
É considerado natural que o bebê reclame quando sentir a fralda molhada. A 
mãe com o tempo passa a identificar o choro do filho e o choro que este faz quando está 
com a fralda cheia é aquele choro típico de desconforto. 
Além disso, as mães devem estar atentas porque o contato prolongado da pele do 
bebê com a urina e as fezes favorece o aparecimento de assaduras, brotoejas e 
dermatites. Para evitar que isto ocorra à mãe deve limpar o bebê com óleo hidratante e 
durante o banho lavar o bumbum e os órgãos genitais com um sabonete que corrija o 
PH da pele como já descrevemos no decorrer dos módulos anteriores. 
Orientações a ser seguidas na troca de fraldas: 
 
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• O local onde será realizada a troca da fralda deve sempre estar forrado; 
• Antes de iniciar a troca da fralda verifique todo o material antes de 
iniciar a troca e cheque tudo o que vai precisar: algodão, água morna, fralda limpa, 
pomada antiassadura, álcool em gel e uma toalhinha de algodão. Você pode utilizar uma 
garrafa térmica com água morna para facilitar; 
• Lave bem as mãos; 
• Aproveite esse momento de intimidade para conversar com o seu bebê 
dizendo a ele o que será feito, ou cantar, transmitindo confiança e carinho; 
• Para remover os resíduos de fezes e urina, use algodão molhado em água 
morna ou óleo especial; 
• Se seu bebê for uma menina uma orientação muito importante deve ser 
seguida: os movimentos de limpeza devem ser feitos de frente para trás, para não 
contaminar a vagina com resíduos de fezes e é necessária atenção especial para a área 
localizada entre os grandes e pequenos lábios. 
• Nos meninos, é preciso levantar a bolsa escrotal para fazer a limpeza da 
região, mas não se deve friccionar a pele que recobre o pênis. Uma dica especial é 
cobrir o pênis com um algodãozinho úmido, uma fralda ou um pano enquanto faz a 
troca, pois dessa forma você estará protegida se ele fizer xixi; 
• Para prevenir assaduras, use um creme protetor à base de óxido de zinco; 
• As fraldas devem ser presas com fitas adesivas apropriadas (nunca utilize 
alfinetes). Se for possível, use fraldas descartáveis, que já vêm com velcron. São mais 
higiênicas e poupam o trabalho da lavagem. 
• Quando utilizar fraldas de pano lave-as com sabão neutro, não utilize na 
lavagem água sanitária ou amaciante. Lembre-se de que o sol, além de contribuir para 
esteriliza-las, é o melhor alvejante. 
• Certifique-se que você passou a pomada antiassaduras nas extremidades 
onde a fralda estiver em contato com a pele; 
• Passe os dedos nas laterais para arrumar os elásticos para não vazar; 
• Quando a assadura for observada tire a fralda, limpe cuidadosamente o 
bebê apenas com água morna e deixe-o à vontade o maior tempo possível. Não use 
loções higiênicas, lenços umidecidos ou qualquer outro produto com composição 
química. Prefira os polvilhos de amido de milho e passe uma pasta feita de pomada 
contra assaduras e óleo de amêndoas doce. 
 
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• Faça a higienização das mãos antes de colocar a roupa no bebê. Uma 
dica é utilizar álcool em gel para não deixar seu bebê sozinho. 
Se tratando de higiene, a troca de fraldas é uma ação fundamental e deve ser 
feita a cada três ou cinco horas ou a qualquer momento em que estiver suja, pois como 
já citamos diminui o risco de assaduras e dermatite. 
 
ASSADURAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Para que seu bebê se adapte com o uso de fralda, de maneira confortável e 
segura, alguns cuidados são necessários. A prevenção das assaduras é o primeiro passo! 
A pele sensível do bebê que fica em contato constante com as fezes e urina pode 
causar assaduras ou dermatites de fralda. 
A assadura e a dermatite são caracterizadas por vermelhidão, podendo ocorrer 
inchaço, apresentar lesões em forma de bolinhas e descamação. A demora na troca de 
fraldas, o ambiente úmido e quente da fralda e o uso de produtos não apropriados para a 
pele do bebê favorecem o surgimento da dermatite de fraldas. 
O bebê sem assaduras fica livre do desconforto em sua pele e terá mais 
facilidade em se adaptar a este novo mundo, totalmente diferente do vivido na barriga 
da mãe e às suas variações como a oscilação de temperatura durante as trocas, o banho e 
a própria alimentação. Prevenindo a assadura, o bebê fica mais tranquilo, dorme melhor 
e a mamãe tem mais tempo para dedicar-se a outras atividades. 
O uso de uma pomada desenvolvida para proteger e nutrir a pele do bebê auxilia 
 
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na prevenção da assadura, preservando a saúde e integridade da pele do bebê. 
As pomadas desenvolvidas para bebês são pomadas hipoalergênicas com 
vitamina B5, óleo de amêndoas e lanolina. Estas pomadas possuem a consistência suave 
facilitando a aplicação e remoção da pomada e a camada protetora transparente que 
auxilia a mãe a visualizar rapidamente qualquer alteração na pele do bebê. 
Se a pele do bebê apresentar algum tipo de lesão persistente ou anormalidade, 
converse com seu pediatra. Ele poderá auxiliá-la adequadamente. 
 
LIMPEZA DO NARIZ, OUVIDOS E OLHOS 
O nariz do RN deve sempre estar sendo limpo. As vias aéreas no RN tende a 
ficar sempre obstruídas por serem estreitas e sensíveis para facilitar a respiração da 
criança. 
Se a mãe perceber que o bebê está com o nariz entupido por uma pequena 
secreção, deve pingar, cuidadosamente, o conteúdo de um contagotas 
(aproximadamente 1ml) de soro fisiológico, em temperatura ambiente, em cada narina 
do bebê. Pode utilizar produtos comerciais que contenham, apenas, o soro fisiológico. 
 
 
 
 Já a rinite do lactente é bastante frequente e é caracterizada por coriza e 
obstrução nasal. Muitas vezes a rinite é percebida pelos pais como um barulhinho no 
nariz. 
É importante que os pais saibam que o nariz escorrendo não é doença e que 
espirros são normais em recém-nascidos. O mais importante nesse caso é observar se há 
complicações, como dor de ouvido ou febre. 
 
 
 
Descongestionantes comuns, de adulto, são 
perigosos para o bebê 
 
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Os ouvidos não devem ser limpos com cotonete, devem ser limpos com um uma 
fralda úmida unicamente nas áreas externas. Nunca limpar dentro dos ouvidos, pois a 
cera existente tem uma função de proteção e sua retirada é desnecessária e prejudicial. 
No primeiro ano de vida há uma maior incidência de problemas de ouvido, como 
a otite média aguda, que evolui com dor no ouvido, febre e irritabilidade da criança. 
Quando a primeira otite média ocorre nos primeiros seis meses de vida existe uma 
maior probabilidade de a criança desenvolver otites de repetição. 
Às vezes, os canais lacrimais do bebê são estreitos e até mesmo fechados. Os 
olhos então lacrimejam e inflamam com facilidade, neste caso lave-os bem com água 
boricada e faça uma massagem suave. 
 
 
FEBRE NO RN 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
As patologias que acometem os bebês nos primeiros meses de vida são 
inúmeras, desde resfriados até problemas mais graves. Bebês pequenos devem ser 
observados com muito cuidado, se contraírem gripe ou resfriados, devem ser 
observados atentamente.