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Introdução à Quantificação em Geografia

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UNIDADE 1 
 
 
Tema: INTRODUÇÃO 
 
Aula 1: 
 
Geografia, método científico e quantificação. Bases teóricas da quantificação. 
 
Apresentação 
Sob o título de introdução, esta primeira unidade da disciplina Quantificação em 
Geografia apresenta uma breve introdução ao método quantitativo aplicado à ciência geográfica. 
Apresenta também os conceitos básicos de matemática e estatística aplicados no processo de 
quantificação de fenômenos tratados na Geografia. Segue com a apresentação das unidades 
estatísticas tratadas na Geografia e finaliza com as etapas do trabalho de quantificação, dando 
ênfase à primeira fase, o levantamento de dados. 
Nesta primeira aula vamos entender a importância da quantificação no processo de 
evolução da ciência geográfica a partir de um breve histórico dessa evolução. Vamos também 
conceituar as bases teóricas da quantificação e compreender como as técnicas quantitativas 
possibilitam uma análise dos processos tratados na geografia numa abordagem constituída no 
método científico. Finalizando esta aula introdutória, vamos conceituar a Estatística, 
subdividindo-a em estatística descritiva e estatística indutiva ou inferencial. 
 
 
Objetivo Geral 
 
- Compreender a importância da quantificação como método científico na análise geográfica. 
 
Objetivos Específicos 
 
- Entender a importância da quantificação no processo de evolução da ciência geográfica; 
- Conceituar a matemática e, em particular, a estatística como bases teóricas da quantificação. 
 
 
 
 
 
 
 
1 Geografia, método científico e quantificação 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: http://www.dreamstime.com/young-math-science-boy-genius-writing-thumb16021029.jpg 
 
Sem a pretensão de se fazer uma abordagem da evolução da ciência geográfica, inicia-se 
esta introdução da disciplina Quantificação em Geografia, definindo a Geografia a partir do 
pensamento Kantiniano, entendida como a ciência responsável pela localização, descrição e 
classificação dos fenômenos ocorrentes no espaço (superfície da Terra). 
Baseados no filósofo Kant, Humboldt e principalmente Ritter, com seu método 
comparativo, chamaram atenção para a organização do pensamento geográfico fundamentando-
se na interdependência das generalizações e das especificidades, foram eles, Humboldt e Ritter, 
responsáveis pelos conceitos da Geografia Geral e Geografia Regional, respectivamente. 
A geografia geral analisava, de maneira autônoma, cada categoria de fenômenos 
distribuídos na superfície da Terra. Entretanto, convém salientar que o termo ‘geral’ não se 
referia ao conceito da metodologia científica de procurar generalizações ou leis, mas se baseava 
no principio da "unidade terrestre" (LA BLACHE, 1896) e na "escala planetária" (CHOLLEY, 
1951). Levava em consideração o ato de comparar constantemente determinado fenômeno em 
um lugar com "os fenômenos análogos que podem apresentar-se em outros pontos do globo”. 
É neste contexto que foi definido o arcabouço teórico da Geografia. Contudo, passa 
também a existir, no campo científico, tendências em separar as ciências da natureza das ciências 
humanas. Surge, então, a dicotomia entre a Geografia Humana e a Geografia Física. 
A geografia regional, na tentativa de resolver esta discussão, define a região como 
unidade globalizada na qual há interpenetração de todos os aspectos, os físicos e os humanos. Ao 
estudar a região, o geógrafo podia compreender a totalidade. 
Uma questão paralela incidia sobre o procedimento metodológico. Analisando e 
compreendendo o conjunto inter-relacionado dos aspectos existentes em uma região, 
considerava-se que cada categoria de fenômeno, em particular, era o objeto de determinada 
ciência (Sociologia, Economia, Demografia, Botânica, Hidrologia, etc.). Todas essas ciências 
executavam a análise sobre os assuntos particulares. Já a Geografia, considerando a totalidade, se 
incumbia do trabalho de síntese, reunindo e coordenando todas as informações com a finalidade 
de salientar a visão global e totalizadora da região. A vocação sintética tornou-se a responsável 
pela unidade da Geografia, fazendo com que a Geografia tenha por objeto o conhecimento das 
relações que condicionam, em determinado momento, a vida e as relações dos grupos humanos. 
Um conjunto de ideias e de abordagens começou a se difundir e a ganhar 
desenvolvimento a partir da década de cinquenta. Nascia a "Nova Geografia", proposta 
inicialmente por Manley (1966). O surgimento de novas perspectivas de abordagem estava 
integrado na transformação profunda provocada pela Segunda Guerra Mundial nos setores 
científico, tecnológico, social e econômico. Esta transformação, abrangendo o aspecto filosófico 
e metodológico, foi denominada de "revolução quantitativa e teorética da Geografia" por Ian 
Burton (1963). 
 Medir tudo e deixar os dados falarem por 
si mesmos não é uma forma eficiente de 
descobrir novos conhecimentos. 
Tentando superar as dicotomias e os procedimentos metodológicos da Geografia 
Regional, a Nova Geografia desenvolveu-se procurando incentivar e buscar um enquadramento 
maior da Geografia no contexto científico global. 
A Nova Geografia exigia maior rigor na aplicação da metodologia científica. Baseada 
na filosofia do positivismo lógico, a metodologia científica representa o conjunto dos 
procedimentos aplicáveis à execução da pesquisa científica. Pressupondo a existência de unidade 
da ciência, todos os seus ramos devem-se pautar conforme os mesmos procedimentos. Não há 
metodologia específica para uma ciência, mas para o conjunto das ciências. Há métodos 
científicos para a pesquisa geográfica, mas não métodos geográficos de pesquisa. 
Sob o paradigma da metodologia científica, a Nova Geografia também procurou 
estimular o desenvolvimento de teorias relacionadas com as características da distribuição e 
arranjo espaciais dos fenômenos. O uso de técnicas matemáticas e estatísticas para analisar os 
dados coletados e as distribuições espaciais dos fenômenos foi uma das primeiras características 
que se salientou na Nova Geografia. O seu carisma foi tão grande que se refletiu na adjetivação 
empregada por muitos trabalhos, recebendo a denominação de "Geografia Quantitativa". 
A “Geografia Quantitativa” ou “revolução quantitativa na Geografia” teve início na 
década de 1950. Os procedimentos matemático-estatísticos passaram então a ser normalmente 
aplicados em todos os ramos da Geografia. Contudo, convém salientar que as técnicas 
quantitativas não excluem as demais técnicas de pesquisa geográfica, como o trabalho de campo 
ou mesmo a interpretação de informações geográficas, tais como cartas ou mesmo as fotografias 
aéreas. Apenas o trabalho empírico e descritivo passou a basear-se em uma formulação segura do 
problema concreto estudado, em bases teórico-conceituais e no conhecimento das formas de 
elaboração, análise e interpretação das informações obtidas. 
A preocupação em focalizar as questões geográficas sob a perspectiva sistêmica 
representou uma característica que favoreceu e dinamizou o desenvolvimento da Nova 
Geografia. A abordagem sistêmica serve ao geógrafo como instrumento conceitual que lhe 
facilita tratar dos conjuntos complexos, como os da organização espacial. 
A construção de modelos desenvolveu-se também intimamente relacionada com a 
verificação das teorias, com a quantificação e com a abordagem sistêmica. A construção de 
modelos pode ser considerada como estruturação sequencial de ideias relacionadas com o 
funcionamento do sistema, tendo como objetivo torná-lo compreensível e possibilitando 
expressar as relações entre os seus diversos componentes. Para o geógrafo, o modelo é um 
instrumento de trabalho que deve ser utilizado na análise dos sistemas das organizações 
espaciais. Assim como na quantificação, não se deve prender à construção e ao uso de modelos 
pelo simples objetivo em si mesmo. Devem ser considerados um meiopara melhor se atingir a 
compreensão da realidade. 
O geógrafo se defronta no seu dia-a-dia com um vasto panorama de informações 
aparentemente caóticas e desconexas a partir das quais se manifesta a necessidade de utilização 
de técnicas quantitativas para selecionar e ordenar estas informações e torná-las manipuláveis e 
compreensíveis. Assim, pode-se afirmar que na pesquisa geográfica existe, em termos gerais, 
abundância de dados, sendo muito difícil, senão impossível, tratar conjuntos muito numerosos 
sem o emprego de técnicas quantitativas que permitam a redução das informações a formas 
manipuláveis e interpretáveis. 
Na prática, o geógrafo às vezes se defronta com a possibilidade de análises mais 
profundas dos dados disponíveis que compõem a amostra (parte incompleta da população), de 
solução de problemas complexos e de exploração de novos campos não passíveis de serem 
descobertos unicamente através da simples observação dos dados brutos. 
Tanto para os casos de dados muito numerosos como para os pouco numerosos, as 
técnicas quantitativas possibilitam maior objetividade e precisão na análise, podendo evitar 
longas e, muitas vezes, superficiais descrições verbais. Com o emprego destas técnicas, os 
geógrafos desenvolvem uma lógica bem mais crítica, sendo orientados a pensar de forma mais 
rigorosa e precisa, evitando generalizações baseadas sobre evidências insuficientemente 
analisadas. 
Além disso, as técnicas não quantitativas aplicadas aos mesmos dados levam, em muitas 
ocasiões, a resultados diferentes, permitindo variadas interpretações, enquanto que as técnicas 
quantitativas possibilitam a obtenção de resultados idênticos, utilizando iguais procedimentos 
para os mesmos problemas e, consequentemente, levando a uma única interpretação. Por outro 
lado, as técnicas quantitativas permitem ao pesquisador importante economia de recursos e de 
tempo. 
Finalmente, a importância da abordagem quantitativa deve ser ressaltada na 
contribuição que a mesma oferece à aplicação da Geografia com seu enfoque espacial na solução 
de problemas de diversas naturezas, através do oferecimento de eficientes modelos analíticos, 
preditivos e de planejamento. A explicação das formulações matemático-estatísticas utilizadas 
pode ser considerada secundária para os geógrafos, mas é importante que se conheça as 
vantagens e desvantagens das técnicas quantitativas de modo que possam escolher corretamente 
aquela que será empregada. Indiscutivelmente, o uso das técnicas de análise deve ser incentivado 
porque elas se constituem em ferramentas, em meios para o geógrafo. O conhecimento das 
diversas técnicas de análise é básico para o geógrafo, entretanto, usar técnicas estatísticas, por 
mais sofisticadas que sejam, não é fazer Geografia. Se o geógrafo coleta inúmeros dados e 
informações e os analisa através do computador, sem ter noção clara do problema a pesquisar e 
se não dispuser de arsenal teórico e conceitual que lhe permita adequadamente interpretar os 
resultados obtidos, estará apenas fazendo trabalho de mecanização, mas nunca um trabalho 
geográfico. 
 
 
 
2 Bases teóricas da quantificação 
 
Conforme mostrado no item anterior, a Quantificação em Geografia utiliza técnicas 
matemáticas e estatísticas para analisar os dados coletados e as distribuições espaciais dos 
fenômenos. Parte-se agora para a definição dessas ciências para melhor entender os conceitos 
básicos que serão utilizados na quantificação. 
Saiba Mais: 
 
Conhecimento científico é o conjunto organizado de conhecimentos sobre um 
determinado objeto, em especial obtidos mediante a observação, a experiência dos fatos e um 
método próprio. O conhecimento científico não atinge simplesmente os fenômenos na sua 
manifestação global, ele é caracterizado pela capacidade de analisar, de explicar, de 
desdobrar, de justificar, de induzir ou aplicar leis, de predizer com segurança eventos futuros. 
Ele explica os fenômenos e não só os apreende. 
O conhecimento científico é crítico, rigoroso, objetivo, nasce da dúvida e se 
consolida na certeza das leis demonstradas. É real porque lida com ocorrência ou fatos; 
constitui um conhecimento contingente, pois suas proposições ou hipóteses têm sua 
veracidade ou falsidade conhecida através da experiência; é sistemático, já que se trata de um 
saber ordenado logicamente; é verificável, visto que as afirmações (hipóteses) que não podem 
ser comprovadas não pertencem ao âmbito da ciência; é falível, em virtude de não ser 
definitivo, absoluto ou final e, por este motivo, é aproximadamente exato: novas proposições 
e o desenvolvimento de técnicas podem reformular o acervo de teoria existente. 
A matemática (etimologicamente: “apreciador do conhecimento”) é a ciência do 
raciocínio lógico e abstrato, sendo usada como uma ferramenta essencial nas diversas áreas do 
conhecimento. A matemática aplicada, ramo da matemática que se ocupa de aplicações do 
conhecimento matemático em outras áreas do conhecimento, às vezes leva ao desenvolvimento 
de um novo ramo, como aconteceu com a Estatística ou com a Teoria dos Jogos. 
A etimologia do termo estatística está associada à raiz stat, que vem do latim status = 
estado e significa “coisas do estado” ou “notícias do estado”. 
Há indícios de que 3.000 anos A.C. já se faziam censos na Babilônia, China e Egito e 
até mesmo o 4° livro do Velho Testamento faz referência a uma instrução dada a Moisés, para 
que fizesse um levantamento dos homens de Israel que estivessem aptos para guerrear. 
Usualmente, estas informações eram utilizadas para a taxação de impostos ou para o alistamento 
militar. O Imperador César Augusto, por exemplo, ordenou que se fizesse o Censo de todo o 
Império Romano. 
A palavra "censo" é derivada da palavra "censere", que em latim significa "taxar". Em 
1085, Guilherme, O Conquistador, solicitou um levantamento estatístico da Inglaterra, que 
deveria conter informações sobre terras, proprietários, uso da terra, empregados e animais. Os 
resultados deste Censo foram publicados em 1086 no livro intitulado "Domesday Book" e 
serviram de base para o cálculo de impostos. 
Contudo, mesmo que a prática de coletar dados sobre colheitas, composição da 
população humana ou de animais, impostos, etc., fosse conhecida pelos egípcios, hebreus, 
caldeus e gregos, e se atribuam a Aristóteles cento e oitenta descrições de Estados, apenas no 
século XVII a Estatística passou a ser considerada disciplina autônoma, tendo como objetivo 
básico a descrição dos bens do estado. 
A palavra Estatística foi cunhada pelo acadêmico alemão Gottfried Achenwall (1719-
1772). A escola alemã atingiu sua maturidade com A. L. Von Schlozer (1735-1809), mas sempre 
com ideias diferentes daquelas que fundamentaram a Estatística Moderna. Com algum exagero, 
pode-se dizer que o seu principal legado foi o termo "staatenkunde", que deu origem à 
designação atual. Na Enciclopédia Britânica, o verbete "statistics" apareceu em 1797. 
Atualmente, define-se Estatística como a área de conhecimento que se encarrega 
especificamente da coleção ou da reunião de dados. É a ciência dos dados, envolvendo o 
desenvolvimento de processos, métodos e técnicas de coleta, classificação, organização, resumo, 
análise e interpretação de dados. 
A Estatística ou métodos estatísticos, como é chamada algumas vezes, tem aplicação 
nas mais diversas atividades: agricultura, biologia, comércio, comunicações, economia, 
educação, geografia, medicina, química, ciências políticas e muitas outras. O termo Estatística é 
empregado, algumas vezes, para designar os próprios dados ou números, por exemplo: estatística 
de empregos, de acidentes, de nascimentos, de saúde, etc. 
A partir do século XIX, com a Estatística consolidada, as tabelas tornaram-se mais 
complexas, também surgiram as representações gráficas e o cálculo de probabilidades. A 
Estatística deixou então de ser a simples catalogação de dados numéricoscoletivos e se tornou o 
estudo de como chegar a conclusões sobre o todo, partindo da observação e análise de partes 
desse todo, sendo essa é sua maior riqueza. 
Assim, a Estatística é então dividida em Estatística Descritiva, parte da Estatística que 
apenas coleta, descreve, organiza e apresenta os dados e Estatística Indutiva ou Inferencial: 
parte da Estatística que analisa os dados e obtém as conclusões pertinentes ao fenômeno 
estudado. 
Não se deve limitar a Estatística apenas à organização e descrição dos dados, ignorando 
o que ela oferece de mais importante: “[...] o aspecto essencial da Estatística é o de proporcionar 
métodos inferenciais, que permitam conclusões que transcendam os dados obtidos inicialmente.” 
(CRESPO, 1995, p. 13). 
Ainda segundo Crespo (1995), é por meio da análise e interpretação dos dados 
estatísticos que é possível o conhecimento de uma realidade, de seus problemas, bem como, a 
formulação de soluções apropriadas por meio de um planejamento objetivo da ação, para além 
dos “achismos” e “casuísmos” comuns. 
Conclui-se que a Estatística é uma valiosa ferramenta nas tentativas humanas de 
interpretação da realidade. Porém, é conveniente salientar que a aplicação da estatística apresenta 
sua melhor forma quando é combinada com o julgamento esperto e o bom senso de quem a 
aplica. Muitas vezes, a estatística é utilizada tentando convencer um público alvo com 
declarações que conflitam ou mesmo não têm significado na lógica e na estatística. Como 
exemplo, cita-se uma declaração recente da presidente Dilma Rousseff durante discurso 
proferido em 21 de maio de 2012, na cerimônia de assinatura da ordem de serviço das obras de 
construção da ponte sobre a Lagoa do Imaurí - BR-101, em Laguna/SC: 
“... Me perguntaram, outro dia, se a gente estava preparado para enfrentar o que puder 
acontecer na Europa. Eu posso assegurar a vocês: nós estamos 100% preparados, 200% 
preparados, 300% preparados”. 
Afora os erros gramaticais, a autora tenta convencer seus ouvintes, e evidentemente toda 
a população brasileira e em especial o mercado financeiro, de que o Brasil não seria afetado pela 
crise que estava prestes a ocorrer na Europa, porque estaria totalmente (isto se traduz apenas 
como 100%...) preparado para enfrentar a crise. 
 
Para mais informações sobre a história da estatística, assista ao vídeo: 
http://www.youtube.com/watch?feature=player_detailpage&v=q1ttHFniKB8 
 
E sobre a importância da matemática: 
http://www.youtube.com/watch?feature=player_detailpage&v=IWWPWF6CQ8M 
 
Atividade 1: 
 
Após assistir ao vídeo disponível em: 
http://www.youtube.com/watch?v=XdSmQ_kBn6I&feature=related 
 
Que conclusão você tira sobre o uso do bom senso na quantificação (matemática e 
estatística)? 
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________ 
 
Atividade 2: 
 A quantificação está presente no livro didático que você utiliza em sua escola? Pesquise e 
registre até três exemplos dessa situação. 
Obs.: Caso não ensine Geografia, pesquise nos livros didáticos de alguma escola de seu 
município. 
 
 
http://www.youtube.com/watch?feature=player_detailpage&v=q1ttHFniKB8
http://www.youtube.com/watch?feature=player_detailpage&v=IWWPWF6CQ8M
http://www.youtube.com/watch?v=XdSmQ_kBn6I&feature=related
 
 
Referências 
COLE, J. P. Geografia quantitativa. Rio de Janeiro: IBGE. 1972. 
 
CRESPO, Antônio Arnot. Estatística fácil. 13. ed. São Paulo: Saraiva, 1995. 
 
GERALDI, L. H. de O.; SILVA, B. N. Quantificação em geografia. São Paulo: DIFEL. 1981. 
 
HISTÓRIA da Estatística. Disponível em: <http://www.estatisticapr.hpg.ig.com.br/historia. 
html>. 
 
 
 
 
Resumo 
 Nessa aula introdutória, refletimos sobre a importância da quantificação no processo de 
reconhecimento da Geografia como ciência, sendo a estatística, base teórica da quantificação, 
utilizada como um método para comprovação de hipóteses dos fenômenos estudados pela 
geografia.

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